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Autores:

Bianca Oliveira de Macedo


Poliana Reis Costa
Sarah Caroline de Souza Guadagnin
Fabiana Maris Versuti
Marina Greghi Sticca
Douglas Silva da Hora Oliveira

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Realização:

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Apoio:

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SOBRE O PROJETO

Olá, educador (a),


seja bem vindo (a)!

Esse e-book é parte de uma coleção intitulada “Trilhas


do séc XXI”, e é fruto de um longo trabalho que
começou em 2019, a partir da realização de oficinas no
contraturno escolar para alunos de escolas públicas.

Depois de um ano deste projeto com aproximadamente


100 jovens, percebemos o impacto que o mesmo
teve nos alunos e tivemos muita vontade de expandi-
lo para várias escolas, porém, éramos apenas uma
equipe, e tínhamos um Brasil inteiro para oferecer as
oficinas! Foi assim que nos perguntamos: “por que não
compartilhar os aprendizados dessa experiência com
outros educadores?”

Fruto dessa vontade, surge simultaneamente a EDtech


“Que Chance” e essa primeira coleção de livros, que
objetiva contribuir por meio de um conjunto de planos
de aulas para uma educação brasileira mais significa-
tiva e inovadora, bem como para a formação de agen-
tes transformadores para nossa sociedade. A seguir
você vai conhecer como esse e os demais e-books da
coleção se organizam.
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PARA QUEM É? 1

Esse livro é destinado para educadores de escolas públicas e priva-


das, recém formados em licenciaturas e ou também educadores so-
ciais que trabalham em organizações públicas ou sociais.

QUANDO USAR?

A proposta principal é que essa coleção seja desenvolvida por


educadores com seus alunos do Ensino Médio, em matérias eletivas
e/ou itinerários formativos. Entretanto, também pode ser utilizada
como um guia na construção de aulas para os anos finais do Ensino
Fundamental II (8° e 9° ano) e para a realização de oficinas no contraturno
escolar na educação formal ou não formal.

PARA QUE SERVE?

Importante ressaltar que todos os livros são materiais vivos e não


objetivam ser “uma receita de bolo” com passo-a-passos específicos
para aplicação em sala de aula, pelo contrário, essa coleção busca ser
instrumento de inspiração e apoio à educadores, propondo conteúdos,
aulas e atividades de forma prática e acessível, mas que podem e
devem ser potencializados, transformados e adaptados a partir da
realidade dos alunos, da escola e da criatividade dos educadores que
irão utilizá-los.
APRESENTAÇÃO

É com imenso prazer que oferecemos a educadores e alunos três


materiais didáticos relacionados a Educação Financeira, Projeto de
Vida e Empreendedorismo. Esperamos que eles venham ajudar no
planejamento, organização, implementação e avaliação de matérias
eletivas do Novo Ensino Médio.

Este material foi elaborado a partir de um projeto de extensão ini-


ciado em 2019 intitulado “Ações de treinamento, desenvolvimento
e educação em jovens de escolas públicas brasileiras: competên-
cias empreendedoras e socioemocionais”, o mesmo é resultado de
uma parceria entre a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, sob coordenação da
docente Profa. Fabiana Maris Versuti e eu, Profa. Marina Greghi Stic-
ca juntamente com Supera Educa, programa educacional da Incu-
badora de base tecnológica Supera Parque e a Edtech Que Chance.

Nosso objetivo sempre foi trabalhar juntos para melhorar a educa-


ção no Brasil por meio da utilização de evidências cientificas para
elaborar projetos e conteúdos educacionais. Neste percurso conta-
mos com a participação de uma equipe de alunos de graduação e
pós-graduação comprometidos em promover mudanças no cenário
da educação brasileira, a quem agradecemos pela dedicação e em-
penho, e por acreditarem em nosso projetos. Agradecemos a todos
alunos do Ensino Médio que nos deram oportunidades de conhecer
seus sonhos, seus medos e suas angústias diante de tanta incerteza
em relação ao futuro.
Também agradecemos a todos os educadores que participa-
ram nas diferentes etapas do projeto, e com os quais aprende-
mos que ensinar é um processo de troca constante e de criação
de vínculos que exige muito comprometimento e dedicação.

Esperamos que este material didático possa auxiliar a adiverti-


da, mas principalmente, utilizando materiais que foram elabora-
dos a partir de bases teóricas, cientificas e princípios ético-morais.

Dois objetivos orientaram a elaboração destes materiais. O pri-


meiro foi elaborar um material que pudesse atender as reais ne-
cessidades e subsidiar o trabalho de educadores que irão mi-
nistrar matérias eletivas no formato do Novo Ensino Médio. O
segundo foi colocar à disposição um material de apoio ao plane-
jamento e elaboração de atividades especificas para as matérias
de Projeto de Vida, Educação Financeira e Empreendedorismo.

Cada um destes materiais é organizado por: (i) módulos, com


um objetivo geral a ser alcançado, (ii) aulas organizados den-
tro de cada módulo com objetivos, competências a serem
mobilizadas e atividades especificas a serem desenvolvidas.

Esperamos atender às expectativas dos educadores e alunos e que,


de fato, sirva de apoio na condução das matérias eletivas do Novo
Ensino Médio. Comentários serão muito bem-vindos para aperfeiço-
ar o que foi produzido! Que todos tenham uma ótima leitura.
COMO FUNCIONA?

Toda a coleção está organizada e se respalda em uma metodologia construída pela


“Que Chance”, denominada de 5QC, no qual se propõe 5 passos para serem desen-
volvidos e trabalhados com os alunos, passos esses que não necessariamente são
lineares, mas que vão sendo desenvolvidos ao longo dos e-books de forma circular,
sobreposta e dialética. Os passos são os seguintes:

CONHECER
Que possamos conhecer, no qual o educador propõe aos alunos que se apro-
fundem na sua própria vivência, explorando e conhecendo quem são e onde
estão, conhecendo conteúdos, vivências e realidades novas, diferentes das que
estão habituados.

CONECTAR
Que possamos conectar, no qual o educador e aluno integram os conhecimentos
adquiridos e despertados ao longo das aulas com a realidade e contexto que
vivenciam, promovendo uma aprendizagem significativa. É o momento também
de professores e alunos conectarem seus conhecimentos, aprendendo e
ensinando simultaneamente em um movimento de cooperação.

CONSTRUIR
Que possamos construir, no qual a partir do conhecimento adquirido, bem
como de uma análise crítica da realidade que estão inseridos, professor e aluno
constroem juntos um projeto prático alinhado com a proposta do livro.
COMPARTILHAR
Que possamos compartilhar, no qual tudo que foi desenvolvido ao longo
das aulas, deve ser compartilhado, é o momento do professor e alunos se
organizarem para juntos compartilharem com a escola, pais e a comunidade
o que aprenderam e produziram, gerando engajamento de outros atores da
sociedade e inspirando uma mudança positiva para as demais pessoas.

COMPETÊNCIAS
Que possamos fazer tudo isso desenvolvendo competências socioemocio-
nais, no qual ao longo de todas as aulas, os alunos não apenas conheçam,
conectem, construam e compartilhem, mas que façam isso, desenvolven-
do um conjunto de competências socioemocionais, alinhadas com a Base
Nacional Comum Curricular. As competências específicas propostas para
serem desenvolvidas nessa coleção são: Trabalho em Equipe, Comunica-
ção, Assertividade, Empatia, Pensamento científico, crítico e criativo, Plane-
jamento a longo e curto prazo e Visão Empreendedora.
SOBRE O LIVRO

Como o livro está organizado?

» Objetivo da aula
» Duração
» Materiais
» Disposição da sala
» Competências bases mobilizadas
» Retomando a aula anterior
» Saudações
» Conceituando
» Na prática
» Encerrando a aula
» Dica

Objetivo da aula: No qual é descrito o que é esperado que os alunos al-


cancem ao final da aula.

Duração: Que descreve o tempo necessário para o desenvolvimento da-


quela aula. Geralmente as aulas são organizadas no tempo de 45 minutos
ou 90 minutos.

Materiais: No qual é descrito quais são os materiais e preparação neces-


sários para o desenvolvimento da aula.

Disposição da sala: Em que se descreve como a sala deve ser organizada


para o melhor desenvolvimento das atividades propostas nas aulas.

Competências bases mobilizadas: Em que é indicada quais serão as


competências mobilizadas pelos alunos durante o desenvolvimento da-
quela aula.

Retomando a aula anterior: É retomada a última aula e também proposto


também perguntas para verificar qual a assimilação dos alunos em relação
aos conteúdos trabalhados na aula anterior.
Saudações: É exposto a apresentação do que será trabalhado naquela
aula e também são descritas perguntas e reflexões norteadoras para se-
rem trabalhadas no início da aula juntamente com os jovens.

Conceituando: É apresentado conceitos teóricos para o desenvolvimento


da aula. Nessa seção também existem textos de apoio para aprofunda-
mento na temática trabalhada.

Na prática: É dado as instruções para aplicação de uma atividade prática


relacionada com a temática da aula para o desenvolvimento dos alunos e
de algumas competências socioemocionais.

Encerrando a aula: São dadas as instruções para o encerramento da aula


e também é proposto um direcionamento para a aula seguinte.

Dica: Ao longo dos e-books existe também uma seção de dicas para auxi-
liar o educador no desenvolvimento e aplicação das aulas.
SUMÁRIO GERAL

Módulo 1: Mas o que é empreendedorismo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13


Aula 1: Antes desse tal de Empreendedorismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Aula 2: O que é esse tal de empreendedorismo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Módulo 2: Conhecendo formas de empreendedorismo: Para cada problema


uma solução! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Aula 1: E todo mundo empreende igual? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30
Aula 2: Reforçando os tipos de empreendedorismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

Módulo 3: Para empreender precisa ser? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45


Aula 1: Empreendendo em uma aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Aula 2: Competências Empreendedoras: O que é isso? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Aula 3: Competências: Quais eu posso desenvolver? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

Módulo 4: Quais competências eu tenho? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68


Aula 1: Para empreender preciso de Comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Aula 2: Para empreender preciso de Liderança e Controle e acompanhamento . 76
Aula 3: Para empreender preciso de Foco no resultado e no processo . . . . . . . . . . 83

13
+ + +

1
+ + +

+ + +
MÓDULO 1
MAS O QUE É
EMPREENDEDO-
RISMO?
Objetivo do módulo: Definir o que é empreende-
dorismo e sua utilidade para diferentes contextos

+ + +
NESSE MÓDULO
SERÃO DESENVOLVIDAS
AS SEGUINTES AULAS:

AULA 1

ANTES DESSE TAL DE EMPREENDEDORISMO

AULA 2

O QUE É ESSE TAL DE EMPREENDEDORISMO?

15
+ + +

AULA 1
ANTES DESSE
TAL DE EMPRE-
+ ENDEDORISMO
+ +

+ + +

+ + +
OBJETIVO:
Apresentar-se de forma clara para os demais alunos e para o professor.
Expressar as expectativas em relação à matéria.
Conhecer o conteúdo que será trabalhado durante a matéria.

DURAÇÃO:
90 minutos.

MATERIAIS:
Um pacote de bexigas, lousa ou uma cartolina, uma fita crepe, um
pedaço de papel por aluno e uma caneta para cada aluno.

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Carteiras em semicírculo para proporcionar um diálogo. Essa aula
também pode ser feita fora da sala, no pátio por exemplo. Se for
o caso, convidar os alunos a se sentarem em círculo e o professor
deve levar para fora da sala uma cartolina, fita crepe e pacote de
bexigas.

Comunicação
Empatia
Planejamento a Curto Prazo
Planejamento a longo prazo

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SAUDAÇÕES
Professor(a), é recomendado que se apresente e dê
boas-vindas aos alunos. Como essa é a primeira aula,
é importante criar um clima de recepção e acolhida
para os jovens, nesse momento pode-se enfatizar
as expectativas para que o semestre seja positivo
e cheio de aprendizados e que se sente feliz em
recebê-los.

Sugerimos que comece dizendo que imagina que


todos estejam curiosos para aprender sobre a
matéria, o que vai acontecer e o que afinal é esse tal
empreendedorismo. Peça em seguida que segurem
a ansiedade, pois logo todas essas questões serão
respondidas, só que mais importante do que saber o
que vai acontecer ao longo do semestre, é ouvi-los
sobre quais as expectativas referente a matéria, e
claro, conhecerem uns aos outros.

