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Hospitais
Incluindo Padrões para Hospitais – Centros Médicos Acadêmicos
II
Grupo de Especialistas em Cuidado Centrado no Paciente (PCC)
Assuntos (SME)
Sharon Coulter James, MN, MBA, FACHE
Gerenciamento das Instalações
Avaliador, Joint Commission International, EUA
e Segurança (FMS)
Shaveta Dewan, MBBS, MBA
Yvonne P. Burdick, MHA, EDAC, FACHE
Avaliador, Joint Commission International, EUA
Consultor, Joint Commission International, EUA
Sara Guastello
Michael Chihoski, MS, CHSP, CHFM, AMDP,
Vice-Presidente, Gestão do Conhecimento, Planetree
SASHE
International, EUA
Consultor, The Joint Commission International, EUA
Derick P. Pasternak, MD, MBA, FACP, FACPE
Michael Crowley, PE, FSFPE, FASHE
Consultor Sênior, Comissão Conjunta Internacional,
Relações com a Indústria, Jensen Hughes, 2020
EUA
Presidente, Sociedade de Engenheiros de Proteção
contra Incêndios (SFPE), EUA
George Mills, MBA, FASHE, AAMIF, CEM, CHFM, Prevenção e Controle de Infecções (PCI)
CHSP, CHOP-DNV Chinhak Chun
Diretor de Operações, Solução de Saúde e CEO, ATG, Consultor, The Joint Commission Internacional, EUA
Jones Lang LaSalle, EUA
Diane Cullen, MSN, MBA, RN, CIC
Ozlem Yildirim Veenstra, PhD, BSIE, MSEM Diretor Associado, Grupo de Interpretação de Padrões,
Avaliador, Joint Commission International, EUA The Joint Commission
Membro do Conselho e Ex-Presidente, APIC Chicago
(capítulo dasociação A para profissionais em controle
Gerenciamento da Informação (MOI)
de infecções e epidemiologia), EUA
R. Michael Boyer, DO, MS, FAOCA
Julie McCaughan, RN, MBA
Consultor, The Joint Commission International, EUA Avaliador, Joint Commission International, EUA
Bonny Chen, MD, MBA, CPHIMS Khalil N. Rizk, MPH, MHA, CPHQ, CPHRM,
Avaliador, Joint Commission International, EUA CPPS
Consultor, The Joint Commission Internacional, EUA
David M. Liebovitz, MD, FACP
Vice-presidente associado, Departamento de Medicina,
Universidade northwestern, EUA
III
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
IV
Conteúdo
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
O Valor da Acreditação JCI. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Processo de Desenvolvimento de Padrões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Como este manual é organizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Aplicando as padrões em sua organização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Usando o Manual de Padrões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Requisitos Gerais de Elegibilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
V
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
VI
Resumo das Alterações
no Manual
Título do capítulo
Padrões e Elementos de Mensuração (MEs) publicados nesse manual estarão vigentes a partir de 1º de janeiro de
2021. Sua organização é responsável por atender a todas as mudanças aplicáveis até esta data.
Há muitas mudanças nos Padrões de Acreditação Internacional da Joint Commission International para Hospitais,
incluindo padrões para Centros Médicos Acadêmicos, 7ª Edição. Uma revisão completa é fortemente recomendada.
Principais mudanças na 7ª edição incluem:
• Requisitos expandidos no capítulo “Metas Internacionais de Segurança do Paciente (IPSG)” sobre
a segurança de medicamentos com aparências/grafias e sons semelhantes (IPSG.3.1) e eletrólitos
concentrados (IPSG.3.2) e adicionados novos requisitos sobre o uso de intervenções ou pacotes baseados
em evidências (IPSG.5.1).
• Combinaram os capítulos “Direitos do Paciente e da Família (PFR)” e “Educação do Paciente e Família
(PFE)” para criar um novo capítulo, “Cuidado Centrado no Paciente (PCC)” e introduziu uma nova
exigência para medir, analisar e aprimorar a experiência do paciente para melhorar a qualidade do cuidado
ao paciente (PCC.3).
• Adição de padrões ao capítulo “Cuidado ao Paciente (COP)” sobre o gerenciamento do sistema de
alarme clínico (COP.3.1), gerenciamento de pacientes em risco de suicídio ou automutilação (COP.3.5) e
gerenciamento de lasers (COP.4 e COP.4.1).
• Atualização sobre as definições e requisitos para eventos sentinelas, eventos adversos, eventos sem danos e
quase falhas (QPS.7 e QPS.7.1).
• Introdução de novos padrões no capítulo “Prevenção e Controle de Infecções (PCI)” sobre limpeza
ambiental (PCI.7); de roupas sujas, roupas em geral e trajes de trabalho (PCI.7.1); e na proteção de
pacientes e profissionais de patógenos transmitidos pelo sangue (PCI.8.1).
• Reorganização do capítulo “Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS) nas oito áreas necessárias
para ter um programa de gerenciamento das instalações e segurança escrito: segurança, proteção, materiais
perigosos e resíduos, segurança contra incêndio, equipamentos médicos, sistemas utilitários, emergências,
construção e reforma — e introdução de novos requisitos para monitorar cada área.
• Criação de um novo apêndice “Medidas Temporárias” no capítulo FMS para abordar a segurança dos
ocupantes do edifício durante a construção, manutenção ou uma obra ou reparo (descrito em FMS.8.3)
• Referências atualizadas e adicionadas baseadas em evidências para apoiar padrões novos e revisados em
todo o manual.
• Retirada das referências cruzadas de padrões ao longo do manual dos elementos de mensuração e dos
padrões e adicionadas aos propósitos dos padrões, as quais foram revisadas conforme necessário para se
alinhar com a numeração de padrões e revisões na 7ª edição.
• Conclusão de um projeto para alinhar glossários em todos os programas de acreditação e certificação JCI.
• Seguem detalhes sobre mudanças específicas em cada capítulo da 7ª edição. Se um elemento padrão ou
elementos de mensuração (ME) da 7ª edição não estiver listado abaixo, nenhuma alteração substantiva
ocorreu desde a 6ª edição.
Introdução
• Atualizado o conteúdo da Introdução para alinhar com as mudanças para a 7ª edição.
• Informações adicionais sobre o valor da acreditação JCI e como usar o manual de padrões.
• Transferidos os “Requisitos Gerais de Elegibilidade” para a Introdução.
VII
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
VIII
R esumo das A lterações no Manual
ºº Novo ME 2: exigência adicional de que intervenções baseadas em evidências (como pacotes - bundles)
sejam aplicadas às infecções identificadas como adquiridas no hospital.
ºº Novo ME 3: exigência adicional de que o uso de intervenções baseadas em evidências seja monitorado
para conformidade e melhores resultados.
• Propósito do IPSG.6 e IPSG.6.1: Informações adicionais sobre áreas de alto risco para quedas e triagem de
risco de queda.
• Realizadas pequenas revisões editoriais ao longo do capítulo.
IX
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
• ACC.4
ºº Padrão: Revisado para focar na prontidão do paciente para alta.
ºº ME 1: Renumerado ME 3 anterior e revisado para incluir a prontidão do paciente para alta.
ºº ME 3: Renumerado ME 1 anterior e revisado para incluir serviços de suporte.
ºº Novo ME 4: Requisito adicional para fornecer informações no local para cuidado contínuo aos
pacientes que não são diretamente encaminhados ou transferidos.
ºº Novo ME 5: Requisito adicional para fornecer informações ao paciente não são diretamente
encaminhados ou transferidos sobre quando retornar para atendimento.
ºº Novo ME 6: Requisito adicional para fornecer aos pacientes planejamento de alta e instruções por
escrito.
• ACC.4.1
ºº Padrão: Revisado para atender às necessidades de pacientes e familiares e de cuidados contínuos no
planejamento de alta.
ºº Novo ME 1: Requisito adicional para concentrar a educação do paciente e da família na necessidade do
paciente de cuidados contínuos e serviços continuados.
ºº Novo ME 2: Exigência adicional em fornecer aos pacientes e famílias uma lista de medicamentos a
serem tomados em casa.
ºº ME 3: Renumerado ME 1 anterior.
ºº ME 4: Renumerado ME 3 anterior.
ºº ME 5: Renumerado ME 4.
ºº ME 6: Renumerado e combinado MEs 2 e 5.
• ACC.4.2:
ºº Padrão e Propósito: Combinados e renumerados padrões anteriores ACC.4.3 e ACC.4.3.2 em resumos
de alta.
ºº ME 1: Renumerado ACC.4.3.2 anterior, ME 1
ºº ME 2: Combinado e renumerado ACC.4.3 anterior, MEs 1-6.
ºº MEs 3-5: Renumerado ACC.4.3.2 anterior, MEs 2-4.
• ACC.4.2.1: Renumerado MOI.10 anterior e seus MEs 1-4.
• ACC.4.3: Renumerado ACC.4.4 anterior e seus MEs 1-4.
• Propósito do Padrão ACC.4.4 e ACC.4.4.1: Renumerados os propósitos dos dois padrões anteriores
ACC.4.5 e ACC.4.5.1 e adicionados detalhes sobre a concessão de permissão para um paciente deixar o
hospital durante o tratamento
• ACC.4.4:
ºº Padrão: Renumerado Padrão ACC.4.5 anterior.
ºº MEs 1-4: Renumerado ACC.4.5 anterior, MEs 1-4.
ºº ME 5: Renumerado ACC.4.5 anterior, ME 6.
ºº ME 6: Renumerado ACC.4 anterior, ME 4.
• ACC.4.4.1: Renumerado ACC.4.5.1 anterior e seu MEs 1-4.
• ACC.5
ºº Padrão: Combinado com o padrão anterior ACC.5.1 para incluir a exigência de desenvolver um
processo para transferir pacientes com segurança para outras organizações de saúde.
ºº Propósito: Combinado com o propósito anterior para ACC.5.1.
ºº ME 2: Expandido para abordar como e quando a responsabilidade por um paciente é transferida.
ºº ME 3: Renumerado ACC.6 anterior, ME 3, e acrescentado novo requisito para identificar um indivíduo
responsável pelo paciente durante a transferência.
ºº MEs 4-6: Renumerado ACC.5.1 anterior, MEs 3-5.
• ACC.5.1
ºº Padrão: Combinado e renumerado padrões anteriores ACC.5.2 e ACC.5.3.
ºº ME 1: Combinado e renumerado ACC.5.2 anterior, ME 1 e ACC.5.3, MEs 2-4.
X
R esumo das A lterações no Manual
XI
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
XII
R esumo das A lterações no Manual
XIII
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
• AOP.6.2
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior AOP.6.3 e expandido para incluir imagens diagnósticas em um
programa de segurança de radiação; revisado para exigir o cumprimento dos padrões, leis e regulamen-
tos profissionais aplicáveis; e esclarecido que o programa deve incluir pacientes, profissionais e visitantes.
ºº Propósito: Informações adicionais sobre ressonância magnética – preocupações relacionadas à segurança
e expectativas esclarecidas para o programa de gerenciamento de segurança de radiação.
ºº ME 1: Expandido para alinhar com o padrão revisado.
ºº ME 2: Renumerado anterior AOP.6.3, ME 5.
ºº ME 3: Renumerado e adaptado AOP.6.3 anterior, ME 4
ºº ME 4: Combinado e renumerado AOP.6.3 anterior, MEs 2 e 3
ºº Novo ME 5: Adicionado novos requisitos para lidar com riscos relacionados à ressonância magnética.
• AOP.6.3: Renumerado padrão anterior AOP.6.4 e seus MEs 1-3.
• AOP.6.4: Renumerado padrão anterior AOP.6.5 e seus MEs 1-6.
• AOP.6.5: Renumerado padrão anterior AOP.6.7 e seus MEs 1-5.
• AOP.6.6: Renumerado padrão anterior AOP.6.8 e seus MEs 1-4.
• Realizadas pequenas revisões editoriais ao longo do capítulo.
XIV
R esumo das A lterações no Manual
ºº Novo ME 5: Requisito adicional para garantir que os profissionais responsáveis sejam treinados e
competentes para gerenciar alarmes clínicos.
• COP.3.2:
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior COP.3.1.
ºº MEs 2 e 3: Divididos para focar sinais de alerta antecipados (ME 2) e quando e como buscar mais
assistência (ME 3).
ºº MEs 4 e 5: Renumerados MEs 2 e 4 anteriores.
• COP.3.3
ºº Padrão: Renumerado padrão COP.3.2 anterior e seu MEs 1-3.
ºº Propósito: Expectativa adicional para revisão oportuna de dados internos sobre ressuscitações.
ºº Novo ME 4: Exigência adicional para o hospital revisar dados internos de situações de emergência
anteriores para identificar oportunidades de melhoria.
• COP.3.4: Renumerado padrão anterior COP.3.3 e seus MEs 1-3.
• COP.3.5
ºº Nova Padrão e Propósito: Introduziu nova exigência para que os hospitais tenham um processo para
identificar pacientes em risco de suicídio ou automutilação.
ºº Novo ME 1: Exigência adicional para estabelecer critérios para suicídio e automutilação.
ºº Novo ME 2: Requisito adicional para usar ferramentas baseadas em evidências para avaliar pacientes
para condição suicida.
ºº Novo ME 3: Exigência adicional para realizar avaliações de risco ambiental e agir para minimizar
riscos.
ºº Novo ME 4: Requisito adicional para implementar protocolos e procedimentos para mitigar risco de
suicídio e automutilação.
ºº Novo ME 5: Requisito adicional para analisar dados e monitorar implementação e eficácia de
protocolos e procedimentos.
ºº Novo ME 6: Requisito adicional para garantir que os profissionais sejam treinados em critérios e
ferramentas de triagem, bem como protocolos e procedimentos de redução de riscos.
• COP.4
ºº Novo Padrão e Propósito: Introduziu novo requisito para estabelecer um programa sobre o uso seguro
de lasers e outros dispositivos de radiação óptica.
ºº Novo ME 1: Exigência adicional para basear o programa em padrões profissionais e leis e regulamentos
aplicáveis.
ºº Novo ME 2: Requisito adicional para um indivíduo qualificado gerenciar e supervisionar o programa.
ºº Novo ME 3: Requisito adicional para o treinamento de segurança documentado e educação continuada
para os profissionais.
ºº Novo ME 4: Exigência adicional para controles administrativos e de engenharia para promover a
segurança do programa.
ºº Novo ME 5: Requisito adicional para uso correto e adequado de equipamentos de proteção individual
para profissionais e pacientes.
ºº Novo ME 6: Requisito adicional para indivíduos qualificados e treinados para realizar processos de
inspeção, testes e manutenção.
• COP.4.1
ºº Novo Padrão e Propósito: Requisito adicional para notificar e abordar eventos adversos resultantes de
lasers e outros dispositivos de radiação óptica.
ºº Novo ME 1: Requisito adicional para integrar o programa de segurança na estrutura de gerenciamento
das instalações e segurança do hospital.
ºº Novo ME 2: Requisito adicional para integrar o programa de segurança no programa de prevenção e
controle de infecções do hospital.
ºº Novo ME 3: Exigência adicional para notificar eventos adversos e identificar e implementar planos de
ação para evitar recorrência.
XV
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
• COP.5
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior COP.4.
ºº ME 2: Combinado com ME 3 anterior.
ºº MEs 3-5: Renumerado MEs anteriores 4-6.
• COP.5.1: Renumerado padrão anterior COP.5 e seus MEs 1-3.
• COP.7
ºº Propósito: Discussão ampliada sobre as necessidades do fim da vida para pacientes terminais (trazendo
conceitos do AOP.1.7 anteriores)
ºº Novo ME 2: Requisito adicional para identificar necessidades de saúde e serviços de apoio adequados às
suas preferências religiosas e culturais.
ºº MEs 3-6: Renumerado MEs anteriores 2-5.
• Realizadas pequenas revisões editoriais ao longo do capítulo.
XVI
R esumo das A lterações no Manual
• MMU 3.1
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior MMU.3.2.
ºº Propósito: Revisado para orientar práticas seguras para o uso de carrinhos de emergência adultos e
pediátricos.
ºº ME 1: esclarecido que medicação de emergência deve estar disponível imediatamente em unidades
necessárias.
ºº ME 2: Requisito adicional para incluir um processo de substituição para medicamentos de emergência.
ºº Novo ME 3: Exigência adicional sobre acesso a medicamentos de emergência.
ºº ME 4: Renumerado anterior ME 3.
ºº Novo ME 5: Exigência adicional de que o hospital utilize uma abordagem baseada em risco para
monitorar a administração de medicamentos de emergência.
• MMU 3.2
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior MMU.3.3.
ºº Propósito: Fornecidas mais informações sobre o que é um recall de medicamentos, por que ele pode
ocorrer e a necessidade de ter um processo para receber notificações.
ºº ME 1: Um processo de recall de medicamentos deve abordar o recebimento e atuação em notificações
de recalls de medicamentos.
ºº Novo ME 2: Exigência adicional de que o hospital tenha um processo de identificação, recuperação e
retorno ou destruição de medicamentos recuperados.
ºº Novo ME 3: Exigência adicional de que o processo de recall aborde medicamentos manipulados no
hospital.
ºº MEs 4 e 5: Renumerados anteriores MMU.3.3, MEs 2 e 3.
• MMU 4
ºº Novo Padrão e Propósito: Exigência adicional para que o hospital tenha um processo para completar
a reconciliação de medicamentos na lista atual de medicamentos tomados pelo paciente em casa contra
todos os medicamentos recém-prescritos ou dispensados.
ºº Novo ME 1: Exigência adicional para o hospital coletar informações necessárias para realizar a
reconciliação medicamentosa.
ºº MEs 2 e 3: Renumerado anterior MMU.4, MEs 4 e 5.
• MMU 4.1: Renumerado padrão anterior MMU.4.2 e seus MEs 1-3.
• MMU 4.2
ºº Padrão e Propósito: Combinado e renumerados padrões anteriores MMU.4 e 4.1.
ºº ME 1: Combinado e renumerado MMU.4, MEs 1 e 3.
ºº Novo ME 2: Exigência adicional de que todas as ordens de medicação e prescrições contenham os
elementos listados necessários.
ºº MEs 3: Renumerado anterior MMU.4.1, ME 1.
ºº ME 4: Combinado e renumerado MMU.4, ME 2 e MMU.4.1, MEs 2 e 4.
ºº ME 5: Renumerado anterior MMU.4.1, ME 3.
ºº ME 6: Combinado e renumerado MMU.4.3 anterior, MEs 1 e 3
• MMU.5
ºº Propósito: Revisado para fornecer informações sobre e exemplos de composição estéril, riscos de
infecção para frascos de uso único e multidose, medidas de segurança e manutenção de um ambiente
limpo onde os medicamentos são dispensados.
ºº ME 1: Renumerado anterior ME 2.
ºº ME 2: Renumerado anterior ME 1.
ºº ME 3: Requisito revisado para treinamento, competência e recursos para a preparação ou composição
de produtos e medicamentos estéreis.
ºº Novo ME 4: Requisito adicional para utilizar diretrizes para o uso de frascos de uso único e multidose.
ºº Novo ME 5: Exigência adicional de que medicamentos armazenados, preparados e dispensados fora da
farmácia cumpram as mesmas medidas de limpeza que a farmácia.
XVII
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
• MMU.5.1
ºº Propósito: Revisado e incluiu exemplos adicionais que abordam revisões de adequação para prescrições e
requisições de medicamentos.
ºº ME 3: Esclareceu que indivíduos que realizam revisões devem ser autorizados a fazê-lo.
ºº ME 6: Incluídos programas de suporte à decisão clínica.
• MMU.5.2
ºº MEs 1-3: Renumerados MEs anterior 2-4.
• MMU.6
ºº Padrão e Propósito: combinado com o padrão anterior MMU.4.3.
ºº ME 2: Renumerado anterior ME 3.
ºº ME 3: MMU.4.3 renumerado, ME 2.
• MMU.6.1
ºº Propósito: Acrescentou informações sobre engajar e informar o paciente sobre seus medicamentos.
ºº ME 5: MEs combinados 5 e 6.
• Propósito do MMU.6.2 e MMU.6.2.1: Propósito expandido para cobrir os dois padrões que foram criados
a partir do MMU.6.2 anterior; incluiu outra descrição da rotulagem, armazenamento e controle do uso de
medicamentos trazidos pelo paciente ou amostras de medicamentos, trazendo conceitos do propósito do
MMU.3.1 anterior; e introduziu a expectativa de realizar avaliações de risco adequadas.
• MMU.6.2
ºº Padrão: Dividido o MMU.6.2 anterior para focar em medicamentos trazidos ao hospital pelo paciente
(MMM.6.2) e medicamentos tratados como amostras (MMU.6.2.1); esclarecido que medicamentos
autoadministrados podem ser trazidos ao hospital pelo paciente ou podem ser prescritos para
autoadministração.
ºº ME 1: Renumerado e adaptado anterior MMU.3.1, ME 4.
ºº Novo ME 2: Exigência adicional para que o hospital realize uma avaliação de risco para medicamentos
fornecidos pelo paciente.
ºº ME 3: Renumerado e adaptado ME 1 anterior.
ºº ME 4: Renumerado anterior ME 2.
• MMU.6.2.1
ºº Padrão: Dividido anterior MMU.6.2 para focar em medicamentos trazidos ao hospital pelo paciente
(MMM.6.2) e medicamentos tratados como amostras (MMU.6.2.1).
ºº ME 1: Renumerado e adaptado anterior MMU.3.1, ME 3.
ºº Novo ME 2: Exigência adicional para o hospital realizar uma avaliação de risco para amostras de
medicamentos.
ºº ME 3: Renumerado e adaptado anterior MMU.6.2, ME 3.
• MMU.7
ºº ME 1: Combinado com ME 4 anterior.
ºº ME 3: Esclarecido que o processo de registro de efeitos adversos no prontuário e como notificá-los, deve
ser padronizado.
ºº Novo ME 4: Exigência adicional para o uso de um processo de notificação padronizado para efeitos
adversos de medicamentos, como parte do programa de qualidade.
• Realizadas pequenas revisões editoriais ao longo do capítulo.
XVIII
R esumo das A lterações no Manual
XIX
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
XX
R esumo das A lterações no Manual
XXI
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
ºº Novo ME 1: Exigência adicional para que o hospital opere e mantenha sistemas de ventilação de pressão
negativos e positivos de acordo com as leis, regulamentos e padrões profissionais.
ºº Novo ME 2: Exigência adicional para que o hospital mantenha controles de temperatura de acordo com
as leis, regulamentos e padrões profissionais.
ºº ME 3: Renumerado e adaptado anterior PCI.7.5, ME 1.
• PCI.11
ºº Padrão e Propósito: Requisito incluído para que o hospital use um processo para minimizar o risco de
infecção durante a demolição, construção e reforma do PCI anterior.7.5.
ºº ME 1: Renumerado PCI anterior.7.5, ME 2.
ºº MEs 2 e 3: Dividido do anterior PCI.7.5, ME 3, para focar na avaliação do risco e impacto da
demolição/reforma na qualidade do ar e controle de infecções (ME 2) e no gerenciamento desse risco e
impacto (ME 3).
• Propósito de PCI.12 e PCI.12.1: Exemplos adicionais de precauções baseadas em transmissão e opções
temporárias de isolamento de pressão negativa.
• PCI.12: Renumerado padrão anterior PCI.8 e adaptados seus MEs 1–4.
• PCI.12.1: Renumerado padrão anterior PCI.8.1 e seus MEs 1–3.
• PCI.12.2
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior PCI.8.2 e seus MEs 1–5.
ºº Propósito: Acrescentou a resposta a infecções emergentes ou reemergentes dentro da comunidade à lista
de potenciais emergências para abordar no programa de preparação de emergência.
ºº ME 1: Dada a mudança no propósito, adicionou infecções comunitárias emergentes à lista de
emergências para abordar no programa de preparação de emergência.
ºº ME 3: Requisito revisado para envolver autoridades regionais, locais e nacionais na avaliação anual de
emergências.
• PCI.13
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior PCI.9 e seus MEs 1–4.
ºº Propósito: Incluiu expectativa para educar pacientes e visitantes conforme necessário em procedimentos
adequados de desinfecção manual e uso de equipamentos de proteção individual.
ºº Novo ME 5: Requisito adicional para educar pacientes e visitantes em práticas de desinfecção manual e
como usar corretamente equipamentos de proteção individual.
• PCI.14
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior PCI.10 e seus MEs 1–4.
ºº Propósito: Exemplos adicionais de monitoramento de dados.
ºº Novo ME 4: Exigência adicional para incluir taxa de benchmarking de infecção em dados de
monitoramento.
ºº ME 5: Renumerado e adaptado anterior PCI.10, ME 4.
• Realizadas pequenas revisões editoriais ao longo do capítulo.
XXII
R esumo das A lterações no Manual
• GLD.6
ºº Padrão: Reforçada a necessidade de inspeções periódicas de cumprimento dos serviços contratados.
ºº ME 3: Renumerado ME 4 anterior.
ºº ME 4: Renumerado ME 3 anterior e esclarecida a exigência de inspecionar o cumprimento dos serviços
contratados conforme necessário.
• GLD.6.2
ºº Padrão e Propósito: Revisado para abordar o credenciamento, competência e privilégios de todos os
profissionais de saúde contratados.
ºº Novo ME 6: Requisito adicional para garantir uma análise comparativa de credenciais dos profissionais
de saúde licenciados e contratados.
• GLD.7
ºº Novo ME 5: Exigência adicional para fornecer liderança nos programas de gerenciamento de
emergências e desastres.
ºº ME 6: Renumerado ME 5 anterior.
• GLD.8, ME 5: Renumerado ME 6 anterior.
• GLD.11.1, MEs 1–3: Expandido para incluir a avaliação da participação em atividades de qualidade,
bem como atividades de medição nas avaliações contínuas da prática profissional e nas avaliações de
desempenho de médicos, enfermeiros e outras equipes profissionais.
• GLD.12.2
ºº Propósito: Acrescentou um exemplo de conflito de interesses.
ºº ME 2: Renumerado anterior GLD.8, ME 5.
ºº MEs 3 e 4: Renumerados MEs anteriores 2 e 3.
• Realizadas pequenas revisões editoriais ao longo do capítulo
XXIII
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
• FMS.3
ºº Novo Padrão e Propósito: Introduziu novo requisito no desenvolvimento de uma avaliação anual de risco
abrangente em toda a instalação.
ºº Novo ME 1: Requisito adicional para integrar as avaliações de risco a todos os oito programas de
gerenciamento das instalações e segurança ao desenvolver avaliação de risco.
ºº Novo ME 2: Exigência adicional para priorizar riscos identificados e implementar melhorias para
reduzir riscos.
ºº Novo ME 3: Requisito adicional para avaliar a eficácia de melhorias aplicáveis aos programas de
gerenciamento das instalações e segurança.
• FMS.4
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior FMS.10.
ºº Propósito: Revisado para discutir componentes de um relatório anual.
ºº ME 1: Combinado FMS.10, MEs 1 e 2.
ºº Novo ME 2: Requisito adicional para integrar dados dos programas de gerenciamento das instalações e
segurança no programa de qualidade e segurança do paciente.
ºº ME 3: Expectativas esclarecidas relacionadas aos relatórios trimestrais de monitoramento de dados e
progresso nas metas para a liderança do hospital.
ºº Novo ME 4: Requisito adicional para fornecer anualmente avaliação abrangente de risco em toda a
instalação e melhorias para a liderança do hospital.
ºº ME 5: Mudou o FMS.3 anterior, a letra f) no propósito e acrescentou linguagem para esclarecer os
requisitos para a liderança do hospital fornecer relatório anual à entidade de governo sobre a eficácia dos
programas de gerenciamento das instalações e segurança.
• FMS.5
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior FMS.4 e seus MEs 1–3.
ºº Propósito: Dividido e adaptado o propósito anteriormente combinado em um, agora com um para
segurança (FMS.5) e outro para proteção (FMS.6)
ºº ME.1: Esclarecido que o programa para fornecer uma instalação física segura deve ser escrito e
implementado.
ºº ME 3: Requisitos esclarecidos para a avaliação de risco de segurança.
ºº Novo ME 4: Requisito adicional de monitoramento para garantir que os riscos de segurança sejam
reduzidos ou eliminados.
• FMS.6
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior FMS.4.1.
ºº Propósito: Dividido e adaptado o propósito anteriormente combinado, agora com um para segurança
(FMS.5) e outro para proteção (FMS.6).
ºº ME 1: Renumerado anterior FMS.4.1, ME 1.
ºº Novo ME 2: Requisito adicional para uma avaliação anual de risco de proteção.
ºº ME 3: Renumerado anterior FMS.4.1, ME 3.
ºº ME 4: Renumerado anterior FMS.4.1, ME 2, e acrescentou categorias de quem deve ser identificado
para o programa de proteção.
ºº Novo ME 5: Requisito adicional de monitoramento para garantir que os riscos de proteção sejam
reduzidos ou eliminados.
• Propósito de FMS.7 até FMS.7.2: Combinados, renumerados e ampliados os propósitos de FMS.5
e FMS.5.1 anteriores para identificar requisitos para o gerenciamento global de materiais e resíduos
perigosos.
• FMS.7
ºº Novo Padrão e Propósito: Introduziu um novo requisito para desenvolver um programa para o
gerenciamento global de materiais e resíduos perigosos.
ºº Novo ME 1: Requisito adicional para o hospital desenvolver e implementar um programa escrito para o
gerenciamento de materiais e resíduos perigosos.
XXIV
R esumo das A lterações no Manual
ºº Novo ME 2: Requisito adicional para que o hospital realize uma avaliação anual de riscos de materiais e
resíduos perigosos.
ºº Novo ME 3: Requisito adicional para o hospital monitorar e garantir que riscos com materiais e
resíduos perigosos sejam reduzidos ou eliminados.
• FMS.7.1
ºº Padrão: Renumerado e dividido padrão anterior FMS.5 em um para materiais perigosos (FMS.7.1) e
outro para resíduos perigosos (FMS.7.2).
ºº ME 1: Renumerado e dividido FMS.5 anterior, ME 1, com foco em materiais perigosos no FMS.7.1 e
linguagem adicionada para exigir uma atualização anual do inventário.
ºº MEs 2-4: Renumerado e dividido FMS.5 anterior, MEs 2-4, focando em materiais perigosos em
FMS.7.1 e linguagem adicionada para ME 4 referenciando planilhas de dados de segurança (safety data
sheets (SDS)) ME 5: Combinado, renumerado e adaptado FMS.5.1, MEs 1 e 2.
ºº ME 6: Renumerado e expandido FMS 5.1, anterior, ME 3.
• FMS.7.2
ºº Padrão: Renumerado e dividido padrão anterior FMS.5 em um para materiais perigosos (FMS.7.1) e
outro para resíduos perigosos (FMS.7.2).
ºº ME 1: Renumerado e dividido FMS.5 anterior, ME 1 para focar na identificação dos tipos de resíduos
perigosos.
ºº ME 2: Renumerado e dividido FMS.5 anterior, ME 2 para focar no estabelecimento de procedimentos
para manuseio e armazenamento de resíduos perigosos.
ºº ME 3: Renumerado, dividido e adaptado FMS.5 anterior, ME 1, para se concentrar na documentação
de quantidades de resíduos perigosos, com a isenção de responsabilidade adicional quando as leis e
regulamentos o exigirem.
• FMS.8
ºº Padrão: Renumerado e adaptado padrão anterior FMS.7 para incluir avaliação contínua de risco e
conformidade com leis e regulamentos.
ºº Propósito: Revisada a lista de itens a serem incluídos na avaliação de risco de segurança contra incêndio
e a discussão ampliada para incluir informações e exemplos de avaliação e resposta a riscos, medidas
provisórias e referência a um novo apêndice ao capítulo FMS com medidas temporárias adicionais.
ºº ME 1: Renumerado e adaptado anterior-FMS.7, ME 1.
ºº ME 2: Combinado, renumerado e adaptado anterior-FMS.7, MEs 2 e 3.
ºº Novo ME 3: Exigência adicional para implementar medidas temporárias quando os riscos de segurança
contra incêndio não podem ser imediatamente abordados.
ºº Novo ME 4: Adicionar exigência de monitoramento para garantir que os riscos de segurança contra
incêndio sejam reduzidos ou eliminados.
• FMS.8.1
ºº Novo Padrão e Propósito: Movidos os conceitos de detecção precoce, supressão e contenção do FMS.7
anterior para um padrão próprio.
ºº MEs 1 e 2: Renumerados e adaptados anteriores FMS.7, MEs 4 e 5.
ºº Novo ME 3: Requisito adicional para o programa de segurança contra incêndio para recursos de
contenção de incêndio e fumaça quando exigido pelas leis e regulamentos locais.
• FMS.8.2
ºº Novo Padrão e Propósito: Movido o conceito de saída segura da instalação da FMS.7 anterior para um
padrão próprio.
ºº ME 1: Renumerado e adaptado anterior FMS.7, ME 6.
ºº Novo ME 2: Requisito adicional para sinalização de saída claramente visível.
ºº Novo ME 3: Requisito adicional para iluminação de corredores de saída de emergência e escadas.
• FMS.8.3
ºº Novo Padrão e Propósito: Movidos os conceitos de inspeção, testes e manutenção de equipamentos
de segurança contra incêndio de FMS.7 e FMS.7.1 anteriores para um padrão próprio e destacou a
aplicação do novo Apêndice sobre Medidas Temporárias.
XXV
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
XXVI
R esumo das A lterações no Manual
ºº Novo ME 3: Requisito adicional de monitoramento para garantir que os riscos dos sistemas utilitários
sejam reduzidos ou eliminados (incorporando conceitos de FMS.9.1 anteriores, MEs 1-4).
• FMS.10.1
ºº Padrão e Propósito: Renumerado e adaptado FMS.9.
ºº ME 1: Renumerado anterior FMS.9, ME 1.
ºº ME 2: Combinado, renumerado e adaptado anterior FMS.9, MEs 2 e 3.
ºº ME 3: Adaptado do anterior FMS.9.1, ME 4.
ºº ME 4: Renumerado anterior FMS.9, ME 4.
• FMS.10.2
ºº Padrão e Propósito: Combinados, renumerados e expandidos padrões anteriores FMS.9.2 e FMS.9.2.2.
ºº ME 1: Renumerado e adaptado anterior FMS.9.2, ME 3.
ºº ME 2: Combinado, renumerado e expandido anterior FMS 9.2, MEs 1 e 2, para incluir gases
medicinais.
ºº ME 3: Renumerado e expandido FMS.9.2, ME 4 para incluir avaliação e redução de riscos de
interrupção, contaminação e falha dos sistemas utilitários essenciais listados em ME 2.
ºº ME 4: Combinado, renumerado e revisado anterior FMS.9.2.1, MEs 1 e 2, para que o hospital, pelo
menos anualmente, realize testes sobre a disponibilidade e a qualidade das fontes alternativas de água e
possa documentar os resultados.
ºº ME 5: Renumerado FMS.9.2.1 anterior, ME 3, e acrescentada a exigência para documentar os
resultados dos testes.
ºº ME 6: Renumerado anterior FMS.9.2.1, ME 5.
• Propósito de FMS.10.3 e FMS.10.3.1: Propósito revisado de FMS.9.3 anterior e combinado com
informações adicionais para o novo Padrão FMS.10.3.1 sobre qualidade da água nos serviços odontológicos
e de hemodiálise e atuação para resolver problemas com a qualidade da água.
• FMS.10.3
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior FMS.9.3.
ºº MEs 1 e 2: Renumerados anteriores FMS.9.3, MEs 1 e 2.
ºº MEs 3 e 4: Renumerados anteriores FMS.10.3, MEs 4 e 5.
ºº Novo ME 5: Requisito adicional no teste e tratamento de fontes de água de unidade(s) odontológica(s).
• FMS.10.3.1
ºº Novo Padrão e Propósito: Requisito adicional para testar água usada para hemodiálise para
contaminantes em conformidade com os padrões profissionais.
ºº Novo ME 1: Adicionado um requisito para os serviços de hemodiálise do hospital seguirem os padrões
da indústria e as diretrizes profissionais para manter a qualidade da água e implementar medidas de
controle.
ºº ME 2: Renumerado e adaptado anterior FMS.9.3, ME 3.
ºº Novo ME 3: Requisito adicional para realizar desinfecção rotineira do sistema de distribuição de água
de hemodiálise.
ºº Novo ME 4: Requisito adicional para testar todas as máquinas de hemodiálise anualmente e
documentar os resultados.
ºº Novo ME 5: Exigência adicional para estabelecer e implementar um processo de reprocessamento de
dialisadores.
• FMS.11
ºº Padrão: Renumerado e adaptado padrão anterior FMS.6 para reforçar que o hospital deve ser preparado
para responder a emergências internas e externas.
ºº Propósito: Revisado para abordar o que incluiria uma avaliação dos elementos estruturais dos edifícios
associadas aos cuidados em saúde e o planejamento de uma resposta quando a equipe talvez não possa ir
ao hospital em caso de emergência; revisou a lista de itens para os quais o hospital deve ter um processo
em seu programa de gerenciamento de emergências e desastres, incluindo a adição de planejamento para
fontes alternativas de energia e de água (que também faz parte do FMS.10.2 revisado).
XXVII
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
XXVIII
R esumo das A lterações no Manual
XXIX
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
ºº Novo ME 3: Requisito adicional para que um processo conceda aos indivíduos autorizados acesso e
privilégios à dados e informações de acordo com seu nível de acesso.
ºº ME 4: Renumerado e adaptado anterior MOI.11, ME 5 para permitir acesso apenas de acordo com o
nível de acesso de cada indivíduo.
ºº ME 5: Renumerado e adaptado anterior MOI.11, ME 2 para permitir acesso apenas de acordo com o
nível de acesso de cada indivíduo.
ºº ME 6: Renumerado ME 5 anterior.
• MOI.2.1
ºº Padrão: Combinados, renumerados e adaptados anteriores padrões MOI.2 e MOI.6
ºº Novo ME 1: Requisito adicional para realizar e documentar uma avaliação anual de risco para
identificar e priorizar riscos de segurança de dados.
ºº ME 2: Combinado e renumerado anterior MOI.6, MEs 1 e 2.
ºº Novo ME 3: Requisito adicional para implementar as melhores práticas de segurança de dados para
proteger e manter seguros dados e informações.
ºº Novo ME 4: Requisito adicional para identificar, implementar e monitorar metas e melhorias para
reduzir ou eliminar riscos de segurança de dados.
• MOI.3
ºº Propósito: Esclarecido que “outras informações” incluem mensagens de texto e e-mails que contêm
informações para prontuários clínicos.
ºº ME 1: Esclarecido que os tempos de arquivamento devem cumprir as leis e regulamentos.
• MOI.4
ºº Propósito: Informações adicionais sobre a compreensão do paciente e da equipe sobre abreviaturas e
esclarecido que os princípios se aplicam a prontuários clínicos e quaisquer comunicações eletrônicas,
como e-mail e mensagens de texto, que são usadas para se comunicar sobre o cuidado ao paciente.
• MOI.5
ºº Propósito: Expandido para abordar a disseminação oportuna de dados para pessoal interno e externo.
ºº ME 1: Expandido para identificar grupos com necessidades de dados e informações.
ºº ME 2: Dados e informações esclarecidas são recebidos de forma a apoiar a continuidade do cuidado.
ºº ME 3: Esclarecido que usuários podem estar dentro e fora do hospital.
ºº ME 4: Profissionais que prestam assistência têm acesso a dados e informações necessárias para prestar
cuidado de forma segura e eficaz.
• MOI.6
ºº Padrão: Renumerado e expandido anterior padrão MOI.7.
ºº Propósito: Descrição ampliada dos benefícios em educação e treinamento, além de fornecer informações
e exemplos de treinamento contínuo.
ºº ME 1: Combinado e expandido anterior MOI.7, MEs 1 e 2, para incluir corpo clínico e abordar o
treinamento em sistemas de informação e segurança da informação.
ºº Novo ME 2: Requisito adicional para o hospital educar, treinar e avaliar profissionais que usam um
sistema de prontuário eletrônico para garantir que eles possam usar o sistema de forma eficaz e eficiente
para cumprir suas responsabilidades.
• MOI.7
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior MOI.8.
ºº Propósito: Incluído um componente chave adicional para identificar e rastrear documentos em
circulação a serem incluídos no documento de orientação que aborda políticas e procedimentos (do
MOI.8, ME 3 anterior, letra h)
ºº ME 1: Dada a mudança no propósito, expandiu os componentes chave que um documento de
orientação por escrito deve abordar.
ºº ME 3: Renumerado anterior MOI.8, ME 4.
• MOI.7.1: Renumerado padrão anterior MOI.8.1 e seus MEs 1–4.
XXX
R esumo das A lterações no Manual
• Propósito de MOI.8 e MOI.8.1: Trazidos dos propósitos de MOI.9 e MOI.9.1 anteriores e revisados para
abordar o uso de copiar e colar (copy-and-paste), preenchimento automático, autocorreção e outras funções
na documentação.
• MOI.8
ºº Padrão: Combinados, renumerados e revisados padrões anteriores MOI.9 e MOI.11.1.1 para exigir
precisão no prontuário.
ºº ME 1: Combinado e expandido anterior MOI.9, MEs 1 e 2, e agora requer dois identificadores
exclusivos para prontuários do paciente.
ºº ME 2: Renumerado anterior MOI.9, ME 3.
ºº ME 3: Combinado, renumerado e expandido anteriormente MOI.11.1.1, MEs 1 e 2.
ºº MEs 4 e 5: Renumerados e expandidos anteriores MOI.11.1.1, MEs 3 e 4.
• MOI.8.1
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior MOI.9.1.
ºº ME 2: Renumerado anterior MOI.9.1, ME 2, e esclarecido que os prontuários contêm informações
adequadas para promover a continuidade do cuidado.
ºº ME 3: Combinado anterior MOI.9.1, MEs 3 e 4.
• MOI.9
ºº Padrão: Renumerado padrão anterior MOI.11.1 e seus MEs 1–3.
ºº Propósito: Extraiu informações aplicáveis dos propósitos anteriores do MOI.11 e MOI.11.1 e
adicionou informações sobre o uso de assistentes ou escriturários (escrivão, secretário, escrevedor) da
documentação.
ºº ME 4: Renumerado anterior MOI.11, ME 3
ºº Novo ME 5: Requisito adicional para abordar o uso de escriturários (escrivão, secretário, escrevedor)
que auxiliam na documentação no prontuário do paciente.
• MOI.10: Renumerado padrão anterior MOI.12 e removida a referência à completitude do prontuário
(como é abordado nos MEs).
• MOI.11
ºº Novo Padrão e Propósito: Requisito adicional para a liderança do hospital identificar um indivíduo
qualificado para supervisionar sistemas de tecnologia da informação em saúde.
ºº Propósito: Desenvolvido do propósito anterior do MOI.13 e expandido para discutir a importância
dos sistemas de tecnologia da informação em saúde e do indivíduo que supervisiona a tecnologia da
informação em saúde, incluindo a identificação das principais responsabilidades desse indivíduo.
ºº ME 1: Renumerado e adaptado anterior GLD.7, ME 4.
ºº Novo ME 2: Adicionado um requisito para o indivíduo qualificado supervisionar os sistemas de
tecnologia da informação em saúde do hospital.
ºº ME 3: Combinado, renumerado e expandiu anteriormente MOI.13, MEs 1 e 2.
ºº ME 4: Renumerado e expandido anterior MOI.13, ME 3, adicionando exigência para monitorar
sistemas de tecnologia da informação em saúde e implementar melhorias com base nos resultados da
avaliação.
• MOI.12
ºº Novo Padrão e Propósito: Requisito adicional para manter a segurança e confidencialidade das
informações dos pacientes quando o hospital permite dispositivos móveis para mensagens de texto,
e-mail e/ou outras comunicações (trazendo alguns conceitos do COP.2.2 anterior).
ºº ME 1: Renumerado e adaptado anterior COP.2.2, ME 5.
ºº Novo ME 2: Requisito adicional para implementar diretrizes e processos de segurança da informação
quando dispositivos móveis são usados para comunicar dados e informações dos pacientes.
ºº Novo ME 3: Requisito adicional para documentar quaisquer dados e informações fornecidos através de
mensagens de texto ou e-mails em dispositivos móveis nos registros médicos.
ºº Novo ME 4: Requisito adicional para obter o consentimento do paciente para participar de um portal
eletrônico de pacientes e/ou receber mensagens de texto ou e-mails.
XXXI
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Glossário
• Glossários alinhados em todos os programas de acreditação e certificação da JCI, resultando na adição,
revisão substantiva e exclusão de termos
XXXII
Introdução
Esta introdução apresenta a Joint Commission International (JCI) e explica como o manual de Padrões de
Acreditação da Joint Commission International para Hospitais, 7ª Edição, é organizado. Como em cada uma das seis
edições anteriores, buscamos refletir o pensamento mais atual nas práticas e conceitos de segurança do paciente
para ajudar as organizações acreditadas e não acreditadas a descobrir seus riscos de segurança mais urgentes e
avançar nos seus objetivos de melhoria contínua da qualidade. Esperamos apoiar o trabalho de tornar os cuidados
de saúde os mais seguros possíveis.
Leia primeiro este capítulo para entender a estrutura e o conteúdo deste manual. Esta introdução fornece
informações sobre os seguintes tópicos:
• O valor da acreditação JCI
• O processo de desenvolvimento de padrões
• Como o manual é organizado
• Aplicando os padrões em sua organização
• Como usar o manual de padrões
• Requisitos gerais de elegibilidade
Depois de ter uma melhor compreensão de como usar este manual, leia a seção “Requisitos Gerais de
Elegibilidade” desta introdução para verificar se sua organização é elegível para a acreditação JCI. Em seguida,
familiarize-se com os capítulos dos padrões JCI e como os padrões tornam os cuidados de saúde mais seguros.
Se você tiver dúvidas sobre os padrões ou o processo de acreditação, entre em contato com a JCI em
JCIAccreditation@jcrinc.com.
1
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
• Proporciona uma vantagem competitiva: Conseguir o acreditação é uma demonstração visível para os
pacientes e para a comunidade de que seu hospital está comprometido em fornecer a mais alta qualidade,
assistência e serviços mais seguros. Também o diferencia de outros hospitais que oferecem os mesmos tipos
de cuidado, tratamento e serviços.
• Ajuda a organizar e fortalecer seus esforços de melhoria: A acreditação abrange conceitos de melhoria de
desempenho que ajudam a melhorar continuamente a qualidade e padronizar seus processos de cuidado,
tratamento e serviços.
2
Introdução
2. Para os hospitais que buscam acreditação pela primeira vez, esta é a data após a qual todas as avaliações
e decisões de acreditação serão baseadas nos padrões da 7ª edição. Se você se candidatar à avaliação e for
avaliado até 1º de janeiro de 2021, a avaliação no local (on-site) avaliará a conformidade dos padrões ainda
da 6ª edição.
3
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
com um padrão. As organizações podem usar os MEs para trazer clareza aos padrões, ajudar a organização
a entender completamente os requisitos, orientar na preparação de acreditação e educar líderes executivos,
líderes de departamento/serviço, profissionais de saúde e profissionais sobre as padrões.
• Exemplos: Os exemplos estão incluídos nos propósitos de muitos padrões para ilustrar melhor as
expectativas de conformidade. Para tornar os exemplos mais evidentes para o usuário, o termo, por
exemplo, ou exemplo(s) é impresso em texto em negrito. Exemplos são considerados consultivos e não são
exigidos ou pontuados.
• Notas: Ocasionalmente, a notas são usados para fornecer às organizações e avaliadores informações
adicionais ou esclarecedoras. Uma Nota pode fornecer informações de aplicabilidade, definir um termo ou
explicar um conceito. (Todos os termos-chave são definidos no “Glossário” na parte de final deste manual).
• Referências cruzadas (cross-references): Colocada entre parênteses após uma declaração ou parágrafo dentro
de um propósito, uma referência cruzada ajuda a identificar um ou mais padrões relacionados, se ele está
localizado no mesmo capítulo ou em um capítulo diferente. Essas referências cruzadas devem ajudar o
usuário a encontrar rapidamente o conteúdo relacionado ao tópico de um padrão específico.
• Referências: Localizada no final de cada capítulo de padrões, a lista de referência é usada para fornecer às
organizações e avaliadores informações adicionais ou esclarecedoras sobre o conteúdo abordado por um
capítulo de padrões específicos. Esse recurso funciona como suporte para os padrões, citando evidências
importantes que fornecem assistência para alcançar a conformidade. Referências de vários tipos - de
avaliação clínica a diretrizes práticas - também podem ser citadas no texto do propósito de um padrão.
4
Introdução
No entanto, a menos que sejam deliberadamente incluídas na estrutura da qualidade, as atividades de educação e
pesquisa geralmente são parceiras despercebidas na qualidade e melhoria do cuidado ao paciente. Para tratar dessa
preocupação, os padrões da JCI na Seção IV, os capítulos “Educação Médica Profissional” (MPE) e “Programas
de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos” (HRP), apresentam uma estrutura para incluir a educação médica e a
pesquisa nas atividades de qualidade e segurança do paciente de instituições acadêmicas.
Muitas organizações de saúde podem se considerar um centro médico acadêmico, mas apenas as organizações que
atendem à definição da JCI são obrigadas a cumprir os padrões MPE e HRP apresentados na Seção IV deste manual.
A JCI considerará um hospital candidato como um centro médico acadêmico elegível se atender aos seguintes três
critérios:
1. É integrado (por organização ou administração) com uma escola de medicina.
2. É o principal local para a formação de ambos, (a) estudantes de medicina (ou seja, graduandos) e (b)
estagiários de pós-graduação em medicina ((por exemplo, residentes ou estagiários) de tal escola de
medicina.
3. No momento da solicitação de acreditação, realiza pesquisa clínica com aprovação e supervisão de um
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).
Todos os hospitais que atendam aos critérios de elegibilidade do centro médico acadêmico devem cumprir os
requisitos da Seção IV (bem como os requisitos detalhados nas Seções II e III) para alcançar a acreditação JCI.
As organizações com dúvidas sobre sua elegibilidade para uma acreditação hospitalar como centro médico acadêmico,
devem entrar em contato com o Escritório Central de Acreditação da JCI em JCIAccreditation@jcrinc.com.
5
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
6
Introdução
Prédio principal
O local em que o hospital oferece a maioria dos programas de especialidade médica para estagiários de
pós-graduação médica (por exemplo, residentes ou estagiários) e não apenas uma especialidade, como de
especialidade única (por exemplo, um hospital oftalmológico, odontológico ou ortopédico).
Avaliação médica
Avaliação básica, clínica e de serviços de saúde que inclui diversos tipos de estudos de avaliação, como
ensaios clínicos, intervenções terapêuticas, desenvolvimento de novas tecnologias médicas e avaliações de
resultados, entre outros. (Hospitais que realizam principalmente estudos e/ou pesquisas com indivíduos
não humanos, isentas de revisão por comitê de ética em pesquisa, como estudos de revisão de prontuários
médicos, estudos de caso e avaliações envolvendo dados/espécimes sem informações individualmente
identificáveis, não atendem ao critério 3 dos critérios de elegibilidade de um centro médico acadêmico).
7
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
8
Seção I: Requisitos para Participação na Acreditação
9
Participação na
Requisitos para
Acreditação
Seção I:
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Seção I: Requisitos para Participação na Acreditação
10
Requisitos para
na Acreditação (APR)
Acreditação (APR)
Visão geral
Esta seção consiste em requisitos específicos para participação no processo de acreditação da Joint Commission
International (JCI) e para a manutenção de um selo de acreditação.
Para um hospital que busca acreditação pela primeira vez, o cumprimento de muitas das APRs é avaliado
durante a avaliação inicial. Para o hospital já acreditado, o cumprimento das APRs é avaliado ao longo do ciclo
de acreditação, por meio de avaliações no local (on-site), do Plano Estratégico de Melhoria (SIP) e de atualizações
periódicas de dados e informações específicas do hospital.
As organizações estão em conformidade ou não com as APRs. Quando um hospital não está em conformidade
com determinadas APRs, o hospital pode ser solicitado a apresentar um SIP, ou o descumprimento pode
resultar em ser colocado em risco de negação de acreditação. No entanto, a recusa em permitir a realização de
atividades de avaliação no local, como limitar ou negar acesso a profissionais autorizados da JCI (APR.4), levará
à perda ou negação da acreditação. Como a exigência é avaliada e as consequências do descumprimento são
descritas em cada APR.
Observe que as APRs não são pontuadas da mesma forma que os capítulos dos padrões, e sua avaliação não
impacta diretamente o resultado de uma avaliação de acreditação.
Requisitos
A seguir, uma lista de todos os Requisitos de Participação na Acreditação. Eles são apresentados aqui para sua
conveniência sem suas razões, métodos de avaliação e consequências do não cumprimento. Para obter mais
informações sobre esses padrões, consulte a próxima seção neste capítulo, Requisitos, Racionalidades, Métodos
de Avaliação e Consequências do Descumprimento. A JCI se reserva o direito de atualizar periodicamente seus
Requisitos para Participação na Acreditação (APRs) e reconhece o site da JCI Direct Connect como o local oficial
para a publicação de todas as APRs atuais.
APR.1 O hospital atende a todos os requisitos para envios oportunos de dados e informações à Joint
Commission International (JCI).
APR. 2 O hospital fornece à JCI informações precisas e completas em todas as fases do processo de
Acreditação.
APR. 3 O hospital informa, no prazo de 30 dias da data efetiva, qualquer alteração no perfil do hospital
(formulário de solicitação) ou informações fornecidas à JCI através do E-App antes e entre as
avaliações.
APR. 4 O hospital permite avaliações no local de padrões e conformidade com as políticas, ou verificação de
questões de qualidade e segurança, relatórios ou sanções da autoridade reguladora, a critério da JCI.
APR. 5 O hospital permite que a JCI solicite (do hospital ou órgão externo) e revise um original ou uma cópia
autenticada dos resultados e relatórios de avaliações externas de órgãos publicamente reconhecidos.
APR. 6 No momento não está em vigor.
APR. 7 O hospital seleciona e utiliza medidas como parte de seu sistema de medição de melhoria de
qualidade.
11
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
APR. 8 O hospital apresenta com precisão o seu status de acreditação e os programas e serviços aos quais
se aplica a acreditação JCI. Somente hospitais com a Acreditação JCI atual podem exibir o Selo de
Requisitos para Participação
APR. 9 Qualquer membro da equipe do hospital (clínica ou administrativa) pode relatar questões sobre a
segurança do paciente e a qualidade do atendimento à JCI, sem ação de retaliação do hospital.
Para apoiar essa cultura de segurança, o hospital deve comunicar aos profissionais que tal notificação
é permitida. Além disso, o hospital deve deixar claro aos profissionais que nenhuma ação disciplinar
formal (por exemplo, demissões, redesignações ou mudança de condições de trabalho ou horas)
ou ações punitivas informais (por exemplo, assédio, isolamento ou abuso) serão permitidas como
retaliação por relatar questões à JCI.
APR. 10 Os serviços de tradução e interpretação organizados pelo hospital para uma avaliação de Acreditação
e quaisquer atividades relacionadas, são fornecidos por profissionais qualificados de tradução e
interpretação que não tenham relação com o hospital.
Tradutores e intérpretes qualificados fornecem ao hospital e à JCI documentação de sua experiência
em tradução e interpretação. A documentação pode incluir, mas não se limita a, o seguinte:
• Comprovação de ensino avançado em inglês e na língua do hospital anfitrião.
• Comprovação de experiência de tradução e interpretação, preferencialmente na área de saúde.
• Comprovação de emprego como tradutor ou intérprete profissional, preferencialmente em tempo
integral.
• Evidência de formação continuada em tradução e interpretação, preferencialmente na área de saúde.
• Adesão em associações profissionais de tradução e interpretação.
• Resultados dos testes de proficiência em tradução e interpretação, quando aplicável.
• Certificações de tradução e interpretação, quando aplicável.
• Outras credenciais relevantes de tradução e interpretação.
Em alguns casos, a JCI pode fornecer às organizações uma lista de tradutores e intérpretes que
atendam aos requisitos listados acima.
APR.11 O hospital notifica o público sobre como entrar em contato com a Direção do Hospital e com a JCI
para relatar questões sobre a segurança do paciente e a qualidade do atendimento.
Os métodos de aviso podem incluir, mas não se limitam a, distribuição de informações sobre a JCI,
incluindo informações de contato em materiais publicados, como folhetos e/ou postagem dessas
informações no site do hospital.
Um link é fornecido para relatar uma questão de segurança do paciente ou qualidade de cuidado à
JCI: www.jointcommissioninternational.org/contact-us/report-a-quality-and-safety-issue/
Os hospitais que buscam a acreditação inicial devem estar preparados para discutir seu plano sobre
como o cumprimento deste APR será alcançado quando acreditado.
APR.12 O hospital presta assistência ao paciente em um ambiente que não oferece risco de ameaça imediata à
segurança do paciente, à saúde pública ou à segurança dos funcionários.
12
R equisitos para Participação na Acreditação (APR)
na Acreditação (APR)
A JCI reserva-se o direito de atualizar seus Requisitos de Participação na Acreditação (APRs) de tempos em
tempos e reconhece o site JCI Direct Connect como o local oficial para a postagem de todas as APRs atuais.
Requisito APR.1
O hospital atende a todos os requisitos para envios oportunos de dados e informações à Joint Commission
International (JCI).
Avaliação de APR.1
A avaliação ocorre ao longo do ciclo trienal da acreditação, em relação às submissões necessárias.
Requisito APR.2
O hospital fornece à JCI informações precisas e completas em todas as fases do processo de acreditação.
13
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Para efeitos desta exigência, a falsificação de informações é definida como a fabricação, total ou parcialmente, de
qualquer informação fornecida por um requerente ou organização acreditada à JCI. A falsificação pode incluir
Requisitos para Participação
Avaliação de APR.2
A avaliação deste APR começa durante o processo de aplicação e continua enquanto o hospital for acreditado ou
buscando acreditação pela JCI.
Requisito APR.3
O hospital informa, no prazo de 30 dias da data efetiva, qualquer alteração no perfil do hospital ou informações
fornecidas à JCI através do E-App antes e entre as avaliações.
14
R equisitos para Participação na Acreditação (APR)
Avaliação de APR.3
na Acreditação (APR)
ou por uma avaliação de extensão.
Requisito APR.4
O hospital permite avaliações no local de padrões e conformidade com as políticas, ou verificação de questões de
qualidade e segurança, relatórios ou sanções da autoridade reguladora, a critério da JCI.
Avaliação de APR.4
A avaliação deste requisito está em andamento durante qualquer fase da acreditação.
Requisito APR.5
O hospital permite que a JCI solicite (do hospital ou órgão externo) e revise uma cópia original ou autenticada dos
resultados e relatórios de avaliações externas de órgãos publicamente reconhecidos.
Avaliação de APR.5
Quando solicitado, o hospital fornece à JCI todos os registros oficiais, relatórios e recomendações de agências
externas, como licenciamento, relatórios, e outros documentos de governo ou de órgãos de fiscalização. A JCI
também pode solicitar tais relatórios diretamente da agência externa. Os relatórios podem ser solicitados durante
qualquer fase da acreditação, inclusive durante uma avaliação de acreditação ou como parte da avaliação de uma
questão de qualidade ou um incidente.
15
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Quando o hospital não fornecer um relatório oficial, quando solicitado durante uma avaliação, os padrões
relevantes serão pontuados fora da conformidade e o hospital poderá ser obrigado a passar por uma avaliação focal
na Acreditação (APR)
por causa para revisar o relatório e os padrões pertinentes. Quando o hospital não fornece um relatório solicitado
durante outras fases da acreditação, pode ser necessário uma avaliação focal por causa.
Requisito APR.6
Atualmente não está em vigor.
Requisito APR.7
O hospital seleciona e utiliza medidas como parte de seu sistema de medição de melhoria de qualidade.
Avaliação de APR.7
A seleção e o uso de medidas de qualidade são avaliados em todas as fases de acreditação, principalmente durante
o processo de avaliação no local.
16
R equisitos para Participação na Acreditação (APR)
Requisito APR.8
na Acreditação (APR)
Acreditação JCI. Somente hospitais com a Acreditação JCI atual podem exibir o Selo de Aprovação de Ouro®
(Golden Seal)
Avaliação de APR.8
A conformidade com essa exigência é avaliada em todas as fases de acreditação do hospital.
Requisito APR.9
Qualquer membro da equipe do hospital (clínica ou administrativa) pode relatar questões sobre a segurança do
paciente e a qualidade do atendimento à JCI sem ação de retaliação do hospital.
Para apoiar essa cultura de segurança, o hospital deve comunicar aos profissionais que tal notificação é permitida.
Além disso, o hospital deve deixar claro aos profissionais que nenhuma ação disciplinar formal (por exemplo,
demissões, redesignações ou mudança de condições ou de horários de trabalho) ou ações punitivas informais
(por exemplo, assédio, isolamento ou abuso) serão permitidas ou realizadas em retaliação por notificar questões à
JCI. (Veja também GLD.13 e GLD.13.1)
Avaliação de APR.9
A avaliação dessa exigência é ao longo de todas as fases de acreditação e inclui, mas não se limita a, informações
tanto de atividades no local quanto fora do local ou de investigação de denúncias submetidas à JCI.
17
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Requisito APR.10
Requisitos para Participação
Os serviços de tradução e interpretação organizados pelo hospital para uma avaliação de acreditação e quaisquer
na Acreditação (APR)
atividades relacionadas, são fornecidos por profissionais qualificados de tradução e interpretação que não tenham
relação com o hospital.
Tradutores e intérpretes qualificados fornecem ao hospital e à JCI documentação de sua experiência em tradução e
interpretação. A documentação pode incluir, mas não se limita a, o seguinte:
• Comprovação de ensino avançado em inglês e na língua do hospital anfitrião.
• Comprovação de experiência de tradução e interpretação, preferencialmente na área de saúde.
• Comprovação de emprego como tradutor ou intérprete profissional, preferencialmente em tempo integral.
• Evidência de formação continuada em tradução e interpretação, preferencialmente na área de saúde.
• Adesão em associações profissionais de tradução e interpretação.
• Resultados dos testes de proficiência em tradução e interpretação, quando aplicável.
• Certificações de tradução e interpretação, quando aplicável.
• Outras credenciais relevantes de tradução e interpretação.
Em alguns casos, a JCI pode fornecer às organizações uma lista de tradutores e intérpretes que atendam aos
requisitos listados acima.
Avaliação de APR.10
O hospital enviará os currículos dos tradutores selecionados no prazo de 8 (oito) semanas antes do início de qualquer
avaliação da JCI. A equipe da JCI obterá uma declaração de conflito de interesses assinada de cada tradutor. Para
avaliações não anunciadas, a equipe de avaliação da JCI avaliará as credenciais dos tradutores no local.
18
R equisitos para Participação na Acreditação (APR)
Requisito APR.11
na Acreditação (APR)
questões sobre a segurança do paciente e a qualidade do atendimento.
Os métodos de aviso podem incluir, mas não se limitam a, divulgação de informações sobre a JCI, incluindo
informações de contato em materiais publicados, como folhetos e/ou postagem dessas informações no site do hospital.
O link a seguir é fornecido para relatar uma questão de segurança ou qualidade do cuidado à JCI:
www.jointcommissioninternational.org/contact-us/report-a-quality-and-safety-issue/.
Os hospitais que buscam a acreditação inicial devem estar preparados para discutir seu plano sobre como o
cumprimento deste APR será alcançado quando acreditados.
Avaliação de APR.11
Os avaliadores irão avaliar como o hospital atende a essa exigência durante o processo de avaliação.
Requisito APR.12
O hospital presta assistência ao paciente em um ambiente que não oferece risco de ameaça imediata à
segurança do paciente, à saúde pública ou à segurança dos profissionais.
Avaliação de APR.12
A avaliação ocorre principalmente durante o processo de avaliação no local, e também por meio de outros
relatórios ou reclamações e/ou sanções por uma autoridade reguladora, durante todas as fases da acreditação.
