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DESIGN THINKING

COMO FERRAMENTA DE
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Neusa Schumacher

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O Desing Thinking é uma ferramenta
que estimula a cocriação de
projetos para o melhoramento ou
desenvolvimento de produtos e
serviços. Tem a ideia formatada
no pensamento dos designers.
Para sua efetividade, depende da
multidisciplinaridade e construção
de cenários com vários olhares,
portanto, o processo participativo
e a empatia são os pilares do
desenvolvimento das ideias e
processos.
O sucesso do Design Thinking
se deve ao fato da abordagem
combinar três elementos
fundamentais para qualquer projeto:

1
A sensibilidade presente no universo do design;

2
As ferramentas, estratégias e métodos para atender
as pessoas;

3
A tecnologia disponível para solucionar um
problema.

Ao olhar para o mundo dos negócios, esses três elementos são indispensáveis
para que projetos, soluções e empresas sejam criados com a finalidade de
realmente atender a alguma demanda da sociedade, de uma forma prática e
acessível.

2 Design Thinking como ferramenta de resolução de problemas


Quais são as etapas
do Design Thinking?

A estrutura padrão do Design Thinking é dividida em cinco etapas. Essa


divisão é importante para a delimitação da atuação de cada pessoa e
para a criação de processos eficientes para solucionar cada detalhe de
um problema.

Imersão

Análise e síntese

Ideação

Prototipagem e teste

Implementação
1. Imersão
É o início e a mais importante de todas as fases da ferramenta Design Thinking. É o
momento de conhecer todo o problema e, como o próprio nome diz, é o momento de
imersão na realidade vivida da pessoa ou grupo de pessoas, entendendo como ela age,
quais são suas necessidades, como as pessoas lidam com isso no dia a dia. É a fase de
coleta de informações, de conhecer pessoalmente o desafio que será enfrentado. Ela
ajuda a enxergar com mais clareza a definição do cliente.

O importante é ter uma visão colaborativa, em que vários olhares


se dirigem ao problema de vários ângulos distintos, visando
a identificar com nitidez as necessidades a serem supridas.
Nesta fase, é fundamental a ausência de julgamento sobre a
situação vivida pelo cliente. Não elimine qualquer ideia; todas as
informações são relevantes nesse momento.

O sentimento de empatia ajuda muito na definição do problema, pois é se colocando


no lugar do outro, sentindo suas dores, compreendendo de fato a questão, que se tem
a definição do problema para que, então, se possa propor uma solução viável.
Para entender melhor a etapa 1, sugerimos aplicação do mapa da empatia, com o
qual se poderá entender melhor o cliente e seus reais problemas. Esta fase é a que
determina todas as outras etapas que se sucedem.

#Dicas
Práticas
Caso utilize o mapa impresso, a utilização de post-its, ou
a escrita nos campos a lápis, permite que as respostas
sejam reavaliadas e reescritas, dando mais flexibilidade e
assertividade durante a elaboração do mapa.
A seguir, apresentamos o quadro do mapa e as explicações de como
preenchê-lo:

MAPA DA EMPATIA
O que ele
PENSA E SENTE?
O que realmente conta?
Quais são suas principais preocupações
e aspirações?
O que ele O que ele
ESCUTA? VÊ?
O que seus amigos dizem? Em que ambiente está inserido?
O que seu chefe fala? Quem são seus amigos?
O que os influenciadores dizem? O que o mercado oferece?

O que ele
FALA E FAZ?
Quais são suas atitudes em público?
Como é sua aparência e como se comporta com outros?

DOR GANHOS
Quais são seus desejos e necessidades?
Quais são seus medos e frustrações?
Como medir seu sucesso?
Que obstáculos enfrenta?
Quais são os obstáculos?
Instruções

No centro, deverá ser colocada a descrição geral da persona/cliente, identificando o


gênero, endereço, comunidade, classe social, constituição familiar e alguns elementos
da sua cultura. Os demais campos baseiam-se na sua coleta de informações e sua visão
empática. Aqui, entram dados coletados em visitas na comunidade e em entrevistas
efetuadas. A pessoa é descrita em relação ao que ela pensa, como ela age, o que a
aflige, quais são suas necessidades e objetivos.
Para facilitar o preenchimento, sugerimos adotar esta sequência, para organização do
pensamento:

O que ela (persona) vê? Como é o ambiente onde ela mora? Como
são os seus relacionamentos? O que fazem as pessoas com quem
ela convive? O que aparece na mídia?

O que ela (persona) ouve? O que seus amigos e familiares


dizem? O que a influencia? O que esperam as pessoas com
quem ela convive?

