Você está na página 1de 417

NOTAS

1. Os modernos sistemas políticos são defini~os, segu


, ~ndo ~oleman, como os sis-
temas nos quais "as funçoes governamentais e po 1ttlcas sao desempenhadas
estruturas específicas" (Almond. e Coleman,
. The Politics of the Develop~orzng
Areas, op. cit., p. 559), ou, mais precisamente, como tendo um "grau relaf
mente elevado de diferenciação, explicitação e distinção funcional em suas es::i~
turas políticas e governamentais" (p. 5 32).
2. No período 1951-1973, contei 26 golpes bem-sucedidos na América Latina. Isso
contribui para explicar por que - do ponto de vista do sistema partidário_ não
trato a América Latina como uma área e por que, como regra, os países latino-
americanos são incluídos isoladamente para ilustrar aspectos particulares e não
como casos em si significativos (Chile e México são as exceções notáveis). Um
valioso volume coletivo é Martin C. Needler (org.), Political Systems of Latin
America, 2~ ed. rev., Van Nostrand, 1970. McDonald, Party Systems and
Elections in Latin America, op. cit., e o Guide to the Political Parties of South
America, de vários autores, Penguin Books, 1973, também cobrem a totalidade
da área. Grande parte da bibliografia sobre países latino-americanos encontra-se
nos estudos sobre regimes militares. Além da primeira análise comparativa siste-
mática de S.E. Finer, The Man on Horseback: The Role of the Military in Politics,
Pall Mall, 1962, ver, mais especificamente, John J. Johnson, The Military and
Society in Latin A merica, Stanford University Press, 1964 e, para a bibliografia
mais recente, a resenha de Abraham F. Lowenthal, "Arroies and politics in
Latin America", WP, outubro de 1974.
3. Tal como operacionalizado, por exemplo, por Janda, em A Conceptual Frame-
work for the Comparative Analysis of Political Parties, op. cit., pp. 87-89.
4. "Political develôpment and political decay", WP, abril de 1965, pp. 386430,
passim. .É preciso, contudo, ver também Huntington, Political Order in Chang-
ing Societies, op. cit., pp. 12-23, onde a institucionalização é classificada de
acordo com quatro critérios: (i) adaptabilidade-rigidez, (ii) complexidade-sim·
plicidade, (iii) autonomia-subordinação, (iv) coerência-desunião. Evidencia-se
que, em seu· nível mais alto, a institucionalização corresponde à organização
ideal, isto é, à organização que revela a1ta adaptabilidade funcional apesar de
ser altamente complexa, autônoma, unificada e coerente. Não encontro nenh~-
ma congruência necessária, ou mesmo provável, entre a primeira e as outras tres
propriedades. A citação é da p. 13. ,, ,
5. Com relação aos sistemas partidários, essa viscosidade, ou "congelamen~ te~
tematizada por Lipset Rokkan em sua "Introdução" a Party Systems ªnd
0

Alignments, op. cit., especi~ente p. 50; e é bem ressaltada ~elo levantame;;


to de Richard Rose e Derek Urwin, "Persistence and change m We stern: 9_
systems since 1945", PS, setembro de 1970, especialmente pp. 306-? e Qua

