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Regionalismo,
aspecto étnico-
racial e consulta
farmacêutica
Prof.ª Barbara Carvalho Lacerda de Almeida
Descrição
Propósito
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20/01/2023 20:22 Regionalismo, aspecto étnico-racial e consulta farmacêutica
Objetivos
Módulo 1
Módulo 2
meeting_room
Introdução
Quando falamos em saúde, ou especificamente em acesso à saúde, é necessário fazermos recortes raciais,
regionais, socioeconômicos, entre outros. Embora o Brasil possua um sistema de saúde universal, esse
sistema, na prática, está longe de ser ofertado de maneira equitativa pelo nosso território.
E por que falar em equidade? A equidade é um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e é
orientada pelo respeito às necessidades, diversidades e especificidades de cada indivíduo ou grupo social.
O princípio da equidade inclui o reconhecimento de determinantes sociais, como as diferentes condições de
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vida, que envolvem habitação, trabalho, renda, acesso à educação, ao lazer, e que impactam diretamente na
saúde da população.
Como profissionais de saúde, é importante que saibamos reconhecer e adaptar o nosso atendimento às
diferentes necessidades dos pacientes ou população para quem ofertamos nossos serviços. Devemos
entender as diferenças regionais e culturais do nosso país, ou seja, as características coletivas e individuais
de diferentes grupos étnicos, como forma de promoção de cuidado individualizado e focado no paciente.
A compreensão de diferentes necessidades para diferentes modelos de saúde também é muito importante
para melhoria contínua do serviço ofertado, que ainda tem muitas lacunas e pontos a serem revistos e
ampliados.
Apesar de o regionalismo não estar necessariamente atrelado à região geográfica, pode muitas vezes estar
fortemente associado. As regiões do Brasil, por exemplo, apresentam marcas culturais muito distintas entre
si, e muito específicas de cada uma, como: a comida, o clima, o sotaque e as expressões linguísticas.
Vamos entender melhor como se dão algumas dessas diferenças:
É a maior região em extensão territorial, mas possui a menor densidade geográfica do país. Com um
clima equatorial, abriga a Floresta Amazônica e a maior parte das terras indígenas do país, o que se
manifesta diretamente na cultura. Suas manifestações culturais têm grandes influências indígena e
religiosa. O extrativismo de minério, legal e ilegal, também está muito presente na região e influencia
diretamente em alguns problemas sociais, como insuficiência de saneamento ambiental e alta
mortalidade infantil.
É a região que possui a maior faixa litorânea do país e, ainda assim, por ter um clima semiárido, sua
população sofre com a seca, com o calor extremo e a falta de chuva. É a região com a maior
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população negra do país, e sua cultura é muito marcada pela ancestralidade africana.
É uma região muito marcada pelo desenvolvimento da agricultura e da pecuária, o que se reflete nas
festas típicas da região, como a cavalhada.
É a região mais populosa e economicamente desenvolvida do país, porém marcada por muita
desigualdade social: desemprego, moradias em lugares inadequados, elevados índices de violência e
degradação ambiental.
É uma região com clima mais frio do que o restante do país, o que também explica a presença e
influência europeia mais forte e marcada nessa região.
Todas essas características, e outras mais, são importantes para se pensar não só políticas públicas, mas
também a adequação do cuidado em saúde específica para cada região.
As cinco regiões apresentadas podem ser vistas separadamente e analisadas em seu regionalismo, mas
também enquanto parte de um grande conjunto: o Brasil. E nosso país, por sua vez, está inserido em um
conjunto ainda maior: a América Latina. E, da mesma forma que nosso país é diverso, toda a América Latina
também é. Muitos países latinos, embora tenham semelhanças em seus regionalismos, apresentam suas
particularidades.Um exemplo disso é que a língua falada é majoritariamente o espanhol, mas cada país
apresenta expressões e sotaques muito característicos, bem como algumas comidas típicas ou a maneira
de se vestir.
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No mundo atual, cada vez mais globalizado, é comum vermos deslocamentos de pessoas e até populações.
Esses deslocamentos acontecem dentro de um mesmo país, entre cidades e regiões, e até mesmo de um
país para outro. Dessa forma, existe um intercâmbio cada vez maior entre diferentes culturas, o que também
pode ocasionar choques culturais.
