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Autores:

Sarah Caroline de Souza Guadagnin


Poliana Reis Costa
Bianca Oliveira de Macedo
Fabiana Maris Versuti
Marina Greghi Sticca
Douglas Silva da Hora Oliveira

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Realização:

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Apoio:

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SOBRE O PROJETO

Olá, educador (a),


seja bem vindo (a)!

Esse e-book é parte de uma coleção intitulada “Trilhas


do séc XXI”, e é fruto de um longo trabalho que co-
meçou em 2019, a partir da realização de oficinas no
contraturno escolar para alunos de escolas públicas.

Depois de um ano deste projeto com aproximadamen-


te 100 jovens, percebemos o impacto que o mesmo
teve nos alunos e tivemos muita vontade de expan-
di-lo para várias escolas, porém, éramos apenas uma
equipe, e tínhamos um Brasil inteiro para oferecer as
oficinas! Foi assim que nos perguntamos: “por que não
compartilhar os aprendizados dessa experiência com
outros educadores?”

Fruto dessa vontade, surge simultaneamente a EDtech


“Que Chance” e essa primeira coleção de livros, que
objetiva contribuir por meio de um conjunto de planos
de aulas para uma educação brasileira mais significa-
tiva e inovadora, bem como para a formação de agen-
tes transformadores para nossa sociedade. A seguir
você vai conhecer como esse e os demais e-books da
coleção se organizam.
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PARA QUEM É? 1

Esse livro é destinado para educadores de escolas públicas e priva-


das, recém formados em licenciaturas e ou também educadores so-
ciais que trabalham em organizações públicas ou sociais.

QUANDO USAR?

A proposta principal é que essa coleção seja desenvolvida por


educadores com seus alunos do Ensino Médio, em matérias eletivas
e/ou itinerários formativos. Entretanto, também pode ser utilizada
como um guia na construção de aulas para os anos finais do Ensino
Fundamental II (8° e 9° ano) e para a realização de oficinas no contraturno
escolar na educação formal ou não formal.

PARA QUE SERVE?

Importante ressaltar que todos os livros são materiais vivos e não


objetivam ser “uma receita de bolo” com passo-a-passos específicos
para aplicação em sala de aula, pelo contrário, essa coleção busca ser
instrumento de inspiração e apoio à educadores, propondo conteúdos,
aulas e atividades de forma prática e acessível, mas que podem e
devem ser potencializados, transformados e adaptados a partir da
realidade dos alunos, da escola e da criatividade dos educadores que
irão utilizá-los.
COMO FUNCIONA?

Toda a coleção está organizada e se respalda em uma metodologia construída pela


“Que Chance”, denominada de 5QC, no qual se propõe 5 passos para serem desen-
volvidos e trabalhados com os alunos, passos esses que não necessariamente são
lineares, mas que vão sendo desenvolvidos ao longo dos e-books de forma circular,
sobreposta e dialética. Os passos são os seguintes:

CONHECER
Que possamos conhecer, no qual o educador propõe aos alunos que se apro-
fundem na sua própria vivência, explorando e conhecendo quem são e onde
estão, conhecendo conteúdos, vivências e realidades novas, diferentes das que
estão habituados.

CONECTAR
Que possamos conectar, no qual o educador e aluno integram os conhecimentos
adquiridos e despertados ao longo das aulas com a realidade e contexto que
vivenciam, promovendo uma aprendizagem significativa. É o momento também
de professores e alunos conectarem seus conhecimentos, aprendendo e
ensinando simultaneamente em um movimento de cooperação.

CONSTRUIR
Que possamos construir, no qual a partir do conhecimento adquirido, bem
como de uma análise crítica da realidade que estão inseridos, professor e aluno
constroem juntos um projeto prático alinhado com a proposta do livro.
COMPARTILHAR
Que possamos compartilhar, no qual tudo que foi desenvolvido ao longo
das aulas, deve ser compartilhado, é o momento do professor e alunos se
organizarem para juntos compartilharem com a escola, pais e a comunidade
o que aprenderam e produziram, gerando engajamento de outros atores da
sociedade e inspirando uma mudança positiva para as demais pessoas.

COMPETÊNCIAS
Que possamos fazer tudo isso desenvolvendo competências socioemocio-
nais, no qual ao longo de todas as aulas, os alunos não apenas conheçam,
conectem, construam e compartilhem, mas que façam isso, desenvolven-
do um conjunto de competências socioemocionais, alinhadas com a Base
Nacional Comum Curricular. As competências específicas propostas para
serem desenvolvidas nessa coleção são: Trabalho em Equipe, Comunica-
ção, Assertividade, Empatia, Pensamento científico, crítico e criativo, Plane-
jamento a longo e curto prazo e Visão Empreendedora.
SOBRE O LIVRO

OBJETIVO GERAL DO LIVRO


Analisar os problemas pessoais e sociais e propor a resolução dos mesmos a
partir da identificação de oportunidades e do desenvolvimento de soluções ino-
vadoras.

COMO O LIVRO ESTÁ ORGANIZADO?


Esse e-book é dividido em módulos, cada módulo tem uma Capa com um título e
um objetivo específico para ser desenvolvido ao longo do módulo, em sequência
existe um Índice no qual é apresentado os títulos das aulas que compõem o
módulo. Cada aula tem uma capa, com um título.
Como o livro está organizado?

» Objetivo da aula
» Duração
» Materiais
» Disposição da sala
» Competências bases mobilizadas
» Retomando a aula anterior
» Saudações
» Conceituando
» Na prática
» Encerrando a aula
» Dica

Objetivo da aula: No qual é descrito o que é esperado que os alunos al-


cancem ao final da aula.

Duração: Que descreve o tempo necessário para o desenvolvimento da-


quela aula. Geralmente as aulas são organizadas no tempo de 45 minutos
ou 90 minutos.

Materiais: No qual é descrito quais são os materiais e preparação neces-


sários para o desenvolvimento da aula.

Disposição da sala: Em que se descreve como a sala deve ser organizada


para o melhor desenvolvimento das atividades propostas nas aulas.

Competências bases mobilizadas: Em que é indicada quais serão as


competências mobilizadas pelos alunos durante o desenvolvimento da-
quela aula.

Retomando a aula anterior: É retomada a última aula e também proposto


também perguntas para verificar qual a assimilação dos alunos em relação
aos conteúdos trabalhados na aula anterior.
SOBRE O LIVRO

Saudações: É exposto a apresentação do que será trabalhado naquela


aula e também são descritas perguntas e reflexões norteadoras para se-
rem trabalhadas no início da aula juntamente com os jovens.

Conceituando: É apresentado conceitos teóricos para o desenvolvimento


da aula. Nessa seção também existem textos de apoio para aprofunda-
mento na temática trabalhada.

Na prática: É dado as instruções para aplicação de uma atividade prática


relacionada com a temática da aula para o desenvolvimento dos alunos e
de algumas competências socioemocionais.

Encerrando a aula: São dadas as instruções para o encerramento da aula


e também é proposto um direcionamento para a aula seguinte.

Dica: Ao longo dos e-books existe também uma seção de dicas para auxi-
liar o educador no desenvolvimento e aplicação das aulas.
SUMÁRIO GERAL

Módulo 1: Por onde eu começo? Introdução ao Planejamento Financeiro . . . . . . 12


Aula 1: O que eu vou aprender em educação financeira? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Aula 2: Planejar para quê? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Aula 3: Poupar é investir? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Aula 4: Iniciando meu planejamento financeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

Módulo 2: Mas o que a economia tem a ver com a história? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42


Aula 1: Como surgiu o dinheiro e no que ele se tornou . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Aula 2: Principais indicadores econômicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Aula 3: Curiosidade: Um pouco sobre a economia local . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

Módulo 3: Quebrando o cofrinho: “como utilizar o meu dinheiro?” . . . . . . . . . . . . . . 71


Aula 1: Quem nunca comprou por impulso? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Aula 2: Tipos de conta: poupança, corrente e básica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Aula 3: À vista ou a prazo? Cartão de crédito e cartão de débito . . . . . . . . . . . . . . . . 87

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APRESENTAÇÃO

É com imenso prazer que oferecemos a educadores e alunos três


materiais didáticos relacionados a Educação Financeira, Projeto de
Vida e Empreendedorismo. Esperamos que eles venham ajudar no
planejamento, organização, implementação e avaliação de matérias
eletivas do Novo Ensino Médio.

Este material foi elaborado a partir de um projeto de extensão ini-


ciado em 2019 intitulado “Ações de treinamento, desenvolvimento
e educação em jovens de escolas públicas brasileiras: competên-
cias empreendedoras e socioemocionais”, o mesmo é resultado de
uma parceria entre a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, sob coordenação da
docente Profa. Fabiana Maris Versuti e eu, Profa. Marina Greghi Stic-
ca juntamente com Supera Educa, programa educacional da Incu-
badora de base tecnológica Supera Parque e a Edtech Que Chance.

Nosso objetivo sempre foi trabalhar juntos para melhorar a educa-


ção no Brasil por meio da utilização de evidências cientificas para
elaborar projetos e conteúdos educacionais. Neste percurso conta-
mos com a participação de uma equipe de alunos de graduação e
pós-graduação comprometidos em promover mudanças no cenário
da educação brasileira, a quem agradecemos pela dedicação e em-
penho, e por acreditarem em nosso projetos. Agradecemos a todos
alunos do Ensino Médio que nos deram oportunidades de conhecer
seus sonhos, seus medos e suas angústias diante de tanta incerteza
em relação ao futuro.
Também agradecemos a todos os educadores que participa-
ram nas diferentes etapas do projeto, e com os quais aprende-
mos que ensinar é um processo de troca constante e de criação
de vínculos que exige muito comprometimento e dedicação.

Esperamos que este material didático possa auxiliar a adiverti-


da, mas principalmente, utilizando materiais que foram elabora-
dos a partir de bases teóricas, cientificas e princípios ético-morais.

Dois objetivos orientaram a elaboração destes materiais. O pri-


meiro foi elaborar um material que pudesse atender as reais ne-
cessidades e subsidiar o trabalho de educadores que irão mi-
nistrar matérias eletivas no formato do Novo Ensino Médio. O
segundo foi colocar à disposição um material de apoio ao plane-
jamento e elaboração de atividades especificas para as matérias
de Projeto de Vida, Educação Financeira e Empreendedorismo.

Cada um destes materiais é organizado por: (i) módulos, com


um objetivo geral a ser alcançado, (ii) aulas organizados den-
tro de cada módulo com objetivos, competências a serem
mobilizadas e atividades especificas a serem desenvolvidas.

Esperamos atender às expectativas dos educadores e alunos e que,


de fato, sirva de apoio na condução das matérias eletivas do Novo
Ensino Médio. Comentários serão muito bem-vindos para aperfeiço-
ar o que foi produzido! Que todos tenham uma ótima leitura.
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MÓDULO 1
POR ONDE
EU COMEÇO?
INTRODUÇÃO AO
PLANEJAMENTO
FINANCEIRO
Objetivo do módulo: Apresentar-se de forma clara
para os demais alunos e professor. Conhecer o con-
teúdo que será trabalhado. Distinguir a definição de
poupar e investir. Preparar a primeira etapa de um
planejamento financeiro individual.
NESSE MÓDULO
SERÃO DESENVOLVIDAS
AS SEGUINTES AULAS:

AULA 1

O QUE EU VOU APRENDER EM EDUCAÇÃO


FINANCEIRA?

AULA 2

PLANEJAR PARA QUÊ?

AULA 3

POUPAR É INVESTIR?

AULA 4

INICIANDO MEU PLANEJAMENTO FINANCEIRO.

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AULA 1
O QUE EU VOU
APRENDER EM
EDUCAÇÃO
FINANCEIRA?
OBJETIVO:
Apresentar-se aos outros alunos e resumir o objetivo da
disciplina “Educação financeira”.

DURAÇÃO:
45 minutos.

MATERIAIS:
Uma bola.

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Carteiras em semicírculo para proporcionar um diálogo.
Essa aula também pode ser feita fora da sala, como no
pátio, por exemplo. Se for o caso, convide os alunos a se
sentarem em roda no chão.

Assertividade
Empatia
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SAUDAÇÕES
Como será a primeira aula, apresente-se e diga que em
breve todos irão se conhecer. É recomendado que se ini-
cie esse contato, contando um pouco sobre você e em
seguida, introduza o módulo com a seguinte motivação:

“Nesta unidade sobre educação financeira, vocês


aprenderão que se educar financeiramente não é algo
para uma classe econômica específica, para quem tem
dinheiro de sobra ou para aqueles que precisam de di-
nheiro. Todos nós pagamos contas, fazemos compras,
e enfrentamos o desafio de não criar dívidas ou gerir
as dívidas que temos. Além de termos que equilibrar os
ganhos e gastos, ou como aprenderemos nas próximas
aulas, “receitas” e “despesas”. E se conseguirmos fazer
com que o dinheiro, que atualmente pode não dar para
as compras, sobre no final do mês? Se pudermos au-
mentar ainda mais o dinheiro que já temos?”

