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Universidade Anhanguera – Uniderp

CURSO DE PSICOLOGIA

MARCIA VERÇOSA VIEIRA RICCI


RA: 392289513199

Desenvolvimento Humano II
Prof. Fernanda C. Moraes

Campo Grande – MS
2022
Introdução
Assistindo a estória do filme “Duas Vidas” com Bruce Willis atuando como
(Russ) pude notar como a fase adulta e o envelhecer nos afastam das nossas
memórias por medo de serem relembradas e trazerem a tona situações que
nos entristece e com este sentimento não conseguimos entender porque
muitas vezes o coração se endurece e não deixa questões difíceis serem
resolvidas porque é na infância onde estão instalados os nossos medos,
traumas, vergonha, inveja e feridas que procuramos esquecer, mas nunca
saem do nosso inconsciente. Isto é tão real que no filme em um dado momento
o ator principal é surpreendido pela presença de um menino desconhecido em
sua casa, e ele fica agitado e nervoso com esta presença que ao decorrer do
filme se é descoberto que o menino (Rusty) é ele próprio aos oito anos de
idade. Por outro lado, ele quase não consegue se reconhecer nesse menino
rechonchudo e emotivo porque há muitos anos vivia uma vida mal-humorada
deixando para trás todos os seus maiores sonhos.
Desenvolvimento
Também é verdadeiro dizer que a melhor forma de viver o presente é aceitá-lo
como novo, atualizando nossas perspectivas diante das novidades que a vida
traz a cada instante. Ao rever os fatos do passado, o protagonista sensibiliza-
se diante de sua fragilidade de criança, que ao mesmo tempo trazia consigo
valores genuínos e sonhos abandonados. O filme sugere que alguns elementos
da sua infância o fizeram adquirir uma conduta rígida quando adulto, a partir
das qualidades presentes na criança que foram sufocadas. A sensação infantil
daquela grandiosidade permanece em nós até quando aceitamos. Seria bom
ter a oportunidade de dar a mão a nossa criança interior e juntos enfrentarmos
o momento presente. “Duas vidas” apresenta um diálogo franco sobre escolhas
entre o adulto e a criança, que um dia ele foi, com suas características
pessoais.
O embate é entre a autenticidade infantil e os mecanismos de defesa que nos
tornam sociáveis, entre as aspirações infantis e os desejos fabricados, entre as
fantasias e as realidades cruéis, frustrantes, impactantes. Na abordagem
psicológica trabalhamos as polaridades como complementares, e não como
antagônicas. As visões dicotômicas são desprezadas, como certo ou
errado, verdade ou mentira, claro ou escuro, mente ou corpo, etc. Olhar a
integração das partes num todo, é olhar a relação, a possibilidade de admitir os
opostos como partes de uma unidade. Pode ser, olhar corpo e mente como
partes que integram uma totalidade.
Há quem acredite que a abordagem psicológica não trabalha com o
passado, tendo em vista a importância dos conceitos aqui e agora. O passado
que está bloqueando o hoje, no presente, compromete o instante que
vivemos. Precisa ser atualizado, para que o presente possa acontecer, sendo
aceito como parte do ser, capaz de fluir naturalmente na sua fase adulta e no
envelhecer. As diferenças entre o que foi e o que está sendo, agora, podem
disponibilizar novas experiências, por conseguinte, crescimento.
O filme é uma metáfora do processo terapêutico, que nos oportuniza a
possibilidade de resgatar nossa criança e integrar nossa existência. O passado
vai pra seu lugar, sem deixar nunca de fazer parte do que somos hoje, através
da aceitação de cada pedaço da nossa totalidade de ser.
Conclusão
É crescente o número de estudos sobre o sentido de vida, ou seja, sobre o
significado atribuído àquilo que é de grande valor para o viver, os quais
fornecem importantes informações sobre pontos relevantes do processo de
adaptação e de estímulo da vontade de viver. Em relação ao estudo do
desenvolvimento do adulto e de seu envelhecer, os estudos apontam para a
continuidade do sentido na vida e continuidade desta ao longo do
tempo. Quanto ao sentido da vida, a maior contribuição é relativa à descoberta
dos pontos mais relevantes para o adulto e idoso na atribuição de estar sempre
vivenciando as novidades do seu dia a dia. Os homens mais velhos
demonstram um interesse em áreas que o façam se sentir importantes no
contexto socioeconômico que o ajudam a se sentir parte da sociedade como
ser pensante. A satisfação de necessidades básicas, relações
pessoais, preservação de valores e ideais humanos é algo que todo indivíduo
adultos procura para sua satisfação pessoal. A dedicação do estudo ao tema
adulto/idoso aprimora o conhecimento que é necessário para se ajudar esta
fase da vida que é cheia de oposição e preconceitos por parte da sociedade.
Precisamos trazer a educação que o adulto/idoso é um ser que merece viver a
vida sem traumas e medos de ser quem eles são e de também deixar um
legado para as novas gerações ao longo da vida.  
Referências
- Filme Duas vidas com Bruce Willis

- Palestra com a Psicóloga Raquel Rech

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