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Brasília, 2023.
Orientações Gerais:
O estudante deverá ser orientado sobre o a elaboração deste produto pelo coordenador
de área e supervisor, e ser incentivado a refletir sobre as dimensões da iniciação à docência constante na
Portaria Capes 83/2022:
Ao fim do relatório, o discente deve preencher, assinar e anexar a autorização constante no Anexo I deste
documento, a Autorização de uso pela Capes.
1. Dados pessoais
2. Introdução
3. Desenvolvimento
i. Início do programa;
Após a divisão dos pibidianos entre as escolas, iniciamos nossas atividades tanto dentro quanto
fora do ambiente escolar. Fomos designados para o EREFEM Senador Novaes Filho, uma escola
estadual localizada no bairro da Várzea, em Recife, PE. No que diz respeito ao contexto escolar,
destacam-se diversos aspectos relevantes. O EREFEM Senador Novaes Filho é inserido em uma
comunidade escolar diversificada e desafiadora, onde nos deparamos com questões
socioeconômicas, culturais e educacionais específicas da região. Apesar das limitações na
infraestrutura da escola, ela proporciona um ambiente favorável para a realização de atividades
pedagógicas. Tanto a equipe gestora quanto os professores demonstram engajamento e
disposição para colaborar com o programa, o que facilita a integração dos bolsistas e a execução
das atividades propostas. Contudo, enfrentamos obstáculos como a escassez de recursos
materiais e a necessidade de adaptar-nos às demandas e realidades dos alunos. Tais condições
estimulam nossa criatividade e nos impulsionam a buscar estratégias inovadoras para promover
o ensino e a aprendizagem significativa.
Pelo período em que estivemos envolvidos no projeto, tivemos o privilégio de contar com a
orientação e supervisão dedicada da professora Alessandra da Silva Ferreira. Sua presença ativa
e engajada foi um verdadeiro pilar em todo o processo, desempenhando um papel crucial no
sucesso de nossas atividades, fornecendo materiais e recursos relevantes para o
desenvolvimento do projeto, mas também compartilhou conosco sua vasta experiência e
conhecimento pedagógico.
Durante o ano de 2023, fomos incumbidos de acompanhar quatro turmas do sexto ano,
denominadas A, B, C e D. Em nosso trabalho diário, ficou claro que os alunos enfrentavam
consideráveis dificuldades em habilidades fundamentais de leitura e escrita. Essas dificuldades,
que se destacaram de maneira preocupante, provavelmente eram fruto das adversidades
enfrentadas durante o período da pandemia. A necessidade de enfrentar tais dificuldades não
apenas nos forçou a repensar nossas abordagens pedagógicas, mas também nos levou a uma
profunda reflexão sobre as condições enfrentadas pelos estudantes em escolas públicas. Essa
experiência nos incentivou a buscar soluções criativas e eficazes para apoiar o desenvolvimento
acadêmico e emocional de nossos alunos. Através de estratégias de ensino inovadoras,
programas de intervenção personalizados e um ambiente acolhedor e inclusivo na sala de aula,
procuramos superar esses obstáculos e fornecer aos alunos as ferramentas necessárias para que
pudessem prosperar em seus estudos. No entanto, mesmo diante dos desafios, também
reconhecemos que essa experiência nos trouxe valiosas lições e oportunidades de crescimento
tanto pessoal quanto profissional. Nosso compromisso com a educação pública se fortaleceu
ainda mais, e nos sentimos inspirados a continuar buscando maneiras de promover uma
educação de qualidade e acessível para todos, independentemente das adversidades
enfrentadas. No ano de 2024, continuamos a acompanhar turmas do sexto ano,
especificamente as turmas A e D. Em contraste com experiências anteriores, notamos que essas
turmas não apresentavam as mesmas dificuldades em relação à escrita e à comunicação verbal
que havíamos encontrado em anos anteriores. Essa nova dinâmica abriu portas para
explorarmos os assuntos de maneira mais profunda e envolvente. Com menos obstáculos a
superar no aspecto linguístico, fomos capazes de mergulhar mais fundo nos conteúdos
curriculares, promovendo discussões mais detalhadas e oferecendo atividades mais
desafiadoras. A ausência de barreiras significativas no domínio da linguagem nos permitiu
concentrar nossa energia em explorar conceitos complexos e estimular o pensamento crítico
dos alunos. Tivemos a liberdade de utilizar uma variedade de métodos de ensino mais
interativos e dinâmicos, aproveitando ao máximo o potencial dessas turmas para absorver
conhecimento de forma mais autônoma e profunda.
Durante nossos encontros semanais, estabelecemos uma plataforma valiosa para a troca de
ideias e experiências. Esses momentos nos permitiram não apenas compartilhar nossas
observações e descobertas feitas durante as visitas às escolas, mas também abordar questões
cruciais relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem. Com o apoio de textos fornecidos
pelos coordenadores, exploramos uma ampla gama de metodologias de ensino, mergulhando
nas nuances da relação entre aluno e professor. Além disso, esses encontros serviram como um
espaço para nutrir nossa criatividade e inovação, enquanto discutíamos estratégias para superar
desafios específicos encontrados nas salas de aula.
Além das discussões e reflexões profundas, nossas reuniões também foram marcadas pela
organização de eventos significativos nos quais o PIBID desempenhou um papel fundamental. A
semana pedagógica e a Expo UFPE foram momentos especiais nos quais pudemos compartilhar
nossas experiências, aprendizados e projetos com a comunidade acadêmica e escolar mais
ampla. Esses eventos não apenas nos permitiram ampliar nossa visibilidade e impacto como
bolsistas do PIBID, mas também fortaleceram nossos laços com colegas e professores,
enriquecendo ainda mais nossa jornada de formação docente.