Migração e saúde
Deslocamento, ou migração, é um fenômeno humano natural e um forte elemento de mudança social. Pode
ser resultado de causas econômicas, políticas, sociais, demográficas, culturais ou ambientais, sendo
classificado como espontâneo ou forçado.
Nos últimos anos, os deslocamentos têm sido mais frequentes, ocorrendo entre diversas regiões do
planeta, e com perfis cada vez mais diferenciados, como demonstrado na tabela a seguir. Por isso, é muito
importante o reconhecimento das características culturais de um povo.
Total 28899
Venezuela 17899
Haiti 6613
Cuba 1347
China 568
Angola 359
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Bangladesh 329
Nigéria 213
Senegal 209
Colômbia 182
Síria 129
Tabela: Número de solicitantes de refúgio no Brasil, segundo principais países de nacionalidade ou residência habitual.
OBMigra, 2020, p. 09.
Esses deslocamentos também apresentam um importante desafio para os países e as sociedades, uma vez
que geram impactos heterogêneos. Uma pessoa que chega em um território diferente do que ela reconhece
como seu, muitas vezes, tentará se adaptar aos novos costumes, mas isso nem sempre é uma verdade,
principalmente quando são muito grandes as barreiras linguísticas e culturais.
Muitos países ainda defendem restrições de migração, porém, em um cenário de crescente politização, é
necessário reconhecer a complexidade desse fenômeno e a necessidade de cooperação internacional.
Saiba mais
É natural que pessoas migrantes se reúnam em pequenas comunidades ou ocupações espontâneas como
uma forma de se proteger. Nesse contexto, podem surgir lideranças comunitárias, que representam uma
forma de mobilização, politização e adaptação de um grupo.
O processo de migração gera vulnerabilidade, pois muitas pessoas migrantes podem sofrer algum tipo de
violência, associada a diversos tipos de preconceitos. Isso pode fazer com que essas pessoas tenham
medo de procurar serviços de saúde ou que não confiem nos profissionais que as atendem, principalmente
se o acesso à saúde nos seus territórios de origem encontrava-se defasado. Mas nada disso deve ser
impeditivo para que se pense em formas de contornar as barreiras socioculturais e linguísticas que podem
aparecer.
Deve-se ainda considerar determinantes sociais que levam ao estabelecimento de doenças, ou seja, os
fatores individuais e comportamentais, ambientais e socioeconômicos que tornam essa população ainda
mais vulnerável e suscetível a doenças do que o restante da população.
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Vamos ressaltar algumas dessas características e entender como elas afetam os refugiados e migrantes.
Vejamos!
Quanto ao gênero, temos que mulheres e meninas estão mais propensas a violências sexuais, físicas
e emocionais em todas as fases do processo migratório. Além disso, apresentam maior necessidade
de atenção de saúde em caso de gestação e cuidados de higiene mais específicos.
Quanto à idade, temos que pessoas acima de 50 anos apresentam maior risco à sua saúde quando
em situação de refúgio ou migração. Da mesma forma, crianças, especialmente aquelas
desacompanhadas, estão sob maior risco de violências físicas e sexuais, além da maior chance de
desenvolverem problemas de saúde mental.
Trata-se de fatores que mais afetam refugiados e imigrantes, já que aqueles com menor nível
educacional são mais propensos a desfechos clínicos piores que aqueles de melhor nível
socioeconômico, além de aumentar as chances de adquirirem doenças crônicas e prejudicar a saúde
mental dos indivíduos.
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Trata-se de fatores como as condições de trabalho e de habitação, que também são fundamentais.
Pessoas que passam muito tempo em ambientes superlotados ou mal ventilados têm maior chance
de contaminação por doenças contagiosas. Da mesma forma, a segurança alimentar é uma
preocupação já que muitos imigrantes e refugiados decidem pular refeições ou mudam seus hábitos
alimentares a fim de poder enviar dinheiro para a família em seu país de origem.
Atenção!
É importante reconhecer que cada local e cada população têm suas especificidades e, portanto, o
profissional de saúde sempre terá que entender qual é a melhor forma de trabalho em cada contexto e com
cada indivíduo. Muitas vezes, como profissionais de saúde, podemos trabalhar em uma comunidade com
costumes diferentes dos nossos. Em outras situações, pode ser que determinado grupo de pessoas passe a
compor a base populacional de pacientes atendidos pelo nosso serviço de saúde, como acontece
principalmente no caso dos deslocamentos forçados.
