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BE
DECOLA
TA
DESAFIOS
OLÁ!
ETAPA 2 - APONTAR
Mergulho científico
Conversa com especialista
Conversa com público-alvo
Delimitando o tema da pesquisa
Plano de pesquisa
ETAPA 3 - EXPERIMENTAR
Mão na massa
ETAPA 4 - DOCUMENTAR
Relatório de pesquisa
ETAPA 5 - DIVULGAR
#decolabetaexplica
Inscrevendo em uma feira de ciências
Saindo da bolha
ETAPA
Quem vivencia ou é prejudicado com o problema que você quer resolver? Você
precisa ouvir essa pessoa. Isso serve para complementar a sua pesquisa
bibliográfica, para entender melhor as necessidades de determinado grupo de
pessoas e para compreender se o que você havia identificado como um problema
é realmente um problema, bem como se a solução que está estruturando realmente
tem potencial de ser útil.
Passo 1
Identifique quem é o seu público alvo. Para quem o seu projeto será útil ou interessante?
Para que ele servirá? O que seu projeto resolve? Encontre o grupo de pessoas da sociedade
que mais tem interesse na investigação deste problema.
Passo 2
Selecione uma pessoa (ou um grupo de pessoas, conforme for melhor aplicado ao seu
projeto) e chame-a para conversar. Sugerimos que você escolha apenas uma pessoa, a fim
de facilitar o processamento dos relatos adequadamente.
Passo 3
Conversem sobre como essa pessoa enxerga e convive com o problema, de que forma isso
afeta a sua vida (ou não) e como resolve isso, atualmente. É um exercício de compreensão
e de ouvir o seu público.
Atenção
Lembramos que essa é uma conversa informal que deve seguir as normas éticas de
interação com outras pessoas, além de ser acompanhada de seu professor orientador.
Tenha a sensibilidade de não fazer perguntas íntimas ou delicadas, que possam gerar
qualquer tipo de desconforto. Caso seu tema de pesquisa exija, essa etapa deve passar
por um comitê de ética ou não ser realizada.
Dica!
Você pode fazer perguntas, mas tome cuidado para não fazer perguntas que possam induzir
a resposta que você quer ouvir!
“Você acharia bom se existisse um produto que resolvesse x, y e z e fosse barato e simples
de usar?”
É claro que as pessoas vão responder que sim, porque isso resolve os problemas delas. Mas
não há nenhuma informação sobre como é esse produto, e nesta resposta as pessoas não
revelam nada sobre como são as suas necessidades reais.
Então como abordar essa questão? Pense em como dividir em pequenas perguntas, que não
evidenciem muito a sua ideia.
Por exemplo, se você está pensando em gerar uma solução para determinado público que
envolve ter que usar o celular, é importante saber se o seu público utiliza o celular, com que
frequência… ou mesmo se eles possuem celular. Percebe a diferença da pergunta anterior?
Ou então uma pergunta que tenha como resposta um relato, do tipo: “Como foi a última vez
em que x aconteceu com você?”
Perceba que a conversa proposta aqui é informal e não faz parte de, por exemplo, uma etapa
de coleta de dados oficial da pesquisa. É como se servisse para você “tirar a temperatura”,
entender um pouco melhor o terreno, antes de iniciar a elaboração da pesquisa.
EXEMPLO 1
Projeto “Relieve to Live - Dispositivo que auxilia na redução das dores
causadas pela Fibromialgia”
“Hoje realizamos o desafio “Conversa com o público alvo”, uma parte da coleção de
materiais para iniciação científica do Instituto Cientista Beta.
Conversei com 5 portadores da Síndrome da Fibromialgia, que são os voluntários da
pesquisa, os quais vou realizar os testes do dispositivo. Todos os 5 realizam
tratamento na Clínica aaaaaaaaaaaa, localizada em NH, a qual a Cientista Qualificada
da pesquisa é a proprietária. A Cientista Qualificada fez o contato. Recebi cada uma
das 5 pacientes individualmente no consultório. As conversas tiveram, no total, 3h.
EXEMPLO 2
Projeto “Utilização de taipa de mão para o armazenamento de grãos”
No início o entrevistado me deu uma dica curiosa, sugeriu que a porta para o acesso
ao interior do protótipo fosse pelo teto (parte de cima). Segundo ele, com esse
esquema o protótipo teria mais semelhança a um silo de verdade.
Ele ficou curioso pelo sistema construtivo taipa de mão, lembrou-se muito das
construções presentes no nordeste.
Uma parte muito engraçada foi o momento em que ele simulou o protótipo de barro a
um ninho de joão de barro kkkkk (realmente é semelhante, estaria eu construindo uma
mansão para um joão de barro???).
Outra coisa que ele me contou foi que a décadas atrás em uma das safras um
agricultor vizinho decidiu não realizar a colheita devido o preço não estar
compensativo, isso me fez lembrar muito de um dos problemas que meu projeto tenta
solucionar.”