Posteriormente pergunte aos alunos:


1) Por que vieram em busca da disciplina?
2) O que esperam aprender nela?
3) Quais são suas expectativas e motivações?

Com as respostas dadas pelos jovens é sugerido que se


crie um mapa mental na lousa ou até um mural com as
expectativas de todos. Após a confecção do mural, faça
uma apresentação breve dos conteúdos que serão tra-
balhados no decorrer do semestre, que estão descritos
abaixo:

“Essa disciplina tem o objetivo de fazer com que você admi-


nistre sua vida financeira a partir de um planejamento que
combine com seu projeto de vida, possibilitando no futuro o
desenvolvimento da sua carreira e a busca para conquistar
os seus sonhos. Para isso, nossas aulas estão organizadas
em 7 módulos, sendo eles...:”

Mostre os 7 módulos aos alunos, escrevendo o título na


lousa.

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Módulo 1: Introdução ao planejamento Financeiro
Nas primeiras aulas vamos aprender juntos a importância de se planejar financeiramente.
Será que realmente vale a pena “poupar” dinheiro? Como podemos organizar nossa vida
financeira? Por que isso é tão importante?

Módulo 2: Mas o que a economia tem a ver com a história?


Será que para termos um planejamento financeiro e alcançarmos os resultados que
buscamos, só depende da gente? Tem alguns eventos e indicadores externos que
podem influenciar o nosso planejamento. Neste módulo, vamos entender como e
onde surgiu o dinheiro, além de compreender o quanto nossas vidas e decisões são
influenciadas pelos contextos que vivemos.

Módulo 3: Quebrando o cofrinho: “Quem nunca comprou por impulso?”


Nesse módulo conversaremos sobre os gastos desenfreados que podem acontecer no
decorrer da nossa vida. Quem não gostaria de comprar o celular do ano ou de comprar
roupas e tênis de marca? O planejamento vai te permitir comprar o que quiser, desde
que seja consciente, afinal é sempre bom avaliar os prós e contras de fazer uma compra.

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NA PRÁTICA: APRESENTAÇÃO PING-PONG

OBJETIVO DURAÇÃO
25 minutos
Praticar a escuta ativa e apresentar
uns aos outros a fim de desenvolver
a habilidade de se introduzir em um MATERIAIS
ambiente novo. Uma bola de ping-pong.

DESENVOLVIMENTO
Convide os alunos a fazerem uma roda e a ficarem de pé. Após a organização da turma,
enfatize a importância de prestar a atenção na dinâmica e nas respostas do colega.
Cada aluno que receber a bolinha terá que se apresentar em 30 segundos dizendo seu
nome, o que quer ser no futuro e uma qualidade.

Pra iniciar, comece por você, jogue a bolinha, podendo ela ser de ping pong, plástico ou
até de papel, para um aluno aleatório e este deverá seguir as instruções, se apresentando
em 30 segundos dizendo seu nome, o que quer ser no futuro e uma qualidade. A pessoa
que acabou de se apresentar, joga a bolinha para outra pessoa e assim por diante, até
que todos joguem.

Quando a última pessoa se apresentar, peça para que ela devolva a bolinha para quem
a entregou anteriormente, dizendo seu nome e sua qualidade. Essa tarefa irá forçar a
memória dos alunos e os fazerem lembrar o quanto é importante prestar atenção nas
pessoas a sua volta.

REFLEXÃO DA PRÁTICA
Após a dinâmica terminar, finalize dizendo
que durante as aulas terão muitas atividades
em grupo e será importante que todos se
conheçam, se conectem e prestem atenção
uns nos outros para se sentirem à vontade para
compartilharem suas ideias.

É importante ressaltar o quanto a turma é


composta por diferentes qualidades e sonhos,
e que essa diversidade torna o grupo mais
forte, para que todos possam aprender e
compartilhar conhecimentos sobre coisas
novas durante o decorrer das aulas.
ENCERRANDO
A AULA
Após terminar a atividade “Na Prática”, agradeça
os alunos pela participação, diga que aprenderão
muitas coisas novas e que para isso será necessário
que se mobilizem nas atividades, estejam dispostos
a trabalhar em grupo e a pesquisar sobre os
conteúdos necessários.

Questione quais módulos os deixaram mais


curiosos e empolgados. Encerre convidando-
os para pensarem durante a semana sobre o que
acham que seria um “planejamento financeiro”, tema
da próxima aula.

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AULA 2
PLANEJAR
PARA QUÊ?
OBJETIVO:
Discutir os benefícios de um bom planejamento. Definir com as
próprias palavras o que é um planejamento financeiro, exem-
plificar situações onde pode ser aplicado e como os ajudaria
nessas respectivas situações.

DURAÇÃO:
45 minutos.

MATERIAIS:
Serão necessários papel sulfite e lápis de cor.

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Carteiras em semicírculo para proporcionar um diálogo.

Planejamento a Curto Prazo


Planejamento a Longo Prazo
Trabalho em Equipe
Visão Empreendedora

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RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Retome questionando os alunos se lembram da per-
gunta ao final da última aula sobre o que achavam
que seria um planejamento financeiro.

SAUDAÇÕES
Comece propondo uma discussão com os alunos sobre as seguintes questões: O
que signigica “planejamento” para vocês? Por que é importante planejar? Por que vocês
acham que estamos falando de planejamento nessa aula?

CONCEITUANDO
Após os alunos responderem, continue a conversa, a partir do texto de apoio a seguir,
com a finalidade de definir planejamento financeiro e qual a importância deste:

“O planejamento financeiro pode ser definido como um plano que será criado para alcançar
o melhor cenário financeiro para chegar a um objetivo específico. Como, por exemplo,
cursar uma faculdade, adquirir um bem, viajar, se livrar de dívidas ou sair do vermelho. Ele
é fundamental para transformar projetos de vida em realidade, pois permite o uso eficiente
dos recursos disponíveis.

Com o conhecimento e a atitude correta, é possível tomar decisões responsáveis sobre


consumo, investimentos e patrimônio. Além disso, esse planejamento é crucial para medidas
de prevenção e proteção em relação ao futuro de curto, médio e como veremos no módulo
de aposentadoria e previdência, longo prazo.”

Em seguida, questione os alunos: Quem já pensou sobre o que quer estudar quando
terminar o ensino médio? Quem quer um emprego? Quem já trabalha?

Ressalte que todas essas questões que nos levam de alguma forma a pensar no futuro,
podem ser vinculadas a um planejamento financeiro para serem alcançadas, e que os
jovens aprenderão a se planejar financeiramente no decorrer das aulas. Porém, antes
mesmo de discutir sobre planejamento financeiro é importante que compreendam a
importância de se planejar, e para isso, convide-os a fazerem a atividade descrita “Na
Prática”.

Uma boa sugestão é se inserir neste contexto, afirmando que


para chegar onde chegou, também teve que ter seu próprio
planejamento financeiro.

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NA PRÁTICA: UMA COR POR VEZ!

OBJETIVO MATERIAIS
Criar, avaliar e modificar um plane- 1 cronômetro,
jamento estratégico em equipe 1 caixa de lápis de cor por equipe,
3 folhas A4 com quadrados por
DURAÇÃO equipe
5 minutos preparação
25 minutos Prática e Reflexão

ORGANIZANDO O AMBIENTE
Imprimir três folhas para cada equipe e distribuir a sala de uma maneira que os alunos
possam estar divididos em equipes.

DESENVOLVIMENTO
Divida os participantes em equipes de 4
ou 5 pessoas. Distribua três folhas para
cada equipe, conforme a imagem a seguir.
As equipes terão a tarefa de colorir cada
quadrado desta planilha em 1 minuto e 30
segundos, com qualidade. O conceito de
qualidade: colorir com a cor definida, sem
deixar espaços em brancos e sem invadir o
outro quadrado.

Após repassar essas orientações, o tempo


deve ser cronometrado e as equipes
começam a colorir.

Apuração do Resultado: após o tempo


determinado, será feito o levantamento de
quantos quadrados foram coloridos por
equipe. Escreva na lousa a tabela e os
resultados, conforme indicado na tabela.

2ª rodada: Conceda às equipes 2 minutos para planejarem a melhor estratégia para


repetir a tarefa. Além da melhor estratégia, deverão definir quantos quadrados irão
colorir. O professor deverá anotar essa quantidade planejada na tabela.

Assim que planejado, deve ser concedido mais 1 minuto e 30 segundos para o grupo
colorir os quadrados. Novamente faz-se a apuração e pergunta ao grupo como foi o
desempenho deles e como se sentiram na 2ª rodada.

3º Rodada: O grupo terá mais 2 minutos para planejamento, fará o registro do planejado e
terá o mesmo tempo de 1 minuto e 30 segundos para a execução da tarefa.

Fazer a apuração dos resultados e declarar como vencedora a equipe que mais se
aproximou do planejado, depois convidar os alunos para uma roda de conversa para
discutirem sobre a prática.

REFLEXÃO DA PRÁTICA
Após os alunos terminarem a atividade, instrua-os a
voltar aos seus lugares e proponha uma discussão com
algumas das perguntas reflexivas:

- O que foi diferente sobre a primeira rodada?

- O jogo ficou mais fácil antes ou depois de ter que


estabelecer um objetivo?

- Como o processo de estabelecer um objetivo mudou


sua estratégia?

- Para quem coloriu mais ou menos que o planejado,


como você poderia ter mensurado melhor o resultado
na hora do planejamento?

- Quão semelhante foi o planejado do realizado para


a sua equipe?

- Você ficou satisfeito com o objetivo estipulado?

- Como essa atividade pode ser comparada com o


estabelecimento de objetivos na vida real?
ENCERRANDO
A AULA
Depois de realizada a atividade “Na Prática” o professor deve convidar
os alunos a refletirem sobre o porquê a fizeram.

- O que a atividade que acabaram de fazer tem a ver com


planejamento?

- Quais lições tiraram?

- Como podem aplicar o que aprenderam na atividade em suas


vidas pessoais?

Ainda pode ser questionado se eles acham que:

- Estabelecer objetivos muda nosso comportamento diante uma


situação?

- Como que estabelecer objetivos financeiro pode mudar nossas


atitudes no dia a dia?

- Quais são os possíveis resultados positivos vindo de um


planejamento financeiro?

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AULA 3
POUPAR
É INVESTIR?
OBJETIVO:
Diferenciar o poupar, economizar e investir. Descrever quais
as vantagens de cada um deles e relacionar o investimento,
seja financeiro, material ou emocional aos possíveis retornos.

DURAÇÃO:
45 minutos.

MATERIAIS:
Uma bola.

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Carteiras em semicírculo para proporcionar um diálogo.

Planejamento
a curto prazo
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RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Retome com os alunos o que foi feito na aula anterior e pergunte o que eles aprenderam
na mesma. Questione qual seria a resposta que dariam para alguém que lhes perguntas-
sem o que é planejamento financeiro.

Depois de responderem, explique que, como foi discutido na primeira aula, o planejamen-
to financeiro é para todos e para qualquer objetivo que desejarem, seja entrar em uma
faculdade, conseguir um bom emprego ou viajar para outro país.

SAUDAÇÕES
Ressalte aos jovens que até o final da disciplina irão ver na prática o que é um planejamento
financeiro e criarão um, entretanto é necessário que aprendam alguns termos e que dois
deles serão trabalhados nessa aula: POUPAR e INVESTIR.

É interessante questionar se já escutaram as palavras “poupança” ou “investimento” e o


que acham que significa cada uma delas. Antes de iniciar a teoria, fazer uma discussão
norteada pelas seguintes perguntas:

- O que acham que significa poupar e investir?


- Vocês já investiram?
- Poupar é o mesmo que investir?
- Quem poupa seu dinheiro está investindo ele?
- Se você guarda o dinheiro que seus pais te deram, você está fazendo um investimento?
- Se você utiliza esse dinheiro para comprar algo que queria muito e que é importante
para você, é investimento?

CONCEITUANDO
Explique sobre os conceitos a partir das respostas dos alunos e para que entendam a definição
de economizar, poupar e investir utilizando o texto de apoio a seguir:

“Economizar dinheiro, de forma resumida, é não gastá-lo desnecessariamente. Como quando


por exemplo, você volta pra casa depois de ter passado a tarde no shopping e ter conseguido
não comprar algo que não precisava. Outro exemplo seria quando você se mantém fiel à lista de
compras no supermercado e não compra algo desnecessário.”

