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NOTA S 297
23. Sobre a Tanzânia, ver Henry Bienen, Tanzania: Party Transformation and
Economic Development, Princeton University Press, 1967; William Tordoff
"Tanzania : democracy and the one-party state", GO, julho-0utubro de 1967,
pp. 599-614; e supra 2.3 e cap. 2, nota 27. As eleições de 1965 na Tanzâni~
são descritas em Lionell Cliffe (org.), One-Party Democracy, East African Pub-
lishing House, 196 7.
24. Sobre alguns dos detalhes, ver A. Zolberg, "Military intervention in the new
states of Tropical Africa", in Henry Bienen (org.), The Military Intervenes: Case
Studies in Political Change, Russel Sage Foundation, 1968; W.F. Gutteridge,
The Military in African Politics, Methuen, 1969; e Anna M. Gentili, "I militari
nell'Africa subsahariana",R/S, IV, 1971, pp. 635-675.
25. Ver em Finer, Comparative Government, op. cit., p. 5 28, Quadro 21. Mas R.E.
McKown e R.E. Kauffman, "Party sistem as a comparative analytic concept in
African politics", CP, outubro de 1973, invertem a questão: "Argumentou-se
que os níveis de instabilidade seriam maiores nos Estados unipartidários do que
nos multipartidários, mas isso não se confirmou". (p. 68)
26. Janowitz, The Military in the Political Development of New Nations, op. cit. ,
1964, p. 29.
27. Immanuel Wallerstein, A/rica, The Politics of Jndependence, Vintage Books,
1961, p. 163. Em 1966, porém, Wallerstein observou, num estado de espírito
muito diferente, que "o fenômeno curioso não foi o aparecimento de um siste-
ma uni partidário; foi antes a sua rápida perda de significado", conclui~do_com
isso que a tendência havia sido de "inânia" ("The declive of the party m smgl~-
party African states", in LaPalombara e Weiner (orgs.), Political Parties and Polz•
rica/ Developrr,ent, op. cit., pp. 207, 208).
28. Em Spiro (org.), A/rica: The Primacy of Politics, op. cit., P: 88. 26
29. The Politics of Modernization, op. cit., pp. 197 ss., especialmente PP· ~06· \ ·
30. A di~tin_ção foi proposta originalmente por um pol~tico d~ Mali, Ma_deua Ke;;.
(ver m S1gmund (org.), The Jdeo/ogies of the Developmg Natzons, op. crt., pp. l do
176), com referência a Gana e ao Mali, cujos partis unifiés resultavam, segun
se supunha, de fusões voluntárias.
31. Supra, 2.1 e 2.2. . _ d r dos
32. O fato de que a obtenção da índependência colocou em nsco a razao e se
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adores arguto s.
partido s africanos não escapo u, na verdade, à maioria dos observ
Ver, por exemp lo, Coleman e Rosbe rg (orgs.), Politica/ Parties
and Nationa/
J.
Integration in Tropical A/rica, op. dt., pp. 672 ss .; especialmente William
n proble ms",
Folz, "Building the newest nation s : short- run strategics and long-ru
in K.W. Deutsch e Folz (orgs.), Nation Buildi ng, Athcrt o·n Press, 1963.
era, entre
33. També m vale a pena notar que o partid o Wafd, anteri or ao golpe,
iormen te cha-
1921 e 195 2, o precur sor mais próxim o do que viria a ser poster
as tentati vas de Nasser, ver
mado de partid o de massa do tipo african o. Sobre
Leonard Blinder, "Political recrui tment and partici pation in Egypt ", in LaPa-
lomba ra e Weiner (orgs.), Political Parties and Politica/ Development
, op. cit.,
cap. 8.
e: The Dy-
34. Sobre a Tunísi a, ver Clement H. Moore, Tunísia Since lndependenc
espe-
namics of One-Party Government, University of CaHfornia Press, 1965 ; e
tionali zation ", in Autho ri-
cialmente seu artigo "Tunisia: the prospe cts for institu
tarian Politics in Modern Society, op. cit.
, op. cit. ,
35. Ver Zolberg, Creating Poütical Order: The Party System in West A/rica
ism in Tropi-
pp. 159-161, e René Lemarchand, "Politi cal clientelism and ethnic
, de 1972,
cal Africa: compe ting solidarities in nation -build ing" , APSR março
orski de
pp. 68-71. Uma sugestão correla ta é o reexam e da descrição de Ostrog
metad e do sé-
como o partid o do tipo de comitê s fechados surgiu na segunda
s and politic al chang e", /oc.
culo XIX. James Scott, "Corru ption rnachine politic
cit, també m é muito pertinente. Sobre o enfoqu e baseado na clientela, ver supra,
cap. 4, nota 12.
po-
36. Supra, 1.1. A implicação é, no caso, a de que as subunidades faccionais bem
dem ser as verdadeiras unidades. Ver també m supra, 4.3 .
devel-
31. A/rica: The Primacy of Politics, op. cit., cap. 5 ("The primacy of political
Leys, Poli-
opmen t") passim e p. 153. Juntam ente com essa sugestão, ver Colin
ticians and Policies, East African Publishing House, 196 7.
A denom inação foi criada por Macpherson, Democracy in Alberta: The
Theory
38.
adequa da, po-
and Practice of a Quasi-Party System, op. cit. , cap. 8; parece mais
rém, às áreas em desenvolvimento.
