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Em solução aquosa os
aminoácidos são iões
A L-a-lecitina. A vermelho, assinala-se o glicerol original, esterificado por dois ácidos gordos e
pelo ácido fosfórico
Bioquímica
Biomoléculas
Lípidos derivados
Nesta classe encontram-se substâncias muito variadas, que possuem características dos lípidos,
nomeadamente a insolubilidade na água e a solubilidade nos solventes orgânicos. Englobam-se
aqui:
• ácidos gordos,
• álcoois de elevado peso molecular,
• hidrocarbonetos,
• vitaminas D, E e K,
• compostos isoprénicos
• prostaglandinas.
Bioquímica
Biomoléculas
Lípidos derivados
Podem ainda ser classificados com base no seu grupo funcional primário:
Aldose: contém um grupo aldeído
Cetose: contém um grupo cetona
Bioquímica
Biomoléculas - Hidratos de Carbono
Por razões não esclarecidas, a grande maioria dos monossacarídeos que intervêm na
composição e no metabolismo das células, pertencem às séries D.
Bioquímica
Biomoléculas - Hidratos de Carbono
• A glicose, a frutose e a galactose são os mais comuns e representativos monossacarídeos
existentes na nossa dieta.
• As hexoses (elementos que contém seis carbonos) glicose e frutose têm sido apontadas por
alguns autores como os únicos monossacarídeos de importância dietética.
• A galactose não tem sido considerada um monossacarídeo de grande importância, já que ao
contrário das duas hexoses anteriores, não ocorre sob a forma livre na natureza.
• Outro tipo de monossacarídeo é a pentose, elemento formado por cinco átomos de carbono na
sua estrutura molecular. Este grupo de monossacarídeos é representado por ribose, xilose e
arabinose.
Bioquímica
Biomoléculas - Hidratos de Carbono
• Dissacarídeos: são formados pela combinação de duas moléculas de monossacarídeos, e
são os principais tipos de oligossacarídeos. Assim como os monossacarídeos, este grupo de HC
é classificado como açúcar simples.
• Os dissacarídeos são representados principalmente pela sacarose, lactose e maltose. Nos
três casos a glicose faz parte da estrutura molecular.
• A sacarose é o dissacarídeo mais comumente encontrado na composição da nossa dieta e
contribui com até 25% da quantidade total de calorias ingeridas nos Estados Unidos.
Bioquímica
Biomoléculas - Hidratos de Carbono
• Mediante a digestão, produz uma molécula de glicose e uma de frutose.
sacarose = glicose + frutose
O glicogénio é a forma de reserva glucídica dos animais, mas encontra-se também nos fungos.
Possui uma estrutura ramificada semelhante à da amilopectina, mas com mais ramificações.
Nas células, o glicogénio forma grânulos relativamente idênticos, mas de dimensões variáveis.
Bioquímica
Biomoléculas - Hidratos de Carbono
Bioquímica
Biomoléculas - Hidratos de Carbono
Principais funções:
• Combustível metabólico – vários monossacarídeos utilizados como fonte de energia
química, através do seu catabolismo. No entanto, existem vários monossacarídeos que
podem também ser utilizados como combustível metabólico tais como a frutose, manose ou
galactose.
• Componentes de nucleótidos – esta função é desempenhada por duas pentoses
diferentes, a ribose e a desoxirribose. A ribose entra na composição dos ribonucleótidos (e,
consequentemente, do RNA) enquanto que a desoxirribose entra na composição dos
desoxirribonucleótidos (e, consequentemente, do DNA);
Bioquímica
Biomoléculas - Hidratos de Carbono
Principais funções:
• Reserva de combustível metabólico – alguns polissacarídeos desempenham funções de
reserva de combustível metabólico. Neste contexto, há 2 moléculas que assumem um
destaque principal: o amido e o glicogénio. Ambos são compostos por um único tipo de
monossacarídeo, a glucose. O amido é o polissacarídeo de reserva de glucose nas células
vegetais, enquanto que o glicogénio é o polissacarídeo de reserva nas células animais;
• Função estrutural – alguns polissacarídeos desempenham funções estruturais,
nomeadamente a celulose e o peptidoglicano. O primeiro é o principal componente da
parede celular das células vegetais, enquanto que o segundo é o principal componente da
parede celular das células procarióticas.
