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DOUBLE

DIAMOND
O QUE É DOUBLE
DIAMOND?
Metodologia foi criada pelo Design Council em
2004 que reuniu e codificou os processos e
métodos do Design, deixando de forma visual e
compreensiva. Ao desconstruir o processo em
torno dos métodos usados em diferentes
projetos, começaram a perceber semelhanças e
padrões e isso permitiu que eles trabalhassem
juntos para mapear um processo de design
comum em potencial. Daí surgiu o Double
Diamond Design!
DUPLO DIAMANTE E
DESIGN THINKING: QUAL A
RELAÇÃO?
O Design Thinking é toda uma abordagem
focada em resolver problemas de usuários
pensando nas melhores práticas de UX (User
Experience). Dentro disso, o Double Diamond é
uma ferramenta prática que tangibiliza essa
perspectiva, estruturando um processo com
elementos e etapas muito claros.
Em outras palavras, o Double Diamond é um
processo de design, pensado para obter os
melhores resultados em UX.
A metodologia de Design Double
Diamond (ou DD, para os íntimos) é COMO FUNCIONA
composto por 4 fases principais: O DOUBLE
DIAMOND?
1.Descobrir

2. Definir;

3. Desenvolver

4. Entregar
COMO FUNCIONA O
DOUBLE DIAMOND?
COMO FUNCIONA
O DOUBLE
DIAMOND?
É muito importante que eu seja transparente com vocês, o
Double Diamond não é uma fórmula mágica, nem uma receita
de bolo e as ferramentas não são uma bala de prata que vai
resolver todos os seus problemas. Ele é, como já vimos, uma
metodologia de Design que ajuda a guiar o processo de
desenvolvimento de soluções combinando dois tipos de
pensamento, divergente e convergente, ou seja, em cada
diamante iniciamos com um pensamento divergente,
gerando muitas ideias e possibilidades, para depois
aplicarmos o pensamento convergente, reduzindo a
quantidade de ideias na mesa e refinando as remanescentes.
Ah, é importante lembrar que apesar de parecer, ele não é um processo linear. Pode ser que
quando você chegue no segundo diamante e descubra furos no conhecimento e entenda
que precisa aprofundar mais sua pesquisa, voltando para o primeiro diamante. Ou ainda,
pode ser que você descubra problemas adjacentes que não haviam sido mapeados e precisa
começar o processo de novo, e tudo bem, não se apegue à ordem dos fatores, eles podem
variar de acordo com o andar e necessidade da sua equipe!
QUANDO UTILIZAR O
DUPLO DIAMANTE?
Fazer uma avaliação inicial do projeto e a
entender qual é a melhor abordagem para
enfrentar um desafio específico;
Ajudar a alinhar e concentrar as equipes no início
de um projeto;
Começar a moldar a estratégia e gestão de um
projeto;
Acompanhar um projeto em termos de ‘onde
estamos no processo’ e ‘quais são os próximos
passos’;
Deixar as pessoas mais confortáveis para “ir mais
longe e sem foco” em ambas as fases
divergentes de descoberta e desenvolvimento;
1. DESCOBRIR
A primeira fase do primeiro diamante tem o objetivo de
ajudar a entender e não apenas assumir o problema que
estamos enfrentando. Envolve conhecer o usuário, sua dor, o
contexto de uso e as condições atuais das possibilidades
que resolvem (ou tentam resolver) esse problema.
Essa etapa é baseada em observação e pesquisa, muita
pesquisa! A equipe precisa identificar como os usuários se
comportam (e não como dizem que se comportam). Aqui já
vão surgir algumas oportunidades, mas calma, vamos
guardá-las para depois, não esqueça que esse diamante é
de pensamento divergente, ou seja, o foco é gerar ideias,
obter informações e não definir nada!
Brainstorming
PARA ESSA
ETAPA VOCÊ
A dinâmica consiste em uma reunião na qual os
participantes fazem sugestões apontam possibilidades,
exercitando a criatividade. Essa chuva de ideias pode
proporcionar insights riquíssimos, já que pessoas diferentes
vão estar contribuindo com suas próprias perspectivas PODE USAR:

sobre um mesmo problema. Não importa se essas


perspectivas vão convergir ou divergir, o essencial é que
elas sejam compartilhadas.