19
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Requisitos para Participação
na Acreditação (APR)
20
Seção II:
Padrões Centrados
no Paciente
21
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Seção II: Padrões Centrados no Paciente
22
Metas Internacionais
Visão geral
Este capítulo aborda as Metas Internacionais de Segurança do Paciente (IPSG), conforme exigido para
implementação a partir de 1 de janeiro de 2011 em todas as organizações acreditadas pela Joint Commission
International (JCI) sob os Padrões Internacionais para Hospitais.
O objetivo das Metas Internacionais de Segurança do Paciente é promover melhorias específicas na segurança do
paciente. As Metas destacam áreas problemáticas na atenção à saúde e descrevem soluções de consenso baseadas
em evidências e de especialistas para esses problemas. Reconhecendo que a estruturação de sistemas de alerta é
intrínseca à prestação de cuidados de saúde seguros e de alta qualidade, as metas geralmente se concentram em
soluções de sistema amplos, sempre que possível.
As metas estão estruturadas da mesma forma que os outros padrões, incluindo um padrão (definição de meta),
uma declaração de propósito e elementos de mensuração (MEs). As metas são pontuadas de forma semelhante
aos outros padrões como “conforme”, “parcialmente conforme” ou “não conforme”. As regras de decisão de
acreditação incluem o cumprimento das metas como regra de decisão separada.
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro
documento escrito para processos específicos. Esses padrões são indicados por um ícone após o texto padrão.
Metas
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
sem suas declarações de propósito ou elementos mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Metas, Propósitos e Elementos Mensuração.
23
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
IPSG. 3.2 O hospital desenvolve e implementa um processo para gerenciar o uso seguro de
eletrólitos concentrados.
Segurança do Paciente (IPSG)
Metas Internacionais de
Padrão IPSG.1
O hospital desenvolve e implementa um processo para melhorar a precisão na identificação dos pacientes.
Propósito do IPSG.1
Erros de identificação de pacientes ocorrem em praticamente toas as fases do diagnóstico e tratamento.
Os pacientes podem estar sedados, desorientados, não totalmente alertas ou em coma; podem mudar de leitos,
quartos ou locais dentro do hospital; podem ter deficiências sensoriais; podem não se lembrar de sua identidade;
ou podem estar sujeito a outras situações que podem levar a erros na identificação correta. O propósito dessa
meta é duplo: primeiro, identificar de forma confiável o indivíduo como a pessoa para quem o serviço ou
tratamento se destina; segundo, para combinar o serviço ou tratamento com esse indivíduo. (Veja também
IPSG.4.1; MMU.4.2; MMU.5.2)
O cuidado seguro começa com a identificação adequada. O processo de identificação utilizado em todo o hospital
requer pelo menos duas maneiras de identificar um paciente, como nome do paciente, número de identificação,
data de nascimento, pulseira com código de barras ou outras formas. O número do quarto do paciente ou a
localização no hospital não podem ser usados para identificação. Os dois identificadores usados para identificar
24
Metas Internacionais de Segurança do Paciente (IPSG)
o paciente, podem ser diferentes em circunstâncias diferentes. Por exemplo, durante uma interação verbal do
paciente, os identificadores do paciente utilizados podem consistir em nome e a data de nascimento do paciente.
Metas Internacionais de
exclusivo para o prontuário do paciente, o nome do paciente e um número de identificação podem ser usados.
Os dois identificadores usados devem ser consistentes dentro de uma área. Os dois identificadores utilizados
devem ser consistentes dentro de uma área. Por exemplo, se o nome e a data de nascimento do paciente forem
utilizados em interações verbais com o paciente na unidade, esses mesmos dois identificadores devem ser
usados em todas as interações verbais com o paciente. Da mesma forma, se o nome do paciente e o número de
identificação ou número de prontuário forem usados durante o intervalo para procedimentos cirúrgicos/invasivos,
para rotular amostras ou para relatar exames diagnósticos, e similares, esses mesmos dois identificadores devem
ser usados em todas as circunstâncias semelhantes. É uma prática recomendada que o paciente esteja envolvido no
processo de identificação, na medida do possível. (Veja também MOI.8.1)
Existem circunstâncias especiais em que o hospital pode precisar desenvolver um processo específico para
identificação do paciente; por exemplo, quando um paciente em coma ou confuso/desorientado chega sem
identificação, no caso de um recém-nascido quando os pais não escolheram imediatamente um nome, e outros
exemplos. O processo leva em conta as necessidades únicas dos pacientes, e os funcionários utilizam o processo
de identificação do paciente nessas circunstâncias especiais para evitar erros.
Dois identificadores diferentes do paciente são necessários em qualquer circunstância envolvendo intervenções
do paciente. Por exemplo, os pacientes são identificados antes de prestar tratamentos (como administrar
medicamentos, sangue ou hemoderivados; servir uma bandeja de dieta restrita; ou fornecer radioterapia);
(Ver também MMU.6.1; COP.3.4); para procedimentos de intervenção (como inserção de linha intravenosa ou
hemodiálise); e antes de qualquer procedimento diagnóstico (como tirar sangue e outras amostras para exames
clínicos ou realizar um cateterismo cardíaco ou procedimento de radiologia diagnóstica).
Além do uso de dois identificadores para identificar o paciente em circunstâncias envolvendo intervenções
do paciente, pelo menos dois identificadores também são utilizados na rotulagem de elementos associados ao
plano de cuidado e tratamento do paciente. Por exemplo, amostras de sangue e amostras patológicas devem
ser rotuladas usando pelo menos dois identificadores. Outros exemplos incluem a identificação das bandejas de
dietas, rotulagem de leite materno que é extraído e armazenado para bebês hospitalizados, e outros tratamentos
preparados especificamente para o paciente. (Veja também AOP.5.7)
Padrão IPSG.2
O hospital desenvolve e implementa um processo para melhorar a eficácia da comunicação verbal e/ou telefônica
entre os prestadores de cuidado.
Padrão IPSG.2.1
O hospital desenvolve e implementa um processo para relatar resultados críticos de exames diagnósticos.
25
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão IPSG.2.2
Segurança do Paciente (IPSG)
communication).
26
Metas Internacionais de Segurança do Paciente (IPSG)
Metas Internacionais de
do hospital. Por exemplo, a transição de cuidado do paciente para uma área clínica pode exigir um processo
diferente ou conteúdo diferente das transições para o centro cirúrgico, para a unidade de terapia intensiva, no
entanto, as transições são padronizadas para cada tipo de transição que ocorre.
Formulários ou ferramentas de transição, se utilizados pelo hospital, não são obrigados a fazer parte do
prontuário. Além disso, as informações detalhadas comunicadas durante a transição não são necessárias para
serem documentadas no prontuário; no entanto, o hospital pode querer ter a documentação de que a transição
ocorreu. Por exemplo, o profissional de saúde registraria que completou a transição e para quem transferiu a
responsabilidade pelo cuidado e, em seguida, assinaria, com data e hora da transferência. (Veja também MOI. 9)
Práticas seguras para uma comunicação eficaz incluem:
• Limitar a comunicação verbal de prescrição ou medicamentos a situações urgentes em que a comunicação
imediata escrita ou eletrônica não seja viável. Por exemplo, ordens verbais podem ser proibidas quando o
prescritor está presente e o prontuário do paciente está disponível. As ordens verbais podem ser restritas a
situações em que é difícil ou impossível para transmissão de cópia impressa ou eletrônica, como durante
um procedimento com material estéril.
• Elaboração de diretrizes para solicitação e recebimento de resultados de exames em base emergencial ou
STAT (usado como diretiva para o pessoal médico durante uma situação de emergência, é da palavra
latina statim, que significa “instantaneamente” ou “imediatamente”), identificação e definições de
exames críticos e valores críticos, a quem e por quem os resultados críticos dos exames são relatados, e
monitoramento da conformidade.
• Anotar, ou entrar em um computador, o pedido completo ou o resultado do exame pelo receptor das
informações; o receptor lendo de volta o pedido ou o resultado do exame; e o emissor confirmando que
o que foi escrito e lido de volta é preciso. Podem ser identificadas alternativas admissíveis para quando
o processo de ler de volta (read-back) pode ser sempre possível, como no centro cirúrgico e em situações
emergentes no pronto-socorro ou unidade de terapia intensiva. (Veja também COP.2)
• Utilização de conteúdo padronizado e crítico para comunicação entre paciente, família, profissional
de saúde e outros envolvidos no cuidado do paciente durante a transição do cuidado do paciente
• Utilização de métodos, formulários ou ferramentas padronizadas para facilitar transições consistentes e
completas do cuidado do paciente
27
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
3. Os dados de eventos adversos resultantes das comunicações de transição são rastreados e usados para
identificar maneiras pelas quais as transições podem ser melhoradas e melhorias são implementadas.
Padrão IPSG.3
O hospital desenvolve e implementa um processo para melhorar a segurança de medicamentos de alta vigilância.
Padrão IPSG.3.1
O hospital desenvolve e implementa um processo para melhorar a segurança de medicamentos com aparência/
grafia ou sons semelhantes (look-alike/sound-like). .
Padrão IPSG.3.2
O hospital desenvolve e implementa um processo para gerenciar o uso seguro de eletrólitos concentrados.
28
Metas Internacionais de Segurança do Paciente (IPSG)
pacientes ou novos medicamentos adicionados à estrutura de serviços do hospital que são considerados de alto
risco, então a lista precisa ser atualizada de forma extraordinária.
29
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
1. O hospital identifica por escrito sua lista de medicamentos com aparências/grafias ou sons semelhantes.
Metas Internacionais de
Padrão IPSG.4
O hospital desenvolve e implementa um processo de verificação pré-operatória (Sign in) e para a marcação do sítio
do procedimento cirúrgico/invasivo.
Padrão IPSG.4.1
O hospital desenvolve e implementa um processo para o time-out, que é realizado imediatamente antes do início
do procedimento cirúrgico/invasivo e para a conferência de saída (Sign out) que é realizada após o procedimento.
30
Metas Internacionais de Segurança do Paciente (IPSG)
de sempre identificar o paciente correto, procedimento correto, e local correto. Os elementos essenciais do
Protocolo Universal são
Metas Internacionais de
• marcação do local cirúrgico; e
• o intervalo que é realizado imediatamente antes do início do procedimento (time out).
Time-out
O time-out é realizado imediatamente antes do início do procedimento com todos os membros da equipe
presentes. Durante o time-out a equipe confere os seguintes componentes:
a. Identidade correta do paciente (Veja também IPSG.1)
b. Procedimento correto a ser feito
c. Local correto do procedimento cirúrgico/invasivo
31
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
O time-out permite que quaisquer perguntas ou dúvidas sem resposta sejam resolvidas. O time-out é realizado
no local em que o procedimento será feito e envolve a participação ativa de toda a equipe. O paciente não precisa
Segurança do Paciente (IPSG)
participar do time-out. Quando o time-out está completo, ninguém da equipe sai da sala. A conclusão do time-out
Metas Internacionais de
é documentada e inclui a data e a hora em que o time-out foi concluído. O hospital determina a quantidade e o
tipo de documentação adicional. (Veja também MOI.9)
Padrão IPSG.5
O hospital adota e implementa diretrizes de higiene das mãos baseadas em evidências para reduzir o risco de
infecções associadas aos cuidados de saúde.
32
Metas Internacionais de Segurança do Paciente (IPSG)
Padrão IPSG.5.1
Metas Internacionais de
intervenções baseadas em evidências para melhorar os resultados dos pacientes e reduzir o risco de infecções
associadas aos cuidados de saúde.
33
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
3. Intervenções baseadas em evidências (como pacotes (bundles)) utilizadas para reduzir o risco de infecções
associadas aos cuidados de saúde são avaliadas pelos profissionais de saúde para conformidade e melhora
nos desfechos clínicos.
Padrão IPSG.6
O hospital desenvolve e implementa um processo para reduzir o risco de danos ao paciente decorrentes de quedas
para a população de pacientes internados.
Padrão IPSG.6.1
O hospital desenvolve e implementa um processo para reduzir o risco de danos ao paciente decorrentes de quedas
para a população de serviços externos.
34
Metas Internacionais de Segurança do Paciente (IPSG)
móveis e equipamentos de exercício. Quando locais específicos são identificados como áreas de maior risco de
quedas, as organizações podem determinar que todos os pacientes que visitam esses locais são considerados de
Metas Internacionais de
Todos os pacientes internados são avaliados para risco de queda utilizando ferramentas de avaliação e/ou métodos
adequados para a população de pacientes do hospital. Por exemplo, pacientes pediátricos necessitam de uma
ferramenta de avaliação de risco de queda pediátrica, pois uma ferramenta desenvolvida para adultos não avaliará
com precisão o risco de quedas.
No serviço externo, os pacientes são examinados por risco de queda; no entanto, somente aqueles pacientes cuja
condição, diagnóstico, situação e/ou localização os identificam como em risco de queda são examinados. Se o
risco de queda for indicado a partir da triagem, medidas e/ou intervenções são implementadas para reduzir o risco
de queda desses pacientes.
A triagem geralmente envolve a realização de uma avaliação simples do paciente para determinar se ele ou ela
apresenta um risco de queda. Ferramentas de triagem são comumente utilizadas e incluem perguntas ou itens
que são usados para identificar pacientes com risco de queda. Por exemplo, as perguntas podem exigir uma
resposta simples de sim/não, ou a ferramenta pode envolver a atribuição de uma pontuação a cada item com base
nas respostas do paciente. As organizações podem determinar como o processo de triagem ocorre. Por exemplo,
a triagem pode ser realizada por profissionais de recepção, ou os pacientes podem ser autorizados a fazer a auto
triagem, como em um balcão ao entrar no departamento de serviços externos. Exemplos de perguntas simples
de triagem podem incluir “Você se sente instável ao ficar em pé ou andando?”; “Você se preocupa em cair?; “Você
caiu no ano passado?”
O hospital determina quais pacientes de serviços externos são examinados para risco de queda. A localização e
o risco situacional, bem como a condição e características do paciente, podem ajudar a identificar aqueles que
devem ser examinados para quedas. Exemplos podem incluir todos os pacientes em um serviço externo de
fisioterapia, todos os pacientes que chegam de instalações de longa duração de ambulância para procedimentos
de serviços externos, pacientes agendados para cirurgia de serviços externos envolvendo sedação ou anestesia,
pacientes com distúrbios de marcha ou equilíbrio, pacientes com deficiência visual, pacientes pediátricos com
menos de dois anos, e assim por diante.
35
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
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37
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Segurança do Paciente (IPSG)
Metas Internacionais de
38
Acesso ao Cuidado
e Continuidade do
Cuidado (ACC)
Visão geral
Acesso ao Cuidado e
profissionais de saúde. Os hospitais precisam considerar o cuidado prestado como parte de um sistema integrado
de prestadores de serviços, profissionais de saúde e níveis de atenção, que compõem um cuidado contínuo.
O objetivo é corresponder corretamente as necessidades de saúde do paciente com os serviços disponíveis,
coordenar os serviços oportunos e de alta qualidade prestados ao paciente na organização e, em seguida, planejar
a alta, transferência e acompanhamento. O resultado é a melhoria dos resultados do cuidado ao paciente e o uso
mais eficiente dos recursos disponíveis.
A informação é essencial para tomar decisões corretas sobre:
• quais necessidades do paciente podem ser atendidas pela organização da saúde;
• priorização para pacientes com necessidades urgentes ou imediatas;
• fluxo eficiente de serviços ao paciente;
• acesso a serviços intensivos ou especializados;
• coordenação e continuidade do cuidado;
• encaminhamento, transferência ou alta do paciente para sua casa ou para outro ambiente de cuidado;
• transporte seguro de pacientes.
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro documento
escrito para processos específicos. Esses padrões são indicados por um ícone após o texto padrão.
Padrões
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
Internação no Hospital
ACC.2 O hospital possui um processo de gestão do fluxo de pacientes em todo o hospital que inclui a
internação e o registro de pacientes nos serviços externos.
39
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Continuidade do Cuidado
ACC.3 O hospital projeta e executa processos para a continuidade dos serviços de cuidado ao paciente no
hospital, coordenação entre os profissionais de saúde e acesso a informações relacionadas ao cuidado
do paciente.
ACC.3.1 Durante todas as fases da internação, há um indivíduo qualificado identificado como
Continuidade do Cuidado (ACC)
Transferência de Pacientes
ACC.5 O hospital desenvolve um processo de transferência de pacientes para outras organizações de saúde
com base no seu estado, nas necessidades de atender às suas demandas de atenção contínua e na
capacidade da organização receptora de atender às necessidades dos pacientes.
ACC.5.1 A organização receptora recebe um resumo por escrito da condição clínica do paciente
e das intervenções realizadas pelo hospital de encaminhamento, e o processo está
documentado no prontuário do paciente.
Transporte
ACC.6 Os serviços de transporte do hospital cumprem as leis e regulamentos pertinentes e atendem aos
requisitos de qualidade e transporte seguro.
40
Acesso ao Cuidado e Continuidade do Cuidado (ACC)
Padrão ACC.1
Os pacientes que podem ser internados ou que procuram serviços de serviços externos são triados para identificar
se suas necessidades de saúde correspondem à missão e recursos do hospital, e aqueles com necessidades
emergentes, urgentes ou imediatas são priorizados para avaliação e tratamento.
Propósito de ACC.1
Acesso ao Cuidado e
de primeiro contato. A avaliação inicial pode ser feita por meio de critérios de triagem no departamento
de emergência ou serviço externo de urgência, avaliação visual, exame físico ou resultados de avaliações
laboratoriais, psicológicas, clínicas ou diagnósticas previamente realizadas. A triagem pode ocorrer a partir de
uma fonte de referência, durante o transporte de emergência, ou quando o paciente chega ao hospital.
É importante que as decisões de tratar, transferir ou encaminhar sejam tomadas somente após os resultados
das avaliações de triagem estarem disponíveis. Somente os pacientes para os quais o hospital possui
capacidade clínica para prestar os serviços necessários, ou seja, condiz com sua missão, são considerados para
internação ou cadastrados para serviços externos. (Veja também AOP.1)
Pacientes com necessidades emergentes, urgentes ou imediatas são identificados por profissionais treinados,
em um processo de triagem reconhecido, para determinar quais pacientes precisam de cuidados imediatos e
como é dada prioridade para seu cuidado. No processo de triagem está incluído o reconhecimento precoce
dos sinais e sintomas de doenças transmissíveis. Quando identificados como emergentes, urgentes ou que
necessitam de necessidades imediatas, esses pacientes são avaliados e recebem cuidado o mais rápido possível.
Os pacientes identificados com potenciais doenças transmissíveis são segregados e/ou isolados conforme
necessário. (Veja também PCI. 12) Os pacientes podem ser avaliados por um médico ou outro indivíduo
qualificado antes de outros pacientes, receber serviços de diagnóstico o mais rápido possível e iniciar o
tratamento para atender às suas necessidades.
Certos exames de triagem ou exames diagnósticos podem ser necessários para cada paciente internado ou o
hospital pode identificar triagens e exames específicos para determinadas populações de pacientes. Por exemplo,
todos os pacientes com diarreia ativa devem ter uma triagem para Clostridioides difficile (C diff), e certos tipos
de pacientes requerem triagem para Staphylococcus aureus resistente à meticilina, bem como todos os pacientes
provenientes de instalações de cuidados de longo prazo. Exames ou avaliações específicas de triagem são
identificados quando o hospital os exige antes da admissão ou registro.
Quando o hospital não tem capacidade clínica para prestar os serviços necessários, o paciente é transferido,
encaminhado ou auxiliado na identificação de fontes de serviços para atender às suas necessidades. Quando o
hospital não consegue atender às necessidades do paciente com uma condição de emergência e o paciente necessita
de transferência para um nível mais elevado de cuidado, o hospital que transfere deve fornecer e documentar o
tratamento inicial prestado dentro de sua capacidade, antes do transporte. (Veja também ACC.5 e ACC.6)
41
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão ACC.1. 1
O hospital considera as necessidades clínicas dos pacientes e informa os pacientes quando há atrasos incomuns
Continuidade do Cuidado (ACC)
Propósito de ACC.1. 1
Os pacientes são informados quando há longos atrasos conhecidos para serviços de diagnóstico e/ou tratamento
ou quando a obtenção de cuidados planejados pode exigir colocação em uma lista de espera; por exemplo,
aguardar um transplante de órgãos, demorar na obtenção de um exame diagnóstico devido a consultas
limitadas ou aguardar um procedimento cirúrgico eletivo devido à disponibilidade limitada de salas de
cirurgia. Os pacientes são informados dos motivos associados ao atraso e são informados de alternativas, se
disponíveis. Essa exigência se aplica aos serviços de cuidado e/ou diagnóstico hospitalar e de serviços externos e
não se aplica a períodos de espera menores ou habituais para cuidados em serviço externo ou hospitalar, como
quando um médico está atrasado ou quando o pronto-socorro está lotado, e a sala de espera está cheia. (Veja
também ACC.2) Para alguns serviços, como oncologia ou transplante, os atrasos podem ser consistentes com as
padrões nacionais para esses serviços e, portanto, diferentes dos atrasos para serviços de diagnóstico e/ou outros
serviços de tratamento.
Internação no Hospital
Padrão ACC.2
O hospital possui um processo de gestão do fluxo de pacientes em todo o hospital que inclui a internação e o
registro de pacientes nos serviços externos.
Propósito de ACC.2
O fluxo de pacientes é considerado o movimento de pacientes em todo o hospital, do ponto de admissão ao
ponto de alta; ou no caso de pacientes externos, desde o ponto de registro até o ponto de saída. O gerenciamento
do fluxo de pacientes em todo o hospital melhora a coordenação dos cuidados, a segurança do paciente e os
resultados de saúde e é essencial para evitar a espera e a superlotação no departamento de emergência, dos
42
Acesso ao Cuidado e Continuidade do Cuidado (ACC)
Acesso ao Cuidado e
g. Acesso a serviços de apoio para pacientes internados (como trabalho social, apoio religioso ou espiritual,
e afins)
Monitorar e melhorar esses processos são estratégias úteis para reduzir os problemas de fluxo do paciente.
Profissionais de diferentes departamentos e especialidades em todo o hospital — unidades de internação,
emergência, equipe médica, enfermagem, administração, serviços ambientais, gerenciamento de riscos — podem
contribuir significativamente para a compreensão e resolução de problemas no fluxo de pacientes. Medidas e
metas ajudam a identificar impactos em todas as unidades, revelar ciclos e tendências ao longo do tempo e apoiar
a prestação de contas em todos os níveis da organização. (Veja também GLD.3.1)
O cuidado de observação na emergência deve ser usado apenas como uma solução temporária para a superlotação
do hospital. Os planos do hospital identificam um prazo pelo qual os pacientes em observação serão transferidos
da emergência e de outras áreas de manutenção temporária do hospital, para leitos de internação designados.
As expectativas aqui visam orientar os hospitais no fornecimento de áreas seguras, com pessoal adequado para o
cuidado necessário, e a avaliação, reavaliação e cuidado (dentro das capacidades do hospital) dos pacientes que
estão sujeitos à internação enquanto aguardam leitos. (Veja também ACC.1.1)
Padrão ACC.2.1
As necessidades do paciente para serviços preventivos, paliativos, curativos e de reabilitação são priorizadas com
base na condição do paciente no momento da internação.
43
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Propósito de ACC.2.1
Quando os pacientes são considerados internados no hospital, a avaliação de triagem ajuda os profissionais de saúde
a identificar e priorizar os serviços preventivos, curativos, de reabilitação e paliativos necessários pelo paciente e
selecionar o serviço ou unidade adequado para atender às necessidades mais urgentes ou prioritárias do paciente.
Padrão ACC.2.2
Acesso ao Cuidado e
Na internação o paciente e a família recebem educação e orientação sobre a unidade clínica de internação,
informações sobre o cuidado proposto e quaisquer custos esperados para o cuidado, e os resultados esperados
do cuidado.
Propósito de ACC.2.2
Durante o processo de internação, os pacientes e seus familiares recebem informações suficientes para tomar
decisões com conhecimento. São fornecidas informações sobre o cuidado proposto, os resultados esperados e
qualquer custo esperado ao paciente ou à família, quando não pago por uma fonte pública ou privada. Quando
existem restrições financeiras relacionadas ao custo do cuidado, o hospital busca formas de superar essas restrições.
Essas informações podem ser por escrito ou fornecidas verbalmente, registradas no prontuário do paciente.
A segurança é um aspecto importante do cuidado ao paciente. A orientação sobre o ambiente de internação e
sobre os equipamentos relacionados aos cuidados e serviços prestados, é um componente essencial da segurança
do paciente. (Veja também PCC.2 e COP.3.2)
Padrão ACC.2.3
O hospital estabelece critérios para admissão e alta dos departamentos/unidades que prestam serviços intensivos
ou especializados.
Propósito de ACC.2.3
Departamentos/unidades que prestam cuidados intensivos ou especializados (por exemplo, cuidados
intensivos pós-cirúrgicos, cuidados com pacientes queimados ou cuidados com pacientes transplantados de
órgãos/tecidos) são caros e geralmente são limitados em espaço e pessoal, assim os hospitais podem restringir
a admissão a esses departamentos/unidades especializadas (por exemplo, a internação no departamento de
44
Acesso ao Cuidado e Continuidade do Cuidado (ACC)
terapia intensiva/unidade pode ser restrita apenas aos pacientes com condições clínicas viáveis e não permitida
para pacientes cuja condição foi identificada como terminal). Nesses casos, o hospital deve estabelecer critérios
para determinar os pacientes que necessitam do nível de atenção prestado nesses departamentos/unidades
especializadas. (Veja também GLD.10)
Para garantir a consistência, os critérios devem utilizar a priorização de diagnósticos e/ou e parâmetros objetivos,
incluindo critérios fisiológicos, quando possível. Para hospitais com serviços psiquiátricos, a admissão em um
departamento/unidade psiquiátrica pode incluir a gravidade de critérios de doença que podem ou não incluir
critérios fisiológicos. Participam do desenvolvimento dos critérios, profissionais das equipes da emergência
e dos serviços intensivos ou especializados. Os critérios são utilizados para determinar a entrada direta no
departamento/unidade; por exemplo, diretamente do departamento de emergência. Os critérios também são
utilizados para determinar a admissão no departamento/unidade do próprio hospital ou de fora do hospital
(quando um paciente é transferido de outro hospital).
Pacientes internados em um departamento/unidade especializado requerem reavaliação para identificar quando a
condição do paciente mudou, de forma que o cuidado especializado não possa mais ser necessário. Por exemplo,
quando o estado fisiológico do paciente se estabilizou e o acompanhamento e tratamento intensivo não são mais
Acesso ao Cuidado e
para uma área que forneça um nível de cuidado menos intensivo (como um departamento médico/cirúrgico,
clínico ou cuidados paliativos).
Continuidade do Cuidado
Padrão ACC.3
O hospital projeta e executa processos para a continuidade dos serviços de cuidado ao paciente no hospital,
coordenação entre os profissionais de saúde e acesso a informações relacionadas ao cuidado do paciente.
Propósito de ACC.3
Os pacientes podem ser transferidos dentro do hospital de um serviço ou unidade de internação para um serviço
ou unidade de internação diferente durante o curso de cuidados e tratamento. À medida que os pacientes passam
pelo hospital desde a internação até a alta ou transferência, vários departamentos e serviços e muitos profissionais
de saúde podem estar envolvidos na prestação de cuidados. Em todas as fases de cuidado, as necessidades
do paciente são combinadas com os recursos necessários dentro e, quando necessário, fora do hospital. A
continuidade é aprimorada quando todos os profissionais de saúde têm as informações necessárias das experiências
médicas atuais e passadas do paciente para ajudar na tomada de decisão e, quando vários tomadores de decisão
estão prestando cuidados, esses tomadores de decisão concordam com o cuidado e os serviços a serem prestados.
45
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Para que o cuidado ao paciente pareça perfeito, o hospital precisa projetar e implementar processos de
continuidade e coordenação do cuidado entre médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde em:
a. serviços de emergência e internação;
b. serviços de diagnóstico e tratamento;
c. serviços de tratamento cirúrgico e não cirúrgico;
d. programas de cuidado em serviços externos; e
e. outras organizações e outras configurações de cuidado.
O prontuário do paciente é fonte primária de informação sobre o processo assistencial e o progresso do paciente
e, portanto, é uma ferramenta essencial de comunicação. Para que essas informações sejam úteis e apoiem a
continuidade do cuidado do paciente, ela precisa estar disponível durante o cuidado hospitalar, para consultas em
serviços externos e, em outros momentos, conforme necessário e atualizado. Os registros médicos, de enfermagem
e outros registros de cuidado ao paciente estão disponíveis para todos os profissionais de saúde do paciente que
precisam deles para o cuidado do paciente. (Veja também MOI. 5)
Quando a equipe de cuidado muda em decorrência de uma transferência, a continuidade do cuidado do
Continuidade do Cuidado (ACC)
paciente exige que informações essenciais relacionadas ao paciente sejam transferidas com ele ou ela para que
medicamentos e outros tratamentos possam continuar ininterruptos, e o estado do paciente possa ser monitorado.
Acesso ao Cuidado e
Para garantir que cada equipe de cuidado receba as informações necessárias para o cuidado, o prontuário do
paciente é transferido ou as informações do prontuário do paciente são resumidas na transferência e fornecidas à
equipe de cuidado que recebe o paciente. Tal resumo inclui:
f. a razão da admissão;
g. achados significativos;
h. diagnóstico;
i. procedimentos realizados;
j. medicamentos;
k. outros tratamentos; e
l. a condição do paciente na transferência.
Os líderes dos departamentos e serviços trabalham juntos para projetar e implementar os processos de
coordenação e continuidade do cuidado. Esses processos podem ser apoiados com o uso de ferramentas como
diretrizes, fluxogramas clínicos, planos de cuidado, formulários de referência, checklists e afins. (Veja também
COP.3) O hospital identifica os responsáveis pela coordenação dos serviços. Esses indivíduos podem coordenar
todo o cuidado ao paciente (por exemplo, entre departamentos) ou podem ser responsáveis por coordenar o
cuidado de pacientes individuais (por exemplo, gerente de caso). Essa coordenação assistencial é melhor realizada
utilizando critérios ou políticas estabelecidas que determinam a adequação das transferências dentro do hospital.
(Veja também IPSG.2.2; COP.2; COP.9.3; e ASC.7.2)
46
Acesso ao Cuidado e Continuidade do Cuidado (ACC)
Padrão ACC.3.1
Durante todas as fases da internação, há um indivíduo qualificado identificado como responsável pelo cuidado ao
paciente.
Propósito de ACC.3.1
Para manter a continuidade do cuidado durante toda a permanência do paciente no hospital, é claramente
identificado o indivíduo com responsabilidade geral pela coordenação e continuidade do cuidado do paciente
ou fase particular do cuidado do paciente. Este indivíduo pode ser um médico ou outro indivíduo qualificado.
(Veja também COP.2) O indivíduo responsável é identificado no prontuário do paciente. Um único indivíduo que
prestar a supervisão do cuidado durante toda a internação hospitalar melhorará a continuidade, a coordenação,
a satisfação do paciente, a qualidade e, potencialmente, os resultados e, portanto, é desejável para certos
pacientes complexos e outros, que o hospital possa identificar esse indivíduo. Esse indivíduo precisaria colaborar
e se comunicar com os demais profissionais de saúde. Além disso, a política do hospital identifica o processo
Acesso ao Cuidado e
ou cobertura. Quando um paciente passa de uma fase de cuidado para outra (por exemplo, da cirurgia para
a reabilitação), o indivíduo responsável pelo cuidado do paciente pode mudar, ou o mesmo indivíduo pode
continuar supervisionando o cuidado do paciente.
Padrão ACC.4
O hospital desenvolve e implementa um processo de planejamento e encaminhamento de alta que se baseia na
prontidão do paciente para alta.
Padrão ACC.4.1
O processo de planejamento de alta hospitalar aborda a educação e a instrução do paciente e da família
relacionadas à necessidade de cuidado contínuo do paciente e serviços contínuos.
47
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Encaminhar ou indicar um paciente a um profissional de saúde fora do hospital, outro ambiente assistencial,
domiciliar ou familiar baseia-se no estado de saúde do paciente e na prontidão para alta. O médico ou indivíduo
responsável pelo seu cuidado deve determinar a prontidão para encaminhamento ou alta com base nas políticas e
critérios relevantes ou indicações de encaminhamento e alta estabelecidas pelo hospital.
O processo de planejamento de alta inclui identificar as necessidades de cuidado do paciente ou serviços
contínuos. Necessidades contínuas podem significar encaminhamento a um médico especialista, terapeuta
de reabilitação ou mesmo necessidades preventivas de saúde coordenadas em casa pela família. O hospital
identifica quaisquer necessidades que o paciente possa ter para cuidado psicossocial ou físico, tratamento e
serviços após alta ou transferência.
Um processo organizado é necessário para garantir que quaisquer necessidades contínuas sejam atendidas por
profissionais de saúde ou organizações externas adequados. Os pacientes podem precisar de serviços de apoio e
serviços médicos na alta. Por exemplo, os pacientes podem precisar de suporte social, nutricional, financeiro,
psicológico ou outro suporte na alta. A disponibilidade e o uso real desses serviços de suporte podem, em grande
parte, determinar a necessidade de serviços médicos contínuos. O processo de planejamento de alta inclui o tipo
do serviço de suporte necessário e a disponibilidade de tal serviço.
Continuidade do Cuidado (ACC)
Para pacientes não encaminhados ou transferidos diretamente para outro profissional de saúde, instruções
claras sobre onde e como receber o cuidado continuado são essenciais para garantir os melhores resultados de
Acesso ao Cuidado e
cuidado e que todas as necessidades de cuidado sejam atendidas. As instruções incluem o nome e a localização
dos locais para cuidado continuado, qualquer retorno ao hospital para acompanhamento e quando o cuidado
urgente deve ser obtido. O processo inclui encaminhar os pacientes para unidades de cuidados fora da região,
quando necessário.
Quando indicado, o hospital começa a planejar as necessidades contínuas o mais cedo possível no processo de
cuidado. O paciente, a família do paciente, os profissionais de saúde e outros prestadores envolvidos no cuidado,
serviços e tratamento do paciente participam do planejamento da alta ou transferência.
A educação e a instrução do paciente e da família são componentes importantes do plano de alta e apoiam
o retorno do paciente aos níveis funcionais anteriores e a manutenção da saúde ideal. O processo de alta
aborda a necessidade de educação do paciente e da família sobre como gerenciar as necessidades de cuidados
contínuos do paciente em casa. Materiais e processos padronizados são utilizados para educar os pacientes
sobre temas relacionados ao seu cuidado e tratamento contínuos após a alta hospitalar. As instruções de
educação e acompanhamento do paciente são fornecidas ao paciente de forma e linguagem que o paciente
entenda. (Veja também PCC.2)
Com base nas necessidades de cuidados contínuos identificadas do paciente, a educação e a instrução de alta
podem incluir, mas não se limitam a, os seguintes tópicos:
• Revisão de todos os medicamentos a serem tomados em casa
• Uso seguro e eficaz de todos os medicamentos, incluindo potenciais efeitos colaterais de medicamentos
• Interações potenciais entre medicamentos prescritos e outros medicamentos (incluindo preparações sem
prescrição) e alimentos
• Dieta e nutrição
• Gerenciamento da dor conforme necessário
• Uso seguro e eficaz de equipamentos médicos, conforme apropriado
• Técnicas de reabilitação, conforme apropriado.
48
Acesso ao Cuidado e Continuidade do Cuidado (ACC)
5. Os pacientes não encaminhados ou transferidos diretamente recebem instruções, por escrito, sobre
quando voltar ao hospital para cuidados continuados, se apropriado, e quando e como obter atendimento
de urgência.
6. O planejamento e as instruções de alta estão documentados no prontuário do paciente e fornecidos ao
paciente por escrito.
Acesso ao Cuidado e
5. Pacientes e famílias são educados sobre o gerenciamento da dor conforme apropriado.
6. Pacientes e familiares são educados sobre o uso seguro e eficaz de equipamentos médicos e técnicas de
reabilitação conforme apropriado.
Padrão ACC.4. 2
O resumo completo da alta é preparado para todos os pacientes internados, e uma cópia do resumo de alta está
contida no prontuário do paciente.
Propósito de ACC.4. 2
O resumo da alta fornece uma visão geral da permanência do paciente no hospital. Um resumo do cuidado do
paciente é preparado na alta hospitalar. Qualquer indivíduo qualificado pode compilar o resumo da alta, como
o médico do paciente, um profissional da casa ou um escriturário. Uma cópia do resumo da alta é fornecida ao
médico que será responsável pelo cuidado contínuo ou pelo acompanhamento do paciente.
Uma cópia é dada ao paciente quando indicada pela política do hospital ou por prática comum consistente com
as leis e a cultura. Nos casos em que os detalhes do acompanhamento do paciente são desconhecidos, como com
pacientes que são visitantes de outra região ou país, uma cópia do resumo da alta é dada ao paciente. (Veja também
MOI.4) A cópia do resumo da alta é colocada no prontuário médico do paciente.
O resumo inclui o seguinte:
a. Motivo para admissão, diagnósticos e comorbidades
b. Achados físicos e outros significativos
c. Procedimentos diagnósticos e terapêuticos realizados
d. Medicamentos administrados durante a internação com potencial para produzir efeitos residuais após a
descontinuação da medicação
e. Todos os medicamentos para serem tomados em casa
f. A condição/estado do paciente no momento da alta (exemplos incluem “condição melhorada”, “condição
inalterada” e afins)
g. Instruções de acompanhamento
49
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
3. Uma cópia do resumo da alta é fornecida ao médico responsável pelo cuidado contínuo ou o
acompanhamento do paciente.
4. Uma cópia do resumo da alta é fornecida ao paciente nos casos em que as informações relativas
ao médico responsável pela continuidade do cuidado ou pelo acompanhamento do paciente são
desconhecidas.
5. Uma cópia do resumo de alta completa é colocada no prontuário do paciente em um período de tempo
identificado pelo hospital.
Padrão ACC.4.2.1
Os prontuários dos pacientes que recebem cuidado de emergência incluem o horário de chegada e saída, as
conclusões no término do tratamento, a condição do paciente na alta e as instruções de acompanhamento.
Continuidade do Cuidado (ACC)
Propósito de ACC.4.2.1
Acesso ao Cuidado e
O registro de cada paciente que recebe cuidado de emergência inclui os horários de chegada e de saída. Essas
informações são registradas para todos os pacientes do pronto-socorro, incluindo aqueles que recebem alta
hospitalar, transferidos para outra unidade ou internados. O tempo de saída pode ser quando o paciente sai
fisicamente do pronto-socorro para ir para casa ou para outra unidade, ou o momento em que o paciente
é transferido para outra unidade como internado. Para os pacientes que recebem alta do pronto-socorro, o
prontuário inclui as conclusões no término do tratamento, a condição do paciente na alta e as instruções de
acompanhamento. (Veja também ACC.1)
Padrão ACC.4.3
Os prontuários de pacientes externos que necessitam de cuidados complexos ou com diagnósticos complexos
contêm perfis da assistência (profile) prestada e são disponibilizados aos profissionais de saúde que prestam
cuidado a esses pacientes.
Propósito de ACC.4.3
Quando o hospital presta cuidado e tratamento contínuos para pacientes de serviços externos com diagnósticos
complexos e/ou que necessitam de cuidados complexos (por exemplo, pacientes atendidos várias vezes por
múltiplos problemas, múltiplos tratamentos, em múltiplas clínicas e/ou similares), pode haver um número
acumulado de diagnósticos e medicamentos e um histórico clínico em evolução e achados de exames físicos.
É importante que qualquer profissional de saúde em todos os serviços que prestam cuidado a esse paciente, tenha
acesso às informações sobre o cuidado que está sendo prestado. (Veja também ACC.3) As informações podem
estar contidas em um perfil assistencial do paciente ou em uma breve visão geral. O objetivo de um perfil é
ter informações críticas de forma rápida e fácil aos profissionais de saúde, especialmente quando há múltiplos
prestadores. O desenvolvimento de um perfil é necessário se o departamento de serviços externos utiliza registros
médicos físicos ou eletrônicos.
O processo de fornecimento dessas informações aos profissionais de saúde inclui:
50
Acesso ao Cuidado e Continuidade do Cuidado (ACC)
• identificar os tipos de pacientes que recebem cuidados complexos e/ou com diagnósticos complexos (como
pacientes atendidos na clínica cardíaca com múltiplas comorbidades ou pacientes com insuficiência renal
em estágio terminal);
• identificar das informações necessárias pelos profissionais clínicos que tratam esses pacientes;
• determinar qual processo será utilizado para garantir que as informações clínicas necessárias pelos
profissionais clínicos sejam fáceis de recuperar e fáceis de revisar; e
• avaliar o processo para verificar se as informações e a implementação atendem às necessidades dos
profissionais clínicos e melhoram a qualidade e segurança dos serviços clínicos externos.
Acesso ao Cuidado e
recuperar e revisar.
4. O processo é avaliado para verificarr se atende às necessidades dos profissionais clínicos e melhora a
qualidade e a segurança das consultas clínicas de serviços externos.
Padrão ACC.4.4
O hospital possui um processo para o gerenciamento e acompanhamento de pacientes que notificam a equipe do
hospital que pretendem deixar o tratamento e o hospital contra aconselhamento médico.
Padrão ACC.4.4.1
O hospital possui um processo para o gerenciamento de pacientes que saem do hospital contra orientação médica
sem notificar a equipe do hospital.
51
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
ou radioterapia) e não retorna para tratamento, o hospital deve fazer um esforço para entrar em contato com o
paciente para informá-lo de possíveis riscos. Se o paciente tiver um médico de família conhecido pelo hospital,
o hospital, a fim de reduzir o risco de dano, deve notificar aquele médico.
O hospital estabelece esse processo para ser coerente com as leis e regulamentos aplicáveis. Quando aplicável, o
hospital relata casos de doenças infecciosas e fornece informações às autoridades locais e nacionais de saúde sobre
pacientes que podem se prejudicar ou a outros, conforme necessário. (Veja também PCI.1)
5. O processo é consistente com as leis e regulamentos aplicáveis, incluindo requisitos para relatar casos de
doenças infecciosas e casos em que os pacientes podem ser uma ameaça para si mesmos ou para outros.
6. Quando coerente com as leis e regulamentos regionais, o hospital desenvolve um processo para permitir
que os pacientes deixem o hospital, durante o curso planejado do tratamento, em um passe aprovado e
por um período de tempo definido.
Transferência de Pacientes
Padrão ACC.5
O hospital desenvolve um processo de transferência de pacientes para outras organizações de saúde com base no
seu estado, nas necessidades de atender às suas demandas de atenção contínua e na capacidade da organização
receptora de atender às necessidades dos pacientes.
Propósito de ACC.5
A transferência de um paciente para uma organização externa baseia-se no estado do paciente e na necessidade
de serviços de saúde contínuos. A transferência pode ser em resposta à necessidade de cuidado e tratamento
especializados, serviços de urgência ou serviços menos intensivos (como assistência subaguda ou reabilitação a
longo prazo) ou por solicitação do paciente e/ou da família por motivos pessoais. Os critérios ajudam a identificar
quando uma transferência é necessária para garantir que as necessidades do paciente sejam atendidas. (Veja
também ACC.1)
52
Acesso ao Cuidado e Continuidade do Cuidado (ACC)
Ao encaminhar um paciente para outra organização, o hospital de origem deve determinar se a organização
receptora presta serviços para atender às necessidades do paciente e tem capacidade de receber o paciente.
Essa determinação geralmente é feita com bastante antecedência, e a disposição para receber pacientes e as
condições de transferência são descritas em afiliações ou acordos formais ou informais. Essa determinação
prévia garante a continuidade do cuidado e que as necessidades assistenciais do paciente serão atendidas. As
transferências podem ocorrer para outras unidades de tratamento ou serviços especializados sem contratos de
transferência formais ou informais.
Transferir um paciente diretamente para outra organização de saúde pode ser um processo breve com um
paciente alerta e que conversa, ou pode envolver a movimentação de um paciente em coma que precisa de
enfermagem contínua ou supervisão médica. Em ambos os casos, o paciente necessita de acompanhamento e
pode precisar de equipamento médico especializado, mas as qualificações do indivíduo que faz o monitoramento
e o tipo de equipamento médico necessário são significativamente diferentes. Assim, a condição e o estado do
paciente determinam as qualificações do profissional que monitora o paciente e o tipo de equipamento médico
necessário durante a transferência.
É necessário um processo consistente para prover os meios como os pacientes são transferidos de uma organização
Acesso ao Cuidado e
• critérios para quando a transferência é necessária para atender às necessidades do paciente;
• quem é responsável pelo paciente durante a transferência;
• quais medicamentos, insumos e equipamentos médicos são necessários durante a transferência;
• um mecanismo de acompanhamento que forneça a condição do paciente durante a transferência e na
chegada à organização receptora;
• o que é feito quando a transferência para outra unidade de cuidado não é possível.
O hospital avalia a qualidade e a segurança do processo de transferência para garantir que os pacientes sejam
transferidos com pessoal qualificado e equipamentos médicos corretos para a condição do paciente.
Padrão ACC.5.1
A organização receptora recebe um resumo por escrito da condição clínica do paciente e das intervenções
realizadas pelo hospital de encaminhamento, e o processo está documentado no prontuário do paciente.
53
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Propósito de ACC.5. 1
Para garantir a continuidade do cuidado, as informações do paciente são transferidas com o paciente. Uma cópia
do resumo da alta ou outro resumo clínico escrito é fornecida à organização receptora com o paciente. (Veja
também MOI.4) O resumo inclui pelo menos:
a. a condição ou estado clínico do paciente;
b. os procedimentos e outras intervenções previstas; e
c. as necessidades contínuas do paciente.
O prontuário de cada paciente transferido para outra organização de saúde contém documentação da
transferência. A documentação inclui o nome da organização e o nome do indivíduo que concorda em receber
o paciente, o motivo da transferência e quaisquer condições especiais de transferência (como quando há vaga
disponível na organização receptora ou o estado do paciente). Além disso, é feito o registro se a condição
ou o estado do paciente mudaram durante a transferência (por exemplo, o paciente morre ou necessita de
ressuscitação). Qualquer outra documentação exigida pela política do hospital (por exemplo, uma assinatura
do enfermeiro ou médico receptor, o nome do indivíduo que monitorou o paciente durante o transporte) está
Continuidade do Cuidado (ACC)
Transporte
Padrão ACC.6
Os serviços de transporte do hospital cumprem as leis e regulamentos pertinentes e atendem aos requisitos de
qualidade e transporte seguro.
Propósito de ACC.6
O processo de encaminhamento, transferência e/ou alta de pacientes inclui entender suas necessidades de
transporte e garantir seu transporte seguro para casa ou para a próxima unidade de cuidados. Em particular,
é necessário avaliar as necessidades de transporte dos pacientes que necessitam de assistência. Por exemplo,
pacientes de centros de cuidados de longa permanência ou centros de reabilitação que necessitam de serviços
externos ou avaliação no pronto-socorro, podem chegar de ambulância ou outro veículo médico. Após a
conclusão do serviço, o paciente pode precisar de assistência com transporte de volta para sua casa ou outra
unidade. Em outras situações, os pacientes podem se dirigir ao hospital para um procedimento que prejudique sua
capacidade de dirigir para casa (como cirurgia ocular ou procedimento que exija sedação). Avaliar as necessidades
de transporte e garantir um transporte seguro para os pacientes que necessitam de assistência é responsabilidade
do hospital. Dependendo da política do hospital e das leis e regulamentos da região, o custo do transporte pode
ou não ser de responsabilidade do hospital.
O tipo de transporte vai variar, dependendo das necessidades do paciente, e pode ser por ambulância ou outros
veículos de propriedade ou contratados pelo hospital ou por uma fonte designada pela família. O hospital
54
Acesso ao Cuidado e Continuidade do Cuidado (ACC)
garante que os profissionais responsáveis pelo acompanhamento do paciente ou pelo cuidado a outros pacientes
durante o transporte, tenham as qualificações necessárias para o tipo de paciente que está sendo transferido.
(Veja também SQE.3)
Quando os veículos de transporte são de propriedade do hospital, eles precisam cumprir todas as leis e
regulamentos aplicáveis relacionados à sua operação, condição e manutenção. O hospital identifica as situações
de transporte que têm risco de infecção e implementa estratégias para reduzir o risco de infecção. (Veja também
PCI.4) Os medicamentos, equipamentos e outros insumos necessários dentro do veículo são baseados nos tipos de
pacientes transportados. (Veja também MMU.3 e PCI. 6) Por exemplo, simplesmente levar pacientes geriátricos
para casa, vindos de consultas ou de serviços externos, é muito diferente de transferir uma doença infecciosa ou
paciente com queimaduras para outro hospital.
Se o hospital contrata os serviços de transporte, o hospital deve ter certeza de que o contratante cumpre padrões
semelhantes para a segurança do paciente e do veículo. Quando os serviços de transporte são prestados pelo
Ministério da Saúde, uma organização de seguros/planos ou outra entidade que não está sob o controle ou
supervisão do hospital, relatar questões de qualidade e segurança à organização responsável, fornece feedback
valioso que podem ajudar na tomada de decisões de qualidade relacionadas ao transporte de pacientes.
Acesso ao Cuidado e
Elementos de mensuração de ACC.6
1. O processo de encaminhamento e/ou alta de pacientes inclui uma avaliação das necessidades de
transporte para pacientes que podem precisar de assistência.
2. Os serviços de transporte, incluindo serviços contratados, e veículos de transporte pertencentes ao
hospital, atendem às leis e regulamentos relevantes e às exigências do hospital para a qualidade e
segurança do transporte.
3. Todos os veículos utilizados para transporte, contratados ou de propriedade do hospital, cumprem
o programa de prevenção e controle de infecções e possuem equipamentos médicos, insumos e
medicamentos adequados para atender às necessidades do paciente transportado.
4. O transporte fornecido ou providenciado é adequado às necessidades e condições do paciente.
5. Há um processo em andamento para monitorar a qualidade e segurança do transporte fornecido ou
providenciado pelo hospital, incluindo um processo de reclamação.
55
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
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57
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Continuidade do Cuidado (ACC)
Acesso ao Cuidado e
58
Cuidado Centrado
no Paciente (PCC)
Visão geral
Cada paciente e sua família têm suas próprias necessidades, pontos fortes, valores e crenças. A educação do
paciente e da família ajuda os pacientes a entender melhor e participar de seus cuidados e tomar decisões de
cuidado bem informadas. As organizações de saúde trabalham para estabelecer confiança e comunicação aberta
com os pacientes e para compreender e proteger os valores culturais, psicossociais e espirituais de cada paciente.
Os resultados do cuidado ao paciente podem ser melhorados quando os pacientes e, conforme apropriado, seus
familiares e/ou aqueles que tomam decisões em seu nome estão bem informados e envolvidos em decisões e
processos assistenciais de forma que correspondam às suas expectativas culturais.
Para promover os direitos do paciente e o cuidado centrado no paciente, as organizações começam por definir
esses direitos e envolver os pacientes e seus familiares na tomada de decisões sobre o cuidado do paciente.
Os pacientes precisam estar bem informados de seus direitos e como agir sobre eles. Os membros da equipe
multidisciplinar são ensinados a entender e respeitar as crenças e valores dos pacientes e a prestar cuidados
atenciosos e respeitosos que promovam e protejam a dignidade e a autoestima dos pacientes.
Este capítulo aborda processos para:
• identificar, proteger e promover os direitos do paciente;
• informar os pacientes sobre seus direitos;
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
• incluir a família do paciente, quando apropriado, nas decisões sobre o cuidado do paciente;
• incorporar a satisfação e a experiência do paciente na qualidade do cuidado;
• obter consentimento informado;
• educar os profissionais sobre os direitos do paciente e da família; e
• informar pacientes e familiares sobre o processo de supervisão do hospital para a captação de órgãos
e tecidos.
A forma como esses processos são realizados em uma organização depende das leis e regulamentos locais de seu
país e de quaisquer convenções, tratados ou acordos internacionais sobre direitos humanos endossados pelo país.
Esses processos estão relacionados à forma como uma organização presta assistência à saúde de forma
equitativa, dada a estrutura do sistema de prestação de cuidados de saúde e os mecanismos de financiamento
da saúde do país.
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro
documento escrito para processos específicos. Esses padrões são indicados por um após o texto padrão.
Padrões
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
59
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
PCC. 4 O consentimento geral para o tratamento, se obtido quando um paciente é internado ou é registrado
pela primeira vez como serviço externo, é claro em seu escopo e limites.
PCC. 4.1 O consentimento informado do paciente é obtido através de um processo definido
pelo hospital e realizado por uma equipe treinada, de uma forma e linguagem que o
paciente possa entender.
PCC. 4.2 O consentimento informado é obtido antes da cirurgia, anestesia, sedação, uso de
sangue e hemoderivados e outros tratamentos e procedimentos de alto risco.
PCC. 4.3 Pacientes e familiares recebem informações adequadas sobre a condição do paciente,
tratamento ou procedimento proposto e sobre os profissionais de saúde, para que
possam conceder consentimento e tomar decisões sobre sua saúde.
PCC. 4.4 O hospital estabelece um processo, no contexto da lei e da cultura existentes, para
quando outros podem conceder consentimento.
60
Cuidado Centrado no Paciente (PCC)
Padrão PCC.1
O hospital é responsável por fornecer processos que apoiem os direitos dos pacientes e das famílias durante o
cuidado.
Propósito do PCC.1
A liderança do hospital é a principal responsável pela forma como um hospital tratará seus pacientes. Assim,
a liderança precisa conhecer e entender os direitos do paciente e da família e as responsabilidades do hospital
identificadas em leis e regulamentos. Em seguida, a liderança fornece orientação aos líderes de departamentos/
serviços que garantem que os profissionais de todo o hospital assumam a responsabilidade de proteger
esses direitos. Para efetivamente proteger e promover os direitos dos pacientes, a liderança trabalha e busca
compreender suas responsabilidades em relação à comunidade atendida pelo hospital. (Veja também GLD.3.1)
Muitas vezes, o desejo do paciente é de ter a família participando de suas decisões assistenciais; no entanto,
eles podem definir a família de forma diferente da definição tradicional de família. O paciente tem o direito de
identificar quem ele considera ser sua família e que seja autorizado a tê-los envolvidos em seus cuidados. Para
que as famílias participem, elas devem estar presentes. Quando o paciente é capaz, é dada ao a oportunidade de
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
decidir em que medida e se deseja que a família esteja envolvida, quais informações sobre seus cuidados seriam
fornecidas à família ou a terceiros e em que circunstâncias. Por exemplo, o paciente pode não querer ter um
diagnóstico compartilhado com a família, ou a família pode não querer que o paciente saiba seu diagnóstico.
Os direitos do paciente e da família são um elemento fundamental de todos os contatos entre um hospital,
sua equipe e pacientes e familiares. O hospital desenvolve e implementa processos para garantir que todos os
profissionais estejam cientes e respondam às questões dos direitos do paciente e da família quando interagem e
cuidam dos pacientes em todo o hospital. O hospital utiliza um processo colaborativo e inclusivo para desenvolver
as políticas e procedimentos e inclui pacientes e familiares no processo. (Veja também COP.8.5 e COP.9)
61
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
6. Todos os profissionais de saúde são treinados sobre os processos e seu papel no apoio aos direitos do
paciente e da família e a participação no cuidado.
Padrão PCC.1.1
O hospital busca reduzir as barreiras físicas, linguísticas, culturais e outras barreiras ao acesso e à prestação
de serviços e fornece informação e educação aos pacientes e familiares de uma forma que possam entender.
Propósito do PCC.1.1
A admissão como internação em um hospital ou registro para serviço externo (por exemplo, no pronto-socorro
ou ambulatório) pode ser assustadora e confusa para os pacientes. Os hospitais atendem frequentemente
comunidades com uma população diversificada. Os pacientes podem ter idades diferentes, ter deficiências,
falar múltiplas línguas ou dialetos, ser culturalmente diversos ou apresentar outras barreiras que dificultam
muito o processo de acesso e recebimento de cuidados. (Veja também COP.1 e GLD.12) Por exemplo, pacientes
com mobilidade prejudicada ou com deficiência visual podem ter dificuldade em entrar ou circular no prédio
do hospital. A comunicação pode ser difícil para pacientes e famílias que falam uma língua diferente, e os
pacientes podem não ser capazes de entender todos os aspectos de seus cuidados e tratamentos. Os pacientes
podem achar complicado e confuso ao tentar acessar o atendimento e entender seus direitos e responsabilidades
no processo de cuidado.
O hospital identificou barreiras, implementou processos para eliminar ou reduzir barreiras e toma medidas para
reduzir o impacto das barreiras para os pacientes que buscam cuidado. Por exemplo, a acessibilidade segura
às instalações e aos departamentos e assistência/tratamento é avaliada e garantida; a deficiência e a sinalização
cultural podem incluir o uso de sinais multilíngue e/ou símbolos internacionais, e tradutores podem ser usados
para pacientes que falam diferentes línguas.
O hospital prepara uma declaração por escrito dos direitos e responsabilidades dos pacientes e familiares que
está disponível aos pacientes quando eles são admitidos como pacientes internados ou registrados como serviços
externos. A declaração pode ser afixada nas instalações ou estar disponível como um folheto. A declaração
é adequada à idade, compreensão e linguagem do paciente. Quando a comunicação escrita não é eficaz ou
apropriada, o paciente e a família são informados de seus direitos e responsabilidades de uma forma e maneira
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
62
Cuidado Centrado no Paciente (PCC)
Propósito de PCC.1.2
Uma das necessidades humanas mais importantes é o desejo de respeito e dignidade. Muitas vezes, os pacientes
experimentam sentimentos de perda devido ao aumento da dependência em situações como a necessidade
de assistência com alimentação, movimento e higiene pessoal. O paciente tem o direito de cuidar que seja
respeitoso e atencioso em todos os momentos, em todas as circunstâncias, e reconheça o valor pessoal e a auto
dignidade do paciente.
Cada paciente traz seu próprio conjunto de valores e crenças para o processo assistencial. Valores e crenças
fortemente mantidos podem moldar o processo de cuidado e como os pacientes respondem ao cuidado. Alguns
valores e crenças são comumente mantidos por todos os pacientes e são frequentemente de origem cultural
e religiosa. Outros valores e crenças são do próprio paciente. Todos os pacientes são encorajados a expressar
suas crenças de maneiras que respeitem as crenças dos outros. (Veja também PCC.5.2) Profissionais buscam
compreender os cuidados e serviços prestados no contexto dos valores e crenças do paciente. (Veja também COP.7)
Quando um paciente ou família deseja falar com alguém sobre necessidades religiosas ou espirituais ou observar
um costume espiritual ou religioso, o hospital tem um processo para responder ao pedido. O processo pode
ser realizado através de equipe religiosa no local, fontes locais ou fontes familiares referidas. O processo de
resposta é mais complexo; por exemplo, quando o hospital ou país não “reconhece” oficialmente e/ou tem fontes
relacionadas a uma religião ou crença para a qual pode haver um pedido.
Padrão PCC.1.3
O hospital estabelece um processo para garantir a privacidade do paciente e a confidencialidade do cuidado
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
e das informações e permite aos pacientes o direito de ter acesso às suas informações de saúde no contexto
da lei e cultura existentes.
Propósito do PCC.1.3
A privacidade do paciente, particularmente durante entrevistas clínicas, exames, procedimentos/tratamentos e
transporte, é importante. Os pacientes podem desejar privacidade de outros profissionais, de outros pacientes e
até mesmo de familiares ou outros indivíduos identificados pelo paciente. Além disso, os pacientes não podem
desejar ser fotografados, ser gravados ou participar de entrevistas de pesquisa de acreditação. Embora existam
algumas abordagens comuns para fornecer privacidade para todos os pacientes, os pacientes individuais podem ter
expectativas e necessidades de privacidade diferentes, ou adicionais, de acordo com a situação, e essas expectativas
e necessidades podem mudar com o tempo. Assim, à medida que os profissionais prestam cuidado e serviços aos
pacientes, eles perguntam sobre as necessidades e expectativas de privacidade do paciente relacionadas ao cuidado
ou serviço. Essa comunicação entre um membro da equipe e seu paciente constrói confiança e comunicação
aberta e pode ser documentada no plano de cuidado do paciente, especialmente quando o paciente expressa
expectativas de privacidade diferentes ou adicionais.
As informações médicas e outras informações de saúde, quando documentadas e coletadas, são importantes para
a compreensão do paciente e suas necessidades e para a prestação de cuidados e serviços ao longo do tempo. Essas
informações podem estar em papel ou em forma eletrônica ou uma combinação dos dois. O hospital respeita essas
informações como confidenciais e implementou políticas e procedimentos que protegem essas informações contra
perdas ou uso indevido. As políticas e procedimentos refletem informações que são divulgadas conforme exigido
pelas leis e regulamentos. (Veja também MOI.2 e MOI. 6)
Os profissionais respeitam a privacidade e a confidencialidade do paciente por não postarem informações
confidenciais na porta do paciente ou no posto de enfermagem e por não realizarem discussões relacionadas ao
63
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
paciente em locais públicos. Os profissionais estão cientes das leis e regulamentos que regem a confidencialidade
das informações e informam os pacientes sobre como o hospital respeita sua privacidade e a confidencialidade das
informações. Os pacientes também são informados sobre quando e em que circunstâncias as informações podem
ser liberadas e como sua permissão será obtida.
Além de conceder permissão para compartilhar informações de saúde com outras pessoas, os pacientes também
têm o direito de acessar suas próprias informações de saúde. Quando têm acesso às suas informações de saúde,
os pacientes podem tomar melhores decisões sobre seus cuidados. Além disso, o acesso às informações de saúde
permite que os pacientes revisem e monitorem o cumprimento de seus planos de tratamento, corrijam eventuais
erros que possam estar em seus registros de saúde e monitorem seu progresso no gerenciamento de suas doenças,
entre outros benefícios.
As informações de saúde do paciente podem estar disponíveis em vários formulários. Por exemplo, no
paciente internado, as informações de saúde estão contidas nos prontuários; no entanto, algumas informações
de saúde também podem estar disponíveis através de um site seguro, como um portal do paciente. O hospital
possui um processo para fornecer aos pacientes acesso às suas informações de saúde no contexto das leis,
regulamentos e cultura existentes.
Padrão PCC.1.4
O hospital toma medidas para proteger os bens dos pacientes contra roubos ou perdas.
Propósito do PCC.1.4
O hospital comunica sua responsabilidade, se houver, pelos bens do paciente aos pacientes e familiares. Quando o
hospital assume a responsabilidade por qualquer ou todos os bens pessoais do paciente trazidos para o hospital, há
um processo para contabilizar os bens e garantir que eles não serão perdidos ou roubados. Esse processo considera
as posses de pacientes de emergência, pacientes cirúrgicos em hospital dia, pacientes internados, aqueles que não
conseguem tomar medidas alternativas de segurança e aqueles incapazes de tomar decisões sobre seus bens. (Veja
também FMS. 6)
64
Cuidado Centrado no Paciente (PCC)
Padrão PCC.1.5
Os pacientes estão protegidos contra agressões físicas, e populações em risco são identificadas e protegidas de
vulnerabilidades adicionais.
Propósito de PCC.1.5
O hospital é responsável por proteger os pacientes de agressões físicas por visitantes, outros pacientes e
profissionais. Essa responsabilidade é particularmente relevante para bebês e crianças, idosos e outros incapazes
de se proteger ou sinalizar por ajuda. O hospital busca prevenir situações de risco pessoal por meio de processos
como investigar indivíduos na unidade sem identificação, monitorar áreas remotas ou isoladas da unidade e
responder rapidamente àqueles que se pensava estarem em perigo de agressão.
Cada hospital identifica seus grupos de pacientes em risco (como crianças, pessoas com deficiência, idosos) e
estabelece processos para proteger os direitos dos indivíduos nesses grupos. Grupos de pacientes vulneráveis
e a responsabilidade do hospital podem ser identificados em leis e regulamentos. Os profissionais entendem
suas responsabilidades nesses processos. Crianças, pessoas com deficiência, idosos e outras populações
identificadas em risco estão protegidas. Pacientes em coma e indivíduos com deficiência mental ou emocional
também estão incluídos. Tal proteção vai além da agressão física, abrangendo outras áreas de segurança,
como abuso, negligência, supressão de serviços ou prestação de assistência em caso de incêndio. (Veja também
FMS. 5 e FMS. 8)
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
Padrão PCC.2
Os pacientes e familiares estão envolvidos em todos os aspectos de seu cuidado e tratamento por meio da
educação e participação nas decisões de cuidado e tratamento e processos assistenciais.