296
NOTA S 297

12. t 'm esboço preh-


6. Tratare,1 do conceito de pa1tid o de massa no vol. H, cap.
•·, Pub/1c Po/lcy ;
mm ar e o meu " Poh ttcal developmen t and polit1cal cngrn errmg
196 8. e~pecrn lmente pp. 28 1, 292-295 .
ond indica qu e a cl.t fi •
7. The Po_ltrics of th ~ Dev~lo~ing A reas, op. cit., p. 40. Alm
ma \ , ua e '< ern plt ti •
s1fi~açao faz referen c1a as areas de análise cobertas no livro,
e q ue ,t t1polog1a
caçao subse quente confirma que a Ewop a também é abrangida
pretende proporciona r uma estrutura geral.
8. l bid. p. 4 l .
, 1qo é, qua tr o
9. Colcm an e Rosbe rg (orgs ), op. cit. O vo lum e apaJe cc u em 1964
an os depois de The Politics o/ rhe Developing A reos.
10. Coleman_e Rosbe rg, ibid., especialm rnte pp 4-6.
11. Ver part1c ulann entc Hodgk.in , Africo n Polirical Porties
- an lll trodu ctory Cuide ,
ch Speok mg hlest
op. cit.; Ruth Schat er Morgc nth au, Pohtical Port1es in Fren
, " Malis par t}1 re-
A/ rica, Claren don Press , 1964, pp. 330-358 : e Clem ent H. Moore
cy o/ Polaic s , Ran -
gimes in Africa'' , in Herbe rt J. Spiro (org.) , A/rica: The Prima
ca/ Develop-
dom Hou se, 1966. Tam bém Morri s Janowi tz, The Mtlitary in tlte Políti
ment o/ N ew Natio ns, Unive rsi ty of Chicago Prc~s. 1964,
lJl a de " partidos de
" Polit1cal systems
massa autor itários"; e mél.ls recent ement e Crnwfo rd Young ,
n Experience,
devclopment '' , in John N. Pade n e Edward Soja (orgs. ), Tlte Africo
o de massa como o
North western Unive rsi ty Press , I 970, exa min a tant o o p.ut1d
"part ido de massa reno vado ".
s aspec to s, é bas·
12. Por exemplo, Arthur Lewis, num peq ueno livro qu e, sob outro
: " Por partido
tant e sensat o , Politics in West A/rica, Al len &U nwm, 1965, afuma
de se r o 1m tru mento -; upremo
totalitário entend emos ( . . .) um partido qu e preten as ins-
o ac11na de todas
da sociedade. Em Ga na, Guiné e Mali, o par tido é elevad
tituições ... " (p. 56).
rnization , Unive rsi ty of
13. Ver especialmente David E. Aptc r, Th e Polirics o/ Mode
Chicago Press, 1965, ca p. 1O.
14. 1: essa, pelo meno s, min ha lei tura de Paul E. Sigmund
(org.), Th e !deologies o/
the Developing N ations, Pracgc r, 1963. l: essa também a
lin ha dl· crítica de
de Henry Bicne n,
Finer, Comparative Go vernment, op. cit., pp. 509-510 , e
A uthoritarian
"Onc-Party sys tems in Africa" , in Huntington e Moore (o rgs.),
Politics in Mode m Socie ty, op. cit., pp. 103-104.
15. Embora "novos Estados" seja mais amplo do qu e "novo
s Estado s :ifr 1l·:inos", as
es comun is tas do
generalizações são possíveis desde que se entend a que os regim
es tão inclu ídos
leste asiát ico, como a Coréia do Norte e o Vietn ã do Norte não
s sem form a ou
na minha 4rgumentação, isto é, não se qualifi cam como Estado
biblio gráfic a geral de
embrionários. Para o conte xto mais amplo, ver se a visão
t : developing new
David E. Apter e Charles Andran, "Comparative governmen
ce o/ th e Disci-
nations", in Marian D. Irish (org.) , Política/ Science: The Advan
pline, Prentice-Hall, 1968. julho de 1968, es pe-
16. Ver J.P. Nettl, "The State as a Conceptual Variable", WP,
o e do Es tado na
cialmente pp. 189-191. A fragilidade institucional do partid
ng Politic al Order : The Party
África é bem ressaltada por Aristide Zolberg, Creati
Syste ms in West A/rica, Rand McNally, 1966.
Weltburgentum und
17. Ver, entre outras, a obra clássica de Frederick Meineck,
Natio nal Staat, 6~ed. , Oldebourg Verlag, 1922.
New States , Frec Pr ~ss,
18. Ver, em geral, Clifford Geertz (org.), O/d Societies an~
the com~ arat1vc
1963, que contém, inter alia, um artigo de Ed ward Sh1ls, "On
prcocupaçoe:.. Ver
study of the new nation s", que é muito relevante para nossas
~gica_ , M. Fort es e E. Evans-
também, pela sua abordagem antropológica e sociol
Press, 1940 ( 19 70) .
Pritchard (orgs.), Africa n Po/itical Syste m, Oxford Umvcrs1ty
l 9. The Organizational Weapon , Free Press, 1960.
298 PARTIDOS E SISTEMAS PARTIDÁRIO S

20. A noção de mobilização será examinada em detalhe no vol. li


21. Ver, em geral, Hodgkin, Afric~n Po/itical Parties, op. cit.; G .M.C
African One-Party States, op. czt.; Coleman and Rosberg (orgs.) R /~ter (org.),
an~ Natiional In_tegr~tion_ in 7:°Pical ~[rica, op. cit.; G.M. Carte; (i/hca/ P~rries
Umty and Regzonahsm ,n Ezght Afrzcan States, Cornell Univers't1 i),Natzona/
A. Mahiou, L 'avenement du parti unique en Afrique noire Coli / 1;ess, 1966 ;
8
e S?j_a (?rgs.), _The A[rican Experience, op. ci~..; Hc_nry L.' Brett~n, ; 0 ; Pacten
Pohtzcs ,zn Afnca, Aldrne, 1973; Anna M. Gent1h, Elztes e regimi po/'t' _we, and
ca Oc'cidenta/e, li Mu_lino, 1974 . À parte os ~studos de nações isola~t ln A(ri.
dos em volumes coletivos, os estudos monográficos mais influentes t s PUbhca.
The Gold Coast in Transition, Princeton University Press 19 55 or~ Apter,
Ciuma in Transition, Atheneum, 1963; e A.R. Zolberg, On~-Part/c:guido Por
in the Jvory Coast, Princeton University Press, 1964. A melhor e m ~ernmenrs
fonte de dados (até 1971) é Donald G. Morrison et ai., Black Afric/~ ~e~ente
parative Handbook, Free Press, 1972. om.
22. Sobre Gana , depois de Apter, Ghana in Transition, op· cit· • ver H·L• 8re tton
· f
The Rzse and Fali o Kwame Nkruma, Pall Mall, 1966; sobre a Guiné B. '
Ameillon, La Guinée, bilan d'une indépendance, Maspero, 1964; e sob;e ;r~a~?
Frank G. Snyder, One-Party Government in Mali: Transition Towards Contr,ª0 ~'
Yale University Press, 1965. ,