Bioquímica
Biomoléculas - Hidratos de Carbono
Principais funções:
• Proteção – alguns polissacarídeos desempenham uma função de proteção, como é o caso da
quitina, que é o principal componente do exosqueleto dos insetos;
• Lubrificação e hidratação – devido à sua composição rica em grupos funcionais hidrofílicos, os
hidratos de carbono têm a capacidade de interatuar com uma grande quantidade de moléculas de
água. Devido a esta característica, vários polissacarídeos formam misturas viscosas e altamente
hidratadas. Esses polissacarídeos designam-se por glicosaminoglicanos e são fundamentais para a
pele, articulações, etc.
• Reconhecimento e adesão celular – são várias as moléculas que participam na adesão e
reconhecimento celular. Estas moléculas que encontram-se à superfície das células, possuem
componentes glicídicas, sendo designadas por glicoproteínas ou glicolípidos.
Bioquímica
Biomoléculas – Ácidos Nucleicos
• Podem ser definidos como polímeros (macromoléculas formadas a partir de
unidades menores) compostos por moléculas conhecidas como nucleótidos,
encontradas em todas as células vivas, e que constituem os genes, responsáveis pelo
armazenamento, transmissão e tradução das informações genéticas.
• Os dois ácidos nucleicos existentes são o ácido desoxirribonucleico (DNA) e o
ácido ribonucleico (RNA). Têm este nome devido ao seu caráter ácido e também
por terem sido descobertos no núcleo celular. Existem dois tipos de ácido nucleico:
• ácido desoxirribonucleico, mais conhecido pela sigla DNA
• ácido ribonucleico, conhecido como RNA.
Bioquímica
Biomoléculas – Ácidos Nucleicos
Um fato curioso é que as moléculas de DNA são muito longas, sendo formadas por vários
nucleótidos. O DNA é a maior macromolécula da célula.
Bioquímica
Biomoléculas – Ácidos Nucleicos
O RNA é um ácido nucleico
relacionado com a síntese de
proteínas. Além disso, algumas
moléculas de RNA apresentam
função catalítica, sendo
denominadas de ribozimas.
Bioquímica
Biomoléculas – Ácidos Nucleicos
As moléculas de RNA, diferentemente das moléculas de DNA, apresentam-se como
cadeias simples.
Em algumas situações, o pareamento ocorre, mas com bases presentes numa mesma
cadeia. Estas combinações conferem ao RNA a formação de estruturas
tridimensionais.
O açúcar do RNA é a ribose e as suas bases nitrogenadas são a citosina, guanina,
adenina e uracila.
A adenina só se pareia com a uracila, e a guanina sempre se pareia com a citosina.
Bioquímica
Bioquímica
Biomoléculas – Ácidos Nucleicos
Bioquímica
Metabolismo
• Durante todas as etapas do ciclo de vida de um organismo (nascimento,
desenvolvimento, reprodução e morte) ocorrem incontáveis reações bioquímicas no
seu corpo. Desta forma, estas reações visam realizar as alterações necessárias para a
manutenção da vida, seja a construir ou desconstruir moléculas.
• Assim, o metabolismo celular trata-se, basicamente, do conjunto destas reações de
construção ou desconstrução de moléculas realizadas pela célula com o intuito de se
manter viva.
Bioquímica
Metabolismo
• O metabolismo celular refere-se à soma de todas as reações químicas que ocorrem
no interior das células. Contudo, para que tais reações ocorram, é necessário energia,
pois só assim, os organismos conseguirão executar suas funções biológicas.
