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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS

CURSO DE MEDICINA
PRIMEIRO PERÍODO
INESC- INTEGRACÃO ENSINO SERVICO COMUNIDADE
USF PADRE EUSTÁQUIO
PRECEPTOR: DR. THIAGO DE DEUS
ALUNO: NÍCOLAS OLIVEIRA CAMARGOS
10/04/2023
Descrição das atividades do dia
Nesse dia acompanhei consultas com o interno Igor, foram 2 consultas de puericultura,
uma menina de 3 meses que estava acompanhada de pai e mãe, estava tudo ok com o
exame físico, o interno realizou as perguntas e também teve um bom resultado, porém a
menina não estava tomando sulfato ferroso ainda, então o interno solicitou que os pais
iniciassem a utilizar. A unidade tinha caixas de sulfato e o interno deu a eles esse
suplemento. A segunda consulta foi com 2 crianças, auxiliei realizando a triagem de um
dos irmãos, a QP da menina era dificuldade para dormir, porém não foi difícil para o
interno notar o problema, ela estava dormindo tarde e usando muito o celular anoite,
isso estava deixando-a despertada demais, o interno aconselhou higiene do sono para a
menina.
Reflexão
Achei o dia bem produtivo, pois realizei triagem e pude acompanhar consultas, me senti
bem interessado por essa higiene do sono, então realizarei a pesquisa desse portifólio
baseada nesse assunto.
Higiene do sono
O que é SONO, e como funcionam suas fases?
O repouso noturno pode ser dividido em duas grandes fases, sendo que a primeira delas,
chamada de fase nãoREM, é subdividida em quatro etapas ou fases distintas. Na primeira fase,
conhecida como sonolência, é possível perceber que os olhos se movem em círculos e o corpo
relaxa. Já nas fases dois, três e quatro (sono leve, sono profundo de transição e sono cerebral,
respectivamente), os músculos permanecem relaxados e os olhos permanecem em posição
normal. É importante destacar que é durante a quarta fase do sono que ocorrem o sonambulismo
e os pesadelos (BRANDÃO, 2019).
Por outro lado, a fase REM apresenta um padrão diferente das outras etapas. Nessa fase, há uma
intensa atividade ocular e movimentos periódicos das extremidades, conhecidos como
espasmos. Essa fase é famosa por ser quando ocorrem os sonhos mais vívidos e, de acordo com
estudos, cerca de 75% dos sonhos são vivenciados nessa etapa. Os sonhos sempre foram objeto
de fascínio para os seres humanos e costumam estar associados a mistérios, teorias e
superstições populares, como as simpatias e presságios. Na verdade, os sonhos têm uma
importância significativa em nossas vidas e, para alguns pesquisadores, são reflexos do processo
de apagamento das informações apreendidas erroneamente pelo cérebro durante o sono (F.
Crick e G. Mitchison, apud BRANDÃO, 2019). É importante ressaltar que o sono também é
fundamental para a consolidação da memória e para o processo de aprendizagem, sendo que
noites mal dormidas ou com pouca qualidade podem prejudicar a assimilação de novos
conhecimentos (VALLE; VALLE; REIMAO, 2009).

OBS. Até a segunda fase, somos facilmente acordados, mas a partir da terceira fica mais fácil

Benefícios de uma boa noite de sono:


O sono é essencial para a saúde do corpo e da mente. Enquanto dormimos, nosso organismo
libera melatonina, um hormônio que regula o sono e previne o envelhecimento precoce. A falta
de sono pode levar a um desequilíbrio hormonal, aumentando a produção de cortisol, o
hormônio do estresse. Isso pode causar alterações no metabolismo, no sistema imunológico, no
peso e até predispor ao diabetes. Além disso, o sono também é importante para o descanso e a
regulação emocional. Quando não dormimos bem, ficamos irritados e cansados, podendo
desenvolver ansiedade e fadiga.
Dormir bem traz muitos benefícios, como a redução do estresse, a melhora do humor, o controle
do apetite, a ativação da memória, o estímulo ao raciocínio e o rejuvenescimento da pele.
Durante o sono, o corpo diminui a produção de cortisol e adrenalina, reduzindo o estresse.
Também aumenta a disposição, a energia e o bom humor durante o dia, pois os níveis dos
hormônios relacionados ao estresse estão mais baixos. O sono ajuda a regular os hormônios que
controlam o apetite, como a leptina, resultando em menor ingestão de calorias. Além disso,
permite que o cérebro processe as informações do dia, consolidando a memória e estimulando o
raciocínio. E, por fim, uma boa noite de sono ajuda a rejuvenescer a pele, reduzindo as rugas e
linhas de expressão, pois é durante o sono que ocorre a renovação celular.

Higiene do sono:
Qual é o conceito?
A Higiene do Sono é uma prática que visa sincronizar o relógio interno da pessoa por meio do
ciclo vigília-sono, utilizando um ambiente apropriado para dormir, sem luz, ruído e com
temperatura agradável. Esta terapia não-farmacológica inclui uma série de orientações para
melhorar a qualidade do sono e deve ser considerada como parte de um estilo de vida saudável,
juntamente com hábitos nutricionais e exercícios físicos.
O que fazer e o que não fazer?
Algumas práticas a serem evitadas incluem o consumo de estimulantes, como álcool, cafeína e
nicotina, além de alimentos calóricos próximos ao horário de dormir. Exercícios físicos
extenuantes também são desencorajados, pois estimulam o corpo. É importante manter um
horário regular para dormir e acordar.
Orientações para a Higiene do Sono incluem evitar cochilos, usar a cama apenas para dormir,
levantar da cama se não estiver dormindo, evitar ansiedade antes de dormir, realizar atividades
mentais de preocupação mais cedo, escrever sobre sentimentos antes de dormir, reduzir a
ingestão de líquidos à noite, e levantar da cama se não estiver dormindo por mais de 15 minutos.
Também é importante não forçar o sono e não se exigir as 8 horas de sono, dormindo o quanto
puder. Outras sugestões incluem não acender as luzes, não iniciar atividades intelectuais e não
mexer no celular.

