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METOLOGIA DE PESQUISA

Professora: Gabriela Rondon

Aluna: Angelli Gabriely Ferreira Pessoa da Costa

RA: 2311257

Ribeiro, Djamila. O que é lugar de fala?. Belo Horizonte: Letramento, 2017.

Djamila Ribeiro é filósofa, ativista social, professora e escritora, nasceu na cidade de


Santos, São Paulo. Graduada e mestre em filósofia pela Universidade de São Paulo
USP, sendo uma importante voz contemporânea em defesa dos negros e das mulheres,
no combate ao racismo e também militante da causa feminista. Nesta obra, Djamila
aborda “O que é lugar de fala?”, explicando de onde veio esse conceito, o porque dele
ser importante e a partir disso pensar dentro da ciência do lugar de quem está falando,
produzindo o conhecimento ou sobre de quem se fala.

O texto traz algumas pensadoras, dando uma perspectiva muito interessante sobre
esse tema, criticando a hierarquização de saberes como produto de classificação racial
da população. Ou seja, quem possuiu o privilégio social tem o privilégio
epistemológico, trazendo uma explicação epistemológica eurocêntrica conferindo ao
pensamento moderno ocidental a exclusividade do que seria conhecimento válido, e
assim invisibilizando outras experiências do conhecimento. Essa reflexão nos da uma
pista de quem pode falar ou não.

Proponham-se que haja uma descolonização do conhecimento, a refutação de uma


neutralidade epistemológica e uma pretensa universalidade. Existindo certas vozes de
certos corpos que eram os únicos que falavam por boa parte da história desta
humanidade, Pensar na necessidade de reconhecermos nossas diferenças e não mais vê-
las como algo negativo. Contudo, tendo menos vozes hegemonias falando sempre e
mais diversidade de outras vozes que não tinham esse espaço de falar, tirar do lugar
silenciado.

Entramos agora no aprofundamento do que seria lugar de fala, muitas pessoas estão
ligadas as discussões nas redes sociais, já ouviram a seguinte frase “fique quieto, esse
não é o seu lugar de fala”. A origem do termo é indefinida- Talvez: stand point, em
tradução “ponto de vista feminista”. Ademais, trouxe consequentemente muito nos
debates virtuais como forma de ferramenta política e com intuito de se colocar contra
uma autorização discursiva. No texto diz sobre a discussão de poder a partir da
localização de um indivíduo dentro da estrutura social, ou seja é a forma como cada
pessoa se posiciona e debate questões sociais a partir do seu lugar social. Mas é preciso
reformular que todo mundo tem lugar de fala identificando qual é o seu e como que se
responsabilizar- ouvindo, aprendendo e entendo as distintas realidades das outras
pessoas. Ao promover uma multiplicidade de vozes o que se quer, acima de tudo é
quebrar com discurso autorizado e único.

Um exemplo de impedimento de fala e uma forma de reflexão de quem poderia falar


na história, e ainda apresente na atualidade é da escrava Anastácio, sendo submetida a
viver com uma máscara cobrindo sua boca, com intuito de impedir que se alimenta-se
das plantações mas o principal ponto é impor silêncio e medo. Ser obrigada a calar-se,“a
mask of speechless”- em tradução a máscara daqueles que não podem falar.

Por fim deixo minha consideração sobre a obra: O que Djamila trouxe foi bem claro
para entender lugares de fala e substituir essa autorização discursiva por todos poderem
falar sobre tudo abrindo espaços para que diversas vozes sejam ouvidas, havendo mais
multiplicidade de conhecimentos.

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