• O metabolismo terá como objetivo obter, armazenar ou utilizar a energia para a
realização dessas funções.
Bioquímica
Entender a Bioquímica - Metabolismo
• Existem diversas rotas metabólicas que as moléculas podem percorrer,
nomeadamente, construção ou desconstrução das moléculas orgânicas básicas, ou
seja, hidratos de carbono, lipídos e proteínas.
• Mesmo existindo estas diversas vias, o metabolismo pode ser dividido em apenas
duas vias ou em dois grupos
o catabolismo
o anabolismo.
Bioquímica
Entender a Bioquímica - Metabolismo
• O catabolismo, ou as vias catabólicas, engloba os processos que visam a
desconstrução ou a quebra das moléculas. Isso ocorre tanto para obter energia
quanto para gerar pequenas moléculas que a célula utilizará posteriormente.
• Exemplos que ilustram bem o catabolismo são a quebra da glicose ou de gordura
para produzir energia e a quebra de proteínas para se obter aminoácidos.
Bioquímica
Entender a Bioquímica - Metabolismo
• O anabolismo, por sua vez, é o oposto, ou seja, os processos que visam a
construção de moléculas.
• As vias anabólicas também são conhecidas como vias biossintéticas: rotas das
partículas que sintetizam biomoléculas.
• Exemplos do anabolismo são a construção de reservas, como a acumulação de
gordura nos lipócitos ou grânulos de glicogénio, e a própria síntese de proteínas a
partir de aminoácidos.
Bioquímica
Entender a Bioquímica - Metabolismo
• Existem milhares de reações bioquímicas conhecidas que compõem uma enorme
diversidade de vias metabólicas.
Assim, as principais do organismo humano são:
• Metabolismo de Hidratos de carbono
• Metabolismo dos Lípidos
• Metabolismo dos Aminoácidos
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
• Glicólise – A glicólise é degradação anaeróbica da glicose com o intuito de gerar
energia. É um conjunto de reações mediadas por diferentes enzimas, nas quais
ocorrem gasto e produção de ATP.
• O ATP é uma molécula composta por uma base nitrogenada, adenina, açúcar e
três fosfatos. A energia que tanto se fala é oriunda, justamente, das duas ligações que
unem os fosfatos. Elas são ligações de alta energia que, quando necessário para
alguma função ou reação do corpo, quebram-se e libertam energia suficiente para
estes eventos.
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
ATP
• ATP é uma sigla usada para indicar a molécula de adenosina trifosfato.
• Esta molécula constitui a principal forma de energia química, uma vez que sua hidrólise
é altamente exergónica. Isso quer dizer que, ao sofrer o processo de hidrólise (cisão por
ação da água), liberta grande quantidade de energia livre.
• A molécula de ATP é formada por uma base nitrogenada adenina, uma ribose e por três
grupos fosfato. A adenina ligada à ribose é chamada de adenosina. Quando a adenosina
está ligada a apenas dois grupos fosfato, temos a adenosina difosfato (ADP) e, quando
está ligada a um grupo fosfato, constitui a adenosina monofosfato (AMP).
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
ATP
A molécula de ATP é fundamental para a célula, pois fornece a energia livre de que as células
necessitam para realizar suas atividades. Sendo assim, esta molécula é responsável por garantir a
manutenção da hemóstase celular, permitindo a realização de diversos processos fundamentais
para o seu funcionamento.
No processo de obtenção de energia é produzida energia livre, além de uma molécula de ADP
e um ião fosfato inorgânico, frequentemente abreviado como Pi. A energia libertada será usada
numa reação endergónica (que consome energia).