O poupar é diferente, significa guardar uma parte do que ganha, gastar com cuidado, moderação.
Por mais que a “conta poupança” se derive do verbo “poupar”, ela pode ser considerada um
investimento, porém de baixo retorno. Vocês verão mais detalhes sobre a poupança no módulo 2.

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CONCEITUANDO
Após isso, explicar que a poupança por mais que tenha baixa rentabilidade, faz com que o
dinheiro renda, mas caso procure aumentar seu patrimônio, ela não é o tipo de investimento
recomendado já que o rendimento é pequeno.

“Agora que vocês já sabem o que é economizar e poupar, e também descobriram que a poupança
pode ser considerada um tipo de investimento, qual é a definição do termo investir? Pense só no
desperdício de deixar seu dinheiro parado no cofrinho, depois de tanto esforço para não fugir do
orçamento.

Investir, em termos monetários, é buscar rentabilizar os recursos poupados, ou seja, ganhar


dinheiro utilizando o próprio dinheiro. Porém, pode-se dizer que investir não se aplica apenas ao
mercado financeiro, de forma geral, significa aplicar algo, como o tempo, por exemplo, buscando
rendimentos que podem ser monetários ou não, como por exemplo, o investimento em um curso
que trará uma formação, conhecimento e consequentemente, oportunidades.

O mesmo poderíamos dizer para um carro, se por um acaso, conseguirmos afirmar que com a
aquisição de um carro, seríamos recompensados com conforto, agilidade e economia de tempo,.
Esses seriam os rendimentos de um investimento que se baseia na compra de um automóvel.

Uma casa? Vale o mesmo raciocínio. Assim, pergunte à sala: Qual seria o retorno da compra de
uma casa? Algumas sugestões de respostas podem ser conforto, liberdade de poder personalizá-
la como quiser e referente ao compromisso de não ter que pagar o aluguel todos os meses em
uma mesma data, alem do sentimento de propriedade e conquista. Outras perguntas: No que
vocês têm investido nos últimos meses? Será que estudar é investir? Por quê?

O termo “inv
estir” ou “i
vestimento”, n-
estão fortem
te relacion en-
ados ao merc
financeiro, ado
que é a orig
suas defini em de
ções, mas o
do em que tr senti-
azemos ness
está ligado a aula
, como dito
riormente, ante-
não só ao se
monetário, ntido
mas também
uma aplicaçã como
o que traz
nos emociona retor-
is, não mens
urá-
veis.
Posteriormen
te a explic
dos conceito ação
s, pode-se
para a ativ partir
idade, disp
em “Na prát onível
ica”.

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NA PRÁTICA: O BASQUETE DO INVESTIMENTO

OBJETIVO MATERIAIS
Classificar as diferenças entre pou- Fita crepe, papel, marcador preto
par e investir. Analisar quais são os uma cesta ou caixa, bola (pode
trade-offs, riscos e retornos dos in- ser de papel)
vestimentos.
DURAÇÃO
30 minutos

ORGANIZANDO O AMBIENTE
Conforme a imagem abaixo, fazer marcações com a fita-crepe no chão e escrever os
números 1-5 nas marcações, com espaços iguais entre os números. A pontuação será
feita em ordem crescente, quanto mais longe, maior o ponto, representando um risco
maior, e também um retorno maior. Colocar uma folha sulfite representando os retornos
dos investimentos em cada marcação, podendo começar com 0,2% ao mês e ir até 1% ao
mês, conforme a imagem abaixo. Se o aluno errar a cesta da posição 4 e 5, ele perderá
20 pontos, podendo ficar no negativo.
DESENVOLVIMENTO
Essa atividade pode ser feita com todos os alunos da sala,
ou pode ser também selecionado apenas alguns jovens
para participarem como voluntários. No início da atividade,
cada aluno receberá 100 (cem) pontos e para participarem
da atividade, deverão investir essa pontuação no jogo.

No final do jogo, eles poderão sair com mais pontos do


que entraram, com a mesma quantidade ou até com uma
pontuação menor!

Na primeira rodada, os alunos irão escolher um local


na marcação de fita crepe e jogar a bolinha de papel. A
pontuação que receberão será o valor da fita multiplicado
por ele mesmo, então a fita 1 irá resultar em apenas 1 ponto,
a fita 2 em 4 pontos, a fita 3 em 9 pontos, a fita 4 em 16 e a
fita 5 em 25 pontos.

Marcação 1 - 0,1% ao mês - 1 pontos


Marcação 2 - 0,2% ao mês - 4 pontos
Marcação 3 - 0,4 ao mês - 9 pontos
Marcação 4 - 0,8 ao mês - 16 pontos
Marcação 5 - 1% ao mês - 25 pontos
REFLEXÃO DA PRÁTICA
Após a atividade, chame os alunos para voltarem aos seus lugares e os convide para
refletirem sobre a experiência. Podem ser feitas as seguintes perguntas:

- Como se sentiram ao acertar ou errar a cesta? E ao ganhar ou perder seus pontos?

- O que aprenderam de uma rodada para a outra?

- Por que vocês acham que fizemos essa atividade?

- O que será que ela tem a ver com planejamento financeiro? E com investimentos?

- A posição mais difícil de acertar era a mesma que vocês poderiam ganhar mais
pontos?
Comentário: Sim, posição 5, 25 pontos.

- O que acontecia ao errar a cesta em uma posição alta (4 e 5)? Como isso se assemelha
aos investimentos de alto risco?
Comentário: Perdia equivalente a 20 pontos. Nos investimentos, a opção com maior
retorno é também a mais arriscada, ou seja, você pode investir nessa opção e ganhar
mais dinheiro do que nas outras opções mas também pode perder parte ou até mais do
dinheiro que possui.

- O que aconteceria ao errar a cesta em uma posição baixa? Como isso se assemelha a
um investimento de baixo risco?
Comentário: Apenas deixavam de ganhar pontos. Em investimentos de baixo risco a
probabilidade de perder algum dinheiro é menor ou nula, porém o retorno desse tipo de
investimento é menor, olhando para o jogo, é mais fácil você acertar a cesta estando na
posição 1, porém ganhará um único ponto.

- O seu perfil para atingir pontos foi mais conservador, moderado ou agressivo?
Comentário: Caso tenha preferido as posições 1 e 2, se você estivesse investindo dinheiro
de verdade seu perfil seria conservador, se preferiu a opção 3, seria moderado, caso tenha
optado pelas opções 4 e 5, você teria um perfil agressivo! Claro, um investimento envolve
muito mais pesquisa e conhecimento e deve ser cuidadosamente decidido, esse jogo é
uma representação simples de como ele funciona.

Para concluir, é importante ressaltar que assim como o jogo exigia uma habilidade, que
é ter uma boa mira, os investimentos exigem muito estudo.
ENCERRANDO
A AULA
Posteriormente a atividade “Na prática”, retome as
perguntas feitas nas saudações iniciais e observe
se os alunos mudaram de opinião, se assimilaram o
conteúdo trabalhado durante a aula e se precisam
de mais explicações sobre os conceitos trabalhados.

- Poupar é o mesmo que investir? Quem poupa seu


dinheiro está investindo ele?

Comentários: Não, poupar e investir tem significados


diferentes, o investir tem como objetivo fazer com
que o dinheiro renda, ou seja, depois de um período,
seja uma quantidade maior do que a inicial.

- Se você guarda o dinheiro que seus pais te deram,


você está fazendo um investimento?

Comentários: Não, pois ainda será o mesmo


montante, ou seja, mesma quantidade.

- Se você utiliza esse dinheiro para comprar algo


que queria muito e que é importante para você, é
investimento?

Comentários: Pode ser que sim, se o bem que


comprar trouxer um retorno, mesmo que não
10
seja monetário, poderá ser classificado como
investimento, ainda que o termo esteja ligado apenas
ao mercado financeiro.

Encerre a aula convidando os alunos a fazerem


uma tarefa de casa no qual consiste em explicar
para algum familiar ou colega as diferenças entre
economizar, poupar e investir.

50
36
AULA 4
INICIANDO
MEU
PLANEJAMENTO
FINANCEIRO
OBJETIVO:
Identificar os passos necessários antes de tomar uma decisão
de compra para depois elaborar um planejamento financeiro
com base em sonhos e aspirações individuais planejadas a cur-
to, médio e longo prazo.

DURAÇÃO:
45 minutos.

MATERIAIS:
Giz, lousa, papel sulfite para cada aluno. Impressão de fichas
de lição de casa (opcional).

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Organize as carteiras em círculo para que os alunos se sen-
tem em roda e a aula seja ministrada como uma conversa,
estabelecendo um diálogo responsivo.

Planejamento a Curto Prazo


Planejamento a Longo Prazo
Visão Empreendedora
Assertividade

38
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Retome com os alunos a última aula. O que lembram? Sabem diferenciar economizar,
poupar e investir? Como foi fazer a tarefa de casa de explicar para os familiares a diferença?
Eles já sabiam? Ficaram surpreendidos? Foi fácil explicar? Surgiram dúvidas?

SAUDAÇÕES
Agora que já descobriram a importância do planejar
e a diferença entre o economizar, poupar e investir,
chegou a hora de inserir esses conceitos mais a
fundo na vida pessoal de cada aluno. Assim, após
organizar o ambiente, abra uma discussão com as
seguintes perguntas:

- O que você está fazendo hoje para se tornar o que


quer ser no futuro?
- O que você está fazendo hoje para alcançar os
seus sonhos ou desejos?

Caso ninguém se habilite a iniciar a conversa, faça


um sorteio com os nomes dos alunos para que
respondam. Após a primeira resposta, incentive os
demais a falarem, é importante que ouça todos os
que quiserem se expressar.

A partir disso, poderá direcioná-los para a atividade,


disponível em “Na prática”.

10
50
50
39
NA PRÁTICA: UM PRESENTE

OBJETIVO MATERIAIS
Identificar os passos e informações Lousa, giz, papéis sulfites,
necessários para fazer uma compra
e realizar um objetivo. DURAÇÃO
20 minutos

ORGANIZANDO O AMBIENTE
Antes da aula começar, escreva os passos da tabela abaixo na lousa ou projete.
Imprima ou escreva em papéis sulfites esses mesmo passos como perguntas,
conforme a segunda tabela abaixo (uma folha por dupla de alunos). É importante
ter papel suficiente para fazer grupos de duas pessoas. Esses passos representam o
planejamento necessário antes de realizar uma compra. Cada folha sulfite deverá ter
todos os passos. Os alunos poderão continuar na roda feita anteriormente na aula.

Desenhe na lousa uma linha do tempo com três prazos diferentes, curto, médio e longo
prazo, conforme o exemplo na imagem.
DESENVOLVIMENTO
No começo da atividade comece a falar sobre a Laura, uma aluna do ensino médio.
Antes de dormir ela escreveu em seu celular três projetos que ela gostaria de alcançar
antes de fazer 18 anos. Leia os três objetivos anteriormente escritos na lousa para os
alunos.

Pergunte para os alunos: esses objetivos precisam de dinheiro para serem alcançados?
Peça que os alunos deem exemplos. Após a resposta dos alunos, explique que todos
eles geram um gasto, seja ingredientes para o bolo, internet para as aulas de inglês ou
transporte para a faculdade. Depois inicie a história sobre Laura. Ela cuidou do cachorro
da vizinha, que tinha ido viajar durante o fim de semana, recebendo no final R$60,00. Ela
decidiu que irá utilizar esse dinheiro para fazer um bolo de surpresa para o aniversário
da sua melhor amiga no próximo mês. Ela sabe que tem dinheiro suficiente para fazer
um bolo, já que perguntou para sua vó que faz bolos com frequência, porém, não sabe
o valor exato que irá gastar ou como fazer um bolo.