23. Sobre a Tanzânia, ver Henry Bienen, Tanzania: Party Transformation and
Economic Development, Princeton University Press, 1967; William Tordoff
"Tanzania : democracy and the one-party state", GO, julho-0utubro de 1967,
pp. 599-614; e supra 2.3 e cap. 2, nota 27. As eleições de 1965 na Tanzâni~
são descritas em Lionell Cliffe (org.), One-Party Democracy, East African Pub-
lishing House, 196 7.
24. Sobre alguns dos detalhes, ver A. Zolberg, "Military intervention in the new
states of Tropical Africa", in Henry Bienen (org.), The Military Intervenes: Case
Studies in Political Change, Russel Sage Foundation, 1968; W.F. Gutteridge,
The Military in African Politics, Methuen, 1969; e Anna M. Gentili, "I militari
nell'Africa subsahariana",R/S, IV, 1971, pp. 635-675.
25. Ver em Finer, Comparative Government, op. cit., p. 5 28, Quadro 21. Mas R.E.
McKown e R.E. Kauffman, "Party sistem as a comparative analytic concept in
African politics", CP, outubro de 1973, invertem a questão: "Argumentou-se
que os níveis de instabilidade seriam maiores nos Estados unipartidários do que
nos multipartidários, mas isso não se confirmou". (p. 68)
26. Janowitz, The Military in the Political Development of New Nations, op. cit. ,
1964, p. 29.
27. Immanuel Wallerstein, A/rica, The Politics of Jndependence, Vintage Books,
1961, p. 163. Em 1966, porém, Wallerstein observou, num estado de espírito
muito diferente, que "o fenômeno curioso não foi o aparecimento de um siste-
ma uni partidário; foi antes a sua rápida perda de significado", conclui~do_com
isso que a tendência havia sido de "inânia" ("The declive of the party m smgl~-
party African states", in LaPalombara e Weiner (orgs.), Political Parties and Polz•
rica/ Developrr,ent, op. cit., pp. 207, 208).
28. Em Spiro (org.), A/rica: The Primacy of Politics, op. cit., P: 88. 26
29. The Politics of Modernization, op. cit., pp. 197 ss., especialmente PP· ~06· \ ·
30. A di~tin_ção foi proposta originalmente por um pol~tico d~ Mali, Ma_deua Ke;;.
(ver m S1gmund (org.), The Jdeo/ogies of the Developmg Natzons, op. crt., pp. l do
176), com referência a Gana e ao Mali, cujos partis unifiés resultavam, segun
se supunha, de fusões voluntárias.
31. Supra, 2.1 e 2.2. . _ d r dos
32. O fato de que a obtenção da índependência colocou em nsco a razao e se
NOTA S 299