Dessa forma, proponha a atividade “Na prática”


presente nesta aula.

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NA PRÁTICA: EXPECTATIVAS EM BEXIGAS

OBJETIVO MATERIAIS
Apresentar-se aos demais e apre- Uma bexiga para cada aluno, pa-
sentar suas expectativas em rela- pel, caneta, cartolina, um alfinete
ção a matéria. ou palito para estourar as bexigas.

DURAÇÃO
45 minutos

DESENVOLVIMENTO:
Distribua um pedaço de papel para cada aluno e peça para que
escrevam seu nome e suas expectativas para a matéria:

Após todos escreverem, dê uma bexiga para cada um e peça


para que coloquem dentro dela o papel e em seguida, encham-
na. Peça para que os jovens andem pela sala, jogando as bexigas
para cima sem deixá-las cair, de forma que se misturem.

Após 5 minutos, convide-os a estourem as bexigas (ou o próprio


professor pode ir estourando) e conforme forem estouradas,
cada aluno deve pegar um papel que estava dentro das bexigas.
Terminado esse momento, proponha uma roda de conversa,
peça para que alguém comece lendo o papel que pegou e
indique o nome da pessoa que escreveu, em seguida a pessoa
que escreveu deve se apresentar, reiterando seu nome e suas
expectativas para a matéria, além disso, também pode ser
dita outras coisas, como idade, o que gosta de fazer e matéria
preferida. Após essa apresentação, a pessoa deve também ler o
papel que tirou e indicar a próxima pessoa escrita em seu papel.

A atividade deverá ser prosseguida, sucessivamente, e terminará


quando todas as expectativas forem lidas e todos os jovens se
apresentarem. Enquanto estiver acontecendo as apresentações,
deve-se ir anotando ou colando as expectativas dos alunos para
fazer um grande mural do que se é esperado para a matéria.
REFLEXÃO DA PRÁTICA:
Terminado o levantamento das expectativas, convide os alunos a
olharem para o mural e observarem se as expectativas da turma
são semelhantes ou muito diferentes. Pergunte para a classe como
foi ouvir os colegas e ao mesmo tempo como se sentiram ao se
apresentar.

Por fim, dialogue com todos, expondo quais das expectativas


durante o semestre que serão cumpridas e quais estão mais distante
do escopo da matéria.
ENCERRANDO
A AULA
Para encerrar a aula, apresente aos alunos como a
matéria vai funcionar, explique que essa disciplina
está dividida em vários módulos, entretanto esses
módulos podem ser divididos em 3 grandes partes.
a primeira parte vão juntos construir a ideia do
que é empreendedorismo, conhecerão maneiras
de empreender e exemplos práticos de quem já
empreende. Na segunda parte, vão descobrir o que de
fato precisa e é necessário para empreender e, juntos,
vão desenvolver algumas habilidades e competências e
por último, depois de estarem preparados, vão colocar
a mão na massa e a criatividade para funcionar ao
aprenderem como fazer um empreendimento e quais
ferramentas usar para isso.

Pergunte para os jovens se eles têm dúvidas e encerre


dizendo o quanto está animado(a) para conhecê-los
melhor e trabalhar juntos.

21
+ + +

AULA 2
O QUE É ESSE
TAL DE EMPRE-
+ +
ENDEDORISMO? +

+ + +

+ + +
OBJETIVO:
Classificar o que é empreendedorismo e o que não é.
Definir de forma introdutória o conceito de empreendedorismo.

DURAÇÃO:
90 minutos

MATERIAIS:
Fita crepe, impressão de plaquinhas (em anexo no caderno de
atividades), impressão de palavras relacionadas com empreende-
dorismo (em anexo no caderno de atividades)

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Carteiras em semicírculo para proporcionar um diálogo.

Comunicação
Empatia
Planejamento a Curto Prazo
Planejamento a Longo Prazo

23
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Comece a aula relembrando que no último encontro eles demonstraram suas expectativas
em relação ao curso, além de terem construído os “combinados” para o bom andamento
das atividades. Questione quais foram esses “combinados” e caso necessário, relembre-
os. Também pergunte se recordam sobre o funcionamento da matéria.

SAUDAÇÕES
A partir das respostas dos alunos, diga que chegou a
hora de iniciarem e mergulharem na primeira parte da
matéria, na qual descobrirão “o que afinal é esse tal
de empreendedorismo?”.

Comece questionando o que os jovens sabem


de empreendedorismo. Diga que nesse primeiro
momento não será discutido o que está certo ou
errado, já que o objetivo da pergunta é saber o
máximo possível do que eles já sabem sobre o
assunto.

Depois de ouvir as definições trazidas por todos,


pode-se perguntar se alguém conhece algum
empreendedor ou tem alguém na família que
empreende. Terminado esse momento de escuta,
diga para os jovens que em breve será definido o
que é empreendedorismo, mas que primeiramente
será realizada uma atividade prática para iniciar um
debate mais profundo sobre o tema. Em sequência,
convide-os a realizar a atividade “Na prática”:

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NA PRÁTICA: É OU NÃO É

OBJETIVO MATERIAIS
Para alunos: Identificar palavras Impressão e recorte de conjunto
que se relacionam, ou não, com o de palavras (em anexo: caderno
que é empreendedorismo; de atividades) para cada grupo,
Para professor(a): Identificar o co- impressão de duas placas es-
nhecimento prévio dos alunos so- critas, “O que é” e “ O que não
bre o tema. é” para cada grupo (arquivo para
impressão em anexo: caderno de
DURAÇÃO atividades) e um pedaço grande
30 minutos de fita crepe por grupo.

DESENVOLVIMENTO:
Divida a turma em grupos de até 6 alunos e os convidem a se distribuírem, cada grupo
irá escolher uma parte da parede da sala para sua equipe. Ao escolhê-la, os grupos
deverão colar com fita crepe as placas “O que é” e “O que não é” lado a lado. Após todos
colarem as duas placas em suas partes da parede, explique que a atividade consiste em
um jogo, no qual as equipes receberão um conjunto de palavras para que as relacionem
com empreendedorismo e deverão discutir e classificá-las adequadamente, colando as
que acham que são empreendedorismo na coluna “O que é” e as que pensam que não
são, na outra coluna “O que não é”.

Caso haja palavras que os coloquem em dúvida se é empreendedorismo ou não, incite


os alunos a tentarem dar palpites e a escolher uma das duas colunas para classificá-
las. Enfatize que o objetivo é que as equipes classifiquem o máximo de palavras
adequadamente, no tempo de 15 minutos, para isso o professor deve controlar o tempo.

Na hipótese de alguma turma terminar antes, pode-se finalizar a atividade mais rápido.
REFLEXÃO DA PRÁTICA:
Terminada a classificação, convide os alunos a sentarem em uma roda para discutir e
comparar as respostas dos grupos. Nesse momento, proponha que discutam também
sobre aquelas palavras que foram classificadas de forma divergente pelas equipes e
também para que pontuem quais palavras os deixaram em dúvida. Pode ser feitas as
seguintes perguntas:
-Por que vocês classificaram essa palavra como “O que é” empreendedorismo?
E o outro grupo? Por que classificou diferente?
- Quais palavras geraram dúvidas na hora da classificação?
-Será que tem palavras que, a depender do contexto, podem ser
empreendedorismo ou não? Se sim, quais palavras seriam essas?
-Quais palavras foram mais fáceis de classificar? E quais foram mais difíceis?
-Mas afinal, o que é o empreendedorismo? O empreendedorismo possui uma
definição única?

GABARITO DAS PALAVRAS

Resolver problemas, Jornal, Redes sociais, Profissão, Criar


Ter ideias, Propor Banco, Riqueza, produtos, Criar serviços,
soluções, Oportunidade, Dinheiro, Administrador, Vender coisas, Empresa
Necessidade, Inovação, Herança, Cuidar de
Fazer algo novo pessoas, Indústria,
Escritor, Marketing,
Universidade, Governo
CONCEITUANDO
Após a discussão com os alunos sobre as palavras que poderiam ser consideradas
empreendedorismo ou não, apresente o conceito de empreendedorismo para os jovens. Pode-
se utilizar a seguinte fala como apoio:

A ideia de empreender é muito antiga, acredita-se que o empreendedorismo como conhecemos


hoje surgiu lá nos primórdios da civilização, com o intercâmbio e comércio entre os indivíduos, e se
intensificou no final da Idade Média, com a ascensão das cidades e com a classe de comerciantes
com seus ofícios. Mas mesmo existindo há muitos anos, os cientistas começaram a querer definir
e estudar o empreendedorismo só recentemente. Alguns autores descobriram que o termo
empreendedorismo/empreendedor era usado no século XII, para definir “aquele que incentivava
brigas”. Já no século XVII o empreendedor era aquela pessoa que “tomava a responsabilidade e
coordenava uma operação militar”. No século XVIII, o termo passou a estar associado a quem
“criava e conduzia empreendimentos” em uma perspectiva mais econômica no qual empreender
estava relacionado com gerar riqueza.

Essa perspectiva de gerar riquezas foi proposta por economistas e ficou conhecida como corrente
econômica do empreendedorismo, que vislumbrava o ato de empreender como uma forma
de contribuir para economia, gerar lucro e trabalhos para a sociedade, para isso as pessoas
precisavam assumir riscos em cenários incertos.

Mas além da corrente econômica, outras pessoas começaram a ver a importância do


empreendedorismo e estudiosos que eram psicólogos e sociólogos quiseram estudá-lo também.
Eles não viam o ato de empreender só como uma atividade econômica mas em uma perspectiva
comportamentalista, em que o empreendedorismo estava relacionado a forma com que nos
comportamos, ou seja, para empreender era necessário ser inovador, independente e criativo.

Como vocês viram o conceito de empreendedorismo foi mudando com o passar do tempo, mas
atualmente ele está bem distante daquela ideia de ser incentivador de brigas e bem mais próximo
de ser um instrumento para corrigir problemas e fornecer novas soluções para a sociedade,
soluções essas que podem ser produtos, bens, serviços, projetos ou até boas ações.

Dessa forma, hoje existem muitas definições de empreendedorismo, já que várias áreas do
conhecimento se debruçam a estudá-lo. Algumas voltadas à corrente econômica e outras à
corrente comportamentalista, mas para facilitar o entendimento, algumas definições comuns de
empreendedorismo são:

“Empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando o tempo e o


esforço necessário, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e
recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal”.

“Empreendedorismo é a habilidade de criar e constituir algo a partir de muito pouco ou de quase


nada”.

27
ENCERRANDO
A AULA
Diante das definições de empreendedorismo, convide
os alunos para falarem quais são suas definições
preferidas, pergunte se eles se surpreenderam com
as mesmas, o que entenderam de cada uma delas e
encerre ressaltando que para a matéria, o conceito de
empreendedorismo será definido como: A capacidade
de resolver problemas da sociedade, propondo
soluções inovadoras e viáveis, para que possam ser
implementadas. Pode-se ainda pedir para que os jovens
pensem, para a próxima aula, exemplos de pessoas que
considerem empreendedoras a partir dessa definição.

28
+ + +

+ + +

MÓDULO 2
CONHECENDO
+ FORMAS DE + +
EMPREENDEDO-
RISMO: PARA
CADA PROBLEMA
UMA SOLUÇÃO!
Objetivo do módulo: Identificar os tipos de empreendedoris-
mo distinguindo as características de cada um, suas particu-
laridades e semelhanças, relacionando-os com exemplos
reais de empreendimentos e de pessoas empreendedoras
+ + +
NESSE MÓDULO
SERÃO DESENVOLVIDAS
AS SEGUINTES AULAS:

AULA 1

E TODO MUNDO EMPREENDE IGUAL?

AULA 2

REFORÇANDO OS TIPOS DE EMPREENDEDORISMO

30
+ + +

AULA 1
E TODO
MUNDO
+ EMPREENDE
+ +
IGUAL?

+ + +

+ + +
OBJETIVO:
Definir alguns tipos de empreendedorismo, a partir de exemplos
reais de empreendimentos e de pessoas empreendedoras.

DURAÇÃO:
90 minutos

MATERIAIS:
fita crepe e impressão de material para o “Na prática” em anexo no
caderno de atividades.

