CASE DE MCA (MOTOR CIRCUIT ANALYSIS)

Sobre a técnica: O MCA™ é um teste não destrutivo utilizado para verificar a

integridade do circuito elétrico do motor e com bases nas tolerâncias estabelecidas
através da norma IEEE std. 1415™-2006 sec. 4.3.33. Em um teste rápido (poucos
minutos), com o motor DESENERGIZADO, e com um diagnostico imediato é possível
avaliar uma média de 20 a 30 motores no dia.
De acordo com os dados da Mobius Institute, 47% das falhas em um motor elétrico
são de causas elétricas e somente 17% destas falhas estão associadas à resistência
de isolação. O megômetro, principal ferramenta utilizada na análise de motores na
indústria, somente consegue detectar falhas relacionadas a resistência de isolação.
Contudo, como podemos ver no gráfico apresentado, os outros 83% não são verificados
por essa ferramenta. A Solução MCA™ (Motor Circuit Analysis) veio para resolver este
problema. Além de verificar a resistência de isolação dos motores/geradores, o MCA™
verifica mais 9 parâmetros que são correlacionados a uma falha específica
(contaminação, curto prematuro do bobinado (espiras/bobinas/fase),
sobreaquecimento, assimetria das conexões e outras).

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Neste CASE é apresentada a medição de MCA em um parceiro do seguimento de
papel e celulose (SISTEMA DE ACIONAMENTO DO VENTILADOR - GÁS HVLC)

A medição inicial foi realizada via CCM e vários parâmetros deram variação.
Devido à assimetria dos valores a equipe deslocou-se para a caixa de ligação do
motor e ao chegar no local, encontramos o mesmo como apresentado na imagem
abaixo (a caixa estava completamente aberta o que favorece a contaminação,
umidade e degradação do circuito de forma prematura). Analisando os dados
acima, podemos observar que os valores de Ângulo de fase e I/F estão acima da
tolerância indicando um possível desenvolvimento de curto do motor. Como o
equipamento possuía motor reserva e se tratava de um elemento de criticidade A,
mesmo com uma variação ainda em caráter de acompanhamento, foi
recomendada a troca do mesmo.

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 Figura 1 – MOTOR

Figura 2: Caixa de ligação sem tampa do MOTOR

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PARÂMETROS AVALIADOS ATRAVÉS DA TÉCNICA MCA:

5.1 - Resistencia das Conexões

5.2 - Impedância/Indutância
5.3 - Ângulo de Fase
5.4 - Resistência de Isolamento
5.5 – I /F (Relação de Corrente/Frequência)
5.6 - Capacitância
5.7 – Fator de Dissipação (DF)
5.8 – Valor de Teste Estático (TVS)*
5.9 – Assinatura Dinâmica do Estator e rotor

5.1- Resistência das Conexões: Medição da Resistência das Conexões dos

terminais do motor em relação às pontas de prova, este parâmetro é
específico para identificar falhas de conexões como oxidação dos terminais,
soldas trincadas ou quebradas, parafusos de fixação frouxos, etc.

5.2- Impedância/Indutância: Teste para verificar a condição do estator em

relação ao rotor identificando possíveis contaminações ou
superaquecimento do enrolamento e degradação do verniz isolante.

5.3- Ângulo de Fase: O atraso da corrente para a tensão aplicada no circuito

básico do motor é uma das medições mais sensíveis. Fi é geralmente uma
das primeiras medições que deve sofrer alterações quando o sistema de
isolamento se deteriora (enrolamento em curto-circuito). As assimetrias
maiores que 1 grau (> 1°) da média indicam um enrolamento em curto-
circuito.
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5.4- Resistência de Isolamento: Testes para verificar o Resistência de
Isolação entre Estator e Carcaça/Terra do Motor.

5.5- I /F (Relação de Corrente/Frequência): é um teste com o objetivo de

verificar se existem falhas entre bobinas e espiras. Este teste também é
considerado como um método efetivo para identificar os curtos-circuitos de
enrolamentos.

5.6- Capacitância: É a capacidade de um corpo, sistema, circuito ou

dispositivo de armazenar carga elétrica. É uma medida da quantidade de
carga elétrica armazenada a uma tensão aplicada. A unidade de medida
desse fator é Farad (F). Em adição, a capacitância de um circuito se opõe a
qualquer alteração de tensão no mesmo. A capacitância de um circuito
depende da geometria do sistema e do material dielétrico. No caso de um
motor, fatores como umidade, contaminação ou qualquer outro acúmulo
sobre o enrolamento irá afetar a constante dielétrica do mesmo.

5.7- Fator de Dissipação (DF): O teste de DF é comumente utilizado em

equipamentos elétricos como transformadores de potência, disjuntores,
geradores e cabos. As tendências dos valores de DF e Capacitância ao longo
do tempo podem ajudar na identificação de problemas como a
contaminação, alto teor de umidade e presença de bolhas no isolamento.
Quando o sistema de isolamento começa a degradar ou sofrer
contaminação, a constante dielétrica irá alterar e fazer com que o DF
aumente.

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5.8- Valor de Teste Estático (TVS)*: O TVS é um valor calculado a partir de
algoritmos dentro do sistema do dispositivo e que define a simetria do
sistema de enrolamento de três fases. Este valor é calculado a partir de
medições feitas com a aplicação de uma série de sinais de baixa tensão, em
várias frequências diferentes através do estator do motor. Qualquer mudança
na condição de isolamento do enrolamento será refletida no TVS.

5.9- Assinatura Dinâmica do Estator e rotor: Referem aos testes em

motores desenergizados e que são realizados enquanto o rotor de gaiola de
um motor de indução é girado manualmente. O teste dinâmico executa
sequencialmente testes em todas as três fases do enrolamento do estator e
desenvolve um teste de assinatura tanto do rotor quanto do estator, que é
então analisado para proporcionar resultados imediatos das condições do
rotor e do estator de um motor de indução trifásico de gaiola de esquilo. Além
do mais, este teste reduz a influência do rotor nas medições dos parâmetros
que podem causar desequilíbrios de indução que ocorrem nos métodos
estáticos.
OBS: Os testes dinâmicos devem ser realizados diretamente no motor, pois
os testes a partir do CCM captam interferência de fontes externas e que
influenciam negativamente nas medições.

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Felipe Gargano
Sales & Application Engineer
Vibration Analyst ISO-CAT II

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