A regionalização do SUS é uma maneira de garantir que a prestação dos serviços de saúde seja conduzida
de forma contínua, justa e abrangente, sem fragmentações. Seu estabelecimento tem como objetivos:
Racionalizar os recursos e ser um aporte para a criação das redes de atenção em saúde (RAS).
Ao pensarmos em redes de atenção, é necessário configurar territórios para que correspondam a uma área
geográfica que comporte uma população com características epidemiológicas, sociais e com necessidades
próprias de atenção à saúde, para além das divisões político-administrativas.
As RAS buscam aperfeiçoar o funcionamento do SUS por meio de pontos de atenção ou apoio diagnóstico e
terapêutico, onde são desenvolvidos procedimentos de diferentes complexidades, buscando garantir a
integralidade do cuidado em um território.
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Os serviços farmacêuticos são um bom exemplo de política transversal e estratégica para o processo de
estruturação e organização das RAS, uma vez que envolvem atividades técnico-gerenciais e atividades de
cuidado em saúde, com apoio direto ao usuário. A efetiva estruturação da assistência farmacêutica nas RAS
é fundamental não somente para ampliar e qualificar o acesso da população aos medicamentos, mas
também para qualificar o cuidado em saúde ofertado diretamente aos usuários do SUS.
No entanto, a oferta de serviços de saúde, inclusive farmacêuticos, não ocorre de maneira equitativa entre
as diferentes regiões do Brasil. Isso porque fatores como a distância do estabelecimento de saúde, o tempo
de espera para atendimentos e a falta de privacidade do usuário variam entre as regiões e afetam a adesão
dos pacientes ao cuidado em saúde.
Um estudo intitulado Acesso aos medicamentos pelos usuários da atenção primária no Sistema Único de
Saúde, realizado em 2017, por Juliana e colaboradores, mostra que a satisfação dos pacientes com os
serviços de saúde oferecido é menor entre os moradores da região Norte e maior no Sudeste do país. E por
que isso acontece?
Resposta
Os profissionais de saúde estão mais concentrados nas regiões mais socioeconomicamente desenvolvidas
(Sul e Sudeste) e nos maiores centros urbanos. Isso está diretamente relacionado às melhores condições
de trabalho, como maior acesso a serviços especializados, apoio diagnóstico e terapêutico, maior
possibilidade do aperfeiçoamento profissional e também às vantagens comparativas nas condições gerais
de vida oferecidas por essas metrópoles.
A seguir, confira a diferença de disponibilidade de profissionais entre a população das cinco regiões do país:
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É importante pontuar que os dados que temos hoje estão defasados. Os dados mais recentes disponíveis
são do ano 2000, o que dificulta que tenhamos a real noção da situação de saúde nas diferentes regiões nos
dias atuais. Isso faz com que, mesmo em um sistema universal de saúde pública, algumas pessoas e
comunidades ainda dependam de iniciativas voluntárias e de organizações não governamentais para
atender algumas de suas necessidades em saúde.
Saiba mais
Alguns programas governamentais também têm a finalidade de atuar para reduzir essas desigualdades. É o
caso dos programas "Mais Médicos" e "Médicos pelo Brasil", que têm o objetivo de assegurar a
disponibilidade de profissionais de saúde em locais com dificuldade de fixar profissionais e com alta
vulnerabilidade social, além de ações estratégicas, como o programa “O Brasil conta comigo”, lançado no
contexto da pandemia de covid-19.
O primeiro dado que podemos observar é que um terço dos munícipios e estabelecimentos de saúde
estudados são localizados na região Nordeste. Ainda assim, essa região foi a que teve o menor número de
estabelecimentos ofertando serviços assistenciais farmacêuticos. A região com maior proporção foi a
região Sudeste.
A tabela a seguir resume os três principais serviços farmacêuticos clínicos ofertados e o percentual de
oferta em cada região do país. Confira!
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Serviços
Região Nordeste
farmacêuticos Região Norte (%) Região Sul (%) R
(%)
clínicos
Orientação
52,8 26,5 42,2 6
terapêutica
Seguimento
7,7 1,6 5,2 1
farmacoterapêutico
Analisando esses dados podemos ver que a região Nordeste, mesmo contando com o maior número de
estabelecimentos de saúde, carece significativamente de profissionais farmacêuticos para atuar na
orientação dos pacientes quanto ao uso racional de medicamentos, seguida da região Centro-Oeste.
