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Cariacica – ES
2022
Ingryd de Sousa Dantas
RESENHAS CRÍTICAS
Cariacica – ES
2022
Análise crítica do personagem de “Brilho Eterno de uma
Mente sem Lembranças
Não obstante, cabe salientar que um dos principais fatores, os quais são
desenvolvidos e merecem uma análise assídua, no presente filme, dizem
respeito à presença da família dos pacientes da clínica psiquiátrica, por um lado,
observar-se-á o olhar empático da parentela para com os pacientes, contudo, por
outro lado, averiguar-se-á, concomitantemente, um falso juízo de valor as
doenças e transtornos dos pacientes, isto é, o tratamento das doenças psíquicas
como algo fácil de ser realizado e algo que não possui tanta importância , desse
modo, essa premissa seria uma espécime de inferiorização das doenças
mentais, realidade essa, a qual ainda perdura na sociedade contemporânea.
Além do mais, cumpre ressaltar, desse modo, que o filme, de forma leve,
robustece a necessidade da problemática atinente às doenças mentais na
sociedade, dito isso, o gênero comédia romântica perpassa a dicotomia
albergada no clichê, oriundo desse gênero, a qual ora é formada por triângulos
amorosos, ora formado pelo casal que não gostam um do outro e no final
descobrem que se amam, em suma, esse gênero “romance” é arraigado, em
demasia, pela superficialidade que as relações estão se desenvolvendo na
modernidade líquida. Contudo, não se observou tal característica no presente
filme, à medida que tratar-se-á da busca de um amor sem considerar os estigmas
associados às doenças mentais.
Para aquém disso, ao longo do filme, o qual apesar de leve, não restringe
discussões do âmago da psicologia e do direito, poder-se-á observar a presença
de personagens coadjuvantes, os quais vinculam, em sua subjetividade humana,
história e estigmas, dentre os quais, a família e a própria doença mental, mais
adiante, ao mesmo tempo, observa-se a afetividade e o desenvolvimento do
nascimento altruísta em Adrí, o qual, por meio do contato com os demais
pacientes da clínica, reconhece em cada um deles sujeitos detentores de
importância, de subjetividade e dignos. Portanto, em suma, a presente resenhista
ressalta que os estigmas sociais não devem ser inibidores do status quo
concernente ao direito à uma vida digna e feliz.
REFERÊNCIA