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As pesquisas cumprem papel fundamental no processo de desenvolvimento de novos produtos e serviços

dentro de qualquer indústria e entre empresas de pequeno, médio ou grande porte. Seja para inspirar,
avaliar ou validar uma ideia, é fundamental buscar um olhar externo que ajude a refletir, fazer escolhas e
projetar o melhor caminho para uma oferta recém-criada.

Mesmo reconhecendo essa importância, muitas companhias, em especial as de pequeno porte, abrem mão
delas por considerá-las custosas e lentas. Há ainda as que se assustam por ponderarem que as pesquisas são
processos científicos, que precisam ser feitos por profissionais especializados e dentro de condições ideais
para trazer bons resultados.

Em geral, no entanto, alguma pesquisa é melhor do que nenhuma. Ivan Lucchini, Sócio da consultoria
INSITUM, que trabalha com inovação e Design Thinking, enumera algumas dicas para realizar uma consulta
de forma rápida e autônoma, com consumidores ou profissionais de dentro da própria empresa.

1. Alguém é melhor que ninguém

Bastou uma maçã cair na cabeça de Newton para o desencadeamento de sua teoria sobre gravitação. Ok,
sabemos que esse episódio é uma lenda, mas o que ele ilustra é que, quando estamos buscando inspiração,
quantidade não é importante. Conversar com apenas um consumidor, por exemplo, pode nos ajudar a
revelar aspectos que jamais tínhamos considerado em um determinado produto ou serviço.

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2. Seja sua própria cobaia

A verdade é que muitos profissionais nunca utilizaram produtos ou serviços que suas empresas oferecem no
contexto real de uso. Colocar-se no lugar do consumidor, ainda que de forma simulada, pode ser mais
valioso do que meses de pesquisas tradicionais, porque além do conhecimento gera empatia com usuário
final. Faça um relato logo após esse teste, elencando seus sentimentos, dúvidas, frustrações nos diferentes
momentos da experiência e dívida com o resto da equipe.

3. Explore as redes e aplicativos sociais

Quanto o tempo você demora para receber uma resposta para uma pergunta que faz no Facebook ou
WhatsApp? Esse é o tempo que você irá demorar para receber feedback ao compartilhar suas ideias ou
hipóteses. Crie grupos de amigos ou conhecidos nessas plataformas; faça perguntas sobre aquilo que quer
saber; refine sua hipótese e volte a apresentar sua ideia em diferentes estágios de maturação. Seus amigos
podem não ser o perfil exato para o qual você está projetando, mas também podem ser os mais sinceros dos
entrevistados.

4. Espalhe sua pesquisa pela empresa

Pedir a sugestão sobre uma nova ideia para funcionários da mesma empresa deveria ser simples, mas não é.
Os conflitos de agenda tornam o encontro de um pequeno grupo uma tarefa demorada e sua ideia pode não
ser prioridade para eles. Por isso, espalhe suas ideias, dúvidas ou hipóteses por locais de passagem e espera

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como corredores, cafeterias e elevadores, através de painéis colaborativos, caixinhas de sugestão ou murais
com enquetes. Assim, cada um contribui no tempo que tem disponível e na hora que acha mais adequado.

5. Teste com frequência e de forma simples

Esperar até ter um produto ou serviço quase final para só então testá-los pode ser um grande desperdício de
recursos. Entenda em que fase do projeto você está e o que quer aprender com a pesquisa naquele
momento para ajustar os esforços. Se você ainda está na fase conceitual, por exemplo, um simples desenho
pode ser suficiente para colher algumas opiniões. A pesquisa pode e deve ser uma atividade de criatividade
e experimentação para descoberta da melhor forma de ouvir aquilo que as pessoas têm a dizer dentro dos
recursos disponíveis. Um bom pesquisador, por sua vez, não pode ter medo de improvisar.

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