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Somos uma organização sem fins lucrativos que iniciou sua jornada em 2015 com o objetivo
de aproximar jovens da ciência, por meio de atividades voltadas para a educação científica e a
aprendizagem baseada em projetos. Enxergamos a iniciação científica no ambiente escolar como
uma ferramenta para gerar desenvolvimento pessoal, científico e transformação social.

Nossa missão é levar a iniciação científica para dentro das escolas, despertando a
curiosidade e o potencial de estudantes e de seus professores. Assim, contribuímos para a
formação de pensamento crítico e para o desenvolvimento de habilidades e competências
essenciais para o século XXI.

Com o uso da tecnologia, nossas iniciativas são focadas em orientar, capacitar e desafiar
estudantes e professores para que criem projetos científicos centrados em problemas reais e
atuais, em qualquer área do conhecimento, ampliando cultura da pesquisa em suas escolas.

Entre 2016 e 2019, estes materiais eram restritos para uso exclusivo dos estudantes,
mentores e professores que participavam do Programa de Iniciação Científica Decola Beta. Nesses
4 anos, pudemos realizar 4 edições do Programa Decola Beta para estudantes, 4 edições da
Experiência Beta e 1 edição do Programa Decola Beta Professores. Destes programas, participaram
mais de 900 estudantes, professores e pós-graduandos, e foram essas pessoas que fizeram com
que o CB chegasse a 152 cidades e 23 estados do Brasil, além de outros 5 países.

Em 2020, após 4 anos testando e aprimorando esta coleção, decidimos realizar o que já era
um sonho: disponibilizar todo nosso conteúdo de forma aberta ao público. Fazemos isso porque
nós acreditamos no poder dos jovens cientistas e somos apaixonados pelo poder transformador
que a ciência tem. Quando um jovem protagoniza um projeto de pesquisa científica, ele muda sua
forma de perceber o mundo e, consequentemente, de interagir com ele.

Basta ligar a televisão, olhar a internet ou andar pelas ruas para perceber que o mundo está
cheio de problemas que esperam por uma solução. No ensino formal, geralmente não há espaço
dedicado a pensar de forma crítica em resolver esses problemas. Acreditamos que uma das formas
de mudar essa realidade é dar espaço e condições para que jovens determinados possam fazer

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questionamentos sobre os problemas que os cercam e buscar respostas a essas perguntas usando
a ciência.

Nós do Cientista Beta, assim como você, fazemos parte de uma geração que não quer olhar
para os problemas e apenas apontar culpados. Queremos mais: queremos usar o conhecimento
para colocar em ação as ideias de como tornar o mundo o lugar em que queremos viver. Para isso,
devemos compartilhar nosso conhecimento.

Somos cientistas, pois estamos buscando entender o mundo, sua beleza e suas mazelas; e,
ao sermos Beta, reconhecemos a necessidade que temos de nos transformar, a cada dia, na melhor
versão de nós mesmos.

Este e-book faz parte de um conjunto de atividades e conteúdos que serve para incentivar e
guiar a prática e/ou orientação de pesquisas no Ensino Básico. Pode ser usado de forma
independente por estudantes ou ser apresentado pelo orientador ou orientadora aos jovens
cientistas.

Ao utilizar os materiais disponibilizados pelo Cientista Beta no desenvolvimento da sua


pesquisa, os estudantes têm condições de desenvolver habilidades, de compreender o método
científico, fazer um plano de pesquisa, manter um diário de bordo com os registros da
pesquisa, colocar a mão na massa e obter resultados, fazer um relatório de pesquisa, um pôster e
compreender e dominar a escrita científica. Todos os estudantes também devem ter condições de
se inscrever e participar de feiras de ciências.

Além disso, também apresentamos conteúdos sobre habilidades comportamentais, de


diálogo e de trabalho em equipe. Ao realizar sua pesquisa com o apoio destes materiais, nosso
objetivo é que os estudantes consigam vivenciar experiências que permitam o exercício de
liderança, de protagonismo, de ensinar algo a alguém, de receber e lidar com feedback, trabalhar
em equipe e ser capaz de resolver problemas sozinhos.

O nosso objetivo principal com o uso destes materiais está no “delta”. Delta é a variação
percebida entre o estado final e o inicial de determinado processo. É isso que nos interessa: que o
estudante, ao finalizar uma pesquisa, olhe para trás e veja que algo está diferente com relação a
quando começou.

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Não está no centro do nosso propósito que os jovens criem um projeto que conquista
prêmios, alto grau de complexidade e desenvolvimento. Essa é uma consequência para alguns, e
certamente ficamos felizes quando isso ocorre. No entanto, nosso foco é o processo, é a formação
do jovem. Se hoje ele não criar a solução mais eficiente, se hoje não for multipremiado, está tudo
bem. Guardamos a certeza de que no futuro ele poderá gerar contribuições ainda maiores para a
sociedade, pois se tornará alguém ativo, mais capaz de ler o mundo e de imaginar formas de
transformá-lo, e não apenas o criador de uma invenção isolada. Dentro das possibilidades das
invenções, nosso olhar está voltado para inventar um novo jovem cientista, em uma versão beta
permanente. Esse jovem é, por si só, a solução para os problemas que enfrentamos do século XXI,
não apenas o seu projeto.