Existem disparidades também no que tange ao sistema de farmacovigilância. Quase um quarto de todos os
estabelecimentos de saúde estudados fazem parte dessa rede. No entanto, entre esses estabelecimentos,
34,5% estão na região Sul, enquanto apenas 7,5% estão na região Norte.
Saiba mais
O estudo mostra ainda que a maior oferta de serviços clínicos farmacêuticos se encontra nas regiões Sul e
Sudeste, e que, na maioria dos estabelecimentos (em todas as regiões do Brasil), a dispensa de medicação
não é feita por um farmacêutico, mas por outros funcionários da farmácia, muitas vezes, sem nenhum
treinamento formal.
Consulta farmacêutica
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nos quais outros profissionais de saúde são escassos e é difícil o acesso a consultas médicas, o
farmacêutico pode ser uma figura muito importante.
Uma consulta farmacêutica, assim como qualquer outra prática clínica que um farmacêutico possa exercer,
deve ser baseada em alguns critérios e recomendações comuns.
Comentário
O ideal é que exista um espaço que garanta a privacidade do paciente, onde possa comunicar suas dúvidas
e necessidades sem medo que suas informações sejam ouvidas por terceiros, e permitindo que o
profissional lhe garanta uma escuta ativa, com total atenção no indivíduo.
Trazendo o regionalismo para o foco do atendimento, é importante que o profissional esteja sempre
atualizado com a medicina baseada em evidência, mas também com o contexto regional e cultural que o
paciente traz, de forma a saber como passar e adaptar informações de saúde importantes.
Durante a consulta farmacêutica, é bom entender com o paciente como eram feitas as coisas em sua
cidade de origem, pois isso nos dará indicações do que é rotineiro para aquele indivíduo, facilitando o
processo de orientação se pudermos manter esse indivíduo o mais próximo possível do que já é familiar
para ele.
Entre algumas populações de migrantes e refugiados, podemos encontrar indivíduos que, por exemplo,
nunca fizeram uma consulta com um médico e podem estranhar o caráter preventivo e não somente
curativo do SUS, além da atenção básica como porta de acesso, os encaminhamentos para outros níveis de
atenção e a diferença de atribuição entre os diferentes profissionais da saúde, já que muitos desses
pacientes acreditam que qualquer profissional da saúde pode diagnosticar e tratar suas condições.
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Além disso, alguns países não exigem prescrição para a compra de antimicrobianos, o que pode acarretar
um uso não racional e levar a população a procurar esse tipo de medicamento mesmo quando não há
necessidade. Nesse caso, o farmacêutico pode ser o profissional capaz de orientar o paciente quanto às
alternativas terapêuticas, bem como promover educação em saúde no que diz respeito à resistência
antimicrobiana.
Uma outra situação são as pessoas que ainda são muito resistentes quanto a tomar a vacina contra a covid-
19. Se o farmacêutico se encontra numa região com uma baixa cobertura vacinal e recebe um paciente com
sintomas gripais, pode sugerir que o paciente realize um teste rápido, bem como orientá-lo quanto aos
benefícios da vacina.
Também é importante lembrar que, embora o contexto cultural coletivo de um paciente seja muito
importante para pensar o seu cuidado, cada indivíduo é um indivíduo. Isso significa que, às vezes, uma
pessoa pode trazer situações ou comportamentos que fogem do seu contexto cultural, e esses fatores
também são importantes para direcionar o cuidado, entender a queixa ou demanda que esse paciente
apresenta.
Exemplo
Em 2016, recebemos no Brasil muitos imigrantes do Haiti, onde a prática da religião vodu traz um
significado diferenciado para o uso de agulhas, podendo se tornar uma questão muito sensível no contexto
de aplicação de medicações injetáveis e vacinas. Ou ainda, em alguns contextos, não é bem-visto por uma
comunidade que uma mulher faça uso de anticoncepcionais. Ainda assim, se uma mulher de tal
comunidade consegue acessar um serviço de saúde para requerer métodos contraceptivos, o profissional
de saúde deve orientá-la e atendê-la de acordo com a sua demanda.
Em todos os casos, o diálogo aberto e a disposição para entender e ser entendido são pontos-chave para
uma comunicação efetiva.