Separe a roda em grupos de duas pessoas. Dê a folha sulfite com as perguntas e


passos, conforme a tabela abaixo, para cada grupo. Cada grupo terá que identificar
como Laura utilizou os passos em seu processo de fazer o bolo para a sua amiga, e
terá que colocar uma opção diferente para cada passo. As opções e respostas podem
ser criativas e diferentes, mas devem ser realistas. Explique aos alunos que embora
esses passos necessários para realizar uma compra básica como ingredientes para um
bolo pode parecer simples, as respostas se tornam mais complexas para a realização de
grandes sonhos e desejos, como fazer faculdade ou comprar uma casa. A ideia dessa
atividade é mostrar que antes de buscar realizar um objetivo ou efetuar uma compra existe
um processo de decisão. Refletir e fazer uma boa pesquisa nessas situações pode ser
extremamente importante para não ter arrependimentos no futuro.
DESENVOLVIMENTO
Após dez minutos, peça para os alunos continuarem na roda de conversa e veja as
diferentes respostas de cada dupla, tente fazer com que todos participem. Cada par
terá tempo para responder uma das respostas. Explique para eles que existem diversas
formas de responderem as perguntas, já que para alcançar um mesmo objetivo podemos
adotar caminhos e soluções diferentes. Com as respostas dos alunos, questione se
eles conseguem fazer o mesmo exercício que fizeram com o exemplo de Laura, mas
com seus próprios objetivos e compras, como por exemplo, se planejar para fazer uma
faculdade, comprar um tênis ou tirar a carteira de motorista, se eles se fazem essas
perguntas propostas pela atividade?

A ideia da atividade é promover uma conversa descontraída. Na tabela a seguir estão


alguns exemplos de respostas que os alunos possam ter. Além disso está incluso
algumas reflexões que podem ser incluídas.

50
REFLEXÃO DA PRÁTICA
Para terminar a aula pergunte aos alunos como foi fazer a atividade. O que foi mais
díficil responder? Ao colocar um plano em prática o que é mais díficil pensar? Quais os
desafios e vantagens de fazer um plano financeiro para nossos objetivos e sonhos? Já
tinham pensado que muitas vezes nossos sonhos e objetivos também envolvem um
planejamento financeiro?
ENCERRANDO
A AULA
Terminada a discussão levantada com os alunos na
atividade “Na Prática”, convide todos para fazerem uma
tarefa de casa. Peça para que pensem em três objetivos,
um de curto, outro de médio e um terceiro de longo
prazo, como havia sido feito para Laura na lousa no
começo da atividade. Instrua que cada aluno responda
as perguntas sobre planejamento financeiro, também
escritas na lousa no começo da aula, para cada um de
seus objetivos e que entreguem na próxima aula.

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44
MÓDULO 2
MAS O QUE
A ECONOMIA
TEM A VER COM
A HISTÓRIA?
Objetivo do módulo: Traçar a evolução do
dinheiro desde sua origem, definir os principais
indicadores econômicos, determinando a sua
influência na vida cotidiana e analisar a economia
local, identificando empregabilidade, oportuni-
dades e carências.
NESSE MÓDULO
SERÃO DESENVOLVIDAS
AS SEGUINTES AULAS:

AULA 1

COMO SURGIU O DINHEIRO E NO QUE ELE SE TORNOU

AULA 2

PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS

AULA 3

CURIOSIDADE: UM POUCO SOBRE A ECONOMIA LOCAL

46
AULA 1
COMO SURGIU
O DINHEIRO
E NO QUE ELE
SE TORNOU?
OBJETIVO:
Explicar o surgimento do dinheiro através de uma perspectiva
histórica e cultural e sua evolução até os moldes atuais, relacio-
nando-o com eventos passados e com os costumes da época.

DURAÇÃO:
45 minutos.

MATERIAIS:
Cartolinas para atividade em pequenos grupos, lápis e ca-
netas para os alunos.

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Sala organizada em roda para facilitar uma discussão. No
momento da atividade “Na Prática” organizar o espaço de
uma maneira que os alunos possam se reunir em pequenos
grupos.

Empatia
Trabalho em Equipe
Pensamento Científico
Crítico e Criativo

48
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Explicitar aos alunos que foi finalizado o primeiro módulo, perguntar para esses o que
aprenderam nas últimas aulas e o que afinal é um planejamento financeiro? Questionar
sobre as dificuldades ao construir um e ao mesmo tempo as vantagens de realizá-lo.

SAUDAÇÕES
Explicar aos jovens que se iniciará um novo módulo,
no qual tem como objetivo falar sobre a relação
entre a economia, mais especificamente o dinheiro e
a sua história, a economia e seus indicadores e por
fim como identificar oportunidades no local em que
vivem.

E diante disso, começar uma discussão com as


seguintes perguntas:

1) Vocês acham que o dinheiro sempre existiu?


2) Imaginam o mundo sem o dinheiro?
3) Como ele seria?
4) Qual outra forma de comprarmos algo sem
utilizarmos o dinheiro?

Após eles responderem a pergunta, explique a


informação disponível em “conceituando”, dialogando
com os alunos durante a explanação e depois
iniciando a atividade disponível em “Na prática”.

50
10

49
CONCEITUANDO
A busca de algo para medir riquezas e trocar mercadorias é quase tão antiga quanto a vida
em sociedade, desde sempre as pessoas precisavam obter alimentos e objetos seja por
necessidade ou por simples desejo.

Ao longo dos séculos, com o desenvolvimento da inteligência, os humanos passaram a sentir


a necessidade de maior conforto e a se comparar com quem estava à sua volta, assim, em
decorrência das vontades individuais, surgiram as trocas.

Neste momento, questione se os alunos já escutaram a palavra “escambo”.

O escambo é a prática ancestral de se realizar uma troca comercial sem o envolvimento


de moeda e sem equivalência de valor, foi utilizado durante os primórdios da colonização
portuguesa do Brasil.

É a primeira e a forma original que o ser humano encontrou para realizar trocas, assim, Pedro,
habitante de uma vila pesqueira, quando tivesse peixe de sobra, teria o desejo natural de trocá-
lo por outro alimento a fim de ter uma variação em sua dieta. Logo, o pescador procuraria
alguém como João, o agricultor que plantou algum alimento em excesso.

Havia ainda a preocupação dos dois entrarem em acordo, ou seja, João precisaria gostar de
peixe e querê-lo também. Logo, se os interesses não convergissem, a troca ia “por água abaixo”.
Outro problema eram as trocas extremamente desiguais, explorando obviamente o grande
desejo ou o interesse de uma das partes.

No Brasil, o escambo se deu início a partir dos portugueses, que passaram a oferecer bugigangas
aos indígenas para que os nativos cortassem e carregassem pau-brasil até as caravelas.

As principais trocas de mercadoria eram com peças de metal nos formatos de chaves e facas,
tecidos, novelos, açúcar, gado. Mas tudo poderia ser trocado, desde que, ambas as partes
estivessem de acordo.

A negociação de equivalência entre as mercadorias precisaria de um interesse recíproco. Caso


não houvesse esse interesse a troca não era realizada.

Foi a partir disso inclusive que surgiu o termo “salário” que é utilizado até hoje, pois antigamente,
o pagamento era feito com sacos de sal que circulava em vários países onde, por exemplo,
trezentos torrões compravam um escravo.

Atualmente, é comum trocar um objeto no qual não precisa-se mais por algo que é desejado
ou até é necessário, sem envolver dinheiro. Ou seja, mesmo em momentos de crise, o escambo
pode ser uma alternativa para adquirir produtos ou serviços novos. Inclusive, é comum ver
trocas de objetos como roupas, sapatos e até eletroeletrônicos.
A primeira versão do papel-moeda foi fabricada no molde de “cartas”, que eram preenchidas

50
com o próprio punho, mas era de difícil manuseio e existia uma grande possibilidade de
falsificação.

No Brasil, os primeiros recibos foram emitidos pelo Banco do Brasil em 1810 e tinham seu valor
preenchido à mão como é feito com os cheques.

As primeiras moedas foram feitas de ouro e prata e a princípio essas peças eram fabricadas em
processos manuais e muito rudimentares, surgiram na Lídia, atual Turquia.

Mas como é óbvio, não era uma atividade segura e não havia lugar seguro para que as
guardassem e com isso surgiram os bancos, a fim de que pudessem guardá-las com segurança.

A moeda brasileira já teve vários nomes, dentre eles estão: Réis, Cruzeiro, Cruzeiro Novo,
Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real e, em 1994, foi implantada a atual moeda: o Real. E como
sabemos, cada moeda é representada por uma personalidade, como forma de homenagem
a essa pessoa, algumas delas foram: Pedro Álvares Cabral, Marechal Deodoro da Fonseca,
Tiradentes, Santos Dumont e o ex-presidente Juscelino Kubitschek.

Assim como os personagens históricos


homenageados, também temos a
representatividade animal nas notas
brasileiras, os animais que aparecem R$ 2,00 - Ta
rtaruga-de-p
R$ 5,00 – G ente
atualmente nas cédulas são alguns animais arça-branca-
R$ 10 - Arara grande
da fauna brasileira, onde cada nota possui -vermelha-g
um animal e um valor diferente, sendo: R$ 20 – Mic rande
o-leão-dou
R$ 50 – Onç rado
a-pintada
R$ 100 – Pe
ixe Garoupa
R$ 200,00 - -verdadeira
Lobo-guará
.

E para quem não sabe quem é a imagem humana que aparece nas cédulas de reais, é a
escultura que surgiu durante a Revolução Francesa, símbolo da França e dos movimentos
republicanos.

De acordo com o Banco Central do Brasil, trata-se de uma efígie simbólica, ou seja, uma
ilustração que representa a República. No nosso país, ela foi interpretada sob a forma de uma
escultura e a imagem original que serviu de inspiração para essa representação foi o quadro “A
Liberdade Guiando o Povo”, de Eugène Delacroix, no qual a Liberdade é apresentada na forma
de uma mulher.

Após finalizar a explicação, convide os alunos para colocar em prática o “escambo” a partir da

51
NA PRÁTICA: UM ESCAMBO DIFERENTE

OBJETIVO MATERIAIS
Identificar a relação entre a moe- 1 cartolina para cada grupo
da e a sociedade, ressaltando qual Lápis e canetas para os alunos
a real importância e influência do Lousa e giz
dinheiro em suas vidas a partir de
um jogo cujo objetivo é trocar res- DURAÇÃO
postas corretas pelas estruturas de 30 minutos
uma casa, a fim de construí-las por
completo ao final da atividade.

ORGANIZANDO O AMBIENTE
Os alunos deverão afastar as cadeiras, separe-os em grupo e peça para que sentem
próximos uns aos outros e junto ao seu grupo. Esteja à frente dos alunos e dos grupos
para que lidere a atividade. Os jovens poderão sentar-se no chão para desenharem na
cartolina.

DESENVOLVIMENTO
Divida os alunos em 5 grupos e dê uma cartolina para cada grupo.

A atividade se baseará na construção de uma casa e cada parte da mesma, como por
exemplo, as paredes. Os alunos poderão comprar no mercado "TUDO TEM" que você
o comandará. Resumindo, cada grupo montará uma casa própria, negociando sua
estrutura com o que será exigido pelo docente.

E então pergunte aos alunos: “Mas como vão comprar o que precisam sem dinheiro?” e
aí está a grande questão da atividade, a moeda de troca será o CONHECIMENTO.

Desenhe na lousa ou escreva os nomes dos itens para a casa (paredes, telhado, porta,
janelas e jardim externo) cada item terá 5 perguntas sobre o conteúdo da aula, e se o
grupo responder corretamente a pergunta direcionada a ele, poderá comprar o item
para sua casa.

Deverá ser feito um sorteio para decidir a ordem de jogada dos grupos.

Por exemplo:
O grupo 1 iniciará a atividade, pois ganhou o sorteio.
Este telhado está a venda e é composto por 5
perguntas:

Se o grupo 1 quiser comprar um telhado, faça


a pergunta 1 (grupo 2 ficará com a pergunta 2 e
assim sucessivamente). Então a pergunta será:

Pergunta 1 - Do que eram feitas as primeiras


moedas?
Resposta: As primeiras moedas eram feitas de
ouro e prata.

E se acertá-la, ficará com o item. Caso algum


grupo não levar o jogo a sério, passará sua vez
ou ficará uma rodada sem jogar (esta decisão
ficará a seu critério). Mas se tentar responder e
não acertar ou não souber a resposta, responda
à questão do aluno, explique para a classe e em
seguida, diga ao grupo que poderá ficar com
o item, mas este grupo passará a ser o último a
responder a próxima rodada.

Então, por exemplo, se a ordem era 1, 3, 5, 2 e 4,


mas o grupo 3 não acertou sua pergunta, a nova
ordem será 1, 5, 2, 4 e 3 e a mesma valerá para
as próximas rodadas até que outro grupo erre
também. É importante que vá anotando na lousa
a cada vez que se alterar a ordem , já que com os
erros de cada rodada, surgirão novas ordens.

Quando finalizar a primeira rodada, uma nova


rodada, com um novo item se iniciará até que os
itens se acabem e tenha um vencedor: o grupo
que construir sua casa primeiro.

E os itens são: paredes, telhado, porta, janelas e


jardim externo.