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-
CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0).

Você tem o direito de: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou
formato; e de Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.

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material para fins comerciais. CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do
material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original. Leia mais aqui:

4ª edição, revisada e lançada pela primeira vez de forma aberta em 2020. Porto Alegre/RS.

Texto e diagramação: Mariana Ritter Rau. Revisão: Barbara Alves Zolet, Jaqueline Dahmer Steffenon
e Kawoana Trautman Vianna

Ícones: FlatIcon

Acesse a coleção completa, incluindo desafios que colocam em prática este conteúdo, em:
https://cientistabeta.com.br

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Os Guias Decola Beta incluem ícones especiais.

Ícones com links para você clicar: Vídeo Link Texto

Ícones que significam códigos:

Exemplo Frase Dica Beta Fim de capítulo

Caso você esteja lendo uma versão deste material em que não é possível acessar os links
pelos ícones (impressa, por exemplo), você pode acessar todos os links do material pelo
computador entrando aqui: linktr.ee/GuiasDB

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Use este guia ao longo de todas as etapas da Jornada do Jovem Cientista que envolvem tarefas a
serem cumpridas e pessoas com quem você precisa interagir! Essencialmente, em qualquer
momento a partir da fase 2: despertador!

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Capítulo 1: Gestão de tempo e hábitos ...................................................................................... 8

Capítulo 2: Cronograma detalhado de trabalho....................................................................... 14

Capítulo 3: Eu cientista e o mundo ........................................................................................... 18

Capítulo 4: Comunicação efetiva ............................................................................................. 21

Bibliografia .................................................................................................................................. 25

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Como discutimos no Guia 1 quando falamos da Tríade dos Bons Projetos, fazer um projeto
científico exige um recurso importante: tempo. Sendo assim, independente da quantidade de horas
livres que você tenha para se dedicar ao seu projeto, isso vai exigir que você faça uma boa gestão
do seu tempo.

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Procrastinar é deixar para depois. “Por que fazer amanhã o que eu posso fazer depois de
amanhã?” ou os famosos “Sou assim, mesmo”, “trabalho melhor sob pressão”, “na hora eu faço”.
No entanto, quando isso se torna um hábito, fique atento!

Tim Urban descreve de forma brilhante, usando 3 personagens, como é

o universo por dentro da cabeça de um procrastinador e de que forma isso influencia sua
tomada de decisão. Ative as legendas em português!

Ué, que estranho… você imaginava que receberia esse guia para aprender coisas novas, não
é mesmo? Que história é essa de DESaprender?

Para aprender um novo modo de agir, é preciso desaprender o modo atual de fazer as coisas.
Por isso, vamos começar desconstruindo o que impede você de gerir bem o seu tempo.

“O desaprender pode ser mais importante que o aprender, até mesmo porque é o processo que
antecede o aprendizado. Quem não desaprende, aprende de forma limitada. (...)

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O processo do desaprender pode responder melhor em resultados que o próprio aprender. Se a equipe
estiver errando excessivamente em determinados pontos, apenas com a eliminação dos erros
conseguirá grandes resultados.

Estar preparado para o novo é um processo contínuo de desaprender e aprender nas suas
proporções.” Trechos extraídos de “A importância do desaprender”, de Paulo Eduardo Dubiel.

Nas próximas partes deste guia você poderá encontrar diversos recursos que ajudam a
organizar melhor o seu tempo só eliminando hábitos ruins. Fique de olho!

O tempo é um recurso finito. Mas com a energia já é outra história… Você já sentiu que
mesmo com tempo para realizar alguma tarefa você se sente esgotado e não consegue realizá-la?
Ou o contrário: mesmo com um tempo apertado você estava tão presente, ativo e engajado que
tudo fluiu? Por isso convidamos você a pensar em gestão de tempo também como uma gestão da
energia colocada nas tarefas. E por energia podemos entender, mais especificamente, coisas como
foco, atenção, agilidade…

Assim como uma bateria, a sua energia pode ser recarregada com algumas ações simples,
como levantar e pegar um copo de água, caminhar um pouco, ou experimentar a meditação em um
momento… ou o que você quiser, desde que sinta que a sua energia é recarregada nesse intervalo.

experimente aqui a meditação em um momento

Charles Duhigg, no livro “O Poder do Hábito: Porque Fazemos o Que Fazemos na Vida e nos
Negócios”, fala sobre um artigo publicado em 2006 por pesquisadores da Universidade de Duke. O
estudo revelou que mais de 40% das ações que as pessoas realizavam diariamente não vinham de
vontade própria, eram hábitos. Isso significa que 40% do que fazemos é no piloto automático.
Imagine-se gastando 40% em atividades automáticas improdutivas?