Propósito do PCC.2
Pacientes e familiares se envolvem em seu processo de atenção à saúde tomando decisões sobre cuidados, fazendo
perguntas sobre cuidados, solicitando uma segunda opinião e até recusando procedimentos e tratamentos
diagnósticos. (Veja também COP.7) Para que os pacientes e familiares participem das decisões assistenciais, eles
precisam de informações básicas sobre as condições clínicas encontradas durante a avaliação, incluindo qualquer
diagnóstico confirmado, e o cuidado e tratamento propostos. O hospital planeja e oferece educação aos pacientes
(e, quando aplicável, suas famílias) para garantir que eles possam participar das decisões de cuidado e cuidar
em si mesmos após a alta. Quando os pacientes estão engajados no processo de tomada de decisão, eles e seus
prestadores de cuidados de saúde podem, de forma colaborativa, tomar melhores decisões em relação à saúde do
paciente, o que pode levar a melhores resultados do paciente. (Veja também MOI.6)
Durante o processo assistencial, os pacientes têm o direito de serem informados dos resultados esperados do
cuidado e tratamento planejados. Além disso, quando um evento ou desfecho imprevisto ocorreu durante seu
cuidado ou tratamento, é importante que eles também sejam informados desse evento. (Veja também PCI.8.1)
Eventos não previstos podem incluir infecções hospitalares, lesões por pressão ou infecções pós-operatórias.
Pacientes e familiares entendem que têm direito a essas informações e quem é responsável por lhes dizer. Para
os pacientes, deve-se deixar claro quem lhes fornecerá as informações sobre sua condição médica, cuidados,
tratamento, resultados, eventos imprevistos e similares. (Veja também PCC.4.1 e COP.8.5)
65
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Pacientes e familiares entendem o tipo de decisões que devem ser tomadas sobre o cuidado e como
participar dessas decisões. Embora alguns pacientes possam não querer conhecer pessoalmente um
diagnóstico confirmado ou participar das decisões sobre seus cuidados, eles têm a oportunidade e podem
optar por participar através de um familiar, um amigo ou um tomador de decisão substituto. (Veja também
ACC.2.2 e PCC.4.3)
Quando um paciente solicita uma segunda opinião, espera-se que o hospital não proíba, impeça ou obstrua os
esforços do paciente, mas facilitará a segunda opinião fornecendo ao paciente informações sobre sua condição,
como resultados de exames, diagnósticos, recomendações para tratamento e similares. O hospital não deve reter
essas informações se um paciente solicitar uma segunda opinião. Não se espera que o hospital forneça e pague
uma segunda opinião quando solicitado pelo paciente. As políticas abordam o direito do paciente de buscar uma
segunda opinião sem medo de comprometer seu cuidado dentro ou fora do hospital.
O hospital apoia e promove o envolvimento do paciente e da família em todos os aspectos do cuidado. Todos os
profissionais são treinados sobre as políticas e procedimentos e sobre seu papel no apoio aos direitos dos pacientes
e das famílias para participar do processo assistencial.
Padrão PCC.2.1
O hospital informa aos pacientes e às famílias sobre seus direitos e responsabilidades de recusar ou interromper o
tratamento, retirar serviços de ressuscitação e recusar ou retirar tratamentos que sustentem a vida.
Propósito do PCC.2.1
Os pacientes, ou aqueles que tomam decisões em seu nome, podem decidir não prosseguir com o cuidado ou
tratamento planejado ou interromper o cuidado ou tratamento após o seu início. Entre as decisões mais difíceis
para os pacientes e seus familiares (e para os profissionais de saúde e também para o hospital) estão aquelas que
envolvem a interrupção de serviços de ressuscitação ou a recusa ou retirada do tratamento que sustenta a vida.
Nenhum processo único pode antecipar todas as situações em que tais decisões devem ser tomadas. Por isso, é
importante que o hospital desenvolva uma estrutura para tomar essas decisões difíceis. A estrutura:
• ajuda o hospital a identificar sua posição sobre essas questões;
• assegura que a posição do hospital esteja em conformidade com as normas religiosas e culturais de sua
comunidade e com quaisquer requisitos legais ou regulamentares, especialmente quando os requisitos
legais para ressuscitação não são consistentes com os desejos do paciente;
• aborda situações em que essas decisões são modificadas durante o cuidado; e
• orienta os profissionais de saúde através das questões éticas e legais na realização desses desejos do paciente.
Para garantir que o processo de tomada de decisão relacionado à realização dos desejos do paciente seja aplicado
de forma consistente, o hospital desenvolve políticas e procedimentos por meio de um processo que inclui muitos
profissionais e pontos de vista. As políticas e procedimentos identificam linhas de responsabilidade e como o
processo é documentado no prontuário do paciente.
66
Cuidado Centrado no Paciente (PCC)
O hospital informa aos pacientes e familiares sobre seus direitos de tomar essas decisões, os potenciais resultados
dessas decisões e as responsabilidades do hospital relacionadas a tais decisões. Pacientes e familiares são
informados sobre quaisquer alternativas de cuidado e tratamento.
Padrão PCC.2.2
O hospital apoia o direito do paciente à avaliação e ao gerenciamento da dor e ao cuidado respeitoso e compassivo
no final da vida.
Propósito de PCC.2.2
A dor é uma parte comum da experiência do paciente, e a dor não aliviada tem efeitos físicos e psicológicos
adversos. A resposta de um paciente à dor está frequentemente dentro do contexto de normas sociais e tradições
culturais e religiosas. Assim, os pacientes são incentivados e apoiados na notificação da dor.
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
Pacientes em final de vida têm necessidades únicas que também podem ser influenciadas por tradições culturais e
religiosas. A preocupação com o conforto e a dignidade do paciente orienta todos os aspectos do cuidado durante
as fases finais da vida. Para isso, todos os profissionais estão cientes das necessidades únicas dos pacientes no final
da vida. Essas necessidades incluem o tratamento de sintomas primários e secundários; o tratamento da dor;
a resposta às preocupações psicológicas, sociais, emocionais, religiosas e culturais do paciente e da família;
e envolvimento nas decisões de cuidado.
Os processos de cuidado do hospital reconhecem e refletem o direito de todos os pacientes à avaliação e ao
gerenciamento da dor e à avaliação e ao gerenciamento das necessidades únicas de um paciente no final da vida.
(Veja também COP.6 e COP.7)
67
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão PCC.3
As medidas utilizadas pelo hospital, analisam e, quando necessário, apoiam a experiência do paciente para
melhorar a qualidade do cuidado.
Propósito do PCC.3
A experiência do paciente é composta por uma ampla gama de interações que ocorrem com todos os tipos de
profissionais—incluindo médicos, enfermeiros, outros profissionais e auxiliares — bem como os cuidados,
tratamentos e serviços que recebem durante seus cuidados de saúde. Um componente importante do cuidado
centrado no paciente é a compreensão da experiência do paciente.
Reunir e analisar informações sobre a experiência do paciente pode ser usado para ajudar a determinar se o
cuidado que os pacientes estão recebendo é responsivo às preferências, necessidades e valores individuais do
paciente. Avaliar a experiência do paciente juntamente com outros elementos do cuidado ao paciente, como
segurança e eficácia, fornece informações mais completas sobre a qualidade do cuidado ao paciente.
O hospital estabeleceu um processo de coleta e análise da experiência do paciente como parte do
monitoramento da qualidade do cuidado ao paciente e potencialmente da melhoria dos resultados dos
pacientes. (Veja também QPS.4)
Medir a satisfação do paciente é uma maneira de capturar informações da experiência do paciente. No entanto,
as lideranças do hospital têm que estar cientes de que a satisfação do paciente é uma medida subjetiva, enquanto
a experiência do paciente é uma medida objetiva. (Veja também GLD.5) Por exemplo, perguntar aos pacientes
se eles estavam satisfeitos com o layout da sala seria uma medida de satisfação do paciente, pois a preferência
no layout de uma sala é subjetiva. Perguntar aos pacientes se eles têm acesso aos seus prontuários de saúde é
uma medida da experiência do paciente, pois o acesso aos dados do paciente é uma medida objetiva. Como
componente integral da qualidade da atenção à saúde, a experiência do paciente inclui diversos aspectos da
prestação de cuidados que valorizam muito quando os pacientes procuram e recebem cuidados, como consultas
oportunas, fácil acesso à informação e boa comunicação com os prestadores de cuidados.
As medidas de satisfação do paciente que tenham impacto no cuidado ao paciente podem ser utilizadas para
obter dados iniciais da experiência do paciente e atender às expectativas desse padrão. Quando as medidas de
satisfação do paciente são utilizadas, os líderes do hospital devem melhorar continuamente a coleta de dados para,
eventualmente, identificar as informações da experiência do paciente para uma melhoria significativa.
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
Padrão PCC.3.1
O hospital informa aos pacientes e familiares sobre seu processo de receber e de agir sobre queixas, conflitos e
diferenças de opinião sobre o cuidado ao paciente e o direito do paciente de participar desses processos.
68
Cuidado Centrado no Paciente (PCC)
Propósito de PCC.3.1
Os pacientes têm o direito de manifestar as queixas sobre seus cuidados e ter essas queixas revisadas e, quando
possível, resolvidas. Além disso, às vezes, as decisões relativas ao cuidado apresentam questões, conflitos ou
outros dilemas para o hospital e para o paciente, família ou outros tomadores de decisão. Esses dilemas podem
surgir de questões de acesso, tratamento ou alta. Eles podem ser particularmente difíceis de resolver quando
os problemas envolvem, por exemplo, interromper serviços de ressuscitação ou recusar ou retirar o tratamento
que sustenta a vida.
O hospital estabeleceu processos para buscar a resolução de tais dilemas e reclamações. (Veja também APR.11)
O hospital identifica, em políticas e procedimentos, aqueles que precisam estar envolvidos nos processos e como
o paciente e a família participam. (Veja também SQE.11)
Padrão PCC.4
O consentimento geral para o tratamento, se obtido quando um paciente é internado ou é registrado pela
primeira vez como serviço externo, é claro em seu escopo e limites.
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
Propósito do PCC.4
Muitos hospitais obtêm um consentimento geral (em vez de confiar no consentimento implícito) para o
tratamento, quando o paciente é internado ou quando o paciente é registrado pela primeira vez como serviço
externo. Quando um consentimento geral é obtido, os pacientes recebem informações sobre o escopo do
consentimento geral, como quais exames e tratamentos estão incluídos no consentimento geral. O hospital define
como um consentimento geral é documentado no prontuário do paciente.
Se um consentimento geral é obtido ou não, todos os pacientes recebem informações sobre os procedimentos e
tratamentos para os quais um consentimento informado específico será obtido. Além disso, todos os pacientes
recebem informações sobre a probabilidade de estudantes de enfermagem, de fisioterapia, de medicina e
estagiários, entre outros, participarem dos processos assistenciais.
69
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão PCC.4.1
O consentimento informado do paciente é obtido através de um processo definido pelo hospital e realizado por
uma equipe treinada, de uma forma e linguagem que o paciente possa entender.
Propósito de PCC.4.1
Uma das principais formas de os pacientes estarem envolvidos em suas decisões assistenciais é concedendo
consentimento informado. Para consentir, o paciente deve ser informado dos fatores relacionados ao cuidado
planejado necessário para uma decisão informada. O consentimento informado pode ser obtido em vários pontos
do processo assistencial. Por exemplo, o consentimento informado pode ser obtido quando o paciente é internado
e antes de certos procedimentos ou tratamentos para os quais o risco é alto. O processo de consentimento é
claramente definido pelo hospital em políticas e procedimentos. Leis e regulamentos relevantes são incorporados
às políticas e procedimentos. (Veja também GLD.17 e GLD.18)
Os pacientes e familiares são informados sobre quais exames, procedimentos e tratamentos requerem consentimento
e como podem dar o consentimento (por exemplo, verbalmente, assinando um termo de consentimento, ou por
algum outro meio). A educação dos profissionais do hospital é fornecida aos pacientes e familiares como parte do
processo de obtenção de consentimento informado para o tratamento (por exemplo, para cirurgia e anestesia).
Pacientes e familiares entendem quem pode, além do paciente, dar consentimento. Os profissionais designados
são treinados para informar os pacientes e obter e documentar o consentimento do paciente.
Padrão PCC.4.2
O consentimento informado é obtido antes da cirurgia, anestesia, sedação, uso de sangue e hemoderivados e
outros tratamentos e procedimentos de alto risco.
Propósito de PCC.4.2
Quando o cuidado planejado inclui procedimentos cirúrgicos ou invasivos, anestesia, sedação, uso de sangue e
hemoderivados, ou outros tratamentos ou procedimentos de alto risco, é obtido um consentimento específico.
(Veja também COP.3.4; ASC.3.3; ASC.5.1; e ASC.7.1) Este processo de consentimento fornece as informações
identificadas no PCC.4.3 e documenta a identidade do indivíduo que fornece as informações. (Veja também
COP.8.5 e COP.9.1)
Nem todos os tratamentos e procedimentos requerem um consentimento específico e separado. Cada hospital
identifica os procedimentos e tratamentos de alto risco para os quais o consentimento deve ser obtido. (Veja
também COP.3) O hospital lista esses procedimentos e tratamentos e educa os profissionais para garantir que o
processo para obter o consentimento seja consistente. A lista é desenvolvida de forma colaborativa por médicos
e outros que fornecem os tratamentos ou realizam os procedimentos. A lista inclui procedimentos e tratamentos
realizados em serviços externos e para pacientes internados.
70
Cuidado Centrado no Paciente (PCC)
Padrão PCC.4.3
Pacientes e familiares recebem informações adequadas sobre a condição do paciente, tratamento ou
procedimento proposto e sobre os profissionais de saúde, para que possam conceder consentimento e tomar
decisões sobre sua saúde.
Propósito de PCC.4.3
Quando o consentimento informado é necessário para o tratamento ou procedimento(s), os seguintes elementos
são incluídos no processo de consentimento informado e explicados ao paciente antes de obter o consentimento:
a. A condição do paciente
b. O(s) tratamento proposto ou procedimento(s)
c. O nome da pessoa que fornece o tratamento
d. Potenciais benefícios e desvantagens
e. Alternativas possíveis
f. A probabilidade de sucesso
g. Possíveis problemas relacionados à recuperação
h. Possíveis resultados de não tratamento
Quando o consentimento informado não é necessário, os profissionais explicam claramente o(s) tratamento
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
ou procedimento proposto ao paciente e à família. As informações fornecidas incluem elementos de a) até h)
conforme relevantes para a condição do paciente e o tratamento planejado.
Os profissionais informam ao paciente o nome do médico ou de outro profissional que tenha a responsabilidade
primária pelo cuidado do paciente ou que esteja autorizado a realizar o tratamento ou procedimento do
paciente. Frequentemente, os pacientes têm dúvidas sobre a experiência primária dos profissionais que realizam
o procedimento, o tempo de permanência no hospital e afins. O hospital precisa ter um processo de resposta aos
pacientes quando eles solicitam informações adicionais sobre o médico responsável por seu cuidado.
71
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão PCC.4.4
O hospital estabelece um processo, no contexto da lei e da cultura existentes, para quando outros podem
conceder consentimento.
Propósito de PCC.4.4
O consentimento informado para o cuidado às vezes exige que pessoas que não sejam o paciente (ou, além do
paciente), estejam envolvidas nas decisões sobre o cuidado do paciente. Isso é particularmente verdadeiro quando
o paciente não tem a capacidade mental ou física de tomar decisões assistenciais, quando a cultura ou o costume
exige que outros tomem decisões de cuidado, ou quando o paciente é uma criança. Quando o paciente não pode
tomar decisões sobre seu cuidado, um tomador de decisão substituto é identificado. Quando alguém que não seja
o paciente dá consentimento, esse indivíduo tem o nome registrado no prontuário do paciente.
Padrão PCC.5
O hospital oferece um programa de educação baseado em sua missão, serviços prestados e população de pacientes,
e profissionais de saúde colaboram para a educação.
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
Propósito do PCC.5
Cada hospital constrói a educação em processos assistenciais com base em sua missão, serviços prestados e
população de pacientes. O hospital escolhe como organiza seus recursos educacionais de forma eficiente e eficaz.
Assim, o hospital pode optar por nomear um coordenador de educação ou comissão de educação, criar um serviço
de educação ou simplesmente trabalhar com todos os profissionais para fornecer educação de forma coordenada.
Quando os profissionais de saúde entendem as contribuições uns dos outros para a educação do paciente,
eles podem colaborar de forma mais eficaz. A colaboração, por sua vez, ajuda a garantir que as informações
que os pacientes e as famílias recebem sejam abrangentes, consistentes e eficazes. A colaboração é baseada
nas necessidades do paciente e, portanto, nem sempre pode ser necessária. Conhecimento do assunto, tempo
suficiente e capacidade de comunicação efetiva são considerações importantes para proporcionar uma educação
valiosa e bem-sucedida.
72
Cuidado Centrado no Paciente (PCC)
Padrão PCC.5.1
As necessidades educacionais e a capacidade e disposição de cada paciente para aprender são avaliadas e
registradas em seu prontuário.
Propósito do PCC.5.1
A educação se concentra nos conhecimentos e habilidades específicas que o paciente e a família precisarão para
tomar decisões assistenciais, participar de seus cuidados e continuar o cuidado em casa. Isso contrasta com o fluxo
geral de informações entre os profissionais e o paciente que é informativo, mas não de natureza educativa.
Para entender as necessidades educacionais de cada paciente e de sua família, há um processo de avaliação que
identifica os tipos de cirurgias, outros procedimentos invasivos e tratamentos planejados, as necessidades de
enfermagem e os cuidados contínuos que precisam após a alta. Essa avaliação permite que os cuidadores do
paciente planejem e entreguem a educação necessária. Quando as necessidades educacionais são identificadas,
elas são registradas no prontuário do paciente. Isso ajuda todos os cuidadores do paciente a participar do
processo de educação.
A educação do paciente é um aspecto importante do cuidado e uma grande quantidade de informações são
fornecidas aos pacientes durante sua internação. Existem muitas variáveis do paciente que determinam se o
paciente e a família estão dispostos e capazes de aprender. Pacientes e famílias podem experimentar barreiras ao
aprendizado que podem incluir o nível de alfabetização, cultura, linguagem, motivação e limitações físicas do
paciente. Como todos aprendem de forma diferente, os profissionais de saúde envolvidos na educação do paciente
precisam avaliar as necessidades de aprendizagem e prontidão do paciente para aprender.
A educação dos profissionais do hospital é fornecida aos pacientes e familiares para apoiar as decisões no
processo de cuidado e documentadas no prontuário do paciente. Por exemplo, a educação fornecida como
parte do processo de obtenção de consentimento informado para o tratamento (como cirurgia e anestesia)
está documentada no prontuário do paciente. Além disso, quando um paciente ou família participa
diretamente na prestação de cuidados (como troca de curativos, alimentação do paciente, administração
de medicamentos e tratamentos), o paciente e a família são educados, e a educação é documentada. Cada
hospital decide o local e o formato para documentação da avaliação educacional, planejamento e registro de
informações no prontuário do paciente.
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
Elementos de mensuração do PCC.5.1
1. As necessidades educacionais de cada paciente e, quando apropriado, da família, são avaliadas as e
registradas no prontuário do paciente.
2. As barreiras do paciente e família para o aprendizado são avaliadas e documentadas.
3. A educação dos profissionais do hospital é prestada aos pacientes e familiares de forma a atender suas
necessidades identificadas.
4. A educação fornecida aos pacientes e familiares está documentada no prontuário do paciente.
Padrão PCC.5.2
Os métodos de educação levam em conta os valores e preferências do paciente e da família e permitem interação
suficiente entre o paciente, a família e a equipe para que o aprendizado ocorra.
Propósito do PCC.5.2
A aprendizagem ocorre quando se presta atenção aos métodos utilizados para educar pacientes e familiares.
A compreensão dos pacientes e das famílias ajuda o hospital a selecionar educadores e métodos educativos
que condizem com o nível e com os valores e preferências dos pacientes e das famílias e a identificar os papéis
das famílias e o método de instrução. Os pacientes e seus familiares são incentivados a participar do processo
assistencial, falando e fazendo perguntas aos profissionais para garantir a compreensão correta e a participação
73
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
antecipada. Os profissionais reconhecem como importante o papel dos pacientes na prestação de cuidados
seguros e de alta qualidade. A oportunidade de interação entre a equipe, o paciente e sua família permite um
feedback para garantir que as informações sejam compreendidas, úteis e utilizáveis. O hospital decide quando e
como a educação verbal é reforçada com materiais escritos para aprimorar a compreensão e fornecer uma futura
referência educacional.
Nota: Os padrões seguintes destinam-se a ser utilizados em situações em que o transplante de órgãos ou tecidos não ocorrerá,
mas durante os momentos em que os pacientes solicitam informações sobre a doação de órgãos e tecidos e/ou quando a
doação de órgãos ou tecidos pode ocorrer. Quando a doação e transplante de órgãos ou tecidos são realizados, aplicam-se os
padrões para programas de transplante de órgãos e tecidos (encontrados em COP.8 até COP.9.3).
Padrão PCC.6
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
O hospital informa pacientes e familiares sobre como optar pela doação de órgãos e outros tecidos.
Padrão PCC.6.1
O hospital fornece supervisão para o processo de doação de órgãos e tecidos.
74
Cuidado Centrado no Paciente (PCC)
de presos executados ou pacientes mortos, e o turismo de transplante são inconsistentes com a garantia da
segurança do doador de órgãos e do receptor.
A fiscalização para o processo de doação de órgãos e tecidos inclui a definição do processo de doação que seja
coerente com as leis e regulamentos, respeitando os valores religiosos e culturais da comunidade, garantindo
práticas éticas e identificando requisitos para o consentimento. Os profissionais do hospital são treinados no
processo de doação que apoia as escolhas dos pacientes e familiares. Os profissionais também são treinados nas
preocupações contemporâneas e questões relacionadas à doação de órgãos e disponibilidade de transplantes.
O hospital coopera com outros hospitais e agências da comunidade responsável por todo ou parte do processo
de captação, bancos, transportes ou transplantes. (Veja também COP.9)
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
75
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
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77
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
no Paciente (PCC)
Cuidado Centrado
78
Avaliação de
Pacientes (AOP)
Visão geral
O objetivo da avaliação é determinar o cuidado, o tratamento e os serviços que atenderão às necessidades
iniciais e contínuas do paciente. Um processo eficaz de avaliação do paciente resulta em decisões sobre as
necessidades de tratamento do paciente para atendimento de emergência, eletiva ou planejada, mesmo quando
a condição do paciente muda. A avaliação do paciente é um processo contínuo e dinâmico que ocorre em
muitos ambientes hospitalares e de serviços externos e departamentos e clínicas. A avaliação do paciente
consiste em três processos primários:
1. Coleta de informações e dados sobre o estado físico, psicológico e social do paciente e o histórico de saúde
2. Analisar os dados e informações, incluindo os resultados de exames laboratoriais, imagem diagnóstica e
monitoramento fisiológico, para identificar as necessidades de saúde do paciente
3. Desenvolver um plano de cuidado para atender às necessidades identificadas do paciente
As necessidades do paciente devem ser reavaliadas ao longo do curso de cuidados, tratamentos e serviços.
A reavaliação é fundamental para entender a resposta do paciente ao cuidado, tratamento e serviços prestados
e é essencial para identificar se as decisões assistenciais são adequadas e eficazes.
As atividades de avaliação podem variar entre as configurações, conforme definido pelos dirigentes do hospital.
As informações coletadas no primeiro contato do paciente podem indicar a necessidade de mais dados ou uma
avaliação mais aprofundada. No mínimo, a necessidade de uma nova avaliação é determinada pelo cuidado,
tratamento e serviços buscados e pela condição de apresentação do paciente.
A avaliação do paciente é adequada quando considera a condição, idade, necessidades de saúde e solicitações ou
preferências do paciente. Esses processos são realizados de forma mais eficaz quando os diversos profissionais de
saúde responsáveis pelo paciente trabalham em conjunto.
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro
documento escrito para processos específicos. Esses padrões são indicados por um ícone após o texto padrão.
Padrões
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
Avaliação de Pacientes (AOP)
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
veja a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
AOP.1 Todos os pacientes atendidos pelo hospital têm suas necessidades de saúde identificadas por meio de
um processo de avaliação que foi definido pelo hospital.
AOP. 1.1 A avaliação inicial de cada paciente inclui exame físico e histórico de saúde, bem
como avaliação de fatores psicológicos, espirituais/culturais (conforme apropriado),
social e econômico.
AOP. 1.2 As necessidades médicas e de enfermagem do paciente são identificadas a partir
das avaliações iniciais, que são preenchidas e documentadas no prontuário nas
primeiras 24 horas após a internação ou mais cedo, conforme indicado pela
condição do paciente.
79
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Serviços Laboratoriais
AOP. 5 Os serviços laboratoriais estão disponíveis para atender às necessidades dos pacientes, e todos esses
serviços atendem aos padrões, leis e regulamentos locais e nacionais aplicáveis.
AOP. 5.1 Um indivíduo qualificado é responsável pelo gerenciamento do serviço de laboratório
clínico ou serviço de patologia, e todos os profissionais do laboratório possuem a
formação, treinamento, qualificação e experiência necessárias para administrar e
realizar os exames e interpretar os resultados.
AOP. 5.2 Um indivíduo qualificado é responsável pela supervisão e fiscalização do programa de
exame de ponto de atendimento (point-of-care testing).
AOP. 5.3 Um programa de segurança laboratorial está em vigor, é seguido e documentado, e o
cumprimento dos programas de gerenciamento das instalações e prevenção e controle
de infecções é mantido.
AOP. 5.3.1 O laboratório utiliza um processo coordenado para reduzir os riscos de
infecção como resultado da exposição a doenças infecciosas e materiais
Avaliação de Pacientes (AOP)
e resíduos perigosos.
AOP. 5.4 Os resultados laboratoriais estão disponíveis em tempo oportuno, conforme definido
pelo hospital.
AOP. 5.5 Todos os equipamentos utilizados para exames laboratoriais são regularmente
inspecionados, mantidos e calibrados, e os registros apropriados são mantidos para
essas atividades.
AOP. 5.6 Reagentes e suprimentos essenciais estão disponíveis, e todos os reagentes são
avaliados para garantir a exatidão e precisão dos resultados.
AOP. 5.7 Os procedimentos de coleta, identificação, manuseio, transporte e descarte de
amostras com segurança são estabelecidos e implementados.
80
Avaliação de Pacientes (AOP)
AOP. 5.8 Normas e faixas estabelecidas são utilizadas para interpretar e relatar resultados
laboratoriais clínicos.
AOP. 5.9 Os procedimentos de controle de qualidade dos serviços laboratoriais estão em vigor,
são seguidos e documentados.
AOP. 5.9.1 Há um processo para exames de proficiência de serviços laboratoriais.
AOP. 5.10 Os laboratórios de referência/contratados utilizados pelo hospital são licenciados e
credenciados ou certificados por uma autoridade reconhecida.
AOP. 5.10.1 O hospital identifica medidas de monitoramento da qualidade dos
serviços a serem prestados pelo laboratório de referência/contratados.
81
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão AOP.1
Todos os pacientes atendidos pelo hospital têm suas necessidades de saúde identificadas por meio de um processo
de avaliação que foi definido pelo hospital.
Propósito de AOP.1
Um processo eficaz de avaliação do paciente resulta em decisões sobre as necessidades imediatas e contínuas
de tratamento do paciente para atendimento de emergência, eletivo ou planejado, mesmo quando a condição
do paciente muda. A avaliação do paciente é um processo contínuo e dinâmico que ocorre em muitos
ambientes do hospitalar e de serviços externos, departamentos e clínicas. A avaliação do paciente consiste em
três processos primários:
1. Coleta de informações e dados sobre o estado físico, psicológico e social do paciente e seu histórico
de saúde
2. Análise dos dados e informações, incluindo os resultados de exames laboratoriais e de diagnóstico por
imagem, para identificar as necessidades de saúde do paciente
3. Desenvolvimento de um plano de cuidado para atender às necessidades identificadas do paciente
Quando um paciente é registrado ou internado em um hospital para atendimento/tratamento hospitalar
ou de serviços externos, seja presencial ou por meio virtual, é necessário realizar uma avaliação completa
relacionada ao(s) motivo pelo qual o paciente veio para atendimento. As informações específicas que o hospital
requer nesta fase e os procedimentos para coleta, dependem das necessidades do paciente e do ambiente em
que o atendimento está sendo prestado (por exemplo, atendimento hospitalar ou externo). As políticas e
procedimentos do hospital definem como esse processo funciona e quais informações precisam ser coletadas e
documentadas. (Veja também ACC.1)
Para avaliar de forma consistente as necessidades dos pacientes, o hospital define, em políticas, o conteúdo
mínimo das avaliações a serem realizadas por médicos, enfermeiros e outras disciplinas clínicas. As avaliações são
realizadas por cada disciplina dentro de seu escopo de prática, licenciamento, leis e regulamentos aplicáveis ou
certificação. Apenas indivíduos qualificados realizam as avaliações. (Veja também SQE.10) Quaisquer formulários
de avaliação utilizados para as avaliações refletem esta política. O hospital define as atividades de avaliação
tanto em ambientes de internação quanto de serviços externos em que o cuidado é prestado. O hospital define
esses elementos comuns a todas as avaliações e define quaisquer diferenças, quando permitidas, no âmbito de
avaliações gerais de serviços médicos e especializados. A avaliação definida na política pode ser concluída por mais
de um indivíduo qualificado e em diferentes fases no tempo. Todo o conteúdo deve estar disponível quando o
tratamento for iniciado. (Veja também AOP.1.2 e AOP.1.2.1)
2. O hospital define o conteúdo mínimo de avaliações para pacientes de serviços externos para cada
especialidade clínica que realiza avaliações e especifica os elementos necessários do histórico e do
exame físico.
3. Somente indivíduos qualificados, permitidos por licença, leis e regulamentos aplicáveis ou certificação
realizam a avaliação.
4. O hospital identifica as informações a serem documentadas para as avaliações.
82
Avaliação de Pacientes (AOP)
Padrão AOP.1.1
A avaliação inicial de cada paciente inclui um exame físico e histórico de saúde, bem como uma avaliação de
fatores psicológicos, espirituais/culturais (conforme apropriado), social e econômico.
Propósito de AOP.1.1
A avaliação inicial de um paciente, de serviço externo ou internado, é fundamental para identificar suas
necessidades e iniciar o processo de cuidado. A avaliação inicial fornece informações para
• entender o cuidado que o paciente está buscando;
• selecionar a melhor configuração de cuidado para o paciente;
• formar um diagnóstico inicial; e
• compreender a resposta do paciente a qualquer cuidado prévio.
Para fornecer essas informações, a avaliação inicial inclui uma avaliação do estado clínico do paciente através
de um exame físico e histórico de saúde que inclui uma lista dos medicamentos atuais do paciente e alergias
conhecidas. (Veja também MMU.4) Além disso, conforme apropriado às necessidades do paciente, as seguintes
avaliações também podem ser realizadas:
a. uma avaliação psicológica inicial indicada pela condição do paciente;
b. uma avaliação social e econômica inicial, conforme indicado pelas necessidades do paciente; e
c. uma avaliação espiritual e cultural inicial, conforme indicado pelas necessidades do paciente.
A avaliação psicológica determina o estado emocional do paciente (por exemplo, se ele ou ela está
deprimido, com medo ou ansioso e pode prejudicá-lo, ou a si mesmo ou a terceiros). Reunir informações
sociais sobre um paciente não tem a intenção de “classificar” o paciente. Em vez disso, os contextos sociais,
culturais, espirituais, familiares e econômicos de um paciente são fatores importantes que podem influenciar
sua resposta à doença e ao tratamento. As famílias podem ser muito prestativas nessas áreas de avaliação
e na compreensão dos desejos e preferências do paciente no processo de avaliação. Os fatores econômicos
são avaliados como parte da avaliação social ou avaliados separadamente quando o paciente e sua família
serão responsáveis pelo custo de todo ou uma parte do atendimento durante uma internação ou após a alta.
Muitos indivíduos qualificados diferentes podem estar envolvidos na avaliação de um paciente. Os fatores
mais importantes são que as avaliações estão completas e disponíveis para aqueles que cuidam do paciente.
(Veja também ACC.3)
A avaliação do paciente é mais benéfica quando considera a condição, idade e necessidades de saúde do paciente,
bem como seus pedidos ou preferências. Esses processos são realizados de forma mais eficaz quando os diversos
profissionais de saúde responsáveis pelo paciente trabalham em conjunto.
Padrão AOP.1.2
As necessidades médicas e de enfermagem do paciente são identificadas a partir das avaliações iniciais, que são
preenchidas e documentadas no prontuário nas primeiras 24 horas após a internação ou mais cedo, conforme
indicado pela condição do paciente.
83
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão AOP.1.2.1
As avaliações iniciais médicas e de enfermagem dos pacientes de emergência, baseiam- se em suas necessidades e
condições.
3. Antes da cirurgia ser realizada, há pelo menos uma breve nota e diagnóstico pré-operatório documentado
para pacientes de emergência que necessitam de cirurgia de emergência.
Padrão AOP.1.3
O hospital possui um processo de aceitação de avaliações médicas iniciais realizadas em consultório particular ou
outro serviço externo antes da internação ou procedimento em serviço externo.
84
Avaliação de Pacientes (AOP)
Propósito de AOP.1.3
Quando a avaliação médica inicial é realizada em consultório particular ou outro local fora do hospital, antes
do atendimento no hospital como internação ou antes de um procedimento em serviço externo, como cirurgia
em hospital dia, essa deve ter sido feita nos últimos 30 dias. Se, no momento da admissão como internação ou
no momento do procedimento em serviço externo, a avaliação médica tiver mais de 30 dias, o histórico médico
deve ser atualizado e o exame físico repetido. Para avaliações médicas realizadas e documentadas 30 dias ou
menos antes da admissão como internação ou antes de um procedimento em serviço externo, quaisquer alterações
significativas na condição do paciente desde a avaliação, ou “nenhuma alteração” se for o caso, são documentadas
na admissão. Essa atualização e/ou reexame pode ser realizado por qualquer indivíduo qualificado.
Quando uma avaliação é parcial ou totalmente concluída fora do hospital (por exemplo, no consultório de um
cirurgião), os achados são revisados e/ou verificados na admissão como internação ou antes do procedimento em
serviço externo, conforme apropriado ao tempo entre a avaliação externa e a internação, a natureza crítica dos
achados, a complexidade do paciente e o cuidado e tratamento planejados (por exemplo, a revisão confirma a
clareza do diagnóstico e qualquer procedimentos ou tratamentos planejados, a presença de exames de imagem
necessários na cirurgia e qualquer alteração na condição do paciente, como o controle do açúcar no sangue;
também identifica quaisquer exames laboratoriais críticos que possam precisar ser repetidos. (Veja também AOP.4)
Padrão AOP.1.3.1
Uma avaliação médica pré-operatória é documentada antes da anestesia ou tratamento cirúrgico e inclui as
necessidades médicas, físicas, psicológicas, sociais, econômicas e de alta do paciente.
Propósito de AOP.1.3.1
A avaliação médica pré-operatória é uma avaliação de risco clínico que avalia a saúde de um paciente para
determinar se o paciente está seguro para se submeter à anestesia e cirurgia.
A avaliação médica pré-operatória inicial inclui as necessidades médicas, físicas, psicológicas, sociais e econômicas
do paciente antes da cirurgia. Além disso, avaliar o paciente para quaisquer necessidades potenciais de cuidados
Avaliação de Pacientes (AOP)
após a alta é um componente valioso da avaliação médica pré-operatória. (Veja também ASC.7)
Os resultados da avaliação médica e de quaisquer exames diagnósticos, juntamente com as necessidades potenciais
do paciente após a alta, são registrados no prontuário do paciente antes da anestesia ou cirurgia.
85
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão AOP.1.4
Os pacientes são examinados para estado nutricional, necessidades funcionais e outras necessidades especiais e são
encaminhados para avaliação e tratamento posteriores quando necessário.
Propósito de AOP.1.4
As informações coletadas na avaliação médica e/ou de enfermagem inicial, por meio da aplicação de critérios de
triagem, podem indicar que o paciente precisa de uma avaliação mais específica ou mais aprofundada do estado
nutricional ou do estado funcional, incluindo uma avaliação de risco de queda. (Veja também IPSG.6) A avaliação
mais aprofundada pode ser necessária para identificar os pacientes que necessitam de intervenções nutricionais e
pacientes que necessitam de serviços de reabilitação ou outros serviços relacionados à sua capacidade de se manter
de forma independente ou em seu maior potencial.
A forma mais eficaz de identificar pacientes com necessidades nutricionais ou funcionais é através de critérios
de triagem. A triagem geralmente envolve a realização de uma avaliação muito simples e de alto nível de um
paciente, para determinar se o paciente apresenta um risco que pode indicar a necessidade de uma avaliação
mais aprofundada. Por exemplo, o formulário inicial de avaliação de enfermagem pode conter critérios
básicos para uma tela nutricional, como cinco ou seis perguntas simples com um escore numérico relacionado
ao declínio recente da ingestão alimentar, perda de peso durante os últimos três meses, mobilidade e afins.
O escore total do paciente identificaria então um paciente em risco nutricional que exigisse uma avaliação
nutricional mais aprofundada.
Em cada caso, os critérios de triagem são desenvolvidos por indivíduos qualificados capazes de avaliar melhor e, se
indicado, fornecer qualquer tratamento necessário ao paciente. Por exemplo, os critérios de triagem para o risco
nutricional podem ser desenvolvidos por enfermeiros que aplicarão os critérios, por nutricionistas que fornecerão
a intervenção alimentar recomendada e por nutricionistas capazes de integrar as necessidades nutricionais com as
demais necessidades do paciente. (Veja também COP.5 e COP.5.1) Os critérios de triagem são implementados de
forma consistente em todo o hospital, quando necessário.
As informações coletadas na avaliação médica e/ou de enfermagem inicial também podem identificar a
necessidade de outras avaliações, como odontológica, auditiva, da visão e assim por diante. (Veja também AOP.1.2
e AOP.1.2.1) O hospital encaminha o paciente para novas avaliações dentro do hospital, quando disponível, ou
através da comunidade após a alta.
Padrão AOP.1.5
Todos os pacientes internados, e aqueles de serviços externos cuja condição, diagnóstico ou situação podem
indicar que estão em risco de dor, são examinados para dor e avaliados quando a dor está presente.
86
Avaliação de Pacientes (AOP)
Propósito de AOP.1.5
Um procedimento de triagem é usado para identificar pacientes com dor. Uma triagem é um processo de
altíssimo nível que pode ser realizado por médicos, equipe de apoio (como um escriturário) ou até mesmo pelo
paciente. Uma triagem para dor pode consistir em uma ou mais perguntas simples que podem ser feitas durante
o processo de registro ou em um formulário de admissão preenchido pelo paciente, ou podem ser solicitados e
documentados pelo médico que encaminha o paciente para o hospital ou para um ambiente em serviço externo.
Exemplos de perguntas que podem ser usadas em um exame de triagem incluem:
• Você está com dor agora?
• A dor impede você de dormir à noite?
• A dor o impede de participar das atividades?
• Você sente dor todos os dias?
Respostas positivas a perguntas como essas indicam a necessidade de uma avaliação mais aprofundada da
dor do paciente. Quando a dor é identificada no ambiente de um serviço externo, o paciente pode ser mais
minuciosamente avaliado e tratado no hospital ou fornecido com um encaminhamento para avaliação e
tratamento posteriores. O escopo do tratamento baseia-se na configuração do cuidado e nos serviços prestados.
(Veja também COP.6)
Quando o paciente está internado no hospital, uma avaliação mais abrangente é realizada assim que a dor é
identificada. Essa avaliação é adequada à idade do paciente e mede a intensidade e a qualidade da dor, como
caráter de dor, frequência, localização e duração. Informações adicionais podem incluir o histórico de dor, o que
torna a dor melhor ou pior, quais são as expectativas do paciente para o alívio da dor, e afins. Essa avaliação é
registrada de forma a facilitar a reavaliação e o acompanhamento regulares de acordo com critérios desenvolvidos
pelo hospital e as necessidades do paciente. (Veja também AOP.1.2 e AOP.1.2.1)
Padrão AOP.1.6
As avaliações iniciais médicas e de enfermagem individualizadas são realizadas para populações especiais
Avaliação de Pacientes (AOP)
Propósito de AOP.1.6
A avaliação inicial de certos tipos de pacientes ou determinadas populações de pacientes exige que o processo de
avaliação seja modificado. Tal modificação baseia-se nas características ou necessidades únicas de cada população
de pacientes. Cada hospital identifica esses grupos e populações de pacientes especiais e modifica o processo
de avaliação para atender às suas necessidades especiais. Em particular, quando o hospital atende um ou mais
dos pacientes com necessidades especiais ou populações listadas abaixo, são realizadas avaliações médicas e de
enfermagem individualizadas:
• Bebês
• Crianças
• Adolescentes
87
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
• Idosos frágeis
• Pacientes com doença terminal/em final de vida
• Pacientes com dor intensa ou crônica
• Mulheres em trabalho de parto
• Mulheres em pós parto
• Pacientes com transtornos emocionais ou psiquiátricos
• Pacientes com suspeita de dependência de drogas e/ou álcool
• Vítimas de abuso ou negligência
• Pacientes com doenças infecciosas ou transmissíveis
• Pacientes que recebem quimioterapia ou radioterapia
• Pacientes cujos sistemas imunológicos estão comprometidos
A avaliação de pacientes suspeitos de dependência de drogas e/ou álcool e a avaliação das vítimas de abuso ou
negligência são moldadas pela cultura da população paciente. Essas avaliações não se destinam a ser processos
proativos de busca de casos. Em vez disso, a avaliação desses pacientes responde às suas necessidades e condições
de forma culturalmente aceitável e confidencial. O processo de avaliação é modificado para ser coerente com as
leis e regulamentos locais e padrões profissionais relacionadas a tais populações e situações, e envolver a família
quando apropriado ou necessário. (Veja também AOP.1.2 e AOP.1.2.1)
Padrão AOP.1. 7
A avaliação inicial inclui determinar a necessidade de planejamento de alta.
Propósito de AOP.1. 7
A continuidade do cuidado requer especial preparação e considerações para muitos pacientes, especialmente no
que se refere ao planejamento de alta. O processo de elaboração de um plano de alta começa no início do processo
de avaliação. A avaliação inicial pode ajudar a identificar os pacientes para os quais o planejamento de alta é
crítico devido à idade, falta de mobilidade, necessidades médicas e de enfermagem contínuas, ou assistência com
atividades de vida diária, entre outros. Como os arranjos para a alta podem levar algum tempo, os processos de
Avaliação de Pacientes (AOP)
avaliação e planejamento são iniciados o mais rápido possível após a admissão como internação.
O planejamento de alta inclui qualquer educação especial que o paciente possa exigir relacionada ao atendimento
contínuo fora do hospital. (Veja também ACC.4.1; PCC.2; e PCC.5.1) Por exemplo, um paciente diabético,
tipo 1 recém-diagnosticado, precisará de educação relacionada à dieta e nutrição, bem como instrução sobre
administração de injeções de insulina. Um paciente internado devido a um infarto agudo do miocárdio pode
precisar de reabilitação cardíaca após a alta, bem como instrução nutricional. As altas bem sucedidas dependem
de um planejamento eficaz.
88
Avaliação de Pacientes (AOP)
Padrão AOP.2
Todos os pacientes são reavaliados em intervalos com base em sua condição e tratamento para determinar sua
resposta ao tratamento e planejar o tratamento contínuo ou alta.
Propósito de AOP.2
A reavaliação por todos os profissionais de saúde do paciente é fundamental para entender se as decisões
assistenciais são adequadas e eficazes. Os pacientes são reavaliados ao longo do processo assistencial em intervalos
com base em suas necessidades e plano de cuidado ou conforme definido em políticas e procedimentos do
hospital. Os resultados dessas reavaliações são anotados no prontuário do paciente para obter informações e para
uso de todos aqueles que cuidam do paciente.
A reavaliação por um médico é essencial para o atendimento contínuo ao paciente. Um médico avalia um
paciente em condições e sob cuidados agudos pelo menos diariamente, incluindo os finais de semana, e quando
houve uma mudança significativa na condição do paciente.
Reavaliações são realizadas e resultados são inseridos no prontuário do paciente:
• em intervalos regulares durante os cuidados (por exemplo, a equipe de enfermagem registra
periodicamente sinais vitais, avaliação da dor e dados pulmonares e cardíacos, conforme necessário com
base na condição do paciente);
• diariamente por um médico para pacientes em condições e sob cuidados agudos;
• em resposta a uma mudança significativa no estado do paciente; (Veja também COP.3.2)
• se o diagnóstico do paciente tiver mudado e as necessidades de cuidados exigirem um planejamento
revisado;
• determinar se medicamentos e outros tratamentos foram bem sucedidos e se o paciente pode ser
transferido ou liberado.
Alguns pacientes não agudos podem não precisar de avaliações médicas diárias; por exemplo, um paciente
psiquiátrico estável recebendo sessões de terapia em grupo, ou um paciente que passou da fase aguda da doença
ou cirurgia e que está recebendo apenas tratamento de reabilitação. O hospital identifica, por escrito, os pacientes
que não necessitam de avaliações diárias.
89
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão AOP.3
Indivíduos qualificados realizam as avaliações e reavaliações.
Propósito de AOP.3
A avaliação e a reavaliação dos pacientes são processos críticos que requerem educação especial, treinamento,
conhecimento e habilidades. Assim, para cada tipo de avaliação, são identificados os indivíduos habilitados a
realizar a avaliação e suas responsabilidades são definidas por escrito. Em particular, são claramente identificados
aqueles indivíduos qualificados para realizar avaliações de emergência ou avaliações das necessidades de
enfermagem. As avaliações são realizadas por cada especialidade dentro de seu escopo de prática, licenciamento,
leis e regulamentos aplicáveis ou certificação. (Veja também SQE.1.1 e SQE.10)
Padrão AOP.4
Médicos, enfermagem e outros profissionais e serviços responsáveis pelo atendimento ao paciente colaboram
para analisar e integrar avaliações dos pacientes e priorizar as necessidades mais urgentes/importantes de
cuidado ao paciente.
Propósito de AOP.4
Um paciente pode passar por muitos tipos de avaliações fora e dentro do hospital e por muitos departamentos
e serviços diferentes. Como resultado, pode haver uma variedade de informações, resultados de exames e
outros dados no prontuário do paciente. (Veja também AOP.1.3) Um paciente se beneficia mais quando a
equipe responsável pelo paciente trabalha em conjunto para analisar os achados de avaliação e combinar essas
informações em um quadro abrangente da condição do paciente. A partir dessa colaboração, identificam-se as
necessidades do paciente, estabelece-se a ordem de sua importância e as decisões assistenciais são tomadas.
A integração dos achados neste momento facilitará a coordenação da prestação de cuidados. (Veja também
AOP.1.2 e AOP.1.2.1 e COP.2)
O processo de trabalho em conjunto é simples e informal quando as necessidades do paciente não são complexas.
Reuniões formais da equipe de tratamento, conferências de pacientes e rodadas clínicas podem ser necessárias
Avaliação de Pacientes (AOP)
para pacientes com necessidades complexas ou pouco claras. O paciente, sua família e outros que tomam decisões
em nome do paciente são incluídos no processo de decisão quando necessário.
90
Avaliação de Pacientes (AOP)
Serviços laboratoriais
Padrão AOP.5
Os serviços laboratoriais estão disponíveis para atender às necessidades dos pacientes, e todos esses serviços
atendem aos padrões, leis e regulamentos locais e nacionais aplicáveis.
Propósito de AOP.5
O hospital possui um sistema de prestação de serviços laboratoriais, incluindo serviços de patologia clínica,
exigidos pela população de pacientes, serviços clínicos oferecidos e necessidades dos profissionais de saúde.
Os serviços laboratoriais são organizados e fornecidos de forma a atender aos padrões, leis e regulamentos locais e
nacionais aplicáveis.
Os serviços laboratoriais, incluindo os necessários para emergências, podem ser prestados dentro do hospital,
por acordo com outra organização, ou ambos. Os serviços laboratoriais estão disponíveis após o horário normal
para emergências. Além disso, o hospital é capaz de identificar e entrar em contato com especialistas em áreas de
diagnóstico especializado, como parasitologia, virologia ou toxicologia, quando necessário.
Fontes externas são convenientes para o paciente acessar. O hospital seleciona fontes externas com base na
recomendação do líder do laboratório ou de outro indivíduo responsável pelos serviços laboratoriais. Fontes
externas de serviços laboratoriais atendem às leis e regulamentos aplicáveis e têm um registro aceitável de serviços
precisos e oportunos. Os pacientes são informados quando uma fonte externa de serviços laboratoriais é de
propriedade do médico que solicitou o exame.
Padrão AOP.5.1
Um indivíduo qualificado é responsável pelo gerenciamento do serviço de laboratório clínico ou serviço de
patologia, e todos os profissionais do laboratório possuem a formação, treinamento, qualificação e experiência
necessárias para administrar e realizar os exames e interpretar os resultados.
Avaliação de Pacientes (AOP)
Propósito de AOP.5.1
Os serviços de laboratório clínico estão sob o gerenciamento de um indivíduo qualificado em virtude de
treinamento documentado, experiência e conhecimentos, consistentes com as leis e regulamentos aplicáveis.
Esse indivíduo assume responsabilidade profissional pelas instalações do laboratório e pelos serviços prestados
no laboratório, bem como pelos exames realizados fora do laboratório, como os exames realizados à beira do
leito (exame no ponto de atendimento (point-of-care testing)). A supervisão dos serviços fora do laboratório
inclui a garantia de políticas e práticas consistentes em todo o hospital, como treinamento e gerenciamento de
suprimentos, entre outros. Não inclui a supervisão diária dessas atividades. A supervisão diária permanece de
responsabilidade dos líderes do departamento ou unidade em que o exame é realizado. Quando este indivíduo
fornece consulta clínica ou opinião médica, ele ou ela é um médico, de preferência um patologista. Os serviços
laboratoriais especializados e subespecializados estão sob a direção de indivíduos devidamente qualificados. (Veja
também GLD.9) As responsabilidades do líder do laboratório incluem:
91
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão AOP.5.2
Um indivíduo qualificado é responsável pela supervisão e fiscalização do programa de exame de ponto de
atendimento (point-of-care testing).
Propósito de AOP.5. 2
O exame de ponto de atendimento (point-of-care-testing - POCT ) é um exame realizado em locais fora do ambiente
laboratorial tradicional, geralmente na beira leito ou perto de onde o cuidado é prestado ao paciente.
Quando o POCT é incluído nos serviços do hospital, a supervisão e a fiscalização dos serviços
-independentemente de onde os serviços são executados - são prestados pelo indivíduo responsável pelo
gerenciamento dos serviços laboratoriais ou por um projeto. (Veja também GLD.9) O hospital deve ter uma
abordagem claramente definida e bem estruturada para garantir que o POCT seja realizado de forma segura e
correta e que os resultados gerados sejam precisos e confiáveis.
Um programa POCT inclui um planejamento completo com líderes que optam por implementar POCT em
Avaliação de Pacientes (AOP)
seu departamento/unidade. O planejamento inclui seleção de exames a serem realizados, identificação dos
profissionais que farão os exames e protocolo para notificação de resultados anormais de exames, incluindo o
processo de notificação de resultados críticos. (Veja também IPSG.2.1) Os profissionais que realizam o POCT
exigem treinamento para cada exame que está sendo realizado, juntamente com uma avaliação de competência
para garantir que os resultados sejam precisos. (Veja também SQE.4)
O desempenho, a documentação e a avaliação do controle de qualidade devem ser realizados dentro das
especificações definidas recomendadas pelo fabricante; por exemplo, diariamente ou semanalmente, bem como
entre novos lotes de kits de exame. A amostra de controle de qualidade pode ser incluída no kit de exame ou pode
precisar ser comprada do fabricante ou representante autorizado. Toda a equipe que realiza POCT deve aderir a
procedimentos de controle de qualidade definidos e entender quais ações tomar quando a amostra de controle de
qualidade está fora de especificação. (Veja também AOP.5.9)
92
Avaliação de Pacientes (AOP)
Um programa POCT deve ser monitorado e avaliado para garantir que o programa esteja atendendo às
necessidades de seus clientes (profissionais de saúde, equipe de exames e pacientes). Isso pode ser feito através do
desenvolvimento e monitoramento de medidas de melhoria da qualidade, através de pesquisas de pacientes e/ou
revisões de resultados de exames de controle de qualidade e proficiência e relatórios de utilização.
Padrão AOP.5.3
Um programa de segurança laboratorial está em vigor, é seguido e documentado, e o cumprimento dos programas
de gerenciamento das instalações e prevenção e controle de infecções é mantido.
Propósito de AOP.5.3
O laboratório possui um programa de segurança ativo na medida exigida pelos riscos e perigos encontrados em
um laboratório. O programa aborda práticas de segurança e medidas de prevenção (por exemplo, estações de
lavagem ocular, kits de derramamento e afins) para profissionais do laboratório, outros profissionais e pacientes
quando presentes. O programa laboratorial é coordenado com o gerenciamento das instalações do hospital e o
programa de prevenção e controle de infecções.
O programa de gestão de segurança laboratorial inclui:
• conformidade com os padrões que tratam do gerenciamento das instalações e o programa de prevenção e
controle de infecções (Veja também PCI. 2 e FMS.5);
• cumprimento das leis e regulamentos locais e regionais;
• disponibilidade de dispositivos de segurança adequados às práticas e riscos encontrados no laboratório;
• orientação de todos os profissionais do laboratório para procedimentos e práticas de segurança; (Veja
também SQE. 7 e SQE.8) e
• educação em serviço para novos procedimentos e materiais perigosos recém-adquiridos ou reconhecidos.
(Veja também FMS. 7)
93
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão AOP.5.3.1
O laboratório utiliza um processo coordenado para reduzir os riscos de infecção como resultado da exposição
a doenças infecciosas e materiais e resíduos perigosos.
Propósito de AOP.5.3.1
Existem políticas, procedimentos e práticas implementadas para reduzir os riscos de exposição a materiais
perigosos. As infecções adquiridas em laboratório são relatadas internamente e, quando cabíveis, aos órgãos
públicos de saúde. Os seguintes riscos e práticas de biossegurança são abordados em procedimentos escritos,
e os requisitos dos procedimentos são seguidos:
a. As exposições a aerossóis e gotículas são controladas (por exemplo, ao misturar, sondar, centrifugar e
realizar inoculação (flaming inoculation loops)).
b. Jalecos de laboratório, aventais ou uniformes são usados para proteger as roupas de rua e evitar
contaminação.
c. Armários de biossegurança são usados quando necessário.
d. As regras regem como lidar com a exposição laboratorial a agentes infecciosos, cortes acidentais, lesões com
agulhas, ingestão acidental e contato de agentes potencialmente infecciosos com membranas ou mucosas.
Essas regras incluem procedimentos de descontaminação, com quem entrar em contato para tratamento de
emergência e a localização e uso de equipamentos de segurança.
e. Existem procedimentos escritos que definem a coleta, o transporte e o manuseio seguros de todas as
amostras. O procedimento inclui proibir qualquer pessoa em áreas técnicas de laboratório de comer, beber,
fumar, aplicar cosméticos, manipular lentes de contato.
f. Quando relevantes para seus trabalhos, os profissionais receberam treinamento sobre medidas de
precaução, modos de transmissão e prevenção de patógenos transmitidos pelo sangue.
g. O laboratório também possui um procedimento para gerenciar e reduzir o risco de exposição a doenças
infecciosas, como Ebola, MERS, tuberculose, Zika e outros patógenos potencialmente infecciosos e ainda
desconhecidos. (Veja também PCI.8. 1)
Quando os problemas com a prática são identificados ou acidentes ocorrem, ações corretivas são tomadas,
documentadas e revisadas.
Padrão AOP.5.4
Os resultados laboratoriais estão disponíveis em tempo oportuno, conforme definido pelo hospital.
Propósito de AOP.5.4
O hospital define o período de tempo para a liberação dos resultados dos exames laboratoriais. Os resultados são
relatados dentro de um prazo com base nas necessidades do paciente, nos serviços oferecidos e nas necessidades
do corpo clínico. Exames de emergência e necessidades de exames após o expediente e fim de semana estão
incluídos. Os resultados de exames urgentes, como os do pronto-socorro, dos centros cirúrgicos e das unidades de
terapia intensiva, recebem atenção especial no processo de avaliação da qualidade. Além disso, quando os serviços
94
Avaliação de Pacientes (AOP)
laboratoriais são por contrato com uma organização externa, os relatórios também são oportunos, conforme
estabelecido pela política do hospital ou pelo contrato. (Veja também IPSG.2.1)
Padrão AOP.5.5
Todos os equipamentos utilizados para exames laboratoriais são regularmente inspecionados, mantidos e
calibrados, e os registros apropriados são mantidos para essas atividades.
Propósito de AOP.5.5
A equipe de laboratório trabalha para garantir que todos os equipamentos, incluindo dispositivos utilizados para
exames de ponto de atendimento (como parte do POCT), funcionem em níveis aceitáveis e de forma segura
para o operador(s). O laboratório desenvolve e implementa um programa de gerenciamento de equipamentos do
laboratório e de equipamentos médicos que prevê:
• seleção e aquisição de equipamentos de laboratório e equipamentos médicos;
• identificação e realização de inventário de equipamentos de laboratório e equipamentos médicos;
• avaliação e uso de equipamentos de laboratório através de inspeção, exames, calibração e manutenção;
• monitoramento e atuação em avisos de risco de equipamentos de laboratório, recalls, incidentes
notificáveis, problemas e falhas;
• documentação do programa de gerenciamento.
A frequência de exames, manutenção e calibração está relacionada com o uso de equipamentos pelo laboratório
e com seu histórico documentado de serviço. (Veja também FMS. 9 e FMS. 9.1)
Padrão AOP.5.6
Reagentes e suprimentos essenciais estão disponíveis, e todos os reagentes são avaliados para garantir a exatidão e
precisão dos resultados.
Propósito de AOP.5.6
O hospital identificou os reagentes e suprimentos necessários para prestar serviços laboratoriais aos seus pacientes.
Há um processo para solicitar ou proteger esses reagentes e suprimentos essenciais.
95
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Todos os reagentes são armazenados e dispensados de acordo com as diretrizes dos fabricantes ou instruções de
embalagem. Todos os reagentes são avaliados de acordo com as diretrizes escritas. As diretrizes escritas garantem a
rotulagem completa e precisa de reagentes e soluções. (Veja também AOP.5.9 e FMS. 7)
Padrão AOP.5.7
Os procedimentos de coleta, identificação, manuseio, transporte e descarte de amostras com segurança são
estabelecidos e implementados.
Propósito de AOP.5.7
Os procedimentos são estabelecidos e implementados para
• solicitar exames;
• coleta e identificação de amostras; (Veja também IPSG. 1)
• transporte, armazenamento e preservação de amostras;
• recebimento, registro e rastreamento de amostras.
Estes procedimentos são observados para amostras enviadas para serviços laboratoriais de referência/contratados
para exames.
Padrão AOP.5.8
Normas e faixas estabelecidas são utilizadas para interpretar e relatar resultados laboratoriais clínicos.
Propósito de AOP.5.8
O laboratório estabelece intervalos de referência ou intervalos “normais” para cada exame realizado. A faixa está
incluída no prontuário do paciente, seja como parte do relatório ou por incluir uma listagem atual desses valores
aprovados pelo líder do laboratório. As faixas são fornecidas quando um serviço de laboratório de referência/
96
Avaliação de Pacientes (AOP)
contratado realiza o exame. As faixas de referência são adequadas à geografia e à demografia do hospital e são
revisadas e atualizadas quando os métodos mudam.
Padrão AOP.5.9
Os procedimentos de controle de qualidade dos serviços laboratoriais estão em vigor, seguidos e
documentados.
Padrão AOP.5.9.1
Há um processo para exames de proficiência em serviços laboratoriais.
97
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
2. Para cada especialidade, subespecialidade, analito ou exame, os resultados dos testes de proficiência do
laboratório atendem a critérios satisfatórios de desempenho, de acordo com as leis e regulamentos.
3. O laboratório mantém registros de sua participação em um programa de teste de proficiência.
Padrão AOP.5.10
Os laboratórios de referência/contratados utilizados pelo hospital são licenciados e credenciados ou certificados
por uma autoridade reconhecida.
Padrão AOP.5.10.1
O hospital identifica medidas de monitoramento da qualidade dos serviços a serem prestados pelo laboratório de
referência/contratado.
referência/contratado.
2. O indivíduo qualificado responsável pelo laboratório ou um representante qualificado revisa os dados
de expectativa de desempenho dos laboratórios de referência/contratado e toma medidas com base
nos resultados.
3. Um relatório anual dos dados dos laboratórios de referência/contratado é fornecido àqueles que tomam
decisões para facilitar a gestão de contratos e renovações de contratos.
1 Um programa de credenciamento ou certificação laboratorial reconhecido é aquele que foi revisado e endossado por uma
sociedade profissional de laboratório ou órgão governamental ou privado.
98
Avaliação de Pacientes (AOP)
Padrão AOP.5.11
Um indivíduo qualificado(s) é responsável pelos serviços de banco de sangue e/ou transfusão e garante que os
serviços sigam as leis e regulamentos e padrões de prática reconhecidos.
Propósito de AOP.5.11
Os serviços de banco de sangue e/ou transfusão, quando prestados pelo hospital, estão sob o gerenciamento de
um indivíduo qualificado em virtude de treinamento documentado, perícia e experiência, consistente com as leis e
regulamentos aplicáveis. Esse indivíduo assume a responsabilidade profissional por todos os aspectos dos serviços
de banco de sangue prestados no hospital. A fiscalização dos serviços inclui estabelecimento, implementação e
documentação dos processos para:
a. seleção de doadores de sangue;
b. exames de sangue para doença;
c. coleta de sangue;
d. armazenamento de sangue;
e. exames de compatibilidade; e
f. distribuição sanguínea.
Os processos de controle de qualidade de todos os serviços de banco de sangue são estabelecidos, implementados
e documentados para garantir a segurança dos serviços de banco de sangue e transfusão. Os serviços de doação e
transfusão de sangue são guiados por leis e regulamentos e padrões de prática reconhecidos. (Veja também COP.3.4)
Padrão AOP.6
Os serviços de radiologia e diagnóstico por imagem estão disponíveis para atender às necessidades dos pacientes, e
todos esses serviços atendem aos padrões, leis e regulamentos locais e nacionais aplicáveis.
Propósito de AOP.6
O hospital possui um sistema de prestação de serviços de radiologia e diagnóstico por imagem exigidos pela
população de pacientes, serviços clínicos oferecidos e necessidades dos profissionais de saúde. Os serviços de
radiologia e diagnóstico por imagem atendem a todos os padrões, leis e regulamentos locais e nacionais aplicáveis.
Os serviços de radiologia e diagnóstico por imagem, incluindo os necessários para emergências, podem
ser prestados dentro do hospital, por acordo com outra organização, ou ambos. Os serviços de radiologia e
99
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
diagnóstico por imagem estão disponíveis após o horário normal para emergências. Além disso, o hospital pode
identificar e contatar especialistas em áreas de diagnóstico especializado, como física de radiação, oncologia
radioativa ou medicina nuclear, quando necessário. O hospital mantém uma lista de especialistas.