Essas experiências proporcionam aos bolsistas do PIBID uma formação docente mais completa,
preparando-os de forma mais eficaz para enfrentar os desafios da profissão e contribuir de
maneira significativa para a melhoria da educação.
Um dos estudos mais significativos realizados durante o projeto foi a investigação sobre o
Tangram como recurso didático para o ensino de matemática. Através de uma abordagem
teórica aliada a experimentações práticas, explorei profundamente o potencial desse jogo
geométrico para o desenvolvimento do raciocínio lógico, da criatividade e da resolução de
problemas matemáticos. Compreender como incorporar o Tangram às práticas educacionais
não apenas enriqueceu meu repertório de recursos pedagógicos, mas também reforçou minha
convicção na importância do aprendizado lúdico e experiencial.
Além do Tangram, também me envolvi em estudos sobre o uso de diversos outros jogos como
ferramentas pedagógicas no ensino de matemática. Desde jogos de tabuleiro até atividades
digitais, explorei diferentes abordagens para integrar o aspecto lúdico ao processo de
aprendizagem. Essa experiência ampliou minha compreensão sobre a importância da ludicidade
no ensino e motivou-me a buscar constantemente formas criativas e envolventes de promover
a aprendizagem dos meus futuros alunos.
Outro aspecto enriquecedor do projeto foi a oportunidade de trocar experiências com
estudantes de outros cursos de licenciatura. Participar de encontros e atividades conjuntas
permitiu-me conhecer diferentes abordagens pedagógicas e compartilhar práticas bem-
sucedidas entre as áreas, ampliando meu repertório de conhecimentos e contribuindo para uma
formação docente mais integrada e abrangente.
No campo da pesquisa, destaco duas investigações que realizamos durante o projeto. A
primeira foi sobre a análise de erros no ensino da matemática. Ao compreender os erros dos
alunos não como falhas, mas como oportunidades de aprendizagem, pude desenvolver uma
abordagem mais inclusiva e centrada no aluno, capaz de atender às necessidades individuais de
cada estudante. A segunda pesquisa foi sobre o papel da avaliação no ensino da matemática.
Explorar diferentes abordagens de avaliação permitiu-me compreender como utilizar esse
instrumento de forma mais justa, equitativa e construtiva, visando ao desenvolvimento integral
dos alunos.
Em suma, essas atividades foram essenciais para minha formação docente, fornecendo-me
experiências práticas, conhecimentos teóricos e reflexões profundas que moldaram minha visão
sobre a educação.
Na edição mais recente da VI Mostra do PIBID, nosso objetivo principal era mergulhar em uma
linha de pesquisa específica, buscando aplicar seus insights de forma tangível na sala de aula.
Nosso grupo escolheu investigar a Análise de Erros, uma área fascinante que lança luz sobre o
processo de aprendizagem dos alunos. Para isso, mergulhamos em uma variedade de artigos e
livros, dedicando especial atenção aos trabalhos influentes de Helena Cury, que forneceram
uma base sólida para nossas investigações.
Inicialmente, planejamos abordar a Análise de Erros em um contexto mais amplo. No entanto,
conforme avançávamos em nossas pesquisas, nos deparamos com desafios e complicações
inesperadas. Diante dessas circunstâncias, optamos por adaptar nossa abordagem e concentrar
nosso estudo na análise de erros em avaliações de sondagem. Essa mudança de foco revelou-se
uma oportunidade valiosa para aplicar diretamente os conceitos teóricos que estávamos
explorando. Decidimos então empregar nossos conhecimentos em uma das turmas com as quais
estávamos trabalhando no PIBID. Essa abordagem prática não apenas enriqueceu nossa
compreensão da Análise de Erros, mas também proporcionou benefícios tangíveis aos alunos
envolvidos, permitindo-nos observar de perto como a teoria pode ser traduzida em prática
educacional eficaz.
Ao final, apresentamos nossos resultados na IV Mostra do PIBID, destacando como eles podem
ser aplicados de forma significativa e benéfica em ambientes educacionais reais.
4. Resultados observados
O PIBID não foi apenas um programa acadêmico, mas sim uma experiência que moldou minha
identidade como futuro professor. As lições aprendidas, os desafios superados e as conexões
feitas ao longo do programa deixaram uma marca indelével em minha jornada rumo à educação.
Estou imensamente grato por ter tido a oportunidade de participar do PIBID e por tudo o que
essa experiência me proporcionou.
6. Referências
Macedo, L., Petty, A. L., Carvalho, G. E. de, & Souza, M. T. C. C. de. (2015). Intervenção com jogos: estudo
sobre o Tangram. Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional,
19(1), 13-22. http://dx.doi.org/10.1590/2175-3539/2015/0191764
Gitirana, V., Teles, R., Bellemain, P. M., Castro, A. T. de, Campos, I., Lima, P. F., & Bellemain, F.
(Organizadores). (2018). Jogos com Sucata na Educação Matemática. Núcleo de Educação Matemática,
Centro de Educação.
Cury, H. (2007). Análise de erros: O que podemos aprender com as respostas dos alunos. Autêntica.
Anexo 1
Eu, Rafael Batista da Silva, autorizo a utilização pela Capes do presente relato de experiência, na qualidade
discente de iniciação à docência, sob responsabilidade do(a) Coordenador(a) de Área Paula Moreira Baltar
Bellemain vinculado ao Pibid da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Meu relatório poderá ser
incluído nos bancos de dados e nas plataformas de gestão da Capes, podendo, eventualmente, ser
reproduzido, publicado ou exibido por meio dos canais de divulgação e informação sob responsabilidade
desse órgão.
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Discente de Iniciação à Docência