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Observe-se. Entenda como o mau hábito se forma e qual o gatilho (estímulo) que o dispara.
Alguns exemplos:

Fico disperso nos meus estudos sempre que recebo uma atualização de uma rede social;

Sempre que penso em tudo que preciso fazer, não faço nada pois não sei por onde começar;

Quando tenho que fazer uma apresentação, fico movimentando minhas mãos sem parar.

Em negrito, destacamos os gatilhos. Ao identificar o que está provocando o mau hábito,


pode resolver essa situação de duas formas:

Escape 1: Evite os gatilhos. Se não houver gatilho, não há o que dispare o mau hábito. Evite
contato com redes sociais, então não haverá dispersão nos estudos. Claro que isso não serve para
tudo, como por exemplo o caso de fazer uma apresentação. Para isso, serve o segundo escape.

Escape 2: Condicione-se a fazer outra coisa, a cada vez que enfrentar o estímulo novamente.
Por exemplo: Quando tenho que fazer uma apresentação, faço gestos suaves me inspirando na
mulher da previsão do tempo, da TV. Sempre que penso em tudo que preciso fazer, eu faço uma
lista num bloco de notas do celular. Sempre que recebo uma notificação de rede social, levanto e
deixo meu celular em um local diferente do que eu estou. É um processo de treinar você mesmo
para ter uma reação diferente!

“Somos aquilo que repetidamente fazemos.” Aristóteles

Agora que você entende a dimensão dos problemas que podem existir na gestão de tempo
e também a importância de desaprender certos hábitos, vamos para a parte prática! Separamos
algumas ferramentas que vão ajudar a eliminar - ou afastar - hábitos que matam o tempo:

Você já parou para pensar quanto tempo você dedica a cada coisa por dia? E a cada site e
aplicativo que você usa? O RescueTime é um aplicativo que mostra quanto tempo você
fica em páginas e programas de trabalho — como Excel ou Word — e quanto tempo gasta
com diversão — como Instagram ou jogos.

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O próprio Instagram possui a função de resumir e mostrar para você a quantidade de tempo
que você usou no aplicativo, bem como a possibilidade de estabelecer um número de horas para
que ele dispare um aviso de que você chegou ao limite do tempo que se propôs a destinar
ao aplicativo. Aprenda aqui como usar:

Já imaginou poder escolher e bloquear os sites que você não deve acessar, em um momento
em que um foco ninja é necessário? É o que o Strict Workflow faz. Você pode selecionar sites para
bloquear durante um tempo de produtividade e também contar com uma ferramenta da técnica
Pomodoro (vamos falar dela daqui a pouco!). É só adicionar a extensão ao Google Chrome
e depois dar de cara com um imenso aviso, dizendo: “Página bloqueada. Volte ao trabalho!”

O nome é auto-explicativo, não? O “Fui lá e Fiz” é um site com uma sequência de passos para
que você se concentre e faça as suas tarefas. Ele foi elaborado por estudantes de psicologia, da
Eurekka, baseado em resultados de pesquisas sobre foco e procrastinação. É a ciência
aplicada ao fazer. Vou deixar que você descubra o resto!

Essa técnica foi desenvolvida por Francesco Cirillo, no final dos anos 1980. O nome
pomodoro significa tomate, em italiano, é uma referência a um cronômetro popular na época. É um
método que se tornou bastante popular entre os jovens pesquisadores. Veja só o que a ex-
mentorada do Programa de Iniciação Científica Decola Beta em 2016, a Vanessa, diz:

“A técnica do pomodoro foi uma das coisas mais proveitosas que aprendi durante o programa de
mentoria. Sempre fui uma pessoa muito organizada, mas nunca soube administrar o meu tempo
para ser o mais produtivo possível. Tanto na pesquisa, quanto em atividades pessoais, minha vida
acadêmica, por exemplo, gastava a maior parte do tempo me organizando e planejando do que
executando as atividades em si. Dividir o tempo em pequenos blocos, totalmente focados, é uma
forma muito mais eficaz de se trabalhar, pois, não haverá tempo gasto com distrações, as
atividades irão de fato ser realizadas e não será tão cansativo do que estudar um longo período de
tempo de uma só vez.” Vanessa Carmo, mentorada em 2016.

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A técnica se baseia no princípio de que períodos intensos de trabalho, intercalados
por breves pausas, potencializam o rendimento nas tarefas. Confira o passo a passo da
técnica Pomodoro!

Você escolhe forma de contar o tempo do Pomodoro. Pode fazer com um cronômetro
manual, ou no celular, ou com a ferramenta Strict Workflow, que falamos acima. Algumas extensões
do Google Chrome como o Tomato Timer e o Marinara também servem para isso.