A reação de hidrólise pode ser assim representada:
ATP+ H2O → ADP + Pi + energia livre
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
• A glicose pode ser armazenada no interior das células na forma de polímero, como
o glicogénio, em locais específicos, como nos músculos e no fígado. Quando há o aumento
de necessidade de energia no organismo, ocorre a libertação da glicose, que será utilizada
para a produção de ATP. Neste processo, uma molécula de glicose é degradada pela ação
de enzimas, gerando duas moléculas com três átomos de carbono cada, denominadas
piruvato.
• A glicose é uma das principais fontes energéticas para a célula, sendo utilizada também na
síntese de outras moléculas orgânicas. O saldo final da glicólise é de duas moléculas de
piruvato, duas moléculas de ATP e duas de NADH (Nicotinamida Adenina Dinucleótido).
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
• Na presença de oxigénio, o piruvato é completamente oxidado. Em organismos
procariontes, esse processo de oxidação ocorre no citosol da célula. Em organismos
eucariontes, o processo ocorre nas mitocôndrias.
• Cada molécula de piruvato que entra na mitocôndria é oxidada, formando grupo acetil
(-CH3CO) e sendo descarboxilada, libertando CO2. Nesta etapa, são formadas também duas
moléculas de NADH. O grupo acetil liga-se à coenzima A (CoA), formando o
acetilcoenzima A ou acetil-CoA, que, em seguida, torna-se substrato para o ciclo do ácido
cítrico ou ciclo de Krebs.
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
Ciclo de Krebs
• O Ciclo de Krebs, refere-se a uma série de reações anabólicas e catabólicas, com objetivo
de produzir energia para as células. Esta é uma das três etapas do processo de respiração
celular.
• Nas eucariontes, o Ciclo de Krebs ocorre em grande parte na matriz da mitocôndria, já nos
organismos procariontes esta etapa acontece no citoplasma. Estas reações são parte do
metabolismo dos organismos aeróbicos - que utilizam oxigénio na respiração celular.
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
• Fosforilação oxidativa – degradação aeróbica da glicose para, também, gerar energia. Trata-se de
uma sequência de reações bioquímicas que compõem a respiração aeróbica e ocorrem
nas mitocôndrias.
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
Vias das pentoses – também denominada de desvio da hexose-monofosfato é uma importante
via anaeróbica alternativa da utilização da glicose. Não é produtora de ATP, mas sim de
NADPH e é ainda reguladora da glicemia.
Para realizar o seu anabolismo, a célula não precisa apenas de energia (ATP), também precisa de
poder redutor, sob a forma de NADPH (fosfato de dinucleótido de nicotinamida adenina). O
NADPH é produzido durante a oxidação da glucose-6-P por uma via distinta da glicólise, a via
das pentoses-fosfato. Esta via é muito ativa em tecidos envolvidos na biossíntese de colesterol e
de ácidos gordos (fígado, tecido adiposo, córtex adrenal e glândulas mamárias). Esta via
também produz ribose-5-P, o açúcar constituinte dos ácidos nucleicos.
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
Vias das pentoses
Exerce duas funções básicas:
- Produção de pentoses para a biossíntese de nucleótidos. (D-ribose)
- Produção de NADPH, agente redutor utilizado para biossíntese de ácidos gordos e
esteroides (colesterol e os seus derivados), bem como para a manutenção da integridade das
membranas dos eritrócitos.
• É uma via citoplasmática, anaeróbica que ocorre no fígado, glândulas mamárias, tecido
adiposo e nas hemácias.
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
• Fosforilação oxidativa – É um processo obrigatoriamente aeróbico e podem ser observados
três processos diferentes, mas bastante importantes e relacionados: a produção de acetilcoenzima
A ou Acetil-CoA, o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória. Nas primeiras etapas da respiração
celular (glicólise e ciclo de Krebs), parte da energia produzida na degradação de compostos é
armazenada em moléculas intermediárias, as coenzimas.
• Esta energia de oxidação das coenzimas é utilizada para a síntese de ATP. Para isso ocorre
a fosforilação do ADP, ou seja, ele recebe grupos fosfato. Por isso esse processo é chamado
Fosforilação Oxidativa.