adores arguto s.
partido s africanos não escapo u, na verdade, à maioria dos observ
Ver, por exemp lo, Coleman e Rosbe rg (orgs.), Politica/ Parties
and Nationa/
J.
Integration in Tropical A/rica, op. dt., pp. 672 ss .; especialmente William
n proble ms",
Folz, "Building the newest nation s : short- run strategics and long-ru
in K.W. Deutsch e Folz (orgs.), Nation Buildi ng, Athcrt o·n Press, 1963.
era, entre
33. També m vale a pena notar que o partid o Wafd, anteri or ao golpe,
iormen te cha-
1921 e 195 2, o precur sor mais próxim o do que viria a ser poster
as tentati vas de Nasser, ver
mado de partid o de massa do tipo african o. Sobre
Leonard Blinder, "Political recrui tment and partici pation in Egypt ", in LaPa-
lomba ra e Weiner (orgs.), Political Parties and Politica/ Development
, op. cit.,
cap. 8.
e: The Dy-
34. Sobre a Tunísi a, ver Clement H. Moore, Tunísia Since lndependenc
espe-
namics of One-Party Government, University of CaHfornia Press, 1965 ; e
tionali zation ", in Autho ri-
cialmente seu artigo "Tunisia: the prospe cts for institu
tarian Politics in Modern Society, op. cit.
, op. cit. ,
35. Ver Zolberg, Creating Poütical Order: The Party System in West A/rica
ism in Tropi-
pp. 159-161, e René Lemarchand, "Politi cal clientelism and ethnic
, de 1972,
cal Africa: compe ting solidarities in nation -build ing" , APSR março
orski de
pp. 68-71. Uma sugestão correla ta é o reexam e da descrição de Ostrog
metad e do sé-
como o partid o do tipo de comitê s fechados surgiu na segunda
s and politic al chang e", /oc.
culo XIX. James Scott, "Corru ption rnachine politic
cit, també m é muito pertinente. Sobre o enfoqu e baseado na clientela, ver supra,
cap. 4, nota 12.
po-
36. Supra, 1.1. A implicação é, no caso, a de que as subunidades faccionais bem
dem ser as verdadeiras unidades. Ver també m supra, 4.3 .
devel-
31. A/rica: The Primacy of Politics, op. cit., cap. 5 ("The primacy of political
Leys, Poli-
opmen t") passim e p. 153. Juntam ente com essa sugestão, ver Colin
ticians and Policies, East African Publishing House, 196 7.
A denom inação foi criada por Macpherson, Democracy in Alberta: The
Theory
38.
adequa da, po-
and Practice of a Quasi-Party System, op. cit. , cap. 8; parece mais
rém, às áreas em desenvolvimento.
39. Ver nota 7 deste capítu lo, e 8.1.
Ver The Politics of the Developing Areas, op. cit., p. 534, Quadro
1. "Competi-
40.
os, em 1964, por
tivo democ rático " e "semic ompet itivo" foram també m adotad
Janow itz (infra, nota 42).
mbara e
41. Ruper t Emerson, "Partie s and nation al integra tion in Africa", in LaPalo
al Develo pment , op. cit., p. 269. Ver,
Weiner {orgs.), Political Parties and Politic
, Five Electio ns in A/ri-
em geral, W.J.M. Mackenzie e Kenne th Robinson (orgs.)
ca, Oxfor d University Press, 1960.
42. Loc. cit. pp. 269, 287-293. Janow itz, The Military in the Political Development
não
of the New States, op. cit., tem uma classe "demo cr_ático-competitiva", que
é melho r (abrange, por exemplo, a Tanzânia).
uma guer-
43. Na Nigéria, todos os partid os foram suspensos a partir de 1966, houve
governo mi-
ra civil com Biafra de 1967 a 1970, e o país contin ua, até hoje, sob
o Tshombe-
litar direto . O Congo {Kinshasa) teve sérios proble mas com a secessã
em 1965 e logo depois enfrentava
Catanga de 1960 a 1963, passou por um golpe
el de Emerson.
a guerra civil de 1967. O Quênia é, assim, o único caso plaus(v
sem risco
Mas sua compe tição pluralista significa apenas que uma oposição pode,
Nacional
de vida, falar contra Kenya tta e o partid o dominante~ KANU (União
o úrúco em 1965 e que manteve
Africana do Quênia) que era de fato um partid
Richar d L. Sklar e C.S.
seu monop ólio pela força em 1969. Sobre a Nigéria, ver
alism in Eight
Whitaker, "Niger ia", in Carter (org.),National Unit)' and Region
African State,, op. cit.; Walter Schwartz, Nigeria, Praeger, 1968; Rober t Melson
tf
PARTIDOS E SISTEMAS PARTIDÁRIO S
300

e Howard Wolpe (orgs.), Nigeria: ModerrliZ<,rtion and the Politics of


ism Michigan State University Press, 1971 . Sobre o Zaire e O "pi ~?mmuna/.
petítivo" congolês, ver Daniel Biebuyck e Ma.ry Douglas, Congo Trib~ ismo co 111 •
Londres, Royal Anthropolog!~al Institute, 1961; Daniel J. Crowi!;tkf.;a,._ fi~s,
and tribalism in the Katanga , WPQ, março de 1963; e Crawford y' 0 litics
itics in the Congo, Princeton University Press, 1965. Sobre O Quênia oung, Po/.
Gertzel, The Politics on lndependent Kenya 1963-68, Heinemann
Rosbcrg, Kenya, Cornell University Press, a ser publicado.
i;;~?'erry
' •e Cart
44. Morrison et ai., Black A/rica, op. cit., p. 99, Quadro 8.2. A contagem incl . "
dos os partidos políticos que eram legais ( ... ) nesse período, quer t hui to-
não resultado de fusoes - ou d'1V1s . ões " . Com a Eh'6pia,
· sem partido en am ou
, , 0 quadro
abrange 32 pa1ses.
45. Note-se que Botsuana e Lessoto só se tornaram independentes em 1%
, mwto . pequenos 6 e que
são ambos pa1ses com, respec t·1vamente, cerca de 500.00Q
700.000 habitantes. e
46. Esses mapas de fluxo são na realidade proporcionados pelos excelentes .. r·
' " qu~ se en~on. tram e_m. Mom~on
de paises . et a.,
l Blac,
k Afirica,
· op. cit., Parte
per 18.
EncoJ11tra-se ah tambem uma b1bliograf1a sobire cada pais, assim organizada 2
0