Não é bem uma ferramenta, mas é um jeito de hackear o seu “eu procrastinador”. Shawn
Anchor, autor de livros sobre psicologia positiva, falou sobre a regra dos 20 segundos e como utilizá-
la para modular hábitos.

Exemplos! Está vendo muita TV? É só tirar as pilhas do controle remoto. Isso faz com que a
cada vez em que você quiser ligar a TV você precise pegar e inserir as pilhas novamente. Cria um
atraso de 20 segundos no uso do aparelho, propicia instantes para a reflexão “isso realmente é
necessário?” e reduz dramaticamente a quantidade de tempo na frente da TV. Acessa muito as
redes sociais no celular? Coloque ele no modo avião. Quando você quiser dar uma espiada nas
redes, terá o atraso dos segundos entre o celular sair do modo avião e conectar à rede de internet.
Faça logout da sua conta do Netflix, de modo que você precise parar e inserir novamente suas
informações se quiser acessar. Esse intervalo de alguns segundos é um tempo que te faz pensar
se isso realmente é necessário.

Primeiro, o pior. Para acabar com a procrastinação, lide com a sua tarefa menos prazerosa
logo pela manhã, ou assim que possível.

Quebre em pedaços. Corte tarefas complexas em tarefas menores e bem definidas. Então,
foque em completar uma tarefa de cada vez.

Minimarcas. Quando iniciar uma tarefa, identifique o alvo que você quer atingir. Atinja esse
alvo e só depois pare de trabalhar. Por exemplo, se você estiver escrevendo o seu plano de pesquisa,

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decida não fazer pausas até ter escrito pelo menos 400 palavras. Então, ao chegar nas 400 palavras,
comemore de alguma forma! Foi como tem subido mais um mini degrau :)

Pausas inteligentes. Quando você pausar uma grande tarefa, pause em um ponto em que a
energia que você terá que colocar para retomar essa tarefa posteriormente é mínima. Como se
reiniciar essa tarefa fosse algo impossível de ignorar. Por exemplo, quando eu preciso pausar a
escrita deste material, eu pauso exatamente no meio de uma palavra. Para retomar, só preciso
completar aquela palavra, e aí já sinto que estou engajada novamente na atividade.

Promessas! Fale para outras pessoas a respeito dos seus compromissos e prazos.
Comprometimento externo ajuda a firmar o seu engajamento em algo, porque gera medo de
desapontar alguém ou de perder um acordo/aposta.

Lacunas produtivas. Sabe aquele tempo vazio em que você está a caminho da escola, ou
esperando em uma fila, ou aguardando um compromisso… ótima hora para fazer uma leitura, uma
lista de tarefas ou se dedicar 100% a esvaziar a cabeça para dar espaço a novas ideias. Nada de
pegar o celular!

Continuidade. No final de cada dia, identifique e programe as tarefas do dia seguinte. Assim,
o próximo dia começa imediatamente com a tarefa e você não perde com planejamento um tempo
potencialmente produtivo.

Otimize! Identifique as técnicas que você mais usa e que mais funcionam com você. Veja
onde elas podem melhorar. Depois, teste o seu processo otimizado.

Assista a transmissão ao vivo que fizemos com o Henrique, psicólogo e co-

fundador da Eurekka, uma startup com foco em psicologia e tecnologia! Nós falamos
sobre gestão de tempo e ansiedade. Assista de novo os seus momentos favoritos, ou veja
se você não viu ainda!

Trouxemos aqui diversas ferramentas e formas de melhorar a sua gestão de tempo e de


energia. Mas não existe uma receita mágica (aliás, se existisse certamente você já estaria
realizando). O que existe é a tentativa de você empregar as técnicas e sentir qual
se adapta melhor à sua rotina e ao seu modo de trabalho :)

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Considere um cenário como este: Estamos no mês de junho e em outubro acontecem as
inscrições para participar de uma Feira de Ciências. Isso significa que até outubro você precisa ter
resultados. Então, na hora de estipular as etapas do projeto, é necessário que você considere a
janela de tempo que dispõe e quais são os seus principais objetivos a cumprir até lá. Lembre que
ao fazer o plano de pesquisa você terá um cronograma (geralmente mensal) de realização das
etapas do projeto. Mas além de uma organização em médio e longo prazo, como organizar as
tarefas do dia-a-dia e garantir que nada ficou para trás? Vem ver como:

Scrum é uma metodologia ágil para gestão e planejamento de projetos. No Scrum, as


missões são divididas em ciclos de período definido chamados de Sprints. O Sprint é uma janela de
tempo dentro da qual um conjunto de atividades deve ser executado.

Transparência, inspeção e adaptação são os 3 pilares do Scrum. Transparência pois você


deve ser honesto quanto à programação ser humanamente possível de ser concluída. Inspeção pois
o quadro de atividades é monitorado e revisado frequentemente. E adaptação pois cada fase do
processo pode ser adaptado conforme a necessidade específica do projeto.