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
• Fosforilação oxidativa
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
Metabolização
• Posteriormente à absorção e ao armazenamento, a glicose poderá ser utilizada como fonte
de energia pelas células através da conversão à piruvato e subsequente oxidação no ciclo de
Krebs. Este processo resulta na formação de ATP (adenosina trifosfato) que é a forma
primária de energia utilizada pelo homem.
• Outro processo, denominado gliconeogénese, é responsável pela formação de glicose através
de aminoácidos, gordura, ácido láctico e piruvato. A gliconeogénese, também conhecida
como neoglicogénese, ocorre no fígado e em menor nível no rim.
Bioquímica
Metabolismo de Hidratos de carbono
Fígado
• O processo de formação de glicogénio pelo fígado, ou a glicogénese hepática, resulta num
gasto de energia (ATP) normalmente proveniente da oxidação dos ácidos gordos livres
(AGL). Já durante a produção de glicose pela quebra de glicogénio no fígado (glicogenólise
hepática) ocorre o contrário, ou seja, o resultado é a produção de ATP. O lactato e piruvato
produzidos são convertidos novamente em glicogénio pelo próprio fígado.
• Tanto o lactato quanto o piruvato, resultantes da glicogenólise hepática, podem ainda ser
oxidados, originando CO2 e H2O no ciclo do ácido tricarboxílico. Este processo também é
responsável pela formação de ATP.
Bioquímica
Metabolismo dos Aminoácidos
• Nos animais, aminoácidos sofrem degradação oxidativa em três circunstâncias metabólicas diferentes :
o Durante o procedimento normal de síntese e degradação de proteínas celulares alguns
aminoácidos que são libertados a partir da proteína de degradação e não são necessários para a
nova síntese proteica sofrem degradação oxidativa.
o Quando uma dieta é rica em proteínas e aminoácidos e a ingestão ultrapassa as necessidades do
organismo para a síntese proteica, o excedente é catabolizado; aminoácidos não podem ser
armazenados.
o Durante o jejum prolongado ou de diabetes mellitus não controlada, quando hidratos de carbono
ou estão indisponíveis ou não devidamente utilizados, as proteínas celulares são utilizados como
combustível.
Bioquímica
Metabolismo dos Aminoácidos
• Os aminoácidos são importantes fontes de energia para o metabolismo celular, porém só são
utilizados quando há uma extrema carência energética ou durante a prática de exercício físico
intenso.
• É importante frisar que os hidratos de carbono e os lipídios são melhores produtores de
energia e a mobilização de aminoácidos pode estar relacionada a uma degradação de
proteínas musculares ou plasmáticas levando o organismo a uma depleção dessas proteínas,
o que pode trazer consequências desastrosas como a atrofia muscular.
Bioquímica
Metabolismo dos Aminoácidos
• Síntese de aminoácidos – via a responsável pela produção dos aminoácidos que o
organismo consegue produzir, ou seja, os aminoácidos não essenciais.
• Ciclo da ureia – Esta rota ocupa-se com a eliminação de compostos nitrogenados tóxicos
(tais como o amónio e a amónia) sob formas menos tóxicas.
Bioquímica
Metabolismo dos Aminoácidos
• Síntese dos aminoácidos
o Os aminoácidos essenciais são sintetizados nos vegetais através do aproveitamento do
nitrogênio na forma de NH4+, nitritos e nitratos presentes no solo e que são
produzidos por bactérias capazes de fixar o N2 atmosférico convertendo-os nos
produtos nitrogenados absorvidos pelos vegetais (p.ex.: Azobacter sp.e Rhizobium sp.
fixam o N2; Nitrossomonas sp. e Nitrobacter sp. convertem amónia em nitritos e
nitratos)
Bioquímica
Metabolismo dos Aminoácidos
• Síntese dos aminoácidos
o Os aminoácidos não-essenciais são
sintetizados nos animais a partir de
moléculas percussoras que fazem parte
do ciclo de Krebs e do grupamento
amino proveniente da degradação de
aminoácidos. Como vários aminoácidos
fornecem intermediários do ciclo de
Krebs, há uma interdependência entre
os aminoácidos no seu processo de
degradação e síntese.
