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BOI 7.7.7
TÉCNICA E METAS
Essas são duas palavras de ordem para o produtor rural aderir ao sistema batizado
de Boi 7.7.7, que promete aumentar em até 30% a lucratividade a partir do ganho
acelerado de peso do animal em um período de tempo menor. A tecnologia inédita
para a produção de gado de corte, desenvolvida no Polo Regional da Alta Mogiana,
da APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), exigiu dez anos de
pesquisa para chegar a um boi que engorde sete arrobas na desmama, sete na recria
e sete na engorda. Cada uma das fases leva, em média, oito meses.
Dessa maneira, levam-se até dois anos para chegar ao momento do abate com 21
arrobas. Ou seja, se produz mais dentro de um giro menor no comparativo com o
sistema tradicional, que leva, no mínimo, três anos para alcançar 18 arrobas.
Pelo método também é viabilizada a produção de animais inteiros com mais gordura
de cobertura. Sua engorda ocorre de maneira mais rápida do que com o boi castrado,
contudo, essa camada é menor e pode acarretar no enrijecimento da carne nos
frigoríficos. Apesar disso, a qualidade da carne do Boi 7.7.7 é melhor, dada a sua
precocidade que influencia positivamente em sabor, maciez e coloração atrativa ao
consumidor. “Não chega a ser um produto para exportação ou para um nicho
especial. Digamos que seja um arroz e feijão bem feito”, comenta Gustavo Rezende
Siqueira, pesquisador da APTA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo.
Custo e lucro são semelhantes à técnica comum. A vantagem está no giro, que
aumenta a lucratividade pela antecipação do ciclo produtivo do gado. Assim, até
mesmo o pequeno produtor pode aderir ao programa, que de acordo com o
especialista é viável para todas as áreas do Brasil e para qualquer raça. O importante
é encará-lo como negócio.
Outra atenção é com o pasto, que deve estar perfeita, especialmente na recria, fase
em que o bezerro forma as estruturas óssea e muscular. “O animal do sistema 7.7.7 é
dócil e isso facilita a vida dos colaboradores da fazenda durante o manejo”, garante
Siqueira. Nunca é demais lembrar que a adubação melhora as condições da planta,
por isso precisa ser feita periodicamente. Aliás, o cuidado especial deve se estender
a ações contra invasores, pois eles acabam com a pastagem e comprometem o
resultado final da técnica.
Fique de olho no clima. Na época das águas, quando o pasto está vigoroso, a dose
recomendada é de uma grama, ao dia, por quilo. “A fase de finalização do período
do sistema é entre outubro e dezembro, uma época de seca. Então, o boi necessita do
aumento da suplementação”, informa o pesquisador da APTA. Aqui, a quantidade
passa para três gramas ao dia, por quilo.
Foto: Shutterstock
WHITE PAPER BOI 7.7.7
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MATO
GROSSO
GOIÁS
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MATO
GROSSO
DO SUL
SÃO PAULO
PARANÁ
TROCANDO EM MIÚDOS
FASES DO DESENVOLVIMENTO 7.7.7
Tenha em mente duas metas de produtividade: alcançar o
peso ideal (7 arrobas) dentro do tempo esperado (8 meses).
Persiga-as e alcance o sucesso.
7 arrobas
8 meses 14 arrobas
16 meses 21 arrobas
24 meses
SOBRE A AGRISHOW
A Agrishow é uma das três principais feiras de tecnologia agrícola do mundo e a
maior e mais importante na América Latina. Idealizada pelas principais entidades
ligadas, direta e indiretamente, ao agronegócio brasileiro, será realizada em Ribeirão
Preto (SP), entre os dias 25 a 29 de abril de 2016.