Referências:
1. https://vidasaudavel-einstein-br.cdn.ampproject.org/v/s/vidasaudavel.einstein.br/
importancia-dosono/?amp_js_v=a6&_gsa=1&usqp=mq331AQKKAFQArABIIACAw%3D
%3D#aoh=162677489 15849&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&_tf=Fonte
%3A%20%251%24s&ampshar e=https%3A%2F%2Fvidasaudavel.einstein.br
%2Fimportancia-do-sono%2F acesso em 18 de julho de 2021.
2. Ferreira, L. A. PSICOEDUCAÇAO COMO ESTRATÉGIA DE HIGIENE DO SONO EM UMA
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE. Fundação Educacional do Município de Assis- FEMA,
2015. Trabalho de Conclusão de Curso.
3. VIGETA, S. M. G.; RIBEIRO, F. M. N.; HACHUL, H.; TUFIK, S.; HAIDAR, M. A. O
conhecimento da higiene do sono na menopausa. Rev. APS. 2013 abr/jun; 16(2): 122-
128. Disponível em: http://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/15002.
Acesso em 19 de jul 2021.

24/04/2023
Descrição das tarefas do dia:
Nesse dia eu e meus colegas realizamos 2 visitas domiciliares, sem acompanhamento da
ACS. Visitamos uma mulher viúva com problemas de saúde mental, reclamava de uma
forte dor de cabeça, constante, sem irradiação, há 2 anos. Relatou dificuldade em se
alimentar e dormir. PA estava normal, baseada nos valores de referência (eu quem
aferi). Ela se emocionou muito ao falar de seu marido que faleceu há alguns anos,
claramente sente muita falta dele, ficamos bem “sentimentais” com a confissão da
mulher, encaminhamos a ao psicólogo da USF. A outra visita foi à uma vizinha da
primeira, ela aparentava estar bem, questionamos sobre as receitas e ela relatou estarem
em dia, conversamos por uns 40 minutos com ela e fomos embora.
Reflexão:
Achei esse dia muito produtivo pois como fomos sem auxílio de nenhum interno,
médico, ACS... Tivemos que nos virar par improvisar nas situações difíceis, a minha
colega Maria Fernanda foi muto bem ao indicar o psicólogo à paciente. Minha pesquisa
nesse portifólio será sobre “depressão no luto”.
Depressão em mulheres viúvas:
A perda de um parceiro pode ser uma experiência profundamente dolorosa e traumática para
qualquer pessoa, independentemente do gênero. No entanto, estudos indicam que as mulheres
que perdem um parceiro tendem a apresentar um risco maior de desenvolver depressão.
A depressão é um transtorno mental que pode afetar profundamente o humor, os pensamentos,
as emoções e o comportamento de uma pessoa. A perda de um parceiro pode desencadear uma
série de reações emocionais e psicológicas em mulheres, como tristeza profunda, falta de
interesse em atividades que antes eram prazerosas, perda de apetite, dificuldade para dormir,
cansaço excessivo, sentimentos de solidão e isolamento social.
Além disso, as mulheres podem ter que lidar com uma série de fatores adicionais que podem
contribuir para a depressão após a perda do parceiro. Por exemplo, muitas mulheres tendem a
assumir o papel de cuidadora em um relacionamento, o que pode tornar a perda ainda mais
difícil de suportar. Elas também podem enfrentar desafios financeiros, especialmente se
dependiam do parceiro para sustento.
Embora a depressão seja uma condição séria, existem muitos tratamentos eficazes disponíveis,
como terapia e medicação. As mulheres que perderam um parceiro devem procurar ajuda de um
profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, para determinar o melhor curso
de tratamento para elas.
Além disso, a construção de uma rede de apoio social forte também pode ajudar as mulheres a
lidar com a perda e a depressão. Isso pode incluir amigos, familiares e grupos de apoio para
pessoas que perderam um parceiro. Participar desses grupos pode fornecer um espaço seguro
para compartilhar experiências, sentimentos e emoções, além de oferecer suporte emocional e
prático.
Em resumo, a perda de um parceiro pode ser uma experiência devastadora para as mulheres e
pode levar a depressão. No entanto, com o tratamento adequado e o apoio de uma rede de apoio,
é possível superar essa condição e encontrar a cura. É importante que as mulheres sejam
encorajadas a procurar ajuda e a se conectar com outros que possam entender e apoiar durante
esse período difícil.

Referências:
1. Depressão em mulheres viúvas”, por Tereza Cristina C. de Oliveira e Renata Oliveira e
Silva.
2. “Depressão na mulher idosa após a perda do cônjuge: uma revisão de literatura”, por
Marília Campos de Souza e Ana Cristina de Oliveira e Silva.
3. “Luto e depressão em mulheres idosas após perda do cônjuge”, por Bianca Reis Pena,
Isadora Borges Costa e Ana Cristina de Oliveira e Silva.
4. “Depressão e o processo de luto em mulheres idosas após perda do cônjuge”, por
Cinthya Rebouças Oliveira da Costa, Edilene Curvelo Hora e Vívian Saraiva Veras.

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