Conforme forem conquistando os itens, é


importante que cada grupo desenhe sua própria
casa na cartolina que recebeu no início da
atividade.
PERGUNTAS E RESPOSTAS

Pergunta 1 - O que significa o “escambo”?


Resposta: Escambo significa a troca de mercadorias ou serviços sem o uso da moeda.

Pergunta 2 - Cite um dos exemplos de mercadoria que eram trocadas no escambo e


que foram mencionadas na aula
Resposta: Peças de metal nos formatos de chaves e facas, tecidos, novelos, açúcar,
salgado.

Pergunta 3 - Como era negociada a equivalência entre as mercadorias?


Resposta: Deveria haver um interesse recíproco entre as mercadorias que seriam
trocadas. Caso não houvesse esse interesse a troca não era realizada.

Pergunta 4 - Em qual época o escambo foi mais utilizado no Brasil?


Resposta: O escambo foi utilizado durante os primórdios da colonização portuguesa do
Brasil.

Pergunta 5 - Como surgiu o escambo no Brasil?


Resposta: Os portugueses passaram a oferecer aos indígenas bugigangas para que os
nativos cortassem e carregassem pau-brasil até as caravelas.

Pergunta 1 - Do que eram feitas as primeiras moedas?


Resposta: As primeiras moedas eram feitas de ouro e prata.

Pergunta 2 - Quem implantou o escambo no Brasil?


Resposta: Os portugueses quando ofereceram bugigangas aos índios.

Pergunta 3 - Como era a primeira versão do papel-moeda?


Resposta: Inicialmente, o papel-moeda era fabricado no molde de “cartas” que eram
preenchidas com o próprio punho.

Pergunta 4 - Qual era o problema da primeira versão do papel-moeda?


Resposta: Seu difícil manuseio e a possibilidade de falsificação.

Pergunta 5 - Como era a primeira versão do papel-moeda que utilizamos atualmente?


Resposta: No Brasil, os primeiros recibos foram emitidos pelo Banco do Brasil em 1810 e
tinham seu valor preenchido à mão como é feito com os cheques.
Pergunta 1 - Cite três nomes que já foram dados à moeda brasileira.
Resposta: Réis, Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real e, em
1994, foi implantada a atual moeda: o Real.

Pergunta 2 - Cite duas das diversas personalidades que já foram homenageadas antes
da atual moeda.
Resposta: Pedro Álvares Cabral, Marechal Deodoro da Fonseca, Tiradentes, Santos
Dumont e o ex-presidente Juscelino Kubitschek.

Pergunta 3 - Atualmente, cite três animais que aparecem nas cédulas?


Resposta: Animais da fauna brasileira – cada nota com um animal diferente. Animais:
Tartaruga-pente, garça, arara, mico-leão-dourado, onça-pintada, peixe garoupa

Pergunta 4 - Quais são os valores das notas que existem atualmente?


Resposta: Notas de R$ 2,00, R$5,00, R$10,00, R$20,00, R$50,00, R$100 e R$ 200.

Pergunta 5 - Como eram feitas as primeiras moedas?


Resposta: A princípio, essas peças eram fabricadas em processos manuais e muito
rudimentares.

Pergunta 1 - Explique de onde vem o termo salário.


Resposta: O salário veio a partir do pagamento com sacos de sal que circulava em vários
países onde, por exemplo, trezentos torrões compravam um escravo.

Pergunta 2 - Cite uma lista de coisas que eram utilizadas como moedas pelo mundo.
Resposta; Açúcar, algodão, amendoim, amêndoa, animais, arroz, bacalhau, gado, etc.

Pergunta 3 - Qual valor da nota que possui a tartaruga-pente?


Resposta: R$ 2,00 (Dois reais)

Pergunta 4 - Quem é a pessoa que aparece nas notas de real?


Resposta: É a imagem de uma escultura que surgiu durante a Revolução Francesa,
símbolo da França e dos movimentos republicanos.

Pergunta 5 - Qual o benefício do escambo nos dias atuais?


Resposta: Você pode trocar um objeto no qual não precisa mais, por algo que deseje ou
necessite, sem envolver dinheiro. Ou seja, mesmo em momentos de crise, o escambo
pode ser uma alternativa para adquirir produtos ou serviços novos.
Pergunta 1 - Como surgiu o interesse pelas trocas de mercadorias?
Resposta: Ao longo dos séculos, com o desenvolvimento da inteligência, a espécie
humana passou a sentir a necessidade de maior conforto e a reparar no seu semelhante.
Assim com decorrência das necessidades individuais, surgiram as trocas.

Pergunta 2 - Onde surgiram as primeiras moedas?


Resposta: Surgiram na Lídia (atual Turquia).

Pergunta 3 - De qual necessidade surgiram os bancos?


Resposta: Da necessidade de guardar as moedas em segurança.

Pergunta 4 - Cite um dos problemas do escambo.


Resposta: Caso os interesses entre os comerciantes não convergissem, a troca não
ocorria e poderia causar desentendimentos entre os acordantes. Outro problema eram
as trocas extremamente desiguais, explorando obviamente o grande desejo ou interesse
de seu interveniente.

Pergunta 5 - Escambo ainda existe em nossa sociedade?


Resposta: Sim, é comum ver trocas de objetos como por exemplo, roupas, sapatos e até
eletroeletrônicos.

REFLEXÃO DA PRÁTICA
Após o término da atividade, o professor deverá discutir com os alunos as seguintes
questões:

1) A atividade envolvia dinheiro?


Comentários: Não.
2) Como o grupo conseguiu os itens que queria para a casa sem o dinheiro?
Comentários: A partir de uma troca, pois cada item tinha uma pergunta, e este só seria
“comprado”, se a respondessem corretamente.
3) O que representava a moeda, o que tomou o seu lugar?
Comentários:As respostas corretas que os alunos davam para as perguntas.
4) Qual a comparação com os dias atuais? Seria possível trocar um objeto por outro?
Ou um serviço por algum produto? Vocês já fizeram isso?
Comentários: Sim, é possível, as pessoas fazem isso com automóveis, eletrônicos,
roupas, dentre outros pertences.
5) Por que precisamos tanto do dinheiro? É por necessidade ou desejo?
Comentários: Pode ser por necessidade, como por exemplo, para alimentos e despesas
da casa, mas atualmente muitas pessoas gastam pelo desejo, pelo consumismo e
vaidade, pode-se discutir sobre isso, se todos concordam ou não.
6) Nós precisamos de um telhado para a casa. Mas precisamos de um jardim externo?
Como essa metáfora se relaciona com a vida real? E como se relaciona com o que
aprendemos nas aulas passadas em planejamento financeiro?
ENCERRANDO
A AULA
Após a reflexão da prática, encerra a aula com a seguinte
observação:

“A economia e a história possuem um relacionamento


próximo já que muitos eventos históricos, tais como
revoluções e guerras, podem surgir por meio de condições
financeiras da sociedade. Hoje foi possível notar as
principais características e o propósito da evolução
monetária ao longo da história. Enquanto a história
analisa e estuda eventos passados, a economia estuda
como a sociedade utiliza os seus recursos.

Podemos dizer que muitas vezes existe uma


interdependência entre a economia e a história. Pensando
nisso, se animem para a próxima aula, já que vamos
aprender os principais indicadores econômicos, estes
que irão te possibilitar a aprender a analisar não somente
eventos históricos, como também a situação econômica
atual, que um dia também fará parte de um livro de
história.”

50
10

57
AULA 2
PRINCIPAIS
INDICADORES
ECONÔMICOS
OBJETIVO:
Definir os diferentes indicadores econômicos e aplicá-los
para analisar a economia no Brasil.

DURAÇÃO:
45 minutos de explicação
45 minutos de atividade

MATERIAIS:
Lousa e giz.

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Os alunos deverão estar sentados de forma a ter acesso a
lousa e o professor.

Assertividade
Pensamento Científico
e Crítico

59
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Questione os alunos o que aprenderam na última aula, pode ser levantadas as seguintes
questões: A partir do que aprenderam na aula passada o dinheiro sempre existiu? Qual
outra forma de comprarmos algo sem utilizarmos o dinheiro?

Após as respostas, relembre os alunos que na aula anterior foi discutido sobre o surgimento
do dinheiro e descobriu-se que antes dele as pessoas não usavam uma moeda para
adquirir produtos ou serviços.

SAUDAÇÕES
Abra uma discussão com a seguinte pergunta:

Vocês sabem o que são indicadores econômicos?


E como eles podem influenciar nossa realidade?

Após os alunos responderem explique que com o


passar do tempo e com o surgimento do dinheiro,
foram surgindo também mecanismos para se
trabalhar com o mesmo, e esses mecanismos foram
nomeados de indicadores econômicos. Então eles
são consequências do surgimento do dinheiro e
serão conhecidos e estudados nesta aula. Pode-se
questionar ainda o porquê é importante estudar isso.

Saber interpretar indicadores econômicos é um passo


fundamental na decisão de investir o seu dinheiro.
Qual investimento é o melhor para o seu dinheiro no
momento? Isso depende.

Os indicadores econômicos indicam tendências e


mostram a situação da economia no país. Hoje vamos
aprender sobre diversos indicadores econômicos e
conceitos importantes que os cercam. Além disso,
também vamos entender como eles podem ajudar-
nos a interpretar a situação econômica do Brasil.

Explique os termos aos alunos e quando necessário,


escreva na lousa. Após a explicação comece a
atividade.

60
CONCEITUANDO

61
CONCEITUANDO

62
NA PRÁTICA: INDIQUE AÍ

OBJETIVO MATERIAIS
Os alunos devem ser capazes de definir Lousa e giz
e diferenciar os principais indicadores
econômicos vistos em aula. DURAÇÃO
15 minutos

DESENVOLVIMENTO
Separe a lousa em duas colunas, a coluna da esquerda conterá 10 palavras, sendo elas
as palavras em negrito abaixo. A coluna da direita será composta pelos significados das
palavras da primeira coluna, porém fora de ordem, a fim de que os alunos relacionem a
palavra à sua definição correta.

Escreva as definições que aparecem abaixo em negrito, na seguinte ordem:

1) GARANTE A ESTABILIDADE DA ECONOMIA BRASILEIRA


É responsável por garantir que a economia brasileira fique estável, regulando o sistema
financeiro e mantendo o poder de compra da moeda do país, o Real. (BANCO CENTRAL)

2) SOMA DOS BENS E SERVIÇOS PRODUZIDOS


É a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa
determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período
determinado (mês, trimestre, ano etc). (PIB)

3) QUEDA DOS PREÇOS


É a queda de preços constante e generalizada dos produtos e serviços oferecidos aos
consumidores. (DEFLAÇÃO)

4) OFERECE AJUDA FINANCEIRA


É uma organização financeira que possui a função de oferecer ajudas financeiras
pontuais e temporárias aos seus países-membros. (FMI)

5) RENDIMENTO DE EMPRÉSTIMO
É o rendimento que se obtém quando se empresta dinheiro por um determinado
período. (JUROS)

6) TAXA BÁSICA DA ECONOMIA


É a taxa básica de juros da economia brasileira, um indicador importante para a política
econômica, porque o Governo usa essa taxa como instrumento de controle da inflação.
(SELIC)
7) SOMATÓRIO DE DÉBITOS
É o somatório dos débitos de um país, resultantes de empréstimos e financiamentos
contraídos no exterior pelo próprio governo, por empresas estatais ou privadas. (DÍVIDA
EXTERNA)

8) RELAÇÃO ENTRE MOEDAS


É o preço de uma moeda estrangeira em relação ao valor que a moeda nacional tem,
ou seja, ela é o preço de uma moeda estrangeira em unidades da moeda nacional – no
caso do Brasil, o real. A taxa de câmbio reflete o custo de uma moeda em relação à
outra. (TAXA DE C MBIO)

9) IMPORTAÇÕES E EXPORTAÇÕES OCORRIDAS


É um termo econômico que representa as importações e exportações de bens entre os
países. (BALANÇA COMERCIAL)

10) AUMENTO DOS PREÇOS


É o aumento contínuo e generalizado dos preços em uma economia. (INFLAÇÃO)

Após colocá-las na lousa, os alunos deverão escrever e ligar as palavras no caderno sem
a sua ajuda, depois disso, farão na lousa e então deverá corrigir com a ordem correta.

REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA


Quando os alunos terminarem de fazer a atividade, faça uma correção conjunta e
uma discussão com as seguintes questões:

- Foi difícil ligar as definições com os indicadores? Por quê?

- Qual foi a maior dificuldade?

- Surgiram dúvidas em relação a algum indicador econômico em específico?


Quais?