Bioquímica
Metabolismo dos Aminoácidos
• A síntese da ureia é um dos processos metabólicos mais importantes, pois impede a
formação de amônia tóxica ao organismo a partir do nitrogênio proteico. É exclusiva do
fígado, o que o torna o centro da degradação de aminoácidos.
• Os músculos precisam ajustar o consumo de aminoácidos com a exportação da amônia para
o fígado na forma dos aminoácidos glutamina ou alanina, numa via metabólica
extremamente importante e que permite o equilíbrio fisiológico, principalmente durante a
realização de exercício físico.
Bioquímica
Metabolismo dos Lípidos
DIGESTÃO DE LIPÍDOS
• A digestão dos lipídos inicia no intestino delgado, onde os sais biliares emulsificam as
gorduras formando micelos, para facilitar a ação das enzimas lipases.
• As lipases hidrolisam as ligações éster dos lipídios saponificáveis, e libertam ácidos gordos e
os outros produtos como o glicerol, que atravessam a mucosa intestinal, sendo convertidos
em triglicéridos.
• Os triglicéridos, juntamente com o colesterol são incorporados às proteínas transportadoras,
as apolipoproteínas, formando os quilomícron. Os quilomicron movem-se pela corrente
sanguínea até chegar aos tecidos e orgãos que metabolizam os lipídos, sendo novamente
hidrolisados, penetrando nas células.
Bioquímica
Metabolismo dos Lípidos
DIGESTÃO DE LIPÍDOS
Bioquímica
Metabolismo dos Lípidos
DIGESTÃO DE LIPÍDIOS
• O principal órgão que metaboliza os lípidos é o fígado, entretanto eles também são
metabolizados pelo coração para produção da sua própria energia. O fígado exporta lipídios
metabolizados para outros tecidos como o cérebro na forma de corpos cetónicos, já que
estes não metabolizam lipídios mas convertem os corpos cetónicos em acetil-CoA, sendo
esta metabolizada no ciclo do ácido cítrico (Figura 1)
Bioquímica
Metabolismo dos Lípidos
• β-oxidação – Trata do caminho responsável pela transformação de ácidos gordos
em acetilcoenzima A (Acetil CoA). Assim, é importante mencionar a importância
desta via, também, para a geração de energia. Isso acontece pelo fato do seu
produto, a Acetil-CoA, ser utilizada no ciclo de Krebs.
Bioquímica
Ciclo de Krebs
Também conhecido como ciclo do ácido cítrico. É uma sequência de reações
mediadas por enzimas que compõem a fosforilação oxidativa. A eficiência
energética desta etapa não é alta, entretanto sua função primordial é a geração
de “substrato” para a etapa mais energética da respiração celular aeróbia,
a cadeia respiratória.
Bioquímica
Ciclo de Krebs
• Estas reações ocorrem na matriz da mitocôndria dos eucariontes e
no citoplasma dos procariontes. Como o próprio nome indica, são reações cíclicas,
ou seja, o produto final entra novamente no ciclo, que têm como função
a oxidação de açucares e lipídos a Carbono e água. Assim, durante as reações ocorre
a produção de metabólitos para outros processos, geração de energia e liberação de
iões e eletrões altamente energéticos. Estes processos contam com o auxílio
de moléculas recetoras como a nicotilamida adenina dinucleotideo (NAD) e o
flavina adenina dinucleotídeo (FAD).
Bioquímica
Metabolismo dos Lípidos
Os principais produtos da digestão de lipídios são o glicerol
e ácidos gordos.