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Carteiras em semicírculo para proporcionar um diálogo.

Pensamento Crítico
Trabalho em Equipe
Comunicação

32
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Comece perguntando aos alunos se lembram da aula passada, pergunte o que é
empreendedorismo e o que não é, e quais as definições do termo que eles recordam.
Caso necessário retome algumas das definições de empreendedorismo com os alunos.

SAUDAÇÕES
Pergunte aos jovens quem se lembrou da tarefa e
trouxe nomes de pessoas empreendedoras.

Peça que contem os exemplos que pensaram.


Quem são essas pessoas? O que fazem? Quais são
seus empreendimentos? Por que acham que essas
pessoas empreendem?

Depois de ouvir os exemplos diversos que a turma


trouxe, pergunte se acham que existe uma maneira
única de empreender. Caso não respondam, os
motive perguntando “Há apenas um tipo de solução
que podemos criar para todos os problemas que
existem?”

A partir das respostas, diga que é importante


compreender que cada problema exige uma
solução, na nossa sociedade existem problemas em
diferentes lugares, que atingem públicos distintos
também. Alguns problemas são muito grandes,
complexos e atingem muitas pessoas, como por
exemplo o aquecimento global e outros problemas
que são mais específicos ou atingem só uma parcela
específica de pessoas. Diante da diversidade de
problemas e soluções, existem também formas
variadas de empreender. Para facilitar o entendimento
da turma serão definidas para fins didáticos como
“tipos de empreendedorismo” que se diferem por
terem objetivos, lugares, formas jurídicas, soluções e
produtos diferentes.

A partir disso, convide os alunos a conhecerem


diferentes maneiras de empreender com a atividade
“Na Prática”.

33
NA PRÁTICA: E EXISTE MAIS DE UM EMPREENDEDORISMO?

OBJETIVO MATERIAIS
Identificar os tipos de empreende- Um case impresso por grupo
dorismo e relacionar case de em- (material em anexo no cader-
preendimentos com diferentes ma- no de atividades), fichas com
neiras de empreender e apresentar as definições de cada tipo de
em público um case de empreen- empreendedorismo para cada
dimento. grupo (material em anexo no
caderno de atividades).
DURAÇÃO
75 minutos

DESENVOLVIMENTO:
Divida os alunos em 7 grupos e distribua as cópias de um case (em
anexo) para cada um, totalizando 7 cases, por isso é importante
que sejam 7 grupos (sendo que cada case consta a história
de um empreendedor que empreende em um tipo diferente
de empreendedorismo: empreendedorismo social/ negócios
de impacto, micro empreendedorismo, empreendedorismo
digital, empreendedorismo de base tecnológica/ startups,
empreendedorismo informal, empreendedorismo corporativo/
intraempreendedorismo, empreendedorismo de franquia).

Juntamente com os cases, distribua um conjunto de fichas


com as definições dos tipos de empreendedorismo para cada
grupo (em anexo). Explique que a tarefa consiste na leitura
dessas fichas e da classificação do case que lhes foi entregue
e posteriormente, devem discutir e responder às seguintes
perguntas:

- Já tinha ouvido sobre esses tipos de empreendedorismo?


- Existem negócios do cotidiano de vocês que se enquadram
nesses tipos? Quais conseguem pensar? Conhecem alguém
próximo que empreende algum dos tipos?
- O que esses empreendimentos têm de diferente? E de
semelhante?

Além da discussão, peça para que os jovens anotem suas


possíveis dúvidas para uma conversa posterior entre todos.
Terminado a discussão, os integrantes devem identificar/
classificar anotando que tipo de empreendedorismo é
relatado no case lido e justificar o porquê da escolha atribuída.
REFLEXÃO DA PRÁTICA:
Ao fim da atividade, convide os alunos a se sentarem em uma semi-roda e proponha
que cada grupo, um de cada vez, vá na frente da sala para contar sobre o case que
leram e com que tipo de empreendedorismo eles acham que se relaciona e o porquê.
Para nortear as apresentações o(a) professor(a) pode propor que os jovens respondam na
apresentação às seguintes questões:

- Qual era o título do case?


- Sobre o que ele tratava?
- Qual era a história do empreendedor?
- O que ele fazia?
- Que tipo de empreendedorismo pode-se dizer que o case se referia? Por quê? Todos do
grupo concordaram? Tiveram divergências?

Conforme os alunos forem apresentando, é interessante que o professor já corrija e traga os


conceitos sobre cada tipo de empreendedorismo, conceitos descritos em conceituando,
juntamente com suas principais definições e dialogue com a sala perguntando se todos
concordam com a opinião expressa pelo grupo apresentador.
CONCEITUANDO
Como relatado na aula anterior, o empreendedorismo é um campo com múltiplas definições.
Entretanto, alguns estudiosos definem que o ato de empreender pode estar relacionado a uma
oportunidade ou uma necessidade. Por mais que seja indicado que um empreendimento surja
da identificação de uma oportunidade para resolver um problema, a conjuntura econômica
de diversos países onde os índices de desemprego são altos, muitas pessoas acabam
empreendendo para gerar renda para si e para suas famílias, atrelando o ato de abrir um
empreendimento à necessidade de ter um trabalho.

Já o empreendedorismo por oportunidade é aquele em que, como o próprio nome diz, a


pessoa identifica uma oportunidade e cria um empreendimento a partir disso, o que exige que
esteja sempre em estado de alerta para inovar, descobrir e explorar novas oportunidades no
mercado. Atualmente já vem se reconhecendo que empreender pode estar associado a uma
necessidade e a uma oportunidade de forma concomitante, o importante é reconhecer que é
algo diverso e que pode envolver diferentes atividades e pessoas e, por esta razão, não existe
uma forma única e específica.

A partir dessa realidade e para facilitar a compreensão dos alunos diante da diversidade de
possibilidades, apresente alguns tipos diferentes de empreendedorismo para inspirá-los e
para demonstrar a gama de possibilidades existentes no universo do empreendedorismo. É
importante também destacar que essas não são as únicas maneiras de empreender e que não
há consenso na literatura em relação às nomenclaturas, podendo haver variações de termos a
depender da corrente de estudo.

O empreendedorismo informal é aquele tipo que


atua sem CNPJ ou nota fiscal. É bastante executado
por milhares de brasileiros com o sonho de ser dono
da própria empresa. Para dar exemplo daqueles que
praticam a informalidade com frequência, podemos
destacar as barracas de rua ou lojinhas de garagem.
Em algumas situações, essa parcela da população
atua dessa forma porque ficaram desempregados ou,
mesmo com um emprego formal, empreendem para
complementar a renda.

36
É geralmente o antigo empreendedor informal que
uma vez legalizado, começa uma empresa de fato.
São geralmente negócios pequenos mas que geram
renda. Basicamente, são duas possibilidades do
empreendedor individual se formalizar: Empresa
Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI)
ou Microempreendedor Individual (MEI). Nas duas
situações, a iniciativa de empreender é exclusiva de
uma única pessoa, podendo contratar 1 funcionário.
Esse tipo de empreendedorismo tem menor escala,
mas, como é formal, tem os mesmos direitos e
obrigações de uma grande empresa, e mesmo sendo
de uma pessoa só, ele pode crescer e se tornar uma
empresa maior, contratando mais pessoas tornando
uma microempresa.

O franqueado é aquele que inicia uma empresa


a partir de uma marca já desenvolvida por um
franqueador. As franquias são modelos de negócios,
em tese, mais fáceis de serem executados, uma
vez que o empreendedor já recebe uma empresa
com processos bem claros e definidos. Alguns
exemplos bem comuns são os restaurantes de
fast-food e as escolas de idiomas. O franqueador é
um empreendedor visionário que vê no modelo de
negócios de franquia uma maneira de ganhar escala
e tornar sua marca conhecida rapidamente.

37
EMPREENDEDORISMO
CORPORATIVO OU INTRA-
EMPREENDEDORISMO

É o processo de identificação, desenvolvimento, captura e implementação de novas


oportunidades para resolver problemas, dentro do lugar que você já trabalha. Dessa forma
dizemos que o empreendedorismo corporativo nada mais é do que a ação de empreender
dentro da empresa ou do trabalho em que o profissional está inserido, podendo ser qualquer
colaborador, gestores ou mesmo os funcionários que não possuem um cargo de chefia.

EMPREENDEDORISMO
SOCIAL OU NEGÓCIOS
DE IMPACTO

Esse tipo de empreendedorismo busca melhorar a sociedade por meio de soluções que focam
no desenvolvimento humano e social. Podem gerar lucros ou não, mas seu grande objetivo é
encontrar soluções para os inúmeros problemas ambientais, sociais, culturais e econômicos
existentes no planeta. O empreendedor social, em geral, carrega a missão de construir um
legado e deixar uma sociedade melhor do que aquela que encontrou.

Esse tipo de empreendimento tem crescido bastante no país, principalmente por conta da
forma de consumir atualmente, cada vez mais pelos meios digitais, o empreendedorismo
digital é denominado dessa maneira porque envolve construir negócios ou projetos a partir
da internet. Alguns exemplos desse modelo são os e-commerces e os infoprodutos, como
cursos virtuais e e-books. Uma das grandes vantagens desse modelo é a acessibilidade, ou
seja, qualquer pessoa com acesso à internet pode se tornar um empreendedor digital.

38
O empreendedorismo das startups é um modelo
temporário de organização projetado para alcançar
um modelo de negócio que possa ser replicado e
que resolva um problema que atinge muitas pessoas
(escalável). O empreendedor de startup tem como
objetivo dar origem a um novo negócio, serviço
ou produto que resolva um problema que muitas
pessoas têm, por meio da inovação e da tecnologia.
Os seus desafios são claros: suprir uma demanda
existente que não vem sendo dada devida atenção;
buscar e apresentar diferenciais competitivos,
conquistar clientes e alcançar a lucratividade e
a produtividade necessárias à manutenção do
empreendimento. Geralmente por criarem uma coisa
que ainda não existe, trabalham em um ambiente
de bastante incerteza, mas ao mesmo tempo, suas
soluções podem ser tão boas que geram uma
demanda reprimida, onde todo mundo precisa delas
e quer passar a usar.

39
ENCERRANDO
A AULA
Após as apresentações dos alunos, pode-se reforçar
as definições de cada tipo de empreendedorismo,
questione sobre o que acharam de cada tipo, qual
gostaram mais? Quais já conheciam? Quais ainda não
conheciam? Quais mais se identificam? Qual foi o mais
difícil de entender? Qual está mais próximo da realidade
deles? Quais eram exemplos de empreendedorismo
de oportunidade e quais de necessidade? Peça
também exemplos de empreendimentos que eles
conhecem e que se encaixam em cada tipo. Reforce
que os tipos podem se misturar e na vida real não estão
organizados de forma estruturada, como apresentado.
Pode existir um empreendedor digital que seja
microempreendedor ou um empreendedor social que
seja informal, por exemplo. Com isso, concluímos que
na vida real pode haver sobreposições entre os tipos de
empreendedorismo.

40
+ + +

AULA 2
REFORÇANDO
OS TIPOS DE
+ EMPREENDE-
+ +
DORISMO

+ + +

+ + +
OBJETIVO:
Identificar diferentes tipos de empreendedorismo, distinguindo
características próprias de cada um.

DURAÇÃO:
45 minutos.

MATERIAIS:
Cronômetro, papel ou lousa para anotar pontuação dos alunos
e impressão de quiz (em anexo caderno de atividades).

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Carteiras encostadas na parede, para deixar grande parte da sala
livre (essa atividade pode ser realizada fora da sala em um local
aberto, pátio ou quadra).

Trabalho em Equipe
Pensamento Crítico
Assertividade

42
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Comece a aula perguntando quais são os tipos de empreendedorismo aprendidos na
última aula. A partir das respostas pode-se retomar as definições e tirar possíveis dúvidas.

SAUDAÇÕES
Convide os jovens a fazerem uma revisão dos
últimos conceitos aprendidos relacionados ao termo
empreendedorismo, para isso diga que será proposto
uma mini gincana, no qual os jovens terão que, em
grupo, participar de um jogo em que vão ter que
provar os conhecimentos adquiridos nas últimas 3
aulas. Diante disso proponha as atividades expostas
em “Na Prática”.