Fontes externas são convenientes para o acesso do paciente, e os relatórios são recebidos em tempo oportuno
que apoiam a continuidade do cuidado. O hospital seleciona fontes externas com base na recomendação do
indivíduo responsável pelos serviços de radiologia e diagnóstico por imagem. Fontes externas de serviços de
radiologia e diagnóstico por imagem atendem às leis e regulamentos aplicáveis e têm um registro aceitável
de serviços precisos e oportunos. Os pacientes são informados quando uma fonte externa de serviços é de
propriedade do médico de encaminhamento.
Padrão AOP.6.1
Um indivíduo qualificado é responsável pelo gerenciamento dos serviços de radiologia e diagnóstico por
imagem, e indivíduos com qualificações adequadas e experiência realizam estudos de diagnóstico por imagem,
interpretação de resultados e fornecem os resultados.
Propósito de AOP.6.1
Os serviços de radiologia e diagnóstico por imagem, prestados em qualquer local do hospital, estão sob
o gerenciamento de um indivíduo qualificado por educação documentada, treinamento, experiência e
conhecimentos, consistente com as leis e regulamentos aplicáveis. Esse indivíduo assume a responsabilidade
profissional pela radiologia e por imagem diagnóstica e pelos serviços prestados. Quando este indivíduo
fornece consulta clínica ou opinião médica, ele ou ela é um médico, de preferência um radiologista. Quando
a radioterapia ou outros serviços especiais são prestados, eles estão sob a direção de indivíduos devidamente
qualificados. (Veja também GLD.9)
As responsabilidades do líder de radiologia e diagnóstico por imagem incluem:
a. desenvolvimento, implementação e manutenção de políticas e procedimentos;
Avaliação de Pacientes (AOP)
b. fiscalização administrativa;
c. manutenção de qualquer programa de controle de qualidade necessário;
d. recomendação de fontes externas de serviços de radiologia e diagnóstico por imagem; e
e. monitoramento e revisão de todos os serviços de radiologia e diagnóstico por imagem.
O hospital identifica quais membros da equipe de radiologia e diagnóstico por imagem realizam estudos de
diagnóstico e imagem, aqueles que são aprovados para realizar exames de ponto de atendimento (point-of-care
tests), aqueles que são qualificados para interpretar os resultados ou para verificar e relatar resultados, e aqueles
que direcionam ou supervisionam os processos. A equipe de supervisão e a equipe técnica possuem treinamento,
experiência e habilidades adequadas e orientadas ao seu trabalho. Os membros da equipe técnica recebem
atribuições de trabalho consistentes com seu treinamento e experiência. Além disso, há um número suficiente de
profissionais para realizar, interpretar e relatar estudos prontamente e fornecer o pessoal necessário durante todas
as horas de operação e para emergências. (Veja também SQE.4)
100
Avaliação de Pacientes (AOP)
Padrão AOP.6.2
Um programa de segurança de radiação e/ou diagnóstico por imagem para pacientes, funcionários e visitantes
está estabelecido, é seguido e está em conformidade com padrões, leis e regulamentos profissionais aplicáveis.
Propósito de AOP.6. 2
Os exames radiológicos e de imagem diagnóstica são exames que salvam vidas, são amplamente utilizados em
hospitais e são fundamentais na prestação de cuidados. No entanto, a exposição à radiação pode representar
riscos potenciais de danos a longo prazo, dependendo da dose de radiação entregue e do número de exames
realizados em qualquer pessoa. Quanto maior a dose, maior o risco de dano a longo prazo, e doses repetidas
têm um efeito cumulativo que também pode apresentar maiores riscos. Os profissionais de saúde devem tomar
cuidado ao solicitar o diagnóstico por imagem e pesar a necessidade da exposição à radiação contra os riscos.
A exposição desnecessária à radiação deve ser evitada. Os praticantes são encorajados a seguir os princípios
da ALARA (manter todas as exposições de radiação tão baixas quanto razoavelmente alcançáveis - As Low As
Reasonably Achievable). Os procedimentos diagnósticos mais comumente associados à doses de radiação evitáveis
são tomografia computadorizada, medicina nuclear e fluoroscopia. Um programa de segurança de radiação é
importante no uso seguro da radiação ionizante, incluindo materiais radioativos (radioactive materials - RAM) e
máquinas produtoras de radiação.
A imagem diagnóstica, como a ressonância magnética e a ultrassonografia, não utiliza radiação ionizante como
os exames de radiologia e, portanto, os riscos da radiação não estão presentes. No entanto, existem outros perigos
por imagem diagnóstica que precisam ser abordados para a segurança de pacientes, funcionários, familiares
e visitantes. Os perigos da ressonância magnética incluem exposição a um forte campo magnético, presença
de gases criogênicos e exposição ao ruído acústico. Os hospitais devem implementar medidas para enfrentar
esses riscos. Por exemplo, marcando claramente as zonas de segurança na área de ressonância magnética para
indicar quem pode ter acesso e quais precauções de segurança são necessárias em cada área. Para lidar com os
perigos relacionados aos gases criogênicos, que são necessários para o resfriamento dos ímãs do equipamento de
ressonância magnética, é necessário ventilação adequada e treinamento adequado para indivíduos que lidam com
Avaliação de Pacientes (AOP)
criogênios. Medidas devem ser tomadas para garantir o conforto e a segurança do paciente e da equipe contra o
ruído acústico durante os exames de ressonância magnética.
Precauções adicionais para prevenir riscos e lesões na área de ressonância magnética incluem restringir o
acesso à área de campo magnético apenas aos funcionários autorizados e aos pacientes acompanhados por
esses funcionários, colocar sinais dentro e ao redor da área para identificar riscos e garantir apenas a entrada de
equipamentos não ferromagnéticos especiais no ambiente de ressonância magnética, entre outras precauções.
O hospital possui um programa ativo de segurança de radiação e diagnóstico por imagem que inclui todos os
componentes dos serviços de radiologia e diagnóstico por imagem do hospital, incluindo oncologia radioativa e
o laboratório de cateterismo cardíaco. O programa de segurança reflete os riscos e perigos encontrados e aborda
práticas de segurança e medidas de prevenção para equipes de radiologia e diagnóstico por imagem, pacientes e
visitantes. O programa é coordenado com o programa de gerenciamento e prevenção e controle de infecções do
hospital. (Veja também PCI.2 e FMS.5)
101
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão AOP.6. 3
Os resultados dos estudos de radiologia e diagnóstico por imagem estão disponíveis em tempo oportuno,
conforme definido pelo hospital.
Propósito de AOP.6. 3
Avaliação de Pacientes (AOP)
O hospital define o período de tempo para reportar os resultados da radiologia diagnóstica e do estudo por
imagem diagnóstica. Os resultados são relatados dentro de um prazo com base nas necessidades do paciente, nos
serviços oferecidos e nas necessidades do corpo clínico. Exames de emergência e necessidades de exames após o
expediente e fim de semana estão incluídos. Os resultados de estudos urgentes de radiologia e diagnóstico por
imagem, como os do pronto-socorro, salas de cirurgia e unidades de terapia intensiva, recebem atenção especial
no processo de medição da qualidade. Os estudos de radiologia e diagnóstico por imagem realizados por empresas
externas são relatados de acordo com a política do hospital ou exigência contratual.
102
Avaliação de Pacientes (AOP)
3. Os resultados do estudo de radiologia e diagnóstico por imagem são relatados dentro de um prazo para
atender às necessidades do paciente.
Padrão AOP.6. 4
Todos os equipamentos utilizados para a realização de estudos de radiologia e diagnóstico por imagem são
regularmente inspecionados, mantidos e calibrados, e os registros apropriados são mantidos para essas atividades.
Propósito de AOP.6. 4
A equipe de radiologia e diagnóstico por imagem trabalha para garantir que todos os equipamentos funcionem
em níveis aceitáveis e de forma segura para os operadores. Radiologia e diagnóstico por imagem desenvolvem e
implementam um programa de gerenciamento de equipamentos que prevê
• seleção e aquisição de equipamentos médicos;
• identificação e inventário de equipamentos médicos;
• avaliar o uso de equipamentos através de inspeção, testes, calibração e manutenção;
• monitoramento e atuação em avisos de perigo de equipamentos, recalls, incidentes notificáveis, problemas
e falhas;
• documentação do programa de gerenciamento.
A frequência de teste, manutenção e calibração está relacionada ao uso do equipamento e ao seu histórico
documentado de serviço. (Veja também FMS. 9)
Padrão AOP.6. 5
Avaliação de Pacientes (AOP)
Propósito de AOP.6. 5
Sistemas de controle de qualidade de som são essenciais para fornecer excelentes serviços de radiologia e
diagnóstico por imagem. (Veja também GLD.11) Os procedimentos de controle de qualidade incluem:
• validação dos métodos de exame utilizados para precisão e exatidão;
• vigilância regular dos resultados de imagem por equipe qualificada de radiologia;
• ação corretiva rápida quando uma deficiência é identificada;
• exames de reagentes e soluções quando utilizados; e
• documentação de resultados e ações corretivas.
103
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão AOP.6. 6
O hospital revisa regularmente os resultados de controle de qualidade para todas as fontes externas contratadas de
serviços de diagnóstico.
Propósito de AOP.6. 6
Quando o hospital contrata fontes externas de serviços de radiologia e diagnóstico por imagem, recebe e revisa
regularmente os resultados de controle de qualidade dessas fontes contratadas. (Veja também GLD.6.1) Indivíduos
qualificados revisam os resultados do controle de qualidade. (Veja também GLD.6) Quando o controle de
qualidade de exames de imagem diagnóstica de fontes externas é difícil de obter, o líder de departamento/serviço
desenvolve uma abordagem alternativa para a supervisão da qualidade.
104
Avaliação de Pacientes (AOP)
Referências
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105
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
106
Cuidados com os
(COP)
Visão geral
A responsabilidade mais importante de uma organização de saúde e sua equipe é prestar cuidado e serviços
seguros e eficazes a todos os pacientes. Isso requer uma comunicação eficaz, colaboração e processos padronizados
para garantir que o planejamento, a coordenação e a implementação dos cuidados suportem e respondam às
necessidades e objetivos únicos de cada paciente.
Os cuidados podem ser preventivos, paliativos, curativos ou reabilitados e podem incluir anestesia, cirurgia,
medicação, terapias de apoio ou uma combinação dessas e baseiam-se na avaliação e reavaliação de cada paciente.
Áreas de cuidado de alto risco (incluindo ressuscitação, administração de sangue, transplante de órgãos e tecidos)
e cuidados com populações de alto risco ou necessidades especiais requerem atenção adicional. Parte do cuidado
também incluía identificação e a redução de fatores de risco que podem impactar o cuidado do paciente, como
riscos associados ao uso de alarmes clínicos e lasers.
O cuidado aos pacientes é prestado por muitas categorias profissionais e equipes de apoio. Todos os indivíduos
envolvidos no cuidado ao paciente devem ter um papel claro determinado por sua licença; credenciais;
certificação; leis e regulamentos; as habilidades particulares, o conhecimento e a experiência; e as políticas de
organização ou descrições de trabalho. Alguns cuidados podem ser realizados pelo paciente, sua família ou
outros cuidadores treinados. Um apoio adicional também pode ser fornecido por um(s) indivíduo, como um
representante (advocate) de doador vivo, que tenha conhecimento sobre o processo assistencial e possa informar
os pacientes, independentemente, sobre todas as considerações que possam afetar a tomada de decisão.
A prestação de cuidados e serviços deve ser coordenada e integrada por todos os indivíduos que cuidam do
paciente. Trabalhando em conjunto com o paciente e a família, esses indivíduos garantem que
• com base na avaliação, o cuidado é planejado para atender às necessidades únicas de cada paciente;
• o cuidado planejado é prestado a cada paciente;
• a resposta do paciente ao cuidado é monitorada;
• o cuidado planejado é modificado quando necessário com base na resposta do paciente.
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro documento
escrito para processos específicos. Esses padrões são indicadas por um ícone após o texto padrão.
Padrões
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
107
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
no prontuário do paciente.
COP.2.2 Um plano de cuidado individualizado é desenvolvido e documentado para cada
paciente.
(COP)
Serviços de Ressuscitação
COP.3.3 Serviços de ressuscitação estão disponíveis em todo o hospital.
Gerenciamento de Lasers
COP.4 O hospital estabelece e implementa um programa para o uso seguro de lasers e outros dispositivos de
radiação óptica utilizados para a realização de procedimentos e tratamentos.
COP.4.1 Eventos adversos resultantes do uso de lasers e outros dispositivos de
radiação óptica são notificados, e planos de ação para evitar a recorrência são
implementados e monitorados.
Gerenciamento da Dor
COP.6 Os pacientes são apoiados no gerenciamento da dor de forma eficaz.
108
Cuidados com os Pacientes (COP)
(COP)
com experiência nos programas de transplante de órgãos específicos relevantes.
COP.8.3 Existe um mecanismo de coordenação designado para todas as atividades de
transplante que envolve médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde.
COP.8.4 O programa de transplante utiliza critérios de elegibilidade clínica de transplante
de órgãos específicos e critérios de adequação psicológica e social para candidatos a
transplante.
COP.8.5 O programa de transplante obtém consentimento informado específico para
transplante de órgãos do candidato ao transplante.
COP.8.6 O programa de transplante possui protocolos documentados, diretrizes de prática
clínica ou procedimentos de recuperação de órgãos e recebimento de órgãos para
garantir a compatibilidade, segurança, eficácia e qualidade de células, tecidos e órgãos
humanos para transplante.
COP.8.7 Planos individualizados de cuidado ao paciente orientam o cuidado aos pacientes
transplantados.
109
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão COP.1
O cuidado uniforme de todos os pacientes é prestado e segue as leis e regulamentos aplicáveis.
Propósito de COP.1
Pacientes com os mesmos problemas de saúde e necessidades assistenciais têm o direito de receber a mesma
qualidade de cuidado em todo o hospital. Para realizar o princípio de “um nível de qualidade de cuidado” é
necessário que os líderes de departamento/serviço planejem e coordenem o cuidado ao paciente. Em particular, os
serviços prestados a populações de pacientes semelhantes em vários departamentos ou ambientes são guiados por
políticas e procedimentos que resultam em sua prestação uniforme. Além disso, os líderes de departamento/serviço
garantem que o mesmo nível de cuidado esteja disponível a cada dia da semana, em todos os turnos de trabalho,
todos os dias. Essas políticas e procedimentos respeitam as leis e regulamentos aplicáveis que moldam o processo de
cuidado e são melhor desenvolvidos de forma colaborativa. O cuidado uniforme do paciente se reflete no seguinte:
a. O acesso e a adequação do cuidado e do tratamento não dependem da capacidade de pagamento do
paciente ou da fonte de pagamento.
b. O acesso aos cuidados e tratamentos adequados por profissionais qualificados não depende do dia da
semana ou da hora do dia.
c. A avaliação precisa da condição do paciente determina os recursos alocados para atender às necessidades do
paciente. (Veja também ACC.1)
d. O nível de cuidados aos pacientes (por exemplo, cuidado com anestesia) é o mesmo em todo o hospital.
e. Pacientes com as mesmas necessidades de enfermagem recebem níveis comparáveis de assistência de
enfermagem em todo o hospital.
O cuidado uniforme ao paciente resulta no uso eficiente dos recursos e permite a avaliação dos resultados de
cuidado semelhante em todo o hospital. (Veja também ACC.2; PCC.1.1; e GLD.12)
Padrão COP.2
Há um processo de integração e coordenação do cuidado prestado a cada paciente, e inclui um processo uniforme
para prescrição de requisições para os pacientes.
Propósito de COP.2
O processo de cuidado ao paciente é dinâmico e envolve muitos profissionais de saúde e pode envolver múltiplos
ambientes de cuidado e departamentos e serviços. A integração e coordenação das atividades assistenciais do
paciente são metas que resultam em processos de cuidado eficientes, uso mais efetivo de recursos humanos e
outros, e a probabilidade de melhores resultados para o paciente. Assim, os líderes de departamento/serviço
utilizam ferramentas e técnicas para melhor integrar e coordenar o cuidado aos seus pacientes (por exemplo,
cuidado em equipe, rodadas de pacientes com múltiplas especialidades, formulários combinados de planejamento
assistencial, prontuário integrado do paciente, gerentes de casos). (Veja também ACC.3 e AOP.4)
110
Cuidados com os Pacientes (COP)
O prontuário do paciente facilita e reflete a integração e coordenação do cuidado. Em particular, cada profissional
de saúde registra observações e tratamentos no prontuário do paciente. Muitas atividades de cuidado ao paciente
(COP)
As atividades de cuidado ao paciente que necessitam de requisições são prescritas por indivíduos qualificados
para tal. (Veja também ACC.3.1) Tais requisições devem ser facilmente acessíveis se forem cumpridos em
tempo oportuno. Localizar requisições em uma folha comum ou em um local uniforme no prontuário do
paciente facilita a execução de ordens. As ordens documentadas ajudam a equipe a entender as especificidades
de uma requisição, quando deve ser cumprida e quem deve realizar. (Veja também MMU.4.2) As requisições
podem ser escritas em uma folha de pedidos que é transferida para o prontuário do paciente periodicamente
ou na alta, ou um sistema informatizado de entrada de pedidos pode ser usado em hospitais que utilizam
prontuários eletrônicos.
Cada hospital decide:
• quais requisições devem ser escritas/documentadas e não por telefone, verbal ou mensagens de texto
(se for permitido pedidos verbais, telefônicos ou de texto); ou exemplo, as requisições telefônicas podem
limitar-se a situações de emergência quando um médico não está presente, as requisições verbais podem ser
limitadas a situações em que o médico está realizando um procedimento que utiliza material estéril, e as
requisições de texto podem ser limitadas apenas a exames de diagnóstico;
• quais requisições de diagnóstico por imagem e de exames laboratoriais clínicos devem fornecer uma
indicação/justificativa clínica;
• quaisquer exceções em ambientes especializados, como prontos-socorros e unidades de terapia intensiva;
• quem é permitido prescrever requisições; (Veja também MMU.4. 1) e
• quando as requisições devem ser registradas no prontuário do paciente, incluindo aquelas que podem ser
recebidas via texto. (Veja também MOI.8 e MOI.12)
Padrão COP.2. 1
Procedimentos e tratamentos clínicos e diagnósticos são realizados e documentados conforme prescrições/
requisições, e os resultados ou desfechos são registrados no prontuário do paciente.
Propósito de COP.2. 1
Procedimentos e tratamentos clínicos e diagnósticos realizados, e os resultados ou desfechos, estão documentados
no prontuário do paciente. (Veja também PCC.2 e MOI. 8.1) Exemplos desses procedimentos e tratamentos
incluem endoscopias, cateterismo cardíaco, tratamento de radiação, tomografia computadorizada e outros
procedimentos e tratamentos diagnósticos invasivos e não invasivos. Informações sobre quem requisitou o
procedimento ou tratamento e o motivo do procedimento ou tratamento estão incluídos na documentação.
111
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
prontuário do paciente.
2. A pessoa que faz a requisição, e o motivo da requisição e o procedimento ou tratamento estão
documentados no prontuário do paciente.
(COP)
Padrão COP.2.2
Um plano de cuidado individualizado é desenvolvido e documentado para cada paciente.
Propósito de COP.2. 2
O plano de cuidado delineia o cuidado e o tratamento a ser prestado a um paciente individualmente. O plano
identifica um conjunto de ações que a equipe de saúde implementará para resolver ou apoiar o diagnóstico
identificado por meio da avaliação. O objetivo geral de um plano de cuidado é alcançar os melhores resultados
clínicos. (Veja também COP.3)
Um método para desenvolver planos assistenciais é identificar e estabelecer metas mensuráveis. Metas mensuráveis
podem ser selecionadas pelo médico responsável em colaboração com o enfermeiro e outros profissionais de saúde.
As metas mensuráveis são observáveis, alcançáveis e têm relação com o cuidado do paciente e com os resultados
clínicos esperados.
Elas devem ser realistas, específicas para o paciente e baseadas em prazos para fornecer um meio de medir o
progresso e os resultados relacionados ao plano de cuidado. Exemplos de metas mensuráveis realistas incluem:
• O paciente retomará e manterá um débito cardíaco adequado, conforme indicado por uma frequência
cardíaca, ritmo e pressão sanguínea dentro dos limites normais
• O paciente demonstrará a autoadministração adequada das injeções de insulina antes da alta do hospital.
• O paciente poderá caminhar de sua cama até o corredor com um andador padrão, com peso tolerado na
perna afetada.
Nota: É preferível um plano único e integrado de cuidado que identifique metas mensuráveis esperadas por cada profissional
de saúde. É uma boa prática o plano de cuidado refletir metas individualizadas, objetivas e mensuráveis para facilitar a
reavaliação e revisão do plano de cuidado. (Veja também PCC.2)
112
Cuidados com os Pacientes (COP)
(COP)
Padrão COP.3
O cuidado de pacientes de alto risco e a prestação de serviços de alto risco são orientados por diretrizes, leis e
regulamentos da prática profissional.
Propósito de COP.3
Os hospitais cuidam de pacientes com uma variedade de necessidades de saúde. Alguns pacientes são considerados
de alto risco devido à sua idade, sua condição ou a natureza crítica de suas necessidades. Crianças e idosos
são comumente colocados nesse grupo, pois muitas vezes não conseguem falar por si mesmos, não entendem
o processo assistencial e não podem participar de decisões sobre seus cuidados. Da mesma forma, o paciente
assustado, confuso, em coma ou de emergência é incapaz de entender o processo de cuidado quando o cuidado
precisa ser prestado de forma eficiente e rápida.
Os hospitais também prestam uma variedade de serviços, alguns dos quais são considerados de alto risco devido
aos equipamentos médicos complexos necessários para tratar uma condição de risco de vida (pacientes de diálise),
a natureza do tratamento (pacientes em suporte de vida), o potencial de dano ao paciente (contenção) ou efeitos
tóxicos de certos medicamentos de alto risco (por exemplo, quimioterapia).
O cuidado com esses pacientes de alto risco é apoiado pelo uso de ferramentas como diretrizes, procedimentos,
planos de cuidados, diretrizes clínicas e afins. (Veja também ACC.3 e COP.2.1) Essas ferramentas são importantes
para que os profissionais entendam e respondam de forma completa, competente e uniforme. A liderança do
hospital é responsável por
• identificação dos pacientes e serviços considerados de alto risco no hospital;
• utilização de processo colaborativo para desenvolver ferramentas escritas para orientar o cuidado uniforme;
e
• treinamento da equipe na implementação dessas ferramentas.
As ferramentas escritas para o cuidado devem ser adaptadas à população de pacientes em risco ou ao serviço de
alto risco para serem apropriadas e eficazes na redução do risco relacionado. É particularmente importante que o
procedimento identifique
• como ocorrerá o planejamento, incluindo a identificação de diferenças entre populações adultas e
pediátricas, ou outras considerações especiais;
• a documentação necessária para que a equipe assistencial trabalhe e se comunique efetivamente;
• considerações especiais de consentimento, se for o caso;
• requisitos de monitoramento, incluindo o uso adequado de alarmes;
• qualificações especiais ou habilidades dos profissionais envolvidos no processo assistencial; e
• disponibilidade e utilização de equipamentos médicos especializados.
Ao atender qualquer um dos pacientes de alto risco ou prestar qualquer um dos serviços de alto risco identificados
abaixo, o hospital estabelece e implementa diretrizes e procedimentos para os serviços prestados e para os pacientes
atendidos. (Veja também COP.8.6; COP.9.2; COP.9.3; PCI.12; e PCI.12.1) Os serviços de alto risco são para:
a. pacientes de emergência;
b. pacientes em coma;
c. pacientes em suporte de vida;
d. cuidado a pacientes com doença transmissível;
e. cuidados com pacientes imunossupressores;
f. cuidado aos pacientes que recebem diálise;
g. cuidados com pacientes em restrições;
h. cuidado aos pacientes que fazem quimioterapia;
113
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
i. cuidado a populações de pacientes vulneráveis, incluindo idosos frágeis, crianças dependentes e pacientes
em risco de abuso e/ou negligência;
Cuidados com os Pacientes
de cuidado (por exemplo, a necessidade de prevenir trombose venosa profunda, lesões por pressão e infecções
associadas ao uso de ventilador em pacientes com suporte de vida; lesões neurológicas e circulatórias em pacientes
contidos; exposição à patógenos transportados pelo sangue em pacientes de diálise; infecções de cateteres centrais;
e quedas). Tais riscos, quando presentes, precisam ser abordados e prevenidos por meio da formação de pessoal e
do desenvolvimento de políticas, diretrizes e procedimentos adequados. (Veja também PCC.4.2.) O hospital utiliza
informações de monitoramento por indicadores para avaliar os serviços prestados aos pacientes de alto risco e
integra essas informações ao programa geral de melhoria da qualidade do hospital.
Padrão COP.3.1
O hospital reduz o risco de danos associados aos alarmes clínicos, desenvolvendo e implementando estratégias de
redução de riscos por meio do gerenciamento de sistemas de alarme clínico utilizados para o cuidado ao paciente.
Propósito de COP.3.1
Os sistemas de alarme clínico destinam-se a alertar os cuidadores sobre possíveis problemas do paciente, mas se
não forem gerenciados adequadamente, podem comprometer a segurança do paciente. Existem várias questões
subjacentes associadas ao gerenciamento de alarmes que podem aumentar o risco à segurança do paciente.
Os problemas associados ao gerenciamento de alarmes incluem muitos dispositivos com alarmes, configurações
padrão que não estão em um nível acionável e limites de alarme que são muito estreitos ou não adaptados à
condição do paciente. Muitas áreas de cuidado ao paciente têm numerosos sinais de alarme e o ruído recorrente
de alarmes mal gerenciados tende a dessensibilizar os profissionais e fazê-los errar ou ignorar sinais de alarme ou
até mesmo desativá-los. Essas questões variam muito entre os hospitais e até mesmo em diferentes unidades em
um único hospital. É importante que um hospital entenda sua própria situação e desenvolva uma abordagem
sistemática e coordenada para a gestão do sistema de alarmes clínicos. (Veja também QPS.10)
A padronização contribui para um gerenciamento segura do sistema de alarme, mas é reconhecido que as soluções
de gerenciamento de alarmes podem ter que ser projetadas para unidades clínicas específicas, grupos de pacientes
ou pacientes individualmente. Por exemplo, os alarmes mais comuns para abordar em uma população cardíaca
adulta seria o monitoramento cardíaco, e no trabalho de parto, alarmes de monitoramento fetal podem ser os mais
114
Cuidados com os Pacientes (COP)
comuns. Ao projetar soluções personalizadas para um gerenciamento adequado de alarmes, os líderes começam
identificando os sinais de alarme mais importantes para gerenciar. A consideração do seguinte pode ser útil para
(COP)
• Risco para os pacientes se o sinal de alarme não for atendido ou se ele não funcionar
• Se sinais de alarme específicos são necessários ou contribuem desnecessariamente para o ruído do alarme e
a fadiga do alarme
• Potencial para danos ao paciente com base no histórico de incidentes internos
• Melhores práticas e diretrizes publicadas (Veja também QPS.3)
Quando os alarmes que representam um risco para a segurança do paciente foram identificados, juntamente com
os locais e situações em que esses alarmes são utilizados, são desenvolvidas estratégias que abordam o seguinte:
a. Configurações clinicamente apropriadas para sinais de alarme
b. Situações em que os sinais de alarme podem ser desativados
c. Circunstâncias em que os parâmetros de alarme podem ser alterados
d. Identificação daqueles que têm autoridade para definir parâmetros de alarme
e. Designação daqueles que têm autoridade para mudar parâmetros de alarme
Padrão COP.3.2
O corpo clínico é treinado para reconhecer e responder a mudanças na condição de um paciente.
Propósito de COP.3. 2
Os profissionais que não atuam em áreas críticas podem não ter conhecimento e treinamento adequados para ava-
liar e monitorar pacientes com condições críticas. No entanto, um número significativo de pacientes fora das áreas
críticas de cuidado experimenta eventos críticos de internação. É essencial reconhecer os sinais específicos, con-
forme a idade, que indicam uma mudança brusca de condição para uma população individual de pacientes; por
exemplo, a população pediátrica de pacientes versus as populações de pacientes adultos. Muitas vezes, um paciente
apresentará sinais de alerta precoces (por exemplo, uma piora dos sinais vitais ou uma mudança sutil no estado
neurológico) pouco antes de experimentar um declínio clínico significativo, resultando em um evento importante.
(Veja também AOP.2) A literatura identifica critérios fisiológicos que podem auxiliar os profissionais na detecção
precoce de pacientes deteriorados. A maioria dos pacientes que sofrem de parada cardiopulmonar ou respiratória
demonstram deterioração clínica antes da parada. Quando a equipe é capaz de identificar esses pacientes precoce-
mente e solicitar assistência adicional de indivíduos especialmente treinados, os resultados clínicos melhoram.
115
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Todos os profissionais clínicos necessitam de educação e treinamento para receber os conhecimentos e habilidades
para reconhecer e intervir quando as avaliações dos pacientes identificam sinais fisiológicos que estão fora da
Cuidados com os Pacientes
faixa normal, indicando um potencial para a deterioração do paciente. A resposta precoce às mudanças no estado
do paciente é fundamental para potencialmente prevenir uma deterioração maior. Hospitais que desenvolvem
uma abordagem sistemática para o reconhecimento precoce e intervenção de pacientes cuja condição está se
deteriorando, podem reduzir as paradas cardiopulmonares e a mortalidade dos pacientes. (Veja também SQE.3)
(COP)
Serviços de Ressuscitação
Padrão COP.3.3
Os serviços de ressuscitação estão disponíveis em todo o hospital.
Propósito de COP.3. 3
Os serviços de ressuscitação podem ser definidos como intervenções clínicas para o cuidado emergente de
pacientes que experimentam um evento crítico, com risco de vida, como parada cardíaca ou respiratória.
Quando ocorre uma parada cardíaca ou respiratória, o início imediato de compressões torácicas ou suporte
respiratório pode significar a diferença entre a vida e a morte ou, no mínimo, pode ajudar a evitar danos cerebrais
potencialmente graves.
A reanimação bem sucedida de pacientes em parada cardiopulmonar depende de intervenções críticas, como
desfibrilação precoce e implementação precisa de suporte avançado de vida. Esses serviços devem estar disponíveis
para todos os pacientes, 24 horas por dia, todos os dias. Essencial para fornecer essas intervenções críticas é
a rápida disponibilidade de equipamentos médicos padronizados, medicamentos para ressuscitação e pessoal
devidamente treinado em ressuscitação. O suporte básico de vida deve ser implementado imediatamente após o
reconhecimento de parada cardíaca ou respiratória, e um processo deve ser implementado para fornecer suporte
avançado de vida em menos de 5 minutos. Os serviços de ressuscitação disponíveis no hospital, incluindo
equipamentos médicos e pessoal devidamente treinado, devem ser baseados em evidências clínicas e na população
atendida (por exemplo, se o hospital atende população pediátrica, devem estar disponíveis equipamentos médicos
para ressuscitação pediátrica). (Veja também ASC.3; MMU.3.1; SQE.8.1; SQE.8.1.1; GLD.9; e FMS.9) Para
garantir que a ressuscitação seja implementada em tempo hábil, o hospital revisa dados internos de situações de
emergência anteriores para determinar os tempos de resposta e a disponibilidade dos equipamentos adequados, e
identifica áreas para melhoria.
Nota: Todas as áreas do hospital incluem quaisquer áreas onde o tratamento e os serviços são prestados, incluindo
áreas de tratamento ou diagnóstico em edifícios separados na área de propriedade do hospital.
116
Cuidados com os Pacientes (COP)
(COP)
3. Em todas as áreas do hospital, o suporte básico de vida é implementado imediatamente após o
reconhecimento de parada cardíaca ou respiratória, e o suporte avançado de vida é implementado em
menos de 5 minutos.
4. O hospital revisa dados internos de situações de emergência anteriores e identifica áreas de melhoria.
Padrão.COP.3. 4
As diretrizes e procedimentos clínicos são estabelecidos e implementados para o manuseio, uso e administração de
sangue e de hemoderivados.
Propósito de COP.3. 4
O sangue deve ser administrado de acordo com as normas de prática e de forma consistente, a fim de garantir a
segurança do receptor. Portanto, as diretrizes clínicas e procedimentos descrevem o processo para:
a. consentimento do paciente para a administração; (Veja também PCC.4.2 e GLD.11.2)
b. aquisição de sangue do banco de sangue ou área de armazenamento de sangue;
c. identificação do paciente;
d. administração de sangue;
e. acompanhamento do paciente; e
f. identificação e resposta a sinais de potenciais reações de transfusão.
Um indivíduo com educação, conhecimento e experiência para supervisionar a administração de sangue e de
produtos sanguíneos, garante que processos, procedimentos e diretrizes clínicas para transfusões sejam definidos e
implementados. (Veja também AOP.5.11 e QPS.8)
117
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão COP.3.5
(COP)
Propósito de COP.3.5
O suicídio é considerado um evento sentinela. (Veja também QPS.7) O hospital apresenta uma combinação única
de fatores de risco - doença aguda ou apresentação de sintomas, fatores de risco ambientais e níveis variados de
experiência da equipe com suicídio e danos pessoais. Portanto, o hospital deve implementar triagens e avaliações
para identificar pacientes em risco de suicídio e automutilação para minimizar a probabilidade de uma tentativa
de suicídio ou automutilação.
Os pacientes são triados se atenderem aos critérios estabelecidos pelo hospital. O hospital identifica
populações de pacientes e/ou critérios para os quais os pacientes necessitam de triagem para suicídio
e automutilação. Por exemplo, o hospital pode optar por triagem de todos os pacientes em unidades
psiquiátricas e comportamentais, unidades de pós-parto, unidades de internação aguda e prontos-socorros.
Independentemente do local do tratamento, é importante que a equipe esteja ciente de que os pacientes
que estão sendo tratados, principalmente por uma condição médica, geralmente apresentam condições de
comorbidades comportamentais de saúde, uma alteração no estado clínico que apresenta um prognóstico ruim
ou problemas psicossociais. Esses pacientes podem estar em risco de suicídio, e é importante que a equipe possa
triar e identificar adequadamente esses indivíduos e outras populações de pacientes com propensões suicidas e
de automutilação, como parte de sua avaliação clínica geral, quando indicado.
Os profissionais são treinados para identificar populações de pacientes que atendam aos critérios para o
rastreamento de suicídio e automutilação. Os pacientes que atendem aos critérios são selecionados para o risco
de suicídio e automutilação utilizando ferramentas adequadas à população do paciente (por exemplo, idade
apropriada). (Veja também SQE.3) Uma avaliação mais aprofundada do risco de suicídio e automutilação
é realizada em pacientes identificados como “em risco” para suicídio e automutilação ou ideação suicida,
através do uso de ferramentas de triagem. Essa avaliação é concluída por meio do uso de ferramentas baseadas
em evidências e foca na ideação, propósito e plano; fatores de risco e proteção; e comportamentos suicidas ou
auto prejudiciais passados.
O hospital implementa protocolos para minimizar o risco de suicídio e automutilação em pacientes que,
mediante avaliação, correm risco de suicídio e/ou automutilação. Esses protocolos podem variar dependendo
do tipo de unidade ou setor, incluindo o pronto-socorro e a população de pacientes. Por exemplo, uma ala
clínica pode implementar um requisito para o monitoramento um-para-um para pacientes em risco de suicídio,
enquanto as unidades psiquiátricas podem optar por arredondamento intencional por hora. Essas diferenças
são influenciadas por variações no ambiente físico da área de cuidado, proporções de pessoal e treinamento, e
assim por diante. Em última análise, o foco desses protocolos é manter os pacientes seguros, independentemente
de onde estão sendo atendidos no hospital; os líderes de departamento/serviço realizam avaliações de risco e
colaboram com o corpo clínico para identificar e implementar protocolos mais aplicáveis e apropriados para
cada área de cuidados clínicos.
Hospitais que atendem pacientes em risco de suicídio e automutilação, como hospitais com unidade psiquiátrica
dedicada e hospitais psiquiátricos, precisam avaliar riscos no ambiente físico para identificar áreas e características
que possam ser utilizadas para tentar evitar o suicídio. (Veja também FMS.3; FMS.5; e FMS.6) Quartos de
pacientes, banheiros de pacientes, corredores e outras áreas devem ser incluídos na avaliação de risco. Os perigos
mais comuns para o risco de suicídio são os pontos de ancoragem utilizados para enforcamento; no entanto,
existem muitos outros tipos de riscos, e é importante fazer uma avaliação completa do meio ambiente. Por
exemplo, a avaliação de risco inclui a acessibilidade a agulhas, medicamentos, produtos químicos de limpeza,
e assim por diante. As unidades não psiquiátricas dos hospitais devem avaliar as áreas clínicas para identificar
objetos que possam ser utilizados para automutilação para que possam ser removidos quando necessário da área
em torno de um paciente que tenha sido identificado como de alto risco para suicídio. Por exemplo, remoção de
pontos de ancoragem, dobradiças de porta e ganchos que podem ser usados para se pendurar.
118
Cuidados com os Pacientes (COP)
(COP)
3. O hospital realiza uma avaliação de risco ambiental que identifica características no ambiente físico que
poderiam ser utilizadas em uma tentativa de suicídio ou automutilação; o hospital toma as medidas
necessárias para minimizar os riscos.
4. O hospital implementa protocolos e procedimentos para mitigar o risco de suicídio e/ou automutilação
do paciente.
5. O hospital monitora a implementação e efetividade de protocolos e procedimentos para a prevenção do
suicídio e/ou automutilação do paciente, analisando dados relativos à automutilação, incidentes ou óbitos.
6. Os profissionais são treinados em critérios de triagem, ferramentas de triagem e protocolos e
procedimentos de redução de risco de automutilação e suicídio.
Gerenciamento de Lasers
Padrão COP.4
O hospital estabelece e implementa um programa para o uso seguro de lasers e outros dispositivos de radiação
óptica utilizados para a realização de procedimentos e tratamentos.
Padrão COP.4.1
Eventos adversos resultantes do uso de lasers e outros dispositivos de radiação óptica são notificados, e planos de
ação para evitar a recorrência são implementados e monitorados.
119
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
As plumas laser são outro perigo potencial. Estes são os vapores, fumaça e partículas produzidos durante
alguns procedimentos cirúrgicos. As plumas a laser introduzem um potencial risco respiratório para pacientes
Cuidados com os Pacientes
e profissionais, pois podem conter toxinas irritantes, tecidos, bactérias, vírus, fragmentos de sangue e outras
partículas, dependendo do tipo de procedimento.
Para prevenir esses riscos e abordar os riscos de segurança aos pacientes e profissionais, o hospital estabelece e
implementa um programa para o uso seguro de lasers e outros dispositivos de radiação óptica usando padrões da
(COP)
120
Cuidados com os Pacientes (COP)
6. O hospital possui processos de inspeção, testes e manutenção de lasers e dispositivos de radiação óptica,
incluindo calibração de rotina e verificações de alinhamento de lasers, e essas atividades são realizadas
(COP)
instalações e segurança do hospital e fornece relatórios para a gerenciamento das instalações e estrutura
de segurança, pelo menos anualmente, e quando ocorrem quaisquer eventos de segurança.
2. O programa de segurança a laser e radiação óptica faz parte do programa de prevenção e controle de
infecções do hospital e fornece relatórios para o programa de prevenção e controle de infecções pelo
menos anualmente e quando ocorrem eventos de controle de infecções.
3. Quando os eventos adversos resultam do uso de lasers e/ou dispositivos de radiação óptica, os eventos
adversos são relatados e os planos de ação são identificados e implementados para evitar a recorrência.
Padrão COP.5
Uma variedade de opções alimentares, adequadas para o estado nutricional do paciente e consistente com seu
cuidado clínico, está disponível.
Propósito de COP.5
Alimentos e nutrição adequados são importantes para o bem-estar e para a recuperação dos pacientes. As escolhas
alimentares levam em consideração a idade do paciente, as preferências culturais e dietéticas e os cuidados
planejados, que podem incluir necessidades alimentares especiais, como colesterol baixo, dieta diabética e líquidos
claros, dependendo do diagnóstico do paciente. Com base nas avaliações das necessidades e no plano de cuidados
do paciente, o médico ou outro cuidador qualificado do paciente solicita alimentos ou outros nutrientes para o
paciente. (Veja também AOP.1.4)
O paciente participa do planejamento e seleção dos alimentos. Quando possível, aos pacientes é oferecida uma
variedade de opções alimentares consistentes com seu estado nutricional. A família do paciente pode, quando
for o caso, participar do fornecimento de alimentos, condizente com tradições e práticas culturais, religiosas
e outras e compatíveis com o diagnóstico do paciente. Quando a família do paciente ou outros fornecem
alimentos ao paciente, eles são educados sobre alimentos que são contraindicados de acordo com as necessidades
e planos de cuidados do paciente, incluindo informações sobre quaisquer medicamentos associados às interações
alimentares. Os alimentos fornecidos pela família ou outros são armazenados em condições adequadas para evitar
contaminação.
121
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão COP.5.1
Cuidados com os Pacientes
Propósito de COP.5.1
(COP)
Na avaliação inicial, os pacientes são triados para identificar aqueles que podem estar em risco nutricional. (Veja
também AOP.1.4) Esses pacientes são encaminhados a um nutricionista para avaliação posterior. Quando se
determina que um paciente está em risco nutricional, um plano de terapia nutricional é desenvolvido e realizado.
O progresso do paciente é monitorado e registrado em seu prontuário. Médicos, enfermeiros, o serviço de
nutrição e, quando apropriado, a família do paciente, colaboram para planejar e fornecer terapia nutricional.
Gerenciamento da Dor
Padrão COP.6
Os pacientes são apoiados no gerenciamento da dor de forma eficaz.
Propósito de COP.6
A dor pode ser uma parte comum da experiência do paciente e pode estar associada à condição ou doença
para a qual o paciente está sendo tratado. A dor também pode ser uma parte esperada de certos tratamentos,
procedimentos ou exames. Como parte do planejamento assistencial, os pacientes são informados sobre a
probabilidade de dor quando é um efeito antecipado de tratamentos, procedimentos ou exames e quais opções
para o tratamento da dor estão disponíveis. Qualquer que seja a origem da dor, a dor não aliviada tem efeitos
físicos e psicológicos adversos. Assim, os pacientes com dor têm direito à avaliação e gerenciamento adequado da
dor. (Veja também PCC.2.2 e o AOP.1.5)
Com base no escopo dos serviços prestados, o hospital possui processos para avaliar e gerenciar a dor
adequadamente, incluindo
• identificar os pacientes com dor durante avaliação inicial e reavaliações;
• fornecer informações aos pacientes sobre a dor, que pode ser resultado esperado de tratamentos,
procedimentos ou exames;
• realizar o gerenciamento da dor, independentemente da origem da dor, de acordo com as diretrizes ou
protocolos e em conjunto com as metas do paciente para o tratamento da dor; (Veja também COP.7)
• comunicar e educar pacientes e familiares sobre o tratamento da dor e dos sintomas no contexto de suas
crenças pessoais, culturais e religiosas;
• educar os profissionais de saúde sobre avaliação e gerenciamento da dor.
122
Cuidados com os Pacientes (COP)
3. Os pacientes com dor recebem cuidados de acordo com as diretrizes de controle da dor e de acordo com
as metas do paciente para o tratamento da dor.
(COP)
sobre a dor.
Pacientes que estão se aproximando do fim da vida necessitam de cuidados focados em suas necessidades únicas.
Pacientes terminais podem experimentar sintomas relacionados ao processo da doença ou tratamentos curativos
ou podem precisar de ajuda para lidar com questões psicossociais, espirituais e culturais associadas à morte e com
sua condição como terminal. Suas famílias e cuidadores podem exigir descanso para cuidar de um familiar em
estado terminal ou ajudar a lidar com o luto e a perda.
O objetivo do hospital de prestar cuidado no final da vida, considera os ambientes em que o cuidado ou serviço
é prestado (como em cuidados prolongados ou unidade de cuidados paliativos), o tipo de serviço prestado e a
população atendida. O hospital desenvolve processos para gerenciar o cuidado ao fim da vida. Esses processos devem:
• assegurar que os sintomas sejam avaliados e gerenciados adequadamente;
• assegurar que os doentes terminais sejam tratados com dignidade e respeito;
• avaliar os pacientes com a frequência necessária para identificar sintomas;
• planejar abordagens preventivas e terapêuticas para o gerenciamento dos sintomas; e
• educar pacientes e profissionais sobre o gerenciamento dos sintomas.
Padrão COP.7
O hospital presta assistência ao paciente terminal que atende às necessidades do paciente e da família e otimiza o
conforto e a dignidade do paciente.
Propósito de COP.7
Os pacientes que estão morrendo têm necessidades únicas de cuidados respeitosos e compassivos, conforme indi-
cado por sua avaliação. A avaliação do paciente pode identificar sintomas que requerem gerenciamento, como náu-
seas, dificuldades respiratórias e dor; fatores que aliviam ou exacerbam sintomas físicos; e a resposta do paciente ao
gerenciamento de sintomas. Identificar as necessidades físicas do paciente é apenas um aspecto da determinação do
cuidado em fim de vida do paciente. Pacientes e familiares também podem ter necessidade de serviços espirituais,
psicossociais e de apoio, conforme adequado às necessidades individuais e preferências culturais do paciente.
A preocupação com o conforto e a dignidade do paciente deve orientar todos os aspectos do cuidado durante as
fases finais da vida. Os cuidados de fim de vida prestados pelo hospital incluem
• fazer intervenções para controlar a dor; (Veja também COP.6)
• prover tratamento adequado para quaisquer sintomas de acordo com os desejos do paciente e da família;
• abordar de forma sensível questões como autópsia e doação de órgãos;
• respeitar os valores, a religião e as preferências culturais do paciente;
• envolver o paciente e a família em todos os aspectos do cuidado; e
• responder às preocupações psicológicas, emocionais, espirituais e culturais do paciente e da família.
Para atingir esses objetivos, todos os profissionais são educados sobre as necessidades únicas dos pacientes e de
suas famílias no final da vida. (Veja também PCC.1.2 e o SQE.3)
123
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Nota: Os padrões seguintes abordam as responsabilidades do hospital para transplante de órgãos e tecidos, doação e captação.
O transplante de órgãos é frequentemente um procedimento que salva vidas, e transplantes de órgãos e tecidos são
às vezes as únicas opções para o tratamento de uma ampla gama de doenças. Os recentes avanços no transplante
levaram a uma maior taxa de sucesso para órgãos e tecidos transplantados. No entanto, o transplante não está
livre de riscos. A transmissão de infecções do doador para o receptor é uma preocupação de segurança bem
documentada. Doenças com transmissão documentada de doadores infectados após o transplante incluem, para
citar alguns, HIV, hepatite B e C, e doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD). Os receptores também podem contrair
infecções bacterianas ou fúngicas através da contaminação durante o transporte, armazenamento ou manuseio.
O compromisso da liderança em criar uma cultura favorável à doação de órgãos e tecidos pode ter impacto
significativo no sucesso geral dos esforços de captação de órgãos e tecidos do hospital. Essas normas abordam as
responsabilidades da organização do hospital para a doação e captação de órgãos e tecidos. Isso inclui qualquer
indivíduo que tenha sido determinado clinicamente adequado para doação pela organização de captação de
órgãos. Se o hospital tiver os recursos necessários para apoiar a recuperação de órgãos e tecidos após a morte
cardíaca, doadores sem batimentos cardíacos são incluídos no esforço de captação de órgãos.
Padrão COP.8
A direção do hospital fornece recursos para apoiar o programa de transplante de órgãos/tecidos.
Propósito de COP.8
O programa de transplante de órgãos/tecidos requer equipe com formação e treinamento especializados e
outros recursos para proporcionar um cuidado seguro e de alta qualidade. (Veja também SQE.3) A formação e
o treinamento dos profissionais devem ser específicos para as responsabilidades e requisitos do transplante de
órgãos/tecidos. Outros recursos essenciais incluem suprimentos, salas de pacientes com ventilação necessária para
o tipo de procedimento de transplante (por exemplo, ventilação de pressão positiva), medicamentos necessários
para o tipo de procedimento de transplante, exames laboratoriais para garantir que os tecidos/órgãos não estejam
contaminados e outros recursos identificados pelo líder do serviço do programa. Além disso, são necessários
recursos relacionados aos sistemas de gerenciamento da informação para auxiliar na coleta de dados associados
a riscos, desfechos e outras informações que suportem a qualidade do programa de transplante. (Veja também
GLD.1.1; O GLD. 7; e GLD.9)
124
Cuidados com os Pacientes (COP)
(COP)
transplante de órgãos/tecidos.
Propósito de COP.8.1
A responsabilidade de um hospital que oferece serviços de transplante de órgãos e tecidos é fornecer cuidados seguros
e de alta qualidade aos doadores e receptores de transplante. No cerne dessa responsabilidade está uma infraestru-
tura capaz de suportar todas as atividades do programa de transplante. Um elemento-chave da infraestrutura é um
indivíduo responsável pela supervisão do programa de transplante de órgãos/tecidos. (Veja também GLD.9) Agindo
em tempo integral ou meio período, este(s) indivíduo(s) fornece essa supervisão como parte de suas responsabilidades
atribuídas ou na descrição de cargo. Esse indivíduo é qualificado no gerenciamento de transplantes através de educa-
ção, treinamento, experiência, licença e/ou certificação. As qualificações exigidas dependem das atividades realizadas.
Padrão COP.8.2
O programa de transplante inclui uma equipe multidisciplinar composta por pessoas com experiência nos
programas de transplante de órgãos específicos relevantes.
Propósito de COP.8.2
O sucesso de um programa de transplante e resultados positivos para transplantados e doadores vivos dependem
de uma equipe de profissionais de saúde que tenham conhecimento clínico e experiência em transplante de órgãos
específico. As necessidades de enfermagem, psicológicas, farmacológicas e nutricionais de um receptor de órgãos e
de um doador vivo de órgãos são únicas. Como relacionado ao tipo de transplante, uma equipe multidisciplinar é
composta por indivíduos de:
• medicina;
• enfermagem;
• nutrição;
• farmacologia;
• prevenção e controle de infecções;
• serviços sociais;
• serviços psicológicos; e
• serviços de reabilitação.
125
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Essa equipe deve ter qualificações, treinamento e experiência para prestar cuidados e serviços aos transplantados e
doadores vivos. (Veja também SQE.3)
Cuidados com os Pacientes
Padrão COP.8.3
Existe um mecanismo de coordenação designado para todas as atividades de transplante que envolve médicos,
enfermeiros e outros profissionais de saúde.
Propósito de COP.8.3
Os serviços de transplante carregam riscos únicos e críticos aos receptores de órgãos/tecidos e, nos casos de
doadores vivos, ao doador também. Um componente importante na garantia de um cuidado seguro e de alta
qualidade em todas as fases do processo doador/receptor é identificar um indivíduo com responsabilidade geral
pela coordenação e continuidade do cuidado do doador vivo e do receptor. Este indivíduo pode ser um médico,
enfermeiro ou outro profissional de saúde qualificado.
Padrão COP.8.4
O programa de transplante utiliza critérios de elegibilidade clínica de transplante de órgãos específicos e critérios
de adequação psicológica e social para candidatos a transplante.
Propósito de COP.8.4
Existem várias áreas a serem consideradas quando uma decisão precisa ser tomada sobre a designação de órgãos
para os receptores. Pode-se considerar a necessidade iminente do paciente para um transplante, o benefício que
o paciente pode obter com o transplante, a disponibilidade de tratamentos alternativos, a esperada melhora na
qualidade de vida do paciente e a quantidade de recursos necessários para o sucesso do tratamento.
Como os órgãos e tecidos humanos disponíveis para transplante são limitados, os critérios para a seleção do
receptor são desenvolvidos. Os critérios para seleção do receptor de transplante ajudam a identificar o paciente
126
Cuidados com os Pacientes (COP)
mais adequado e limitam o potencial de viés. Assim, os critérios de acesso a órgãos e tecidos são definidos de
forma transparente, a partir de uma avaliação objetiva das necessidades clínicas.
(COP)
Elementos de mensuração de COP.8.4
1. O programa de transplante documenta critérios de elegibilidade clínica de órgãos específicos para o
candidato ao transplante.
2. O programa de transplante documenta os critérios psicológicos e de adequação social para o candidato
ao transplante.
3. Os resultados de uma avaliação clínica estão incluídos na determinação da adequação ao transplante.
4. O programa de transplante documenta a confirmação da compatibilidade de órgãos no prontuário do
candidato ao transplante.
Padrão COP.8.5
O programa de transplante obtém consentimento informado específico para transplante de órgãos do candidato
ao transplante.
Propósito de COP.8.5
Para consentir, o paciente deve ser informado dos fatores relacionados ao cuidado planejado necessário para uma
decisão informada. (Veja também PCC.2) Os agentes são informados sobre os fatores que podem afetar o sucesso
do enxerto ou a saúde do candidato como beneficiário. Fatores incluem, mas não se limitam a,
a. o histórico do doador, conforme adequado às leis e regulamentos do país/região;
b. condição dos órgãos utilizados;
c. idade dos órgãos; e
d. o risco potencial de contrair doenças infecciosas se a doença não puder ser detectada em um doador infectado.
Além disso, pode haver fatores psicológicos, éticos, financeiros e outros que são exclusivos do paciente
transplantado do que para outros pacientes, como a necessidade de medicamentos imunossupressores e a taxa
de sobrevivência projetada. (Veja também AOP.1.1) O paciente precisa ser informado de todas as considerações
especiais como parte do processo de consentimento. O programa de transplante também segue a política do
hospital de consentimento informado, bem como leis e regulamentos locais e regionais. (Veja também PCC.4.2)
127
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
5. Além das informações fornecidas a qualquer paciente cirúrgico como parte do processo de
consentimento informado, o programa de transplante informa o potencial candidato a um transplante
Cuidados com os Pacientes
Padrão COP.8.6
O programa de transplante documentou protocolos, diretrizes de prática clínica ou procedimentos para
recuperação de órgãos e recebimento de órgãos para garantir a compatibilidade, segurança, eficácia e qualidade
de células humanas, tecidos e órgãos para transplante.
Propósito de COP.8.6
Para reduzir o risco de rejeição de órgãos, o cirurgião transplantador deve garantir a compatibilidade dos órgãos
doadores com o receptor. Os testes mais utilizados para compatibilidade incluem tipagem sanguínea e prova
cruzada e tipagem de tecidos. O cirurgião transplantador garante que os testes de compatibilidade ocorram antes
da captação de órgãos e do transplante.
A transmissão de doenças infecciosas e neoplasias é um risco potencial para receptores de tecidos e órgãos
doadores. Portanto, o nível de segurança, eficácia e qualidade das células humanas, tecidos e órgãos para
transplante deve ser assegurado. A avaliação de doadores de órgãos e tecidos pode identificar os doadores que têm
maior risco de infecção com um patógeno potencialmente prejudicial. A triagem de doadores por meio da história
clínica e o teste de doadores para doenças transmissíveis, podem reduzir significativamente a incidência de
transmissão de doenças aos doadores. A triagem de doadores deve incluir avaliação do histórico médico, fatores de
risco comportamentais e exame físico. Os testes de doadores devem incluir testes para HIV, hepatite B, hepatite C
e outros testes recomendados.
Para qualquer transplante de material humano, a rastreabilidade deve ser garantida durante a vida prevista do
doador e do receptor. Os meios de codificação acordados internacionalmente para identificar tecidos e células
utilizadas no transplante são essenciais para a rastreabilidade total. (Veja também GLD.11.2)
128
Cuidados com os Pacientes (COP)
Padrão COP.8.7
Propósito de COP.8.7
(COP)
O cuidado do paciente que recebe um transplante de órgãos ou tecidos é diferente com base no tipo de órgão
ou tecido que está sendo transplantado. O histórico de saúde do paciente tem um impacto na sua recuperação.
Além disso, o estado psicológico do paciente pode ter impacto no sucesso do transplante. Uma avaliação
psicológica será conduzida por um psiquiatra, psicólogo ou assistente social com experiência em transplante, para
determinar a capacidade de decisão do paciente e triagem para qualquer doença psiquiátrica pré-existente. (Veja
também AOP.1.1) Planos de cuidado individualizados são desenvolvidos para orientar o cuidado dos pacientes
transplantados. (Veja também AOP.1.2 e COP.2.2)
Padrão COP.9
Os programas de transplante que realizam transplantes de doadores vivos aderem às leis e regulamentos locais e
regionais e protegem os direitos dos doadores vivos potenciais ou reais.
Propósito de COP.9
A crescente demanda e a oferta limitada de órgãos de doadores falecidos resultaram em esforços crescentes para
promover a doação de órgãos vivos. Os padrões de doadores vivos para a seleção de candidatos adequados para
doação, consentimento informado e cuidados após a doação não existem universalmente. Os doadores vivos
enfrentam decisões difíceis e correm risco potencial de complicações ao longo da vida e não devem se sentir
coagidos ou pressionados para a doação de órgãos.
Para ajudar nas decisões e garantir que os direitos do doador vivo sejam protegidos, um indivíduo com
conhecimento da doação de órgãos vivos, transplante, ética médica e consentimento informado é identificado
e nomeado para proteger os direitos do paciente. Essa pessoa é independente da equipe de transplante e, se
empregada pelo hospital, não se reporta a nenhum membro da equipe de transplante. O objetivo dessa pessoa é
garantir que o doador vivo entenda todos os aspectos do processo de doação e seja autônomo em suas capacidades
de tomada de decisão. (Veja também PCC.1 e PCC.6)
129
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
locais e regionais.
2. O doador de órgãos vivo tem o direito de tomar uma decisão sobre a doação em um ambiente livre de
coerção e pressão.
(COP)
3. Um indivíduo com conhecimento de doação de órgãos vivos, transplante, ética médica e consentimento
informado é identificado e apontado como um mediador/conselheiro do doador vivo.
4. O indivíduo apontado como mediador/conselheiro do doador vivo não está envolvido em atividades de
rotina do transplante.
5. O indivíduo apontado como mediador/conselheiro do doador vivo informa, apoia e respeita o doador
vivo de forma culturalmente apropriada durante a tomada de decisão.
Padrão COP.9.1
Programas de transplante que realizam transplantes de doadores vivos obtêm consentimento informado específico
para doação de órgãos do potencial doador vivo.
Propósito de COP.9.1
O potencial doador precisa entender minuciosamente todos os aspectos do processo de doação, particularmente
para entender os riscos e benefícios associados ao ser um doador vivo. Muitos doadores vivos doam seu órgão a
um familiar ou conhecido; no entanto, alguns doadores vivos não influenciam na alocação de seu órgão doado.
Um aspecto muito importante para obter o consentimento informado é garantir que o potencial doador esteja
disposto a doar e não tenha sido coagido ou recebido promessa de compensação, e entenda que ele ou ela pode
recusar a doação a qualquer momento. (Veja também PCC.4.2)
Padrão COP.9.2
Programas de transplante que realizam transplantes de doadores vivos utilizam critérios de seleção clínica e
psicológica para determinar a adequação de potenciais doadores vivos.
130
Cuidados com os Pacientes (COP)
Propósito de COP.9.2
Os doadores de órgãos devem ser avaliados para adequação, física e psicológica, como doador de órgãos.
(COP)
deve ser avaliado pela sua capacidade de compreender o processo de doação e os possíveis desfechos, incluindo
possíveis desfechos adversos.
Padrão COP.9.3
Planos de cuidado individualizados orientam o cuidado dos doadores vivos.
Propósito de COP.9.3
Além das necessidades gerais de saúde dos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos, o doador vivo
possui tratamento único e necessidades de cuidados de saúde que requerem consideração específica. Os planos
de cuidado individualizados são desenvolvidos e implementados para todos os doadores vivos. (Veja também
ACC.3 e COP.2.2)
131
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
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(COP)
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Anestesia e Cuidados
Cirúrgicos (ASC)
Visão geral
O uso de anestesia cirúrgica, sedação e intervenções cirúrgicas são processos comuns e complexos em uma
organização de saúde. Eles exigem avaliação completa e abrangente do paciente, planejamento de cuidados
Anestesia e Cuidados
integrados, acompanhamento contínuo do paciente e transferência determinada por critérios para atendimento
contínuo, reabilitação e eventual transferência e alta.
Cirúrgicos (ASC)
A anestesia e a sedação são comumente vistas como um contínuo da sedação mínima à anestesia total, ao longo
das quais o paciente gradualmente perde seus reflexos para proteger suas vias aéreas, como tosse e engasgo.
Como a resposta individual do paciente pode se modificar nesse contínuo, a anestesia e o uso de sedação
devem ser organizados de forma integrada. Assim, este capítulo aborda a anestesia e a sedação onde os reflexos
protetores do paciente, necessários para uma manutenção de função aérea patente e ventilatória, estão em risco.
Este capítulo não trata do uso da sedação para fins de ansiólise ou sedação necessária na UTI para tolerância à
assistência ventilatória.
Como a cirurgia tem um alto nível de risco, deve ser cuidadosamente planejada e realizada. As informações
sobre o procedimento cirúrgico e o cuidado após a cirurgia são planejadas, com base na avaliação do paciente, e
documentadas. Considerações especiais são dadas à cirurgia que envolve a implantação de um dispositivo médico,
incluindo a notificação de dispositivos que não funcionam, bem como um processo de acompanhamento com
pacientes em caso de recall.
Nota: Os padrões de anestesia e cirurgia são aplicáveis em qualquer configuração de anestesia e/ou sedação e quando forem
realizados procedimentos cirúrgicos e outros procedimentos invasivos que exijam consentimento. (Veja também PCC.4.2)
Tais ambientes incluem salas de cirurgia hospitalar, cirurgias diurnas ou hospital dia, endoscopia, radiologia intervencionista,
ambulatórios odontológicos e outros ambulatórios, serviços de emergência, áreas de terapia intensiva ou em outros locais.
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro documento
escrito para processos específicos. Esses padrões são indicados por um ícone após o texto padrão.
Padrões
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
Organização e Gerenciamento
ASC.1 Serviços de anestesia e sedação estão disponíveis para atender às necessidades dos pacientes, e todos
esses serviços atendem aos padrões profissionais e aos padrões, leis e regulamentos locais e nacionais
aplicáveis.
ASC. 2 Um indivíduo qualificado é responsável pelo gerenciamento dos serviços de sedação e anestesia.
137
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
ASC. 6 O estado fisiológico de cada paciente durante a anestesia e cirurgia é monitorado de acordo com as
Cirúrgicos (ASC)
Cuidados Cirúrgicos
ASC. 7 O atendimento cirúrgico de cada paciente é planejado e documentado com base nos resultados da
avaliação.
ASC.7.1 Os riscos, benefícios e alternativas são discutidos com o paciente e sua família ou com
aqueles que tomam decisões pelo paciente.
ASC.7.2 As informações sobre o procedimento cirúrgico estão documentadas no prontuário do
paciente para facilitar a continuidade do cuidado.
ASC.7.3 O atendimento ao paciente após a cirurgia é planejado e documentado.
ASC.7.4 Os cuidados cirúrgicos que incluem a implantação de um dispositivo médico são
planejados com especial consideração sobre como os processos e procedimentos
padrões devem ser modificados.
138
A nestesia e Cuidados Cirúrgicos (ASC)
Organização e Gerenciamento
Padrão ASC.1
Os serviços de sedação e anestesia estão disponíveis para atender às necessidades dos pacientes, e todos esses
serviços atendem aos padrões profissionais e aos padrões, leis e regulamentos locais e nacionais aplicáveis.
Propósito de ASC.1
Sedação e anestesia são comumente vistas como um contínuo da sedação mínima à anestesia total.
A resposta de um paciente pode se modificar ao longo desse contínuo durante o qual os reflexos protetores das
vias aéreas do paciente estão em risco. A sedação e o uso da anestesia são processos complexos que devem ser
Anestesia e Cuidados
integrados ao planejamento assistencial do paciente. A sedação e a anestesia requerem uma avaliação completa
Cirúrgicos (ASC)
e abrangente do paciente, acompanhamento contínuo e critérios objetivos de recuperação.
O hospital possui um sistema de prestação de serviços de sedação e anestesia exigidos pela população de
pacientes, serviços clínicos oferecidos e necessidades dos profissionais de saúde. Os serviços de sedação e anestesia
são prestados de acordo com os padrões de prática profissional para o cuidado e atendem a todas as leis e
regulamentos locais e nacionais aplicáveis. Os serviços de sedação e anestesia estão disponíveis após o horário
normal de funcionamento para emergências.
