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CURSO DE PEDAGOGIA

Gestão da Educação em Ambientes Não Escolares Atividade


de Estágio

PROJETO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA -


PROJETO FORMAÇÃO DE LEITORES

O Projeto de Intervenção educativa –


Projeto formação de leitores foi criado
com o intuito de estimular a leitura além
da sala aula, ou seja em toda
comunidade.

Aluna: Adriana de Campos Silva – RA 1202653

Itaquaquecetuba
2019
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO.......................................................

2. ETAPAS DO PROJETO......................................................................

3. DETALHAMENTO DAS FUNÇÕES DO PEDAGOGO........................

4. TEXTO REFLEXIVO........................................................................ 6

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................ 8

Projeto formaçã o de leitores Pá gina 2


PROJETO FORMAÇÃO DE LEITORES

Este projeto tem a intenção estimular a leitura em toda a comunidade esteja ela
dentro ou fora do ambiente escolar e tem como foco alunos, professores,
coordenadores, funcionários de escolas, pais e pessoas da comunidade em geral.
Este estímulo de leitura serve tanto para livros literários como para qualquer outro
tipo de leitura (jornais, revistas, reportagens e outros).
Todos sabemos que nos dias de hoje as crianças, jovens e adultos não são muito
incentivados ou se quer mostram interesse para a leitura, o que é um problema
grave e tem prejudicado muito o desenvolvimento educacional, cultural e social de
todos, o que tem tido grande impacto não só no aprendizado cognitivo, mas também
no aprendizado social. Já sabemos que a leitura é de suma importância para o
desenvolvimento do nosso cérebro, que é a maquina o que coordena a nossa fala,
nossa memória, escrita e até a concentração. Mas se não temos o habito da leitura
tudo isso vai ser afetado.
O projeto terá como alvo alunos, professores, membros da comunidade seja ele
jovens, adultos ou idosos.
Este projeto tem como principal objetivo incentivar a comunidade escola e não
escolar a ler livros literários. O projeto terá como alvo a comunidade em geral sem
nenhuma ressalva. O que trará benefícios não apenas para os alunos, mas também
para todo o corpo docente e todos da comunidade. E este não é o único objetivo do
projeto, ele também trará benefícios para Direção que criara condições institucionais
de auxilio à leitura para os professores e equipe de funcionários. Além de auxiliar a
Coordenação pedagógica a despertar e incentivar a leitura de livros de literatura pelo
professor de modo a contribuir para sua formação pessoal bem como para a sua
prática de ensino. Para os professores que com o auxílio do projeto poderão ampliar
o repertório de histórias e autores conhecidos ao participar de situações que
envolvem diferentes práticas de leitura tais como: roda de leitores, ouvir histórias
lidas pelo coordenador além de troca de indicações, para os alunos que poderão
ampliar seu repertório de leitura, e por ultimo, mas, não menos importante para a
comunidade que através da leitura poderá descobrir que os livros podem ser um
mundo paralelo do mundo atual e muito mais divertido.

Projeto formaçã o de leitores Pá gina 3


Em tempos modernos no qual a TV, o computador e a Internet são peças chaves da
sociedade, a leitura e a escrita não perderam seu valor como necessidade social.
Mas está sendo deixada de lado e perdendo a vez para tantos equipamentos
eletrônicos, eis aí o nosso grande desafio, desafio este que não é apenas das
escolas e dos educadores, mas sim de todos que presam e sabem a importância de
uma boa leitura. Assim considerando que por falta de conscientização sobre o hábito
da leitura cada vez mais, as pessoas apresentam sérios problemas na organização
do pensamento. Falta-lhes o senso crítico diante da realidade e condições de
fazerem escolhas pessoais para seu futuro, ou de sua comunidade e de seu país.
Com relação as este tema Martins (1994) define de uma forma bem simples e
objetiva o que é ler, mostrando que este ato não é simplesmente um aprendizado
qualquer, e sim uma conquista de autonomia, que permite a ampliação dos nossos
horizontes. O leitor passa a entender melhor o seu universo, rompendo assim as
barreiras, deixando a passividade de lado, encarando melhor a face da realidade.
João de Deus também se preocupava com a leitura, ele envolveu-se nas
campanhas de alfabetização, escrevendo a Cartilha Maternal, este foi um novo
método de ensino de leitura, e para ele:
Ser homem e saber ler. E nada mais
importante, nada mais essencial que essa
modesta e humilde coisa chamada –
primeiras letras. (Deus, 1877, p.15)

Este projeto também tem como embasamento as teorias Vygotskyana que permite
levar o aluno e o professor a conceberem a leitura como processo de construção de
sentido entre o leitor (ser individual e social), o texto (produto individual, determinado
histórica e socialmente) e o sujeito (condicionado historicamente) e as práticas
sociais e culturais nas quais ocorre essa interlocução. Concordando com Vygotsky,
Kleiman (1989) também afirma que a concepção de leitura enquanto interação
assume que o sentido não é algo pronto no texto, mas é produzido pelo leitor a partir
de seus conhecimentos prévios, de seus objetivos e de sua ação sobre a
materialidade linguística presentes em cada texto.
O que desejamos é que a opção do educador seja por uma concepção libertadora
de educação, é fundamental contribuir para que o educando descubra que o
importante mesmo, não é ler histórias “alienadas ou alienantes, mas fazer história e

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por ela ser feito” (Gadotti, 1996, p.254). Neste caso, os educandos são chamados a
pensar criticamente, a refletir sobre a razão de ser da sua situação e realizar uma
leitura crítica de como e dos porquês dessa situação.