Vamos trabalhar com uma ferramenta visual. Experimente começar criando um painel e
colocando-o num local bem visível. Você pode montar o painel num papel, num quadro, na parede
do quarto…

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Passo 1: Preparando o terreno

O painel será dividido em quatro colunas. São elas: “Tarefas a fazer”, “Tarefas planejadas”,
“Em andamento” e “Concluídas”.

Observação: Você sabe qual é a diferença entre “Tarefas a fazer” e “Tarefas planejadas”? As
tarefas a fazer são aquelas que você precisa fazer mas ainda não estão planejadas/previstas para
este Sprint. As tarefas planejadas são aquelas escolhidas entre as tarefas a fazer para que sejam
executadas neste Sprint.

Passo 2: Definindo

Estabeleça um período de trabalho (sprint). O seu planejamento será feito para esse
período. Normalmente vai de 2 a 4 semanas, e a cada ciclo você faz um novo planejamento. Escolha
conforme a velocidade dos ciclos da sua pesquisa.

Estabeleça um objetivo: por que realizar isto neste momento é importante? Onde queremos
ter chegado ao final deste sprint?

Desmembre esse objetivo em tarefas: o que será necessário para atingir esse objetivo?
Quais as etapas? Use a lista feita anteriormente.

Organize as atividades planejadas no painel. Comece o período colocando todas as


atividades na coluna “Tarefas planejadas” (afinal, você ainda está na fase de planejamento, certo?).
A cada sprint, alguma entrega deve ser feita, seja ela um conjunto de resultados, ou parte de uma
escrita, ou contatos importantes para o seu projeto, ou a participação em algum evento. O que dirá
isso é o objetivo que você estipulou para o sprint, lá no início.

Pode ser interessante dividir as tarefas conforme a prioridade. Para definir prioridade,
considere os fatores importância e urgência. Use um sistema de cores, para facilitar. Se o seu
projeto é em grupo, também crie uma identificação para o responsável (ou responsáveis) pela
tarefa.

Passo 3: Rodando o Scrum

Com todas as atividades planejadas reunidas no painel, é dada a largada para a execução!

À medida em que for executando, atualize cada atividade nas devidas colunas. Exemplo: Se
hoje você tinha como prioridade conversar com o orientador e executou com êxito, passe o

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papelzinho com a atividade para a coluna de “concluída”. Se você tinha planejado que nesse mês
escreveria a primeira parte do seu relatório de pesquisa, começou, mas ainda não terminou, coloque
a atividade no status “em andamento”.

Habitualmente, o painel deve ser conferido. A sugestão é que seja um processo diário. O
dono do painel (você!) vai atualizar as atividades e fazer adaptações. Três perguntas básicas devem
ser respondidas todos os dias, para ajudar você a ver como seu projeto está progredindo:

- O que eu fiz ontem? Atualize essas atividades no painel, colocando-as na coluna correspondente à
fase em que você está.

- O que vou fazer hoje? Se surgir alguma atividade que você ainda não planejou, acrescente-a ao
painel.

- Existe algum impedimento? Esta pergunta é muito importante, e deve se tratar destes
impedimentos com prioridade, porque uma atividade no futuro poderá ser interrompida por um
impedimento do presente.

Passo 4: O final do sprint

Ao final do ciclo sprint, remova as atividades concluídas. Sobre as que estão em andamento,
pense: por que você não conseguiu concluir no prazo? Será que o prazo que você estabeleceu foi
muito curto ou a atividade é muito complexa? Aconteceram imprevistos que alteraram o andamento
do seu projeto? Alguma tarefa precisa ser dividida em tarefas menores?

Não tem problema se novas metodologias, novas atividades ou repetição de processos


aparecerem no caminho. Faça o mesmo: dividir em tarefas menores e mais simples e incluir no
próximo sprint, conforme a prioridade.

Passo 5: Reiniciar

Novo ciclo, novos planos! Mantenha no painel os papéis com as atividades “em andamento”
e com as “planejadas” que restaram do sprint anterior, afinal você ainda precisará executá-las! Faça
o planejamento do novo ciclo, adicione novas atividades e mão na massa!

Ah! Esse cronograma é só seu, viu? Não insira esse mural no Plano de Pesquisa. Ele é um
modo de organização diária. Além disso, ele é dinâmico, pois as etapas surgem e são concluídas a
todo o momento: não é algo rígido e definido.

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Veja mais sobre Scrum neste vídeo.