Uma estratégia que pode ser adotada é o engajamento de base comunitária, eleger uma pessoa da própria
comunidade para atuar como ponto focal de saúde, ajudando em iniciativas de educação em saúde,
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acompanhando casos de maior complexidade, estudando como o saber tradicional daquele povo pode ser
incorporado ao cuidado que está sendo fornecido.
Comentário
Quando pensamos em um atendimento a uma população que possa falar uma língua diferente (migrantes
de outros países, comunidades indígenas), também devemos considerar o uso de outros recursos para que
a comunicação seja efetiva, como símbolos, a presença de um intérprete durante o atendimento, uma folha
de “cola” contendo algumas palavras-chave e expressões de saúde na língua em questão, ou até o uso de
dispositivos tecnológicos de tradução simultânea. Também é possível citar como estratégias alternativas o
uso de símbolos, gestos, até mesmo intérpretes se necessário para estabelecer uma melhor
comununicação.
Essas iniciativas ajudam a ampliar a democratização do cuidado e também podem ocorrer de forma
conjunta com toda a equipe de saúde. E como isso é possível?
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Consulta farmacêutica com imigrantes
Conheça agora o dia a dia do farmacêutico que trabalha com populações de refugiados.
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Questão 1
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Todo país é dividido em diferentes regiões com diferentes características populacionais, ambientais e
econômicas. Vimos que essas diferenças, baseadas no regionalismo, afetam a saúde e, mais
especificamente, a atenção e consulta farmacêutica. Assinale a alternativa que traz a definição de
regionalismo.
Questão 2
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A Entregar medicamentos fora da caixa para não confundir o paciente com caixas iguais.
Solicitar ao paciente analfabeto que peça alguém que sabe ler para lhe dar o
B
medicamento.
C Usar símbolos como sol e lua para simbolizar horários de tomada de medicamentos.
O uso de símbolos é uma forma de adequar a comunicação quando a escrita ou a linguagem falada
não são efetivas.
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Aspectos étnico-raciais
A tabela a seguir apresenta a distribuição étnica no Brasil de acordo com as suas regiões. Confira!
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Podemos ver na tabela que a população branca é majoritária nas regiões Sudeste e Sul, a preta e parda no
Nordeste e Norte, a amarela na região Sudeste e a indígena na região Norte.
Saiba mais
Essa diferenciação faz com que os tipos de doenças prevalentes em cada uma das regiões sejam
diferentes, assim como o cuidado que o farmacêutico deve ter ao realizar a atenção farmacêutica e, mais
especificamente, a consulta farmacêutica, já que as diferenças étnicas resultam em maior propensão a
determinadas condições de saúde.
Ao compararmos as taxas de mortalidade pelos três grandes grupos de doenças (transmissíveis, não
transmissíveis e causas externas) da Organização Mundial da Saúde (OMS), observa-se predomínio das
doenças não transmissíveis em pessoas brancas, das doenças transmissíveis nos indígenas, e das causas
externas nos negros, principalmente pardos. O risco de morte por causas externas dos homens foi 6,3 vezes
maior que o das mulheres negras, enquanto nas pessoas brancas esse número é 3,3 vezes maior e nos
indígenas de 2,8 vezes.
Tuberculose
Os dados apontam que representa um sério problema de saúde pública e tem relação direta
com a pobreza.
Hanseníase
Ah í t bé é d i t
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A hanseníase também é predominante nas populações negra, parda e indígena em relação às
demais.
Dengue
Os dados apontam maiores percentuais de óbitos por causa da dengue em pessoas negras
no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
HIV/AIDS
Os dados apontam que a prevalência do vírus do HIV/AIDS também é maior entre homens e
mulheres pretos e pardos, e entre as gestantes infectadas com HIV, predominam mais uma
vez as de cor parda. O número de óbitos por AIDS é maior na população negra.
Hepatite A
Os dados apontam que pardos e pretos também são a maioria dos casos de hepatite A.
A taxa de homicídios de negros no Brasil é de 36 mortes por 100 mil, enquanto a mesma medida para não
negros é de 15,2 por 100 mil. Em 2012, 56 mil pessoas foram assassinadas no Brasil. Dessas, 30 mil são
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jovens entre 15 e 29 anos e, desse total, 77% são negros, e mais de 90% do sexo masculino.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, dos 146,3 milhões de pessoas acima de 18 anos de
idade no Brasil, 10,6% (15,5 milhões) afirmaram que já se sentiram discriminadas ou tratadas de maneira
pior que as outras pessoas no serviço de saúde, por médico ou outro profissional. Dentre essas pessoas,
destacam-se as mulheres (11,6%); as pessoas de cor preta (11,9%) e parda (11,4%), e as pessoas sem
instrução ou com ensino fundamental incompleto (11,8%).