O que ela (persona) pensa e sente? O que é realmente importante


para ela? O que ela realmente quer? E o que não quer de forma
alguma? Quais são suas maiores preocupações e aspirações?

O que ela (persona) fala e faz? Qual é o seu comportamento em


público? O que ela quer mostrar aos outros? Como ela se veste? Como
ela se expressa?

Quais são suas dores (persona)? Quais são suas frustrações? O que
poderia dar errado? Qual o maior obstáculo entre ela e suas
aspirações?

Quais são os seus objetivos? (persona): Onde ela quer chegar? Qual o
projeto ideal? Como mede o seu sucesso?

6 Design Thinking como ferramenta de resolução de problemas


2. Análise e síntese
É o momento de filtrar as informações obtidas sobre o problema. Na primeira fase,
foram levantadas muitas informações e, nesta etapa, é o momento de canalizar as
necessárias e descartar aquelas que não fazem parte do problema.
Ao analisar com profundidade e síntese, chega-se ao objetivo proposto, o qual será
o guia para a elaboração de todo o planejamento dos projetos a serem trabalhados,
visando à identificação de oportunidades a serem exploradas.

3. Ideação
Definindo o objetivo, chega agora a etapa de geração de ideias. Nesta fase, a
ferramenta do brainstorming é bem-vinda! Ter uma única ideia é um problema; este é o
momento de gerar muitas ideias. Busque a participação ativa de todos os integrantes,
visando a sugerir ideias de negócios que resolvam o problema levantado nas etapas
anteriores.

Brainstorming é uma técnica de discussão em


grupo que se vale da contribuição espontânea
de ideias por parte de todos os participantes,
no intuito de resolver algum problema ou de
conceber um trabalho criativo.

É a etapa mais criativa do processo: a de propor soluções.


Então, deixe fluir as soluções! O processo da escuta
ativa ajuda a compor a relação de sugestões, lembrando
sempre do problema que se pretende resolver e a ótica
de atender às suas reais necessidades.

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4. Prototipagem e teste
Concluídas as etapas anteriores e filtrada a ideia, agora é
a hora de verificar se ela é viável. É o momento de colocar
tudo em projeto, maquete, ou já desenvolver em produtos
preliminares o projeto estudado.
A criação de protótipos permite um teste de conceito, visando
a testar a aceitação da solução do problema junto à persona,
obtendo o resultado.
É muito válida a fabricação de uma quantidade pequena para
teste de aceitação de produto; assim, já é possível fazer a
análise do processo produtivo e das fases de implementação.
Muitos elementos acabam sendo revistos e melhorados nesta
fase. Também é na fase de teste que se analisa a viabilidade do
produto sobre a ótica dos processos.

Esse é o momento de revisar todas as etapas que não


foram identificadas ou que, no processo de execução, não
chegaram ao objetivo proposto. É aqui que se fazem as
melhorias necessárias para ter o produto o mais próximo
possível da realidade.

5. Implementação
Esse é o momento tão esperado da implementação. Agora, você terá uma série de
informações sobre o cliente e sobre o produto e, ao validar os campos, você fará as
alterações necessárias.
Haverá, nesta fase, o momento de validar o Design Thinking e entender o quanto
podemos criar negócios que realmente tenham impacto social.

8 Design Thinking como ferramenta de resolução de problemas


O senso de empatia permite um
olhar mais cuidadoso, habilitando
muitos olhares a opinar sobre como
resolver de fato um problema que
incomoda algumas pessoas em sua
comunidade. Essa, em suma, é a
matriz desta ferramenta.
Aqui, o objetivo é sempre trazer
ideias inovadoras como propostas, o
que estimula o desenvolvimento dos
projetos.

Para quem
é curioso Design Thinking para empreendedores sociais: ino-
vação para transformar realidades

Este vídeo sobre Design Thinking traz um depoimento


de Tim Brown para empreendedores sociais, que re-
força a importância da ferramenta para criar soluções
para problemas vividos nas comunidades. Lembre-se
de que se trata de uma ferramenta participativa.

Para quem
é curioso

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REFERÊNCIAS
LIGA INSIGHTS. O que é, as 5 etapas e como aplicar o Design
Thinking. Disponível em: https://insights.liga.ventures/inovacao/
design-thinking/. Acesso em: 15 jul. 2021

RESULTADOS DIGITAIS. Mapa da empatia: o que é e 6 passos para


criar um de qualidade. Disponível em: https://resultadosdigitais.
com.br/blog/mapa-da-empatia. Acesso em: 15 jul. 2021

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