47. Apter, The Politics of Modernization, op. cit., p. 194. ·


48. Supra, 1.2.
49. Esse é o rótulo usado por Huntington e Moore, em Authoritarian Politics in
Modem Society, op. cit., p. 517.
50. Na Indonésia, por exemplo, mais de 40 grupos (partidos) políticos apresentaram
candidatos às eleições de 1955; e no Congo havia, em 1960, uma estimativa de
100 partidos.
51. J. David Singer, A General Systems Taxonomy for Political Science, General
Learning Press, 1971, p. 6.
52. Essas regras têm origem na relação inversa entre a denotação e a conotação de
conceitos, e são ilustradas em Sartori, "Concept misformation in comparative
politics", ASPR, 1970, op. cit.
53. Variáveis como moderadamente a altamente centralizado, moderadamente a
po~co democrático, alta/baixa liberdade de oposição também podem ser incluí-
das com proveito para exame posterior. Ver lrma Adelman e Cynthia T. Morris,
Society, Politics and Economic Development, Johns Hopkins Press, 1967.
54. Mary B. Welfling, Política/ Jnstitutiona/ization: Comparative Analyses of African
Party Systems, Sage, 1973, p. 38 e Quadro 5 à p. 33. Embora eu não concorde
com a autora sobre seu campo de provas, o livro tem como introdução uma va-
liosa análise do conceito de institucionalizaçã'o (pp . 5-18).
55. Black Africll, op. cit., p. 95.
56. 'fhe Politics of the Developing Areas, op. cit., p. 17.
57. African Political Parties, op. cit., pp. 15-16.
58. Supra, 3.2.
· 59. Supra, respectivamente 2. 3 e 8.1. Esse último ponto é desenvolvido infra, 9.1.
IX
O QUADRO ANALITICO GERAL

9.1 Mudanças, contínuo e descontinuidades do siste


ma
condições de falar
Tomou-se moda falar de contínuos, e estamos assim em
lícita é a de que
de um contínuo de sistemas partidários. A suposição imp
e que as interli-
os construtos tipológicos ignoram a fluidez da realidade
fluxo incessante
gações do mundo podem ser captadas postulando-se um
zação exige muito
de continuidade. A pretensão é justificada, mas sua reali
discernimento.
em lingua-
Em primeiro lugar, o conceito de contínuo não pode ser,
ca. Em particular,
gem natural, exatamente o que é na linguagem matemáti
l, que os contí-
não se pode supor, no uso do conceito pela ciência socia
ndo lugar, não
nuos excluem a descontinuidade por definição. Em segu
ção se rela.ciona
sabemos com exatidão, ao que parece, como uma classifica
sistemas partidá-
com um contínuo. Quando falamos de um contínuo de
do uma expressão
rios, de sistemas políticos, de regimes etc., estamos usan
as distintas: a
abreviada. Com efeito, enfrentamos duas operações lógic
em o contínuo,
primeira é a determinação dos conceitos polares que defin
um contínuo (por
ou melhor, a dimensão ao longo da qual postulamos
o-repressão, inclu-
exemplo, consenso-coerção, liberdade-opressão, expressã
, em diferentes
são-exclusão), e a segunda é a colocação das classes, ou tipos
do, é incorreto
pontos do contínuo assim definido. Rigorosamente falan
um "contínuo
postular um "contínµo de partidos": só podemos postular
m ser aproxima-
conceitua!" ao longo do qual os sistemas partidários pode
partidários, mas
damente localizados. O contínuo não é entre sistemas
descontinuidade
entre características polares; e o tipo de continuidade ou
uma questão empí-
que existe de fato entre os vários sistemas partidários é
rica, que só pode ser resolvida empiricamente.
estamos ap-
Uma terceira observação é oportuna. A razão pela qual
pode induzir a
tos a ressaltar a descontinuidade é que a idéia do contínuo
os sistemas par-
um otimismo evolucionário unidirecional. A idéia de que
o de toda a linha,
tidários são contíguos, e por isso converslveis ao long
curso "natural"
contribui para sugerir, com muita freqüência, que há um
sofrer um desvio
de desenvolvimento político que leva - sempre que não