ETAPAS DO PROJETO
Durante este processo contará com varias áreas para sua gestão:
Comunidade e bibliotecários: serão responsáveis pelo fluxo e aquisição,
empréstimo, troca e reaproveitamento de livros e outros materiais de leitura.
Pedagógicas: Estratégias para a formação do professor como leitor literário durante
e após os encontros de formação continuada.
Espaço: organização da biblioteca publica, seja ela municipal ou estadual. Este
espaço será onde toda a magica irá ocorrer, o lugar onde vamos tornar meros
cidadãos em leitores assíduos.
São necessários livros de literatura, mural, questionário para diagnóstico, textos
literários impressos, barbante, pregador de roupas, jornais e revistas.

DETALHAMENTO DAS FUNÇÕES DO PEDAGOGO


1. Realização de um questionário para verificação do tipo de leitura preferível entre
toda a comunidade;
2. Levantamento do acervo literário, livros que podem ser recolhidos de donativos
de escolas publicas, particulares da própria comunidade;
3. Compartilhar informações e discutir com a equipe, com os alunos e com a
comunidade algumas propostas a serem realizadas ao longo do ano.
4. Estabelecer o melhor dia e horário para os encontros mensais ou quinzenais.
5. Leitura em voz alta durante os encontros.
6. Roda de leitura e discussão do titulo proposto.
7. Organizar o “Encontro de leitores” onde em grupos alunos, professores de
membros da comunidade farão apresentações uns para os outros.
8. Após este encontro pode-se articular uma pequena peça de teatro que pode ser
apresentado a todos. Assim uma equipe ensaia e apresenta um resultado
artístico sobre o livro escolhido e discutido no Encontro de leitores, desta
maneira os trabalhos podem expressar o diálogo entre a história e a percepção
de cada um.

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Após um período de seis meses ou um ano o pedagogo retomará os dados iniciais
do projeto, o questionário deve ser refeito e as informações comparadas, assim os
dados obtidos no diagnóstico devem ser avaliados e analisados se houveram
mudanças de atitudes em relação aos hábitos dos leitores assim como se ampliaram
a diversidades de leituras realizadas. Neste processo devemos levar em conta
também o envolvimento da equipe e se os professores e membros da comunidade
levaram com sigo algumas das práticas vivenciadas durante o projeto como a
realização de comportamentos leitores às crianças, jovem e adultos; e fazem
apreciações sobre livros, releem trechos de interesse ou de difícil compreensão de
todos, verificando assim os comentários sobre a parte do livro que mais gostaram,
se remetem ao índice para localizar um item específico, etc.

TEXTO REFLEXIVO
O tipo de leitura assumido pelo professor permite definir uma concepção de leitor
que vai ser originado desse ensino-aprendizagem. Portanto, se optarmos pelo
conceito de leitura como um processo descendente (top-down), o leitor não é mais
visto como um repetidor passivo, mas como um produtor de significados, pois estará
acionando seu potencial criativo e seu conhecimento prévio e inserindo-se no mundo
sociocultural.
Isso é apenas um fragmento de uma concepção clara de leitura da qual os
envolvidos durante o ato de ler poderão repensar. Ao professor competente e
criativo, caberá a tarefa de articular atividades significativas que induzam a todos a
utilizar e desenvolver sua capacidade cognitiva e metacognitiva, já que tomará
consciência do que faz e por que o faz.
Então, a leitura e a linguagem, compreendidas como lugar de interação humana e
social, constituirão a si e ao sujeito não um conjunto de códigos e normas
irrevogáveis, mas um trabalho (ação para transformar) social e sempre em curso.
Portanto, se a aprendizagem da leitura quiser evoluir para o desenvolvimento do
sujeito, se aqui e agora tem de ser respeitado e valorizado. Seus conhecimentos
prévios de mundo e de linguagem devem ser vistos não como síntese do passado,
mas como proposta de contribuição para leituras futuras.
Desta forma, a leitura sendo vista não como ato isolado de um indivíduo diante da
escrita do outro indivíduo, supõe a imersão no contexto social da linguagem e da

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aprendizagem, através da interação como o outro. Leitor e autor, sujeitos com suas
respectivas histórias de leituras de mundo, são responsáveis pela construção de
transformação a partir da tomada de consciência da importância de ser cidadão no
mundo e do mundo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRASIL. MEC. Projeto pró-leitura na formação de professor. Brasília: MEC/SEF,
1996.
D’ANDRADE, Roy. A folk model of mind. In: Holland, D., Quinn, N. Cultural models
in language & thought. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: O desenvolvimento dos
processos psicológicos superiores. “ed. São Paulo: Martins Fontes 1998.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes,
1993.
FREIRE, P. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam.
São Paulo: Cortez, 2001.
GADOTTI, M. História Das Ideias Pedagógicas. 8º edição, 5ª impressão, editora
Ática, 1996.
GADOTTI, M. Educar é impregnar de sentido a vida. Revista Professor. Ano 1 nº
2. Novembro de 2003.

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