Existe uma ferramenta para aplicar o Scrum online? Ela se

chama Trello. Veja como funciona:

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Aqui vamos entender cada jovem cientista como um ser que possui desejos, filosofia de
vida, visão de mundo e imaginação próprios, que às vezes contribuem para formar uma identidade
de grupo. O jovem cientista está cercado de diversas outras pessoas com papéis específicos e de
um ambiente específico, que formam o ecossistema (a rede) onde ele está inserido. Se for
proporcionado a ele um ecossistema favorável para que as suas atividades sejam facilitadas, o seu
crescimento é muito mais notável. Um jovem cientista não se desenvolve sozinho. Conheça aqui
os principais pontos que formam essa rede e de que forma interagem entre si:

Uma transformação está acontecendo na educação. Antes, o aluno apenas repetia aquilo
que aprendia. Mas, hoje, o aluno questiona e pensa. Nesse pensar ativo, o aluno busca entender
qual o papel da escola na sua formação e qual o seu próprio papel na escola. E meio a isso tudo, lá
está o orientador. Muitas vezes não é mais ele que transmite conhecimento ao jovem, e sim o jovem
que traz novos questionamentos ao orientador. Ainda assim, o papel do seu orientador segue sendo
essencial nessa jornada.

Um professor orientador não precisa ser quem tem todas as respostas, e sim quem tem
boas perguntas. Ele não diz o que deve ser feito de forma irredutível, mas dá as direções possíveis
e decide em conjunto com o aluno qual caminho seguir. Afinal, vocês são um time.

Ele é presente e não deixa que o estudante sinta-se abandonado. Responde, critica,
aconselha e apoia. É ele quem pensa, acima de tudo, se os estudantes não estão se expondo a
riscos desnecessários e se estão seguindo padrões éticos em seus projetos.

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É tarefa do orientador:

• Garantir estrutura (física e intelectual) para que o estudante tenha condições de desenvolver
a sua pesquisa;
• Indicar artigos, livros e materiais para leitura;
• Ajudar a manter o foco na definição do tema central e do objetivo principal da pesquisa;
• Ter um olhar especial com o rigor técnico da pesquisa;
• Ler o seu diário de bordo com certa frequência e deixar um registro que garante que ele vem
acompanhando seu trabalho (uma assinatura, um “ok”);
• Avaliar a metodologia utilizada, dentro das possibilidades existentes, tendo cuidado com
questões de ética na pesquisa;
• Acompanhar presencialmente os experimentos realizados, ou saídas de campo;
• Ajudar a compilar os resultados obtidos e a partir deles fazer você chegar a uma conclusão;
• Ajudar com instruções e correções para o plano de pesquisa, relatório da pesquisa, pôster e
uma boa apresentação oral;
• Ser uma das pontes entre você e a coordenação da escola.

Por fim, lembre-se, jovem: o orientador é alguém essencial mas ele não deve fazer a pesquisa
por você.

Conheça o que é um professor orientador, a partir do olhar das

jovens cientistas que ele orienta!

Rir é necessário! Entenda um pouco melhor o universo dos

orientadores e como eles se comportam, neste texto bem-humorado do blog do Cientista


Beta: “8 tipos de orientadores que TODO jovem cientista conhece”.

Também faz parte do ecossistema do jovem cientista a família, representada pelos pais e/ou
por outras pessoas próximas que convivem com você. Ao longo de anos de contato com jovens que
desenvolvem pesquisa, notamos que o apoio dentro de casa é um fator fundamental para que um
jovem cientista siga fazendo pesquisa.

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Observamos que, geralmente, a família não tem uma noção exata do que o você faz na sua
pesquisa. Na maioria das vezes, eles ficam orgulhosos de tudo, sorriem, mas por dentro não sabem
muito bem o que está acontecendo. Mas não importa: sua ajuda é tão grande e importante quanto
a do orientador.

É sua missão explicar e deixar claro para os seus pais o que está desenvolvendo, sem medo
de que eles não compreendam, sem preguiça de ter que repetir a explicação algumas vezes, sem
nenhuma vergonha. Vai ser divertido! Você verá que eles olharão para você e para o seu trabalho de
uma forma diferente e, além disso, buscarão apoiá-lo mais ainda.

“A compreensão deste mundo passa, evidentemente, pela compreensão das relações que
ligam o ser humano ao seu meio ambiente. Não se trata de acrescentar uma nova
disciplina a programas escolares já sobrecarregados, mas de reorganizar os ensinamentos
de acordo com uma visão de conjunto (...).” Compreender o mundo, compreender o outro. Relatório
da UNESCO, 2001

Ampliando um pouco o círculo a partir da família, existe aquilo que forma a sociedade na
qual o você está inserido: amigos, escola, vizinhos, conhecidos e o restante das pessoas com quem
tem contato, direta ou indiretamente.

Este grande círculo tem influência sobre o jovem cientista, pois pode estimular ou
desestimular o prosseguimento dessa jornada. Da mesma forma, os jovens cientistas podem ter
influência sobre o que chamamos de sociedade. Conversar e trazer o assunto da sua pesquisa para
o mundo tem muito a enriquecer a sua experiência e a quem está ao seu redor.

Muitas vezes, a sociedade inclui as pessoas que sofrem com o problema que você escolheu
resolver com a sua pesquisa. Uma troca de experiências com essas pessoas possibilita um
entendimento mais profundo do problema e também o aparecimento de possíveis soluções.

