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O Design Thinking é uma abordagem que nos ajuda mudar o nosso estado mental e nos estimula a resolver

problemas com novas perspectivas, encontrar soluções e dar respostas colocando sempre as pessoas no centro das
decisões e envolvendo-as em todo o processo, desde o entendimento, até a entrega das soluções. É um processo
colaborativo que usa a empatia, colaboração e experimentação para entender as necessidades das pessoas não só
com o que é tecnicamente visível, e sim integrando negócios, pessoas e design.

Empatia: Capacidade de compreender o sentimento ou reação de outra pessoa imaginando-se nas mesmas
circunstâncias. Apenas deste modo, poderemos criar uma visão multidisciplinar e compreender as reais necessidades,
desejos e limitações destas pessoas.

Colaboração: Agir de forma coletiva para obtenção de determinado resultado. Toda ideia inovadora de fato é fruto da
maturação de diferentes perspectivas compartilhadas, somadas e multiplicadas em uma solução comum.

Experimentação: Promover observações e experiências em diversas circunstâncias. É a etapa responsável por


transformar toda a observação, ideação e criatividade das fases anteriores para à prática.

O processo de desenvolvimento da metodologia, muitas vezes pode parecer algo confuso e desordenado a
princípio. No entanto, ao longo do seu desenvolvimento, a sua aplicação começa a fazer sentido, principalmente
quando os resultados comecem a surgir e algumas etapas devem ser adotadas durante a trajetória.

Compreensão: É aqui que toda a análise dos problemas deve ser feita, considerando diversos pontos de vista. É
importante despir-se de pressupostos e compreender o contexto e ações do outro, acolher, assimilar e acomodar
perspectivas alheias.

Observação: É o momento de pesquisar e observar com uma atitude empática e extrair o máximo de informações de
todas as pessoas envolvidas neste ecossistema. No Design Thinking, a pesquisa é investigativa, onde falamos 20% e
ouvimos 80% do tempo.

Definição: Depois de entender que tipos de problemas o público-alvo possui, deve-se processar as informações
obtidas durante a imersão e conectá-las ao conhecimento previamente acumulado. Aqui compartilhamos o que vimos,
sentimos e ouvimos para que a solução seja sempre para uma pessoa, o que vamos chamar de persona.

Idealização: Essa é a fase das ideias, e acredite, das ideias loucas também. No Design Thinking você deve incentivar
esse tipo de ideias loucas e construir sobre as ideias dos outros. Nesta fase tem várias ferramentas que podemos
utilizar, de forma bem estruturada para não perdemos o foco. Não devemos nos apegar a uma ideia específica e muito
menos julgar a ideia do outro.

Prototipagem: O objetivo agora é tirar as ideias e percepções do papel e testar possíveis soluções. Pode ser um
desenho, uma maquete feita com caixas velhas e fita crepe, algo que simule o produto. A ideia aqui é coletar novos
feedbacks junto à equipe envolvida no processo de desenvolvimento, validar hipóteses e mapear dificuldades não
previstas.

Teste: Este é o momento de experimentar nossos protótipos, escolher o que faça mais sentido e validar nossa solução.
E lembre-se que “Não podemos resolver os problemas utilizando a mesma forma de pensamento que utilizamos
quando criamos”, Albert Einstein.

Implementação: Finalmente, chegamos à hora de executar o projeto, após testar e implementar as devidas melhorias
no protótipo.

O conceito de Design Thinking é amplo e envolve diversas ferramentas. Muitas vezes, pela possibilidade de ser
aplicado a negócios em diversas áreas de atuação e dimensões, fica confuso saber quais são as melhores técnicas e
ferramentas que devem ser utilizadas para entregar um projeto realmente efetivo e de qualidade, por isso iremos
analisar as principais ferramentas utilizadas nessa abordagem.
Pesquisa Exploratória: Ferramenta do Design Thinking que auxilia a equipe a compreender o contexto amplo do
usuário. Através de entrevistas e observações, a equipe se familiariza com todas as pessoas envolvidas, as realidades
existentes e as necessidades exigidas.

Pesquisa Desk: Esta ferramenta pesquisa informações sobre o cliente em outras fontes que não sejam as pessoas. A
busca, feita na maioria dos casos através da internet, é desenvolvida com base em publicações que contenham dados
relevantes para o andamento do projeto – e-books, livros, artigos, entrevistas impressas ou em vídeo, revistas etc.

Mapa da Empatia: Ferramenta de síntese do perfil do cliente, através de um diagrama dividido em seis áreas distintas.

1.o que o cliente pensa e sente (desejos e objetivos);

2.o que o cliente vê de possibilidades futuras (quais as opções);

3.como o cliente se comporta (o que veste, faz e fala);

4.o que o cliente absorve (quem/o que o influencia);

5.onde dói (obstáculos, erros e preocupações);

6.quais são as metas de sucesso.