- Quais conceitos e indicadores foram mais fáceis de ligar? Por quê?

- Quais desses indicadores vocês mais escutam falar na TV?


ENCERRANDO
A AULA
Ao encerrar a aula, reforce para os alunos que alguns
nomes de indicadores podem ser intuitivos, como por
exemplo, “dívida externa”, todavia outros indicadores,
apesar de serem importantes, não são ensinado no dia
a dia e dá a impressão de serem termos difíceis e até de
outro mundo. Exemplo disso é a taxa selic, que é uma
das taxas mais importantes da nossa economia, porém
a maioria da população desconhece o seu nome ou seu
significado.

Diante disso, destaque aos jovens que essa aula


é muito importante, pois a partir desses simples
indicadores, eles vão conseguir entender a atual e real
situação econômica do país, deixando de ser cidadãos
influenciados e alienados com as falsas notícias ao seu
redor.

Os tranquilize também dizendo que mesmo que nunca


tenham escutado a maioria desses indicadores, essa aula
tem como objetivo ajuda-los a entender a complexidade
do sistema financeiro, que afeta diretamente suas vidas.
Assim o objetivo maior não era que decorassem a
definição de todos os termos, mas que se apropriassem
de alguns deles para desenvolverem um conhecimento
prévio sobre todos.

65
AULA 3
CURIOSIDADE:
UM POUCO
SOBRE A
ECONOMIA
LOCAL
OBJETIVO:
Analisar a economia local, reconhecer os processos envol-
vidos para a produção de um produto e definir os conceitos
de macroeconomia, microeconomia e diferentes setores da
economia.

DURAÇÃO:
45 minutos.

MATERIAIS:
Lousa e/ou Lousa digital.

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Os alunos deverão estar com as carteiras organizadas de
tal forma que terão acesso a lousa e ao professor, podendo
manter a organização habitual ou colocar as carteiras em
formato semi-círculo.

Planejamento a Curto
e Longo Prazo
Assertividade

67
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Iniciar a aula com a seguinte observação: Na aula passada, vimos alguns indicadores
econômicos, quais são alguns deles?

Conforme os alunos forem respondendo é importante retomar a influência que as


oscilações desses indicadores podem ter na economia brasileira, conforme aprendido na
aula passada.

Após a discussão, dizer aos alunos que embora esses indicadores sejam relevantes e
reflitam no andamento da economia brasileira como um todo, também é importante
olharmos para o conceito microeconômico, ou seja, o comportamento econômico
individual e particular de cada agente dentro de uma economia, como por exemplo, de
uma cidade.

SAUDAÇÕES
O professor pode começar a aula com a seguinte introdução:

“A economia local é o sistema econômico e o alcance da atividade


econômica em uma área local de um país, podendo ser as atividades
presentes dentro de uma cidade ou diversos municípios vizinhos. Entender
a economia local pode nos ajudar a enxergar as oportunidades
disponíveis dentro do local que moramos ou desejamos morar.
Sabendo sobre as oportunidades oferecidas no local em que moramos
ou desejamos morar, podemos então alinhar de forma mais eficiente
os nossos objetivos de vida, como, por exemplo, a vontade de ter uma
determinada profissão, com as oportunidades da região.

Se queremos buscar um emprego, podemos pesquisar o número de


empresas, o tamanho delas e com isso descobrir a quantidade de vagas
disponíveis para o cargo que desejamos ocupar. Se o objetivo é fazer
um curso superior, podemos notar quais são as faculdades e cursos
presentes perto de onde moramos. Caso desejamos empreender,
podemos olhar as demandas locais por produtos e serviços que não são
oferecidos na região, e assim nos tornarmos protagonistas por meio do
empreendedorismo ao ajudarmos a desenvolver a economia local.

Independente dos nossos objetivo, ao decidir o nosso futuro e a nossa


carreira, é importante olhar para o nosso interior, entendendo as nossas
competências e vontades, mas também olhar para o nosso mundo
exterior, ampliando o nosso conhecimento sobre quais são as empresas e
cursos presentes, por exemplo na cidade que moramos ou que desejamos
morar, identificado todas as oportunidades e desafios e alinhando-os
com os nossos objetivos.”
68
PERGUNTAS DISPARADORAS
- Quais são algumas das empresas inseridas na cidade onde você mora?
- Os profissionais que atuam nelas são de quais áreas?
- Quais são as indústrias inseridas que você conhece? Com o que elas trabalham?
- Quais serviços e produtos sua cidade não possui?
- Quais são os cursos técnicos, superior ou de especialização oferecidos?

Após as perguntas, escreva na lousa:


- E porquê isso é importante?
- Quais são as atividades econômicas desenvolvidas na
minha cidade?

Após escrever na lousa, explique para os alunos sobre o processo de produção de um produto,
podendo o produto ser o café, disponível nessa mesma aula, na seção “Conceituando”.

Em seguida, explique o que significam os termos abaixo, suas definições também estão
disponíveis em “Conceituando”.

- Economia
- Macroeconomia
- Microeconomia
- Setor primário
- Setor secundário
- Setor terciário

Após mostrar os termos, explique a eles que: “essa aula terá como foco analisar a situação
econômica da sua cidade, município ou estado, a partir de uma perspectiva que poderá ser
utilizada para tomada de decisões para o futuro e para suas carreiras profissionais.”

Através do link abaixo é possível ver informações do seu município em relação ao índice
de desenvolvimento humano, assim como outros indicadores de educação, renda, trabalho,
habitação e vulnerabilidade com dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000
e 2010.

Acesse o link e pesquise a sua região. Utilize uma lousa digital ou o laboratório de informática
para abrir o link e fazer a análise junto com os alunos.

Link: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/
Link: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/panorama
69
CONCEITUANDO
Vamos pensar em como um produto chega até você. Vamos começar pensando em um dos
produtos mais consumidos do mundo, o café.

Do grão até a mesa, é um processo de produção extenso, com vários tipos de trabalhadores
diferentes envolvidos. Para começar, temos o plantio do café, esse passo exige a análise das
sementes e a escolha de variedade do café. Muitos fazendeiros compram as sementes de
uma empresa para garantir a qualidade da semente do café. Nessa etapa temos envolvidos
a empresa que vende as sementes, os responsáveis pelos maquinários da fazenda e os
trabalhadores da fazenda, responsáveis pelo seu plantio, colheita, e cuidados pós colheita,
como secagem dos grãos, por exemplo.

Após a colheita, existe a torra e a moagem de café, geralmente com o auxílio de máquinas no
cenário industrial. Após a moagem, os grão são embalados, muitos passam por um teste de
qualidade. As embalagens são pensadas por uma equipe de marketing, para a comercialização,
temos as transportadoras, responsáveis por levarem o café até a loja.

Se você for comprar uma xícara de café em uma cafeteria, temos os trabalhadores que operam
no estoque, o atendente, o auxiliar de limpeza e a pessoa ou máquina que faz o café, caso for
a máquina, ela também foi elaborada por uma empresa. Muitas dessas empresas possuem um
setor administrativo, que contém profissionais de gestão como contadores e administradores,
assim como pessoas que atuam no setor de finanças e recursos humanos.

Quando olhamos para todos os segmentos, podemos ver que um café teve uma trajetória de
grandes dimensões para ser consumido. Quantos tipos de profissionais diferentes podemos
contar somente na produção de um produto de café? Isso faz parte de o que faz a economia
rodar.

O que é economia: Existem algumas definições diferentes, porém, de forma simples podemos
dizer que é o estudo da maneira pela qual os homens decidem utilizar os recursos, sendo eles
escassos ou abundantes, para produzir bens e serviços para a sociedade.

Como o campo da economia é dividido: O campo da economia é tradicionalmente dividido


em dois amplos subcampos.

Macroeconomia é o estudo de fenômenos econômicos em uma análise mais ampla, lidando


com fatores que afetam a economia nacional, regional ou global como um todo. Na aula passada
foi possível aprender diversos indicadores que demonstram a saúde da nossa macroeconomia.

Microeconomia é o estudo de como as famílias e empresas tomam decisões e como elas


interagem em mercados específicos. Ela estuda a economia em uma escala menor, analisando
indivíduos, empresas e famílias.

70
Dentro desses dois subcampos, existem
diversos modelos, indicadores e teorias para
analisar a economia como um todo. No
Brasil, na visão macroeconômica, os principais setores
atuantes são:

- Principais produtos agrícolas produzidos no Brasil:


Café, laranja, cana-de-açúcar (produção de açúcar e
álcool), soja, tabaco, milho, mate.

- Principais produtos da pecuária: Carne bovina,


carne de frango, carne suína.

- Principais minérios produzidos: Ferro, alumínio, manganês, magnesita e estanho.

- Principais setores de serviços: Telecomunicações, transporte rodoviário, técnico-profissionais


prestados à empresas, transporte de cargas, limpeza predial e domiciliar, informática,
transportes aéreos e alimentação.

- Principais setores industriais: Alimentos e bebidas, produtos químicos, veículos, combustíveis,


produtos metalúrgicos básicos, máquinas e equipamentos, produtos de plástico e borracha,
eletrônicos e produtos de papel e celulose.

Setor primário: Envolve a extração e/ou produção de matérias-primas, como o milho, o carvão,
a madeira ou o ferro. Exemplos de trabalhadores do setor primário podem ser um mineiro de
carvão e um pescador.

Setor secundário: Envolve a transformação de matérias-primas em bens, como a fabricação


de aço para carros ou têxteis para roupas. Exemplos de trabalhadores do setor secundário
podem ser um construtor civil e um costureiro.

Setor terciário: Envolve o fornecimento de serviços a consumidores e/ou empresas. Exemplos


de trabalhadores do setor terciário podem ser um lojista e um contabilista.

71
ENCERRANDO
A AULA
Encerre a explicação com as seguinte reflexão:

“Quando identificamos as empresas atuantes dos diferentes setores da nossa região, podemos ver
as oportunidades presente nelas. Hoje foi possível notar que para uma empresa operar, É exigido
diversos talentos e habilidades. Além disso, quando identificamos uma escassez de um produto
ou serviço em demanda, temos uma oportunidade para empreender também.

Olhando para o local em que vivemos, podemos identificar as oportunidades que temos e notar
se elas cabem com os objetivos que queremos para as nossas vidas. Além de notar as empresas
atuantes da nossa localização, olhar para o investimento educacional e o investimento do setor
público também pode ser um bom indicador para a demanda de trabalho da região.

O governo de São Paulo, por exemplo, têm criado os polos de desenvolvimento econômicos,
com intuito de impulsionar certos setores privados e gerar competitividade por meio de políticas
públicas e cursos customizados por meio das Fatecs e Etecs que adequam às demandas das
regiões.”

No final fazer as perguntas disponíveis em perguntas reflexivas que podem ser tanto discutidas
em sala como ser encaminhadas como tarefa para casa para os alunos fixarem o discutido na
aula.

72
PERGUNTAS REFLEXIVAS
Quais são os trabalhadores do setor primário dessa região?

Quais são os trabalhadores do setor secundário dessa região?

Quais são os trabalhadores do setor terciário dessa região?

Qual é o comportamento de atividade econômica da cidade nos últimos


anos? Tem aberto novas empresas? Tem fechado outras?

O poder público tem implantado ou investido em algum área do setor


econômico ou curso da região?

Quais empresas da região você já visitou? Gostou de alguma?

A economia local reflete o que você almeja para o seu futuro? Se sim,
como? Se não, qual local talvez possa refletir?

A cidade necessita de algum produto ou serviço que não é ofertado?


Como um empreendedor poderia mudar essa realidade?

73
MÓDULO 3
QUEBRANDO
O COFRINHO:
COMO UTILIZAR
O MEU DINHEIRO?
Objetivo do módulo: Definir os serviços oferecidos
pelos bancos comerciais e digitais, calcular o
resultado ao utilizar esses serviços e comparar a
funcionalidade deles para diferentes momentos
de compras e depósitos.
NESSE MÓDULO
SERÃO DESENVOLVIDAS
AS SEGUINTES AULAS:

AULA 1

QUEM NUNCA COMPROU POR IMPULSO?

AULA 2

TIPOS DE CONTA: POUPANÇA, CORRENTE E BÁSICA.

AULA 3

À VISTA OU A PRAZO? CARTÃO DE CRÉDITO E CARTÃO DE DÉBITO.

75
AULA 1
QUEM NUNCA
COMPROU POR
IMPULSO?
OBJETIVO:
Identificar que existem produtos substituíveis e que há
distinção entre “necessidade” e “vontade”, determinando a
importância de estabelecer essa diferença ao montar um
plano orçamentário de curto e longo prazo.