Os serviços de sedação e anestesia (incluindo serviços necessários para emergências) podem ser prestados pelo
hospital, mediante concordância com uma fonte externa (por exemplo, um anestesista individual ou grupo
de anestesia), ou ambos. Qualquer uso de fontes externas de anestesia baseia-se na recomendação do líder dos
serviços de sedação e anestesia. Fontes externas atendem às leis e regulamentos aplicáveis e possuem registros
aceitáveis de qualidade e segurança do paciente, conforme definido em contratos de serviços. (Veja também
GLD.6 e GLD.6.1)
Padrão ASC.2
Um(s) indivíduo qualificado é responsável pelo gerenciamento dos serviços de sedação e anestesia.
Propósito de ASC.2
Os serviços de sedação e anestesia estão sob a direção de um ou mais indivíduos qualificados por treinamento que
é documentado, especialização e experiência, que são consistentes com as leis e regulamentos aplicáveis. Esse(s)
139
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
indivíduo assume a responsabilidade profissional pelos serviços de anestesia prestados. (Veja também GLD.6 e
GLD.9) As responsabilidades incluem:
• desenvolvimento, implementação e manutenção de políticas e procedimentos;
• prestação de fiscalização administrativa;
• manutenção de qualquer programa de controle de qualidade necessário;
• recomendação de fontes externas de serviços de sedação e anestesia;
• monitoramento e revisão de todos os serviços de sedação e anestesia.
definidas e realizadas.
Cirúrgicos (ASC)
Padrão ASC.3
A administração da sedação é padronizada em todo o hospital.
Propósito de ASC.3
A sedação é definida como «. . . a técnica de administrar sedativos ou agentes dissociativos com ou sem
analgésicos para induzir um estado de consciência alterado que permita ao paciente tolerar procedimentos
dolorosos ou desagradáveis, preservando a função cardiorrespiratória.» Independentemente da medicação,
dose ou via de administração, quando um medicamento é usado com a finalidade de alterar o estado cognitivo
do paciente a fim de facilitar um procedimento específico, considera-se sedação. A sedação é frequentemente
realizada em muitas áreas do hospital fora do centro cirúrgico. Como a sedação, assim como a anestesia,
representa riscos potenciais significativos aos pacientes, a administração da sedação deve ser uniforme em todo o
hospital. As qualificações dos profissionais participantes do procedimento, os equipamentos médicos, os insumos
e o acompanhamento devem ser os mesmos sempre que a sedação for realizada no hospital. Assim, os hospitais
devem desenvolver diretrizes específicas sobre como e onde a sedação pode ser utilizada.
A padronização da sedação é apoiada por políticas e procedimentos que são compreendidas por todos os
profissionais autorizados a administrar a sedação e identifica:
a. áreas do hospital onde possa ocorrer sedação;
b. qualificações especiais ou habilidades dos profissionais envolvidos no processo de sedação; (Veja também
SQE.3)
c. as diferenças entre populações pediátricas, adultas e geriátricas ou outras considerações especiais (Veja
também AOP.1.6);
d. a disponibilidade imediata e utilização de equipamentos médicos especializados, adequados à idade e
histórico do paciente (Consulte também COP.3.3); e
e. o processo de consentimento informado, tanto para o procedimento, quanto para o uso da sedação. (Veja
também PCC.4.2)
140
A nestesia e Cuidados Cirúrgicos (ASC)
Durante a sedação processual, um indivíduo treinado em suporte avançado de vida e equipamentos médicos de
emergência e suprimentos apropriados para a idade e histórico do paciente e o tipo de procedimento que está
sendo realizado, estão imediatamente disponíveis. (Veja também SQE.8.1 e SQE.8.1.1)
Padrão ASC.3.1
Anestesia e Cuidados
Cirúrgicos (ASC)
Profissionais qualificados pela sedação e indivíduos responsáveis por monitorar pacientes que recebem sedação
processual são qualificados.
Propósito de ASC.3.1
As qualificações do médico, dentista ou outro indivíduo responsável pelo paciente que recebe sedação são
importantes. Compreender os métodos de sedação no que se relacionam com o paciente e o tipo de procedimento
realizado, melhora a tolerância do paciente a um procedimento desconfortável ou doloroso e diminui os riscos de
complicações. As complicações relacionadas à sedação incluem principalmente depressão cardíaca ou respiratória.
Assim, a certificação em pelo menos o suporte básico de vida é essencial. Além disso, o conhecimento da
farmacologia dos agentes de sedação utilizados, bem como agentes de reversão, diminui os riscos de desfechos
adversos. Sendo assim, o indivíduo responsável pela sedação processual deve ser competente em:
a. técnicas e diversos métodos de sedação;
b. farmacologia de medicamentos de sedação e uso de agentes de reversão;
c. requisitos de monitoramento; e
d. resposta a complicações. (Veja também SQE.10)
O profissional de saúde que realiza o procedimento não deve ser responsável por fornecer acompanhamento
contínuo do paciente. Um indivíduo separado e qualificado, como um anestesista ou um enfermeiro treinado e
competente, deve assumir a responsabilidade de fornecer monitoramento ininterrupto dos parâmetros fisiológicos
do paciente e assistência em medidas de apoio ou ressuscitação. (Veja também SQE.3) O indivíduo responsável
pelo monitoramento deve ser competente em:
e. requisitos de monitoramento;
f. resposta a complicações;
g. uso de agentes de reversão; e
h. critérios de recuperação.
141
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão ASC.3.2
A sedação é administrada e monitorada de acordo com as diretrizes da prática profissional.
Propósito de ASC.3.2
Os graus de sedação ocorrem em um contínuo, desde a sedação de leve até a profunda, e um paciente pode
progredir de um grau para outro. Muitos fatores influenciam a resposta do paciente à sedação e podem afetar o
grau em que um paciente está sedado. Os fatores incluem os medicamentos administrados, a via e as dosagens,
a idade do paciente (pediátrico, adulto ou geriátrico) e o histórico médico do paciente. Por exemplo, histórico
de comprometimento de órgãos principais, medicamentos atuais que podem interagir com medicamentos para a
sedação, alergias a medicamentos, resposta adversa prévia à anestesia ou sedação, e abuso de substâncias podem
ter um impacto na resposta do paciente à sedação. Se o estado físico do paciente for de alto risco, consideram-se as
necessidades clínicas adicionais do paciente e a adequação da sedação.
A avaliação de pré-sedação ajuda a identificar quaisquer fatores que possam impactar a resposta do paciente à
sedação e também ajuda a identificar quais achados do monitoramento durante e após o procedimento podem ser
significativos. (Veja também AOP.1.1) Um profissional responsável e qualificado realiza uma avaliação de pré-
Anestesia e Cuidados
a. identificar quaisquer problemas nas vias aéreas que possam influenciar o tipo de sedação utilizada;
b. avaliar pacientes em risco para adequação da sedação processual;
c. planejar o tipo de sedação e o nível de sedação que o paciente precisará com base no procedimento que está
sendo realizado;
d. administrar com segurança a sedação; e
e. interpretar os achados do acompanhamento do paciente durante a sedação e a recuperação.
O escopo e o conteúdo dessa avaliação são baseados em diretrizes profissionais e são definidos na política do
hospital.
Os pacientes submetidos à sedação requerem o monitoramento de seu nível de consciência, estado de ventilação
e oxigenação, e variáveis hemodinâmicas, em uma frequência baseada no tipo e quantidade de medicação
administrada, na duração do procedimento e no tipo e na condição do paciente. Considerações importantes
durante o procedimento de sedação incluem a capacidade do paciente de manter reflexos protetores; uma via aérea
independente e contínua; e a capacidade de responder à estímulos físicos ou comandos verbais. Um indivíduo
qualificado é responsável por fornecer monitoramento ininterrupto dos parâmetros fisiológicos do paciente e
assistência em medidas de apoio ou ressuscitação, até que o paciente esteja recuperado com segurança.
Quando o procedimento for concluído, os pacientes podem continuar em risco de complicações devido à demora
na absorção total do medicamento sedado, depressão respiratória e/ou falta de estimulação pelo procedimento.
Os pacientes continuam a precisar de monitoramento até chegarem perto do nível básico de consciência e
parâmetros hemodinâmicos. Os critérios objetivos ajudam a identificar pacientes que estão recuperados e/ou
prontos para alta. (Veja também QPS.8)
Padrão ASC.3.3
Os riscos, benefícios e alternativas relacionados à sedação são discutidos com o paciente, sua família ou aqueles
que tomam decisões pelo paciente.
142
A nestesia e Cuidados Cirúrgicos (ASC)
Propósito de ASC.3.3
O processo de planejamento de sedação inclui educar o paciente, sua família ou tomador de decisão sobre
os riscos, benefícios e alternativas relacionadas à sedação. Essa discussão ocorre como parte do processo para
obtenção de consentimento para sedação, conforme exigido no PCC.4.2 e PCC.4.3. Um indivíduo qualificado
fornece essa educação.
Anestesia e Cuidados
Cuidados com a Anestesia
Cirúrgicos (ASC)
Padrão ASC.4
Um indivíduo qualificado realiza uma avaliação pré-anestésica e uma avaliação pré-indução.
Propósito de ASC.4
Como a anestesia tem um alto nível de risco, a administração é cuidadosamente planejada. A avaliação pré-
anestésica do paciente é a base para esse plano, para identificar quais achados de monitoramento durante a
anestesia e na recuperação podem ser significativos, e para o uso de analgesia pós-operatória. A avaliação da pré-
anestésica fornece informações necessárias para
• identificar quaisquer problemas nas vias aéreas;
• selecionar a anestesia e planejar os cuidados com a anestesia;
• administrar com segurança um anestésico com base na avaliação do paciente, riscos identificados e tipo de
procedimento;
• interpretar os achados do acompanhamento do paciente durante a anestesia e recuperação; e
• fornecer informações para o uso de analgesia após a cirurgia.
Um anestesista ou outro indivíduo qualificado realiza a avaliação pré-anestésica. A avaliação pré-anestésica
pode ser realizada algum tempo antes da internação ou antes do procedimento cirúrgico ou pouco antes do
procedimento invasivo, como em pacientes de emergência e obstétricos. (Veja também AOP.1.1 e AOP.1.3)
A avaliação pré-indução é separada da avaliação pré-anestésica, pois se concentra na estabilidade fisiológica e
prontidão do paciente para anestesia e ocorre imediatamente antes da indução da anestesia. Quando a anestesia
deve ser fornecida emergencialmente, a avaliação pré-anestésica e a avaliação pré-indução podem ser realizadas
imediatamente, seguindo uma após a outra, ou simultaneamente, mas são documentadas independentemente.
143
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão ASC.5
O cuidado anestésico de cada paciente é planejado e documentado, e a anestesia e a técnica utilizada são
documentadas no prontuário do paciente.
Propósito de ASC.5
O cuidado com a anestesia é cuidadosamente planejado. O plano inclui informações de outras avaliações do
paciente e identifica a anestesia a ser utilizada, o método de administração, outros medicamentos e fluidos,
procedimentos de monitoramento e cuidado pós-anestésico previstos. O processo de planejamento da anestesia
inclui educar o paciente, sua família ou tomador de decisão sobre os riscos, benefícios e alternativas relacionados
à anestesia planejada. (Veja também o PCC.4.3) Essa discussão ocorre como parte do processo para obtenção
de consentimento para anestesia, conforme exigido no PCC.4.2. Um anestesista ou um indivíduo qualificado
fornece essa educação. (Veja também o PCC.5.2)
Quando o tratamento da dor pós-operatória é fornecido pelos serviços de anestesia, o plano de tratamento
da dor pós-operatória é revisado e discutido com o paciente pelo anestesista ou outro indivíduo qualificado e
documentado no prontuário do paciente.
Anestesia e Cuidados
O agente anestésico, dose (quando aplicável) e técnica anestésica estão documentados na ficha anestésica do
Cirúrgicos (ASC)
Padrão ASC.6
O estado fisiológico de cada paciente durante a anestesia e cirurgia é monitorado de acordo com as diretrizes
da prática profissional e documentado no prontuário do paciente.
Propósito de ASC.6
O monitoramento fisiológico fornece informações confiáveis sobre o estado do paciente durante a anestesia (geral,
espinhal, regional e local) e o período de recuperação. Os resultados do monitoramento desencadeiam decisões
intraoperatórias importantes, bem como decisões pós-operatórias, como retorno à cirurgia, transferência para
outro nível de cuidado ou alta. O monitoramento das informações orienta os cuidados médicos e de enfermagem
e identifica a necessidade de diagnóstico e outros serviços. Os achados de monitoramento são inseridos no
prontuário do paciente.
Os métodos de monitoramento dependem do estado pré-anestésico do paciente, da escolha da anestesia e da
complexidade do procedimento cirúrgico ou outro realizado durante a anestesia. Em todos os casos, porém,
o acompanhamento geral durante a anestesia e cirurgia é consistente com a prática profissional e definido na
política do hospital. (Veja também GLD.7) Os resultados do acompanhamento estão documentados no prontuário
do paciente. (Veja também COP.2.1 e MOI.8.1)
144
A nestesia e Cuidados Cirúrgicos (ASC)
Padrão ASC.6.1
O estado pós-anestésico de cada paciente é monitorado e documentado, e o paciente recebe alta da área de
recuperação pós-anestésica por um indivíduo qualificado ou por meio de critérios estabelecidos.
Propósito de ASC.6.1
O monitoramento durante o período de anestesia é a base para o monitoramento durante o período de
Anestesia e Cuidados
recuperação da pós-anestésica. A coleta contínua e sistemática e a análise dos dados sobre o estado do paciente em
Cirúrgicos (ASC)
recuperação, fundamentam as decisões quanto à transferência do paciente para outros ambientes e serviços menos
intensivos. O registro de dados de monitoramento fornece a documentação para dar suporte sobre a recuperação
ou as decisões de alta. Quando o paciente é transferido diretamente do centro cirúrgico para uma unidade de
internação, o monitoramento e a documentação são os mesmos que seriam exigidos na sala de recuperação.
A alta das áreas de recuperação pós-anestésica ou a interrupção do monitoramento de recuperação é definida por
uma das seguintes formas alternativas:
a. O paciente recebe alta (ou o monitoramento de recuperação é descontinuado) por um anestesista
totalmente qualificado ou outro indivíduo autorizado pelo(s) indivíduo responsável pelo gerenciamento dos
serviços de anestesia.
b. O paciente recebe alta (ou o monitoramento de recuperação é descontinuado) por um enfermeiro ou
indivíduo igualmente qualificado, de acordo com os critérios de pós-anestésicos desenvolvidos pela
liderança do hospital, e o prontuário do paciente contém evidências de que os critérios são atendidos.
c. O paciente recebe alta para uma unidade capaz de prestar atenção pós-anestésica ou de pós-sedação de
pacientes selecionados, como unidade de terapia intensiva cardiovascular ou unidade de terapia intensiva
neurocirúrgica, entre outros.
A hora de chegada e alta da área de recuperação (ou a hora em que a recuperação começa e a hora de interrupção
do monitoramento de recuperação) estão documentados no prontuário do paciente.
145
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Cuidados Cirúrgicos
Padrão ASC.7
O atendimento cirúrgico de cada paciente é planejado e documentado com base nos resultados da avaliação.
Propósito de ASC.7
Como a cirurgia tem um alto nível de risco, sua realização é cuidadosamente planejada. A avaliação do
paciente é a base para a seleção do procedimento cirúrgico adequado e para identificar quais achados durante o
monitoramento podem ser significativos. (Veja também AOP.1.1 e AOP.1.2) A avaliação(s) fornece informações
necessárias para:
• selecionar o procedimento adequado e o tempo oportuno;
• realizar os procedimentos com segurança; e
• interpretar os achados do monitoramento do paciente.
Anestesia e Cuidados
Cirúrgicos (ASC)
A seleção do procedimento depende do histórico do paciente, do estado físico e dos dados diagnósticos,
bem como dos riscos e benefícios do procedimento para o paciente. A seleção do procedimento considera as
informações da avaliação de admissão, exames diagnósticos e outras fontes disponíveis. O processo de avaliação
é realizado em um período de tempo reduzido quando um paciente de emergência precisa de cirurgia. (Veja
também AOP.1.2.1)
O cuidado cirúrgico planejado para o paciente está documentado no prontuário, incluindo um diagnóstico pré-
operatório. O nome do procedimento cirúrgico por si só não constitui um diagnóstico. (Veja também AOP.1.3.1)
Padrão ASC.7.1
Os riscos, benefícios e alternativas são discutidos com o paciente e sua família ou com aqueles que tomam
decisões pelo paciente.
Propósito de ASC.7.1
Os pacientes e seus familiares ou tomadores de decisão recebem informações adequadas para participar das
decisões assistenciais e fornecer o consentimento informado exigido no PCC.4.2. As informações incluem:
• os riscos do procedimento planejado;
• os benefícios do procedimento planejado;
• as possíveis complicações; e
• as opções cirúrgicas e não cirúrgicas (alternativas) disponíveis para tratar o paciente.
Além disso, quando podem ser necessários sangue ou hemoderivados, são discutidas informações sobre os riscos
e alternativas. (Veja também PCC.4.1) O cirurgião do paciente ou outro indivíduo qualificado fornece essas
informações. (Veja também PCC.5.2)
146
A nestesia e Cuidados Cirúrgicos (ASC)
Padrão ASC.7.2
As informações sobre o procedimento cirúrgico estão documentadas no prontuário do paciente para facilitar a
continuidade do cuidado.
Propósito de ASC.7.2
Anestesia e Cuidados
Os cuidados pós-cirúrgicos de um paciente dependem dos eventos e achados do procedimento cirúrgico.
Cirúrgicos (ASC)
A questão mais importante é que todas as ações e resultados essenciais à condição do paciente sejam registradas
no prontuário do paciente. Essas informações podem ser apresentadas na forma de um modelo — seja em papel
ou eletrônico — ou em um relatório operacional, como uma nota de progresso operacional por escrito.
Para apoiar a continuidade dos cuidados de apoio pós-cirúrgico, as informações sobre a cirurgia são registradas no
prontuário do paciente imediatamente após a cirurgia, antes de o paciente ser transferido da área cirúrgica ou de recu-
peração pós-anestésica. (Veja também MOI.8.1) As informações documentadas sobre a cirurgia incluem pelo menos:
a. diagnóstico pós-operatório;
b. nome do cirurgião principal e dos assistentes;
c. procedimentos realizados e descrição dos achados de cada procedimento;
d. complicações perioperatórias;
e. amostras cirúrgicas enviadas para exame;
f. quantidade de perda de sangue e quantidade de sangue transfundido;
g. data, hora e assinatura do médico responsável.
Algumas informações podem estar contidas em outras anotações no prontuário. (Veja também ACC.3) Por
exemplo, a quantidade de perda de sangue e sangue transfundido pode ser registrada no registro de anestesia, ou
informações sobre dispositivos implantáveis podem ser mostradas usando o adesivo pré-impresso do fabricante.
(Veja também ASC.7.4)
O tempo imediatamente após a cirurgia é definido como “após a conclusão da cirurgia, antes que o paciente
seja transferido para o próximo nível de cuidado”. Essa definição garante que informações pertinentes estejam
disponíveis para o próximo cuidador. Se o cirurgião acompanhar o paciente desde o centro cirúrgico até a
próxima unidade ou área de atendimento, a nota operativa, modelo ou nota de progresso podem ser escritas
naquela unidade ou área de atendimento.
Nota: A documentação das informações sobre procedimentos e tratamentos não cirúrgicos, como procedimentos
diagnósticos invasivos, tratamentos intervencionistas e outros diagnósticos e tratamentos, é identificada em COP.2.1.
147
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão ASC.7.3
O atendimento ao paciente após a cirurgia é planejado e documentado.
Propósito de ASC.7.3
As necessidades médicas e de enfermagem pós-cirúrgicas de cada paciente diferem dependendo do procedimento
cirúrgico realizado e do histórico médico do paciente. Além disso, alguns pacientes podem precisar de cuidados
de outros serviços, como fisioterapia ou reabilitação. Portanto, é necessário planejar esse cuidado, incluindo o
nível de cuidado, escopo do cuidado, acompanhamento ou tratamento, e a necessidade de medicação ou outros
tratamentos e serviços.
O planejamento pós-cirúrgico pode começar antes da cirurgia com base nas necessidades e condições avaliadas do
paciente e no tipo de cirurgia que está sendo realizada. O plano de atendimento pós-cirúrgico também inclui as
necessidades imediatas de pós-operatório do paciente. O atendimento planejado está documentado no prontuário
do paciente no prazo de 24 horas e verificado pelo serviço responsável para garantir a continuidade dos serviços
durante o período de recuperação ou reabilitação.
Anestesia e Cuidados
As necessidades pós-cirúrgicas podem mudar como resultado da melhora clínica ou novas informações de uma
reavaliação de rotina, ou podem ser evidentes a partir de uma mudança repentina na condição do paciente. O
Cirúrgicos (ASC)
plano de atenção pós-cirúrgico é revisado com base nessas mudanças e documentado no prontuário como notas
ao plano inicial ou como um plano de cuidados revisado ou novo. (Veja também COP.2. 2)
Padrão ASC.7.4
Os cuidados cirúrgicos que incluem a implantação de um dispositivo médico são planejados com especial
consideração de como os processos e procedimentos padrões devem ser modificados.
Propósito de ASC.7.4
Muitos procedimentos cirúrgicos envolvem a implantação permanente de um dispositivo médico. Um dispositivo
médico implantável pode ser definido como um dispositivo que é permanentemente colocado em uma cavidade,
feita de forma cirúrgica ou naturalmente formada no corpo, para ajudar a, continuamente, restaurar ou substituir
uma função ou estrutura do corpo durante toda a vida útil do dispositivo.
Um dispositivo médico implantável permanente pode ser uma prótese (como um quadril), um stent, um
desfibrilador cardioversor, um marca-passo, lentes intraoculares e uma bomba de infusão, entre outros exemplos.
Procedimentos cirúrgicos envolvendo a implantação permanente de dispositivos médicos exigem que os cuidados
cirúrgicos de rotina sejam modificados para dar conta de fatores especiais como:
a. a seleção de dispositivos baseados na ciência e pesquisa atuais;
b. assegurar que os implantes estejam presentes no centro cirúrgico; (Veja também IPSG.4)
148
A nestesia e Cuidados Cirúrgicos (ASC)
Anestesia e Cuidados
e acompanhamento com os pacientes, incluindo aqueles que podem estar fora do país. O hospital determina
o prazo para o contato com os pacientes (por exemplo, dentro de 24 horas após a notificação oficial de recall
Cirúrgicos (ASC)
de um dispositivo que mantem a vida). Esse período de tempo pode ser mais longo para um dispositivo que
não mantem a vida.
149
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Referências
Organização e Gerenciamento de Jun;29(6):583-590. https://doi.org/10.1111/pan.13615,
Programas de Anestesia e Cirurgia https://doi.org/10.1111/pan.13615..
org/10.1016/j.anclin.2017.07.002. . org/10.1016/j.bpa.2019.04.002. .
150
Gerenciamento e
Uso de Medicamentos
(MMU)
Visão geral
Os medicamentos são um componente crítico do cuidado prestado aos pacientes e são utilizados para tratamento
diagnóstico, sintomático, preventivo, curativo e paliativo e tratamento de doenças e condições de saúde.
Um sistema de medicamentos que dê suporte ao gerenciamento ideal de medicamentos deve incluir processos
que apoiem o uso seguro e eficaz de medicamentos. O uso seguro e eficaz de medicamentos envolve um esforço
multidisciplinar e coordenado dos profissionais de saúde aplicando os princípios de concepção, implementação
e melhoria de todos os aspectos do processo de gerenciamento de medicamentos, que inclui a seleção, aquisição,
armazenamento, requisição/prescrição, transcrição, distribuição, preparação, dispensação, administração,
documentação e monitoramento de terapias medicamentosas. Embora o papel dos profissionais de saúde no
gerenciamento de medicamentos varie muito de um país para outro, os processos sólidos de gerenciamento de
medicamentos para a segurança do paciente são universais, e devem ser apoiados por evidências científicas e
orientações para prescritores, como no desenvolvimento de um programa de administração de antibióticos e no
uso de diretrizes de prática de medicamentos aceitas.
Nota: A medicação é definida como qualquer medicamento prescrito; medicamentos tratados como amostras;
remédios à base de ervas; vitaminas; nutracêuticos; medicamentos sem prescrição médica; vacinas; agentes
diagnósticos e de contraste utilizados ou administrados a pessoas para diagnosticar, tratar ou prevenir doenças ou
outras condições anormais; medicamentos radioativos; tratamentos de terapia respiratória; nutrição parenteral;
Gerenciamento e Uso de
derivados do sangue; e soluções intravenosas (simples, com eletrólitos e/ou medicamentos), bem como soluções
Medicamentos (MMU)
administradas/utilizadas no paciente pela equipe cirúrgica durante procedimentos cirúrgicos/invasivos.
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro
documento escrito para processos específicos. Esses padrões são indicados por um ícone após o texto padrão.
Padrões
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
Organização e Gerenciamento
MMU. 1 O uso de medicamentos no hospital é organizado para atender às necessidades do paciente, cumpre
as leis e regulamentos aplicáveis e está sob a direção e supervisão de um farmacêutico licenciado ou
outro profissional qualificado.
MMU. 1.1 O hospital desenvolve e implementa um programa para o uso prudente de antibióticos
com base no princípio da administração de antibióticos.
Seleção e Aquisição
MMU.2 Existe um método para supervisionar a lista de medicamentos do hospital, incluindo como os
medicamentos listados são usados; um método para garantir que os medicamentos para prescrição ou
requisição sejam estocados; e um processo para medicamentos não estocados ou normalmente não
disponíveis para o hospital ou para os horários em que a farmácia está fechada.
151
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Armazenamento
MMU. 3 Os medicamentos são armazenados de forma adequada e segura.
MMU. 3.1 Medicamentos de emergência estão disponíveis, armazenados uniformemente,
monitorados e seguros quando armazenados fora da farmácia.
MMU. 3.2 O hospital possui um sistema de recall de medicamentos.
Prescrição e Transcrição
MMU. 4 O hospital identifica e documenta uma lista atual de medicamentos tomados pelo paciente em casa e
revisa a lista com todos os novos medicamentos prescritos ou dispensados.
MMU.4.1 O hospital identifica os indivíduos qualificados autorizados a prescrever ou solicitar
medicamentos.
MMU.4.2 O hospital identifica práticas seguras de prescrição, requisição e transcrição e define os
elementos de uma requisição completa ou prescrição.
Preparação e Dispensação
MMU. 5 Os medicamentos são preparados e dispensados em um ambiente limpo e seguro.
MMU.5.1 As prescrições ou requisições de medicamentos são revisados para adequação.
MMU.5.2 Um sistema é usado para dispensar medicamentos com segurança, na dose certa para
o paciente certo, na hora certa.
Administração
MMU. 6 O hospital identifica os indivíduos qualificados e autorizados a administrar medicamentos e
documenta os medicamentos administrados no prontuário do paciente.
MMU.6.1 A administração de medicamentos inclui um processo para verificar se a medicação
está correta com base na prescrição ou requisição de medicamentos.
MMU.6.2 Políticas e procedimentos orientam a utilização dos medicamentos trazidos ao hospital
Gerenciamento e Uso de
Medicamentos (MMU)
Monitoramento
MMU. 7 Os efeitos de medicação nos pacientes são monitorados.
MMU.7.1 O hospital estabelece e implementa um processo de notificação e atuação sobre erros
de medicação e quase falhas.
152
Gerenciamento e Uso de Medicamentos (MMU)
Organização e Gerenciamento
Padrão MMU.1
O uso de medicamentos no hospital é organizado para atender às necessidades do paciente, cumpre as leis
e regulamentos aplicáveis, e está a sob direção e supervisão de um farmacêutico licenciado ou outro
profissional qualificado.
Propósito de MMU.1
Os medicamentos, como um recurso importante no cuidado ao paciente, devem ser organizados de forma eficaz
e eficiente. Um sistema seguro de gerenciamento de medicamentos aborda os processos de medicação de uma
organização, que em muitas organizações inclui o seguinte (conforme aplicável):
a. Planejamento
b. Seleção e aquisição
c. Armazenamento
d. Prescrição
e. Preparo e dispensação
f. Administração
g. Monitoramento
h. Erro de medicação e notificação de eventos adversos
i. Avaliação
O gerenciamento de medicamentos não é apenas responsabilidade do serviço farmacêutico, mas também de
Gerenciamento e Uso de
gestores e profissionais de saúde. A forma como essa responsabilidade é compartilhada depende da estrutura
Medicamentos (MMU)
e do pessoal do hospital. Nos casos em que uma farmácia não está presente, os medicamentos podem ser
administrados em cada unidade clínica de acordo com a política do hospital. Em outros casos, em que uma
grande farmácia central está presente, a farmácia pode organizar e controlar medicamentos em todo o hospital.
O gerenciamento eficaz de medicamentos inclui todas as partes do hospital — unidades do hospital, de serviços
externos e especializadas.
No entanto, se os medicamentos são organizados dentro do hospital, um indivíduo qualificado supervisiona
diretamente as atividades da farmácia ou serviço farmacêutico. (Veja também GLD.9) O indivíduo é treinado e, se
necessário, devidamente licenciado e/ou certificado. As leis e regulamentos aplicáveis são incorporados à estrutura
organizacional e às operações do sistema de gerenciamento de medicamentos utilizado no hospital.
Para garantir um gerenciamento e uso eficiente e eficaz de medicamentos, o hospital realiza uma revisão de
sistemas, pelo menos uma vez por ano. A revisão anual identifica o quão bem o sistema está funcionando,
reunindo todas as informações e experiências relacionadas ao gerenciamento de medicamentos conforme
identificado em a) até i) acima. A revisão permite que os hospitais entendam a necessidade e a prioridade de
melhorias contínuas do sistema na qualidade e segurança do uso de medicamentos.
153
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão MMU.1.1
O hospital desenvolve e implementa um programa para o uso prudente de antibióticos com base no princípio da
administração de antibióticos.
Propósito de MMU.1.1
O uso excessivo e o uso indevido de antibióticos resultaram no crescimento de “super bactérias” que são cada vez
mais resistentes aos antibióticos disponíveis. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos
Estados Unidos (US Centers for Disease Control and Prevention - CDC), bactérias resistentes a medicamentos
causam 23.000 mortes e 2 milhões de doenças a cada ano. O Instituto para Melhoria da Saúde (Institute for
Healthcare Improvement - IHI) informou que 25.000 pessoas morrem todos os anos na Europa por resistência
antimicrobiana, e a resistência microbiana está crescendo no Oriente Médio, África e Ásia. Alguns estimam que
mais de 700.000 mortes ocorrem em todo o mundo por ano devido à resistência a antibióticos.
Além da resistência e do crescimento de super bactérias, muitas vezes há efeitos colaterais e/ou complicações para
o tratamento com antibióticos, incluindo as infecções por Clostridioides difficile, danos nos rins ou fígado, perda
auditiva, anemia hemolítica e outras complicações. O uso adequado de antibióticos é importante na prevenção de
complicações desnecessárias devido ao uso inadequado de antibióticos.
Os profissionais de saúde estão contribuindo para o desenvolvimento da resistência antimicrobiana de várias
formas. Por exemplo, continuar com antibióticos quando eles não são mais necessários, usando um-antibiótico
de amplo espectro quando não é necessário ou continuar o antibiótico de amplo espectro desnecessariamente após
Gerenciamento e Uso de
Medicamentos (MMU)
receber os resultados de sensibilidade, usando o antibiótico errado ou prescrevendo a dose errada, ou continuando
o antibiótico profilático depois que ele não é mais recomendado.
Para reduzir o desenvolvimento e a disseminação de bactérias resistentes e proporcionar melhores resultados aos
pacientes, os hospitais devem implementar medidas para garantir o melhor uso de antibióticos. (Veja também
PCI.5; PCI.5.1; e GLD.11.2) A implementação de um programa de administração de antibióticos ajudará os
hospitais a atingir o objetivo de fornecer aos pacientes que necessitam de tratamento antibiótico, o tratamento
com os antibióticos certos, na hora certa, na dose certa e com a duração certa.
Um programa de administração de antibióticos pode incluir os seguintes elementos: rastreamento de padrões
de prescrição e resistência a antibióticos, informar a equipe sobre uso e resistência a antibióticos regularmente e
educar a equipe sobre o uso ideal de antibióticos. É imprescindível que o programa tenha o apoio da liderança do
hospital, o que inclui o compromisso da liderança em fornecer pessoal, recursos financeiros, recursos baseados em
evidências e tecnologia da informação para garantir um programa de administração eficaz. Além dos profissionais
de prevenção e controle de infecções, o programa de administração de antibióticos envolve médicos, enfermeiros,
farmacêuticos, estagiários, pacientes, familiares e outros. (Veja também PCI.2)
Acompanhar a eficácia do programa é um elemento importante do sucesso do programa. Exemplos de
identificação de eficácia podem incluir evidências de diminuição do uso inadequado de antibióticos e diminuição
de organismos multirresistentes, documentação que os prescritores estão seguindo as diretrizes de prática aceitas e
o uso ideal e adequado de antibióticos profiláticos. O rastreamento bem sucedido da eficácia do programa requer
um mecanismo de supervisão. A supervisão pode incluir um indivíduo, um pequeno grupo de trabalho, um
comitê coordenador, uma força-tarefa ou algum outro mecanismo.
154
Gerenciamento e Uso de Medicamentos (MMU)
Seleção e Aquisição
Padrão MMU.2
Existe um método para supervisionar a lista de medicamentos do hospital, incluindo como os medicamentos
listados são usados; um método para garantir que os medicamentos para prescrição ou requisição sejam estocados;
e um processo para medicamentos não estocados ou normalmente não disponíveis para o hospital ou para os
horários em que a farmácia está fechada.
Propósito de MMU.2
Todo hospital deve decidir quais medicamentos disponibilizar para prescrição e requisição pelos profissionais
de saúde. Essa decisão baseia-se na missão do hospital, nas necessidades dos pacientes e nos tipos de serviços
prestados. O hospital desenvolve uma lista (muitas vezes referida como uma relação) de todos os medicamentos
Gerenciamento e Uso de
que armazena ou que estão prontamente disponíveis de fontes externas. Em alguns casos, leis e regulamentos
Medicamentos (MMU)
podem determinar os medicamentos da lista ou a fonte desses medicamentos. A seleção de medicamentos é um
processo colaborativo que inclui a necessidade e segurança do paciente, bem como a economia. (Veja também
GLD.7.1) Ocasionalmente, os medicamentos estão fora de estoque devido a atrasos na entrega, escassez nacional
ou outros motivos não previstos pelo controle normal do estoque. Existe um processo para notificar os prescritores
sobre a falta e os substitutos sugeridos.
O hospital tem um método, como designar um comitê, para manter e monitorar a lista de medicamentos e
monitorar o uso de medicamentos no hospital; por exemplo, monitorar o uso de antibióticos. Os envolvidos na
supervisão da lista incluem profissionais de saúde envolvidos nos processos de prescrição, requisição, dispensação,
administração e monitoramento de medicamentos. As decisões de adicionar ou remover medicamentos da lista
são orientadas por critérios que incluem a indicação de uso, eficácia, riscos e custos.
Há um processo ou mecanismo para monitorar a resposta do paciente a medicamentos recém-adicionados.
Por exemplo, quando se dá a decisão de adicionar um novo tipo de medicamento ou uma nova classe de
medicamentos à lista, há um processo para coletar, agregar e monitorar dados relacionados à adequação da
indicação, como a droga é prescrita (dosagem ou via, por exemplo), e quaisquer eventos adversos ou condições
adversas não previstas associados ao novo medicamento durante o período de sua inclusão. A lista é revisada
pelo menos anualmente, com base em informações emergentes de segurança e eficácia e informações sobre uso e
eventos adversos.
Eventualmente, são necessários medicamentos não estocados ou prontamente disponíveis para o hospital.
Por exemplo, pacientes que estão em infusões domiciliares que se tornam pacientes internados podem não ter
medicação suficiente para continuar a infusão enquanto estiverem no hospital. Esses medicamentos especiais
podem incluir infusões que mantem a vida para pacientes com hipertensão pulmonar e aquelas usadas em
bombas de insulina. Há um processo para aprovar e adquirir tais medicamentos. Além disso, há ocasiões em
que os medicamentos são necessários durante a noite ou quando a farmácia está fechada. Cada hospital precisa
planejar essas ocorrências e educar os profissionais sobre os procedimentos a seguir caso ocorram.
155
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Armazenamento
Padrão MMU.3
Os medicamentos são armazenados de forma adequada e segura.
Propósito de MMU.3
Os medicamentos podem ser armazenados dentro de uma área de armazenamento, na farmácia ou serviço
farmacêutico, ou nas unidades de cuidado em farmácias satélites ou no posto de enfermagem da unidade
clínica. O Padrão MMU.1 fornece o mecanismo de supervisão para todos os locais onde os medicamentos
são armazenados. Existem alguns tipos de medicamentos que requerem tratamento especial; por exemplo,
medicamentos radioativos e medicamentos perigosos representam um risco de segurança, e medicamentos de
investigação que podem exigir armazenamento e / ou consentimento especiais. Em todos os locais onde os
medicamentos são armazenados, é evidente o seguinte:
Gerenciamento e Uso de
Medicamentos (MMU)
156
Gerenciamento e Uso de Medicamentos (MMU)
4. Medicamentos e produtos químicos usados para preparar medicamentos são rotulados com precisão de
conteúdo, datas de validade e avisos.
5. Todas as áreas de armazenamento de medicamentos, incluindo áreas de armazenamento de
medicamentos em unidades de cuidado ao paciente e ambulâncias (conforme aplicável), são
inspecionadas periodicamente para garantir que os medicamentos sejam armazenados corretamente.
6. Os medicamentos são protegidos contra perdas ou roubos em todo o hospital.
Padrão MMU.3. 1
Medicamentos de emergência estão disponíveis, armazenados uniformemente, monitorados e seguros quando
armazenados fora da farmácia.
Propósito de MMU.3. 1
Quando ocorrem emergências do paciente, o acesso rápido a medicamentos de emergência apropriados é crítico.
Cada hospital planeja a localização de medicamentos de emergência e os medicamentos a serem fornecidos nesses
locais. Por exemplo, agentes para anestesia reversa são encontrados nos centros cirúrgicos. Armários de emergência,
carrinhos, sacos ou caixas podem ser usados para este fim. Os medicamentos de emergência são armazenados uni-
formemente para facilitar o acesso rápido aos medicamentos corretos. Por exemplo, em cada carrinho de emergên-
cia do hospital, os medicamentos de emergência estão na mesma gaveta e os medicamentos são colocados da mesma
forma dentro da gaveta de cada carrinho. Isso é particularmente importante para os profissionais que podem pre-
cisar acessar um medicamento de emergência de um carrinho que eles normalmente não usam. O armazenamento
de medicamentos em carrinhos de emergência pediátricos é diferente dos carrinhos de emergência de adultos; no
entanto, os medicamentos são armazenados uniformemente dentro de cada tipo de carrinho.
Para garantir o acesso a medicamentos de emergência quando necessário, o hospital estabelece um procedimento
ou processo para prevenir abusos, roubos ou perdas dos medicamentos. O processo garante que os medicamentos
sejam substituídos quando usados, danificados ou desatualizados. Por exemplo, a incorporação de verificações
de carrinhos de emergência no trabalho diário da equipe da unidade, pode ajudar a garantir a integridade do
Gerenciamento e Uso de
carrinho e seu conteúdo. O hospital entende o equilíbrio entre pronto acesso e segurança para locais onde os
Medicamentos (MMU)
medicamentos de emergência são armazenados. Por exemplo, se o acesso a medicamentos de emergência requer
um(s) indivíduo específico na unidade para desbloquear o carrinho de emergência, e o (s) indivíduo(s) está
indisponível, os medicamentos não são facilmente acessíveis, embora possam estar seguros. (Veja também FMS.6)
A ressuscitação de emergência é uma situação altamente estressante em que o tempo é um elemento crucial.
Como resultado, o risco de erros de medicação ocorrerem durante a ressuscitação de emergência pode ser maior.
O Instituto de Práticas Seguras de Medicamentos (Institute for Safe Medication Practices - ISMP) identifica
fatores que são comumente notificados e que contribuem para esse maior risco de erros, sendo: embalagens
de produtos semelhantes ou nomes de drogas; carrinhos de emergência desorganizados e não padronizados;
estoque excessivo em carrinhos de emergência; distrações causadas pelo ambiente agitado; ordens verbais mal
comunicadas; profissionais inexperientes; drogas alternativas em carrinhos de emergência; informações confusas
ou ausentes sobre drogas; múltiplas informações sobre drogas; e múltiplas concentrações de uma droga em gavetas
de carrinho de emergência. Portanto, quando ocorrem emergências com o paciente, o acesso rápido e adequado à
medicamentos de emergência é fundamental. (Veja também COP.3.3)
Consistência e uniformidade na abordagem à ressuscitação emergencial podem reduzir significativamente os
riscos e melhorar os resultados dos pacientes. Por exemplo, o hospital pode definir uma abordagem baseada em
riscos para aumentar a segurança e melhorar os resultados dos pacientes, analisando dados internos de situações
de emergência anteriores para rever a disponibilidade de medicamentos de emergência ou revisar a literatura
pública sobre o assunto. Exemplos de estratégias identificadas na literatura incluem:
• Utilizar uma estratégia para diferenciar entre medicamentos adultos e pediátricos; por exemplo,
utilizando carrinhos adultos e pediátricos separados ou, ao usar um carrinho universal, armazenando os
medicamentos e equipamentos em gavetas adultas e pediátricas separadas.
• Manter uma caixa de medicamentos designada para recém-nascidos em áreas que cuidam de recém-nascidos.
• Padronizar o layout do carrinho e das gavetas em todo o hospital.
157
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão MMU.3. 2
O hospital tem um sistema de recall de medicamentos.
Propósito de MMU.3. 2
Um recall de medicamentos ocorre quando um medicamento é removido do mercado porque é considerado
defeituoso ou potencialmente prejudicial. Defeitos para um medicamento podem estar relacionados a embalagens
incorretas, contaminação potencial ou má fabricação, resultando em impurezas ou erros de força/potência.
Às vezes, os fabricantes da droga identificam um problema com sua droga e voluntariamente o recolhem. Outras
vezes, uma agência governamental solicitará que o medicamento seja recolhido após receber relatos de problemas
do público. As comunicações de recalls de medicamentos podem vir diretamente do fabricante ou das autoridades
Gerenciamento e Uso de
reguladoras. Os hospitais devem garantir que tenham um processo para receber notificações de recalls de
Medicamentos (MMU)
medicamentos e para identificar, recuperar e retornar, ou destruir de forma segura e adequada, medicamentos
notificados pelo fabricante ou fornecedor. O processo de recall inclui quaisquer medicamentos manipulados
dentro do hospital em que os produtos que foram recolhidos foram utilizados.
Existe uma política ou procedimento que aborda qualquer uso ou destruição de medicamentos conhecidos
como expirados ou desatualizados. Um medicamento vencido é aquele que ultrapassa a data de validade listada
na embalagem original do fabricante. Um medicamento desatualizado é aquele que é aberto e é normalmente
seguro e eficaz de usar por um curto período de tempo após a abertura (prazo de validade). Esses medicamentos
desatualizados devem ser marcados com uma data de validade com base em quando foram abertos para que os
profissionais saibam a data final de uso.
158
Gerenciamento e Uso de Medicamentos (MMU)
Requisição e Transcrição
Padrão MMU.4
O hospital identifica e documenta uma lista atual de medicamentos tomados pelo paciente em casa e revisa a lista
contra todos os novos medicamentos prescritos ou dispensados.
Propósito de MMU.4
A reconciliação medicamentosa é um importante processo de gerenciamento seguro de medicamentos para
o paciente e para a redução dos riscos de eventos adversos. Os pacientes que entram em um hospital estão
frequentemente tomando vários medicamentos em casa e podem estar em risco de um evento adverso se uma lista
precisa desses medicamentos não estiver documentada no prontuário do paciente. Discrepâncias de medicamentos
podem afetar os resultados para os pacientes. Pode ser difícil obter uma lista completa de cada paciente em
um encontro, e a precisão depende da capacidade e disposição do paciente para fornecer essas informações.
Um esforço credível para coletar essas informações é reconhecido como atendendo ao propósito do requisito.
Exemplos de um esforço crível podem incluir entrar em contato com a farmácia do paciente e/ou familiares ou
consultar o médico primário do paciente.
Os tipos de informações que os médicos usam para conciliar medicamentos incluem, mas não se limitam a, nome
da medicação, dose, frequência, via e propósito. As organizações devem identificar as informações que precisam ser
coletadas para reconciliar os medicamentos atuais e os novos e os prescrever com segurança no futuro. Um bom ge-
renciamento de medicamentos inclui uma revisão de uma nova medicação proposta contra a lista de medicamentos
que o paciente está tomando atualmente. (Veja também ACC.4.3 e AOP.1.1) O objetivo desta revisão é melhorar
a qualidade e a segurança da adição de um novo medicamento ao plano de cuidado do paciente e reduzir o risco
de um evento adverso com o uso de medicamentos. Uma lista de todos os medicamentos atuais está registrada no
prontuário do paciente e está disponível para a farmácia, enfermeiros e médicos. O hospital estabelece um processo
para comparar a lista de medicamentos tomados antes da internação, em relação às prescrições iniciais.
Gerenciamento e Uso de
Elementos de mensuração de MMU.4
Medicamentos (MMU)
1. O hospital identifica as informações necessárias para conciliar medicamentos atuais e os recentemente
prescritos.
2. Os prontuários do paciente contêm uma lista de medicamentos atuais tomados antes da internação ou
de registro em serviços externos, e essas informações são disponibilizadas aos profissionais de saúde do
paciente e à farmácia, conforme necessário.
3. As prescrições iniciais de medicamentos são comparadas com a lista de medicamentos tomados antes da
internação, de acordo com o processo estabelecido pelo hospital.
Padrão MMU.4. 1
O hospital identifica os indivíduos qualificados autorizados a prescrever ou pedir medicamentos.
Propósito de MMU.4. 1
Selecionar um medicamento para tratar um paciente requer conhecimento e experiência específicos. Cada hospital
é responsável por identificar aqueles indivíduos com o conhecimento e experiência necessários e que também
são permitidos por licença, certificação, leis ou regulamentos para prescrever ou pedir medicamentos. (Veja
também COP.2.1; SQE.10; MOI.2; e MOI. 9) Um hospital pode impor limites à prescrição ou requisição por
um indivíduo, como para substâncias controladas, agentes quimioterápicos ou medicamentos radioativos e de
investigação. (Veja também SQE.12) Indivíduos autorizados a prescrever e pedir medicamentos são conhecidos
pelo serviço farmacêutico ou outros que dispensam medicamentos. Em situações de emergência, o hospital
identifica quaisquer indivíduos adicionais autorizados a prescrever ou pedir medicamentos.
159
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão MMU.4. 2
O hospital identifica práticas seguras de prescrição, requisição e transcrição e define os elementos de uma
requisição completa ou prescrição.
Propósito de MMU.4. 2
Uma causa comum de eventos adversos no ambiente do hospital são os erros de medicação. Um estudo recente
relatou que “erros de medicação são mais comuns na fase de requisição ou prescrição. Erros típicos incluem o
profissional de saúde escrevendo a medicação, a via ou a dose ou a frequência errada. Esses erros de prescrição
representam quase 50% dos erros de medicação.” Nos registros de papel, prescrições ou requisições de
medicamentos ilegíveis são uma das causas de erros de medicação que comprometem a segurança do paciente
e podem atrasar o tratamento. Estratégias para reduzir a ilegibilidade das ordens escritas são importantes para
reduzir o risco de erros de medicação. A prescrição, a requisição e a transcrição seguras são orientadas por
políticas e procedimentos do hospital. Equipe médica, de enfermagem, farmácia e administrativa colabora para o
desenvolvimento e acompanhamento das políticas e procedimentos. Os profissionais relevantes são treinados para
corrigir práticas de prescrição, requisição e transcrição.
Para reduzir a variação e melhorar a segurança do paciente, o hospital define os elementos necessários de uma
requisição completa ou prescrição. (Veja também MOI.9) Todas as requisições e prescrições contêm o nome do
Gerenciamento e Uso de
medicamento, a dose e a frequência e a via de administração. Além disso, os seguintes elementos adicionais estão
Medicamentos (MMU)
160
Gerenciamento e Uso de Medicamentos (MMU)
Assim, esse padrão estabelece expectativas do hospital para requisição de medicamentos. Os processos se refletem
em prescrições completas inseridas no prontuário, na farmácia ou na unidade de dispensação recebendo as
informações necessárias para dispensação, e na administração do medicamento com base em uma prescrição
completa. (Veja também MOI.8)
Preparação e Dispensação
Gerenciamento e Uso de
Padrão MMU.5
Medicamentos (MMU)
Os medicamentos são preparados e dispensados em um ambiente seguro e limpo.
Propósito de MMU.5
A farmácia ou serviço farmacêutico e outros com treinamento e experiência adequados preparam e dispensam
medicamentos em um ambiente limpo e seguro que esteja em conformidade com as leis, regulamentos e
padrões de prática profissional. O hospital identifica os padrões de prática para um ambiente seguro e limpo
de preparação e dispensação. (Veja também PCI.4) Por exemplo, os padrões de prática podem incluir como as
áreas de preparação de medicamentos devem ser limpas e quando uma máscara deve ser usada ou uma capela
de fluxo laminar deve ser usada na preparação de um medicamento. Alguns medicamentos e soluções requerem
preparação diretrizes muito específicas. Os profissionais que manipulam e preparam esses medicamentos
são treinados nos princípios de preparação de medicamentos e técnica asséptica. Da mesma forma, salas de
pressão positivas e capelas de fluxo laminar estão disponíveis e são utilizadas quando indicadas por práticas
profissionais, por exemplo, na preparação de compostos estéreis, nutrição parenteral total (TPN), misturas,
quimioterapia, peridurais e medicamentos perigosos como medicamentos citotóxicos. Devido à necessidade de
áreas de pressão positivas e capelas de fluxo laminar para preparar esses medicamentos, recomenda-se que eles
sejam preparados exclusivamente na farmácia, a menos que a unidade de cuidado ao paciente esteja configurada
com os equipamentos de segurança necessários e conta com indivíduos treinados (por exemplo, uma unidade
de oncologia especializada).
Uma situação comum na preparação de medicamentos que traz risco de transmissão de doenças contagiosas é
o uso de frascos de uso único e multidose em mais de um paciente. O uso indevido desses frascos tem causado
danos a pacientes, por meio de ocorrências e surtos de patógenos sanguíneos e infecções associadas, tanto em
pacientes internados quanto de serviços externos - incluindo o vírus da hepatite B e C, meningite e abscessos
peridurais. A literatura identifica padrões e práticas seguras para o uso de frascos de dose única e multidose; por
161
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
exemplo, garantindo que todas as agulhas e seringas sejam usadas apenas por um paciente e nunca reinseridas em
um frasco com uma agulha ou seringa já usada.
Medicamentos que não necessitam de medidas específicas de segurança na farmácia, como salas de composição
estéreis ou capela de fluxo laminar e que são armazenados e dispensados em áreas fora da farmácia (por exemplo,
unidades de atendimento ao paciente) cumprem as mesmas medidas de limpeza exigidas na farmácia. Além disso,
a distribuição de medicamentos em unidades de cuidado ao paciente deve estar livre de desordem e distração.
Padrão MMU.5.1
Prescrições ou requisições de medicamentos são revisados para adequação.
Propósito de MMU.5.1
Gerenciamento e Uso de
• A adequação da medicação para o paciente e suas necessidades clínicas realizadas no momento em que a
medicação é prescrita ou requisitada
• A verificação, no momento da administração, de que a medicação é exatamente como foi requisitada ou
prescrita (Veja também MMU.6.1)
Cada medicamento recém-prescrito ou requisitado é revisado para adequação, incluindo de a) até g) abaixo.
Uma nova revisão de adequação deve ser realizada quando a dosagem ou outros fatores de adequação observados
abaixo mudarem; por exemplo, quando novos medicamentos são prescritos e a duplicação terapêutica pode
ser um problema ou quando uma potencial interação medicamentosa pode ocorrer. O hospital define quais
informações específicas do paciente são necessárias para a revisão de adequação da solicitação ou prescrição. Por
exemplo, se um medicamento recém-prescrito pode afetar os rins ou o fígado, a revisão de adequação incluis
informações clínicas específicas sobre a função renal e hepática do paciente, bem como quando essas funções
orgânicas mudam.
O processo para realizar uma revisão de adequação (a primeira revisão) para uma solicitação ou prescrição antes
da dispensação inclui a avaliação de:
a. adequação da droga, dose, frequência e via de administração;
b. duplicação terapêutica;
c. alergias ou sensibilidades reais ou potenciais;
d. interações reais ou potenciais entre a medicação e outros medicamentos ou alimentos;
e. variação dos critérios de uso do hospital;
f. peso do paciente e outras informações fisiológicas; e
g. outras contraindicações.
162
Gerenciamento e Uso de Medicamentos (MMU)
O hospital determina a forma como a revisão de adequação é conduzida. Por exemplo, a revisão de adequação
pode ser conduzida por indivíduos competentes para fazê-lo em virtude da educação e treinamento, como
farmacêuticos licenciados ou conforme especificado por privilégios específicos para a realização de revisões de
adequação para profissionais independentes licenciados, com treinamento e competência na realização de um
processo de revisão de adequação; ou para enfermeiros ou outros profissionais com formação e competência
demonstrada no processo de revisão. (Veja também SQE.5; SQE.10; SQE.14; e SQE.16) O hospital pode optar
por utilizar programas de apoio à decisão clínica, associados ao gerenciamento de medicamentos para aprimorar o
processo. (Veja também MOI.6) Alternativamente, o hospital pode optar por utilizar programas de apoio à decisão
clínica para conduzir o processo de revisão da adequação. (Veja também QPS.3) Por exemplo, muitos sistemas
eletrônicos de requisição de medicamentos são projetados para revisar o requisição dos elementos completos
de uma revisão de adequação, incluindo informações clínicas específicas do paciente, e fornecer um alerta ao
indivíduo solicitante de uma contraindicação à prescrição do medicamento. Quando o indivíduo que faz o
requisição substitui o alerta, o hospital desenvolve um processo para uma revisão completa do requisição por um
profissional de saúde treinado e demonstra competência em uma revisão completa da adequação
As revisões de adequação devem ser realizadas mesmo quando as circunstâncias não são ideais. Por exemplo, se a
farmácia central ou uma farmácia da unidade não estiver aberta, ou o medicamento for dispensado do estoque de
uma unidade clínica, a revisão da adequação pode ser realizada em conjunto com a revisão da verificação quando
o indivíduo que requisita for administrar o medicamento e monitorar o paciente.
Quando o indivíduo que requisita o medicamento não está disponível para administrar a medicação e
monitorar o paciente, elementos críticos da revisão de adequação podem ser realizados por outros indivíduos
treinados e competentes para a administração da primeira dose do medicamento. Toda a revisão de adequação
deve ser realizada por um farmacêutico licenciado, ou outro profissional licenciado, como um enfermeiro ou
médico, competente no conhecimento necessário para uma revisão de adequação completa dentro de 24 horas.
Os elementos críticos de uma revisão de adequação incluem pelo menos o seguinte:
h. Alergias
i. Droga letal - interações medicamentosas
j. Dosagem à base de peso
k. Toxicidade potencial do órgão (por exemplo, administração de diuréticos poupadores de potássio em
pacientes com insuficiência renal)
Gerenciamento e Uso de
Os elementos críticos da revisão de adequação podem ser conduzidos por outros indivíduos treinados e
Medicamentos (MMU)
licenciados durante os horários em que a farmácia não está disponível. Esses indivíduos requerem treinamento
documentado na condução dos elementos críticos da revisão de adequação e serão apoiados por materiais de
referência, programas de computador e outros recursos. Assim, quando um médico faz uma nova prescrição
de medicação durante a noite para um paciente, o indivíduo treinado vai escrever e ler de volta a requisição e,
em seguida, realizar uma revisão de adequação para os elementos críticos identificados. (Veja também IPSG.2)
Uma segunda revisão será exigida por um farmacêutico licenciado ou outro profissional licenciado, como um
enfermeiro ou médico competente nos conhecimentos necessários para uma revisão de adequação completa,
no prazo de 24 horas.
Pode haver circunstâncias em que a revisão de adequação completa não é prática, como em uma emergência
ou quando o médico que faz a prescrição está presente para requisição, administração e acompanhamento do
paciente (por exemplo, no centro cirúrgico ou no pronto-socorro), ou com contraste oral, retal ou injetável em
radiologia intervencionista ou diagnóstico por imagem onde a medicação faz parte do procedimento.
Para facilitar a revisão da adequação, aqueles que realizam a revisão requerem acesso ao registro de medicamentos
do paciente, bem como às informações clínicas pertinentes ao processo de revisão; por exemplo, informações
relacionadas à função renal ou hepática do paciente quando um medicamento pode afetar ou ser afetado por esses
órgãos. Essas informações são essenciais para a revisão da adequação. (Veja também ACC.3)
Quando os programas de computador são usados para cruzar drogas-interações medicamentosas e alergias
a medicamentos, os programas são atuais e atualizados de acordo com as recomendações dos fabricantes do
programa. Além disso, quando são utilizados materiais de referência de impressão, as versões mais atuais dos
materiais são utilizadas.
163
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão MMU.5.2
Um sistema é usado para distribuir medicamentos com segurança na dose certa para o paciente certo na hora certa.
Propósito de MMU.5.2
Gerenciamento e Uso de
Medicamentos (MMU)
O uso de medicamentos tornou-se cada vez mais complexo, e os erros de medicação são uma das principais causas
de danos evitáveis ao paciente. Um sistema uniforme para distribuição e dispensação de medicamentos pode
ajudar a reduzir o risco de erros de medicação. O hospital dispensa medicamentos da forma mais pronta para
administrar possível, para minimizar as oportunidades de erro durante a distribuição e administração. A questão
da forma mais pronta para administrar torna-se crucial durante situações emergenciais em que a administração
imediata do medicamento salva vidas (por exemplo, durante a ressuscitação). A farmácia central e outros pontos
de distribuição de medicamentos em todo o hospital utilizam o mesmo sistema. O sistema suporta a dispensação
precisa de medicamentos em tempo oportuno.
Quando os medicamentos são preparados por alguém diferente da pessoa que administra a medicação, o risco
de um erro de medicação aumenta. Assim, quando um medicamento é removido de sua embalagem original
ou preparado e dispensado de uma forma/recipiente diferente — e não imediatamente administrado — o
medicamento deve ser rotulado com o nome do medicamento, a dosagem/concentração do medicamento, a data
de preparação, a data de validade e dois identificadores do paciente. Quando os medicamentos são preparados
para uso durante um procedimento cirúrgico no centro cirúrgico e porções não utilizadas são descartadas
imediatamente após o procedimento cirúrgico, o nome e a data de validade do paciente podem não ser
necessários. (Veja também IPSG.1)
164
Gerenciamento e Uso de Medicamentos (MMU)
Administração
Padrão MMU.6
O hospital identifica os indivíduos qualificados e autorizados a administrar medicamentos e documenta os
medicamentos administrados no prontuário do paciente.
Propósito de MMU.6
Administrar um medicamento para tratar um paciente requer conhecimento e experiência específicos. Cada
hospital é responsável por identificar aqueles indivíduos com o conhecimento e experiência necessários e que
também são permitidos por licença, certificação, leis ou regulamentos para administrar medicamentos. (Veja
também SQE. 3 e SQE. 10) Um hospital pode impor limites à administração de medicamentos para um
profissional, como para substâncias controladas ou medicamentos radioativos e de investigação. Em situações de
emergência, o hospital identifica quaisquer indivíduos adicionais autorizados a administrar medicamentos.
O prontuário de cada paciente que recebe medicação contém uma lista dos medicamentos prescritos ou solicitados
para o paciente e a dosagem e horários que a medicação foi administrada. (Veja também COP.2.1)
Os medicamentos administrados “se necessário - SN” estão incluídos. Se essas informações forem registradas em
um formulário de medicação separado, o formulário é inserido no prontuário do paciente na alta ou transferência.
Gerenciamento e Uso de
Medicamentos (MMU)
Padrão MMU.6.1
A administração de medicamentos inclui um processo para verificar se a medicação está correta com base na
prescrição ou requisição de medicamentos.
Propósito de MMU.6.1
A administração segura de medicamentos inclui verificar:
• a medicação com prescrição ou requisição (Veja também MMU.5.1);
• o tempo e a frequência de administração com a prescrição ou requisição;
• a quantidade de dosagem com a prescrição ou requisição;
• a via de administração com a prescrição ou requisição; e
• a identidade do paciente (pontuado em IPSG.1).
O hospital define o processo de verificação a ser utilizado na administração de medicamentos. Quando a
medicação é preparada e dispensada na unidade de cuidado ao paciente, o processo de revisão de adequação
descrito no MMU.5.1 também deve ser realizado por um indivíduo qualificado.
Em apoio ao envolvimento do paciente em todos os aspectos de seu cuidado e tratamento médico, os pacientes
são informados sobre a medicação que está sendo administrada e têm a oportunidade de tirar dúvidas sobre os
medicamentos. (Veja também PCC.2) Os medicamentos são administrados ao paciente em tempo oportuno e
registrados no prontuário do paciente. (Veja também COP.2.1)
165
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão MMU.6.2
Políticas e procedimentos orientam a utilização dos medicamentos trazidos ao hospital pelo paciente ou família e
medicamentos prescritos para a autoadministração do paciente.
Padrão MMU.6.2.1
As políticas e procedimentos orientam a utilização dos medicamentos trazidos ao hospital como amostras.
166
Gerenciamento e Uso de Medicamentos (MMU)
4. O hospital estabelece e implementa um processo para orientar o gerenciamento, uso e documentação dos
medicamentos trazidos pelo paciente/família.
Monitoramento
Padrão MMU.7
Os efeitos da medicação nos pacientes são monitorados.
Propósito de MMU.7
Pacientes, seus médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde trabalham juntos para monitorar os
pacientes que usam medicamentos. Os objetivos do monitoramento são avaliar o efeito da medicação sobre
os sintomas ou doenças do paciente, bem como o hemograma, a função renal, a função hepática e outros
monitoramentos com medicamentos selecionados, e avaliar o paciente para efeitos adversos. (Veja também
AOP.2) Com base no monitoramento, a dosagem ou o tipo de medicamento podem ser ajustados quando
Gerenciamento e Uso de
Medicamentos (MMU)
necessário. É apropriado acompanhar de perto a resposta do paciente à primeira dose de um medicamento
novo para o paciente. Tal monitoramento visa identificar a resposta terapêutica antecipada, bem como respostas
alérgicas, interações medicamentosas imprevistos ou uma mudança no equilíbrio do paciente, aumentando o
risco de quedas, entre outros.
Monitorar os efeitos da medicação inclui observar e documentar quaisquer efeitos adversos. O hospital tem uma
política que identifica todos os efeitos adversos que devem ser registrados e aqueles que devem ser notificados.
O hospital estabelece um mecanismo para relatar eventos adversos quando necessário e o prazo para a notificação.
(Veja também QPS.7.1)
167
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão MMU.7.1
O hospital estabelece e implementa um processo de notificação e atuação sobre erros de medicação e quase falhas
(ou close calls).
Propósito de MMU.7.1
O hospital tem um processo para identificar e relatar erros de medicação e quase falhas. (Veja também QPS.7.1e
QPS.8) O processo inclui a definição de um erro de medicação e de quase falhas (near miss), usando um formato
padronizado para notificar e educando a equipe sobre o processo e a importância da emissão das notificações.