A pesquisa também investigou os motivos percebidos por pessoas que se sentiram discriminadas no
serviço de saúde. Os motivos informados por mais da metade da população que já se sentiu discriminada
no serviço de saúde são a falta de dinheiro e a classe social.
A maioria das pessoas negras não possui plano de saúde. Pessoas com menores rendimentos, sem acesso
à educação e em condições de moradia precárias por falta de acesso a serviços básicos também se
mostram mais expostas, em que a grande maioria é negra.
A tabela abaixo, disponibilizada pelo IBGE a partir do último censo, ressalta essa realidade mostrando que,
em qualquer região que se analise, pessoas pretas e pardas têm menor acesso à água canalizada, ao
esgoto e à fossa séptica, o que impacta diretamente em sua saúde.
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Tabela: Domicílios por condição de saneamento segundo a cor da pessoa de referência (%).
IBGE,1999.
As diferenças nos indicadores de depressão e tabagismo também são relevantes, pois indicam que é
necessário adaptar políticas para esse público mais exposto.
A população negra, embora seja maioria em proporção (em 2019 56,2% dos indivíduos brasileiros se
declarou como preto ou pardo), ainda é muito afetada por essa desigualdade na saúde. A ausência do
recorte racial nos instrumentos de coleta de dados, no planejamento e na execução de programas e nas
ações dificultam a identificação dos principais agravos e reais demandas da população negra, mantendo
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barreiras de acesso aos serviços de saúde, pois essas informações são importantes para a melhoria da
qualidade de vida dessas pessoas.
Além disso, algumas doenças são mais comuns na população negra, como anemia falciforme (doença
hereditária decorrente de mutação genética), diabetes mellitus tipo II, hipertensão arterial e deficiência de
glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD).
Saiba mais
Estima-se que cerca de 50 mil pessoas tenham a doença falciforme no Brasil, a maioria negra. Essa doença
apresenta alta morbidade e mortalidade precoce, variados agravos à saúde, como crises de dores em
músculos, ossos e articulações.
Outras medidas também foram adotadas visando ao tratamento e à detecção da doença falciforme, como a
criação, no âmbito do SUS, da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e
outras Hemoglobinopatias (Portaria GM/MS n° 1.391, de 16 de agosto de 2005), a inclusão do diagnóstico
da doença falciforme no teste do pezinho em todos os estados, e o exame de eletroforese de hemoglobina
na atenção básica, na Rede Cegonha e na doação de sangue.
Saiba mais
Embora a população negra represente o maior percentual do público atendido pelo SUS, ainda é aquela que
tem menos acesso à saúde, quando comparada à população branca. Consegue menos consultas anuais
com médicos e dentistas, e nem sempre tem acesso a todos os medicamentos que lhes são prescritos.
Entre o sexo feminino, as mulheres negras tornam-se mães mais jovens, têm menos acesso ao cuidado pré-
natal e maiores taxas de sífilis na gravidez e de mortalidade materna, o que é ainda mais relevante, quando
pensamos que cerca de 90% dos óbitos maternos poderiam ser evitados, na maioria das vezes, por ações
dos serviços de saúde.
Ao falar de saúde da população negra, é necessário também fazermos um recorte especial considerando a
população de comunidades tradicionais, como as ribeirinhas, quilombolas e as que habitam ou usam
reservas extrativistas em áreas florestais ou aquáticas. Essas comunidades têm, em sua maioria,
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Para essas populações, precisamos pensar não só em uma definição estendida do que é saúde, bem como
em uma saúde de base comunitária. A saúde nas comunidades indígenas está profundamente integrada
com o coletivo e com o meio ambiente, ou seja, é importante que haja equilíbrio físico, emocional e
espiritual dos indivíduos e do território que habitam, terras para plantar e caçar, água para beber e pescar.