DURAÇÃO:
45 minutos

MATERIAIS:
Papel, impressora, fita crepe, lousa digital (opcional).

DISPOSIÇÃO DA SALA:
O professor terá que colar alguns papéis pelas paredes da
sala, portanto elas deverão estar livres e acessíveis para os
alunos poderem visualizá-las.

Pensamento Crítico
Visão Empreendedora
Assertividade

77
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Comece a aula cumprimentando os alunos e reforçando a relação entre o módulo 1 com
este módulo que está se iniciando.

Pergunte se eles se lembram quais são os indicadores econômicos e como eles podem
influenciar nossa realidade. E a partir disso, comente:

“Encerramos o módulo passado aprendendo sobre alguns indicadores econômicos e formas


de identificar oportunidades na nossa cidade, ou seja, formas passivas de entender o nosso
meio. Após recebermos uma quantia de dinheiro devemos ser intencionais sobre o seu
destino de uma forma ativa, sendo o dinheiro alocado para investimentos, planos futuros
ou na compra de bens e serviços. Hoje vamos discutir sobre formas em que possamos ter
essa intencionalidade.”

SAUDAÇÕES
Dizer aos alunos que eles terão uma atividade em grupo na aula de hoje. Escrever o título da
aula na lousa. Iniciar a aula com as seguintes informações:

“Como seres humanos diferentes, com desejos individuais, temos diferenças ao decidirmos como
gastar o nosso dinheiro. Aqueles que valorizam a liberdade e a espontaneidade, podem estar
mais propensos a gastar seu dinheiro em jantares e compras. Outros que valorizam a segurança,
tendem a poupar mais dinheiro. É difícil equilibrar nossos valores com o nosso relacionamento
com o dinheiro, mas estar ciente deles ajudará a ilustrar as nossas prioridades.”

Após a introdução, faça as perguntas disparadoras, e com as respostas, explique o que significa
comprar por impulso, como evitar e os seus efeitos, tudo disponível em “Conceituando”.

PERGUNTAS DISPARADORAS
- Vocês estão mais para as pessoas que valorizam a liberdade/
espontaneidade ou a segurança?
- O que vocês acham que significa comprar por impulso?
- Quem aqui já saiu de casa com a intenção de comprar algumas
coisas específicas e acabou comprando alguns itens a mais?

78
CONCEITUANDO
Fazer uma compra por impulso é fazer uma
decisão de compra de um produto ou serviço sem
planejamento prévio. A compra por impulso excessiva
pode ter diversos efeitos negativos ao orçamento,
já um consumidor informado pode evitar compras
compulsivas e o excesso de gastos, contribuindo para
a sua estabilidade e bem estar financeiro.

Como consumidores, é importante reconhecermos as


táticas adotadas pelos comércios e vendedores para
que sejamos induzidos a comprar mais, tais como,
propagandas excessivas, embalagens chamativas,
mercadorias em liquidação, vendedores treinados e a
criação de um senso de urgência, tal como, “liquidação
somente hoje!”. Além disso, como consumidor, é
importante nos mantermos informados, podendo
assim sermos mais conscientes de nossas compras. É
possível fazer isso respondendo às seguintes perguntas
quando pensamos em comprar um produto:

1) O valor desse produto cabe na minha despesa


mensal?
2) Esse produto realmente está em liquidação?
3) Se esse produto não tivesse em liquidação eu iria
comprá-lo eventualmente?
4) Quão chamativa é a embalagem deste produto?
5) O valor dele sem embalagem condiz com outros
produtos semelhantes a ele?
6) O valor a mais que irei pagar nesse produto vale a
embalagem?

É indicado incluir essas perguntas na lousa. Após a


conceituação, convide os alunos para iniciarem uma
atividade prática sobre o assunto.

1
79
NA PRÁTICA: OBRIGADA, VOLTE SEMPRE!

OBJETIVO MATERIAIS
Identificar a diferença entre necessi- Papel, impressora, fita
dade e vontade e reconhecer a impor- crepe e tesoura.
tância dessa diferença ao montar um
plano orçamentário de curto e longo DURAÇÃO
prazo. Identificar que existem produtos 30 minutos
substituíveis.

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Imprimir um papel com vários tipos de “oportunidades de renda” e “gastos” e colocá-los
em uma caixinha. Exemplo a seguir.

u o
Acordou atrasado e perde
aluguel Uber
Poxa, você atrasou o seu ônibus. Teve que pedir um
.
e terá que pagar uma multa para chegar ao traba lho.

de
Nossa, você foi tirar o
celular do Oba! Você recebeu R$30,00
cair R$50 presente de aniversário
bolso e acabou deixando
reais no chão sem perceber

loteria e
de R$10,00 Você decidiu apostar na
Você teve um rendimento 00.
não ganhou. Gastou R$25,
na poupança esse mês!

Imprimir em diversos papéis propagandas de produtos com preços, e colocá-los pela


sala de aula, conforme as imagens a seguir. Tenha produtos de três ou quatro categorias
diferentes, como, por exemplo, alimentação, roupas, itens de esporte e lazer, tais como
cinema ou parque. Tenha três produtos para cada categoria, um de valor baixo, outro de
valor médio e o terceiro de valor alto.
DESENVOLVIMENTO:
No começo da aula, deixe os alunos passearem pela sala e olhar cada produto.

Posteriormente, dê uma quantidade de dinheiro fictício para cada aluno, como, por
exemplo, R$200,00. Essa quantidade deverá ser suficiente para comprar um produto
de cada categoria, porém não deverá ser suficiente para comprar o produto mais caro
de cada categoria. Peça para eles escolherem três produtos para comprar, um de cada
categoria.

Passe um papel para que anotem ou abra uma planilha com uma check-list dos produtos
e o nome de cada aluno, e diga para que escolham os três itens desejados para comprar.
Coloque o dinheiro inicial. a despesa total e o troco final de cada aluno. Ao longo da
aula, peça para alguns alunos pegarem um papel na caixinha, até que todos eles são
sorteados. Conforme cada imprevisto do papel retirado, debitar ou creditar o valor de
todos. No final cada aluno terá uma quantidade.

PERGUNTAS REFLEXIVAS
Encerrar a atividade com as seguintes perguntas:
- Qual é o objetivo das propagandas?
- Como deveremos avaliar a necessidade de um produto ou serviço para a nossa vida?
- Se você esperar uma semanas antes de comprar um produto, você acha que ainda irá
querer sempre comprá-lo?
- Quais vantagens teremos ao ponderar e pesquisar antes de consumir?
- Deveremos estabelecer um orçamento limite?
- Como podemos avaliar a qualidade de um produto?
- Como podemos decidir qual produto possui o melhor preço-benefício?
- Como podemos pesquisar preços e qualidade para fazermos escolhas conscientes no
ato de comprar um produto ou serviço?

REFLEXÃO DA PRÁTICA
Encerrar a atividade com a seguinte reflexão:

"Ao agirmos por impulso, deixamos de ser


consumidores conscientes, e passamos a tomar
decisões a partir do nosso desejo e vontade.
Essa é a forma mais fácil de contabilizarmos
dívidas e entrarmos no vermelho. É claro que
comprar roupas, itens de marca ou outros bens
materiais podem ser comprados, desde que
tenhamos dinheiro previamente guardado para
este consumo e tenhamos consciência do quanto
comprometerá nosso orçamento."
ENCERRANDO
A AULA
Encerrar a aula com a seguinte reflexão:

“Produtos substitutos são aqueles que conseguem


resolver um mesmo problema para um consumidor.
Muitas vezes por um preço menor. Para descobrimos se o
que desejamos possui um produto substituto, precisamos
notar o que realmente queremos e o que é oferecido
pelas empresas. Será que uma ida ao cinema pode ser
substituída por um filme em casa e ainda ser prazeroso?
Isso depende, por exemplo, se a sua intenção não for
tanto ver um filme, e mais socializar com os amigos ao
ir no cinema, nesse caso, talvez ir ao parque possa ser
uma programação mais barata e igualmente agradável.
Claro, temos desejos e muitas vezes para suprir esses
desejos vamos precisar fazer compras, porém a ideia
não é sempre substituir pelo produto ou serviço mais
barato, mas sim sermos mais conscientes e intencionais
ao desembolsar um valor, pesquisando nossas opções,
averiguando a qualidade do que iremos adquirir e
analisando o propósito das nossas escolhas de compras.”

1
82
AULA 2
TIPOS DE CONTA:
POUPANÇA,
CORRENTE
E BÁSICA.
OBJETIVO:
Definir e diferenciar conta poupança, corrente e básica.

DURAÇÃO:
45 minutos.

MATERIAIS:
Lousa e/ou Lousa digital

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Os alunos deverão estar com as carteiras organizadas de
tal forma que terão acesso a lousa e ao professor, podendo
manter a organização habitual ou colocar as carteiras em
um semi-círculo.

Planejamento a Curto
e Longo Prazo
Pensamento Crítico

84
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Na última aula discutimos sobre formas que podemos ser mais intencionais ao gastarmos
o nosso dinheiro, na aula de hoje iremos explorar o mundo dos serviços principais
oferecidos pelos bancos, vendo formas diferentes de guardar o nosso dinheiro.

SAUDAÇÕES
Comece a aula cumprimentando os alunos e proponha
as seguintes perguntas disparadoras.

Você sabia que no passado muitas pessoas guardavam


o seu dinheiro debaixo do colchão?
Você carrega dinheiro na sua carteira? E seus pais?
Os seus familiares possuem conta bancária?

Após as respostas, despertar o interesse com essas


informações: “O dinheiro em espécie está chegando à
extinção em muitos países. Os cartões de crédito e de
débito são amplamente usados, sendo a máquina de
cartão usada em 46% dos pequenos negócios no Brasil e
disponível nas empresas de grande porte. Guardar o nosso
dinheiro em uma conta bancária pode fornecer diversos
benefícios, podendo essas vantagens mudar de acordo
com o tipo de conta que usamos.

Hoje vamos aprender sobre as vantagens e desvantagens


presentes de ter uma conta poupança, uma conta corrente
e uma conta básica. Vocês sabem o que são cada uma? Já
ouviram falar sobre?

Além de conhecermos as contas, vale ressaltar que


um mesmo cartão do banco pode ter diversas funções,

1
podendo ser vinculado a uma conta poupança ou conta
corrente, assim como também ser vinculado a uma função
crédito. O que vocês sabem sobre cartão? Usam? E os pais
de vocês?”

Após essa introdução, iniciar a aula, escrevendo na lousa


as principais informações de cada conta, conforme o
texto disponível em “Conceituando”.

85
CONCEITUANDO

Para abrir esse tipo de conta você não precisa comprovar renda e basta ter seu RG, comprovante
de residência e CPF e ir em alguma agência de banco pedindo a abertura da mesma. Ela pode
ser individual ou conjunta . Para os menores de 18 anos, eles devem ir acompanhados de seu
responsável. Também não há taxas nem tarifas presentes nesse tipo de conta e ela possui uma
isenção total de tributos sobre os rendimentos, como Imposto de Renda e Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF).

A conta poupança fornece uma rentabilidade ao seu capital, em geral rendendo:

Desde 2012, a rentabilidade da poupança depende da taxa básica de juros, a Selic. É possível
ver o valor dessa taxa pelo site do Banco Central ( https://www.bcb.gov.br/ ), o Banco Central é
responsável por regular e supervisionar todo o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e a taxa Selic
varia diariamente, mas normalmente fica próxima a meta mensal. A TR é uma taxa de juros
referência , usada na rentabilidade da poupança e de outros tipos de investimentos, como, por
exemplo, o Fundo Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Ela é calculada e divulgada pelo Banco Central e em 2018, 2019 e 2020 seu índice foi 0% para
todos os meses. A Taxa Referencial usada é a do dia em que o dinheiro foi depositado na
poupança . Se tiver três depósitos diferentes, cada depósito terá uma TR diferente.

Um ponto muito importante sobre a poupança é que ela tem uma “data de aniversário”. A data
de aniversário é o dia do mês de sua abertura . Considera-se a data de aniversário das contas
abertas nos dias 29, 30 e 31 como o dia 1° do mês seguinte. Após ter passado um mês, nesse dia
do mês seguinte, o dinheiro irá render conforme a TR do dia do seu depósito e a Selic. Se o
dinheiro depositado tiver movimentação antes da data de aniversário, mesmo que não seja o
valor inteiro, ele não irá render no mês. Todos os valores que forem depositados e mantidos na
poupança por um prazo que seja menor do que um mês não receberão nenhum tipo de
remuneração. Todos os valores que forem depositados e mantidos na poupança por um prazo
que seja maior do que um mês terão rendimento.