Definições e processos são desenvolvidos por meio de um processo colaborativo que inclui todos os envolvidos
nas diferentes etapas do gerenciamento de medicamentos. O processo de notificação faz parte do programa
de qualidade e segurança do paciente do hospital. As notificações são direcionadas a um ou mais indivíduos
responsáveis pela ação. O programa tem como foco prevenir erros de medicação por meio da compreensão dos
tipos de erros que ocorrem no hospital e em outras organizações e porque ocorrem erros próximos. (Veja também
IPSG.3) Melhorias nos processos de uso de medicamentos e treinamento de pessoal são utilizados para evitar
erros no futuro. A farmácia participa desse treinamento de pessoal.
168
Gerenciamento e Uso de Medicamentos (MMU)
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Seção III: Padrões para o Gerenciamento das Organizações de Saúde
171
Gerenciamento das
Organizações de
Padrões para o
Seção III:
Saúde
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Seção III: Padrões para o Gerenciamento das Organizações de Saúde
172
Melhoria da Qualidade
Visão geral
É essencial que as organizações tenham uma estrutura para apoiar a melhoria contínua da qualidade e a segurança
do paciente. Este capítulo descreve uma abordagem abrangente para a melhoria da qualidade e segurança do
paciente que impacta todos os aspectos do funcionamento da organização. Esta abordagem inclui
• inclusão e participação em nível de departamento no programa de melhoria da qualidade e segurança do
paciente;
• utilização de dados objetivos e validados para medir o quão bem os processos funcionam;
• utilização efetiva de dados e benchmarks para focar o programa; e
• implementação e sustentação de mudanças que resultem em melhorias.
Tanto a melhoria da qualidade quanto os programas de segurança do paciente:
• são orientados pela liderança;
• buscam mudar a cultura e o ambiente de uma organização;
• identificam e reduzem proativamente a variação;
• utilizam dados e metodologia baseada em evidências para focar em questões prioritárias; e
• buscam demonstrar melhorias sustentáveis.
A qualidade e a segurança estão enraizadas no trabalho diário de todos os profissionais da instalação. À medida
que o corpo clínico avalia as necessidades dos pacientes e presta cuidados, este capítulo pode ajudá-los a entender
como fazer melhorias reais que ajudem os pacientes e reduzam os riscos. Da mesma forma, os profissionais
não clínicos podem aplicar os padrões ao seu trabalho diário para entender como os processos podem ser mais
eficientes, os recursos podem ser usados com mais sabedoria e os riscos físicos podem ser reduzidos.
Esses padrões internacionais de acreditação abordam todo o espectro de atividades de uma organização de saúde,
incluindo o quadro de melhoria dessas atividades e a redução dos riscos associados à variação dos processos.
Assim, o escopo apresentado nesses padrões é adequado para uma ampla variedade de programas estruturados
e abordagens menos formais para a melhoria da qualidade e segurança do paciente. Esse escopo também
pode incorporar programas tradicionais de monitoramento, como os relacionados a eventos não previstos
(gerenciamento de riscos) e uso de recursos (gerenciamento de utilização).
Com o tempo, as organizações que seguem esse escopo:
• desenvolvem maior apoio da liderança para um programa organizacional;
• treinam e envolvem mais profissionais;
• definem prioridades mais claras para o que medir;
• baseiam decisões sobre dados de medição; e
• fazem melhorias com base na comparação com outras organizações, nacionais e internacionais.
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro documento
escrito para processos específicos. Esses padrões são indicados por um ícone após o texto padrão.
173
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrões
Segurança do Paciente (QPS)
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
Melhoria da Qualidade e
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
174
Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente (QPS)
Melhoria da Qualidade e
no nível individual ou coletivo. (Consulte também o capítulo “Governança, Liderança e Direção” [GLD] para outros
requisitos relacionados.)
O programa geral de qualidade e segurança do paciente em um hospital é aprovado pela entidade de governo,
com a liderança do hospital definindo a estrutura e alocando recursos necessários para a implantação do
programa. (Veja também GLD.2 e GLD.4) A liderança também identifica as prioridades gerais do hospital para
medição e melhoria, com os líderes de departamento/serviço identificando as prioridades de medição e melhoria
dentro de seu departamento/serviço. (Veja também GLD.5, GLD.11 e GLD.11.1)
Os padrões deste capítulo QPS identificam a estrutura, a liderança e as atividades para apoiar a coleta de dados,
análise de dados e melhoria da qualidade para as prioridades identificadas, em todo o hospital, bem como
específicos do departamento e do serviço. Isso inclui a coleta e análise sobre a resposta a eventos sentinelas do
hospital, eventos adversos e eventos de quase falhas (ou close calls). Os padrões também descrevem o papel
central de coordenar todas as iniciativas de melhoria da qualidade e segurança do paciente no hospital e fornecer
orientação e direcionamento para o treinamento dos profissionais e comunicação de informações de qualidade e
segurança do paciente. Os padrões não identificam uma estrutura organizacional, como um departamento, pois
cabe a cada hospital determinar.
Padrão QPS.1
Um indivíduo(s) qualificado orienta a implantação do programa do hospital para melhoria da qualidade e
segurança do paciente e gerencia as atividades necessárias para a realização de um programa eficaz de melhoria
contínua da qualidade e segurança do paciente dentro do hospital.
Propósito de QPS.1
A melhoria contínua da qualidade e da segurança do paciente em um hospital requer um programa bem
implementado. (Veja também GLD.9) Enquanto a entidade de governo aprova o programa e a liderança fornece
recursos para implementar o programa, são necessárias orientações e gerenciamento diários capazes para executar
o programa e fazer da melhoria contínua parte da estrutura de como o hospital cumpre sua missão e prioridades
estratégicas. (Veja também GLD.4)
Um ou mais indivíduos qualificados verificam se o programa é colocado em operação. Isso requer conhecimento
e experiência nas muitas facetas da coleta de dados, validação de dados e análise de dados, e na implementação
de melhorias sustentáveis. O(s) indivíduo(s) com supervisão para o programa de qualidade também seleciona a
equipe para o programa de qualidade, assim como os recursos necessários para o programa. (Veja também SQE.1)
Às vezes, alguns dos principais indivíduos da equipe de qualidade podem estar localizados dentro de
um departamento/serviço no hospital. Esses indivíduos precisam ser apoiados com informações e assistência.
A equipe do programa de qualidade também entende como identificar as prioridades do hospital e as prioridades
de nível de departamento/serviço e transformá-las em um programa global coordenado. A equipe do programa de
qualidade coordena e organiza medidas semelhantes em toda a organização e fornece suporte com atividades de
medição relacionadas às prioridades do hospital. (Veja também GLD.11)
Treinamento e comunicação também são essenciais. A equipe do programa de qualidade ajuda a apoiar a coleta
de dados em todo o hospital, auxiliando em questões de coleta de dados, como a criação de formulários para
coleta de dados, a identificação de quais dados coletar e a validação de dados. A equipe de todo o hospital pode
precisar de assistência na validação e análise de dados, implementando melhorias e avaliando se as melhorias
foram mantidas. Assim, a equipe do programa de qualidade está constantemente envolvida no treinamento e na
comunicação de questões de qualidade e segurança do paciente em todo o hospital. (Veja também GLD.4.1)
175
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão QPS.2
A equipe do programa de qualidade e segurança do paciente apoia o processo de seleção da medida em todo o
hospital e proporciona coordenação e integração das atividades de medição em todo o hospital.
Propósito de QPS.2
A seleção de medidas é uma responsabilidade de liderança. O GLD.5 descreve como a liderança do hospital
decide as áreas prioritárias para medir em todo o hospital, e o GLD.11 e o GLD.11.1 descrevem o processo
de seleção de medidas para cada departamento/serviço. Todos os departamentos e serviços — clínicos e
administrativos — selecionam medidas relacionadas às suas prioridades. Pode-se prever que, em grandes
hospitais, haja alguma oportunidade para que medidas semelhantes sejam selecionadas em mais de um
departamento. Por exemplo, a farmácia, a prevenção de infecções e os departamentos/serviços de doenças
infecciosas podem definir prioridades relacionadas à redução do uso de antibióticos no hospital. O programa de
qualidade e segurança do paciente descrito nesses padrões QPS, desempenha um papel importante em ajudar
esses departamentos/serviços a concordar em uma abordagem de medição comum e facilita a coleta de dados das
medidas selecionadas. O programa de qualidade e segurança do paciente também está em condições de integrar
todas as atividades de medição no hospital, incluindo medição da cultura de segurança e sistemas de notificação
de eventos adversos. Essa integração de todos os sistemas de medição proporcionará a oportunidade de soluções e
melhorias integradas. (Veja também GLD.4)
176
Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente (QPS)
Padrão QPS.3
Propósito de QPS.3
Foi demonstrado que uma cultura e um ambiente que apoiam a implementação e a sustentabilidade dos cuidados
baseados em evidências melhoram os resultados dos pacientes. Profissionais de saúde, pesquisadores, educadores
e gestores muitas vezes precisam de informações que funcionem como auxílio para suas responsabilidades.
Essas informações podem incluir literatura científica e gerencial, diretrizes de prática clínica, achados de
pesquisa, informações históricas e metodologias educacionais. Os materiais de impressão da internet em uma
biblioteca, fontes de pesquisa on-line, materiais pessoais e, mais recentemente, programas de apoio a decisões
clínicas associados a registros médicos eletrônicos, são todas fontes valiosas de informações atuais. (Veja também
MOI.6) O desenvolvimento e a implementação das ferramentas, cultura, educação e habilidades adequadas de
envolvimento do paciente no processo geral de cuidado permitem que os profissionais de saúde tomem decisões
mais bem informadas. O uso de práticas baseadas em evidências na prestação do cuidado ao paciente, pode
oferecer melhores oportunidades para aprimorar a assistência ao paciente e melhorar os resultados clínicos. (Veja
também COP.3.1 e MMU.5.1)
Padrão QPS.4
O programa de qualidade e segurança do paciente inclui a agregação e análise de dados para apoiar o cuidado ao
paciente, a gerenciamento do hospital e o programa de gerenciamento da qualidade e participação em bancos de
dados externos.
Propósito de QPS.4
Os dados ajudam os hospitais a tomar as decisões certas. Quando as decisões são apoiadas por dados, os hospitais
são mais propensos a se mover em direções que os ajudem a alcançar seus objetivos. Hospitais bem-sucedidos
medem, analisam e validam seus dados de desempenho. Quando os dados são analisados e transformados em
informações, esse processo ajuda os hospitais a ver padrões e tendências e entender as razões de seu desempenho.
Muitos tipos de dados são utilizados para avaliar o desempenho em iniciativas de segurança e qualidade.
O programa de qualidade e segurança do paciente identifica, coleta e analisa dados agregados para apoiar o
cuidado do paciente e a gerenciamento do hospital. Os dados agregados fornecem um perfil do hospital ao longo
do tempo e permitem a comparação do desempenho do hospital com outras organizações, particularmente
177
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
nas medidas do hospital selecionadas pela liderança. Assim, os dados agregados são uma parte importante das
atividades de melhoria de desempenho do hospital. Em particular, dados agregados de gerenciamento de riscos,
Segurança do Paciente (QPS)
gerenciamento de sistemas utilitários, prevenção e controle de infecções e revisão da utilização podem ajudar o
Melhoria da Qualidade e
hospital a entender seu desempenho atual e identificar oportunidades de melhoria. (Veja também MOI. 1)
Ao participar de bancos de dados externos, um hospital pode se comparar ao de outros hospitais similares,
no nível local, nacional e internacionalmente. A comparação é uma ferramenta eficaz para identificar
oportunidades de melhoria e documentar o nível de desempenho do hospital. As redes de assistência médica
e aqueles que adquirem ou pagam assistência médica, geralmente solicitam essas informações. Os bancos de
dados externos variam muito dos bancos de dados de seguros aos mantidos pelas sociedades profissionais.
(Veja também PCI.5 e o PCI.5.1) Os hospitais podem ser obrigados por leis ou regulamentos a contribuir para
algumas bases de dados externas. Em todos os casos, a segurança e a confidencialidade dos dados e informações
são mantidas. (Veja também MOI.2)
Padrão QPS.4.1
Indivíduos com experiência, conhecimento e habilidades adequadas agregam e analisam sistematicamente os
dados no hospital.
Propósito de QPS.4.1
Para chegar a conclusões e tomar decisões, os dados devem ser agregados, analisados e transformados em
informações úteis. A análise de dados envolve indivíduos que entendem o gerenciamento de informações,
têm habilidades em métodos de agregação de dados e sabem como usar várias ferramentas estatísticas.
Os resultados da análise dos dados precisam ser informados aos indivíduos responsáveis pelo processo ou
desfecho que está sendo medido e que possam tomar decisões sobre os resultados. Esses indivíduos podem
ser clínicos, administrativos ou uma combinação. Assim, a análise de dados fornece feedback contínuo
das informações de gerenciamento da qualidade para ajudar esses indivíduos a tomar decisões e melhorar
continuamente os processos clínicos e administrativos. (Veja também GLD.1.2)
Compreender técnicas estatísticas é útil na análise dos dados, particularmente na interpretação da variação e na
decisão onde a melhoria precisa ocorrer. Gráficos de execução, gráficos de controle, histogramas e gráficos de
Pareto são exemplos de ferramentas estatísticas úteis na compreensão das tendências e variação na atenção à saúde.
O programa de qualidade participa da determinação de quantas vezes os dados são agregados e analisados.
A frequência desse processo depende da atividade ou área a ser medida e da frequência da medição. (Veja
também QPS.8) Por exemplo, os dados clínicos de controle de qualidade laboratorial podem ser analisados
semanalmente para atender às regulamentações locais, e os dados de queda do paciente podem ser analisados
mensalmente se as quedas forem pouco frequentes. Assim, a agregação de dados em pontos pontuais permite ao
hospital julgar a estabilidade de um determinado processo ou a previsibilidade de um determinado desfecho em
relação às expectativas.
O objetivo da análise de dados é ser capaz de comparar um hospital de quatro maneiras:
1. Com ele mesmo ao longo do tempo, como mês a mês, ou um ano para o próximo
2. Com outras organizações similares, como por meio de bancos de dados de referência
178
Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente (QPS)
3. Com padrões, como os estabelecidos por órgãos profissionais ou de acreditação, ou aqueles estabelecidos
por leis ou regulamentos
Melhoria da Qualidade e
Essas comparações ajudam o hospital a entender a origem e a natureza da mudança indesejável e ajudam a
concentrar os esforços de melhoria. (Veja também GLD.5)
Padrão QPS.5
O processo de análise de dados inclui pelo menos uma determinação, por ano, do impacto de melhorias
prioritárias do hospital em custo e eficiência.
Propósito de QPS.5
O programa de qualidade e segurança do paciente inclui uma análise do impacto das melhorias prioritárias
apoiadas pela liderança. (Veja também GLD.5) Por exemplo, há evidências que sustentam que o uso de diretrizes
de prática clínica, para padronizar o cuidado, tem um impacto significativo na eficiência do cuidado e na redução
do tempo de permanência, o que acaba por reduzir os custos. A equipe do programa de qualidade e segurança do
paciente desenvolve ferramentas para avaliar o uso de recursos para o processo existente e, em seguida, reavaliar
o uso de recursos para o processo aprimorado. Os recursos podem ser humanos (por exemplo, tempo dedicado
a cada etapa de um processo) ou podem envolver o uso de tecnologia ou outros recursos. A análise fornecerá
informações úteis sobre quais melhorias impactam a eficiência e, portanto, o custo.
Padrão QPS.6
O hospital usa um processo interno para validar dados.
Propósito de QPS.6
Um programa de melhoria da qualidade é tão válido quanto os dados coletados. Se os dados forem falhos, os
esforços de melhoria da qualidade serão ineficazes. A confiabilidade e validade das medições estão, portanto,
179
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
no centro de todas as melhorias. Para garantir que dados bons e úteis tenham sido coletados, um processo de
validação de dados interno ou externo precisa estar em vigor. A validação de dados é mais importante quando:
Segurança do Paciente (QPS)
a. uma nova medida é implementada (em particular, aquelas medidas clínicas que visam ajudar um hospital a
Melhoria da Qualidade e
Padrão QPS.7
O hospital utiliza um processo definido para identificar e gerenciar eventos sentinelas.
Padrão QPS.7.1
O hospital utiliza um processo definido para identificar e gerenciar eventos adversos, sem danos e quase falhas.
180
Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente (QPS)
a. Morte
b. Danos permanentes
181
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
causa raiz precisa ser realizada o mais rápido possível após o evento. A análise e o plano de ação são concluídos
no prazo de 45 dias após o evento ou quando tomar conhecimento do evento. Para que a análise de causa raiz
Segurança do Paciente (QPS)
seja considerada minuciosa, a equipe deve determinar os fatores causais no sistema que contribuíram para o
Melhoria da Qualidade e
evento e identificar potenciais oportunidades de melhoria. Para que a análise de causa raiz seja considerada
confiável, a equipe envolve os principais participantes em cada etapa do processo, trabalha com pacientes/
familiares/profissionais envolvidos no evento para entender melhor as circunstâncias e busca a aprovação final
do plano pelo diretor geral ou outra liderança de alto nível. O objetivo da realização da análise de causa raiz
é que o hospital entenda melhor as origens do evento. Quando a análise de causa raiz revela que melhorias de
sistemas ou outras ações podem prevenir ou reduzir o risco de tais eventos sentinelas ou adversos recorrentes,
o hospital redesenha os processos e toma quaisquer outras ações apropriadas para fazê-lo. Note que os termos
evento sentinela e erro médico não são sinônimos. Nem todos os erros resultam em um evento sentinela, nem um
evento sentinela ocorre apenas como resultado de um erro. Identificar um incidente como um evento sentinela
não é um indicador de responsabilidade legal.
Embora nem todos os eventos de segurança do paciente atendam à definição de evento sentinela, aqueles
que atendem à definição de evento adverso requerem análise para identificar ações corretivas Além disso, na
tentativa de aprender proativamente onde os sistemas podem ser vulneráveis, o hospital monitora como eventos
sem danos, quase falhas e condições perigosas e as utiliza como oportunidades para evitar danos, de acordo
com o processo do hospital para responder a eventos de segurança do paciente que não atendem à definição
de evento sentinela. (Veja também MMU.7.1) O tem processo do hospital para gerenciar esses eventos, o que
inclui um mecanismo para relatórios de notificação sem culpa. (Veja também GLD.12.2 e GLD.13.1) Os dados
dessas notificações são agregados e analisados para saber onde as alterações proativas do processo reduzirão ou
impedirão sua recorrência.
6. Os líderes do hospital monitoram as ações corretivas implementadas para possíveis falhas nos processos
(consequências não intencionais), eficácia e sustentabilidade ao longo do tempo.
182
Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente (QPS)
Padrão QPS.8
Propósito de QPS.8
O hospital coleta dados sobre diversas e diferentes áreas dos serviços de cuidado ao paciente, periodicamente, e
reporta resultados ao governo como parte do programa de melhoria da qualidade e segurança do paciente. (Veja
também GLD.4.1) Para isso, deve haver mecanismos confiáveis de relatórios de resultados para garantir serviços
de qualidade. Aqueles que representam risco à segurança do paciente são identificados e monitorados. A coleta de
dados deve ser suficiente para detectar tendências e padrões e pode variar dependendo da frequência de serviço e/
ou do risco para os pacientes. (Veja também MMU.7.1; QPS.4.1 e QPS. 10)
A coleta e análise de dados são realizadas pelo menos para o seguinte:
a. Todas as reações de transfusão confirmadas, se aplicável ao hospital (Veja também COP.3.4)
b. Todos os eventos adversos graves de medicamentos, se aplicável e conforme definido pelo hospital (Veja
também MMU.7)
c. Todos os erros significativos de medicação, se aplicável e conforme definido pelo hospital (Veja também
MMU.7.1)
d. Todas as principais discrepâncias entre diagnósticos pré-operatórios e pós-operatórios; por exemplo, um
diagnóstico pré-operatório de obstrução intestinal e um diagnóstico pós-operatório de aneurisma de aorta
abdominal rompido (AAA)
e. Eventos adversos ou padrões de eventos adversos durante a sedação, independentemente do local da
administração (Veja também ASC.3.2 e ASC.5)
f. Eventos ou padrões adversos durante a anestesia, independentemente do local de administração
g. Eventos adversos relacionados à identificação do paciente (Veja também IPSG.1)
h. Outros eventos adversos; por exemplo, infecções associadas aos cuidados de saúde e surtos de doenças
infecciosas (Veja também PCI.6.1 e PCI.8.1)
183
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão QPS. 9
A melhoria da qualidade e segurança é alcançada e sustentada.
Propósito de QPS. 9
As informações da análise de dados são utilizadas para identificar potenciais melhorias ou para reduzir (ou
prevenir) eventos adversos. Os dados de medição de rotina, bem como os dados de avaliações intensivas,
contribuem para essa compreensão de onde a melhoria deve ser planejada e qual prioridade deve ser dada à
melhoria. Em particular, estão previstas melhorias nas áreas prioritárias de coleta de dados identificadas pela
liderança do hospital.
Após o planejamento de uma melhoria, os dados são coletados durante um período de teste para demonstrar que a
mudança planejada foi realmente uma melhoria. Para garantir que a melhoria seja mantida, os dados de medição
são então coletados para análise contínua. Mudanças efetivas são incorporadas ao procedimento operacional
padrão, e é realizada qualquer capacitação necessária de pessoal. O hospital documenta essas melhorias alcançadas
e sustentadas como parte de seu programa de gerenciamento e melhoria da qualidade. (Veja também GLD.11)
Padrão QPS.10
Um programa contínuo de gerenciamento de riscos é usado para identificar e reduzir proativamente eventos
adversos não previstos e outros riscos de segurança para pacientes e profissionais.
Propósito de QPS.10
O gerenciamento proativo de riscos é essencial para a qualidade e segurança do cuidado, tratamento e serviços
do paciente em uma organização. Existem muitos tipos de riscos no ambiente do hospital; por exemplo, os
riscos podem incluir aqueles associados ao cuidado clínico e à segurança do paciente, como erros diagnósticos,
cirúrgicos ou medicamentos; riscos associados ao meio ambiente, como condições perigosas; riscos associados
às operações, como planos para atingir as metas do hospital; ou riscos associados à conformidade com
padrões de atendimento e aderência a leis e regulamentos. Outros riscos podem estar associados a finanças e
planejamento estratégico.
Os hospitais precisam adotar uma abordagem proativa para a gerenciamento de riscos que inclua o
desenvolvimento de estratégias de mitigação de riscos, com o objetivo de reduzir ou eliminar o impacto
potencialmente prejudicial de riscos conhecidos ou possíveis. Uma dessas formas é um programa formalizado de
gerenciamento de riscos cujos componentes essenciais incluem:
a. identificação de riscos;
b. priorização de riscos;
c. relatórios de risco;
d. escopo, objetivos, e critérios para avaliação de riscos;
e. gerenciamento de riscos, para incluir análise de risco (Veja também MMU.7.1; QPS.7; QPS.7.1; e QPS.8); e
f. gerenciamento de sinistros relacionados.
184
Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente (QPS)
Um elemento importante do gerenciamento de riscos é a análise de riscos, como um processo para avaliar
quase falhas e outros processos de alto risco para os quais uma falha resultaria em um evento sentinela.
Melhoria da Qualidade e
poderia ocorrer em processos críticos e de alto risco. Por exemplo, o modo de falha e a análise de efeitos
( failure mode and effects analysis - FMEA) e a análise de vulnerabilidade de perigo (hazard vulnerability analysis
- HVA) são duas ferramentas comuns.
Para utilizar essas ou ferramentas similares de forma eficaz, a liderança precisa identificar e priorizar os potenciais
riscos que poderiam ter maior impacto na segurança do paciente e da equipe, bem como na qualidade e segurança
do cuidado ao paciente. Essas informações devem ser utilizadas para priorizar a alocação de recursos para analisar
as áreas de maior risco e tomar medidas para redesenhar o processo ou ações semelhantes para reduzir o risco no
processo. Esse processo de redução de risco é realizado pelo menos uma vez por ano e documentado.
185
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Referências
Segurança do Paciente (QPS)
186
Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente (QPS)
Melhoria da Qualidade e
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187
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Segurança do Paciente (QPS)
Melhoria da Qualidade e
188
Prevenção e Controle
de Infecções (PCI)
Visão geral
O objetivo do programa de prevenção e controle de infecções de uma organização é identificar e reduzir ou
eliminar os riscos de aquisição e transmissão de infecções entre pacientes, funcionários, profissionais de saúde,
Prevenção e Controle de
contratados, voluntários, estudantes, visitantes e comunidade. Além disso, o desenvolvimento de iniciativas do
hospital relacionadas à evolução das práticas e/ou preocupações em saúde, como um programa de administração
Infecções (PCI)
de antibióticos e um programa de resposta a doenças transmissíveis globais, é um componente essencial do
programa de prevenção e controle de infecções.
Os riscos de infecção e as atividades do programa diferem de organização para organização, dependendo das
atividades clínicas e serviços da organização, população de pacientes atendidas, localização geográfica, volume
de pacientes e número de profissionais. As prioridades do programa devem refletir os riscos identificados na
organização, os desenvolvimentos globais e comunitários e a complexidade dos serviços prestados.
Programas eficazes de prevenção e controle de infecções têm em comum líderes identificados, equipe bem
treinada, métodos para identificar e abordar proativamente os riscos de infecção em pessoas e no meio ambiente,
políticas e procedimentos adequados, educação dos profissionais, e coordenação em toda a organização.
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro documento
escrito para processos específicos. Esses padrões são indicados por um ícone após o texto padrão.
Padrões
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
Responsabilidades
PCI.1 Um ou mais indivíduos supervisionam todas as atividades de prevenção e controle de infecções.
Este(s) indivíduo é qualificado em práticas de prevenção e controle de infecções através de educação,
treinamento, experiência, certificação e/ou autoridade clínica.
PCI.2 Existe um mecanismo de coordenação designado para todas as atividades de prevenção e controle de
infecções que envolve médicos, enfermeiros e outros com base no tamanho e complexidade do hospital.
Recursos
PCI.3 A liderança do hospital fornece recursos para apoiar o programa de prevenção e controle de infecções.
189
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
PCI.5 O hospital utiliza uma abordagem baseada em dados de riscos para estabelecer o foco do programa
de prevenção e controle de infecções associados aos cuidados em saúde.
PCI. 5.1 O hospital identifica áreas de alto risco para infecções por meio de uma avaliação de
risco, desenvolve intervenções para enfrentar esses riscos e monitora a eficácia.
Limpeza Ambiental
PCI. 7 O programa de prevenção e controle de infecções identifica e implementa padrões de programas
reconhecidos de prevenção e controle de infecções para lidar com a limpeza e desinfecção do meio
Prevenção e Controle de
Serviços de Alimentação
PCI. 9 O hospital reduz o risco de infecções associadas à operação de serviços de alimentação.
Controles de Engenharia
PCI. 10 O hospital reduz o risco de infecção nas instalações através do uso de controles mecânicos e de
engenharia.
Transmissão de Infecções
PCI. 12 O hospital fornece precauções de barreira e procedimentos de isolamento que protegem pacientes,
visitantes e profissionais de doenças transmissíveis e protege pacientes imunossupressores de adquirir
infecções às quais são exclusivamente propensos.
PCI. 12.1 O hospital desenvolve e implementa um processo para gerenciar um fluxo repentino
de pacientes com infecções transmitidas pelo ar e quando as salas de pressão negativa
não estão disponíveis.
PCI. 12.2 O hospital desenvolve, implementa e avalia um programa de preparação de
emergência para responder à ocorrência de doenças transmissíveis globais.
PCI.13 Luvas, máscaras, proteção ocular, outros equipamentos de proteção, sabão e desinfetantes estão
disponíveis e são usados corretamente quando necessário.
190
Prevenção e Controle de Infecções (PCI)
Responsabilidades
Prevenção e Controle de
Padrão PCI.1
Infecções (PCI)
Um ou mais indivíduos supervisionam todas as atividades de prevenção e controle de infecções. Este(s) indivíduo
é qualificado em práticas de prevenção e controle de infecções através de educação, treinamento, experiência,
certificação e/ou autoridade clínica.
Propósito de PCI.1
O objetivo do programa de prevenção e controle de infecções do hospital é identificar e reduzir os riscos de
adquirir e transmitir infecções entre pacientes, funcionários, profissionais de saúde, contratados, voluntários,
estudantes e visitantes.
Os riscos de infecção e as atividades do programa podem diferir de hospital para hospital, dependendo das
atividades clínicas e dos serviços do hospital, da população do paciente atendida, localização geográfica, volume
de pacientes e número de profissionais. Assim, a supervisão do programa de prevenção e controle de infecções
corresponde ao tamanho do hospital, complexidade das atividades e nível de riscos, bem como ao escopo do
programa. Um ou mais indivíduos, agindo em tempo integral ou meio período, fornecem essa supervisão como
parte de suas responsabilidades ou descrições de cargo atribuídas. (Veja também SQE.3 e GLD.9) O programa de
prevenção e controle de infecções é apoiado por uma equipe de indivíduos, conforme necessário, para garantir que
o programa seja conduzido por um indivíduo com experiência clínica e de liderança para direcionar, implementar
e medir a mudança. O(s) líder do programa de prevenção e controle de infecções tem experiência tanto na
prevenção e controle de infecções quanto na liderança. A qualificação necessária para este indivíduo(s) dependerá
das atividades que ele ou ela realizará, e as qualificações podem ser atendidas através de:
• educação;
• treinamento;
• experiência;
• certificação ou licença; e/ou
• capacidade de liderança demonstrada.
Esse(s) indivíduo(s) é responsável pela melhoria progressiva da organização nas atividades de prevenção e controle
de infecções, incluindo a definição de prioridades e a garantia de progressos incrementais para o cumprimento
dessas prioridades. Este(s) indivíduo(s) identifica áreas de alto risco para prevenção e controle de infecções,
incluindo a central de esterilização e centros cirúrgicos, e fornece supervisão ou designa um indicado para
fornecer supervisão dessas áreas. Uma abordagem de equipe apoia a coordenação com o programa de prevenção
e controle de infecções do hospital para incorporar práticas de prevenção e controle de infecções.
Esse indivíduo é responsável pela coordenação com a liderança do hospital quanto às prioridades, recursos e
melhoria da qualidade relacionadas ao programa de prevenção e controle de infecções. Os resultados e outros
dados são reportados às agências locais, nacionais, regionais e/ou globais de saúde pública, conforme necessário.
O hospital também toma as medidas cabíveis para responder aos relatórios emitidos pelos órgãos públicos de
saúde, conforme apropriado ao hospital e à população de pacientes.
191
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão PCI.2
Existe um mecanismo de coordenação designado para todas as atividades de prevenção e controle de infecções
que envolve médicos, enfermeiros e outros com base no tamanho e complexidade do hospital.
Propósito de PCI.2
As atividades de prevenção e controle de infecções atingem todas as partes de um hospital e envolvem indivíduos
em vários departamentos e serviços (por exemplo, departamentos clínicos, manutenção de instalações, serviços
de alimentação [bufê], limpeza, laboratório, farmácia e serviços de esterilização). (Veja também AOP.5.3; AOP.6.2;
e FMS.5) Além disso, os hospitais correm risco de infecções que podem entrar no hospital por meio de pacientes,
familiares, profissionais, voluntários, visitantes, fornecedores, entidades independentes e outros indivíduos.
Assim, todas as áreas físicas do hospital, incluindo áreas somente para profissionais, onde esses indivíduos são
encontrados, devem ser incluídas no programa de vigilância, prevenção e controle de infecções.
Há um mecanismo designado para coordenar o programa geral. Por exemplo, o mecanismo pode ser um
pequeno grupo de trabalho, um comitê coordenador, uma força-tarefa ou algum outro mecanismo. As funções e
ações desse mecanismo devem ser registradas ou documentadas para rever a eficácia da coordenação do programa
e monitorar a melhoria progressiva na prevenção e controle de infecções. Deve haver também representação de
liderança nesse mecanismo; a liderança do hospital deve ter um papel ativo na prevenção e controle de infecções
e ser responsável pelo status do programa. As responsabilidades deste mecanismo de coordenação designado
incluem, por exemplo, estabelecer critérios para definir infecções associadas aos cuidados em saúde, estabelecer
métodos de coleta de dados (vigilância), elaborar estratégias para enfrentar riscos de prevenção e controle de
infecções e processos de emissão de relatórios. A coordenação envolve a comunicação com todas as partes do
hospital para garantir que o programa seja contínuo e proativo.
Seja qual for o mecanismo escolhido pelo hospital para coordenar o programa de prevenção e controle de
infecções, médicos e enfermeiros estão representados e engajados nas atividades com os profissionais de prevenção
e controle de infecções. (Veja também MMU.1.1) Outros podem ser incluídos conforme determinado pelo
tamanho e complexidade dos serviços do hospital (por exemplo, epidemiologista, especialista em coleta de
dados, estatístico, gerente da central de esterilização, microbiologista, farmacêutico, serviços de limpeza, serviços
ambientais ou instalações, supervisor de centro cirúrgico).
192
Prevenção e Controle de Infecções (PCI)
Recursos
Padrão PCI.3
A liderança do hospital fornece recursos para apoiar o programa de prevenção e controle de infecções.
Propósito de PCI.3
O programa de prevenção e controle de infecções requer pessoal adequado para atender às metas do programa
e às necessidades do hospital e para atender ou exceder as leis e regulamentos locais relacionados à prevenção e
controle de infecções. O número de profissionais é determinado pelo tamanho do hospital, complexidade das
atividades e nível de riscos, bem como pelo escopo do programa. Os níveis de pessoal são aprovados e atribuídos
pela liderança do hospital. (Veja também SQE.6) A liderança do hospital garante que os recursos humanos estejam
disponíveis para apoiar o programa de prevenção e controle de infecções. (Veja também GLD.1.1) Isso inclui a
nomeação de um(s) indivíduo qualificado para supervisionar o programa e fornecer supervisão de áreas de alto
Prevenção e Controle de
risco (por exemplo, a central de esterilização e salas de cirurgia), profissionais para fornecer educação sobre o
programa de controle e prevenção de infecções e profissionais clínicos em adequado número que permita práticas
Infecções (PCI)
seguras, incluindo práticas de controle e prevenção de infecções.
Além disso, o programa de prevenção e controle de infecções requer recursos para fornecer educação a todos os
profissionais e para a compra de insumos, como soluções à base de álcool para higiene das mãos. A liderança do
hospital garante que o programa tenha recursos adequados para a efetiva realização do programa. A liderança do
hospital aprova e aloca os recursos e, em seguida, garante que eles sejam fornecidos ao programa de prevenção e
controle de infecções conforme solicitado e atendam às necessidades específicas do hospital.
Os sistemas de gerenciamento de informações são recursos importantes para apoiar o rastreamento de riscos, taxas
e tendências em infecções associadas aos cuidados em saúde. As funcionalidades do sistema de gerenciamento
da informação apoiam a análise e interpretação dos dados e a apresentação de achados. (Veja também MOI.1)
Além disso, os dados e informações do programa de prevenção e controle de infecções são gerenciados com os do
programa de gerenciamento e melhoria da qualidade do hospital.
Padrão PCI.4
O hospital projeta e implementa um amplo programa de prevenção e controle de infecções que
identifica os procedimentos e processos associados ao risco de infecção e implementa estratégias para
reduzir o risco de infecção.
193
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Propósito de PCI.4
Os hospitais avaliam e cuidam de pacientes que utilizam muitos processos simples e complexos, cada um
associado a um nível de risco de infecção aos pacientes e profissionais. É importante que um hospital possa medir
e revisar esses processos e implementar políticas, procedimentos, educação e atividades baseadas em evidências
necessárias, projetadas para reduzir o risco de infecção. (Veja também ACC.6; COP.4; e COP.4.1)
Um programa de prevenção e controle de infecções deve ser abrangente, incluindo tanto o cuidado ao paciente
quanto a saúde da equipe. O programa identifica e aborda as questões de infecção que são epidemiologicamente
importantes para o hospital e que podem impactar pacientes, profissionais, visitantes e fornecedores. Além
disso, o programa exige uma série de estratégias que cruzem todos os setores do hospital com base no tamanho,
localização geográfica, serviços e pacientes. O programa inclui higiene das mãos, supervisão para melhorar o uso
seguro de antimicrobianos e garantir a preparação segura de medicamentos, sistemas para identificar infecções
e investigar surtos de doenças infecciosas e implementação de um programa de vacinação para profissionais
e pacientes. (Veja também IPSG.5; MMU.1.1; MMU.5; PCI.12; PCI.12.1; PCI.12.2; e SQE.8.3;) A avaliação
periódica do risco e a definição de metas de redução de risco orientam o programa.
Padrão PCI.5
O hospital utiliza uma abordagem baseada em dados de riscos para estabelecer o foco do programa de prevenção
e controle de infecções associados aos cuidados em saúde.
Padrão PCI.5.1
O hospital identifica áreas de alto risco para infecções por meio de uma avaliação de risco, desenvolve
intervenções para enfrentar esses riscos e monitora a eficácia.
194
Prevenção e Controle de Infecções (PCI)
Prevenção e Controle de
com base nessa avaliação de risco em todo o hospital. As avaliações de risco também podem ser concluídas
quando houver dúvidas sobre riscos relacionados às práticas atuais; por exemplo, o uso de caixas de papelão,
Infecções (PCI)
rotas de transporte para roupas limpas e sujas, e instalação de novos sistemas de pressão positiva ou negativa, e
assim por diante. Os líderes do programa implementam intervenções baseadas em evidências para minimizar
esses riscos de infecção. O monitoramento contínuo dos riscos identificados e as intervenções de redução de
riscos são monitorados quanto a efetividade dessas intervenções, incluindo melhoria progressiva e sustentada, e
quais mudanças podem ser necessárias às metas do programa com base nos sucessos e desafios observados nos
dados de monitoramento.
195
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão PCI. 6
O hospital reduz o risco de infecções associadas a equipamentos médicos/cirúrgicos, dispositivos e suprimentos,
garantindo limpeza, desinfecção, esterilização e armazenamento adequados.
Propósito do PCI. 6
Procedimentos que envolvem contato com equipamentos médicos/cirúrgicos, dispositivos e suprimentos podem
ser uma fonte importante para a introdução de patógenos que levam à infecção. A falha em limpar, desinfetar ou
esterilizar adequadamente e o uso ou armazenamento inadequado de equipamentos, dispositivos e suprimentos,
não só representa riscos para os pacientes, mas também representa um risco para a transmissão de infecções
de pessoa para pessoa. É fundamental que a equipe de saúde siga as práticas padrão para limpar, desinfetar e
esterilizar. O risco de infecção é minimizado com os processos adequados de limpeza, desinfecção e esterilização.
Prevenção e Controle de
O Centros de Controle e Prevenção de Doenças (US Centers for Disease Control and Prevention - CDC) define
Infecções (PCI)
uma limpeza como: “a remoção de material estranho (por exemplo, solo e material orgânico) de objetos.
O CDC continua dizendo que “[a limpeza] é normalmente realizada usando água com detergentes ou produtos
enzimáticos. A limpeza minuciosa é necessária antes da desinfecção e esterilização de alto nível porque
materiais inorgânicos e orgânicos que permanecem nas superfícies dos instrumentos interferem na eficácia
desses processos.”
As diretrizes do fabricante e os padrões de prática profissional são consultados para determinar o nível de
desinfecção ou esterilização necessários para os itens. (Veja também GLD.7) O nível de desinfecção ou
esterilização também depende da categoria do item—não crítico, semicrítico e crítico.
Em 2008, a Diretriz do Comitê Consultivo de Práticas de Infecção de Saúde do CDC para Desinfecção e
Esterilização em Estabelecimentos de Saúde (CDC Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee’s
Guideline for Disinfection and Sterilization in Healthcare Facilities) reconheceu a abordagem de Earle H. Spaulding
para desinfecção e esterilização de itens e equipamentos de cuidados com o paciente, usando um método de três
níveis. A Classificação Spaulding de Superfícies inclui o seguinte:
• Nível 1 – Crítico: Objetos que entram normalmente em tecido estéril ou no sistema vascular e requerem
esterilização
• Nível 2‐– Semicrítico: Objetos que entram em contato com membranas mucosas ou pele não intacta e
requerem desinfecção de alto nível, o que mata quase todos os níveis de esporos bacterianos, exceto os altos
• Nível 3 – Não‐crítico: Objetos que entram em contato com a pele intacta, mas não as membranas
mucosas, e requerem desinfecção de baixo nível
A desinfecção de equipamentos e dispositivos médicos envolve técnicas de baixo e alto nível. A desinfecção de
baixo nível é usada para itens não críticos, como estetoscópios, medidores de glicemia e outros equipamentos
não invasivos. A desinfecção de baixo nível também é apropriada para itens como teclados de computador,
telefones e controles remotos de televisão. Os agentes de desinfecção que podem ser usados para desinfecção de
baixo nível incluem fenóis e compostos quaternários de amônio. A desinfecção de alto nível é usada em itens
semicríticos, que são itens que entram em contato com membranas mucosas ou pele não intacta (por exemplo,
espéculos que podem ser usados em ouvido, nariz e garganta, departamentos de obstetrícia/ginecologia ou
departamentos de oftalmologia).
Os agentes de desinfecção que podem ser usados para desinfecção de alto nível incluem ortofitalldeído e peróxido
de hidrogênio. A esterilização é necessária para itens críticos, que são aqueles que entram em contato com partes
estéreis do corpo ou do sistema vascular, como muitos instrumentos dentários, instrumentos cirúrgicos e cateteres
cardíacos. Para esterilizar adequadamente os instrumentos articulados críticos, eles devem ser processados em
sua posição aberta. A esterilização pode não ser possível para alguns itens críticos, como endoscópios flexíveis, de
modo que as diretrizes dos fabricantes podem exigir o uso de desinfecção de alto nível.
A esterilização de insumos médicos/cirúrgicos e outros dispositivos e equipamentos invasivos inclui vários
métodos diferentes, e há vantagens e desvantagens para cada método. O tipo de esterilização utilizada
depende da situação em que ocorre a esterilização e do que está sendo esterilizado e das diretrizes do
196
Prevenção e Controle de Infecções (PCI)
fabricante. Por exemplo, o calor úmido na forma de vapor saturado sob pressão é o mais amplamente
utilizado e o mais confiável. No entanto, a esterilização a vapor só pode ser usada em itens resistentes ao
calor e à umidade. A esterilização de baixa temperatura é mais comumente usada para esterilizar dispositivos
médicos e suprimentos sensíveis à temperatura e umidade. A esterilização flash (também conhecida como
esterilização imediata a vapor) é usada em situações em que não há tempo suficiente para esterilizar um item
usando o método embalado de vapor saturado sob pressão. Os hospitais seguem as diretrizes do fabricante
e as práticas profissionais para técnicas de esterilização que melhor se encaixam no tipo de situações para
esterilização e dispositivos e insumos sendo esterilizados. É necessária limpeza e desinfecção adicionais para
equipamentos médicos/cirúrgicos, dispositivos e suprimentos utilizados com pacientes isolados, como parte da
implementação de precauções baseadas na transmissão.
A limpeza, desinfecção e esterilização podem ocorrer em área centralizada de esterilização ou, com supervisão
adequada, em outras áreas do hospital, como laboratório de gastroenterologia ou laboratório de endoscopia.
Os métodos de limpeza, desinfecção e esterilização mantêm os mesmos padrões onde quer que sejam realizados
no hospital. (Veja também ACC.6) É fundamental que os profissionais sigam as práticas padrão para minimizar
os riscos de infecção. A equipe que processa equipamentos, dispositivos e suprimentos médicos / cirúrgicos é
orientada e treinada nas práticas de limpeza, desinfecção e esterilização; demonstra competência nas práticas; e
recebe supervisão adequada. A equipe que processa os equipamentos, dispositivos e suprimentos deve demonstrar
Prevenção e Controle de
competência como parte de seu treinamento inicial e contínuo.
Infecções (PCI)
Para evitar contaminação, os suprimentos limpos e estéreis são armazenados adequadamente em áreas de
armazenamento designadas, limpas, secas e protegidas contra poeira, umidade e extremos de temperatura.
Idealmente, os suprimentos estéreis são armazenados separadamente de suprimentos limpos, e as áreas de
armazenamento estéreis têm acesso limitado. Os líderes do hospital realizam avaliações de riscos e consultam
padrões profissionais para identificar riscos relacionados aos processos específicos de armazenamento e
identificam intervenções para mitigar esses riscos; por exemplo, o uso de caixas de papelão ou plástico em
áreas de armazenamento limpo. Alguns itens desinfetados requerem princípios específicos de secagem e
armazenamento para garantir uma desinfecção completa e adequada. Por exemplo, após a desinfecção, os
endoscópios devem ser pendurados livremente, sem entrar em contato com o chão, a fim de evitar que o fluido
se acumule na parte inferior do endoscópio.
197
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
como , ou palavras como “apenas uso único”, “não ser reutilizado” ou “descartável”. Se o hospital permitir a
reutilização de dispositivos de uso único reprocessados, há uma política do hospital que orienta essa reutilização.
Infecções (PCI)
A política é consistente com as leis e regulamentos nacionais e padrões profissionais e inclui a identificação de
a. dispositivos e materiais de uso único que possam ser reutilizados;
b. um processo de identificação quando um dispositivo de uso único não estiver mais seguro ou adequado
para reutilização;
c. o processo de limpeza de cada dispositivo que começa imediatamente após o uso e segue um protocolo
claro;
d. identificação de pacientes em que foram utilizados dispositivos médicos reutilizáveis; e
e. uma avaliação proativa da segurança da reutilização de itens de uso único.
O hospital coleta e analisa dados sobre eventos adversos relacionados a dispositivos e materiais reutilizados
para identificar riscos, e implementa ações para reduzir riscos e melhorar processos. (Veja também QPS.8) Há
uma supervisão do processo para conceder ou revogar aprovações para o reuso de dispositivos de uso único
reprocessados, com base nesses dados, necessidades do hospital e alternativas de reutilização. A lista de dispositivos
de uso único aprovados para reutilização é revisada rotineiramente para garantir que seja precisa e atual.
A maioria dos materiais médicos (fluidos intravenosos, cateteres, suturas e outros materiais médicos) são impressos
com uma data de validade. Quando a data de validade destes materiais tiver passado, o fabricante não garante
a esterilidade, segurança ou estabilidade do item. Alguns materiais contêm uma declaração indicando que o
conteúdo é estéril desde que a embalagem esteja intacta. Uma política identifica o processo para garantir o
gerenciamento adequado de suprimentos vencidos.
198
Prevenção e Controle de Infecções (PCI)
Limpeza Ambiental
Padrão PCI. 7
O programa de prevenção e controle de infecções identifica e implementa padrões de programas reconhecidos
de prevenção e controle de infecções para lidar com a limpeza e desinfecção do meio ambiente e das
superfícies ambientais.
Propósito de PCI.7
Patógenos em superfícies e em todo o ambiente contribuem para doenças do hospital adquiridas em pacientes,
profissionais e visitantes. Práticas eficazes de limpeza e desinfecção ambiental contribuem para a prevenção de
infecções no hospital. A limpeza de rotina do ambiente inclui limpeza diária de salas de pacientes e áreas de
cuidados, áreas de espera e outros espaços públicos, espaços de trabalho de profissionais, cozinhas, e assim por
diante. O hospital define suas práticas de limpeza de rotina, incluindo frequência de limpezas, equipamentos
Prevenção e Controle de
de limpeza e agentes utilizados, quais profissionais são responsáveis pelas tarefas de limpeza e quando as áreas
exigem limpeza mais frequente. A limpeza terminal é concluída após a alta; esse processo pode ser ainda mais
Infecções (PCI)
aprimorado se o paciente tiver uma infecção contagiosa conhecida ou suspeita. A limpeza terminal requer maior
atenção ao meio ambiente e pode incluir lavagem de cortinas, remoção e limpeza de todos os itens destacáveis
na sala e desinfecção de superfícies com múltiplos agentes de limpeza, conforme indicado pelas padrões de
prevenção e controle de infecções.
Algumas áreas do hospital requerem atenção especial durante a limpeza ambiental e a desinfecção devido à sua
natureza de alto risco. Os dirigentes do hospital realizam avaliações de risco para determinar quais áreas do
hospital necessitam de limpeza e desinfecção adicionais; áreas como salas de cirurgia, central de esterilização,
unidades de terapia intensiva neonatal, unidades de queimados, entre outras são muitas vezes consideradas de
alto risco. Os líderes do hospital identificam diretrizes clínicas adequadas e recomendações práticas para os
profissionais usarem na limpeza e desinfecção de áreas ou situações de alto risco.
A limpeza ambiental e as desinfecções são monitoradas de diversas formas. Por exemplo, os líderes do hospital
podem coletar elogios e reclamações de pacientes e familiares, ou marcadores fluorescentes podem ser usados para
verificar patógenos residuais. Esses dados são utilizados durante a educação contínua para a equipe de limpeza
ambiental e para avaliar e alterar o processo de limpeza e desinfecção quando indicado.
199
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
por exemplo, itens sujos e limpos podem entrar e sair da lavanderia através de portas específicas, lençóis limpos
podem ser armazenados em carrinhos cobertos.
Infecções (PCI)
O hospital identifica áreas em que os profissionais serão obrigados a usar trajes de trabalho fornecidos pelo
hospital, incluindo jalecos ou casacos brancos, devido ao aumento dos riscos de infecção; por exemplo, a central
de esterilização, salas de cirurgia e a unidade de terapia intensiva neonatal. O hospital também implementa
práticas que diminuem o risco de infecção relacionada aos jalecos brancos e aos jalecos do pessoal de laboratório,
já que esses itens podem abrigar e transportar microrganismos entre os pacientes. Os profissionais serão instruídos
sobre quando utilizar trajes de trabalho e quando devem guardar ou trocar os kits de roupa. Os profissionais que
não recebem trajes de trabalho fornecidos pelo hospital, recebem educação sobre práticas de lavagem no domicílio
para minimizar o risco de uma infecção entre o hospital e a comunidade.
Padrão PCI.8
O hospital reduz o risco de infecções por meio do descarte adequado de resíduos, gerenciamento adequado de
tecidos humanos e manuseio e descarte seguros de objetos perfurocortantes e agulhas.
Propósito de PCI.8
Os hospitais produzem resíduos consideráveis a cada dia. Frequentemente esse lixo é ou pode ser infeccioso.
Assim, o descarte adequado de resíduos contribui para a redução do risco de infecção no hospital. Isso vale para
o descarte de fluidos corporais e materiais contaminados com fluidos corporais, o descarte de componentes
sanguíneos e hemoderivados, e o descarte ou destruição de resíduos patológicos. Tecidos, órgãos e partes do
200
Prevenção e Controle de Infecções (PCI)
corpo humanos requerem um manuseio cuidadoso e respeitoso para reduzir o risco de infecções durante a
preparação, transporte e processamento.
Um dos perigos das lesões com agulhas é a possível transmissão de doenças transmitidas pelo sangue. O manuseio
e o descarte inadequado de perfurocortantes e agulhas representam um grande risco de segurança para a equipe.
As práticas de trabalho influenciam o risco de lesões e exposição potencial a doenças. Identificar e implementar
práticas baseadas em evidências para reduzir o risco de lesões causadas por agulhas, garante que a exposição a tais
perigos seja mínima. Os hospitais precisam fornecer aos profissionais educação relacionada ao manuseio seguro e
ao gerenciamento de perfurocortantes e agulhas. (Veja também SQE.8.2)
O descarte adequado de agulhas e perfurocortantes também reduz o risco de lesões e exposição. O descarte
adequado inclui o uso de recipientes que são recipientes à prova de perfuração e à prova de vazamentos nas
laterais e na parte inferior. Os recipientes devem ser facilmente acessíveis aos profissionais e não devem exceder
os limites de envasamento. Além do mais, os recipientes devem ser rotulados de forma que avisa o perigo
potencial para lesões e devem ser armazenados de forma a evitar que agulhas derramem para fora do recipiente.
(Veja também ACC.6)
O descarte inadequado de agulhas, bisturis e outras pontas perfurocortantes pode representar um risco para
a saúde do público em geral e para aqueles que trabalham no gerenciamento de resíduos. O descarte desses
Prevenção e Controle de
recipientes no oceano ou em depósitos de lixos em geral, por exemplo, pode representar riscos ao público se os
recipientes se abrirem. Os hospitais devem descartar perfurocortantes e agulhas com segurança ou contratar
Infecções (PCI)
empresas que garantam o descarte adequado de recipientes de resíduos e que o façam de acordo com as leis e
regulamentos. (Veja também FMS.7 até FMS.7.2)
O hospital implementa uma política que aborda adequadamente todas as etapas do processo, incluindo
a identificação do tipo e uso adequado dos recipientes, o descarte dos recipientes e a fiscalização do
processo de descarte.
Há considerações especiais relacionadas ao manuseio respeitoso e seguro do corpo e das partes do corpo humano.
Os necrotérios são construídos de forma a garantir a segurança dos corpos e partes do corpo e a segurança
dos profissionais que os manuseiam. Os líderes do hospital consultam leis e regulamentos locais e nacionais e
consideram as culturas e costumes locais ao projetar o necrotério do hospital. Considerações adicionais incluem
como a cadeia de custódia é garantida para corpos, partes do corpo e quaisquer amostras removidas para exames;
como os profissionais são notificados de uma infecção conhecida ou suspeita e como os corpos são preservados
para evitar contaminação cruzada potencial. Por exemplo, uma cadeia de custódia adequada prevê que o hospital
tenha um meio de proteger as partes do corpo ou o corpo até que elas não estejam mais sob a jurisdição do
hospital e documentação do mesmo. O necrotério também é mantido a uma temperatura e umidade que garante
o armazenamento adequado. Os profissionais têm acesso a equipamentos de proteção individual, estações de
limpeza manual e agentes de limpeza necessários em todo o necrotério e são treinados em procedimentos de
manuseio respeitosos e seguros.
201
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão PCI.8.1
O hospital tem um processo para proteger pacientes e profissionais de patógenos sanguíneos relacionados à
exposição a fluidos sanguíneos e corporais.
Propósito de PCI.8.1
As exposições ao sangue e ao fluido corporal ocorrem quando um profissional de saúde, profissional, paciente
ou visitante entra em contato com o sangue ou fluido corporal de outra pessoa através de pele não intacta,
membranas mucosas, olhos, nariz ou boca. Vários patógenos, incluindo hepatite B, hepatite C, e Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV), podem ser transmitidos através da exposição ao sangue ou ao fluido corporal.
(Veja também SQE.8.3) Os fluidos corporais incluem cefalorraquidiano, sinovial, pleural, peritoneal, pericárdico
e fluido amniótico. Outros fluidos corporais que não possuem risco de transmissão de patógenos sanguíneos, a
menos que visivelmente contaminados com sangue, incluem leite materno, escarro, secreções nasais, saliva, suor,
lágrimas, urina, fezes e vômitos; as exposições a esses fluidos geralmente não precisam ser relatadas ou rastreadas
a menos que visivelmente contaminadas com sangue ou se exigidas por leis e regulamentos locais ou nacionais ou
política do hospital. O uso adequado de equipamentos de proteção individual adequados à tarefa, pode diminuir
Prevenção e Controle de
O hospital estabelece um processo para lidar com as exposições de sangue e fluidos corporais da equipe, paciente e
visitante. (Veja também PCI.4 e SQE.8.2) O processo inclui a quem o incidente deve ser notificado. Esse processo
pode variar dependendo da hora do dia ou do dia da semana; no entanto, os profissionais devem ser capazes
de notificar incidentes de exposição a qualquer momento. O processo inclui notificar o incidente ao supervisor
direto e à saúde ocupacional ou ao pronto-socorro. Isso garante documentação oportuna e resposta ao incidente.
O processo também identifica os requisitos de ação após a exposição ao sangue ou ao fluido corporal. Essas ações
seguem leis locais e nacionais e recomendações e diretrizes das organizações de controle de infecções e incluem
como limpar e/ou desinfetar a área exposta, quais exames para doenças transmitidas pelo sangue devem ocorrer
e se iniciar a terapia de profilaxia pós-exposição. (Veja também PCC.2) Este processo também inclui etapas para
notificar qualquer paciente envolvido na exposição.
Os dados de incidentes de exposição são rastreados e monitorados e os relatórios de incidentes de exposição são
revisados. Informações dos relatórios de incidentes são usadas para avaliar processos que contribuíram ou causaram
o incidente de exposição ao sangue ou fluido corporal, e mudanças são feitas para diminuir a probabilidade de uma
ocorrência repetida. Os profissionais são educados sobre essas mudanças. (Veja também QPS.8)
202
Prevenção e Controle de Infecções (PCI)
Serviços de Alimentação
Padrão PCI. 9
O hospital reduz o risco de infecções associadas às operações dos serviços de alimentação.
Propósito do PCI. 9
Alimentos mal armazenados e preparados podem causar doenças, como intoxicação alimentar ou infecções de
alimentação. Doenças de alimentação podem ser particularmente perigosas e até mesmo fatais para pacientes
hospitalizados, cujas condições já estão comprometidas devido a doenças ou lesões. O hospital deve providenciar
o fornecimento seguro e preciso de alimentos e produtos nutricionais, garantindo que os alimentos são
armazenados, preparados e transportados a temperaturas que previnem o risco de crescimento bacteriano.
Os líderes do hospital devem entender a cadeia de fornecimento de alimentos do início ao fim, a fim de garantir
operações seguras dos serviços de alimentação. Isso inclui uma seleção cuidadosa de fontes de alimentos e
Prevenção e Controle de
fornecedores. Deve haver um processo para garantir a integridade da cadeia de fornecimento de alimentos; isso
Infecções (PCI)
inclui estabilidade de temperatura durante o transporte para o hospital, mecanismos para evitar adulteração de
alimentos e recipientes de armazenamento adequados durante o transporte.
Os hospitais monitoram a temperatura dos alimentos preparados durante o transporte de alimentos da cozinha
para as áreas de cuidado ao paciente. Isso pode ser feito de muitas maneiras; por exemplo, os profissionais da
cozinha podem realizar auditorias aleatórias e verificar a temperatura de várias refeições quando saem da cozinha
e antes de serem servidas ao paciente. Há também um processo para garantir que os alimentos servidos não
fiquem de fora por um período de tempo que o tornaria inadequado para o consumo. O armazenamento seguro
de alimentos pode incluir seguir princípios como primeiro a entrar, primeiro a sair (FIFO –first in, first out) que
ajuda a garantir que os alimentos sejam usados antes da data de validade. Um sistema eficaz de rotatividade de
alimentos é essencial para armazenar alimentos para prevenir doenças transmitidas por alimentos.
A contaminação cruzada, particularmente de alimentos crus para alimentos cozidos, é outra fonte de doenças
transmitidas por alimentos; os líderes do hospital implementam práticas para minimizar esse risco e garantir que
todos os fornecedores o façam também. Além de misturar alimentos crus e preparados, a contaminação cruzada
pode resultar de mãos contaminadas, bancadas, tábuas de corte ou panos usados para limpar bancadas ou
pratos secos. Além disso, as superfícies nas quais o alimento é preparado; os utensílios, eletrodomésticos, louças
e panelas utilizadas para o preparo de alimentos; as bandejas, pratos e utensílios usados para servir alimentos,
também podem ser um risco para infecção se não forem devidamente limpos e higienizados. O hospital realiza
uma avaliação de risco quando os alimentos são armazenados ou preparados fora das áreas centrais da cozinha,
incluindo geladeiras de pacientes, e implementa protocolos para mitigar riscos relacionados a essa prática.
Alguns produtos nutricionais, como leite humano, fórmula para bebês e outros produtos de nutrição enteral, têm
requisitos especiais de armazenamento e preparação. Os profissionais se orientam por diretrizes profissionais para
identificar critérios de manuseio seguro para esses produtos, incluindo temperatura de armazenamento, duração
do armazenamento, técnica de preparação, rotulagem adequada e diretrizes administrativas.
203
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Controles de Engenharia
Padrão PCI. 10
O hospital reduz o risco de infecção nas instalações através do uso de controles mecânicos e de engenharia.
Propósito do PCI. 10
Controles de engenharia, como sistemas de ventilação de pressão positiva e negativa, capuzes biológicos em
laboratórios e termostatos em unidades de refrigeração e em aquecedores de água usados para esterilizar pratos
e equipamentos de cozinha, são exemplos de como padrões e controles ambientais contribuem para a melhor
condição sanitária e a redução dos riscos de infecção no hospital.
Sistemas de ventilação de pressão positiva são utilizados em áreas de proteção do hospital que requerem o mais
alto nível de limpeza; por exemplo, salas de cirurgia, áreas de armazenamento de material estéril e salas para
Prevenção e Controle de
pacientes imunocomprometidos. A ventilação de pressão positiva garante que o ar seja direcionado para fora da
área, minimizando a probabilidade de que os microrganismos sejam introduzidos no ambiente. Os sistemas de
Infecções (PCI)
ventilação de pressão positiva nos centros cirúrgicos devem estar ativos quando ocupados, mas não precisam
estar durante a limpeza ou manutenção. A ventilação de pressão positiva deve permanecer ativa o tempo todo
em áreas de armazenamento de suprimentos estéreis para evitar a contaminação desses suprimentos.
Os hospitais identificam e seguem as leis e regulamentos locais e nacionais e os padrões profissionais quanto ao
uso e manutenção de sistemas de ventilação de pressão positiva.
Temperaturas adequadas de água e vapor são necessárias para prevenir o crescimento de microrganismos e
realizar com sucesso procedimentos de limpeza, desinfecção e esterilização. Água fria e água quente devem ser
armazenadas e distribuídas a temperaturas que minimizem o crescimento de microrganismos transportados pela
água. Os líderes do hospital consultam leis e regulamentos locais e nacionais, bem como diretrizes profissionais,
para determinar as temperaturas adequadas de água e vapor para minimizar a probabilidade de transmissão
de infecções através da água. Além disso, os dirigentes do hospital garantem que a água e o vapor atinjam as
temperaturas necessárias durante a adequada duração para realizar efetivamente qualquer processo de limpeza,
desinfecção ou esterilização; por exemplo, temperatura adequada da água para lavagem de louça e temperaturas
de vapor para autoclavagem.
O hospital opera e mantém o fluxo de ar, sistemas de ventilação e controles de umidade para manter a qualidade
do ar interior. Isso inclui a manutenção de sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC) de
forma a minimizar os riscos de infecção para pacientes, profissionais e visitantes. Contaminantes transportados
pelo ar podem ser espalhados pelo escapamento, ventilação geral e durante a limpeza. A manutenção do fluxo de
ar e dos sistemas de ventilação pode minimizar esse risco. A operação e a manutenção são concluídas de acordo
com as leis e regulamentos locais e nacionais e as diretrizes profissionais e incluem a manutenção adequada
de entradas, tomadas, ventiladores, filtros, difusores, dutos, umidificadores e assim por diante. (Veja também
FMS.10; FMS.10.1; e FMS.10.2)
204
Prevenção e Controle de Infecções (PCI)
Padrão PCI.11
O hospital reduz o risco de infecção na unidade associada à demolição, reforma ou construção.
Propósito de PCI.11
Projetos de demolição, reforma e manutenção ou construção de rotina em qualquer lugar do hospital podem ser
um grande risco para o controle de infecções. A exposição a poeira e detritos de construção, ruído, vibração e outros
perigos podem ser potencialmente perigosos para a função pulmonar e para a segurança dos profissionais e visitantes.
O hospital utiliza critérios de risco que abordam o impacto da reforma ou nova construção sobre os requisitos de qual-
idade do ar, prevenção e controle de infecções, sistemas utilitários, ruído, vibração e procedimentos de emergência. O
hospital também determina como projetos de construção ou reforma em uma área do hospital podem afetar outras
áreas; por exemplo, e as reformas estiverem sendo concluídas na sala de bomba d’água, a construção pode afetar in-
Prevenção e Controle de
advertidamente a pressão da água na unidade de diálise, levando à água estagnada nos canos. (Veja também FMS.12)
Infecções (PCI)
Elementos de mensuração do PCI. 11
1. O hospital possui um programa que utiliza critérios de risco para avaliar o impacto da reforma ou nova
construção e implementa o programa quando ocorre a demolição, construção ou reforma.