Thomas Suarez tem 12 anos e desenvolve aplicativos para celular.

Observe como ele se relaciona, se baseia e se impulsiona tendo como base relações com os pais,
colegas, pessoas que moram próximas a ele, professores e possíveis parceiros de desenvolvimento,
neste TED de 4 minutos (ative as legendas!).

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Nós entendemos que fazer ciência é um processo coletivo. Tanto porque você se embasa
em conhecimentos produzidos por outras pessoas, quanto porque está trabalhando em time, com
um orientador e às vezes com colegas de projeto. Assim como todo o processo de convívio, juntar
pessoas com tarefas complexas com tempo curto requer atenção, principalmente para não se
adicionar um ingrediente do caos: a falha de comunicação.

Possivelmente, você já tenha assistido àquelas animações da Pixar, que passam antes dos
filmes. For the Birds (“Coisas de Pássaros”, em português), é uma animação de 2000, com
pássaros azuis sobre uma linha de transmissão de luz. Além de muito engraçado, esse
vídeo de 3 minutos pode nos ensinar coisas sobre trabalho em equipe.

Existem algumas personalidades típicas no desenho.

• O que briga sem razão - então todos brigam, mas não sabem exatamente por quê;
• O engraçadinho;
• O espaçoso;
• Aquele que só quer fazer o bem, mas atrapalha e não percebe;
• Os coadjuvantes - só ficam na torcida;
• Aquele que tem um momento de iluminação e sensatez sobre o que fazer numa hora crítica.

No início do desenho, até se acomodarem, há uma troca de afagos e sons para definir os limites
que cabem a cada um deles. Ainda que alguma animosidade guie esta “luta” por um lugar ao sol,
como fazem parte de uma mesma espécie, é possível acomodar todos e, ao mesmo tempo, há uma
necessidade de que estejam juntos, em bando. E se o time não estiver alinhado, você já viu o que
pode acontecer, não é mesmo?

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Existe uma diferença entre aquilo que você quer dizer,
aquilo que você de fato diz e aquilo que o outro efetivamente
entende. Cuidado para não entrar num telefone sem fio.

Como lidar: Tente buscar um feedback sobre o que o


outro entendeu, com uma pergunta de fechamento que resuma
sua mensagem, ou uma retomada geral dos assuntos.

Você está cercado de pessoas de idades e de jeitos diferentes de ver o mundo e de se


expressar. Para cada uma, há um jeito melhor de se dirigir. Você não conversaria com os seus
colegas da mesma forma que fala com o seu orientador, não é mesmo?

Como lidar: existe uma forma ideal de se dirigir a cada pessoa. O que define isso é algo
multifatorial, que envolve, por exemplo: nível de intimidade, respeito, a expectativa do outro,
transparência, etc. Você precisa ter sensibilidade para definir isso corretamente.

Se o grupo do Whatsapp da sua equipe de pesquisa ainda não virou um caos, prepare-se,
pois esse dia chega para todos. Redes sociais, se usadas como único canal, não são a melhor
ferramenta de comunicação dentro de um projeto científico. As coisas se perdem e as distrações
são muito tentadoras.

Como lidar: Escolha os seus canais de comunicação com sabedoria: redes sociais para
lembretes rápidos, e-mails para formalizações, uma pasta na “nuvem” com os arquivos importantes
disponíveis para todos, um mural (físico ou online) com as tarefas e o diário de bordo para as
informações relativas à pesquisa.

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Isso mesmo, você precisa planejar até os momentos em que vai se reunir para fazer
planejamento. Ter uma rotina de encontros-conversas-ligações é extremamente benéfico para o
alinhamento da equipe.

Como lidar: Se você estiver em dupla ou em trio, pode determinar horários no dia para fazer
uma breve retomada das atividades com os seus colegas, coisa de 5-15 minutos, no início e no final
do dia. Ter um dia da semana com tempo de qualidade reservado para conversar com o seu
orientador também ajuda bastante, inclusive otimiza tempo se você anotar todas as dúvidas que
tiver ao longo da semana e discutir em uma única reunião.

Nós sabemos que vocês estão muito empolgados e que falariam durante horas a respeito
do que estão fazendo. Mas ser objetivo é um exercício muito importante e que poupa um tempo
valioso do time, além de garantir que a conversa não fuja do foco.

Como lidar: Quem for o mediador da reunião deve definir claramente quais são as pautas, a
sua ordem, quem vai participar e, principalmente, quando começa e termina. Sim! Estipular um
horário de término é importante para não entrar em “loops infinitos” de assuntos sem conseguir sair
e concluir a pauta. Dica: geralmente, menos de uma hora é um tempo suficiente para uma reunião!

Quando as pessoas falam, elas seguem um fluxo mental de pensamentos, que possui uma
lógica e uma fluidez para entregar a mensagem desejada. Se a pessoa é interrompida, pode ser que
esse fluxo não seja retomado e alguma ideia importante se perca. Além de não ser legal com seus
colegas.