43
QUIZ: QUE FORMA DE EMPREENDER É ESSA?

OBJETIVO MATERIAIS
Verificar o conhecimento acerca da Perguntas impressas do Quiz
definição dos diferentes tipos de (em anexo no caderno de ati-
empreendedorismo existentes vidades), cronômetro e papel
ou lousa, para anotar a pontu-
DURAÇÃO ação dos alunos
35 minutos

DESENVOLVIMENTO:
Diga aos alunos para se dividirem em dois grandes grupos com o mesmo número de
pessoas em cada um. Depois da formação dos grupos, peça para cada grupo escolher
uma cor para representá-los (suponhamos que um grupo tenha escolhido a cor Amarela
e outro grupo a cor Vermelha). Depois dos alunos escolherem as cores de cada grupo, o
professor orienta que o Amarelo se posicione à direita da sala e o Vermelho à esquerda.
Formados os grupos, realiza-se uma gincana de “perguntas e respostas” sobre o tema
“Tipos de Empreendedorismo” para os grupos competirem entre si.

Com o quiz em mãos, o professor deverá ler uma pergunta de cada vez. Os dois grupos
poderão responder a cada pergunta apresentada, sendo que o integrante mais rápido
do grupo e que primeiro bater a mão na carteira (que ficará entre os grupos na frente do
professor), será o primeiro a responder.

Apenas um de cada grupo poderá disputar a chance de responder uma pergunta e após
a ser feita, os grupos terão 30 segundos para discutirem a resposta e somente depois,
ao ouvirem “JÁ”, poderão correr. Cada resposta correta vale 10 pontos, caso o grupo
que bater primeiro, erre a resposta, o outro grupo passa a ter o direito de responder, no
entanto, valendo apenas 5 pontos.

Para começar a competição, o professor pode tirar um “cara ou coroa” para identificar
qual grupo começará primeiro ou “par ou ímpar” entre dois membros, um de cada grupo.

REFLEXÃO DA PRÁTICA:
Terminada a atividade convide os alunos a sentarem em uma roda para discutir. Pode
ser feitas as seguintes perguntas:
- Quais perguntas foram mais difíceis de responder? E as mais fáceis?
- Teve alguma pergunta cuja resposta causou divergência de opiniões dentro do grupo?
- Qual foi? E por que ocorreu a divergência?
- Surgiram dúvidas em relação às definições discutidas na última aula?
- Vocês adotaram alguma estratégia para ganhar o jogo? Qual? Por quê? (Tiveram
pessoas que só correram? Ou ficaram responsáveis por responder?)
ENCERRANDO
A AULA
Após a atividade “Na prática”, retome com os alunos o
conceito de empreendedorismo e as definições trazidas
nessa aula. Finalize a aula ressaltando que “empreender”
pode ser algo feito por diferentes pessoas e em distintos
contextos. Além disso, reconhecer essa diversidade de
possibilidades é importante para dar início ao próximo
módulo que começa na semana seguinte e que tem
como objetivo discutir o que se precisa e é necessário
para empreender.

10

45
+ + +

+ + +

MÓDULO 3
+ + +
PARA
EMPREENDER
PRECISA SER?
Objetivo do módulo: Classificar quais as
competências que são necessárias para
conseguir empreender. Discriminar quais delas
já são desempenhadas no seu cotidiano e quais
precisam ser desenvolvidas.

+ + +
NESSE MÓDULO
SERÃO DESENVOLVIDAS
AS SEGUINTES AULAS:

AULA 1

EMPREENDENDO EM UMA AULA

AULA 2

COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS: O QUE É ISSO?

AULA 3

COMPETÊNCIAS: QUAIS EU POSSO DESENVOLVER?

47
+ + +

AULA 1
EMPREENDENDO
+
EM UMA
+
AULA +

+ + +

+ + +
OBJETIVO:
Identificar, a partir de uma atividade prática, diferentes competências
empreendedoras necessárias para resolver um problema.

DURAÇÃO:
90 minutos

MATERIAIS:
1 pacote de marshmallow ou pelo menos um marshmallow por
grupo, 1 pacote de macarrão espaguete, 1 rolo de barbante, 1 rolo
de fita crepe, 1 tesoura por grupo, 1 cronômetro e 1 trena (opcional).

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Carteiras encostadas na parede, para deixar um grande espaço da
sala livre, ou essa atividade pode ser realizada fora da sala em um
local aberto (pátio ou quadra).

Trabalho em Equipe
Comunicação
Visão Empreendedora
Planejamento a Curto Prazo

49
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Relembre os alunos que a última aula encerrou um módulo e peça que retomem o que
aprenderam nas últimas aulas. Essa é a hora de verificar o conhecimento adquirido pelos
alunos nas últimas atividades.

SAUDAÇÕES
Comente que durante as aulas que já tiveram até
o momento, foram conhecidas diversas maneiras
de empreender, descobriram que dá para ser
empreendedor dentro da organização que você já
trabalha ou por meio de trabalhos sociais e até pela
internet.

E em seguida questione, diante de todas as diferenças,


o que tem em comum entre todas essas iniciativas
que as enquadrem em “empreendedorismo”?

Após os alunos responderem, ressalte que além


de todas essas iniciativas estudadas estarem, de
alguma forma, resolvendo um problema (a venda
de um produto que as pessoas querem comprar
por exemplo ou o desenvolvimento de uma solução
que as pessoas precisam), todas elas também têm
em comum os empreendedores. Acredita-se que
por trás de um empreendimento sempre tem uma
pessoa que o faz acontecer, que chamamos de
“empreendedor”. Com isso, proponha que eles se
sintam empreendedores por um dia. Os convide em
sequência para participarem da atividade “Na Prática”:

50
QUIZ: DESAFIO DA TORRE DE MARSHMALLOW

OBJETIVO MATERIAIS
Criar uma torre com a maior altura 1 pacote de marshmallow ou pelo
possível e que suporte um mar- menos um marshmallow por gru-
shmallow inteiro no seu topo sem po, 1 pacote de macarrão espague-
ela cair. te, 1 rolo de barbante, 1 rolo de fita
crepe, 1 tesoura por grupo, 1 cronô-
DURAÇÃO
50 minutos metro e 1 trena (opcional).

DESENVOLVIMENTO:
Divida a turma em grupos de 5 alunos e os convide a se distribuírem sentados no chão em
pequenos círculos. Explique que a atividade consiste em uma competição entre grupos,
no qual a equipe ganhadora será a que criar a torre mais alta com um Marshmallow no
topo. Instrua que para construir essa torre, os grupos terão um tempo de 17 minutos e
poderão usar apenas os seguintes materiais: 20 espaguetes de macarrão, 1 metro de
barbante, 1 metro de fita crepe, 1 marshmallow e uma tesoura. Além disso, reforce que
para chegar ao objetivo existem algumas regras a serem cumpridas, que são:

1) É proibido cortar o marshmallow, ele tem que estar inteiro e em cima/na ponta da
torre;
2) Ao terminar o tempo da atividade (17 min), todos do grupo têm que estar com as mãos
para cima, não sendo possível segurar parte da torre com as mãos e nem apoiá-la em
alguma parte do corpo;
3) Não é permitido construir a torre em cima de alguma base extra (mesas. cadeiras,
livros).
Depois das explicações, diga que vai distribuir os materiais, porém que os grupos só
poderão começar a atividade assim que for disparado o cronômetro e dado o comando
“valendo”.

Após todos estarem com os materiais em mãos, a atividade começa.

É recomendável que seja avisado para a turma o tempo faltante durante a construção
da torre, principalmente nos 5 minutos finais e posteriormente no último minuto. Se for
possível, pode-se utilizar a estratégia de projetar um cronômetro.

Após o fim dos 17 minutos, deve-se finalizar a atividade e medir as torres para ver qual
é a mais alta (pode ser utilizado uma trena ou pedaço de barbante). No final, o grupo
ganhador pode como recompensa ganhar um marshmallow para cada participante.

REFLEXÃO DA PRÁTICA:
Terminada a atividade, convide os alunos a sentarem em uma roda para discutir. Pode
ser feitas as seguintes perguntas:

-Como se sentiram na montagem da torre?


-Foi fácil ou difícil?
-Quais foram os principais desafios? Por quê?
-O que aprenderam? O que fariam diferente?
-Que tipo de habilidades precisaram para conseguir fazer para cumprir a
tarefa? E quais as habilidades faltaram?

O professor pode ajudar falando também sobre as seguintes competências: Liderança,


trabalho em equipe, criatividade, planejamento, controle e acompanhamento, liderança,
maturidade emocional, foco no processo, foco no resultado, comunicação.
ENCERRANDO
A AULA
Utilize a metáfora de atividade “Na prática” para falar
sobre como é empreender, convide os alunos a
pensarem:

Assim como vocês tinham um problema improvável


e inusitado para resolver, que era construir uma torre
de macarrão e colocar um marshmallow no topo,
os empreendedores também geralmente se propõe
a resolver um problema que parece muitas vezes
quase impossível e é daí que surgem muitos dos
empreendimentos inovadores que conhecemos, inclusive
o ato de empreender demanda que a todo momento
estejamos resolvendo desafios, obstáculos e executando
as atividades que no primeiro momento não enxergamos
como atividades prováveis ou possíveis de serem feitas.

Para construir a torre e cumprir a atividade, além dos


recursos materiais (fita crepe, macarrão, barbante, etc),
também foram necessárias um conjunto de outras ações
que dependiam do grupo e não necessariamente dos
materiais.

Ações como trabalhar em equipe, ser criativo, se


comunicar, fazer um planejamento, lidar com as emoções,
fazer a gestão do processo e do resultado, são chamadas
de competências empreendedoras, são conhecimentos,
habilidades e atitudes que ajudam uma pessoa a
construir e gerir um empreendimento, assim como vocês
precisaram dessas competências ao longo da atividade
para construir as suas torres, todos os empreendedores
independentemente do tipo de empreendimento, também
precisam delas em suas jornadas empreendedoras.
Nas próximas aulas vamos conhecer melhor cada uma
dessas competências.

53
+ + +

AULA 2
COMPETÊNCIAS
EMPREENDEDORAS:
+ O QUE +É ISSO? +

+ + +

+ + +
OBJETIVO:
Definir as competências empreendedoras existentes, identificar quais
delas possuem ou podem possuir, diferenciando-as e identificando-as
em diferentes situações.

DURAÇÃO:
90 minutos

MATERIAIS:

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Carteiras em semicírculo para proporcionar um diálogo.

Comunicação
Assertividade
Empatia
Trabalho em Equipe

55
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Na última aula experimentaram empreender ao construir uma torre de macarrão.
Questione o que lembram da aula e se recordam das competências empreendedoras.

Pergunte o que são e quais competências eles se recordam de ter usado para construir a
torre e quais faltaram dentro de cada grupo.

SAUDAÇÕES
Inicie uma discussão com os alunos sobre o que
são competências empreendedoras, destaque
que elas nos auxiliam na jornada empreendedora
e serão apresentadas ao longo dessa aula e das
próximas. Pode também ser retomado neste
momento as histórias dos cases da aula 3 e perguntar
aos jovens quais competências (conhecimentos,
habilidades e atitudes) foram necessários para
que cada empreendedor pudesse realizar seu
empreendimento.

Em seguida, provoque uma discussão dialogada a


partir do “conceituando” sobre empreendedorismo e
as competências empreendedoras.

56
CONCEITUANDO
Como já apresentado aos alunos, o termo empreendedorismo pode ser definido de
várias maneiras. Nesta aula, ensine que também existem definições a quem pratica o
empreendedorismo, ou seja, o empreendedor:

“Empreendedor é o indivíduo responsável pelo processo de criação de novos valores (uma


inovação e/ou uma nova organização)”

“Empreendedor é aquele que promove a inovação sendo essa radical pois destrói e substitui
sistemas de produção vigentes “

“Empreendedor é aquele que faz acontecer com motivação e criatividade”.

Dizemos então que o empreendedor é quem imagina, desenvolve e realiza o empreendimento


e por esta razão é importante estudar quais habilidades e atitudes tornam alguém um
“empreendedor”.

Questione os alunos “O que vocês acham, qualquer um pode empreender, qualquer um pode
ser um empreendedor?”

