1) O documento discute a questão fundamental do liberalismo sobre o valor de utilidade do governo numa sociedade em que a troca determina o verdadeiro valor das coisas.
2) Pergunta como é possível haver valor de utilidade do governo em face de um sistema em que a troca determina o valor das coisas.
3) Foucault acrescenta que o liberalismo colocou a questão do governo e se formas políticas e econômicas que se opuseram ao liberalismo podem escapar dessa formulação da questão da utilidade de um governo.
1) O documento discute a questão fundamental do liberalismo sobre o valor de utilidade do governo numa sociedade em que a troca determina o verdadeiro valor das coisas.
2) Pergunta como é possível haver valor de utilidade do governo em face de um sistema em que a troca determina o valor das coisas.
3) Foucault acrescenta que o liberalismo colocou a questão do governo e se formas políticas e econômicas que se opuseram ao liberalismo podem escapar dessa formulação da questão da utilidade de um governo.
1) O documento discute a questão fundamental do liberalismo sobre o valor de utilidade do governo numa sociedade em que a troca determina o verdadeiro valor das coisas.
2) Pergunta como é possível haver valor de utilidade do governo em face de um sistema em que a troca determina o valor das coisas.
3) Foucault acrescenta que o liberalismo colocou a questão do governo e se formas políticas e econômicas que se opuseram ao liberalismo podem escapar dessa formulação da questão da utilidade de um governo.
qual 0 valor de utilidade do govemo e de todas as a~6es do NorAS
e govemo numa sociedade em que a troea que determina 0 verdadeiro valor das eoisas?* Pois bern, ereio que eai que se eoloeam as quest6es fun- damentais do liberalismo. Foi ai que 0 liberalismo eoloeou a questao fundamental do govemo, e 0 problema esta em saber se todas as formas politieas, eeonomieas, etc. que se quis opor ao liberallsmo podem efetivamente eseapar des- sa questao e da formula~ao dessa questao da utilidade de urn govemo num regime em que a troea e que determina 0 valor das eoisas.
1. M. Foucault, no "Resumo do curso", remete a Benjamin
Franklin (d. infra, p. 327). Cf., por exemplo, a carta de B. Franklin a Charles de Weissenstein de 1" de julho de 1778 (in A. H. Smyth, org., The Writings ofBenjamin Franklin, NovaYork, Macmillan, 1905- 1907, vol. VII, p. 168), citado por D. R. McCoy, "Benjamin Franklin's vision of a republican political economy for America", The William and Mary Quarterly, 3~ serie, vol. 35 (4), outubro de 1978, p. 617: "A virtuous and laborious people could always be 'cheaply go- verned' in a republican system." 2. E esse justa prec;o (justum pretium) que a escoIastica me- dieval, a partir cia doutrina aristotelica da justic;a comutativa (Etica nicomaqueia, livro V), havia estabelecido como modelo ideal das transa~6es. Cf. S. L. Kaplan, Bread, Politics and Political Economy in the Reign of Louis XV, Haia, Martinus Nijhoff, 1976 / Le Pain, Ie Peu- pIe et ie Roi, trad. fro M.-A. Revellat, Paris, Perrin, "Pour l'histoire", 1986, pp. 55-6: "0 tenente-geral de polieia, os delegados, os me- didores de cereais e os funcionanos locais insistern sern cessar no 'justo pre~o' que se considerarn obrigados a garantir. [... J Para ser equitativos, os pre~os nao devern nern 'revoltar' os cornerciantes nern 'lesar' os consurnidores. Eles sao estabelecidos de acordo com urn ideal de modera.;ao que tende a variar com as circunstan- .. M. Foucault acrescenta: Valor de utilidade do govemo em face cias. Urn pre~o e tido como justo quando os cornerciantes estabe- de urn sistema ern que a troca e que determina 0 verdadeiro valor das lecern urn lucro moderado e a massa do povo, que 'live num esta- caisas. Como isso e possivel? do de miseria cronica, nao sofre exageradamente, isto e, mais que