Como lidar: Ouça atentamente e aproveite para entender melhor as opiniões do outro. Se
não concorda com o que ele fala, se tem algo a adicionar ou se quer expressar a sua opinião, espere
terminar. Alguns grupos utilizam, inclusive, algumas “regras” para as conversas, como:

- O silêncio faz parte da conversa (não é vergonhoso passar por uma pausa dramática);

- Não há uma ordem de fala em sequência obrigatória (a não ser que seja estipulado pela ordem da
pauta da reunião);

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- O objeto da fala. Este último é o mais interessante, para reuniões presenciais. É escolhido um
objeto e, quem o possuir em mãos, tem o poder da fala naquele momento. Quando a pessoa encerra
sua fala, cede o objeto à próxima pessoa que deseja se expressar.

E se você tiver algo para falar, não deixe de anotar suas observações enquanto outras
pessoas falam.

Mesmo aplicando todas as dicas acima, você só terá sucesso na comunicação se realmente
escutar o outro.

Como lidar: Esteja presente e observe atentamente o que o outro fala, seus gestos,
expressões faciais e entrelinhas. Isso fornece uma compreensão integral da mensagem.

Essas são práticas que melhoraram muito qualquer trabalho em equipe, e que você também
pode aplicar em outras áreas da sua vida. Lembre-se de que ter uma boa ideia não adianta, se você
não souber comunicá-la.

Alguns jovens cientistas, ao longo do Programa de Iniciação Científica Decola

Beta, criaram um nome para o seu time e isso é muito legal! O nome reflete a identidade das
pessoas, ou é uma piadinha interna sobre o projeto, ou tem relação com a região em que as pessoas
estão. Vale tudo! Alguns exemplos são: “Meninas super sustentáveis”, “Lesminhas” e “Pandas do
Cerrado”. Que tal você criar um para o seu time também? O nome é importante para criar a
identidade de time!

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BARKING UP THE WRONG TREE. Is the “20 second rule” the key to being your best? Disponível em
<http://www.bakadesuyo.com/2012/06/is-the-20-second-rule-the-key-to-being-your-b/>; Acesso
em: mai 2017.

CIOTTI, Gregory. How Music Affects Your Productivity. Disponível em:


<https://www.helpscout.com/blog/music-productivity/?goal=0_6486cd27b5-bbd33663a1-
312061373>. Acesso em: jan 2020.

DA DAMATTA, ROBERTO. Relativizando: uma introdução à antropologia social. 1981.

DELORS, Jacques et al. Educação: um tesouro a descobrir: Relatório para a Unesco da Comissão
Internacional sobre Educação para o século XXI. 1998.

DUBIEL, Paulo Eduardo. A importância do desaprender. Disponível em


<http://www.olheinfo.com/component/content/article/4-destaque/1260--a-importancia-do-
desaprender.html>. Acesso em: mai 2017.

DUHIGG, Charles. O poder do hábito: por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios.
Editora Objetiva, 2012.

ENDEAVOR. Mentor: por que eu deveria ter um? Disponível em: <https://endeavor.org.br/mentor-
por-que-eu-deveria-ter-um/>. Acesso em: abril de 2017.

LIFEHACK. 33 rules to boost your productivity. Disponível em


<http://www.lifehack.org/articles/productivity/33-rules-boost-your-productivity.html>. Acesso em:
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MORENO, Jacob L. Theory of spontaneity-creativity. Sociometry, v. 18, n. 4, p. 105-118, 1955.

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http://porvir.org/especiais/maonamassa/aprendizagem-baseada-em-projetos/>. Acesso em: abril
de 2017.

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RAU, Mariana Ritter. O que procrastinação e reações químicas têm em comum. Disponível em:
<https://www.linkedin.com/pulse/o-que-procrastinação-e-cinética-química-têm-em-comum-ritter-
rau/>. Acesso em: jan 2020.

SCHWARTZ, Tony. Manage your energy, not your time. Disponível em


<https://hbr.org/2007/10/manage-your-energy-not-your-time>. Acesso em: mai 2017.

SOUZA, Dalva Inês de et al. Manual de orientações para projetos de pesquisa. Novo Hamburgo:
FESLSVC, 2013.

Para a jovem cientista Vanessa Carmo, que cedeu depoimento para o capítulo 2.

Pela escrita da primeira edição do conteúdo em 2016, que futuramente deu origem a partes deste
material: Deise Carvalho, Fernanda Neumann e Elaine Latocheski.

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-
CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0).

4ª edição, 2020, Porto Alegre/RS.


Texto e diagramação: Mariana Ritter Rau
Revisão: Barbara Alves Zolet, Jaqueline Dahmer Steffenon e Kawoana Trautman Vianna
Acesse a coleção completa, incluindo desafios que colocam em prática este conteúdo, em:
https://cientistabeta.com.br

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