Após ouví-los, responda com mais uma pergunta, buscando despertar o interesse e a
curiosidade da turma:
“Para vocês, podem existir empreendedores natos, que nascem com o dom de empreender, ou
as pessoas podem se tornar empreendedoras ao longo da vida?“

E após ouvir as respostas, diga que para ser um empreendedor de sucesso “talento” não basta,
é necessário estruturar competências que fazem seu trabalho se tornar único e isso acontece a
partir do conhecimento adquirido sobre o assunto e do desenvolvimento pessoal e profissional.
Com isso, pode-se concluir que todos podem desenvolver habilidades e características de um
empreendedor e que não nascemos prontos para empreender.

Então pergunte aos alunos se imaginam quais são essas competências essenciais que podem
ser desenvolvidas para facilitar a jornada empreendedora e então explique:

Na ciência, muitos pesquisadores vêm tentando definir quais são as competências que precisam
ser desenvolvidas para empreender, existem opiniões diferentes a respeito do assunto, mas
serão apresentadas para vocês 11 “competências empreendedoras” que geralmente aparecem
na literatura como consenso e que com certeza vocês vão se identificar com alguma delas.

Primeiramente, é necessário entender que uma competência é um conjunto de conhecimentos,


habilidades e atitudes. Então vamos lá:

57
Capacidade de traçar rotas a fim de gerar o melhor
caminho ou o caminho mais estratégico para a linha
de chegada. Definir objetivos e quais os meios para
alcançá-los, determinando antecipadamente tudo
o que é necessário para atingi-lo, seja um plano, os
recursos a serem utilizados, a equipe necessária e até
mesmo a ordenação das prioridades.

Sua maior preocupação é com o “como”, quer fazer


a coisa certa e da melhor maneira possível, aqui não
existe o “fazer de qualquer jeito” ou “feito é melhor que
perfeito”, ele respeita o planejamento, as diretrizes e
os utilizam para entregar qualidade no processo.

Ao contrário do “tira do papel”, quem possui essa


competência está mais preocupado com o resultado
do que com o processo, o importante é ganhar o
jogo, não importa de quem foi a posse de bola! Tem
facilidade com metas, porque o seu foco é atingi-la
buscando entregar um resultado de qualidade.

Tem como característica marcante se preocupar


com a disponibilidade, organização e otimização dos
recursos físicos e financeiros. É quem põe a mão no
dinheiro e o gerencia para que nada saia do orçamento
ou para que a equipe não tenha imprevistos.

58
É a capacidade de não ser tirado do sério com
facilidade, saber lidar com as emoções, com trabalho
sob pressão e em muitos momentos ser apoio
e suporte emocional da equipe, motivando-a e
jogando-a para cima!

Está sempre em busca de conhecimento e se envolve


facilmente com pesquisas. Adora compartilhar o
que aprendeu, trazendo sempre novas práticas e
otimizações.

Capacidade de pensar no grupo, de enxergar a


força do trabalho em equipe e mostrar-se sempre
disponível para ajudar com tudo o que estiver ao seu
alcance.

Capacidade de gerir a equipe de forma a identificar


as melhores atividades para cada pessoa, otimizando
o trabalho de todos e fazendo com que sintam-se
motivados e reconhecidos dentro de sua função. Se
existe um objetivo a ser alcançado, o líder precisa
ser aquele que consegue guiar a todos, não apenas
mandar, mas direcionar sua equipe, apoiando-a em
diferentes situações.

59
É capaz de receber e transmitir informações de forma
clara e assertiva, preza pelo bom diálogo e pela
troca de informações durante os processos. Essa
competência inclui várias outras habilidades, como a
comunicação eficaz, o bom relacionamento, a mente
aberta a novas ideias.

Capacidade de identificar cenários e ideias novas,


considerando as oportunidades e ameaças e buscar
soluções inovadoras para problemas do âmbito
pessoal e social.

Capacidade de acompanhar e assegurar de que tudo esteja funcionando de acordo com o


planejamento. A característica de atenção aos detalhes e não deixar nada para trás, em busca
de cumprir as normas e o escopo, representa essa competência.

Diante dessas competências é importante identificar que onde outros vêem CRISE,
PROBLEMAS, CAOS, CONFUSÃO, o empreendedor enxerga OPORTUNIDADE e ter essas
habilidades e atitudes faz toda a diferença na construção do seu projeto.

Também é importante ressaltar que muitos empreendedores, mesmo tendo várias dessas
competências, podem desconhecer o que são as competências empreendedoras.

Da mesma forma que, mesmo que NÃO tenhamos TODAS elas, podemos desenvolvê-las
e nos unir às pessoas com competências e habilidades distintas das nossas. Diante dessa
apresentação inicial sobre as competências, convide os jovens para a atividade “Na prática”.

60
QUIZ: JOGO DOS PODERES EMPREENDEDORES

OBJETIVO MATERIAIS
Relacionar as competências em- Posters (em anexo caderno de ati-
preendedoras identificando-as vidades), um conjunto de game
em atitudes e ações humanas co- card (em anexo caderno de ativida-
muns entre os empreendedores. des) por grupo.
DURAÇÃO
45 minutos

DESENVOLVIMENTO:
Divida os alunos em grupos de 5. Enquanto eles se organizam em pequenas rodas
pela sala, colar os pôsteres na lousa (cada pôster ilustra uma imagem que remete a
uma competência empreendedora). Posteriormente, distribua para cada grupo um
game card, este é composto por um conjunto de cartas que contém definições das
competências empreendedoras apresentadas anteriormente.

O jogo consiste em propor aos alunos diferentes rodadas de adivinhação, no qual em


cada rodada ele deve falar em voz alta o nome de uma competência e os alunos devem
escolher a carta que a define corretamente e colá-la na lousa embaixo da ilustração do
pôster que seja correspondente.

O grupo que acertar a rodada ganha 10 pontos, se houver mais de um grupo a acertar,
ganha aquele que for mais rápido. Antes de começar uma nova rodada, os alunos que
erraram devem descolar da lousa a carta que tinham colocado anteriormente, voltá-la
para o monte de cartas da sua equipe e colar a carta correta. O jogo termina quando
acabarem as competências e todas as cartas estiverem associadas a um pôster colado
na lousa. Ao final, soma-se os pontos de todas as rodadas e existirá um grupo ganhador.
REFLEXÃO DA PRÁTICA:
Terminada a atividade é importante propor
uma roda e discutir com os alunos sobre o
jogo e as definições de cada competência
empreendedora. Além disso, é importante
tirar todas as dúvidas que podem ter surgido
durante a atividade. E posteriormente
disparar as seguintes perguntas para uma
discussão:

- Qual foi mais difícil de identificar? Por quê?


E a mais fácil?
- Vocês sabiam a definição de todas as
competências antes do jogo?
- E que competências que vocês tiveram
que usar para ganhar o jogo? E quais delas
faltaram?
- Será que essas competências servem só
para quem tem um empreendimento? Ou
também podem ser usadas no dia-a-dia?
- Quais dessas competências vocês acham
que usam no dia-a-dia? Quais acham que
nunca usaram?
- Deem exemplos cotidianos no qual você
ou pessoas que você conhece usa cada
uma dessas competências.
ENCERRANDO
A AULA
Para encerrar a aula, questione novamente os alunos
se é necessário ter todas essas competências para
empreender ou se quem já tem essas competências,
já é um empreendedor. Dessa forma é importante
ressaltar que de início podemos não ter todas, e que
por isso é importante nos unirmos com outras pessoas,
ou seja, empreender sozinho é desafiador e buscar
ajuda pode ser necessário, pois se unir à pessoas que
tenham competências complementares contribuirá
significativamente para seus empreendimentos,
ao mesmo tempo, esclareça que muitas dessas
competências fazem parte do cotidiano das pessoas e
são utilizadas em outras realidades/situações distintas
ao empreendedorismo e o que as tornam competências
empreendedoras é serem utilizadas em conjunto e para
construção de um empreendimento.

63
+ + +

AULA 3
QUE COMPETÊN-
CIAS EU TENHO?
+ + EU POSSO +
E QUAIS
DESENVOLVER?

+ + +

+ + +
OBJETIVO:
Identificar as competências empreendedoras presentes em empreen-
dedores. Criar um debate sobre a importância dessas competências
nesse cenário e como é possível percebê-las no cotidiano. Identificar e
classificar as suas próprias competências empreendedoras e reconhe-
cer quais podem ser desenvolvidas.

DURAÇÃO:
90 minutos

MATERIAIS:
Caderno ou algumas folha sulfite por aluno, impressão de material
do caderno de atividades e caneta/lápis para cada aluno

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Carteiras em semicírculo para proporcionar um diálogo.

Visão Empreendedora
Empatia
Comunicação

65
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Na última aula os alunos descobriram as definições de cada competência empreendedora.
Questione-os se eles se lembram quais são as competências e o que significa cada uma
delas.

SAUDAÇÕES
Inicie a aula retomando as competências e diga
que chegou a hora de conhecer na prática como os
empreendedores utilizam as competências em sua
jornada cotidiana.

Com as carteiras em semicírculo, convide os alunos


a assistirem alguns vídeos (sugestão de vídeos em
caderno de atividades) que apreentem a história de
alguns empreendedores, suas ideias e quais dores
eles sanam e o que eles fizeram e fazem para fundar
e manter seus empreendimentos.

CONCEITUANDO
Antes de começar a exibição, instrua que durante o vídeo todos se atentem às histórias, pois ao
final serão feitas algumas perguntas, como:

a) Qual o nome do empreendimento?


b) Como funciona o empreendimento?
c) Ele se encaixa em algum tipo de empreendedorismo, estudado nas últimas aulas?
d) E o nome do empreendedor?
e) Quais as competências empreendedoras que o empreendedor apresenta no vídeo?
f) Qual competência ele precisou desenvolver para que o seu empreendimento funcionasse?

Após assistir e comentar os vídeos, convide os jovens a iniciar uma roda de discussão, fechando
o semicírculo em que estarão.

Mais uma vez, questione:


a) Qual história gostaram mais?
b) Com quais empreendedores se identificaram? Qual foi mais inspirador?
c) E em relação às competências, conseguiram enxergá-las nos vídeos? Quais?
e) Os empreendedores precisaram desenvolvê-las em suas jornadas empreendedoras?
Quais competências foram fundamentais para a história de cada um deles?

66
Após a discussão, diga aos alunos que agora
que sabem sobre as competências, chegou o
momento de também desenvolvê-las, afinal
a terceira etapa da matéria consiste em todos
empreenderem algo. Dessa maneira, será
necessário que tenham minimamente algumas
competências empreendedoras. Mais que isso,
as competências podem ajudá-los em outras
instâncias da vida além de para empreender.

Assim, para desenvolvê-las cotidianamente é


preciso primeiro identificar quais competências
cada um tem e quais gostariam de ter. Então
proponha aos jovens que olhem para as
definições das mesmas e façam uma análise
pessoal, quais delas eu tenho? Quais delas eu
poderia desenvolver? Quais delas eu quero
muito desenvolver? A partir da análise, convide-
os a preencher o questionário de competências
(em anexo no caderno de atividades).

Depois de preencherem, os convide a formar


duplas e peça para que o colega escreva quais
as competências mais presentes no outro
colega, entre todas as que aprendeu.

Depois de conversarem entre eles, discutindo os


questionários uns dos outros, cada um receberá o
seu próprio com duas colunas para preencherem
a partir da análise pessoal que fizeram e do
exercício com o colega. Na primeira, preencherão
com as suas próprias competências, aquelas que
já possuem e enxergam, na segunda colocarão
as competências a desenvolver.

Dê 5 minutos para que preencham e depois


disso, peça para que ao menos 5 alunos
compartilhem e por fim, diga para que levem o
questionário para casa e dê encaminhamento
para o encerramento da aula.

67
ENCERRANDO
A AULA
Comente com os alunos que as competências podem
estar presentes em nós sem que as percebemos, ao
mesmo tempo o oposto pode ocorrer, nos acharmos
bom em algo e os outros não reconhecerem.

“Eu, por exemplo, posso achar que apenas trabalho bem


em equipe, mas também possuo uma comunicação
assertiva e clara ou quem sabe sou inovador, pois
sem perceber, assumo novos desafios fazendo tarefas
cotidianas em casa, na escola e em outros lugares que
frequentamos.