Matriz CSD
A Matriz CSD é uma ótima opção para garantir alinhamento
da equipe, reúna todos os envolvidos, distribua post-its (ou
faça remotamente usando o Miro) e cronometre 5 minutos.
Nesse tempo, todos devem escrever individualmente todas
suas certezas (conhecido como: afirmações que temos
dados suficientes para validar) sobre o desafio, todas as
suposições e todas as dúvidas. Ao final, passe por cada
post-it e quando possível, sane as dúvidas e já deixe no
radar as suposições, elas precisarão ser validadas!
Desk Research
PARA ESSA
Aqui, o foco é coletar mais informações sobre o desafio
levantado. Ótimas fontes de informação são sites de ETAPA VOCÊ
PODE USAR:
avaliação como Reclame Aqui, fóruns de perguntas, app store
(quando é o caso), reclamações de empresas que resolvem o
mesmo problema (mesmo que não integralmente) e por aí vai.

Persona

É um perfil semi-fictício criado para representar os diferentes


tipos de usuário a partir dos seus comportamentos, objetivos


e dores. É muito eficiente para despertar empatia na equipe e
para ajudar a voltar ao foco no usuário quando estivermos no
segundo diamante pensando na solução.

Mapa de empatia

O mapa de empatia ajuda a despertar empatia sobre o


contexto do usuário quando enfrenta esse problema, também
funciona para mapear alguns comportamentos, objetivos e
até para descobrir outras dores que podem estar
relacionadas ao seu desafio.
Entrevistas de PARA ESSA
ETAPA VOCÊ
profundidade

Quando você já tem usuários é super importante


conversar com essas pessoas e entender, da
perspectiva delas, o problema. Qual o impacto de PODE USAR:

resolver o problema para elas? É uma dor latente ou


apenas uma oportunidade? Essa pode ser uma chance
incrível de explorar o desafio para o usuário e
conseguir insights para a solução.

Um dia na vida

O famoso “pega e faz”, o seu desafio é melhorar um


processo específico ou uma experiência? Teste-a,
passe pelo mesmo processo que o seu usuário
passaria, tente reproduzir as dificuldades levantadas,
se coloque no lugar dele.
2. DEFINIR
Nessa fase do primeiro diamante vamos olhar
para todas as descobertas da fase anterior e
definir o nosso problema, nosso desafio principal.
Vamos pegar todas as dores e descobertas
mapeadas, priorizá-las, entender seu impacto na
jornada e então convergir para definir o nosso
foco!
O resultado dessa fase é um briefing que deixa
claro qual o nosso desafio, nosso usuário, quais
dores buscamos resolver e nossa proposta de
valor. Aqui temos o divisor de águas, essas
informações vão guiar a próxima fase desse
processo, que consiste na ideação de soluções.
PARA ESSA ETAPA
VOCÊ PODE USAR:
Jornada do usuário

A jornada do usuário é uma ótima ferramenta para entender


como o usuário usa seu produto. Aqui conseguimos mapear o
passo a passo de como ele usa (ou usará) e identificar pontos de
atenção, inconsistência na jornada, onde ele percebe a proposta
de valor e até aprofundar para como a empresa conseguirá
colocar esse produto para funcionar.

Diagrama de
afinidade

Nada mais do que reunir ideias de um mesmo tipo para


facilitar na visualização dos resultados. Pegue todos os post-
its (mesmo que virtuais) gerados pela equipe e separe por
semelhança. Tem algum que apareceu muito mais que
outros?
PARA ESSA ETAPA
VOCÊ PODE USAR:
Jobs to be done
(JTDB)
Jobs to be done é uma ótima forma de analisar o contexto e o por
quê os consumidores compram algum produto ou tem
determinado comportamento. Parte do princípio de que não
adianta perguntar às pessoas o que elas querem, já que elas
responderão de acordo com o que o mercado já oferece!

Opportunity Gaps

Nada mais do que reunir ideias de um mesmo tipo para


facilitar na visualização dos resultados. Pegue todos os post-
its (mesmo que virtuais) gerados pela equipe e separe por
semelhança. Tem algum que apareceu muito mais que
outros?
3. DESENVOLVER
Entramos no segundo diamante! Sua primeira
fase nos incentiva a buscar possibilidades e
respostas para o desafio definido na última
etapa, é importante buscar inspiração em outras
soluções e mercados e não se ater a limites e
julgamentos. Aqui é imprescindível que haja troca
de conhecimento entre as pessoas da equipe,
afinal, duas (ou mais cabeças) pensam melhor do
que uma.
Nem todos os times fazem isso, mas recomendo
que ao final dessa fase as ideias passem por uma
primeira triagem ou que as ideias semelhantes
sejam agrupadas para preparar o terreno para a
última etapa do DD.
3. DESENVOLVER
Para essa etapa você pode usar:

How might we
É uma ótima dinâmica de Design Thinking para fazer com a equipe. Reúna todos,
deixe disponível todos os dados reunidos no último diamante e encarem o
problema de forma diferente, em vez de já pular para solução pensem sempre
“Como podemos” [melhorar a experiência de pagamento, por exemplo], esse
exercício de escrita dos pontos específicos que precisamos resolver ajuda
demais a clarear as ideias e priorizar.