301
302 PARTIDOS E SISTEMAS PARTIDÁRIOS

não-natural - à liberdade, ao pluralismo partidário e à demo


.
rem revezes mas são apenas revezes. A chamada liberalizaça~ocrd
acia. Ocor.
comunistas, ' juntamente com os exem ·
plos da Turquia e do M,os .regime ·
s
casos altamente significativos que apóiam a abordagem do co
et"!co, s[o
passo que as recai'd as no f asc1s
· mo, no au tonta · nsm
· o e no pretorin 1.nuo , ao
.
0 adventd de regimes comums . t as - expli
raramente sao cados co anism b o ou
fato de que um contínuo postula uma modificação de dire
çã: ase n?
sentidos. Como Huntington mostra bem, produzimos uma teori·
. anos _dois
ral de desenvo1VIme nto comprometi'da com a modernização e que euru1ate ·
a decadênci~. 1 A popularidade da metáfora do contínuo parec
e ser s~ue:e
importa se inadvertidamente - outra manifestação do mesmo
evolu . n~o
mo un ili near: e1a f omenta " con t·mu1s, tas ,, que al'1mentam, por
sua c1orus
vez -
idéia de que a liberdade sucede - como uma continuação natur
al _ ~~
afrouxamento dos laços de opressão.
O que dissemos anteriormente indica que o conceito do contí
nu
está, e se enquadra, entre dois pólos: uma preocupação meto
dológica~
uma questão substantiva. A preocupação metodológica - a que
voltaremos
- relaciona-se com a maneira pela qual podemos perceber as interl
igações
do mundo re~l e, avançando ao longo desse caminho, transform
ar as des-
continuidades das classificações numa continuidade de graus.
A questão
substantiva - sopre a qual agora pretendo estender-me - relaci
ona-se com
a modificação do sistema. A questão é: como um sistema político
concreto
se transforma em outro?
A partir desse ângulo, pode-se dizer que a modificação de sistem
a
ocorre de duas , maneiras principais: (i) continuamente, isto é,
pelo desen-
volvimento interno, transformação endógena e transição espon
tânea, e
(ii) descontínuamente, isto é, através do colapso do sistema.
Assim sendo,
a questão se resume ao seguinte: admitindo-se que os sistem
as políticos
sofrem "transições contínuas", deveremos necessariamente defro
ntar-nos,
em certo ponto, com "quebras de continuidade"? É uma questão
bastante
simples e direta, desde que o colapso, e mais exatamente o colap
so da for-
mação política, seja adequadamente ressaltado.
Embora o conceito de colapso evoque as idéias de modificação
fun-
damental e abrupta, e/ou de violência e revolução, não há coinc
idência
necessária entre esses termos. Por exemplo, e em primeiro lugar
, a modifi-
'1 cação constitucional que siga as regras constitucionais da muda
nça não é
um colapso. Assim, a Inglaterra desde o século XVIII, os Estad
os Unidos
desde a Convenção de Filadélfia, a Suécia desde 1809 e a Hola
nda desde
1848 sofreram modificações fundamentais e profundas, mas não
sofreram
colapsos: são formações políticas contínuas. Abordando o probl
ema do
outro extremo, um golpe ou uma revolta palaciana que m~dam
as pessoas
no poder, mas deixam inalteradas as estruturas de autoridade
não podem
ser qualificados de colapso, pois a formação política continua
exatamente
O OUADRO ANAL(TICO GERAL 303

como é. Por exemplo, os impérios persa, romano, bizantino e otomano


existiram durante séculos _como formações políticas contínuas, apesar das
centenas de golpes pretonanos e dos assassinatos de seus governantes. A
URSS é uma fonnaçã~ política dura~oura ·desde 1918, ou 1920, a despei-
to de a morte de Stalin ter ou não sido natural e embora sua sucessão te -
nha sido decidida pela força e pela conspiração. E uma ditadura militar
continua sendo uma ditadura militar, quer um coronel derrube o outro ou
não. Por outro lado , sempre que ocorrem modificações básicas na estru;ura
de autoridade de uma fonnação política além e fora de seus mecanismos
internos de mudança, temos então um colapso do sistema. Assim, há um
colapso quando uma ditadura se instala ou é eliminada ; quando eleições
livres são impedidas ou restabelecidas; quando juízes subservientes substi-
tuem, ou são substituídos, por um judiciário independente; quando par-
tidos no plural são autorizados ou proibidos. ·
A ilustração anterior sugere : (i) que mudanças fundamentais bem
podem ocorrer continuamente, isto é, de acordo com as regras e procedi-
mentos constitucionais de transfonnação do sistema; (ü) que o imprevisto
de uma mudança não constitui um critério fidedigno; e (üi) que a mudança
perturbadora ou violenta não implica necessariamente o colapso de uma
estrutura política._2 Isso equivale, no todo, à sugestão de que o colapso de
um sistema político é identificável pelos dois critérios combinados seguin-
tes: primeiro, sempre que uma formação política se transforma em outra,
1