Mas ainda assim, podemos potencializar o


desenvolvimento dessas competências aceitando e nos
colocando em situações que nos desafiam e possibilitam
nos desenvolver. Por exemplo, se eu quero aprender a falar
em público, é necessário que eu comece a me colocar
em situações que treine falar para mais pessoas, posso
pedir para meus colegas e professores me ajudarem e
quando tiver um trabalho para apresentar para a turma,
eles podem me incentivar a apresentar ou posso pedir
ajuda para meus colegas me auxiliarem no ensaio de
uma apresentação.”

Então por último, sugira que eles se desafiem e que


coloquem a atividade de desenvolver as competências
que colocaram como “competências a desenvolver”
como meta.

68
+ + +

+ + +

+ MÓDULO 4 + +

QUE
COMPETÊNCIAS
EU TENHO?
Objetivo do módulo: Discriminar as competências
empreendedoras por meio de atividades práticas
e listar possíveis maneiras de desenvolvê-las no
dia-a-dia
+ + +
NESSE MÓDULO
SERÃO DESENVOLVIDAS
AS SEGUINTES AULAS:

AULA 1

PARA EMPREENDER PRECISO DE COMUNICAÇÃO

AULA 2

PARA EMPREENDER PRECISO DE LIDERANÇA E CONTROLE


E ACOMPANHAMENTO

AULA 3

PARA EMPREENDER PRECISO DE FOCO NO RESULTADO


E NO PROCESSO

70
+ + +

AULA 1
PARA
EMPREENDER
+ PRECISO
+ DE +
COMUNICAÇÃO

+ + +

+ + +
OBJETIVO:
Resolver um desafio a partir da competência: comunicação, identificar
a importância dessa competência no cenário empreendedor e traçar
ações para o desenvolvimento da mesma no seu cotidiano.

DURAÇÃO:
45 minutos

MATERIAIS:
Caderno ou folha sulfite e caneta.

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Carteiras organizadas em semicírculo para proporcionar um diálogo

Comunicação
Assertividade
Visão Empreendedora

72
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Na última aula os alunos se depararam com vídeos de casos reais de empreendedores e
os analisaram através das definições das competências empreendedoras. Questione os
jovens sobre quais são as competências e se recordam quais gostariam de desenvolver.

SAUDAÇÕES
Comunique aos jovens que a forma de reconhecer que a
pessoa tem uma competência ou não, está em observar
a maneira que se comporta para conseguir entregar
uma determinada tarefa, ou seja, se a pessoa diz ter a
competência “trabalho em equipe”, deve conseguir em
determinada tarefa trabalhar em equipe para atingir um
resultado determinado. Diante dessa realidade, para
desenvolver algumas competências, é necessário realizar
atividades que nos ajudem a ter que agir de determinada
maneira. Assim, as próximas aulas serão recheadas de
atividades para que todos se desenvolvam e ao mesmo
tempo, reflitam sobre situações cotidianas que possam
aperfeiçoar as competências que precisam.

CONCEITUANDO
Sinalize aos jovens que a primeira competência que
será discutida nessa aula é a de comunicação. Comece
perguntando o que é saber se comunicar? Questione
se existe apenas uma forma de comunicação e quais as
vantagens de saber se comunicar em diferentes contextos.
Depois de uma conversa inicial sobre as necessidades
diárias de comunicar coisas e de se comunicar com pessoas,
retome a definição da competência empreendedora “quem
tem boca vaia Roma” e posteriormente os convide para a
atividade “Na Prática”.

Definição: É capaz de receber e transmitir informações de


forma clara e assertiva, preza pelo bom diálogo e pela troca
de informações durante os processos. Essa competência
inclui várias outras habilidades como a comunicação eficaz,
o bom relacionamento, a mente aberta a novas ideias.

73
NA PRÁTICA: CAIXEIRO VIAJANTE

OBJETIVO MATERIAIS
Treinar de forma descontraída Não necessita
como comunicar uma ideia de
forma clara, assertiva e atraente DURAÇÃO
para uma platéia 30 minutos

DESENVOLVIMENTO:
O professor fala para os alunos que devem se imaginar como alguém que está em
uma feira pública e precisa vender alguma coisa para os consumidores que estão
frequentando essa feira. Essa “coisa” pode ser um produto, serviço ou até mesmo uma
ideia.

Explicado essa primeira parte, convide os alunos a se dividirem em grupos de 4 ou


5 alunos, neles os participantes devem escolher o que vão vender, após escolhido,
cada aluno deve expor um discurso para os demais colegas do grupo para convencê-
los a comprar o seu produto. Para isso, cada um terá o tempo máximo de 2 minutos
para apresentar seus argumentos e convencer os colegas (nesse momento vale tudo:
gesticular, encenar, imitar algum personagem).

Depois de todos fazerem suas “vendas” o grupo deve discutir e avaliar quem foi o
melhor vendedor, nesse momento o professor deve orientar os alunos a reconhecerem
os pontos fortes e os pontos a melhorar de cada apresentação, inclusive daquela que
foi a apresentação vencedora.

Após esse momento, a classe deve se reunir em uma plenária e o melhor vendedor de
cada grupo deverá apresentar-se para a classe inteira também no tempo de 2 minutos.
REFLEXÃO DA PRÁTICA:
Após as apresentações, o professor pode discutir com os alunos o que sentiram durante
a atividade. Algumas perguntas disparadoras podem ser:

O que acharam de fazer a atividade?


O que foi mais fácil ou difícil?
Como se sentiram em ter que falar em público?
Por que é tão difícil se expor?
Como se sentiram ao avaliar os colegas? E ao serem avaliados?
O que vocês aprenderam apresentando e observando os colegas?
Será que existem maneiras que nos ajudem/facilite a falar em público?

(Nessa parte o professor pode dar dicas de oratória, como olhar para um ponto fixo
no fundo da sala, segurar as mãos na frente do corpo, entre outras e também discutir
o quanto escrever um roteiro de apresentação facilita na hora de apresentar e sobre
a importância de praticar e falar em público, pois além de aprimorar cada vez mais a
comunicação, as apresentações serão cada vez melhores)
ENCERRANDO
A AULA
Ao encerrar é o momento de atrelar a competência
de comunicação com as práticas empreendedoras e
também com o cotidiano dos jovens. Assim questione:
Com essa atividade, foi necessário saber se comunicar?
Além de saber vender bem sua ideia, que mais foi
necessário para se sair bem nessa tarefa? Será que se
comunicar é só saber falar bem? Por que não é? Quais
outros atributos são necessários além de se expressar
verbalmente? Vocês conseguem atrelar a atividade
com a competência de “comunicação”? Por quê? Em
que outras situações usar essas competências poderia
ser útil? Consegue pensar em algum exemplo do dia-
a-dia?

Vamos pensar em situações na próxima semana


que vocês poderiam tentar desenvolver essas
competências? Peça que os jovens anotem no seu
caderno de uma à três situações no qual precisaram
se comunicar e após listarem, peça para que escolham
qual das três ações que farão durante a semana
para se desenvolverem nessa competência. Encerre
questionando ainda o porquê acham que essa
competência é importante para um empreendedor
e em quais momentos do gerenciamento do seu
empreendimento seria necessário utilizá-la.

76
+ + +

AULA 2
PARA EMPRE-
ENDER PRECISO
+ DE LIDERANÇA,
+ +
CONTROLE E
ACOMPANHA-
MENTO

+ + +

+ + +
OBJETIVO:
Resolver um desafio a partir das competências: “Liderança” e “Controle
e acompanhamento”, identificar a importância dessas competências
no cenário empreendedor e traçar ações para o desenvolvimento das
mesmas no seu cotidiano.

DURAÇÃO:
90 minutos

MATERIAIS:
fósforos, impressão de gabarito para a atividade “Na Prática” (em
anexo em Caderno de atividades)

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Sala em uma disposição no qual os alunos possam se organizar em
pequenos grupos. Os alunos podem se sentar em pequenas rodas
no chão, ou juntar as carteiras em grupinhos.

Trabalho em Equipe
Comunicação
Assertividade
Planejamento a Curto Prazo

78
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Na última aula foi discutido sobre a competência empreendedora de comunicação.
Questione os jovens sobre a definição dessa competência e pergunte se conseguiram
realizar os desafios propostos na última semana. Como foi se colocarem em situações
no qual precisaram comunicar algo para outras pessoas? Foi mais fácil ou difícil do que
imaginaram inicialmente?

SAUDAÇÕES
Relembre os jovens que continuarão a discutir as
competências empreendedoras e que nessa aula serão
trabalhadas duas competências novas: a “liderança” e o
“controle e acompanhamento”. Comece perguntando o
que acham que é cada competência. O que é ser líder?
Que exemplos de pessoas que conseguem pensar que
são consideradas bons líderes? Por quê? Qual a diferença
entre mandar e liderar? Dá para ser chefe sem ser líder? E
ao contrário? E porque devemos controlar e acompanhar
as atividades das quais estamos envolvidos? Quais as
vantagens de fazer isso?

CONCEITUANDO
Depois da conversa inicial proposta em saudações retome
as definições das duas competências: “Liderança” e
“Controle e Acompanhamento” e posteriormente convide
os jovens para a atividade “Na Prática”.

79
Capacidade de acompanhar e assegurar de que tudo
esteja funcionando de acordo com o planejamento. A
característica de atenção aos detalhes e não deixar
nada para trás, em busca de cumprir as normas e o
escopo, representa essa competência.

Diante dessas competências é importante identificar


que onde outros vêem CRISE, PROBLEMAS,
CAOS, CONFUSÃO. O empreendedor enxerga
OPORTUNIDADE e ter essas habilidades e atitudes
facilita na hora de captar as oportunidades.

Também é importante ressaltar que muitos


empreendedores, mesmo tendo várias dessas
competências, podem desconhecer o que são as
competências empreendedoras.

Da mesma forma que, mesmo que não tenhamos


TODAS elas, podemos desenvolvê-las e nos unir às
pessoas com competências e habilidades distintas
das nossas.

Capacidade de gerir a equipe de forma a identificar


as melhores atividades para cada pessoa, otimizando
o trabalho de todos e fazendo com que sintam-se
motivados e reconhecidos dentro de sua função. Se
existe um objetivo a ser alcançado, o líder precisa
ser aquele que consegue guiar a todos, não apenas
mandar, mas direcionar sua equipe, apoiando-a em
diferentes situações.

Diante dessa apresentação inicial sobre as


competências, convide os jovens para a atividade “Na
prática”.

80
NA PRÁTICA: A CHAMA DA LIDERANÇA

OBJETIVO MATERIAIS
Resolver um desafio a partir das com- 35 fósforos para cada grupo de
petências: liderança, controle e acom- alunos. Figura a ser replicada pe-
panhamento, identificar a importância los alunos (caderno de atividades)
dessas competências no cenário empre-
endedor e traçar ações para o desenvol- DURAÇÃO
vimento das mesmas no seu cotidiano. 50 minutos

DESENVOLVIMENTO:
Explique aos alunos que essa é uma atividade que exigirá um nível de atenção maior
dos participantes, assim como a colaboração de cada um e o trabalho em equipe. A
apresentação da atividade deverá ser feita de forma que estimule os participantes a
serem líderes e reforce a importância da equipe para a execução da mesma.

“Nessa prática, tanto o líder quanto os demais membros terão que trabalhar juntos e
só vão conseguir realizá-la se o líder souber conduzir e a equipe souber receber as
instruções e efetivar as ações corretamente”.

Os alunos poderão ser separados em grupos de 04 pessoas, no máximo, e para cada


grupo será entregue uma quantidade de 35 fósforos. É importante que não seja entregue
com a caixa, para que seja seguro!

Após cada grupo ter os seus próprios fósforos, inicie a explicação da atividade:

O grupo, formado por 04 pessoas, terá que indicar UM líder, esse líder, como sugere a
definição, guiará sua equipe até o resultado esperado.

Após escolherem, chame todos os líderes e mostre uma foto de uma figura geométrica
feita com fósforos e cada líder terá 30 segundos para olhá-la, assim como todos os seus
detalhes. A instrução é para que tentem fixar todos os detalhes possíveis, pois o grupo
terá que fazer uma réplica, também com fósforos.

Após isso, o líder voltará ao seu grupo, porém ele NÃO poderá colocar suas mãos
nos fósforos, ele apenas dará as instruções para sua equipe para que os 03 demais
integrantes cheguem ao mesmo resultado que foi mostrado a ele no início da atividade.
Caso o líder quebre a regra, seu time poderá ser desclassificado.