2. O hospital avalia os riscos e o impacto das atividades de demolição, reforma ou construção na qualidade
do ar e nas atividades de prevenção e controle de infecções.
3. Os riscos e impactos da demolição, reforma ou construção são gerenciados para proteger pacientes,
profissionais e visitantes de adquirir infecções.
Transmissão de Infecções
Padrão PCI.12
O hospital fornece precauções de barreira e procedimentos de isolamento que protegem pacientes, visitantes e
profissionais de doenças transmissíveis e protege pacientes imunossupressores de adquirir infecções às quais são
exclusivamente propensos.
205
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
construção e incêndio e a descarga de saída está posicionada em um local e altura que o impede de criar riscos de
exposição para profissionais, pacientes e visitantes. Em situações em que os recursos são insuficientes para utilizar
sistemas de filtragem HEPA para métodos mecânicos de criação de ventilação de pressão negativa, as diretrizes da
Organização Mundial da Saúde (OMS), para prevenção de infecções transmitidas pelo ar, afirmam que o uso de
ventilação cruzada e outros métodos de ventilação natural são melhores para evitar a propagação da infecção trans-
mitida por via aérea do que não fornecer ventilação. Observe que esta recomendação se aplica a casos temporários
em que os recursos do hospital são inadequados para o uso de métodos mecânicos para o gerenciamento de um
fluxo de pacientes com doença infecciosa transmitida por via aérea, não para uso permanente.
O hospital possui um programa que aborda como gerenciar pacientes com infecções transmitidas pelo ar por
curtos períodos de tempo, quando salas de pressão negativa não estão disponíveis, bem como quando há um
grande fluxo de pacientes com infecções contagiosas. Nesses casos, os hospitais podem ajustar o fluxo de ar
para enfermarias ou unidades inteiras para criar uma ala ou unidade de pressão negativa durante um fluxo
de emergência. (Veja também PCI.12.2)
206
Prevenção e Controle de Infecções (PCI)
Prevenção e Controle de
com sede nos Estados Unidos e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (US Centers for
Disease Control and Prevention - CDC). Além disso, as organizações precisam se conectar com o departamento de
Infecções (PCI)
epidemiologia de seus órgãos públicos locais de saúde quando disponíveis.
É particularmente importante educar os profissionais sobre o reconhecimento precoce, incluindo aqueles
não clínicos que têm primeiro contato com os pacientes, como os profissionais de internação ou de registros.
Simplesmente saber que uma doença transmissível pode estar se espalhando não é suficiente. Se os profissionais
não forem treinados para reconhecer os sinais e sintomas e agir precocemente, a extensão da exposição e os
riscos de disseminação da infecção aumentam significativamente. O reconhecimento precoce é particularmente
importante no primeiro ponto de entrada do paciente no hospital, como o pronto-socorro ou os serviços externos.
Para responder efetivamente à apresentação de doenças transmissíveis globais, o hospital desenvolve um programa
para gerenciar essas possíveis emergências. O programa fornece processos para:
a. comunicação com as organizações participantes das atividades de vigilância mundial;
b. desenvolvimento e implementação de estratégias de segregação e isolamento; (Veja também ACC.1; O PCI.
12; e PCI. 12.1)
c. treinamento, incluindo demonstração, sobre o uso de equipamentos de proteção individual adequados para
as doenças infecciosas;
d. desenvolvimento e implementação de estratégias de comunicação;
e. identificação e atribuição de funções e responsabilidades dos profissionais; e
f. resposta a infecções emergentes ou reemergentes dentro da comunidade.
O programa é avaliado pelo menos anualmente para garantir a resposta adequada quando ocorre um evento
real. A avaliação envolve autoridades locais, regionais e/ou nacionais, quando aplicável; por exemplo, uma
simulação de resposta em toda a comunidade ou participação em uma pesquisa liderada pelas autoridades
nacionais de saúde pública. Se o hospital vivencia um evento real, ativa seu programa e depois faz adequadas
análises/discussões (debrifieng), isso representa o equivalente a uma avaliação anual. As análises/discussões após
uma avaliação anual ou evento real pode identificar processos vulneráveis que podem precisar ser reavaliados.
(Veja também FMS.11)
207
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão PCI. 13
Luvas, máscaras, proteção ocular, outros equipamentos de proteção, sabão e desinfetantes estão disponíveis e
usados corretamente quando necessário.
Propósito do PCI. 13
A higiene das mãos (como o uso de desinfetantes), técnicas de barreira (como o uso de equipamentos de proteção
individual) e agentes desinfetantes são ferramentas fundamentais para a prevenção e controle adequado de
infecções e, portanto, precisam estar disponíveis em qualquer local de cuidado em que possam ser necessários,
incluindo laboratórios, outras áreas onde as amostras são manuseadas e lavanderias. (Veja também IPSG.5;
Prevenção e Controle de
AOP.5.7; PCI.7; PCI.7.1; PCI.8.1; e PCI.9) O hospital identifica as situações em que equipamentos de proteção
individual, como máscaras, proteção ocular, aventais ou luvas são necessários e fornece treinamento em seu
Infecções (PCI)
uso correto. Por exemplo, usar luvas e uma máscara facial ao aspirar um paciente, ou usar luvas, avental,
protetor facial e máscara facial apropriada para pacientes isolados devido a uma doença transmissível. Sabão
líquido, desinfetantes e toalhas ou outros meios de secagem estão localizados nas áreas onde são necessários
procedimentos de lavagem de mãos e desinfecção das mãos. É importante seguir as orientações para garantir que
os dispensadores de sabão líquido sejam completa e devidamente limpos antes de reabastecer. Os profissionais
são educados em procedimentos adequados de lavagem das mãos, desinfecção das mãos e desinfecção superficial,
bem como uso adequado de equipamentos de proteção individual. Os pacientes e visitantes também são educados
sobre procedimentos adequados de desinfecção manual e quando são obrigados a usar equipamentos de proteção
individual; por exemplo, ao visitar um membro da família em isolamento de contato ou quando um paciente em
precaução aérea está sendo transportado através da organização. (Veja também PCI.12)
Padrão PCI. 14
O processo de prevenção e controle de infecções está integrado ao programa global do hospital para melhoria da
qualidade e segurança do paciente, utilizando medidas que são epidemiologicamente importantes para o hospital.
208
Prevenção e Controle de Infecções (PCI)
Propósito do PCI. 14
O hospital utiliza informações de medidas para melhorar as atividades de prevenção e controle de infecções e
reduzir as taxas de infecção associadas aos cuidados em saúde aos menores níveis possíveis. Um hospital pode usar
melhor dados de medição e informações, entendendo taxas e tendências semelhantes em outros hospitais similares
e contribuindo com dados para bancos de dados relacionados a infecções. Todos os departamentos/serviços
são obrigados a participar de prioridades do hospital relevantes para a medição e também selecionar medidas
para o departamento/serviço – prioridades específicas para o programa de prevenção e controle de infecções.
(Veja também GLD.4 e GLD.11) Os dados de monitoramento incluem taxas de infecção de benchmarking,
internamente, e com organizações externas e/ou bancos de dados.
Prevenção e Controle de
3. O hospital utiliza dados de monitoramento para avaliar e apoiar melhorias no programa de prevenção e
controle de infecções, pelo menos anualmente.
Infecções (PCI)
4. Os dados de monitoramento incluem taxas de infecção de benchmarking.
5. O programa de prevenção e controle de infecções documenta dados de monitoramento e fornece
relatórios de análise de dados à liderança trimestralmente.
Padrão PCI. 15
O hospital oferece educação sobre práticas de prevenção e controle de infecções a profissionais, médicos,
pacientes, familiares e outros cuidadores quando indicado pelo seu envolvimento no cuidado.
Propósito do PCI. 15
Para que um hospital tenha um programa eficaz de prevenção e controle de infecções, deve educar os profissionais
sobre o programa quando começarem a trabalhar no hospital. (Veja também SQE.7) Além disso, os profissionais
recebem educação e treinamento contínuos relacionados às tendências emergentes de prevenção e controle de
infecções. (Veja também SQE.8) O programa de educação inclui profissionais, equipe de apoio clínico e não
clínico, pacientes e familiares, e até fornecedores e outros visitantes. Pacientes e familiares são incentivados a
participar da implementação e utilização de práticas de prevenção e controle de infecções no hospital.
A educação é fornecida como parte da orientação de todos os novos profissionais e é atualizada periodicamente,
ou pelo menos quando há uma mudança nas políticas, procedimentos e práticas que orientam o programa de
prevenção e controle de infecções do hospital.
209
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Prevenção e Controle de
Infecções (PCI)
212
Governança, Liderança
e Direção (GLD)
Visão geral
Prestar um excelente cuidado ao paciente requer uma liderança eficaz. A liderança efetiva começa com a
compreensão das diversas responsabilidades e autoridade dos indivíduos na organização e como esses indivíduos
trabalham juntos. Aqueles que governam, gerenciam e lideram uma organização têm autoridade
e responsabilidade. Coletivamente e individualmente, são responsáveis pelo cumprimento das leis e regulamentos
e pelo cuidado da responsabilidade da organização com a população atendida.
Com o tempo, a liderança eficaz ajuda a superar barreiras percebidas e problemas de comunicação entre
departamentos e serviços na organização, e a organização se torna mais eficiente e eficaz. Os serviços se tornam
cada vez mais integrados. Em particular, a integração de todas as atividades de gerenciamento e melhoria da
qualidade em toda a organização resulta em melhores resultados para os pacientes.
Nota: Em todos os padrões de GLD, o termo líderes é usado para indicar que um ou mais indivíduos são
responsáveis pelas expectativas encontradas no padrão. A liderança é usada para indicar que um grupo de líderes
é coletivamente responsável pelas expectativas encontradas na norma.
Os padrões deste capítulo são agrupados usando a seguinte hierarquia de liderança (e ilustrado na figura abaixo):
Governança, Liderança
Nível I: GLD. 1 – GLD. 1.2
e Direção (GLD)
Governança
GLD.12 – GLD.19
Cultura de Segurança
Ética
Educação de Profissionais de Saúde
Pesquisa Clínica
213
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Nível I: Governança
A governança refere-se à entidade de governo do hospital e pode existir em muitas configurações. Por exemplo,
a entidade de governo pode ser um grupo de indivíduos (como um conselho comunitário), um ou mais
proprietários individuais, ou no caso de hospitais públicos, o Ministério da Saúde. Qualquer indivíduo ou grupo
responsável pelos requisitos encontrados no GLD.1.1 é considerado a entidade de governo do hospital. Outros
padrões que incluem os requisitos e expectativas da entidade de governo são GLD.1 e GLD.1.2.
O mais alto executivo do hospital, comumente chamado de Diretor Geral, é um cargo ocupado por um ou mais
indivíduos selecionados pela entidade de governo para gerenciar a organização no dia-a-dia. Esta posição é mais
comumente ocupada por um médico, um administrador, ou ambos trabalhando juntos. Nos centros médicos
acadêmicos, o reitor da faculdade de medicina pode estar neste nível executivo no hospital. O GLD.2 descreve as
responsabilidades e expectativas do Diretor Geral.
Os padrões atribuem à liderança do hospital uma variedade de responsabilidades destinadas a orientar o hospital
de forma colaborativa no cumprimento de sua missão. Na maioria das vezes, a liderança do hospital consiste em
um diretor médico representando o corpo médico do hospital, um diretor de enfermagem representando todos
os níveis de enfermagem, administradores seniores e quaisquer outros indivíduos que o hospital seleciona, como
um diretor de qualidade ou vice-presidente de recursos humanos. Em hospitais maiores, com diferentes estruturas
organizacionais, como divisões, a liderança do hospital pode incluir os líderes dessas divisões. Cada hospital
Governança, Liderança
identifica a liderança do hospital, e os padrões GLD.3 até o GLD.7.1 descrevem as responsabilidades desse grupo.
e Direção (GLD)
Nota: O GLD.8 descreve as responsabilidades dos dirigentes dos serviços clínicos; no entanto, eles podem ser
formalmente ou informalmente organizados. Nos centros médicos acadêmicos, o líder da educação médica e líder
de pesquisa clínica podem fazer parte da liderança do hospital.
Para uma prestação diária efetiva e eficiente dos serviços clínicos e do gerenciamento da organização, os hospitais
são mais frequentemente divididos em subgrupos coesos, como departamentos, serviços ou unidades, cada
um sob a direção de um(s) chefe de departamento/serviço. Os padrões GLD.8 até o GLD.11.2 descrevem as
expectativas desses líderes de departamento/serviço. Normalmente, os subgrupos consistem em departamentos
clínicos como medicina, cirurgia, obstetrícia, pediatria, entre outros; um ou mais subgrupos de enfermagem;
serviços de diagnóstico ou departamentos como radiologia e laboratório clínico; serviços de farmácia, tanto
centralizados quanto distribuídos por todo o hospital; e serviços auxiliares como transporte, serviço social,
finanças, compras, gerenciamento das instalações e recursos humanos, entre outros. A maioria dos hospitais
maiores também tem gestores dentro desses subgrupos. Por exemplo, a enfermagem pode ter um gestor do centro
cirúrgico e um para serviços externos, o departamento de medicina pode ter gestores de cada unidade clínica
do paciente e o escritório de operações do hospital pode ter gestores para as diferentes funções de negócio, como
controle de leitos, faturamento e compras, entre outros.
Finalmente, há requisitos no capítulo GLD que tocam em todos os níveis descritos acima. Esses requisitos são
encontrados no GLD.12 até o GLD.19 e incluem a cultura de segurança, ética e educação e pesquisa profissional
em saúde, quando presentes.
214
Governança, Liderança e Direção (GLD)
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro documento
escrito para processos específicos. Esses padrões são indicadas por um ícone após o texto padrão.
Padrões
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
Governança do Hospital
GLD.1 A estrutura e a autoridade da entidade de governo do hospital são descritas em estatutos, políticas e
procedimentos, ou documentos similares.
GLD. 1.1 As responsabilidades operacionais e as responsabilidades da entidade de governo estão
descritas em documento escrito.
GLD. 1.2 A entidade de governo aprova o programa de qualidade e segurança do paciente do
hospital e recebe e atua regularmente sobre os relatórios do programa de qualidade e
segurança do paciente.
Governança, Liderança
GLD. 3.3 A liderança do hospital garante que existam programas uniformes para o recrutamen-
e Direção (GLD)
to, retenção, desenvolvimento e educação continuada de todos os profissionais.
215
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
cultura de práticas éticas e a tomada de decisão para garantir que o cuidado ao paciente seja prestado
e Direção (GLD)
dentro de normas empresariais, financeiras, éticas e legais e proteja os pacientes e seus direitos.
GLD. 12.1 A estrutura do hospital para o gerenciamento ético aborda questões operacionais
e comerciais, incluindo marketing, admissões, transferência, alta e divulgação de
propriedade e quaisquer conflitos comerciais e profissionais que possam não ser do
interesse dos pacientes.
GLD. 12.2 A estrutura de gerenciamento ético do hospital aborda questões éticas e a tomada de
decisão na prestação de cuidados clínicos.
GLD.13 A liderança do hospital cria e apoia um programa de cultura de segurança em todo o hospital.
GLD. 13.1 A liderança do hospital implementa, monitora e toma medidas para melhorar o
programa de uma cultura de segurança em todo o hospital.
216
Governança, Liderança e Direção (GLD)
GLD.17 Pacientes e familiares são informados sobre como os pacientes que optam por participar de pesquisas
clínicas, investigações clínicas ou ensaios clínicos são protegidos.
GLD.18 O consentimento informado é obtido antes de um paciente participar de pesquisas clínicas,
investigações clínicas ou ensaios clínicos.
GLD.19 O hospital possui um comitê ou outra maneira de supervisionar todas as pesquisas no hospital
envolvendo seres humanos.
Governança do Hospital
Padrão GLD.1
A estrutura e a autoridade da entidade de governo do hospital são descritas em estatutos, políticas e
procedimentos, ou documentos similares.
Propósito de GLD.1
Há uma entidade de governo, por exemplo, um grupo de indivíduos (como um conselho de administração
ou um conselho comunitário), um ou mais proprietários individuais, ou no caso de muitos hospitais públicos,
o Ministério da Saúde , que é responsável por supervisionar as operações do hospital e pelos serviços de saúde
Governança, Liderança
prestados pelo hospital. Esta entidade de governo é responsável pelos requisitos encontrados no GLD.1.1.
A estrutura e a autoridade desta entidade são descritas em estatutos, políticas e procedimentos ou documentos
e Direção (GLD)
similares que identificam como devem ser realizados.
Há uma avaliação anual da entidade de governo. A avaliação anual pode ser simples; por exemplo, três ou
quatro questões relacionadas com o cumprimento ou não de suas responsabilidades, como as descritas no
GLD.1.1 — aprovando a missão, os planos estratégicos e operacionais, o orçamento e assim por diante. Uma
avaliação online pode ser desenvolvida ou as perguntas podem ser enviadas por e-mail ou por correio postal
para os membros da entidade de governo.
Quando o hospital é uma das muitas organizações que se reportam a uma entidade de governo, como no
caso de alguns Ministérios da Saúde, que servem como entidade de governo, obter resultados da avaliação
anual pode ser um desafio. Nestas circunstâncias, o hospital faz um esforço crível para obter as respostas
e ações necessárias da entidade de governo. Um esforço crível é caracterizado por múltiplas tentativas, por
vários métodos (por exemplo, telefone, e-mail e/ou carta) com documentação das tentativas e resultados das
comunicações. (Veja também GLD.1.2)
A entidade de governo do hospital é representada ou descrita em um organograma ou outro documento que
mostre linhas de autoridades e responsabilidades.
217
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão GLD.1.1
As responsabilidades operacionais e as responsabilidades da entidade de governo estão descritas em um(s)
documento escrito.
Propósito de GLD.1.1
As responsabilidades da entidade de governo são descritas em um documento escrito que identifica como elas
devem ser realizadas. Para que o hospital tenha uma liderança clara, opere de forma eficiente e ofereça serviços de
saúde de alta qualidade, a entidade de governo deve cumprir suas responsabilidades. Essas responsabilidades estão
principalmente no nível de aprovação e incluem:
• aprovar e revisar periodicamente a missão do hospital e garantir que o público esteja ciente da missão;
• aprovação dos diversos planos estratégicos e operacionais do hospital e das políticas e procedimentos
necessários para operar o hospital diariamente;
• aprovação da participação do hospital na formação profissional em saúde e na avaliação e na supervisão da
qualidade desses programas; (Veja também GLD.14 e GLD.15)
• aprovação ou disponibilização de um orçamento operacional e financeiro e outros recursos necessários para
operar o hospital e para atender à missão e ao plano estratégico; (Veja também COP. 8; PCI.3; GLD.9;
e FMS.1) e
• nomear ou aprovar o Diretor Geral do hospital e providenciar uma avaliação anual do desempenho do
indivíduo, que está documentado.
Padrão GLD.1.2
A entidade de governo aprova o programa de qualidade e segurança do paciente do hospital e recebe e atua
regularmente sobre os relatórios do programa de qualidade e segurança do paciente.
Propósito de GLD.1.2
A entidade de governo aprova ou prevê todos os programas e políticas do hospital e aloca recursos para atender a
missão do hospital. Uma responsabilidade importante é cumprir todas as responsabilidades de forma a apoiar a
melhoria contínua da qualidade e da segurança do paciente. Esse importante investimento em qualidade precisa
ser planejado, fornecidos recursos adequados e monitorado para o progresso. Assim, a entidade de governo aprova
anualmente o programa de qualidade e, regularmente, recebe relatórios de qualidade. Os relatórios podem ser de
natureza global ou se concentrar em um determinado serviço clínico, um grupo de pacientes ou algum aspecto
operacional. Portanto, ao longo de um período de tempo, todos os aspectos do programa de qualidade, incluindo
eventos adversos e eventos sentinelas, são apresentados à entidade de governo para sua ciência e discussão. (Veja
também QPS.4.1) Quando a discussão resulta em ações, como alocação de recursos adicionais, essas ações são
registradas em ata e são reexaminadas em uma futura reunião.
Obter revisão e ação sobre relatórios do programa de qualidade e segurança do paciente da entidade de governo
pode ser um desafio para alguns hospitais, particularmente aqueles que são uma das muitas organizações que se
218
Governança, Liderança e Direção (GLD)
reportam a uma entidade de governo, como um Ministério da Saúde. Se a entidade de governo continuar sem
resposta, o hospital faz um esforço crível para contatá-los. Um esforço crível inclui entrar em contato com a
entidade de governo várias vezes, por vários métodos, e documentar as tentativas/resultados das comunicações.
(Veja também GLD.1)
Padrão GLD.2
Um Diretor Geral é responsável por operar o hospital e cumprir as leis e regulamentos aplicáveis.
Propósito de GLD.2
Uma liderança eficaz é essencial para que um hospital seja capaz de operar de forma eficiente e cumprir sua
missão. Liderança é o que os indivíduos fornecem em conjunto e individualmente ao hospital e podem ser
realizados por qualquer número de indivíduos.
O Diretor Geral é responsável pelas operações gerais do dia-a-dia do hospital. Isso inclui a aquisição e inventário
de suprimentos essenciais, manutenção das instalações físicas, gerenciamento financeiro, gerenciamento da
Governança, Liderança
qualidade e outras responsabilidades. A formação e a experiência do(s) indivíduo(s) correspondem aos requisitos
e Direção (GLD)
na descrição da função. O Diretor Geral coopera com a liderança do hospital para definir a missão do hospital
e planejar as políticas, procedimentos e serviços clínicos relacionados a essa missão. Quando aprovado pela
entidade de governo, o Diretor Geral é responsável por implementar todas as políticas e garantir que sejam
cumpridas pela equipe do hospital.
O Diretor Geral é responsável pelo hospital no
• cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis;
• resposta a quaisquer relatórios de agências de fiscalização e agências de governos; (Veja também PCI. 1 e
FMS.1) e
• processos para gerenciar e controlar recursos humanos, financeiros e outros.
219
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão GLD.3
A liderança do hospital é identificada e é coletivamente responsável por definir a missão do hospital e criar os
programas e políticas necessários para cumprir a missão.
Propósito de GLD.3
A liderança do hospital vem de muitas fontes. A entidade de governo nomeia o Diretor Geral. O Diretor
Geral pode nomear outros para a liderança do hospital. A liderança do hospital pode ter títulos formais, como
Diretor Médico ou Diretor de Enfermagem, pode ser líder de departamentos ou serviços clínicos ou não
clínicos, ou pode ser informalmente reconhecida por tempo de casa, reconhecimento ou contribuição para o
hospital. É importante que a liderança do hospital seja reconhecida e participe do processo de definição dos
valores e da missão do hospital. Com base nessa missão, a liderança do hospital trabalha de forma coletiva
e colaborativa para desenvolver os programas, políticas e serviços necessários ao cumprimento da missão.
Quando a missão e a estrutura política são definidas por proprietários ou agências fora do hospital, a liderança
do hospital trabalha de forma colaborativa para realizar a missão e as políticas.
Padrão GLD.3.1
A liderança do hospital identifica e planeja o tipo de serviços clínicos necessários para atender às necessidades dos
pacientes atendidos pelo hospital.
Propósito de GLD.3.1
Os serviços de cuidado ao paciente são planejados e projetados para atender às necessidades da população de
pacientes. Os cuidados e serviços a serem prestados estão documentados e são consistentes com a missão do
hospital. A liderança do hospital determina junto aos dirigentes dos diversos departamentos clínicos e serviços
do hospital, os serviços diagnósticos, terapêuticos, de reabilitação e outros essenciais à população de pacientes.
A liderança do hospital também planeja com os dirigentes do departamento/serviço o escopo e a prestação dos
diversos serviços a serem prestados pelo hospital, direta ou indiretamente. Quando aplicável à missão, a liderança
do hospital planeja e participa com a comunidade, hospitais locais e outros no atendimento das necessidades de
cuidados de saúde da comunidade. Os serviços planejados refletem o planejamento estratégico do hospital e a
perspectiva dos pacientes atendidos pelo hospital. (Veja também ACC.2)
O planejamento dos serviços de cuidado ao paciente também envolve a liderança do hospital definindo suas
comunidades e populações de pacientes, identificando necessidades comunitárias de serviços e planejando
a comunicação contínua com esses principais grupos de participantes/partes interessadas da comunidade
(stakeholder groups). (Veja também PCC.1 e MOI.1) As comunicações podem ser diretamente para indivíduos ou
através de meios de comunicação pública e através de agências dentro da comunidade ou terceiros. Os tipos de
informações comunicadas incluem:
220
Governança, Liderança e Direção (GLD)
Padrão GLD.3.2
A liderança do hospital garante uma comunicação eficaz em todo o hospital.
Propósito de GLD.3.2
A comunicação eficaz dentro de um hospital é responsabilidade da liderança do hospital. Assim, a liderança do hos-
pital entende a dinâmica de comunicação entre grupos profissionais; por exemplo, entre unidades estruturais, como
departamentos; entre grupos profissionais e não profissionais; entre os profissionais de saúde e a administração; entre
profissionais de saúde e famílias e entre profissionais de saúde e organizações externas. A liderança do hospital não
apenas define os parâmetros de uma comunicação eficaz, mas os líderes também servem como modelos para a co-
Governança, Liderança
municação eficaz da missão, estratégias, planos e outras informações relevantes do hospital. A liderança do hospital
presta atenção à exatidão e à pontualidade das informações compartilhadas e comunicadas em todo o hospital.
e Direção (GLD)
Para coordenar e integrar o cuidado ao paciente, a liderança do hospital desenvolve uma cultura que enfatiza
a cooperação e a comunicação. São utilizados métodos formais (por exemplo, comitês permanentes, equipes
conjuntas) e informais (por exemplo, boletins informativos e cartazes) para promover a comunicação entre
serviços e profissionais individualmente. A coordenação dos serviços clínicos vem da compreensão da missão e
dos serviços de cada departamento e da colaboração no desenvolvimento de políticas e procedimentos comuns.
(Veja também MOI.1)
Padrão GLD.3.3
A liderança do hospital garante que existam programas uniformes para o recrutamento, retenção,
desenvolvimento e educação continuada de todos os profissionais.
221
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Propósito de GLD.3.3
A capacidade de um hospital de cuidar dos pacientes está diretamente relacionada à sua capacidade de
atrair e reter profissionais qualificados e competentes. A liderança do hospital reconhece que a retenção de
profissionais, em vez de recrutamento, proporciona maior benefício a longo prazo. A retenção é aumentada
quando a liderança do hospital apoia o progresso da equipe através da educação continuada. Assim, a liderança
do hospital planeja e implementa um programa uniforme e processos relacionados ao recrutamento, retenção,
desenvolvimento e educação continuada para cada categoria de profissionais. (Veja também SQE.2 e SQE.8)
O programa de recrutamento do hospital considera diretrizes publicadas, como as da Organização Mundial da
Saúde, Conselho Internacional de Enfermeiros (International Council of Nurses) e Associação Médica Mundial
(World Medical Association).
Padrão GLD.4
A liderança do hospital planeja, desenvolve e implementa um programa de melhoria da qualidade e segurança do
paciente.
Padrão GLD.4.1
Governança, Liderança
e Direção (GLD)
222
Governança, Liderança e Direção (GLD)
A liderança do hospital também é responsável por verificar que pelo menos relatórios trimestrais de qualidade
são preparados para a revisão e discussão com a entidade de governo e para verificar se as ações da entidade de
governo relacionadas aos relatórios do programa de qualidade estão sendo realizadas. (Veja também QPS.8) Além
disso, pelo menos trimestralmente, o relatório de qualidade para a entidade de governo inclui:
• o número e o tipo de eventos sentinelas e causas raízes associadas; (Veja também QPS.7)
• se os pacientes e familiares foram informados do evento;
• ações tomadas para melhorar a segurança em resposta aos eventos; e
• se as melhorias foram mantidas.
A comunicação regular das informações sobre a melhoria da qualidade e o programa de segurança do paciente aos
profissionais é essencial. Esse fluxo de comunicação de qualidade é feito através de canais eficazes, como boletins
informativos, painéis informativos, reuniões de equipe e processos de informação via recursos humanos. As
informações podem ser sobre projetos de melhoria novos ou recentemente concluídos, avanços no cumprimento
das Metas Internacionais de Segurança do Paciente (IPSGs), os resultados da análise de eventos sentinela e outros
eventos adversos, ou avaliações recentes ou programas de benchmarking, entre outros. (Veja também QPS.1)
Governança, Liderança
1. A lliderança do hospital informa o programa de qualidade e segurança do paciente, pelo menos
trimestralmente, à entidade de governo.
e Direção (GLD)
2. Os relatórios da liderança do hospital enviados para a entidade de governo, pelo menos trimestralmente,
incluem o número e o tipo de eventos sentinelas e causas raízes, se os pacientes e familiares foram
informados do evento sentinela, ações tomadas para melhorar a segurança em resposta aos eventos
sentinela e se as melhorias foram sustentadas.
3. A liderança do hospital comunica regularmente informações sobre a melhoria da qualidade e o programa
de segurança do paciente para os profissionais, incluindo o progresso no cumprimento das Metas
Internacionais de Segurança do Paciente.
Padrão GLD.5
O Diretor Geral e a liderança do hospital priorizam quais processos do hospital serão medidos, quais atividades
de melhoria do hospital e segurança do paciente serão implementadas e como o sucesso desses esforços do hospital
será medido.
Propósito de GLD.5
Devido a limitações de pessoal e recursos, nem todos os processos dentro de um hospital podem ser medidos e
melhorados ao mesmo tempo. Assim, a principal responsabilidade do Diretor Geral e da liderança do hospital
é definir prioridades de medição e melhoria do hospital. São esforços de medição e melhoria que impactam
ou refletem atividades em vários departamentos e serviços. O Diretor Geral e a liderança do hospital dão foco
às atividades de medição e melhoria da qualidade do hospital, incluindo medição e atividades relativas ao
223
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
cumprimento das Metas Internacionais de Segurança do Paciente (IPSGs); ou exemplo, medir a eficácia da
identificação do paciente processos para o IPSG.1 ou monitorar o processo de relato de resultados críticos de
exames diagnósticos, conforme observado no IPSG.2.1. As prioridades podem focar no alcance de objetivos
estratégicos; por exemplo, para se tornar o principal centro regional de referência para pacientes com câncer.
Da mesma forma, o Diretor Geral e a liderança do hospital podem dar prioridade a projetos que aumentem a
eficiência, reduzam as taxas de reinternação, eliminem problemas de fluxo de pacientes no pronto-socorro ou
criem um processo de monitoramento da qualidade dos serviços prestados pelos fornecedores de serviços.
O Diretor Geral e a liderança do hospital consideram prioridades em nível de sistema para difundir o impacto das
melhorias em todo o hospital; por exemplo, melhorar o sistema de gerenciamento de medicamentos do hospital.
O processo de definição de prioridades inclui a consideração dos dados disponíveis sobre quais sistemas e processos
demonstram a maior variação na implementação e nos resultados. O Diretor Geral e da liderança do hospital
garantem que, quando presentes, os programas de pesquisa clínica e educação médica estejam entre as prioridades.
O Diretor Geral e a liderança do hospital também avaliam o impacto das melhorias. Medir a melhoria e a
eficiência de um processo clínico complexo e/ou identificar reduções no custo e uso de recursos após a melhoria
em um processo, são exemplos. (Veja também QPS.5) Medir o impacto de uma melhoria apoia a compreensão
dos custos relativos para investir em qualidade e os retornos humanos, financeiros e outros retornos sobre esse
investimento. O Diretor Geral e a liderança do hospital apoiam a criação de ferramentas simples para quantificar
o uso de recursos do processo antigo e para avaliar um processo novo. Compreender tanto o impacto de uma
melhora no desfecho do paciente quanto o custo relativo e a eficiência dos processos resultantes, contribui para
uma melhor definição de prioridade no futuro, tanto em nível organizacional quanto em nível de departamental/
serviço. Quando essas informações são combinadas em todo o hospital, o Diretor Geral e a liderança do hospital
podem entender melhor como alocar recursos de qualidade e segurança do paciente disponíveis. (Veja também
QPS.2; QPS.4.1; PCI.5; PCI.5.1; FMS.3; e GLD.11)
3. As prioridades do Diretor Geral e d liderança do hospital incluem o cumprimento integral das Metas
Internacionais de Segurança do Paciente.
e Direção (GLD)
4. O Diretor Geral e a liderança do hospital avaliam o impacto das melhorias na eficiência e uso de recursos
no hospital e nos departamentais/serviços.
Padrão GLD.6
A liderança do hospital é responsável pela revisão, seleção e acompanhamento de contratos clínicos e não clínicos e
inspeciona o cumprimento dos serviços contratados, conforme necessário.
Propósito de GLD.6
Os hospitais têm frequentemente a opção de prestar serviços clínicos e administrativos diretamente ou
providenciar tais serviços por meio de encaminhamento, consulta, acordos contratuais ou outros acordos. Esses
serviços podem variar desde serviços de radiologia e diagnóstico por imagem até serviços de contabilidade
financeira, de limpeza, alimentos ou roupas de cama. A liderança do hospital descreve, por escrito, a natureza e o
escopo dos serviços prestados por meio de acordos contratuais.
Quando os contratos dizem respeito à equipe de profissionais de saúde, por exemplo, um contrato para enfermeiros
de cuidados intensivos, os contratos estipulam que os profissionais selecionados atendem à exigência do hospital
224
Governança, Liderança e Direção (GLD)
para profissionais similares. (Veja também SQE.7; SQE.14; e SQE.15) Em todos os casos, a liderança do hospital é
responsável por tais contratos ou outros arranjos para garantir que os serviços atendam às necessidades dos pacientes
e sejam incluídos como parte das atividades de gerenciamento e melhoria da qualidade do hospital. Os líderes de
departamento/serviço participam da revisão e seleção de todos os contratos clínicos e não clínicos e são responsáveis
pelo acompanhamento desses contratos. (Veja também AOP.6.6; ASC.1; ASC.2; QPS.6; e MOI.11)
Padrão GLD.6.1
A liderança do hospital garante que os contratos e outros arranjos sejam incluídos como parte do programa de
melhoria da qualidade do hospital e segurança do paciente.
Propósito de GLD.6.1
A qualidade e a segurança do cuidado ao paciente exigem avaliação de todos os serviços prestados pelo
hospital ou prestados por meio de serviços contratados. Assim, o hospital precisa receber, analisar e atuar com
informações de qualidade dessas fontes externas. O contrato de serviço com a fonte externa inclui as expectativas
Governança, Liderança
de qualidade e segurança do paciente e os dados que devem ser fornecidos ao hospital, sua frequência e seu
e Direção (GLD)
formato. Os dirigentes de departamento/serviço recebem e atuam em relatórios de qualidade de agências
contratantes que se relacionam com o escopo dos serviços prestados em seu departamento/serviço e garantem
que os relatórios sejam integrados ao processo de medição da qualidade do hospital. (Veja também AOP.5.10;
AOP.5.10.1; AOP.6.6; e MOI.11)
Padrão GLD.6.2
A liderança do hospital garante que profissionais de saúde licenciados e profissionais independentes, não
empregados pelo hospital, tenham as credenciais corretas e sejam competentes e/ou tenham os privilégios para os
serviços prestados aos pacientes do hospital.
225
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Propósito de GLD.6.2
Os líderes clínicos podem recomendar contratos ou providenciar serviços de médicos, dentistas e outros
profissionais independentes, bem como outros profissionais de saúde licenciados de fora do hospital (por exemplo,
serviços de diagnóstico, como interpretações patológicas ou de eletrocardiogramas, equipe de enfermagem,
farmacêuticos ou outros profissionais licenciados) ou providenciar que eles venham ao hospital para prestar
serviços (por exemplo, contratando um cardiologista intervencionista para fazer uma angiografia diagnóstica).
Os serviços prestados por profissionais de saúde independentes também podem incluir telemedicina ou
telerradiologia. Em alguns casos, esses indivíduos podem estar localizados fora da região ou país do hospital.
Por vezes, os profissionais independentes podem ser acompanhados por profissionais que se reportam a eles e
que não fazem parte do hospital. Qualquer equipe de suporte que acompanhe os profissionais independentes e
forneça cuidados e serviços no hospital devem estar em conformidade com os requisitos para verificação da fonte
primária. (Veja também SQE.13 e SQE.15)
Se os serviços prestados determinarem a escolha do cuidado ou o curso do cuidado ao paciente, o profissional
deverá se submeter aos processos de credenciamento e de concessão de privilégios do hospital. (Veja também
SQE.9 a SQE.12)
5. A qualidade dos serviços prestados por profissionais independentes de fora do hospital, é monitorada
e Direção (GLD)
Padrão GLD.7
A liderança do hospital toma decisões relacionadas à compra ou uso de recursos — humanos e técnicos — com a
compreensão das implicações de qualidade e segurança dessas decisões.
Propósito de GLD.7
A liderança do hospital melhora a tomada de decisões quando eles têm dados sobre como basear essas decisões.
Por exemplo, quando o hospital precisa substituir ou adicionar bombas de infusão, informações sobre os
requisitos de manutenção, treinamento ou requisitos de retreinamento de profissionais, informações sobre taxas
de falha prévias e incidentes de segurança do paciente, preferências de profissionais, problemas de alarme, entre
outros, resultará em decisões baseadas mais na qualidade e segurança do paciente do que apenas no custo.
Da mesma forma, ao tomar decisões sobre a redução ou redesignação da equipe de enfermagem, é preciso
226
Governança, Liderança e Direção (GLD)
considerar as implicações para a qualidade do cuidado ao paciente e a segurança do paciente para tomar a decisão.
(Veja também SQE.6) A liderança do hospital desenvolve um processo para coletar dados e informações para
decisões importantes de compra de recursos para garantir que incluam um componente de segurança e de alta
diligência. (Veja também GLD.7.1.)
Um componente da coleta de dados relacionados às decisões de recursos é entender os equipamentos médicos,
suprimentos e medicamentos necessários para prestar um serviço. Recomendações sobre equipamentos médicos,
suprimentos e medicamentos podem vir de uma agência de governo, organizações profissionais nacionais ou
internacionais, ou outras fontes autoritárias. (Veja também QPS.3)
Um recurso importante para os hospitais é o investimento em tecnologia da informação em saúde (TI). A TI
da saúde abrange uma ampla variedade de tecnologias que incluem métodos para documentar e compartilhar
informações de pacientes, como com prontuários eletrônicos. Além disso, a TI da saúde inclui métodos de
armazenamento e análise de dados, comunicação de informações entre os profissionais de saúde para melhor
coordenar o cuidado e receber informações para ajudar a diagnosticar doenças e fornecer um cuidado mais seguro
ao paciente. A implementação bem-sucedida dos recursos de TI em saúde requer a direção, o apoio e a supervisão
da liderança do hospital. (Veja também MOI.11) Quando as decisões de recursos são tomadas por terceiros, por
exemplo, um Ministério da Saúde, a liderança do hospital fornece dados e informações ao terceiro sobre suas
experiências e preferências para melhor subsidiar as escolhas futuras de recursos.
Quando um hospital usa o que é identificado como equipamento médico “experimental” e/ou de agentes
farmacêuticos em procedimentos de cuidado ao paciente (ou seja, equipamentos médicos ou agentes identificados
como “experimentais” nacional ou internacionalmente), há um processo para revisão e aprovação desse uso. (Veja
também GLD.19) É essencial que tal aprovação ocorra antes do uso no cuidado ao paciente. Uma determinação é
feita se o consentimento especial do paciente for necessário. (Veja também PCC.4.2; COP.8; e SQE.11)
Governança, Liderança
autoridades na tomada de decisões de recursos.
e Direção (GLD)
4. A liderança do hospital fornece direção, suporte e supervisão dos recursos de tecnologia da informação
5. A liderança do hospital fornece direção, apoio e supervisão ao programa de gerenciamento de
emergências e desastres.
6. A liderança do hospital monitora os resultados de suas decisões e utiliza os dados para avaliar e melhorar
a qualidade de suas decisões de compra e alocação de recursos.
Padrão GLD.7.1
A liderança do hospital busca e usa dados e informações sobre a segurança da cadeia de suprimentos para proteger
pacientes e profissionais de suprimentos instáveis, contaminados, defeituosos e falsificados.
Propósito de GLD.7.1
O gerenciamento da cadeia de suprimentos é fundamental para garantir a segurança e a qualidade dos
suprimentos do hospital. A cadeia de suprimentos inclui as etapas desde a aquisição até a entrega de suprimentos
ao hospital. A variedade e a quantidade de suprimentos que os hospitais utilizam são vastas, assim o hospital
pode gerenciar muitas cadeias de suprimentos. Devido a limitações de pessoal e recursos, nem toda cadeia de
suprimentos pode ser rastreada e avaliada ao mesmo tempo. Portanto, os hospitais identificam os medicamentos,
suprimentos médicos e dispositivos médicos que correm o maior risco de perder a estabilidade, se contaminar,
ficar defeituoso ou ser substituído por um produto falsificado ou imitação.
227
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Para esses suprimentos de maior risco, o hospital identifica os passos nas cadeias de fornecimento. Embora essas
informações possam não estar completas e possam ser difíceis de agregar, o hospital, no mínimo, decide onde
residem os riscos significativos. Por exemplo, um fluxograma pode ser usado para ajudar a mapear cada passo, ou
ponto, na cadeia de suprimentos para um determinado fornecimento. Os pontos no fluxograma provavelmente
incluiriam o fabricante, as instalações do armazém, o fornecedor, a empresa de transporte, e assim por diante.
O hospital pode indicar pontos no fluxograma que identificou como um risco significativo. Por exemplo,
um hospital identificou a insulina como um medicamento de maior risco para a organização e desenvolve um
fluxograma que mostra cada passo na cadeia de suprimentos. O hospital identifica pontos como o fabricante de
insulina, fornecedor, armazenagem e expedição, e determina que elementos importantes, como a conformidade
regulatória do fabricante, controle de temperatura e monitoramento nos armazéns e limitação da distância de
viagem entre os pontos da cadeia são levados em conta. No entanto, ao analisar os potenciais riscos na cadeia
de suprimentos, o hospital descobre que o fornecedor contratou recentemente uma empresa de transporte
cujos serviços foram insatisfatórios, incluindo a ocorrência de entregas atrasadas no hospital e documentação
inconsistente para monitoramento de temperatura durante a viagem. Após avaliar a situação, o hospital pode
identificar isso como um risco significativo nessa cadeia de fornecimento. A liderança do hospital toma decisões
sobre mudanças nas cadeias de suprimentos e define prioridades para as decisões de compra, com base na
compreensão dos pontos de risco nas cadeias de suprimentos. (Veja também GLD.6 e GLD.7)
O gerenciamento da cadeia de suprimentos não se trata apenas de uma avaliação prospectiva de suprimentos que
estão em alto risco, mas também inclui rastreamento retrospectivo de suprimentos após a entrada no hospital.
O hospital tem um processo para identificar medicamentos, suprimentos médicos e dispositivos médicos que
são instáveis, contaminados, defeituosos ou falsificados e rastreá-los até o hospital para determinar a origem ou a
causa do problema, se possível. (Veja também ASC.7.4) Quando aplicável, o hospital notifica o fabricante e/ou o
distribuidor, quando suprimentos instáveis, contaminados, defeituosos ou falsificados são identificados por meio
de rastreamento retrospectivo.
Quando os materiais do hospital são comprados, armazenados e distribuídos por uma autoridade governamental,
o hospital participa de programas para detectar e relatar suspeitas de insumos instáveis, contaminados, defeituosos
e falsificados e tomar medidas para evitar possíveis danos aos pacientes. Embora um hospital público possa
não conhecer a integridade de cada fornecedor da cadeia, ele pode se conscientizar de como os suprimentos são
comprados e gerenciados pela agência governamental ou não governamental.
1. A liderança do hospital delineia as etapas nas cadeias de fornecimento para suprimentos definidos como
e Direção (GLD)
de maior risco.
2. A liderança do hospital identifica quaisquer pontos de risco significativos nas etapas das cadeias de
suprimentos.
3. A liderança do hospital toma decisões de recursos com base em sua compreensão dos pontos de risco nas
cadeias de suprimentos.
4. O hospital tem um processo para realizar rastreamento retrospectivo de suprimentos considerados
instáveis, contaminados, defeituosos ou falsificados.
5. O hospital notifica o fabricante e/ou distribuidor quando forem identificados suprimentos instáveis,
contaminados, defeituosos ou falsificados.
Padrão GLD.8
Os médicos, enfermeiros e outros líderes de departamentos e serviços clínicos planejam e implementam uma
estrutura de corpo profissional para apoiar suas responsabilidades e autoridade.
228
Governança, Liderança e Direção (GLD)
Propósito de GLD.8
Médicos, enfermagem e outros líderes de departamentos e serviços clínicos têm responsabilidades especiais para
com os pacientes e para com o hospital. Esses líderes de departamento/serviço:
• apoiam uma boa comunicação entre os profissionais;
• planejam e desenvolvem políticas conjuntas, diretrizes clínicas, protocolos relacionados, fluxogramas e
outros documentos que orientam a prestação de serviços clínicos; (Veja também GLD.11.2)
• exercem a prática ética de suas profissões; (Veja também GLD.12.1) e
• supervisionam a qualidade do cuidado ao paciente.
Os dirigentes de departamento/serviço da equipe médica e de enfermagem criam uma estrutura de pessoal
profissional adequada para exercer essas responsabilidades. A estrutura e os processos ou comitês associados
utilizados para a execução dessas responsabilidades podem, por exemplo, ser por meio de uma única equipe
profissional composta por médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde ou estruturas separadas de médicos
e enfermeiros. A estrutura escolhida pode ser altamente organizada com comitês, estatutos e regulamentos ou
pode ser organizada informalmente. Em geral, a estrutura escolhida:
• inclui todo o corpo clínico relevante;
• é consistente com a propriedade, missão e estrutura do hospital;
• é adequado para a complexidade e tamanho do corpo profissional do hospital;
• é eficaz na execução das responsabilidades listadas acima.
Governança, Liderança
e Direção (GLD)
Direção de Departamentos e Serviços do Hospital
Padrão GLD.9
Um ou mais indivíduos qualificados dirigem cada departamento ou serviço no hospital.
Propósito de GLD.9
O cuidado clínico, os resultados dos pacientes e o gerenciamento de um hospital são tão bons quanto as
atividades clínicas, administrativas e operacionais de cada departamento ou serviço, individualmente. Um bom
desempenho de um departamento ou de um serviço requer uma liderança clara de um indivíduo qualificado. Em
departamentos ou serviços maiores, pode haver vários líderes. Nesse caso, as responsabilidades de cada um são
definidas por escrito. (Veja também AOP.5.1; AOP.5.2; AOP.6.2; COP.3.3; COP.8; COP.8.1; ASC.2; MMU.1;
QPS.1; PCI.1; GLD.1.1; FMS.2; e MOI. 11)
Cada líder de departamento/serviço informa a necessidade de seus recursos humanos e de outros recursos à
liderança do hospital. Isso ajuda a garantir que profissionais adequados, espaço, equipamentos médicos, tecnologia
e outros recursos estejam disponíveis para atender às necessidades dos pacientes em todos os momentos. Embora
os líderes de departamento/serviço façam recomendações sobre as necessidades de pessoal e de outros recursos,
essas necessidades às vezes mudam ou não são totalmente atendidas. Assim, os líderes de departamento/serviço
têm um processo para responder à eventuais situações de escassez de recursos para garantir um cuidado seguro e
eficaz para todos os pacientes. (Veja também SQE.6 e SQE.6.1)
229
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão GLD.10
Cada líder de departamento/serviço identifica, por escrito, os serviços a serem prestados pelo departamento, e
integra ou coordena esses serviços com os serviços de outros departamentos.
Governança, Liderança
e Direção (GLD)
Propósito de GLD.10
Os líderes de departamento/serviço colaboram para determinar o formato uniforme e o conteúdo dos documentos
de planejamento específicos do departamento. Em geral, os documentos elaborados por cada departamento clínico
definem suas metas, bem como identificam serviços atuais e planejados. As políticas e procedimentos do departa-
mento refletem as metas e serviços do departamento, bem como o conhecimento, habilidades e disponibilidade de
pessoal necessários para avaliar e atender às necessidades de cuidado ao paciente. (Veja também ACC.2.3)
Os serviços clínicos prestados aos pacientes são coordenados e integrados dentro de cada departamento ou serviço.
Por exemplo, há integração de serviços médicos e de enfermagem. Além disso, cada departamento ou serviço
coordena e integra seus serviços com outros departamentos e serviços. A duplicação desnecessária dos serviços é
evitada ou eliminada para preservar recursos.
230
Governança, Liderança e Direção (GLD)
Padrão GLD.11
Os líderes do departamento/serviço melhoram a qualidade e a segurança do paciente, participando de
prioridades de melhoria do hospital e no monitoramento e melhoria do cuidado ao paciente, específicos de cada
departamento/serviço.
Propósito de GLD.11
Os líderes de departamento/serviço engajam seus profissionais em atividades de melhoria que refletem as
prioridades do hospital (Ver também GLD.5) e abordam as atividades clínicas ou não clínicas específicas do
departamento ou serviço. Por exemplo, um departamento clínico ou serviço participaria do esforço do hospital
para melhorar as comunicações de transição de cuidados (handover communications) e também poderia monitorar
e reduzir a variação em um processo interno, como a solicitação de exames diagnósticos para pacientes com
a mesma condição. Da mesma forma, um departamento administrativo pode estar envolvido em projetos de
automação para melhorar as comunicações de transição de cuidados e também pode monitorar e melhorar a
precisão das contas dos pacientes.
Os líderes do departamento/serviço consideram a Biblioteca Internacional de Medidas da JCI (Joint Commission
International Library of Measures) e/ou outras medidas bem definidas, baseadas em evidências, conforme aplicável
aos serviços prestados pelo departamento ou serviço. (Veja também APR.7)
Assim, os líderes do departamento ou serviço implementam a seleção e o monitoramento de medidas específicas
para o departamento ou serviço que incluem as seguintes:
• As prioridades de medição e melhoria do hospital definidas pela liderança do hospital que se relacionam
com seu departamento ou serviço específico
• As medidas associadas a prioridades específicas de departamento/serviço para reduzir a variação, melhorar
a segurança de procedimentos/tratamentos de alto risco, melhorar a satisfação do paciente ou melhorar a
eficiência
A seleção das medidas deve ser baseada nas atividades e processos que precisam de melhoria no departamento
ou serviço. Para cada medida, uma meta deve ser definida. Espera-se que a medição inicial não atinja a meta; no
entanto, quando as estratégias de melhoria são implementadas, os líderes de departamento/serviço devem esperar
identificar melhorias em direção à meta. Quando a meta foi cumprida e mantida, por pelo menos quatro períodos
Governança, Liderança
de medição, uma nova medida é selecionada.
e Direção (GLD)
O líder do departamento clínico ou serviço é responsável por garantir que as atividades de medição proporcionem
a oportunidade para a avaliação dos profissionais, bem como os processos de cuidado. Assim, a medição inclui, ao
longo do tempo, todos os serviços prestados. Os dados e informações resultantes são importantes para os esforços
de melhoria do departamento ou do serviço, mas também são importantes para o programa de melhoria da
qualidade e segurança do paciente do hospital. (Veja também QPS.1; QPS.2; e QPS.9)
Nota: Alguns departamentos, como prevenção e controle de infecções, gerenciamento das instalações, radiologia e
laboratório clínico, possuem programas contínuos de monitoramento ou controle de qualidade que estão incluídos
nas prioridades de medição e descritos nos padrões relacionados a esses serviços. (Veja também AOP.6.5 e PCI.14)
231
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão GLD.11.1
As medidas selecionadas pelos dirigentes do departamento/serviço aplicáveis à avaliação do desempenho de
médicos, enfermeiros e outros profissionais participantes dos processos de cuidado são utilizadas na avaliação de
desempenho da equipe.
Propósito de GLD.11.1
Os líderes são responsáveis por garantir a qualidade do cuidado e dos serviços prestados por seu departamento/
serviço. As atividades de medição proporcionam a oportunidade para a avaliação desses serviços. Os líderes
do departamento/serviço estão envolvidos na nomeação, concessão de privilégios, avaliação da prática
profissional em andamento e renomeação dos médicos dentro do departamento ou serviço. Atividades de
medição de qualidade podem ser importantes para garantir que o líder de departamento/serviço tenha
informações objetivas para apoiar essas atividades. Ao longo do tempo, a medição da qualidade inclui todos os
serviços prestados pelo departamento ou serviço e inclui os privilégios clínicos de todos os médicos. A seção
“Resultados Clínicos” do propósito do SQE.11 fornece informações adicionais sobre o processo de avaliação da
prática profissional em curso. Em alguns casos, as medidas estarão vinculadas às diretrizes de prática clínica
implementadas no departamento ou serviço. (Veja também GLD.11.2) Quando aplicável, medidas podem ser
tomadas da Biblioteca Internacional de Medidas da JCI ( Joint Commission International Library of Measures)
para permitir o uso de medidas padronizadas dentro do departamento ou serviço. Da mesma forma, são
necessários dados para subsidiar a avaliação dos enfermeiros e de outros profissionais de saúde do departamento.
Embora esses indivíduos tenham descrições de cargo em vez de privilégios clínicos, o líder de departamento/
serviço ainda é responsável por avaliar seu trabalho. O padrão SQE.3 descreve o processo de avaliação desses
profissionais, e as atividades de medição descritas neste padrão apoiarão um processo de avaliação objetiva.
Em muitos casos, as diretrizes de prática clínica implementadas no departamento ou serviço terão diretrizes
e protocolos associados que apoiarão a coleta de dados de medição para a equipe de enfermagem e outros
profissionais de saúde. (Veja também QPS. 2 e SQE.10)
ou do serviço.
e Direção (GLD)
Propósito de GLD.11.2
Os objetivos dos hospitais incluem:
• padronização dos processos de cuidado clínico;
• redução de riscos nos processos assistenciais, particularmente aqueles associados a etapas críticas de decisão;
• prestar cuidado clínico em tempo oportuno e eficaz utilizando os recursos disponíveis de forma eficiente; e
• fornecer cuidados de alta qualidade de forma consistente usando práticas baseadas em evidências.
Os hospitais utilizam uma variedade de ferramentas para atingir esses e outros objetivos. Por exemplo, os
profissionais de saúde buscam desenvolver processos de cuidado clínico e tomar decisões de cuidado com base
nas melhores evidências científicas disponíveis. As diretrizes da prática clínica são ferramentas úteis nesse esforço
232
Governança, Liderança e Direção (GLD)
para compreender e aplicar a melhor ciência a um determinado diagnóstico ou condição. (Ver também IPSG.5;
IPSG.5.1; COP.3.4; COP.8.6; MMU.1.1; PCI.5; e PCI.5.1) O hospital utiliza apenas as diretrizes de prática
clínica que foram revisadas e endossadas por fontes de autoridades relevantes; por exemplo, uma associação ou
conselho profissional nacional, ou uma organização internacional que cataloga diretrizes aprovadas. Se a diretriz
da prática clínica fosse desenvolvida pelo hospital, seria submetida a uma fonte autorizada para aprovação.
Frequentemente, a implementação efetiva de uma diretriz de prática clínica exigirá que fluxogramas e protocolos
clínicos sejam adaptados ou desenvolvidos. Fluxogramas e protocolos são ferramentas úteis neste esforço para
garantir sequenciamento, integração e coordenação eficazes do cuidado e uso eficiente dos recursos disponíveis.
As diretrizes da prática clínica e quaisquer fluxogramas relacionados e protocolos clínicos relevantes para a
população e missão do hospital são:
a. selecionados entre as aplicáveis aos serviços e pacientes do hospital (as diretrizes nacionais obrigatórias
estão incluídas nesse processo, se presentes);
b. avaliados por sua relevância para as populações de pacientes identificadas;
c. adaptados quando necessário à tecnologia, medicamentos e outros recursos do hospital ou aos padrões
profissionais nacionais aceitos;
d. avaliados por suas evidências científicas e endosso por fonte autorizada;
e. formalmente aprovados ou adotados pelo hospital;
f. implementados e medidos para uso e eficácia consistentes;
g. apoiados por profissionais treinados para aplicar as diretrizes ou fluxogramas; e
h. atualizados periodicamente com base em mudanças nas evidências e na avaliação de processos e desfechos.
Como muitas diretrizes, e protocolos e fluxogramas relacionados, impactam vários departamentos clínicos ou
serviços, espera-se que os líderes realizem coletivamente o seguinte em uma base anual:
• Os líderes de departamento/serviço determinam coletivamente, pelo menos cinco áreas prioritárias do
hospital, nas quais focar, por exemplo, um diagnóstico de paciente, como o AVC, ou um procedimento
como transplante, ou uma população como a geriátrica, ou uma doença como diabetes, entre outras —
para as quais as diretrizes impactariam a qualidade e a segurança do cuidado do paciente e reduziriam a
variação indesejada dos resultados. (Veja também APR.7 e GLD.11.1)
• Concluir o processo descrito em de a) até h) para as diretrizes relacionadas às áreas foco prioritárias
Governança, Liderança
identificadas.
e Direção (GLD)
Este processo de seleção coletiva não proíbe um departamento ou serviço, individualmente, de selecionar
diretrizes adicionais, e quaisquer protocolos ou fluxogramas associados, mais específicos aos serviços prestados
naquele departamento ou serviço.
233
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão GLD.12
A liderança do hospital estabelece um estrutura para o gerenciamento ético que promove uma cultura de
práticas éticas e a tomada de decisões para garantir que o cuidado ao paciente seja prestado dentro de normas
empresariais, financeiras, éticas e legais e proteja os pacientes e seus pacientes e seus direitos.
Padrão GLD.12.1
A estrutura do hospital para o gerenciamento ético aborda questões operacionais e comerciais, incluindo
marketing, admissões, transferência, alta e divulgação de propriedade e quaisquer conflitos comerciais e
profissionais que possam não ser do interesse dos pacientes.
Padrão GLD.12.2
A estrutura de gerenciamento ético do hospital aborda questões éticas e a tomada de decisão no cuidado clínico.
confrontados por dilemas éticos no cuidado ao paciente, como desentendimentos interprofissionais e desacordos
e Direção (GLD)
entre os pacientes e sua assistência à saúde. praticantes em relação às decisões assistenciais. Esse apoio está
prontamente disponível e inclui recursos éticos e treinamento para profissionais de saúde e outros funcionários.
Além disso, normas nacionais e internacionais relacionadas a direitos humanos e ética profissional devem ser
levadas em consideração ao criar uma estrutura ética e documentos orientadores.
O hospital funciona com essa estrutura para:
• divulgar a propriedade e quaisquer conflitos de interesse; por exemplo, as relações entre o médico no que
se refere a fontes externas de serviços laboratoriais ou de diagnóstico por imagem;
• retratar honestamente seus serviços aos pacientes;
• proteger a confidencialidade das informações do paciente;
• fornecer políticas claras de admissão, transferência e alta;
• cobrar com precisão por seus serviços e garantir que incentivos financeiros e arranjos de pagamento não
comprometam o cuidado ao paciente;
• incentivar a transparência na prestação de contas de dados organizacionais e de desempenho clínico;
• estabelecer um mecanismo pelo qual os profissionais de saúde e outros profissionais possam relatar erros
clínicos e levantar preocupações éticas com impunidade, incluindo o comportamento disruptivo dos
profissionais relacionados a questões clínicas e/ou operacionais;
• apoiar um ambiente que permita a livre discussão de preocupações éticas sem medo de retaliação;
• prover uma resolução eficaz e oportuna para os conflitos éticos que surgem;
• assegurar a não discriminação nas práticas de emprego e na prestação de cuidados ao paciente no contexto
das normas culturais e regulatórias do país;
• reduzir as disparidades no acesso à saúde e nos desfechos clínicos. (Veja também COP.1; PCC.1.1; QPS.7;
QPS.7.1; e GLD.8)
234
Governança, Liderança e Direção (GLD)
Governança, Liderança
e Direção (GLD)
Padrão GLD.13
A liderança do hospital cria e apoia um programa de cultura de segurança em todo o hospital.
Padrão GLD.13.1
A liderança do hospital implementa, monitora e toma medidas para melhorar o programa de segurança em todo o
hospital.
235
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
3. A liderança do hospital fornece educação e informações (como literatura e assessoria) relevantes para a
cultura de segurança do hospital para todos os profissionais que trabalham no hospital.
4. A liderança do hospital define como questões relacionadas a uma cultura de segurança dentro do hospital
são identificadas e gerenciadas.
5. A liderança do hospital disponibiliza recursos para promover e apoiar a cultura da segurança dentro do
hospital.
236
Governança, Liderança e Direção (GLD)
Nota: Para os hospitais que atendam aos critérios de elegibilidade para a acreditação como Centro Médico Acadêmico, o
GLD.14 aplica-se à educação oferecida a estudantes de enfermagem e/ou outros não médicos, profissionais de saúde. Para
hospitais que não são Centros Médicos Acadêmicos, o GLD.14 aplica-se à educação oferecida a estagiários de medicina,
estudantes de enfermagem e/ou outros profissionais de saúde.
Padrão GLD.14
A formação profissional em saúde, quando prestada dentro do hospital, é orientada pelos parâmetros educacionais
definidos pelo programa acadêmico patrocinador e pela liderança do hospital.
Propósito de GLD.14
Frequentemente, os hospitais incorporam um papel de ensino em sua missão e são o cenário clínico para o
treinamento de médicos, enfermagem, outros profissionais de saúde e outros alunos. Por exemplo, estudantes e
estagiários em medicina podem passar alguns meses ganhando experiência clínica em um hospital comunitário,
ou um programa de enfermagem pode ser baseado no hospital. Esses hospitais cumprem um papel importante; no
entanto, eles não são considerados hospitais de centros médicos acadêmicos para fins desses padrões.
Quando o hospital participa desses tipos de programas de treinamento, o hospital:
• fornece um mecanismo(s) para a supervisão do programa;
• obtém e aceita os parâmetros do programa acadêmico patrocinador;
• possui registro completo de todos os alunos e estagiários dentro do hospital;
• possui documentação do status de matrícula, licenciamento ou certificações alcançadas, e classificação
acadêmica dos alunos e estagiários;
Governança, Liderança
• compreende e fornece o nível de supervisão exigido para cada tipo e nível de aluno e estagiário;
• integra alunos e estagiários na orientação sobre qualidade, segurança do paciente, prevenção e controle de
e Direção (GLD)
infecções, entre outros programas. (Veja também GLD.1.1)
237
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Nota: Padrões de GLD.15 até GLD.19 aplicam-se a hospitais que realizam pesquisas com seres humanos, mas não atendem
aos critérios de elegibilidade para a acreditação como Centros Médicos Acadêmicos.
Padrão GLD.15
A pesquisa com seres humanos, quando fornecida dentro do hospital, é orientada por leis, regulamentos e
liderança do hospital.
Propósito de GLD.15
A pesquisa com seres humanos em larga escala ou em pequena escala é um esforço complexo e significativo para um
hospital. A liderança do hospital reconhece o nível de comprometimento e envolvimento pessoal necessários para o
avanço da investigação científica no contexto de proteção dos pacientes para os quais se comprometeram a diagnos-
ticar e tratar. O compromisso da liderança do hospital com a pesquisa com seres humanos não é separado de seu
compromisso com o cuidado ao paciente — o compromisso é integrado em todos os níveis. Assim, considerações
éticas, boa comunicação, líderes responsáveis, conformidade regulatória e recursos financeiros e não financeiros são
componentes desse compromisso. Um desses recursos é o seguro de indenização para compensar adequadamente
os pacientes por eventos adversos devido ao protocolo de pesquisa. A liderança do hospital reconhece a obrigação de
proteger os pacientes, independentemente do patrocinador da pesquisa. (Veja também GLD.1.1)
Quando a pesquisa do hospital requer a internação em unidades especializadas, essa internação é por critérios
estabelecidos ou por protocolo estabelecido. Indivíduos da pesquisa ou de outros programas estão envolvidos no
desenvolvimento dos critérios ou protocolos. A admissão a esses programas está documentada no prontuário do
paciente e inclui os critérios ou condições de protocolo em que o paciente foi internado.