Hoje, grande parte dos povos indígenas encontra-se em condição de alta vulnerabilidade social e
econômica. Mais sensíveis às enfermidades levadas por não indígenas para as aldeias e, muitas vezes,
habitando regiões remotas e de difícil acesso, os povos indígenas padecem de doenças como malária,
tuberculose, infecções respiratórias, hepatite, doenças sexualmente transmissíveis, parasitoses, entre
outras.
Por isso, dentro do SUS, existe a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), que é responsável por
coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e gerir o Subsistema de
Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). Seu principal objetivo é promover a atenção primária à saúde e as
ações de saneamento, de maneira participativa e diferenciada, respeitando as especificidades
epidemiológicas e socioculturais dos povos originários.
O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) é a unidade gestora descentralizada do SasiSUS. Trata-se de
um modelo de organização de serviços – orientado para um espaço etnocultural dinâmico, geográfico,
populacional e administrativo bem delimitado – que contempla um conjunto de atividades técnicas que se
fundamentam em medidas racionalizadas e qualificadas de atenção à saúde.
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Além disso, o DSEI promove a reordenação da rede de saúde e das práticas sanitárias por meio de
atividades administrativo-gerenciais, necessárias à prestação da assistência com base no controle social,
que se dá por meio dos conselhos indígenas de saúde (Condisi), e garante a participação dos indígenas na
gestão dos DSEIs.
Saiba mais
No Brasil, há 34 DSEI, divididos estrategicamente por critérios territoriais, tendo como base a ocupação
geográfica das comunidades indígenas, não obedecendo assim aos limites dos estados. Sua estrutura de
atendimento conta com unidades básicas de saúde indígenas, polos base e casas de apoio à saúde
indígena (CASAI).
Alguns medicamentos são metabolizados de maneira diferente por pessoas negras, como os demonstrados
a seguir:
Analgésico expand_more
Anti-hipertensivos expand_more
Escolha adequada:
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Antitrombóticos expand_more
Sabendo dessa diferença de metabolização pela população negra, o farmacêutico deve estar atento aos
medicamentos prescritos pelo médico ou outro profissional de saúde, para avaliar se existe uma opção
terapêutica melhor.
Exemplo
Digamos que chegue para a consulta farmacêutica um quilombola que, diagnosticado com hipertensão
arterial, teve o captopril prescrito para ele. Embora esse medicamento seja um anti-hipertensivo muito
utilizado na clínica, o fato do paciente ser um quilombola, ou seja, fazer parte de uma população que
responde menos aos anti-hipertensivos inibidores da ECA, demanda que o farmacêutico entre em contato
com o prescritor para buscar uma alternativa viável a esse medicamento.
Outro ponto de atenção para o profissional farmacêutico são as possíveis interações medicamentosas que
podem ocorrer. A interação medicamentosa é um evento clínico, que pode ser desencadeado pela presença
de outro fármaco, fitoterápico, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental. Acompanhe os
seguintes exemplos:
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Camomila
Gengibre
Chá verde
Principalmente nas populações do campo e da floresta, é muito recorrente o uso de ervas e medicinas
tradicionais e, por isso, é importante que os profissionais de saúde conheçam e entendam o perfil de
consumo de cada comunidade para que, assim, possam mapear possíveis interações medicamentosas.
O trecho a seguir foi retirado de um estudo publicado no início de 2022 e mostra a indignação de um
residente quilombola quanto ao menosprezo mostrado pelo profissional de saúde à sua cultura e às suas
práticas tradicionais de saúde. Confira!
[...] [Um profissional de saúde] quando alguém fala que tá tomando chá de
plantas medicinais, ele pergunta logo: vocês acham que isso resolve?
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O farmacêutico, detentor de conhecimento sobre fitoterápicos e plantas medicinais, deve orientar os demais
profissionais de saúde em sua equipe para que o benefício de seu uso seja respeitado. Da mesma forma,
cabe a esse profissional educar os pacientes para garantir o uso racional das plantas medicinais para evitar
agravos à saúde.
A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas orienta ainda que o
farmacêutico deve promover o uso racional dos medicamentos essenciais básicos,
bem como valorizar e incentivar as práticas farmacológicas tradicionais, além de
adaptar protocolos, em conjunto com a equipe de saúde, em casos especiais como
grupos indígenas em zonas de fronteira, com grande mobilidade ou isolados.