39. Ver nota 7 deste capítu lo, e 8.1.
Ver The Politics of the Developing Areas, op. cit., p. 534, Quadro
1. "Competi-
40.
os, em 1964, por
tivo democ rático " e "semic ompet itivo" foram també m adotad
Janow itz (infra, nota 42).
mbara e
41. Ruper t Emerson, "Partie s and nation al integra tion in Africa", in LaPalo
al Develo pment , op. cit., p. 269. Ver,
Weiner {orgs.), Political Parties and Politic
, Five Electio ns in A/ri-
em geral, W.J.M. Mackenzie e Kenne th Robinson (orgs.)
ca, Oxfor d University Press, 1960.
42. Loc. cit. pp. 269, 287-293. Janow itz, The Military in the Political Development
não
of the New States, op. cit., tem uma classe "demo cr_ático-competitiva", que
é melho r (abrange, por exemplo, a Tanzânia).
uma guer-
43. Na Nigéria, todos os partid os foram suspensos a partir de 1966, houve
governo mi-
ra civil com Biafra de 1967 a 1970, e o país contin ua, até hoje, sob
o Tshombe-
litar direto . O Congo {Kinshasa) teve sérios proble mas com a secessã
em 1965 e logo depois enfrentava
Catanga de 1960 a 1963, passou por um golpe
el de Emerson.
a guerra civil de 1967. O Quênia é, assim, o único caso plaus(v
sem risco
Mas sua compe tição pluralista significa apenas que uma oposição pode,
Nacional
de vida, falar contra Kenya tta e o partid o dominante~ KANU (União
o úrúco em 1965 e que manteve
Africana do Quênia) que era de fato um partid
Richar d L. Sklar e C.S.
seu monop ólio pela força em 1969. Sobre a Nigéria, ver
alism in Eight
Whitaker, "Niger ia", in Carter (org.),National Unit)' and Region
African State,, op. cit.; Walter Schwartz, Nigeria, Praeger, 1968; Rober t Melson
tf
PARTIDOS E SISTEMAS PARTIDÁRIO S
300
301
302 PARTIDOS E SISTEMAS PARTIDÁRIOS
stituição "suspensa" .3 O
que cont!nua aberta ao restabelecimento da con
rente porque os militare s
caso do m_terr<:_gno militar é também muito dife
perda de seu poder espe-
P??em abnr mao do poder civil que tomaram sem
uma elite poli'tica até então
c1f1co. O problema real surge, porém, quando
er, como também sujeita
todo-poderosa se vê não só privada de todo o pod
às retaliações de novos ocupantes do poder.
)ado também -
A parte o caso dos militares, e se colocarmos de tica
ações polí s fluidas, até
como devemos - o falso testemunho das form
os de um desenvolvimento
1975 a bibliografia oferece apenas dois exempl
o pluralismo: o México e a
um tanto endógeno do monocentrismo para
porque não atravessou nun-
Turquia. Mas o México não pode provar a tese hegemónico. 4
arcatória: é uma formação política de partido
ca a linha dem
Turquia para a democracia
Resta-nos, portanto, discutir se a passagem da
ificar a tese de que o uni-
em 1945 foi suficientemente espontânea para just
mo e (ii) com êxito, num
partidarismo pode se transformar (i) por si mes
sistema partidário competitivo.
depois da Primeira
A história da modernização da Turquia começa
a por Kemal Ataturk, em
Guerra Mundial, com a proclamação da repúblic
ular (PRP ). O primeiro feito
1923, e a criação do Partido Republicano Pop
to imediato do governo ci-
notável de Kemal Ataturk foi o restabelecimen
sob tutela militar. Ataturk
vil. Isto é, o PRP não estava, e nunca esteve,
alismo partidário, permi-
também fez duas tentativas de estabelecer o plur
em 1924, e especialmente
tindo a existência de um partido oposicionista:
ublicano Progressista que,
em 1930. Ambas fracassaram. O Partido Rep
ido Livre, criado em agosto
surgiu em 1924, foi dissolvido em 1925. O Part
u-se em novembro do mes-
de 1930 com o estímulo de Ataturk, dissolve
demasiado de membros rea-
mo ano sob a acusação de abrigar um número
sucessor, Inonu, que pre-
cionários. Ataturk morreu em 1938, e foi o seu
1945. Foi "espontânea"
sidiu ao advento de um regime multipartidário em
espírito de Inonu para res-
a transição? Não é preciso ler o que estava no
etração de Stalin na Europa
ponder. Os fatos são que em I 945, face à pen
Dardanelos, a Turquia não
e ao tradicional interesse russo pelo estreito de
ia internacional era peri-
tinha praticamente escolha: seu grau de autonom
de Inonu, a passagem para
gosamente baixo. Qualquer que fosse a intenção
essidade vital para um país
uma democracia do tipo clássico foi uma nec
teção das democracias oci-
pequeno que precisava desesperadam~nte da pro
mente que a competição
dentais. Presumivelmente, Inonu acreditava real
osição muito mais forte,
partidária e o pluralismo eram coisJs boas. Sup
poder, depois de 27 anos
porém, é a de que, quando o PRP foi afastado do
agadora vitória do Partido
de governo ininterrupto, pela inesperada e esm
ter reproduzido Ataturk,
Democrata de Bayar e Menderes, Inonu poderia
fosse a pressão externa e
voltando imediatamente ao unipartidarismo, não
tica, que estava em causa.
a ajuda econômica, para não falarmos na polí
r
e...>
o Quadro 32.
Turqu ia: percen tagens e cadeir as ,na Assem bléia Nacio nal, 1946- 1977
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