Opportunity Solution Tree


(Árvore de oportunidades)
O framework de Opportunity Solution Tree ajuda os times a lembrarem de onde
precisam chegar. Ela ajuda a alinhar a equipe como um todo sobre o objetivo e o
que pode ser feito para chegarmos ao resultado esperado! Nela temos de forma
visual e clara o resultado que queremos atingir, as oportunidades mapeadas, as
possíveis soluções e como testaremos cada uma delas!
3. DESENVOLVER
Para essa etapa você pode usar:

Benchmark
Se você como consumidor compara produtos e empresas na hora de fazer uma
compra, por que não faria isso na hora de desenvolver um também? Busque
referências nacionais, gringas e de mercados adjacentes ao seu, explore como
seus concorrentes resolvem a dor e fique atento às tendências e
movimentações do mercado.

Buy a feature
Um framework de priorização para quando você tem uma longa “lista de
desejos” e não tem tempo ou recursos suficientes. Aqui, a ideia é fazer uma lista
com as features e atribuir um preço fictício a cada uma delas, depois, reúna sua
equipe e dê a cada um deles um orçamento de quanto eles podem gastar e
mande-os às compras. Eles podem colocar todo seu orçamento em uma única
feature ou distribuir em várias, a intenção aqui é que a equipe discuta e negocie
a partir da visão da empresa e necessidades do produto.
4. ENTREGAR
Na última (e não menos importante) fase vamos nos concentrar em
testar e validar. Vamos pegar os grupos de ideias que separamos na
última etapa e fazer uma triagem, entender o que está em linha com
a visão do negócio e seguir para testes e validações. Se mesmo após
uma triagem e conversa com a equipe você ainda tiver muitas
soluções para serem testadas, priorize, entenda qual é a
complexidade delas, o impacto, se resolvem o desafio por completo,
ou se deixam gaps. Aqui recomendo a metodologia RICE (reach,
impact, certain, effort) para priorizar as soluções a serem testadas e
validadas.
Logo no início desse processo avaliaremos a viabilidade das ideias, o
que de fato conseguimos fazer com os recursos que a empresa
dispõe? Serão necessários mais recursos? A empresa tem algum
tipo de orçamento já alocado para o desenvolvimento dessa
solução? Quais os riscos das possibilidades levantadas? A solução
precisa ser refinada e aprofundada antes de ser testada?
4. ENTREGAR
Ao começar os testes algumas soluções serão
descartadas e algumas precisarão de iterações, tome
cuidado para não insistir demais em uma ideia que não
tem futuro e para não descartar cedo demais uma ideia
só porque não deu certo no primeiro teste!

MVP
Aqui temos várias possibilidades! Você pode fazer um MVP
Mágico de Oz (em que fazemos manualmente no backstage o
que o cliente acredita ser automatizado, para entender a linha
de raciocínio do usuário, obter insights e iterar rapidamente),
cortina de fumaça (testar interesse dos consumidores por um
produto ou feature) e concierge (atender as necessidades do
seu usuário de forma próxima e personalizada), o melhor MVP
vai depender do que sua equipe quer validar para seguir para a
próxima etapa.
4. ENTREGAR
Protótipo em baixa/alta
fidelidade

Para testar você não precisa ter o produto 100% pronto,


explore começar com wireframes desenhados em papel, valide
o que conseguir, itere e vá aumentando o grau de
complexidade e fidelidade do seu protótipo a medidas que os
pontos são validados.

Vídeo

Você também pode recorrer ao vídeo para mostrar e testar o


interesse do usuário. Pode ser uma animação demonstrativa do
funcionamento da solução ou encenações que demonstrem
como usar o produto, por exemplo.
4. ENTREGAR
Protótipo de
serviço
Demonstramos as principais interações ao longo do ciclo do
serviço pela jornada do usuário, podemos usar tanto a
ferramenta de Jornada que mapeia também as emoções do
usuário por etapa, como o Blueprint Map, que mapeia as ações
de suporte e backstage do serviço e não foca apenas em como
a pessoa interage com o serviço, mas também em como a
empresa operacionaliza.

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