Se o líder não se lembrar de algum detalhe, ele é o único que terá a chance de vê-la
novamente, por apenas 05 segundos. Esse benefício será dado apenas 03 vezes e após
a terceira, não poderão ver a imagem original novamente e terão que finalizar com o que
restar das lembranças do líder.
Quando um grupo completar e achar que a cópia está fidedigna a original, interrompa a
atividade e verifique a combinação de fósforos deste grupo. Caso esteja certa, a atividade
será encerrada, se não, dê mais 05 minutos para que tentem novamente.

Acabando esses 05 minutos, olhe o resultado de todos os grupos e veja se algum deles
alcançou o objetivo esperado. Se sim, parabenize-os e mostre para todas as equipes
para que comparem, se não, mostre a imagem original e os líderes, assim como os
demais integrantes, poderão ver o que erraram e acertaram.

REFLEXÃO DA PRÁTICA:
Depois do resultado exposto, deverão formar uma roda de discussão para analisarem a
assertividade do líder e a colaboração dos demais.

Aqui estão algumas perguntas disparadoras para orientar esse discussão:

a) O líder soube liderar a equipe? Ou seja, ele compartilhou o seu conhecimento de uma
forma clara, simples e assertiva?

b) O que faltou ao líder, como ele poderia melhorar os resultados da sua equipe? (Essa
pergunta deve ser feita para a equipe e para o próprio líder)

c) Como foi o desempenho da equipe? Souberam ouvir e seguir as diretrizes do líder?

d) Conseguiram se organizar, trabalhar com os outros colegas, dividir as ações para que
todos participassem do exercício e colaborassem no mesmo?

e) Qual foi a parte mais difícil?

f) Quais as principais competências utilizadas nessa atividade além das estudadas hoje?
ENCERRANDO
A AULA
Ao encerrar é o momento de atrelar as competências:
“liderança” e “controle e acompanhamento” com as
práticas empreendedoras e também com o cotidiano
dos jovens. Assim questione: Com essa atividade,
foi necessário ter liderança? Após ouvir os jovens
ressalte que tanto o líder quanto a equipe possuíam
papéis essenciais na missão proposta “Na prática” e
qualquer interpretação errada ou qualquer comando
errado poderia dar vantagem ao grupo concorrente,
fazendo com que ganhasse a atividade. Reforce que as
competências não são apenas para que empreendem,
como nesse jogo, elas podem ser úteis em vários
ambientes e em várias atividades na vida, por isso é
de extrema relevância que as desenvolvam. Em que
outras situações usar essa competência poderia ser
útil? Consegue pensar em algum exemplo do dia-a-dia?
Convide os alunos a pensar em situações que poderiam
tentar desenvolver as duas competências. Peça que
anotem no seu caderno de uma à três situações no
qual precisaram/poderiam ser líderes e realizaram o
controle e acompanhamento de alguma atividade e
uma à três ações que farão durante a semana buscando
se desenvolver nessas competências.

83
+ + +

AULA 3
FOCA NA VACA:
FOCO NO PROCESSO
+ E NO RESULTADO
+ +

+ + +

+ + +
OBJETIVO:
Resolver um desafio a partir das competências: foco no processo e
foco no resultado, identificar a importância dessas competências no
cenário empreendedor e traçar ações para o desenvolvimento das
mesmas no seu cotidiano.

DURAÇÃO:
90 minutos

MATERIAIS:
Cola, tesoura, lápis de cor, canetinha, cartolinas ou folha sulfite.

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Sala em uma disposição no qual os alunos possam se organizar em
pequenos grupos. Os alunos podem se sentar em pequenas rodas
no chão, ou juntar as carteiras em grupinhos.

Comunicação, Assertividade
Planejamento a Curto Prazo
Trabalho em Equipe

85
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Na última aula foi discutido sobre as competências empreendedoras “liderança” e “controle
e acompanhamento”. Questione os jovens sobre as definições dessas competências e
pergunte se conseguiram realizar os desafios propostos na última semana. Como foi se
colocarem em situações no qual precisaram ser líderes? Foi mais fácil ou difícil do que
imaginaram inicialmente? Como foi se atentar para o acompanhamento de uma tarefa
que tinha que cumprir? Foi mais fácil ou difícil do que imaginaram inicialmente?

SAUDAÇÕES
Comece a aula dizendo aos jovens que já trabalharam
competências importantes até o momento, como se
comunicar, liderar e acompanhar os processos. E que nessa
aula serão conhecidas novas competências que alinhadas
às outras já conhecidas, ajudarão os alunos a realizarem o
desafio da atividade “Na Prática” proposto nesta aula.

CONCEITUANDO
Sinalize aos jovens que será discutido nessa aula as
competências: foco no processo e foco no resultado.
Questione se eles lembram o que é cada uma. Pergunte
para que serve cada uma delas e se conseguem pensar
em exemplos práticos no qual é necessário usá-las.
Retome suas definições e posteriormente os convide para
a atividade “Na Prática”

86
Sua maior preocupação é com o “como”, quer fazer
a coisa certa e da melhor maneira possível, aqui não
existe o “fazer de qualquer jeito” ou “feito é melhor
que perfeito”. Respeita o planejamento, as diretrizes e
os utilizam para entregar qualidade no processo.

Ao contrário do “tira do papel”, quem possui essa


competência está mais preocupado com o resultado
do que com o processo, o importante é ganhar o
jogo, não importa de quem foi a posse de bola! Tem
facilidade com metas, porque o seu foco é atingi-la
buscando entregar um resultado de qualidade.

87
NA PRÁTICA: A VACA COMPARTILHADA

OBJETIVO MATERIAIS
Construção do desenho Uma folha sulfite ou pedaços de cartolina
de uma vaca através do por aluno, materiais gráficos, uma tesoura
trabalho em equipe. e uma cola por grupo e um conjunto de fi-
chas (em anexos) com nomes dos pedaços
de uma vaca: cabeça, rabo, perna da frente
DURAÇÃO direita, perna da frente esquerda, perna de
50 minutos trás direita, perna de trás esquerda, barriga,
manchas, por grupo.

DESENVOLVIMENTO:
Divida a sala em grupos de 8 pessoas cada e entregue um conjunto de fichas para cada
equipe, sendo que cada aluno deve pegar uma ficha. Sem dar uma instrução específica,
convide os alunos a desenharem em uma folha sulfite o que está escrito na sua ficha
durante o tempo aproximado de 8 minutos.
Terminado o tempo, instrua os alunos que o tempo de desenhar acabou, que agora eles
devem recortar os seus desenhos, após todos os grupos recortarem, convide os alunos
de cada equipe a juntarem as partes desenhadas por cada integrante tentando montar
uma vaca (geralmente a vaca não fica parecendo uma vaca, já que ela costuma ficar
bastante disforme).

Parte 2
Depois de discutirem sobre a primeira experiência de construir a vaca sem planejamento
e comunicação, proponha-se que seja novamente feita outra vaca, dessa vez deve deixar
claro que o objetivo da atividade é os alunos desenhem uma vaca “uniforme”, para isso
as regras continuam as mesmas e cada jovem da equipe tem a obrigação de desenhar
o que estava escrito na sua ficha inicial, mas dessa vez, cada grupo pode conversar e
desenvolver as melhores estratégias para construir o novo desenho do animal.

REFLEXÃO DA PRÁTICA:
Depois da atividade, os alunos podem ser convidados para uma discussão em roda.
Como foi montar a vaca? O que caladou da primeira experiência para a segunda? Qual
foi mais difícil? Por quê? Quais foram os desafios enfrentados na primeira experiência?
E na segunda? O que precisaram fazer para a segunda experiência funcionar? O que
faltou na primeira? E quais foram as competências necessárias para que tivessem um
bom resultado?
ENCERRANDO
A AULA
Ao encerrar, é o momento de atrelar as competências
foco no processo e foco no resultado com as práticas
empreendedoras e também com o cotidiano dos jovens.
Assim questione: Com essa atividade, foi necessário ter
foco no processo e/ou no resultado? Por quê? Será
que é mais fácil executar uma ação quando temos um
objetivo estipulado?

Na primeira experiência vocês sabiam que o objetivo


era construir uma vaca? Será que identificar qual era o
resultado esperado ajudou? Em que outras situações
usar essas competências poderia ser útil? Consegue
pensar em algum exemplo do dia-a-dia?

Convide os alunos a pensar em situações que poderiam


tentar desenvolver essas competências. Peça que
anotem no seu caderno de uma à três situações no qual
precisaram de foco no processo e no resultado e uma
à três ações que farão durante a semana buscando se
desenvolver nessas competências.

89
+ + +

AULA 4
PARA EMPREENDER
PRECISO DE
+ MATURIDADE
+ +
E PLANEJAMENTO

+ + +

+ + +
OBJETIVO:
Resolver um desafio a partir das competências: “maturidade emocio-
nal” e “planejamento”, identificar a importância dessas competências
no cenário empreendedor e traçar ações para o desenvolvimento das
mesmas no seu cotidiano.

DURAÇÃO:
90 minutos

MATERIAIS:
Giz, barbante, fita crepe ou durex, uma venda para cada aluno para
colocar nos olhos e na boca e 6 folhas de sulfite para cada grupo.

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Carteiras afastadas de forma que tenha espaço para todos os gru-
pos ficarem em pé e afastados uns dos outros.

Empatia
Trabalho em Equipe
Planejamento a Curto Prazo

91
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Na última aula foi discutido sobre as competências empreendedoras “foco no processo”
e “foco no resultado”. A partir disso, questione os jovens sobre a diferença entre as duas
competências pergutando se conseguiram realizar a atividade proposta ao encerrar a
aula passada: “Foi mais fácil ou mais difícil que o esperado pensarem em situações que
envolvam essas competências?”.

Com isso, dê início a aula do dia.

SAUDAÇÕES
Peça para que os alunos afastem ao máximo todas as
carteiras e explique que hoje conhecerão a fundo mais
duas das onze competências que já foram explicadas
anteriormente, além de claro, solidificar o conhecimento
das que aprenderam até agora!

92
NA PRÁTICA: VENDADOS, CONGELADOS E CALADOS

OBJETIVO
Aplicar e reconhecer as competências empreendedoras: maturidade
emocional e planejamento, a fim de que entendam a importância da
mesma em determinadas situações, como aplicá-las no cotidiano e ao
final da dinâmica, descrever como poderiam ter sido aplicadas de forma
mais efetiva no desafio proposto nesta aula.

DURAÇÃO
60 minutos

DESENVOLVIMENTO:
Diga aos alunos que eles serão divididos em 3 grupos.

Com isso, inicie a explicação:


Olá grupos, essa brincadeira é a dinâmica do “Vendado, congelado e calado".
Eu sou um feiticeiro e vou lançar um feitiço em cada um de vocês e todos serão gravemente
afetados, mas para se defenderem de mim, para que eu não cause mais danos, vocês se
unirão em grupos: um grupo dos vendados (os que perderão a visão), outro dos congelados
(que perderam parte dos movimentos das pernas e não conseguem caminhar direito) e por
último, dos calados (que perderam a voz).

Então separe os alunos de forma com que a distribuição seja proporcional. Caso não
dê para dividir em quantidades iguais, não tem problema, apenas faça com que tenha
a mesma quantidade de vendados e congelados, pois se por acaso tiverem mais ou
menos calados, não afetará a atividade.

No próximo passo, antes de receberem as vendas e acessórios, cada grupo deverá


montar o seu ambiente, ou seja, deverá escolher um espaço e desenhar no chão três
quadrados, com giz ou com barbante, como mostra a figura a seguir:

VENDADOS CONGELADOS CALADOS


É importante que haja separação entre os quadrados e que estejam nessa ordem: o
primeiro quadrado será a área dos calados, o segundo, a área dos congelados e por
último, dos vendados.

Com isso, chame todos os vendados, vende-os e antes de colocá-los em seus quadrados,
gire-os para que percam a noção de sentido.

Chame os calados e diga que seu objetivo neste jogo é trazer os vendados e congelados
para o seu quadrado, então para isto, eles deverão instruir os congelados, para que os
congelados instruam os vendados e por fim, para que os vendados deem o primeiro
passo: pegarem as 6 folhas de sulfite que você colocará, atrás do quadrado deles, onde
elas farão o papel de ponte, para que consigam atravessar para a área dos congelados
e depois, para a área dos calados.