A adequação do cuidado, o entendimento das particularidades de cada indivíduo e do contexto em que está
inserido, a adequação da linguagem, para facilitar a compreensão do usuário, a garantia de um ambiente
privado e seguro são alguns dos pontos que devem ser observados e garantem uma relação baseada em
confiança entre o profissional de saúde e o paciente.
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A importância do farmacêutico na saúde indígena
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Confira agora o relato de uma farmacêutica em Roraima que trabalha com populações indígenas.
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Questão 1
Algumas doenças ocorrem de forma predominante na população negra, como anemia falciforme,
diabetes mellitus tipo II e hipertensão arterial.
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Questão 2
Existem hoje mecanismos governamentais que visam à garantia do acesso à saúde da população
indígena e o DSEI é um deles. O que significa o DSEI?
O DSEI é a unidade gestora responsável pela atenção à saúde dos povos indígenas e sua divisão se dá
através de limites territoriais das comunidades indígenas e não necessariamente de acordo com os
estados brasileiros.
Considerações finais
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Embora, para fins educativos, seja necessário dividir e tratar cada tema de maneira individual, na prática,
percebemos que, muitas vezes, esses aspectos se sobrepõem, e não poderia ser diferente. As regiões Norte
e Nordeste, por exemplo, têm as maiores proporções de população indígena e negra, e os menores índices
socioeconômicos do país. Ou seja, ao pensarmos em adequação do cuidado, devemos levar em conta todas
as particularidades, não só de determinada região, mas dos indivíduos que a compõem.
Para além das capacidades técnicas de um profissional, é muito importante ter em conta a humanização do
cuidado, o acolhimento e a garantia de direitos básicos de saúde para cada paciente, como a escuta ativa e
a privacidade do atendimento. Esses detalhes são importantes para se desenvolver uma relação de cuidado
baseada na confiança entre o profissional de saúde e o usuário do serviço. Essas ações garantem, a médio
e longo prazos, maior adesão dos pacientes ao serviço de saúde, e contribuem para um cuidado em saúde
mais equitativo em todo território nacional.
headset
Podcast
Ouça agora Barbara Carvalho falando sobre o processo de entrada na Organização Médico sem Fronteiras e
sobre sua experiência como farmacêutica na organização.
Referências
ARAÚJO, S. Q. et al. Organização dos serviços farmacêuticos no Sistema Único de Saúde em regiões de
saúde. Revista Ciência e saúde coletiva, 2017.
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BODART, C. N. Conceito de regionalismo. Blog Café com Sociologia, Maceió/AL, ago. 2020.
BRASIL. Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. Ministério da Saúde, 2002.
BRASIL. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma política para o SUS. Ministério da
Saúde, 2017.
BRASIL. Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta. Ministério da Saúde,
2013.
BUSS, P. M.; PELLEGRINI FILHO, A. A saúde e seus determinantes sociais. PHYSIS: Revista Saúde Coletiva,
2007.
GOMES, W. S.; GURGEL, I. G. D.; FERNANDES, S.L. Determinação social da saúde numa comunidade
quilombola: análise com a matriz de processos críticos. Consultado na internet em: 10 out. 2022.
PONTES, A. L. M.; HACON, V.; TERENA, L. E.; SANTOS, R. V. Vozes indígenas na saúde. Trajetórias, memórias
e protagonismo. Belo Horizonte: Editora Fiocruz, 2022.
Explore +
Acesse e conheça o site do Observatório de Regionalismo, um espaço democrático e plural de investigação
e diálogo entre alunos, professores e especialistas sobre o regionalismo contemporâneo. O objetivo do
grupo é fomentar debate, estudos e atividades de extensão sobre iniciativas regionais de integração e
cooperação.
Acesse o site do Observatório Indígena, que tem como foco o subsistema de atenção à saúde indígena,
visando gerar conhecimentos, maximizar as janelas de informação e comunicação inerente aos povos
indígenas, qualificar a gestão e fortalecer o controle social.
Acesse na internet a Pesquisa Nacional sobre o Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de
Medicamentos no Brasil – PNAUM, disponível no site do curso de farmácia da UFMG.
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Assista ao vídeo Saúde Indígena - Atenção diferenciada e políticas públicas para territórios indígenas,
disponível no canal Video Saúde Distribuidora da Fiocruz, no YouTube, para entender melhor a importância e
os desafios da saúde indígena.
Leia ainda o manual Como e para que perguntar a cor ou raça/etnia no sistema único de saúde?, disponível
no site da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro.
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