não em virtude de suas próprias regras de transformação, mas pelo repúdio


e violação dessas regras, e, segundo, sempre que a perda ou a tomada do
poder não conserva, e sim modifica, as estruturas de autoridade preexisten-
tes, isto é, os modos e meios de governo, a aplicação de leis e a adjudicação
de regras. Na verdade, uma mudança que rompe com as regras, que muda
. as·regras de mudança e que também muda a estrutura de autoridade resulta
em geral, na realidade, de uma tomada revolucionária do poder. Mas "revo-
lução" é hoje um termo muito amplo e vago. Para incluí-lo na definição de
colapso, devemos estabelecer primeiro várias distinçé5es precisas, como, por
exemplo, entre golpe e revolução, entre pressão revolucionária e revolução
real, e assim por diante. !ais complexidades podem, porém, ser evitadas,
se o colapso for definido - como pretendo - independentemente de fa-
tores causais, ou seja, por uma modalidade específica e pelo âmbito da
mudança.
Se o colapso e, portanto, a quebra de ~ontinuidade estiverem defini-
dos então será fácil definir a "transição contínua". As transições de um
tip~ de sistema político para outro são contínuas, espontâneas ou endóge-
nas sempre que podem ser atribuídas aos princípios operati:os ou às_ regra~
do jogo inerentes ao sistema. Em suma, a mudan~ra conti~ua eq~vale a
automudança, às transformações que resultam dos mec~~smos internos
constituintes de cada estrutura política e por eles são permttldas.
304 PARTIDOS E SISTEMAS PARTIDÁRIOS

Podemos agora voltar ao chamado contínuo dos sistema . ,.


A questão de se esse contínuo é ou não "contínuo" é, em ú!ti~rticta_n_os.
uma questão de fato. Mas nenhuma questffo é apenas de fato. Q ª anahse,
guntamos: hÉ isso um colapso, ou não?", a questão gira, clara Uando per.
torno dos pontos de ruptura, em relação aos quais é levantada ;ente, em
plo, se todos os sistemas políticos forem declarados "mistos" · ~rlexem.
nen h uma c1ass1•fi1caçao
- e supoe-se,
- por d e fim1çao,
• - uma continuidad, 11 ao 1averá
E
caso ~ão será n:iwto. d!~eren~e se _n?s. satisfizer~os com a divisão t;í li 0
em sistemas umpart1danoi b1part1dano e multipartidário. Como a P ce
·
d o umpart1·d ansmo
· · 1m· na rea11·d a d e, no seu uso atual sistemas de e1 asse
me
mais p~rtidos~ a q':estão é eliminada pela pobreza da ci'assificação, i:t~·::
pela ma class1ficaçao. Por outro lado, se uma classificação mais anal •r
dividir o que estava até então indiviso, somos então imediatamente al~~:~
dos para_º fato de que, ao longo de nosso contínuo, há um ponto no qual
as cone:xoes parecem desconexas. Como sabemos, a conexão crítica se faz
entre sistemas hegemônicos, de um lado, e sistemas predominantes, do ou-
tro, logo a questão pertinente é: podem esses dois sistemas ser transforma-
dos um no outro sem colapso, isto é, continuamente, através da transfor-
mação interna? E essa é a questão de fato. A essa altura, a resposta está nas
evidências.
Pelo registro histórico, o caso não tem ambigüidades: as evidências
mostram, esmagadoramente, uma descontinuidade. Não consigo pensar em
nenhuma passagem de uma formação política competitiva para outra, não-
competitiva, que tenha ocorrido sem a violação da ordem constitucional -
ou seja, as convenções da constituição em vigor - habitualmente sob o
impacto da violência revolucionária real ou potencial, dos golpes e da rebe-
lião militar. Algumas dessas transições não violam, evidentemente, a ordem
constitucional no sentido de que a violação ocorre depois, isto é, depois de
uma ascensão legal, ou semilegal, ao poder. Isso significa apenas que a alte-
ração das estruturas de autoridade não pnecisa coincidir, cronologicamen-
te, com a ascensão ao poder. Hitler suspendeu a constituição pouco depois
de sua indicação. Mussolini, porém, agiu mais gradualmente, mas nenhuma
eleição livre foi realizada na Itália, sob seu governo, depois de 1924. A to-
mada do poder pelos comunistas na Tcheco-Eslováquia, em 1948, seguiu
um curso semelhante, já que foi precedida da ascensão legal de Gottwald
,/ ao poder.
Se a passagem de uma estrutura connpetitiva para outra, não-compe-
titiva,é, sem exceção, descontínua, a regra parece menos rigorosa na º~~ra
direção, ou seja, a transição de uma formação política não-com~e:it 1~ª
para uma formação política competitiva. A questão depende da e_videncia
considerada como pertinente. Por exemplo, o padrão do golpe latino-ame:
ricano só tem significação - lembremos da Argentina - enquantoª. t?~~'
.
da d o po d er pe 1os m il 1tares e, vista
. como uma ""m t err up li,a-0 provisona
305
O QUA DRO ANA L(T ICO GER AL