Além disso, cada depósito possui sua própria rentabilidade, então se você depositar, por
exemplo, R$40,00 em outubro e R$60,00 novembro e não ter nenhuma movimentação em

86
ambos os depósitos até o mês de, por exemplo, dezembro, chegando na data de aniversário de
dezembro, você terá uma rentabilidade no valor de R$40,00 e outra rentabilidade no valor de
R$60,00 e não somente uma rentabilidade nos valores somados juntos de R$110,00, já que até
dezembro os R$40,00 estarão depositados por duas datas de aniversários da poupança,
enquanto os R$60,00 estarão depositados por uma data de aniversário da poupança.

Embora a conta poupança tenha um rendimento, ele é considerado baixo, já que muitas vezes
ele nem mesmo acompanha a inflação no Brasil. Porém, esse dinheiro teria menos rendimento
ainda se você guardasse ele em casa ou em uma conta corrente. Segue o rendimento real da
conta poupança dos anos 2015 até 2019, comparados a inflação. O rendimento real é o retorno
que você recebe após descontar a inflação.

Conta corrente é uma conta de depósito que fornece uma forma fácil de movimentar o dinheiro
no dia a dia. Essa conta pode ser individual ou conjunta. Você pode usar essa conta para pagar
boletos, contas ou para transferir dinheiro para outras contas correntes, por transferências
chamadas de TED ou DOC . Com TED, o dinheiro cai no mesmo dia se realizado antes das 17h
e permite transferências maiores que 5 mil reais. Com DOC, o dinheiro cai no dia seguinte e o
valor máximo é de 4999,99 reais. Diferente da conta poupança, o dinheiro não rende nesse tipo
de conta. Existem alguns bancos digitais com propostas novas para a conta corrente nas quais o
dinheiro possa ter uma certa rentabilidade , mas atualmente a maioria dos bancos não funcionam
assim.

Na conta corrente o extrato lhe fornece o valor e as movimentações feitas na conta. O dinheiro
fica disponível para saque em qualquer momento. Quando passamos o nosso cartão na função
débito, o dinheiro da conta corrente será debitado. Alguns bancos cobram uma taxa de serviço
necessária para manter a conta corrente.

87
Uma conta básica é um tipo de conta n o qual pela
Resolução 3.919/2010 do Conselho Monetário
Nacional, os bancos são obriga dos a oferecerem.
Ela fornece todos os serviços essenciais, sendo
eles:

- Fornecimento de cartão com função débito.


- Fornecimento de dez folhas de cheques por mês.
- Realização de até quatro saques por mês.
- Fornecimento de até dois extratos por mês
com a movimentação do mês em terminal de
autoatendimento.
- Consultas via internet sem limite.
- Duas transferências entre contas da mesma
instituição por mês.
- Compensação de cheques.
- Fornecimento de extrato consolidado,
detalhando, mês a mês, as tarifas cobradas no ano
anterior. O documento deve ser enviado até 28 de
fevereiro de cada ano .

88
ENCERRANDO
A AULA
Encerrar o assunto promovendo a reflexão com as
seguintes perguntas:

- Quais foram os três tipos de contas que aprendemos


hoje?

- Qual tipo de conta permite transações do dia a dia?

- Qual tipo de conta possui uma rentabilidade? Como


é essa rentabilidade?

- Existe uma conta que todos os cidadãos possuem


direito a ter? Quais são os serviços oferecidos por ela?

89
AULA 3
À VISTA OU A
PRAZO? CARTÃO
DE CRÉDITO
E CARTÃO
DE DÉBITO
OBJETIVO:
Definir os diferentes tipos de contas bancárias e calcular
depósitos e gastos do cartão de crédito e débito. Diferenciar
o pagamento parcelado do pagamento à vista.

DURAÇÃO:
45 minutos.

MATERIAIS:
Lousa e/ou lousa digital, papel, lápis de colorir e impressora
(opcional).

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Os alunos deverão estar com as carteiras organizadas de
tal forma que terão acesso a lousa e ao professor, podendo
manter a organização habitual ou colocar as carteiras em
semi-círculo.

Planejamento a Curto
e Longo Prazo
Visão Empreendedora

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RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Nas aula passadas aprenderam sobre o significado da compra por impulso e sua
implicações em nosso planejamento financeiro. Além disso, aprenderam sobre os
diferentes tipos de contas, como a conta poupança, conta básica e conta corrente, para
que elas sejam formas de auxiliar a construção e mantimento deste planejamento, e não
instrumento de contribuição para o impulso.

E nesta aula, vão entender sobre os cartões de créditos e os cartões de débitos e como
eles são vinculados a essas contas.

SAUDAÇÕES
Inicie a aula com o seguinte comentário:

“Um cartão de débito faz com que as compras sejam


debitadas no momento da compra da sua conta corrente
ou conta poupança. O cartão de crédito nos permite a
comprar um item e pagá-lo depois. Hoje iremos falar
sobre isso”

PERGUNTAS DISPARADORAS
- Conseguem se lembrar de propagandas de varejo
falando “10X SEM JUROS”?
- Quem já foi passar no caixa e ouviu a pergunta: débito
ou crédito?
- A família de vocês possuem cartão de débito ou
crédito? Vocês sabem qual a diferença entre ambos?

Depois avisa-los que “hoje vamos desenvolver uma


atividade prática que irá mostrar como funciona o
pagamento à vista e o pagamento a prazo.”

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CONCEITUANDO
Comece a aula fazendo uma tabela na lousa, de uma lado escrevendo “cartão de débito” e
do outro lado escrevendo “cartão de crédito”. Explique as diferenças entre ambos, conforme
disponível em “Conceituando”. Colocar as principais ideias na tabela da lousa. Após a definição,
mostrar um exemplo prático como o da imagem. Caso os alunos continuem com dificuldades
para entender o cartão de crédito, continue dando outros exemplos.

Um cartão de débito tem ligação com sua conta


corrente ou conta poupança. Quando você usa
um cartão de débito, o dinheiro é subtraído
da sua conta, no mesmo valor e momento da
compra feita. É importante sempre ter noção
do saldo presente na conta.

93
Um cartão de crédito é um estilo de empréstimo oferecido pelos
bancos comerciais. Normalmente, existe uma análise de crédito
antes de aprovar o limite mensal concedido a você. O limite é
o valor máximo que você poderá gastar, após esse limite ser
aprovado, ele estará disponível no valor pré-definido pelo banco.

Você poderá gastar no cartão de crédito somente até o valor


do limite. Algumas lojas e serviços oferecem uma opção de
parcelamento, nesse caso, você poderá parcelar somente se
o valor total da compra não exceder o limite do seu cartão de
crédito.

O cartão de crédito permite que você faça uma compra e pague


por ela posteriormente, na data de vencimento de pagamento do
cartão, ou seja, com carência. A carência é um período de tempo
dentro do prazo que você não precisa efetuar o pagamento. O
cartão de crédito não cobra juros a não ser que a conta não seja
paga na data de vencimento, neste caso, os juros estão dentre
os mais altos das operações financeiras junto com os do cheque
especial. Diferente de um cartão de débito, o saque é disponível
porém normalmente com altas cobranças de taxas e/ou juros.

Existem diferentes bandeiras de cartão de crédito, como


Mastercard ou Visa. Alguns cartões possuem taxas anuais que
você deverá pagar ao Banco. Hoje em dia, existe também o
cartão de crédito virtual, que pode ser gerado pelo aplicativo
do seu cartão de crédito normal. Ele é um número de cartão
temporário. Você não precisa estar com o seu cartão físico em
mãos para gerar o virtual, se utiliza o número exclusivamente
para compras pela internet (em sites do Brasil e do exterior) ou
por telefone. Por ser um cartão temporário, torna-se mais difícil
para ocorrer fraudes ao fazer uma compra pela internet, um
mesmo cartão físico pode ter a função débito e crédito.

Após a explicação, comece a atividade, disponível em “Na


prática”.

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NA PRÁTICA: AFINAL, QUANTO FICOU A
MINHA FATURA E EXTRATO?

OBJETIVO MATERIAIS
Calcular gastos e depósitos. Diferenciar o Papel, caneta esferográ-
pagamento parcelado do à vista e função fica, dois lápis de cores
crédito da função débito. diferentes e um lápis de
cor preto. Opcional: Im-
DURAÇÃO pressora
30 minutos

DESENVOLVIMENTO:
Imprimir ou pedir para cada aluno desenhar duas tabelas:
Primeiro será a atividade do cartão de débito, avisar para os alunos:

O valor total disponível na conta corrente é a soma de todos os valores que estão dentro
de cada quadradinho. Antes da atividade começar eles deverão responder:
Qual é o valor total disponível na conta corrente do cartão de débito? (R$400,00).

A cada compra eles deverão colorir os quadrados com uma cor de lápis até que a soma deles
seja semelhante ao valor da compra.
A cada depósito eles deverão colorir os quadrados com outra cor de lápis até que a soma
deles seja semelhante ao valor total depositado.

Os cartões dos alunos deverão ficar colorido assim:


Após todas essas transações o aluno deverá responder:

Quanto foi depositado na sua R$40,00 (quadrados amarelos)


conta corrente esse mês?

Quanto foi retirado? R$200,00 (quadrados azuis)

Qual é o saldo disponível após R$240,00 (quadrados brancos)


todas as transações?

Após responderem as respostas, desenvolver a atividade do cartão de crédito, diga aos


alunos para utilizarem três cores de lápis, uma será para os parcelamentos que irão cair
no mês da compra, a segunda será para os parlamentos do meses seguintes que não
cairão nessa fatura, e a última cor será para os pagamentos à vistas

6. Os cartões dos alunos deverão ficar colorido conforme o exemplo:


Para finalizar, avise para os alunos que chegou a data de fechamento da fatura e que
eles deverão calcular para descobrir as respostas para as seguintes perguntas:

Qual é o limite do seu cartão? R$400,00 (todos quadrados)

Quanto do limite foi utilizado esse mês? R$220,00 (todos quadrados


coloridos)
Qual é o valor da fatura deste mês?
R$140,00 (quadrados amarelos)
Quanto do valor parcelado irá cair na fatura
desse mês? R$40,00 (quadrados rosas)

Após pagar a fatura desse mês, quanto terá R$320,00 (quadrados amarelos,
de limite para gastar no próximo mês? brancos e rosas)

Se você não gastasse nada no próximo mês, R$40,00 ( quadrados azuis)


qual seria o valor da sua fatura?

REFLEXÃO DA PRÁTICA
Após a aula, encerrar com algumas perguntas:

- O que é limite?

- O que é saldo?

- Como funciona o cartão de débito?

- Como funciona o cartão de crédito?

- O mesmo cartão pode ter função débito e função crédito?

- Como funciona o parcelamento no cartão de crédito?


ENCERRANDO
A AULA
Encerrar a aula com a seguinte reflexão: “Essas são
perguntas de extrema importância para a sua saúde
financeira. Muitas pessoas acham que o cartão de
crédito é a grande solução para os seus problemas,
mas ao ser utilizado de forma desenfreada, o resultado
pode ser a falta de controle sobre a fatura, os valores
que estão sendo cobrados pelos produtos e os valores
sendo cobrados de taxas e juros por conta do atraso do
pagamento. A taxa de juros no Brasil está entre as mais
altas do mundo.

Em algumas ocasiões, o cartão pode parecer vantajoso,


mas na verdade, é uma forma que os estabelecimentos
encontram de embutir as taxas nos valores das
mercadorias ou serviços e ainda assim prometerem
o falso “12 vezes sem juros”. É possível perceber isso
notando que os estabelecimentos oferecem um desconto
para o pagamento à vista e no boleto. Ou seja, o preço
realmente à vista é aquele com desconto e que o
parcelamento “ vezes sem juros” está, na verdade, com os
juros embutidos. Existem momentos que será vantajoso
ter um cartão de crédito, muitas vezes eles podem
oferecer pontos que podem ser trocados por passagens
aéreas ou produtos, por exemplo. Porém, é importante
sempre ter o controle financeiro.

Por isso é essencial que sejamos todos conscientes dos


nossos gastos e tenhamos um planejamento financeiro
que nos guie e nos auxilie em nossas tomadas de
decisões.”

99
+ + +

Recado para o professor(a) e para todos os


alunos:

+ “Aquele que utiliza o seu conhecimento +


para mudar seu comportamento e colocar
em prática suas intenções, consegue gerar
grandes mudanças em sua vida. Porém,
aquele que compartilha o que sabe, este sim,
gera grandes mudanças na sociedade. Toda
escolha tem um contexto e coletivamente
podemos nortear a jornada de cada indivíduo,
transformando sua caminhada.”

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