Quando todos os vendados estiverem no quadrado dos congelados, eles vão se preparar
para irem até o quadrado dos calados. Contudo, deverá ir um vendado e um congelado
juntos, pois o congelado não consegue caminhar sem ajuda. Assim que todos estiverem
no seu quadrado, a brincadeira se encerra.

Mas atenção às regras: só os calados saberão como funciona o jogo e objetivo do


mesmo, mas estes não poderão falar uma palavra sequer, se comunicarão apenas por
gestos, se não o grupo será desclassificado, então por isso, utilize as demais vendas para
tapar as bocas dos alunos calados.

Eles terão 20 minutos para concluírem a tarefa, mas durante a travessia, os integrantes
não poderão pisar fora da ponte, se não, deverão voltar para o quadrado de origem e
o congelado não pode atravessar sozinho, somente acompanhado por um vendado e
também não podem tocar na ponte, só os vendados possuem esse direito.

Importante: os vendados só poderão unir-se aos congelados um a um, e não todos ao


mesmo tempo. Terão que passar pela ponte, um de cada vez, e quando forem atravessar
para os calados, um congelado e um vendado terão que passar JUNTOS, afinal o congelado
não consegue se locomover sem a ajuda do vendado, mas nenhum deles poderá sair fora
da ponte.

Os grupos terão 20 minutos para terminarem a dinâmica, ainda que haja um grupo que
finalize primeiro, a intenção não é ter um grupo vencedor mas sim que todos consigam
finalizar no tempo determinado.

Encerrados os 20 minutos, os vendados poderão tirar as vendas, os calados também,


então chame-os para se sentarem em círculo e antes de que finalize, faça a reflexão da
atividade.
REFLEXÃO DA PRÁTICA:
Dispare as seguintes perguntas:

Aos vendados, como se sentiram ao ficarem vendados, sem poder enxergar?


Precisaram confiar nos congelados para concluírem a tarefa, como foi?
Quais competências empreendedoras vocês acham que foram necessárias aos
vendados, para que conseguissem finalizar a atividade? (Trabalho em equipe, foco no
processo, maturidade, comunicação)
Eles conseguiram desenvolver essas competências?
Para os vendados, vocês acharam fácil ou difícil praticar essas competências?

Aos congelados, qual foi a sensação de poder falar, mas não poder agir?
Vocês acharam difícil estar nessa situação?
Vendados, o que acharam da performance dos congelados? Eles deram instruções
claras e precisas?
Quais competências empreendedoras vocês acham que foram necessárias aos
congelados para que conseguissem finalizar a atividade? (Comunicação, foco no
processo, controle e acompanhamento)
Conseguiram desenvolvê-las?

Agora referente aos calados, qual a sensação de não poder falar e apenas gesticular
para que os congelados entendessem e passassem as informações aos vendados?
Congelados, os calados exerceram bem a sua função? As instruções foram claras?
Como poderia ter sido melhor?
Quais competências empreendedoras vocês acham que foram necessárias aos calados
para que conseguissem finalizar a atividade? (Liderança, planejamento, foco no resultado)
Conseguiram desenvolvê-las?

Qual das três situações vocês acham que foi a mais desafiadora? A dos vendados,
congelados ou calados? (Pergunte a todos os alunos)

Teve alguma competência que todos tiveram que ter, tanto os calados, quanto os
congelados e os vendados? (Sim, a competência é a “maturidade”, afinal todos tinham
papéis essenciais para que conseguissem finalizar a atividade a tempo e todos também
tinham limitações, com isso, precisaram não só lidar com elas, mas também utilizá-las
de maneira eficiente, a fim de que não fossem excluídos e terminassem antes de dar 20
minutos).
ENCERRANDO
A AULA
O encerramento é o momento de atrelar as
competências maturidade emocional e planejamento
com as práticas empreendedoras e também com o
cotidiano dos jovens.

Assim questione: Com essa atividade, foi necessário ter


maturidade emocional? Por quê?

Convide os alunos a pensarem em situações que


poderiam tentar desenvolver essas competências. Peça
que anotem no seu caderno de uma à três situações
no qual precisaram de maturidade emocional e
planejamento.

96
+ + +

AULA 5
PARA EMPREENDER
PRECISO DE SENSO
+ DE CUSTO
+ E VISÃO +
EMPREENDEDORA

+ + +

+ + +
OBJETIVO:
Resolver um desafio a partir das competências: senso de custo e visão
empreendedora, identificar a importância dessas competências no
cenário empreendedor e traçar ações para o desenvolvimento das
mesmas no seu cotidiano.

DURAÇÃO:
90 minutos

MATERIAIS:
Um Baralho por grupo. Papel e caneta.

DISPOSIÇÃO DA SALA:
Sala em uma disposição no qual os alunos possam se organizar em
pequenos grupos. Os alunos podem se sentar em pequenas rodas
no chão, ou juntar as carteiras em grupinhos.

Trabalho em Equipe
Planejamento a Curto Prazo
Visão Empreendedora

98
RETOMANDO A AULA ANTERIOR:
Na última aula foi discutido sobre as competências empreendedoras “maturidade
emocional” e “planejamento”. Questione os jovens sobre as definições dessas competências
e pergunte se conseguiram realizar os desafios propostos na última semana.

“Como foi fazer o planejamento de algo? Foi mais fácil ou difícil do que imaginaram
inicialmente? Quais as vantagens de planejar? E as desvantagens? Quais as dificuldades em
realizar um planejamento? E em relação a maturidade emocional? Como se sentiram em
situações em que suas emoções foram colocadas a prova? Conseguiram identificar como
estavam se sentido durante os dias que se passaram? O que fizeram?”

SAUDAÇÕES
Converse com os alunos sobre as últimas aulas e peça para
que lembrem-se o que realizaram e aprenderam. Pergunte
quais foram as competências discutidas e reforce as
competências já trabalhadas até então, questione como
os alunos se sentem em relação a cada uma delas e sobre
como essas se relacionam com suas vidas pessoais e o
porquê de estarem trabalhando com elas durante a matéria
de empreendedorismo.

Retome os cases e vídeos das primeiras aulas e relacione


as competências com as histórias de empreendedores que
foram apresentadas no mesmo. Após essa conversa, diga
aos jovens que esse módulo está chegando ao fim e que
em breve começarão a desenvolver um empreendimento
no qual poderão praticar todas as competências discutidas
anteriormente por meio de um projeto prático.

CONCEITUANDO
Sinalize aos jovens que será discutido nessa aula as
duas últimas competências: senso de custo e visão
empreendedora. Questione se eles lembram o que é
cada uma. Pergunte para que serve cada uma delas
e se conseguem pensar em exemplos práticos no
qual é necessário usá-las. Retome suas definições e
posteriormente os convide para a atividade “Na Prática”

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Capacidade de identificar cenários e ideias novas,
considerando as oportunidades e ameaças e buscar
soluções inovadoras para problemas do âmbito
pessoal e social.

Tem como característica marcante se preocupar


com a disponibilidade, organização e otimização dos
recursos físicos e financeiros, é quem põe a mão no
dinheiro e o gerencia para que nada saia do orçamento
ou para que a equipe não tenha imprevistos.

Ambas as competências são super importantes e


agregam muito para o time!

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NA PRÁTICA: CASTELO DE CARTAS

DURAÇÃO OBJETIVO
60 minutos Simular um planejamento e execução
Sendo: de um projeto e de seu orçamento, por
Planejamento: 10 min para traçar a estra- meio da construção de um castelo de
tégia de montagem e criar o orçamento cartas de baralho.
do projeto.
Montagem: 30 min para montagem do MATERIAIS
castelo de cartas. 1 maço de cartas de baralho para
Controle: 3 min para monitoramento. cada equipe. Papel e caneta para
Execução: 2 min para comentários finais. cada equipe.

DESENVOLVIMENTO:
Separar os alunos em pequenos grupos com a mesma quantidade. Distribuir para cada
grupo papel, canetas e um maço de cartas de baralho. Depois disso, dar as instruções
para a atividade.

“Vocês devem construir um castelo de cartas para apresentar para um cliente, para isso
terão que desenvolvê-lo partindo de algumas fases que são:

- Planejar o projeto do castelo de cartas: definir a estratégia de montagem, listar


atividades e estimar sua duração.
- Apresentar o projeto: Mostrar o desenho do modelo do castelo que vai ser montado
pela equipe e o custo esperado para o mesmo para que seja validado pelo cliente.
- Executar o projeto: Devem nessa parte realizar a montagem do castelo, seguindo o
plano apresentado e anotando os tempos de execução de cada parte.
- Controlar o projeto: Ao final da dinâmica, cada equipe deve calcular a variação (desvio)
de tempo do projeto inicial para o real.
- Apresentar o resultado: As equipes devem comentar a estratégia adotada
mencionando se a mesma funcionou bem e o que melhorariam em uma próxima rodada.

Para fazer tudo isso, existem algumas regras:


Cada grupo receberá 1 maço de cartas de baralho.
O castelo deverá ser montado apenas com as cartas fornecidas.
A cada carta será associado um valor financeiro, a saber: A= R$ 1,00, 2= R$ 2,00, e assim
por diante (as figuras, representadas pelas letras Q, J e K, valem respectivamente 11, 12 e
13 reais). Eles devem se atentar a isso para apresentar ao cliente o orçamento do quanto
o castelo irá custar.

O projeto será vendido pelo valor correspondente à soma das cartas utilizadas, não
podendo exceder o valor de R$ 160,00.
Depois do planejamento, o grupo deverá apresentar o custo de venda do projeto,
associado ao desenho do modelo, para aprovação do cliente (a pessoa que estará
aplicando a dinâmica). Assim que o projeto for aprovado, o time deverá iniciar a execução
do mesmo.

Durante o desenvolvimento da dinâmica, quando os alunos já tiverem montando o


castelo, o facilitador da dinâmica, representando o papel de cliente, deve impor uma
restrição na construção do castelo (o que leva à uma Solicitação de Mudança no
projeto), por exemplo, dizer que só devem ser utilizadas cartas pretas (ou vermelhas, ou
pares, etc., a escolha do facilitador).

Os grupos devem reavaliar o projeto e validar as mudanças, inclusive revendo o


orçamento inicial, sem exceder os 160 reais.
Dependendo da dificuldade que os times tiverem de montar o castelo pode vir a ser
permitido o uso de fita adesiva (durex) para fixação das cartas. Terminado o tempo, os
alunos devem apresentar seus castelos para o cliente e demais equipes.

REFLEXÃO DA PRÁTICA:
Terminada as apresentações dos castelos,
convide os jovens a formarem uma roda de
conversa para comentar livremente sobre as
dificuldades em gerenciar o projeto, em seguir
o plano, sobre a estratégia de montagem, o
que acharam de criar um orçamento e que
lições aprenderam. Pode ser questionada
as dificuldades e quais competências foram
necessárias ao desenvolvimento da atividade.
Ressalte que o empreendedorismo, assim
como construir o castelo, é um processo
no qual envolve diferentes dificuldades,
indefinições, possibilidades de atrasos,
ocorrência de conflitos e por isso é necessário
estar pronto para lidar com os imprevistos,
tendo uma visão empreendedora.
ENCERRANDO
A AULA
Ao encerrar, é o momento de atrelar as competências
senso de custo, visão empreendedora e as demais
trabalhadas ao longo do módulo, com as práticas
empreendedoras e também com o cotidiano dos
jovens. Assim questione:

Ao construir o castelo de cartas, foi necessário utilizar


uma série de competências? Quais? Já tinham pensado
na importância de planejar os custos de um projeto? E
de como precisamos planejar? Ou os obstáculos que
podem surgir no decorrer do desenvolvimento de um
empreendimento?

Convide os alunos a pensar em situações que poderiam


tentar desenvolver essas duas últimas competências
trabalhadas nessa aula. Peça que anotem no seu
caderno de uma à três situações no qual precisaram
de senso de custo e visão empreendedora e uma à
três ações que farão durante a semana buscando se
desenvolver nessas competências. Ressalte que na
próxima aula darão início ao desenvolvimento de um
empreendimento e que todos devem vir preparados
para colocar a mão na massa no restante da matéria.

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