stituição "suspensa" .3 O
que cont!nua aberta ao restabelecimento da con
rente porque os militare s
caso do m_terr<:_gno militar é também muito dife
perda de seu poder espe-
P??em abnr mao do poder civil que tomaram sem
uma elite poli'tica até então
c1f1co. O problema real surge, porém, quando
er, como também sujeita
todo-poderosa se vê não só privada de todo o pod
às retaliações de novos ocupantes do poder.
)ado também -
A parte o caso dos militares, e se colocarmos de tica
ações polí s fluidas, até
como devemos - o falso testemunho das form
os de um desenvolvimento
1975 a bibliografia oferece apenas dois exempl
o pluralismo: o México e a
um tanto endógeno do monocentrismo para
porque não atravessou nun-
Turquia. Mas o México não pode provar a tese hegemónico. 4
arcatória: é uma formação política de partido
ca a linha dem
Turquia para a democracia
Resta-nos, portanto, discutir se a passagem da
ificar a tese de que o uni-
em 1945 foi suficientemente espontânea para just
mo e (ii) com êxito, num
partidarismo pode se transformar (i) por si mes
sistema partidário competitivo.
depois da Primeira
A história da modernização da Turquia começa
a por Kemal Ataturk, em
Guerra Mundial, com a proclamação da repúblic
ular (PRP ). O primeiro feito
1923, e a criação do Partido Republicano Pop
to imediato do governo ci-
notável de Kemal Ataturk foi o restabelecimen
sob tutela militar. Ataturk
vil. Isto é, o PRP não estava, e nunca esteve,
alismo partidário, permi-
também fez duas tentativas de estabelecer o plur
em 1924, e especialmente
tindo a existência de um partido oposicionista:
ublicano Progressista que,
em 1930. Ambas fracassaram. O Partido Rep
ido Livre, criado em agosto
surgiu em 1924, foi dissolvido em 1925. O Part
u-se em novembro do mes-
de 1930 com o estímulo de Ataturk, dissolve
demasiado de membros rea-
mo ano sob a acusação de abrigar um número
sucessor, Inonu, que pre-
cionários. Ataturk morreu em 1938, e foi o seu
1945. Foi "espontânea"
sidiu ao advento de um regime multipartidário em
espírito de Inonu para res-
a transição? Não é preciso ler o que estava no
etração de Stalin na Europa
ponder. Os fatos são que em I 945, face à pen
Dardanelos, a Turquia não
e ao tradicional interesse russo pelo estreito de
ia internacional era peri-
tinha praticamente escolha: seu grau de autonom
de Inonu, a passagem para
gosamente baixo. Qualquer que fosse a intenção
essidade vital para um país
uma democracia do tipo clássico foi uma nec
teção das democracias oci-
pequeno que precisava desesperadam~nte da pro
mente que a competição
dentais. Presumivelmente, Inonu acreditava real
osição muito mais forte,
partidária e o pluralismo eram coisJs boas. Sup
poder, depois de 27 anos
porém, é a de que, quando o PRP foi afastado do
agadora vitória do Partido
de governo ininterrupto, pela inesperada e esm
ter reproduzido Ataturk,
Democrata de Bayar e Menderes, Inonu poderia
fosse a pressão externa e
voltando imediatamente ao unipartidarismo, não
tica, que estava em causa.
a ajuda econômica, para não falarmos na polí
r
e...>
o Quadro 32.
Turqu ia: percen tagens e cadeir as ,na Assem bléia Nacio nal, 1946- 1977
r:,,.

I Repúb lica li Repúb lica


Golpe de
1960 º1961 1965 1969 1973 1977
Partido s 1946 1950 1954 1957
28,7 38,4 31,8 29,8 41,1 47,3
Partido Popula r Repub licano 84,9 14,2 5,7
(173) (173) (134) (143) (185) (214)
(lnonu ) (395) (69) (31)
Partido Democ rático (Bayar , 13,8 83,8 93,0 69,9
Mende res), proibid o em 1960 (64) (408) (503) (421)
- - 35,1 53,3 56,2 29,6 36,9
Partido da Justiça (Demir el), - -
(158) (240) (256) (149) (189)
fundad o em 1961 10,6
2,0 1,3 1,4 26,5 16,9 12 ,3 29,3
Outros * 1,3 (4 7)
(10) (7) (8) (119) (76) (51) (116)
(6)
541 602 450 450 450 450 450
Númer o total de cadeira s 465 487
deiras em 1973 quand o concor reu pela primei ra vez, mas cai u
* Entre os terceir os partido s, com freqüê ncia volátei s, q uc
para 24 lugares e_m 1977. Em 1973, o Partido da Justiça tam-
obtiver am uma parcela ponder ável do total dos votos em .1961
e novam ente em 1973, o mais notáve l é hoje o Partido de Se- bém foi énfraq uecido pela cisão do Partido Democ rático, que
pratica mente desapa receu, porém , na eleição de 1977.
guranç a Nacion ai (àe orienta ção islâmic a) que obteve 48 ca-

j
~

Você também pode gostar