Personas: Método que identifica arquétipos ou personagens a partir das informações e observações colhidas durante
entrevistas e pesquisas. Essa ferramenta é especialmente útil para reunir características significativas do grupo que,
mais tarde, podem ser utilizadas para gerar e validar ideias em busca de soluções.

Blue print: Uma representação visual de todo o funcionamento do negócio. Essa é uma ferramenta perfeita para
localizar possíveis pontos de melhoria e entender todos os processos envolvidos na rotina empresarial. Ela nos
estimula a fazer as melhores perguntas, entender bem o problema antes de pensar como poderíamos resolvê-lo.

Cartões de Insight: Essa técnica tem como objetivo documentar e facilitar a rápida consulta dos dados coletados na
fase de imersão. Geralmente contém um título que resume o achado e o texto original coletado na pesquisa
juntamente com a fonte. Além disso, podem ter outras codificações (como o local de coleta, momento do ciclo de vida
do produto/ serviço ao qual se refere etc.) para facilitar a análise.

Mapas Mentais: Essa ferramenta serve para reunir ideias, gerar ideias, definir um rumo criativo e associar imagens a
palavras. É uma fórmula de tentativa e erro, pois pode ajudar muito e gerar ideias que não levem a lugar nenhum. Esse
processo ajuda a organizar ideias para um mesmo contexto. Se você conseguir organizar essas ideias, facilmente
conseguirá comunicar o que você quer de forma simples. De forma simples, é um processo de associação de palavras.
Você coloca uma palavra no centro para o design do projeto e começa a adicionar outras que tem relação com aquele
conceito inicial. A ideia é juntar o máximo de palavras possíveis e que tenham relação com o conceito inicial do
projeto, quanto mais palavras/desenhos (sim, porque desenhos também podem representar o que você quer fazer)
melhor para desenrolar as outras fases do seu processo.

Critérios Norteadores: Os critérios norteadores surgem da análise dos dados coletados durante a Imersão do Design
Thinking, do escopo determinado para o projeto, dando o direcionamento mais adequado aos objetivos do cliente.
Servem como base para a determinação dos limites do projeto e do seu verdadeiro propósito.

Brainstorming: Uma das ferramentas mais comumente utilizadas durante essa etapa do Design Thinking, por estimular
o desenvolvimento de várias ideias em pouco tempo. Aqui, a equipe envolvida no projeto é reunida e estimulada,
através de atividades diversas, a pensar fora da caixa e buscar opções inovadoras para resolver o problema
apresentado pelo cliente.
Storyboard: Essa ferramenta é como uma história em quadrinhos e pode revelar, através de desenhos, colagens ou
fotografias, o desenrolar de uma solução possível. O interessante aqui, para obter um resultado mais preciso, é
trabalhar um roteiro para a história e depois iniciar a criação de personagens, cenários e situações.

Maquetes: No Design Thinking, o visual é extremamente importante e, por isso, maquetes feitas com massa de
modelar, lego ou papelão são muito bem aceitas e interpretadas pelos clientes. São artefatos materiais que traduzem
uma solução, situação ou personagem, envolvendo o usuário em uma experiência em tempo real, de forma a observar
suas reações e validar seu entendimento.

No cenário de competição global atual, apenas atender ao que o cliente já espera de sua empresa e oferecer
soluções comoditizadas já não é suficiente para garantir a sustentabilidade dos negócios. É preciso ir além. No Design
Thinking a abordagem de empatia trata-se de um conhecimento mais pessoal e profundo. O Design Thinking ajuda a
gerar uma visão mais holística sobre o cliente, desafiando a visão clássica cartesiana que o reduz a mero consumidor e
fazendo com que a empresa o entenda de modo mais profundo e possa gerar inovações que terão aderência em seu
mercado. Ao contrário da visão linear da administração científica, o Design Thinking busca uma abordagem mais
humana, partindo do levantamento das necessidades do consumidor, o que gera soluções muito mais precisas para
sanar as chamadas “dores” do cliente. O Design Thinking busca trazer um equilíbrio entre o lado científico e exato de
uma gestão e contribuir para que a parte de criação, do elemento artístico, possa ser concreto, fazendo com que o
projeto passe por um processo de raciocínio para que se desenvolvam novas oportunidades e se diminuam os riscos
envolvidos.

Por tudo isso, fazendo uso de uma metodologia multidisciplinar, colaborativa e focada em tangibilizar
pensamentos e ideias, o Design Thinking torna-se um grande aliado da cultura da inovação nas organizações. Ele ajuda
na criação de soluções inovadoras e na transformação delas em negócios tangíveis e lucrativos para as empresas.

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