Padrão GLD.16
Pacientes e familiares são informados sobre como obter acesso às pesquisas clínicas, investigações clínicas ou
ensaios clínicos envolvendo seres humanos.
Propósito de GLD.16
Um hospital que realiza pesquisas clínicas, investigações clínicas ou ensaios clínicos envolvendo seres fornece
informações aos pacientes e familiares sobre como obter acesso a essas atividades quando relevantes para as
238
Governança, Liderança e Direção (GLD)
necessidades de tratamento dos pacientes. Quando os pacientes são convidados a participar, eles precisam de
informações sobre as quais basear suas decisões. Essa informação inclui:
• benefícios esperados;
• potenciais desconfortos e riscos;
• alternativas que também possam ajudá-los;
• procedimentos que devem ser seguidos.
Os pacientes são informados de que podem se recusar a participar ou retirar a participação e que sua recusa ou
retirada não comprometerá seu acesso aos serviços do hospital. O hospital possui políticas e procedimentos para
fornecer informações a pacientes e familiares.
Padrão GLD.17
Governança, Liderança
Pacientes e familiares são informados sobre como os pacientes que optam por participar de pesquisas clínicas,
e Direção (GLD)
investigações clínicas ou ensaios clínicos são protegidos.
Propósito de GLD.17
Um hospital que realiza pesquisas clínicas, investigações clínicas ou ensaios clínicos envolvendo seres humanos
sabe que sua primeira responsabilidade é com a saúde e o bem-estar do paciente. Para auxiliar nas decisões sobre
participação em pesquisas clínicas, investigações clínicas ou ensaios clínicos, o hospital informa pacientes e
familiares sobre:
• a pesquisa e o papel do paciente na pesquisa;
• os potenciais riscos e benefícios para o paciente;
• os direitos do paciente relacionados à retirada da participação na pesquisa;
• os direitos do paciente à confidencialidade e segurança das informações; (Veja também MOI.2) e
• obtenção de consentimento do paciente para participação na pesquisa. (Veja também PCC.4.1 e GLD.18)
239
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão GLD.18
O consentimento informado é obtido antes de um paciente participar de pesquisas clínicas, investigações clínicas
ou ensaios clínicos.
Propósito de GLD.18
Quando pacientes e familiares decidem participar de pesquisas clínicas, investigações clínicas ou ensaios clínicos,
o consentimento informado é obtido. As informações fornecidas no momento em que a decisão de participar
é feita serve de base para o consentimento informado. (Veja também PCC.4.1 e GLD.17) O(s) indivíduo(s)
que fornece as informações e obtém o consentimento é anotado no documento de consentimento informado e
armazenado nos arquivos para o protocolo de pesquisa.
Padrão GLD.19
O hospital possui um comitê ou outra maneira de supervisionar todas as pesquisas no hospital envolvendo seres
humanos.
Propósito de GLD.19
Governança, Liderança
Quando o hospital realiza pesquisas clínicas, investigações ou ensaios que envolvam seres humanos, um comitê
e Direção (GLD)
ou outro mecanismo, como um Conselho de Revisão Institucional (Institutional Review Board - IRB) (no Brasil
equivalente a um Comitê de Ética em Pesquisa), específico ou compartilhado para fornecer supervisão para
todas essas atividades no hospital é estabelecido. O hospital desenvolve uma declaração de propósito para as
atividades de supervisão. As atividades de supervisão incluem o processo de revisão de todos os protocolos de
pesquisa, um processo para avaliar os riscos e benefícios relativos aos seres humanos e os processos relacionados à
confidencialidade e segurança das informações da pesquisa. (Veja também MOI.2)
240
Governança, Liderança e Direção (GLD)
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242
Gerenciamento
das Instalações e
Segurança (FMS)
Visão geral
As organizações de saúde trabalham para fornecer instalações seguras, funcionais e de apoio para pacientes,
famílias, profissionais e visitantes. Para alcançar esse objetivo, a instalação física, os equipamentos médicos e
outros, e as pessoas devem ser efetivamente gerenciados. Em particular, o gerenciamento deve se esforçar para:
• reduzir e controlar riscos e riscos;
• prevenir acidentes e lesões;
• manter condições seguras.
Um gerenciamento eficaz inclui planejamento multidisciplinar, educação e monitoramento da seguinte forma:
• Os líderes planejam o espaço, os equipamentos e os recursos necessários para apoiar de forma segura e
eficaz os serviços clínicos prestados.
• Todos os profissionais são educados sobre as instalações, como reduzir riscos e como monitorar e relatar
situações que representam risco.
• Critérios de desempenho são utilizados para avaliar sistemas importantes e identificar melhorias necessárias.
• Avaliações abrangentes de risco em toda a instalação são desenvolvidas e monitoradas em cada um dos
programas de gerenciamento das instalações e segurança, quando necessário.
Os programas escritos são desenvolvidos e incluem as seguintes oito áreas, quando apropriados para as instalações
e atividades da organização:
1. Segurança - o grau em que os edifícios, áreas de construção, terrenos e equipamentos da organização não
representam risco ou risco para pacientes, profissionais ou visitantes.
2. Proteção - proteção contra perdas, destruição, adulteração ou acesso ou uso não autorizados.
3. Materiais e resíduos perigosos - o manuseio, o armazenamento e o uso de materiais radioativos e outros são
controlados e os resíduos perigosos são descartados com segurança.
4. Segurança contra incêndio - realizar uma avaliação contínua dos riscos para aumentar a proteção das
instalações e dos ocupantes contra o fogo e a fumaça.
5. Equipamento médico - o equipamento é selecionado, mantido e usado de forma a reduzir riscos.
6. Sistemas utilitários - sistemas elétricos, de água e outros sistemas utilitários são mantidos para minimizar
os riscos de falhas operacionais.
Instalações e Segurança (FMS)
8. Construção e reforma - os riscos para os pacientes, profissionais e visitantes são identificados e avaliados
durante as atividades de construção, reforma, demolição e outras atividades de manutenção.
Quando a organização possui empresas de negócios que não são do hospital, dentro das unidades de cuidado ao
paciente a serem avaliadas (como uma cafeteria ou loja de presentes de propriedade independente), a organização
tem a obrigação de garantir que essas empresas de negócios independentes cumpram com o seguinte programas
de gerenciamento e segurança de instalações:
• Programas de segurança
• Programas de materiais perigosos
• Programas de gerenciamento de emergências
• Programas de segurança contra incêndio
243
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Leis, regulamentos e inspeções das autoridades locais determinam em grande parte como uma instalação é
projetada, usada e mantida. Todas as organizações, independentemente do tamanho e dos recursos, devem cumprir
esses requisitos como parte de suas responsabilidades com seus pacientes, familiares, profissionais e visitantes.
As organizações são obrigadas a cumprir as leis e regulamentos, incluindo códigos de construção e incêndio.
Eles têm conhecimento sobre os detalhes das instalações físicas que ocupam realizando inspeções regulares nas
instalações. Eles coletam dados de forma proativa e realizam estratégias para reduzir riscos e melhorar o ambiente
de cuidado ao paciente.
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro
documento escrito para processos específicos. Esses padrões são indicados por um ícone após o texto padrão.
Padrões
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
Liderança e Planejamento
FMS.1 O hospital cumpre as leis, regulamentos, códigos de segurança predial e contra incêndio e os
requisitos de inspeção de instalações.
FMS.2 Um indivíduo qualificado supervisiona o gerenciamento das instalações e a estrutura de segurança
para reduzir e controlar os riscos no ambiente de cuidado.
Segurança
FMS. 5 O hospital desenvolve e implementa um programa para fornecer uma instalação física segura, através
da inspeção e planejamento para reduzir riscos.
Proteção
FMS. 6 O hospital desenvolve e implementa um programa para proporcionar um ambiente protegido para
pacientes, familiares, profissionais e visitantes.
FMS. 7.1 O programa de gerenciamento de materiais e resíduos perigosos inclui o inventário, manuseio,
armazenamento e uso de materiais perigosos.
FMS. 7.2 O programa de gerenciamento de materiais e resíduos perigosos inclui os tipos, manuseio,
armazenamento e descarte de resíduos perigosos.
244
Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS)
FMS. 8.1 O programa de segurança contra incêndio inclui a detecção precoce, supressão e
contenção de fogo e fumaça.
FMS. 8.2 O programa de segurança contra incêndio inclui medidas para garantir uma saída
segura da instalação quando ocorrem emergências de incêndio e não incêndio.
FMS. 8.3 Todos os equipamentos e sistemas de segurança contra incêndio, incluindo
dispositivos relacionados à detecção precoce, notificação de alarme e supressão, são
inspecionados, testados e mantidos.
FMS. 8.4 O hospital envolve profissionais em testes regulares para avaliar o programa de
segurança contra incêndio.
FMS. 8.5 O programa de segurança contra incêndio inclui limitar o tabagismo por profissionais
e pacientes às áreas onde não são prestados cuidados aos pacientes, conforme
designadas na unidade.
Equipamento Médico
FMS. 9 O hospital desenvolve e implementa um programa de gerenciamento de equipamentos médicos em
toda a organização.
FMS. 9.1 O programa de equipamentos médicos inclui inspeção, testes, manutenção preventiva
e documentação dos resultados.
FMS. 9.2 O hospital possui um processo de monitoramento e atuação em notificações de risco
de equipamentos médicos, recalls, incidentes reportáveis, problemas e falhas.
Sistemas Utilitários
FMS. 10 O hospital desenvolve e implementa um programa de gerenciamento de sistemas utilitários em toda a
organização.
FMS. 10.1 O programa de sistemas de utilitários inclui inspeção, testes e manutenção para
garantir que os sistemas utilitários operem de forma eficaz e eficiente para atender às
necessidades dos pacientes, profissionais e visitantes.
FMS. 10.2 O programa de sistemas utilitários do hospital garante que serviços essenciais,
incluindo energia, água e gases medicinais, estejam sempre disponíveis e que fontes
alternativas para serviços essenciais sejam estabelecidas e testadas.
FMS. 10.3 Indivíduos ou autoridades designadas monitoram regularmente a qualidade da água.
FMS. 10.3.1 A qualidade da água utilizada na hemodiálise é testada para
contaminantes químicos, bacterianos e endotoxinas, e os processos
para serviços de hemodiálise seguem padrões profissionais de
prevenção e controle de infecções.
responder a emergências internas e externas e desastres que têm potencial de ocorrer dentro do
hospital e na comunidade.
Gerenciamento das
Construção e Reforma
FMS. 12 Ao planejar projetos de construção, reforma e demolição ou atividades de manutenção que afetem o
cuidado ao paciente, a organização realiza uma avaliação de risco de pré-construção.
Educação
FMS. 13 Os profissionais e outros são treinados e conhecem os programas de gerenciamento das instalações e
segurança do hospital e suas funções para garantir uma instalação segura e eficaz.
245
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Liderança e Planejamento
Padrão FMS.1
O hospital cumpre as leis, regulamentos, códigos de segurança predial e contra incêndio e requisitos de inspeção
de instalações.
Propósito de FMS.1
Leis, regulamentos e inspeções das autoridades nacionais e locais determinam em grande parte como uma ins-
talação é projetada, usada e mantida. Todos os hospitais, independentemente do tamanho e dos recursos, devem
cumprir esses requisitos como parte de suas responsabilidades com seus pacientes, familiares, profissionais e vi-
sitantes. Tais requisitos podem diferir dependendo da idade e localização da instalação e outros fatores. Por exem-
plo, muitos códigos de construção civil e códigos de segurança contra incêndio, como para sistemas de sprinklers,
aplicam-se apenas a novas construções. Os hospitais começam pelo cumprimento das leis e regulamentos.
Alguns hospitais estão localizados dentro de edifícios maiores e multiuso, como prédios de escritórios altos
e shopping centers, e podem alugar ou arrendar o espaço em que prestam cuidados, tratamento e serviços.
Nestas circunstâncias, é necessário que a liderança do hospital se comunique com o proprietário do imóvel para
garantir que o edifício esteja em conformidade com as leis, regulamentos, códigos e outros requisitos pertinentes.
Além disso, a liderança do hospital comunica e colabora com o proprietário do imóvel em relação a sistemas
de construção compartilhados e questões relacionadas à construção que não estão sob o controle do hospital.
É importante entender as expectativas e quem é responsável pela manutenção desses sistemas. Os sistemas
compartilhados e problemas de construção podem incluir proteção, segurança contra incêndio (por exemplo,
alarmes de incêndio, sistemas de supressão de incêndio), saídas de emergência, manutenção de utilitários (por
exemplo, ventilação, qualidade da água) e outros problemas de construção. É importante que a direção do
hospital tenha acesso a documentos gerenciados pelo proprietário do imóvel, como registros de manutenção e
relatórios de inspeção pertinentes às instalações do hospital.
A liderança do hospital e a estrutura de gerenciamento da segurança hospital são responsáveis por:
• conhecer quais leis nacionais e locais, regulamentos, códigos de segurança de edifícios e incêndios, e outros
requisitos, como licenças e alvarás, que se aplicam às instalações do hospital;
• implementação dos requisitos aplicáveis ou requisitos alternativos aprovados;
• manutenção e documentação do cumprimento das leis locais e nacionais, regulamentos, códigos de
segurança predial e contra incêndio, relatórios de inspeção e outros requisitos de instalações; e
• planejamento e orçamento para a atualização ou substituição necessária de instalações, sistemas e
equipamentos para atender aos requisitos aplicáveis ou identificados por dados de monitoramento ou para
atender aos requisitos aplicáveis e fornecer evidências de progresso para a implementação das melhorias.
(Veja também GLD.1.1 e GLD.2)
Instalações e Segurança (FMS)
Quando o hospital é citado por não atender aos requisitos, a liderança do hospital assume a responsabilidade pelo
planejamento e pelo cumprimento dos requisitos no prazo prescrito.
Gerenciamento das
O hospital documenta suas leis de segurança predial e contra incêndio, regulamentos e códigos e quaisquer
ações corretivas tomadas para abordar citações de inspeções e relatórios de instalações externas, completando
a “Planilha de Leis e Regulamentos” e “Planilha da Avaliação Externa” no Guia de Processo de Avaliação
Hospitalar da JCI ou fornece as mesmas informações de uma forma ou documento diferente.
246
Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS)
Padrão FMS. 2
Um indivíduo qualificado supervisiona o gerenciamento das instalações e a estrutura de segurança para reduzir e
controlar os riscos no ambiente de cuidado.
Propósito da FMS. 2
Os hospitais trabalham para fornecer instalações seguras, funcionais e de apoio para pacientes, famílias,
profissionais e visitantes. Para alcançar esse objetivo, as instalações físicas, equipamentos, equipamentos médicos e
pessoas devem ser efetivamente gerenciados. Em particular, a gerenciamento deve se esforçar para:
• reduzir e controlar riscos e perigos;
• prevenir acidentes e lesões;
• manter condições seguras.
Um gerenciamento eficaz inclui planejamento multidisciplinar, educação e monitoramento da seguinte forma:
• A liderança do hospital planeja o espaço, equipamentos médicos, tecnologia e recursos necessários para
apoiar de forma segura e eficaz os serviços clínicos e não clínicos prestados.
• Todos os profissionais são educados sobre as instalações, como reduzir riscos e como monitorar e relatar
situações que representam risco.
• Critérios de desempenho são utilizados para avaliar sistemas importantes e identificar melhorias necessárias.
A liderança do hospital identifica um indivíduo qualificado por treinamento e experiência para supervisionar a
estrutura de gerenciamento e segurança da instalação, que inclui coordenar e gerenciar atividades de avaliação
de riscos e redução de riscos no ambiente físico. (Veja também GLD.9) Treinamento e experiência podem
incluir, mas não se limita a, gerenciamento de riscos, gerenciamento de instalações e operações do hospital.
O indivíduo que supervisiona a estrutura pode ser um membro da liderança, um líder encarregado de um ou
mais dos programas de gerenciamento das instalações e segurança, ou outro indivíduo designado. Todos os
programas de gerenciamento das instalações e segurança se reportam a esse indivíduo, que é responsável por
Instalações e Segurança (FMS)
integrar e coordenar as atividades e funções da estrutura geral de gerenciamento das instalações e segurança. Em
um hospital pequeno, um indivíduo pode ser designado em meio período para supervisionar a estrutura. Em
Gerenciamento das
um hospital maior, vários engenheiros ou outros indivíduos especialmente treinados podem ser designados para
gerenciar um ou mais programas de gerenciamento e a segurança das instalações, sob a direção do indivíduo
responsável pela estrutura geral.
A estrutura de gerenciamento das instalações e segurança deve ser gerenciada de forma eficaz e contínua. O indiví-
duo que supervisiona a estrutura de gerenciamento das instalações e segurança é responsável por garantir o seguinte:
a. recomendações de espaço, equipamentos médicos, tecnologia e outros recursos para apoiar a estrutura de
gerenciamento das instalações e segurança são fornecidas à liderança do hospital.
b. os programas de gerenciamento das instalações e segurança são planejados e desenvolvidos para os seguintes
programas: segurança, proteção, materiais e resíduos perigosos, segurança contra incêndio, equipamentos
médicos, sistemas utilitários, gerenciamento de emergências e desastres, construções e reformas.
247
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão FMS.3
O hospital desenvolve e documenta uma avaliação abrangente de riscos com base no gerenciamento das
instalações e riscos de segurança identificados em toda a organização, prioriza os riscos, estabelece metas e
Instalações e Segurança (FMS)
Propósito de FMS.3
A avaliação de riscos identifica e avalia possíveis falhas e fontes de erros em um processo e inclui a priorização de
áreas para melhoria com base no impacto real ou potencial do cuidado, tratamento ou serviços prestados.
O hospital desenvolve e documenta uma avaliação abrangente de risco em toda a instalação, pelo menos
anualmente, que integra todos os oito programas de gerenciamento das instalações e segurança para maximizar a
segurança dos pacientes, familiares, profissionais e visitantes. Os oito programas são os seguintes:
• Segurança
• Proteção
• Materiais e resíduos perigosos
248
Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS)
Nota: Consulte os padrões deste capítulo para requisitos relacionados às atividades de avaliação de risco para cada programa.
Padrão FMS.4
Os dados são coletados e analisados de cada um dos programas de gerenciamento das instalações e segurança
para reduzir riscos no meio ambiente, acompanhar o progresso em metas e melhorias e apoiar o planejamento
para substituição e atualização de instalações, sistemas e equipamentos.
Propósito de FMS.4
O monitoramento de cada um dos programas de gerenciamento das instalações e segurança por meio da coleta e
análise de dados fornece informações que ajudam o hospital a reduzir riscos, acompanhar o progresso nas metas,
tomar decisões sobre melhorias no sistema e planejar a atualização ou substituição de equipamentos médicos,
tecnologia e sistemas utilitários. Os dados de monitoramento dos programas de gerenciamento de instalações e
segurança são documentados e integrados ao programa de qualidade e segurança do paciente do hospital.
O indivíduo que supervisiona a estrutura de gerenciamento das instalações e segurança submete relatórios dos
dados de monitoramento e metas à liderança do hospital pelo menos trimestralmente. Esse indivíduo submete a
avaliação de risco e planejou e implementou melhorias na liderança do hospital pelo menos anualmente.
A liderança do hospital fornece um relatório anual à entidade de governo sobre a eficácia dos programas de
Instalações e Segurança (FMS)
gerenciamento das instalações e segurança. (Veja também GLD.4 e GLD.4.1) O relatório anual inclui:
• os resultados da avaliação abrangente de riscos, incluindo prioridades;
Gerenciamento das
249
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
3. O indivíduo que supervisiona a estrutura de gerenciamento das instalações e segurança fornece relatórios
de dados de monitoramento que abordam a eficácia de cada programa e o progresso em metas para a
liderança do hospital trimestralmente, e a liderança toma medidas.
4. O indivíduo que supervisiona a estrutura de gerenciamento das instalações e segurança fornece a
avaliação abrangente de riscos em toda a instalação e melhorias planejadas e implementadas para a
liderança do hospital, pelo menos anualmente.
5. A liderança do hospital fornece um relatório anual à entidade de governo sobre a eficácia dos programas
de gerenciamento das instalações e segurança, e a entidade de governo toma providências.
Segurança
Padrão FMS. 5
O hospital desenvolve e implementa um programa para fornecer uma instalação física segura através de inspeção e
planejamento para reduzir riscos.
Propósito da FMS. 5
Segurança refere-se a garantir que o edifício, as instalações, a tecnologia médica e da informação, os equipamentos
e os sistemas não representem um risco físico para pacientes, familiares, profissionais e visitantes. A prevenção e o
planejamento são essenciais para a criação de uma instituição de cuidado ao paciente segura e que dê suporte aos
cuidados. Um planejamento eficaz exige que o hospital esteja ciente de todos os riscos presentes nas instalações.
O objetivo é prevenir acidentes e lesões e manter condições seguras para pacientes, profissionais e outros, como
famílias, fornecedores, vendedores, voluntários, visitantes, estagiários e estudantes.
O hospital desenvolve e implementa um programa de segurança por escrito. (Veja também PCC.1.5; AOP.5.3;
AOP.6.2; COP.3.5; COP.4; COP.4.1; e PCI.2) Como parte do programa de segurança, o hospital realiza
e documenta uma inspeção contínua de suas instalações físicas. Os resultados da inspeção são revisados e
abordados em uma avaliação de risco documentada, pelo menos anualmente, para identificar áreas em que
existem riscos de segurança e potencial de dano. A avaliação de risco também considera uma revisão de processos
e uma avaliação de serviços novos e planejados que possam representar riscos à segurança. É importante envolver
uma equipe multidisciplinar na realização de inspeções de segurança no hospital. Exemplos de riscos de
segurança que representam um potencial para lesões ou danos incluem móveis com cantos afiados e quebrados,
janelas quebradas, vazamentos de água no teto, riscos ergonômicos (por exemplo, riscos para os profissionais ao
mover pacientes ou objetos pesados) e riscos de queda (por exemplo, devido a pisos irregulares ou escorregadios
ou corrimãos ausentes).
A realização de rondas regulares para inspecionar os riscos de segurança e a avaliação anual dos riscos de
segurança ajudam o hospital a identificar, priorizar, planejar e realizar melhorias. Priorização e planejamento
também incluem o orçamento para instalação, sistemas e atualização ou substituição de equipamentos de longo
Instalações e Segurança (FMS)
prazo.
Elementos de mensuração da FMS. 5
Gerenciamento das
1. O hospital desenvolve e implementa um programa escrito para fornecer uma instalação física segura.
2. O hospital tem uma inspeção documentada, atual e precisa de suas instalações físicas.
3. Os resultados da inspeção das instalações são revisados e tratados em uma avaliação de risco de
segurança que é realizada e documentada anualmente, e os riscos de segurança são identificados e
priorizados a partir da avaliação de risco.
4. O hospital identifica metas, implementa melhorias e monitora dados para garantir que os riscos de
segurança sejam reduzidos ou eliminados.
250
Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS)
Proteção
Padrão FMS. 6
O hospital desenvolve e implementa um programa para proporcionar um ambiente protegido para pacientes,
familiares, profissionais e visitantes.
Propósito da FMS. 6
Proteção refere-se à proteção dos bens da organização e dos pacientes, famílias, visitantes e profissionais de
danos ou perdas. (Veja também PCC.1.4 e COP.3.5) Exemplos de vulnerabilidades e ameaças relacionadas
aos riscos à proteção incluem violência no local de trabalho, rapto infantil, roubo e acesso desbloqueado/
inseguro a áreas restritas do hospital. Incidentes de proteção podem ser causados por indivíduos de fora ou
de dentro do hospital.
O hospital desenvolve e implementa um programa de proteção por escrito para garantir que todos no
hospital estejam protegidos contra danos pessoais e perdas ou danos ao patrimônio. Como parte do
programa de proteção, o hospital realiza e documenta uma avaliação de risco, pelo menos anualmente, para
identificar áreas em que existem riscos à proteção. A avaliação de risco também considera uma revisão de
processos e uma avaliação de serviços novos e planejados que possam representar riscos à proteção.
Profissionais, estudantes, estagiários, trabalhadores contratados, voluntários, vendedores, indivíduos
associados a entidades de empresas de negócios independentes, entre outros, conforme determinado pelo
hospital, são identificados por crachás (temporários ou permanentes) ou outra forma de identificação.
Outros, como famílias e visitantes do hospital, podem ser identificados dependendo da política do hospital e
das leis e regulamentos.
Áreas restritas como farmácia, berçário de recém-nascidos e centro cirúrgicos devem ser seguras e
monitoradas. (Veja também MMU.3.1) Crianças, idosos e pacientes vulneráveis que não possam se proteger ou
sinalizar por ajuda, devem ser protegidos contra danos. Além disso, áreas remotas ou isoladas podem exigir o
uso de câmeras de segurança.
Elementos de mensuração da FMS. 6
1. O hospital desenvolve e implementa um programa escrito para proporcionar um ambiente protegido.
2. Uma avaliação de risco de proteção é realizada e documentada anualmente em toda a instalação, e os
riscos de proteção são identificados e priorizados a partir da avaliação de risco.
3. O programa de proteção identifica todas as áreas de risco de proteção e áreas restritas e garante que elas
sejam monitoradas e mantidas seguras.
4. O programa de proteção garante que todos os profissionais, estudantes, estagiários, trabalhadores
contratados, voluntários, vendedores, fornecedores e indivíduos associados a empresas de negócios
independentes sejam identificados.
Instalações e Segurança (FMS)
5. O hospital identifica metas e implementa melhorias no programa de proteção e monitora os dados para
garantir que os riscos de proteção sejam reduzidos ou eliminados.
Gerenciamento das
251
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão FMS. 7
O hospital desenvolve e implementa um programa de gerenciamento de materiais e resíduos perigosos.
• Infeccioso
• Agulhas
• Patológico e anatômico
• Farmacêutico
• Produtos químicos/metais pesados/recipientes pressurizados•
• Genotóxico/citotóxico
• Material radioativo
O programa de materiais e resíduos perigosos do hospital aborda materiais perigosos e resíduos perigosos e inclui
processos para:
252
Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS)
• o inventário de materiais e resíduos perigosos que inclua o tipo, os locais e as quantidades (por exemplo,
aproximadas ou médias em cada local);
• atualização do inventário de materiais perigosos pelo menos anualmente;
• manuseio seguro, armazenamento e uso de materiais perigosos;
• rotulagem adequada e clara de materiais perigosos que seja consistente com as informações das folhas de
dados de segurança (safety data sheets - SDS);
• estabelecer e identificar categorias de resíduos perigosos;
• manuseio e armazenamento seguro de resíduos perigosos;
• rastreamento da quantidade e destinação adequada de resíduos perigosos de acordo com as leis e
regulamentos locais;
• equipamentos de proteção adequados e procedimentos para derramamentos e exposições;
• relatórios e investigação de derramamentos, exposições e outros incidentes; e
• documentação, incluindo quaisquer licenças, permissões ou outros requisitos regulatórios.
Informações sobre procedimentos de manuseio ou trabalho com materiais e resíduos perigosos de forma segura,
devem estar imediatamente disponíveis em todos os momentos e incluem informações sobre os dados físicos
do material (como seu ponto de ebulição, ponto de inflamação e afins), sua toxicidade, quais efeitos o uso do
material perigoso pode ter na saúde, identificação do armazenamento e descarte adequados após o uso, o tipo de
equipamento de proteção necessário durante o uso e procedimentos de manuseio de derramamento, que incluem
os primeiros socorros necessários para qualquer tipo de exposição. Muitos fabricantes fornecem essas informações
na forma de folhas de dados de segurança (SDS).
Em caso de derramamento de materiais perigosos, o hospital possui procedimentos para responder e gerenciar
derramamentos e exposições. Os procedimentos incluem a disponibilização de kits de derramamento, quando
necessário, com os equipamentos de proteção individual adequados e materiais de controle de derramamento
para o tipo e tamanho potencial do derramamento. Os procedimentos também abordam como notificar
derramamentos e exposições.
Os hospitais implementam procedimentos para responder a uma exposição de materiais perigosos, incluindo
primeiros socorros iniciais, obtenção de cuidados médicos adequados, notificação de incidentes, e assim por
diante. A exposição a um material perigoso requer acesso imediato aos primeiros socorros apropriados. Em alguns
casos, como com a exposição a um produto químico corrosivo ou cáustico, o acesso a uma estação de lavagem
ocular pode ser necessário para descarga imediata e contínua para prevenir ou minimizar lesões. Uma estação de
lavagem ocular foi projetada para lavar os dois olhos simultaneamente por 15 minutos contínuos, a uma taxa de
fluxo de 1,5 litros por minuto (0,4 galões por minuto). No entanto, uma estação de lavagem ocular pode não ser
necessária em todos os casos de exposições materiais perigosas. Os hospitais devem realizar uma avaliação de risco
para identificar onde são necessárias estações de lavagem ocular na organização, levando em conta as propriedades
físicas dos produtos químicos perigosos utilizados, como esses produtos químicos são usados pelos profissionais
para realizar suas atividades de trabalho e o uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais.
Alternativas para uma estação de lavagem ocular podem ser apropriadas dependendo dos tipos de riscos e
potencial de exposição. Por exemplo, garrafas de lavagem ocular pessoal podem ser apropriadas em áreas onde a
exposição a um leve irritante é um risco, ou onde uma pessoa pode usar as garrafas para uso imediato à medida
que se dirija a uma estação de lavagem ocular adequada ou chegar a uma área para cuidado médico.
Os hospitais que possuem estações de lavagem ocular instaladas, devem garantir a manutenção adequada,
Instalações e Segurança (FMS)
253
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão FMS. 8
O hospital estabelece e implementa um programa de segurança contra incêndios que inclui uma avaliação contínua
dos riscos e o cumprimento de códigos, leis e regulamentos nacionais e locais para a segurança contra incêndios.
Propósito da FMS. 8
Os hospitais devem estar atentos à segurança contra incêndios, já que o fogo é um risco sempre presente no
Instalações e Segurança (FMS)
ambiente de saúde. Para proteger todos os ocupantes das instalações do hospital contra o fogo e a fumaça, o
hospital desenvolve e implementa um programa escrito para a segurança contra incêndios. (Veja também PCC.1.5)
Gerenciamento das
O programa de segurança contra incêndio também aborda emergências de não incêndios; por exemplo, um
vazamento de gás tóxico, que pode representar uma ameaça aos ocupantes e exigir evacuação.
Uma avaliação contínua do cumprimento dos códigos, leis e regulamentos do país relacionados à segurança
contra incêndios é importante para identificar e minimizar riscos. O hospital realiza e documenta uma avaliação
contínua de risco de segurança contra incêndio que inclui o seguinte:
a. Separações de fogo
b. Separações de fumaça/compartimentos
c. Áreas perigosas (e espaços acima dos tetos nessas áreas) como salas de roupas sujas, salas de coleta de lixo e
salas de armazenamento de oxigênio
254
Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS)
d. Saídas de incêndio
e. Dispositivos de cozimento que produzem gordura na cozinha
f. Lavanderia e lixeiras
g. Sistemas e equipamentos de energia elétrica de emergência
h. Componentes do sistema de gás medicinal e vácuo
i. Armazenamento e manuseio de materiais potencialmente inflamáveis (por exemplo, líquidos inflamáveis,
gases combustíveis e gases medicinais como oxigênio e óxido nitroso)
j. Procedimentos e precauções para prevenir e gerenciar incêndios cirúrgicos
k. Riscos de incêndio relacionados a projetos de construção, reforma ou demolição
Os riscos são identificados a partir de avaliação contínua. Por exemplo, os riscos podem incluir equipamentos,
sistemas ou outros recursos para a segurança contra incêndio que são danificados, obstruídos, não funcionais ou
precisam ser removidos. Riscos também podem ser identificados a partir de projetos de construção, condições de
armazenamento perigosos, quebras de equipamentos e sistemas, ou manutenção necessária que impacte sistemas
de segurança contra incêndio, entre outros motivos.
Quando os riscos são identificados, eles são imediatamente abordados e corrigidos (por exemplo, através de
reparo, remoção, substituição ou outros meios). Quando os riscos não podem ser resolvidos imediatamente, o
hospital tem um processo para identificar quando medidas temporárias devem ser implementadas. Uma medida
temporária pode ser necessária quando a melhoria planejada para enfrentar o risco de incêndio não pode ser
implementada imediatamente. O objetivo da implementação de medidas temporárias é garantir a segurança dos
ocupantes do edifício durante os momentos em que os recursos e sistemas de segurança contra incêndio estão
defeituosos, comprometidos ou inoperantes devido à construção, manutenção ou uma quebra ou reparo. O tipo e
a necessidade de uma medida temporária dependerão do tipo e do escopo do risco de segurança contra incêndio e
do tempo até que a melhoria planejada para enfrentar totalmente o risco seja implementada.
O programa de segurança contra incêndio inclui critérios para avaliar quando e em que medida as medidas
temporárias devem ser implementadas.
Exemplos de medidas temporárias incluem a colocação de placas para identificar saídas alternativas;
inspecionar saídas/saídas diariamente na área afetada; disponibilizar sistemas temporários, mas equivalentes, de
alarme e detecção de incêndio quando um sistema estiver comprometido; fornecer equipamentos adicionais de
combate a incêndio; aumentar a vigilância de segurança contra incêndio de edifícios, terrenos e equipamentos;
e fornecer treinamento adicional aos profissionais sobre o uso de equipamentos de combate a incêndio; entre
outras medidas temporárias.
O hospital considera o risco representado aos pacientes, profissionais e outros ao determinar o plano e o prazo
para a implementação de melhorias e/ou medidas temporárias. Documenta a avaliação de riscos em curso e o
prazo para a implementação de medidas e melhorias temporárias.
Nota: Uma lista de medidas temporárias adicionais pode ser encontrada no apêndice no final do capítulo
“Gerenciamento e Segurança de Instalações” (FMS).
incêndio.
Gerenciamento das
2. O hospital realiza e documenta uma avaliação contínua de risco de segurança contra incêndio
relacionada a pelo menos de a) até k) no propósito, e os riscos de segurança contra incêndio são
identificados e priorizados a partir da avaliação de risco.
3 O programa de segurança contra incêndio inclui a implementação de medidas temporárias, quando
necessário, para garantir que a segurança dos pacientes, profissionais e visitantes do hospital seja mantida
quando os riscos de segurança contra incêndio não puderem ser imediatamente abordados.
4. O hospital identifica metas, implementa melhorias e monitora dados para garantir que os riscos de
segurança contra incêndio sejam reduzidos ou eliminados.
255
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão FMS.8.2
O programa de segurança contra incêndio inclui medidas para garantir uma saída segura da instalação quando
ocorrem emergências de incêndio e não incêndio.
2. O programa de segurança contra incêndio inclui sinalização de saída claramente visível que
é compreensível para os ocupantes do hospital.
Gerenciamento das
3. O programa de segurança contra incêndio inclui iluminação para corredores de saída de emergência
e escadas.
Padrão FMS.8.3
Todos os equipamentos e sistemas de segurança contra incêndio, incluindo dispositivos relacionados à detecção
precoce, notificação de alarme e supressão, são inspecionados, testados e mantidos.
256
Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS)
Propósito de FMS.8.3
O programa de segurança contra incêndio do hospital identifica a frequência de inspecionar, testar e manter
sistemas de proteção e segurança contra incêndios, consistentes com as exigências. Os equipamentos e sistemas de
segurança contra incêndio em hospitais incluem, mas não se limitam a, o seguinte:
• Detectores de calor e fumaça
• Alarmes de incêndio
• Bombas de fogo
• Sistemas de hidrantes
• Sprinklers
• Sistemas de supressão de fogo
• Mangueiras de incêndio
• Extintores de incêndio portáteis
• Portas de incêndio e montagens (incluindo deslizamento e rolagem de portas)
• Dispositivos de desligamento automático para sistemas de manuseio de ar
• Sistemas automáticos de gerenciamento de fumaça
O hospital inspeciona, testa e mantém todos os equipamentos e sistemas de segurança contra incêndio situados
em seu prédio, incluindo equipamentos para detecção precoce e supressão de fogo e fumaça. As atividades e
frequências para inspeção, teste e manutenção são consistentes com as recomendações dos fabricantes. Quando
os códigos, leis e regulamentos locais incluem requisitos para inspeção, testes e manutenção de equipamentos e
sistemas de segurança contra incêndio, o hospital segue os requisitos mais rigorosos, sejam essas as recomendações
dos fabricantes ou locais códigos, leis e regulamentos.
Quaisquer deficiências identificadas, como sistemas e equipamentos prejudicados ou não funcionais, são
imediatamente corrigidas. Quando as correções não podem ser realizadas imediatamente, medidas temporárias
são implementadas para reduzir o risco de incêndio e garantir a segurança de pacientes, profissionais e visitantes
até que as deficiências possam ser totalmente corrigidas. Os resultados de todas as inspeções, testes e manutenções
são documentados, incluindo correções e medidas temporárias que são implementadas.
Nota: Uma lista de medidas temporárias pode ser encontrada no apêndice no final do capítulo “Gerenciamento e Segurança
de Instalações” (FMS).
Propósito de FMS.8.4
O programa de segurança contra incêndio do hospital identifica
• o plano de reportar e responder a uma emergência de incêndio;
• o plano de evacuação segura da instalação em caso de emergências; de incêndio, fumaça ou não-incêndio;
257
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
• o processo de teste de todas as partes do programa de segurança contra incêndio durante cada período de
12 meses;
• as responsabilidades de diferentes profissionais durante uma emergência de incêndio;
• a necessária educação dos profissionais para proteger e evacuar efetivamente os pacientes quando ocorre
uma emergência; e
• a participação dos profissionais em pelo menos um teste de segurança contra incêndio por ano. (Veja
também FMS.13)
Testes para avaliar o programa de segurança contra incêndio podem ser realizados de várias maneiras. Por
exemplo, para garantir que os profissionais saibam o que fazer, como sair e onde se encontrar (os “pontos de
encontro”), o hospital pode optar por realizar testes de evacuação durante vários turnos, incluindo noites e finais
de semana. (Testes de evacuação em áreas como a unidade de terapia intensiva, centro cirúrgico, ou em andares
altos do edifício podem fornecer informações adicionais, mas não são obrigatórios.) Nota: testes de evacuação
para avaliar o programa de segurança contra incêndio não devem envolver pacientes.
Outro exemplo de teste para avaliar o programa de segurança contra incêndio inclui atribuir um “bombeiro
civil” a cada unidade e tê-lo aleatoriamente questionando a equipe sobre o que fariam se ocorresse um incêndio
em sua unidade. A equipe pode fazer perguntas específicas, como: “Onde está a válvula de desligamento de
oxigênio? Se você tem que desligar a válvula de oxigênio, como você cuida de pacientes que precisam de oxigênio?
Onde estão os extintores de incêndio da sua unidade? Como se reporta um incêndio? Como você protege os
pacientes durante um incêndio? Se você precisa evacuar os pacientes, qual é o seu processo?” Os profissionais
devem ser capazes de responder corretamente a essas perguntas. O bombeiro deve manter um registro dos que
participaram. Outros exemplos, exercícios incluem ensino e testes baseados em computador ou os hospitais
também podem desenvolver um teste escrito para a equipe fazer em relação à segurança contra incêndio, como
parte dos testes do programa. Qualquer que seja o teste escolhido para avaliar o programa de segurança contra
incêndio, os profissionais devem ter conhecimento do programa e ser capazes de descrever como trazer os
pacientes para a segurança. Os profissionais que não aprovados são reeducados e retestados.
Propósito de FMS.8.5
O programa de segurança contra incêndio aborda a limitação do tabagismo e:
Gerenciamento das
258
Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS)
fumar, e aqueles indivíduos autorizados a conceder tal exceção. Quando uma exceção é feita, o paciente fuma em
uma área designada, de não-tratamento, longe de outros pacientes.
Equipamento Médico
Padrão FMS. 9
O hospital desenvolve e implementa um programa de gerenciamento de equipamentos médicos em toda
a organização.
Padrão FMS.9.1
O programa de equipamentos médicos inclui inspeção, testes, manutenção preventiva e documentação
dos resultados.
do processo de manutenção e ajuda na hora de fazer o planejamento financeiro para substituições, atualizações e
outras mudanças. (Veja também AOP.5.5; AOP.6.4; COP.3.3; COP.4; e COP.4.1)
Gerenciamento das
259
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Sistemas Utilitários
Instalações e Segurança (FMS)
Gerenciamento das
Padrão FMS. 10
O hospital desenvolve e implementa um programa de gerenciamento de sistemas utilitários em toda a
organização.
260
Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS)
261
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
condições das fontes de energia que podem aumentar a frequência de testes, incluem redes elétricas não
confiáveis e quedas de energia recorrentes e imprevisíveis) .
Gerenciamento das
Quando o sistema de energia de emergência exige uma fonte de combustível, a determinação da quantidade
de combustível a ser armazenada no local deve levar em consideração o histórico de interrupções passadas e
quaisquer problemas de entrega previstos, causados por escassez, clima e condições geográficas locais. O hospital
pode determinar a quantidade de combustível armazenado, a menos que leis e regulamentos ou uma autoridade
local com jurisdição, especifique a quantidade.
262
Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS)
Padrão FMS.10.3.1
A qualidade da água utilizada na hemodiálise é testada para contaminantes químicos, bacterianos e endotoxinas,
e processos para serviços de hemodiálise seguem padrões profissionais de prevenção e controle de infecções.
Essas fontes ajudam a informar se ações devem ser tomadas, como medidas preventivas, para reduzir o risco de
contaminação e crescimento de bactérias.
Gerenciamento das
A água é parte integrante da assistência odontológica. Os hospitais que prestam serviços odontológicos tomam
medidas para garantir que a água utilizada em tratamentos e procedimentos odontológicos seja segura. Isso
inclui seguir as diretrizes do fabricante para o tratamento e o teste das linhas de água da unidade dentária.
O hospital garante que a equipe odontológica seja treinada e entenda que a unidade odontológica trata e testa os
requisitos e procedimentos.
A qualidade da água é essencial para o fornecimento seguro e eficaz da hemodiálise, pois os pacientes podem estar
mais vulneráveis ao risco de infecção e aos desfechos adversos. É necessário que os processos e procedimentos
utilizados na hemodiálise sigam as padrões da indústria e as diretrizes profissionais para a qualidade da água e
medidas de prevenção e controle de infecções. Isso inclui testar a água usada na hemodiálise mensalmente para
crescimento bacteriano e endotoxinas e testar anualmente para contaminantes químicos.
263
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Outras ações para garantir a qualidade adequada da água e reduzir o risco de infecção nos serviços de hemodiálise
incluem desinfecção rotineira do sistema de distribuição de água e testes de máquinas de hemodiálise. A
frequência para desinfetar o sistema de distribuição de água depende de fatores como o desenho do sistema e do
grau de prevenção necessário para controlar o biofilme bacteriano de formação no interior dos tubos de água.
Ao realizar testes de água em máquinas de hemodiálise, as amostras são colhidas de 10% das máquinas do
hospital mensalmente. Isso resultará em todas as máquinas sendo testadas pelo menos uma vez durante cada
período de 12 meses, incluindo máquinas que não estão em uso. Os tratamentos de qualidade da água e os
resultados dos testes são documentados.
Quando aplicável aos seus serviços, o hospital estabelece e implementa procedimentos para reprocessamento
de dialisadores, como processos de limpeza, teste e armazenamento dos dialisadores e frequência para
reutilização/substituição.
Quando problemas com a qualidade da água são encontrados no hospital, ações são tomadas para resolver os
problemas, mantendo a segurança do paciente na organização. Por exemplo, problemas de qualidade da água
podem exigir que o hospital limite determinados serviços ou utilize fontes alternativas de água até que o problema
seja resolvido. Após a resolução do problema e o monitoramento da qualidade da água demonstrar que a água é
segura, o hospital retorna aos seus serviços regulares de cuidado ao paciente.
264
Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS)
Padrão FMS. 11
O hospital desenvolve, mantém e testa um programa de gerenciamento de emergências para responder a
emergências internas e externas e desastres que têm potencial de ocorrer dentro do hospital e na comunidade.
Propósito da FMS. 11
Emergências comunitárias e desastres podem envolver diretamente o hospital, como danos nas áreas de cuidado
ao paciente, como resultado de um terremoto, tsunami ou ataque terrorista que impede os profissionais de vir
trabalhar. Para planejar, preparar e responder efetivamente a emergências e desastres, o hospital desenvolve
e implementa um programa de gerenciamento de emergências e desastres. O desenvolvimento do programa
começa identificando os tipos de emergências e desastres que provavelmente ocorrerão na região do hospital (por
exemplo, terremotos, tufões, inundações, deslizamentos de terra, explosões ou outros) e o impacto que essas
emergências e desastres teriam no hospital. Por exemplo, é provável que um furacão ou tsunami ocorra em áreas
onde o oceano está próximo; no entanto, danos às instalações ou vítimas em massa, como resultado de guerra ou
ataque terrorista podem ocorrer em qualquer hospital
Os hospitais desempenham um papel significativo na comunidade durante emergências e desastres. Para que os
hospitais mantenham as operações durante e após emergências e desastres, é importante avaliar e identificar as
limitações estruturais e não estruturais dos prédios do hospital. Determinar como os edifícios responderão às
emergências e desastres que provavelmente ocorrerão na região, é um aspecto importante no desenvolvimento de
planos de evacuação e na identificação de áreas prioritárias para melhorias prediais.
Uma avaliação dos elementos estruturais inclui o tipo de projeto de construção e materiais, bem como
componentes do sistema de suporte de carga do edifício, incluindo a fundação, colunas, vigas, paredes, lajes de
piso, e assim por diante. A localização do edifício também é considerada parte dos elementos estruturais (por
exemplo, riscos relacionados à proximidade com outros edifícios, localização em uma zona de risco, como uma
planície alagada, e outras questões). Uma avaliação de elementos não estruturais inclui elementos arquitetônicos
que não são de suporte de carga (como telhado, tetos, janelas e portas); rotas de acesso e saída de emergência
de e para o hospital; sistemas críticos (como eletricidade, encanamento, gerenciamento de resíduos, proteção
contra incêndios); equipamento médico e laboratorial; e outros elementos não estruturais que são cruciais para
o funcionamento seguro do hospital. Uma avaliação de elementos estruturais e não estruturais permite ao
hospital identificar vulnerabilidades e desenvolver planos para enfrentar essas vulnerabilidades e melhorar a
segurança e a preparação do hospital.
É tão importante identificar os efeitos prováveis de uma emergência ou desastre como é identificar os tipos de
emergências e desastres que podem ocorrer. (Veja também PCI.12. 2 e MOI.13) Isso ajuda no planejamento das
estratégias necessárias caso o hospital sofra uma emergência ou desastre. Por exemplo, qual é a probabilidade
de que um desastre natural, como um terremoto, afete a água e a energia? Um terremoto poderia impedir que os
profissionais respondessem ao desastre, seja porque as estradas estão bloqueadas ou porque eles ou seus familiares
também são vítimas do evento? Em tais situações, as responsabilidades dos profissionais para com suas famílias e/
ou segurança pessoal podem dificultar ou impossibilitar estar no hospital respondendo à emergência ou desastre.
Instalações e Segurança (FMS)
Os hospitais precisam identificar e planejar outros recursos quando os profissionais podem não poder vir ao
hospital para prestar e apoiar o cuidado ao paciente durante uma emergência ou desastre.
Gerenciamento das
Além disso, os hospitais precisam identificar seu papel dentro da comunidade. Por exemplo, que recursos
o hospital deverá fornecer à comunidade no caso de uma emergência ou desastre ocorrer, e que métodos de
comunicação serão utilizados dentro da comunidade?
O programa de gerenciamento de emergências e desastres do hospital oferece processos para:
a. determinar o tipo, a probabilidade e as consequências de riscos, ameaças e eventos;
b. identificar as vulnerabilidades estruturais e não estruturais dos ambientes de cuidado ao paciente do
hospital e como o hospital se apresentará em caso de emergência ou desastre;
c. planejamento de fontes alternativas de energia e água em emergências e desastres (Veja também FMS.10.2);
d. determinar o papel do hospital nesses eventos;
265
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Nota: A letra c) faz parte dos requisitos para testar fontes alternativas de utilitários no FMS.10.2.
Se o hospital passa por uma emergência ou desastre real, ativa seu programa e se desfaz adequadamente depois,
essa situação representa o equivalente a um teste anual.
Construção e Reforma
Padrão FMS. 12
Ao planejar projetos de construção, reforma e demolição ou atividades de manutenção que afetam o cuidado ao
Instalações e Segurança (FMS)
Propósito de FMS. 12
As atividades de construção, reforma, demolição e manutenção em um hospital podem ter impacto em todos
na organização; no entanto, os pacientes podem sofrer o maior impacto. Por exemplo, o ruído e a vibração
associados a essas atividades podem afetar o nível de conforto dos pacientes, e poeira e odores podem mudar a
qualidade do ar, o que pode representar uma ameaça ao estado respiratório do paciente. Os riscos para pacientes,
profissionais, visitantes, empresas de negócios independentes (exemplos café, restaurantes, bancos) e outros no
hospital, variam dependendo da extensão da atividade de construção, reforma, demolição ou manutenção e seu
impacto no cuidado ao paciente, infraestrutura e utilitários. Por exemplo, a atividade de manutenção que envolve
gases medicinais pode impactar o cuidado ao paciente; no entanto, o recapeamento do estacionamento da equipe
pode não ter impacto no cuidado ao paciente.
266
Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS)
Para avaliar os riscos associados a um projeto de construção, reforma ou demolição, ou uma atividade de
manutenção que afete o cuidado ao paciente, o hospital reúne departamentos relevantes, incluindo, conforme
necessário, representantes do projeto, gerenciamento de projetos, engenharia de instalações, segurança das
instalações/segurança, prevenção e controle de infecções, segurança contra incêndio, limpeza, serviços de
tecnologia da informação e departamentos clínicos e serviços.
Os riscos são avaliados pela realização de uma avaliação de risco de pré-construção, também conhecida como
PCRA (preconstruction risk assessment). A avaliação de riscos é utilizada para avaliar de forma abrangente os riscos,
a fim de desenvolver planos e implementar medidas preventivas que minimizem o impacto que o projeto terá na
qualidade e segurança do cuidado ao paciente. Por exemplo, medidas para reduzir o risco de incêndio e garantir
uma saída segura são implementadas quando os riscos de segurança contra incêndio são identificados. As áreas
necessárias da avaliação de risco de pré-construção incluem:
a. qualidade do ar;
b. prevenção e controle de infecções; (Veja também PCI.11)
c. sistemas utilitários;
d. ruído;
e. vibração
f. materiais e resíduos perigosos;
g. segurança contra incêndio;
h. segurança;
i. procedimentos emergenciais, incluindo vias/saídas alternativas e acesso a serviços de emergência;
j. outros riscos que afetam o cuidado, o tratamento e os serviços.
Além disso, o hospital garante que a conformidade do contratante seja monitorada, aplicada e documentada.
Como parte da avaliação de risco, o risco de infecção pelo paciente na construção é avaliado através de uma
avaliação de risco de controle de infecção, também conhecida como ICRA (infection control risk assessment).
Educação
Instalações e Segurança (FMS)
Padrão FMS.13
Os profissionais e outros são treinados e conhecem os programas de gerenciamento das instalações e segurança do
Gerenciamento das
Propósito de FMS.13
Os profissionais são a principal fonte de contato do hospital com pacientes, familiares e visitantes. Assim,
precisam ser educados e treinados para exercer seus papéis na identificação e redução de riscos, protegendo os
outros e a si mesmos e criando uma facilidade segura e segura. (Veja também FMS.8.4 e FMS.11)
Cada hospital deve decidir o tipo e o nível de treinamento para os profissionais e, em seguida, implementar
e documentar um programa para o treinamento. O programa de treinamento pode incluir instrução em
grupo, módulos educacionais online, materiais educativos impressos, um componente de nova orientação
267
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
de pessoal /ou algum outro mecanismo que atenda às necessidades do hospital. O treinamento é fornecido a
todos os profissionais em todos os turnos, anualmente, e aborda todas as instalações e todos os programas de
gerenciamento das instalações e segurança. O treinamento inclui instruções sobre os processos de notificação
de potenciais riscos e notificações de incidentes e lesões. O programa de treinamento envolve testar o
conhecimento da equipe. Os profissionais são treinados e testados em procedimentos de emergência, incluindo
procedimentos de segurança contra incêndio. Conforme aplicável ao papel e responsabilidades do membro da
equipe, o treinamento e o teste abordam materiais perigosos e resposta a riscos, como o derramamento de um
produto químico perigoso, e o uso de equipamentos médicos que possam representar um risco para pacientes
e profissionais. O conhecimento pode ser testado através de uma variedade de meios, como demonstrações
individuais ou em grupo, a realização de eventos simulados, como uma epidemia na comunidade, o uso de testes
escritos ou cem meio digital, ou outros meios adequados ao conhecimento que está sendo testado. O hospital
documenta quem foi testado e os resultados dos testes.
268
Gerenciamento das Instalações e Segurança (FMS)
Apêndice
Medidas Temporárias
Medidas temporárias são medidas tomadas para garantir a segurança dos ocupantes do edifício durante os
momentos em que os recursos e sistemas de segurança contra incêndio estão defeituosos, comprometidos ou
inoperáveis devido à construção, manutenção ou uma pane ou reparo. Quando os riscos à segurança contra
incêndio não podem ser imediatamente abordados e corrigidos, o hospital identifica e planeja melhorias para
enfrentar os riscos. Medidas temporárias podem precisar ser implementadas para garantir a segurança dos
ocupantes até que melhorias ou reparos possam ser concluídos. O hospital determina quando e em que medida as
medidas temporárias serão implementadas.
Consulte FMS.8 e FMS.8.3 para requisitos relacionados a medidas temporárias.
A seguir, exemplos de medidas temporárias:
1. O hospital inicia um alerta de incêndio, que envolve um(s) indivíduo treinado, inspecionando as áreas
do prédio afetadas pelo risco de comprometimento/segurança contra incêndio para procurar evidências
de fumaça, incêndio ou outras condições anormais. Por exemplo, uma inspeção de incêndio é iniciada
quando um sistema de alarme de incêndio está fora de serviço por mais de 4 em 24 horas ou um sistema de
sprinklers está fora de serviço por mais de 10 horas em um período de 24 horas.
2. Os postos do hospital sinalizam a localização de saídas alternativas para todos na área afetada do hospital
(por exemplo, quando as saídas normais e/ou portas de saída não são acessíveis ou não funcionam devido
às atividades de construção, manutenção, etc.
3. O hospital inspeciona diariamente as saídas das áreas afetadas.
4. O hospital fornece alarmes de incêndio temporários, mas equivalentes, e sistemas de detecção para uso
quando um sistema de incêndio é prejudicado.
5. O hospital fornece equipamentos adicionais de combate a incêndios.
6. O hospital utiliza divisórias de construção temporárias que são à prova de fumaça ou feitas de material não
combustível ou combustível limitado que não contribuem para o desenvolvimento ou a propagação do fogo.
7. O hospital aumenta a vigilância de edifícios, terrenos e equipamentos, dando especial atenção às áreas de
construção e armazenamento.
8. O hospital reforça as práticas de armazenamento, limpeza e remoção de detritos que reduzem a carga de
fogo e inflamáveis no edifício ao menor nível possível.
9. O hospital oferece treinamento adicional aos profissionais sobre o uso de equipamentos de combate a
incêndio.
10. O hospital realiza testes adicionais de segurança contra incêndio com profissionais.
11. O hospital inspeciona e testa mensalmente sistemas temporários de incêndio.
12. O hospital realiza estudos para promover a conscientização sobre a segurança contra incêndios
–deficiências construtivas relacionadas, prejuízos, riscos à construção e medidas temporárias
Instalações e Segurança (FMS)
269
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
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272
Qualificação e
Qualificação e Educação de
Educação de
Profissionais (SQE)
Profissionais (SQE)
Visão geral
Uma organização de saúde precisa de uma variedade adequada de pessoas habilitadas e qualificadas para
cumprir sua missão e atender às necessidades dos pacientes. Os líderes da organização trabalham juntos
para identificar o número e os tipos de profissionais necessários com base nas recomendações dos líderes de
departamento e serviços.
Recrutar, avaliar e nomear profissionais é mais resolutivo quando realizados através de um processo coordenado,
eficiente e uniforme. Também é essencial documentar habilidades do candidato, conhecimento, educação e
experiência de cargo anterior. É particularmente importante rever cuidadosamente as credenciais do corpo médico
e de enfermagem, pois elas estão envolvidas nos processos de cuidado e trabalham diretamente com os pacientes.
Esta representa a primeira e mais importante oportunidade para o hospital proteger os pacientes.
A orientação à organização e aos programas, bem como orientação para funções específicas relacionadas ao cargo
é um processo importante. As organizações de saúde devem oferecer aos profissionais oportunidades de aprender
e avançar pessoal e profissionalmente. Assim, a educação em serviço e outras oportunidades de aprendizagem
devem ser oferecidas aos profissionais.
Com o objetivo de garantir a saúde física e mental dos profissionais, a produtividade, a satisfação dos profissionais
e as condições seguras de cargo, a organização provém um programa de saúde e segurança dos profissionais que
pode ser oferecido pelo hospital ou prestado através de serviços contratados. O programa é dinâmico, proativo
e inclui questões que afetam a saúde e o bem-estar dos profissionais, como triagem inicial de saúde no emprego,
controle de exposições ocupacionais nocivas, imunizações e exames preventivos, tratamento seguro do paciente,
equipe como segunda vítima e condições comuns relacionadas ao cargo.
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro
documento escrito para processos específicos. Esses padrões são indicadas por um ícone após o texto padrão.
Padrões
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
Planejamento
SQE.1 Os dirigentes dos departamentos e serviços do hospital definem a formação, habilidades,
conhecimentos e outros requisitos desejados de todos os profissionais.
SQE. 1.1 As responsabilidades de cada profissional são definidas em uma descrição atual do
cargo.
SQE.2 Líderes de departamentos e serviços do hospital desenvolvem e implementam processos de
recrutamento, avaliação e seleção de profissionais, bem como outros procedimentos relacionados,
identificados pelo hospital.
SQE.3 O hospital utiliza um processo definido para garantir que os conhecimentos e habilidades do corpo
clínico sejam consistentes com as necessidades do paciente.
273
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
SQE.4 O hospital utiliza um processo definido para garantir que os conhecimentos e habilidades não
clínicas dos profissionais sejam consistentes com as necessidades do hospital e os requisitos do cargo.
Qualificação e Educação de
SQE. 6 Uma estratégia de pessoal para o hospital, desenvolvida pelos líderes dos departamentos e serviços do
hospital, identifica o número, tipos e qualificações desejadas do pessoal.
SQE. 6.1 A estratégia de profissionais é revisada de forma contínua e atualizada, conforme
necessário.
SQE. 7 Todos os membros da equipe clínica e não-clínica são orientados sobre o hospital, o departamento ou
a unidade para a qual estão designados e as responsabilidades específicas de seu trabalho, quando da
nomeação para a equipe.
SQE. 8 Cada membro da equipe recebe educação e treinamento contínuos em serviço e outros treinamentos
para manter ou aprimorar suas habilidades e conhecimentos.
SQE. 8.1 Os profissionais que prestam cuidado ao paciente são treinados e demonstram compe-
tência nas técnicas de ressuscitação específicas para o nível de treinamento identificado.
SQE. 8.1.1 Outros profissionais identificados pelo hospital são treinados e podem
demonstrar competência adequada em técnicas de ressuscitação.
Corpo de Enfermagem
SQE. 13 O hospital possui um processo uniforme para reunir, verificar e avaliar as credenciais do corpo de
enfermagem (licença, educação, treinamento e experiência).
274
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE)
SQE. 14 O hospital possui um processo padronizado para identificar as responsabilidades no cargo e fazer
atribuições clínicas de cargo com base nas credenciais do profissionais do corpo de enfermagem e
Qualificação e Educação de
quaisquer requisitos regulatórios.
SQE. 14.1 O hospital possui um processo padronizado para a participação do corpo de
Profissionais (SQE)
enfermagem nas atividades de melhoria da qualidade do hospital, incluindo a
avaliação do desempenho individual quando indicado.
Planejamento
Padrão SQE.1
Os dirigentes dos departamentos e serviços do hospital definem a formação, habilidades, conhecimentos e outros
requisitos desejados de todos os profissionais.
Propósito de SQE.1
Os líderes de departamento/serviço definem os requisitos de profissionais para atender às necessidades dos pacien-
tes. (Veja também QPS.1) Definem a formação, habilidades, conhecimentos e quaisquer outros requisitos deseja-
dos para cargos individuais ou para classes de cargos semelhantes; por exemplo, enfermeiros de cuidados intensi-
vos. Para projetar as necessidades da equipe profissional, os líderes de departamento/serviço usam fatores como:
• Missão do hospital
• A diversidade de pacientes atendidos pelo hospital e a complexidade e gravidade de suas necessidades
• Os serviços diagnósticos e clínicos prestados pelo hospital
• O volume de pacientes internados e de serviços externos
• Os equipamentos médicos utilizados no cuidado ao paciente
O hospital cumpre as leis e regulamentos que identificam níveis de escolaridade, habilidades ou outros requisitos
exigidos de profissionais individuais ou que definem números de profissionais ou uma diversidade de profissionais
para o hospital.
275
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão SQE.1.1
Qualificação e Educação de
Propósito de SQE.1.1
Os profissionais que não estão licenciados para praticar de forma independente têm suas responsabilidades
definidas nas descrições atuais do cargo. As descrições do cargo são a base para suas atribuições, orientação ao seu
cargo e avaliação de quão bem eles cumprem as responsabilidades do cargo. (Veja também SQE.5 e SQE.14)
Descrições de cargo também são necessárias para os profissionais de saúde quando:
a. o indivíduo atua principalmente em uma função gerencial, como gerente de departamento, ou em funções
clínicas e gerenciais duplas, com as responsabilidades gerenciais identificadas em uma descrição do cargo;
(Veja também SQE.10)
b. o indivíduo tem algumas responsabilidades clínicas para as quais não foi autorizado a exercer de forma
independente, como um profissional independente aprendendo um novo papel ou novas habilidades;
c. o indivíduo está em um programa educacional com supervisão, e o programa acadêmico identifica, para cada
etapa ou nível de formação, o que pode ser feito de forma independente e o que deve estar sob supervisão.
(Veja também MPE.7) A descrição do programa pode servir como descrição do cargo nesses casos;
d. o indivíduo pode prestar temporariamente serviços no hospital; por exemplo, um enfermeiro de uma
agência de profissionais temporários.
Quando um hospital utiliza descrições de cargo nacionais ou genéricas (por exemplo, uma descrição do
cargo para um “enfermeiro”), é necessário aumentar esse tipo de descrição do cargo com responsabilidades
específicas para os tipos de funções dos enfermeiros (por exemplo, enfermeiro de terapia intensiva, enfermeiro
pediátrico ou enfermeiro de centro cirúrgico, entre outros). Para aqueles permitidos por lei e pelo hospital para
praticarem de forma independente, há um processo para identificar e autorizar o indivíduo a praticar com base
na educação, formação e experiência. (Veja também SQE.9) Os requisitos deste padrão aplicam-se a todos os tipos
de “profissionais” que exigem descrições de cargo (por exemplo, tempo integral, meio período, empregados,
voluntários ou temporários).
Padrão SQE.2
Líderes de departamentos e serviços do hospital desenvolvem e implementam processos de recrutamento,
avaliação e seleção de profissionais, bem como outros procedimentos relacionados, identificados pelo hospital.
Propósito de SQE.2
O hospital fornece um processo eficiente, coordenado ou centralizado para:
• recrutamento de pessoas para vagas disponíveis; (Veja também GLD.3.3)
• avaliar o treinamento, habilidades e conhecimentos dos candidatos (Veja também SQE.10; SQE.14; e
SQE.16); e
• nomeação de indivíduos para a equipe do hospital. (Veja também SQE.9.2)
Se o processo não for centralizado, critérios, processos e formulários semelhantes resultam em um processo
uniforme em todo o hospital para tipos semelhantes de profissionais; por exemplo, para enfermeiros ou
276
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE)
Qualificação e Educação de
e para cumprir quaisquer responsabilidades de ensino, pesquisa ou outras responsabilidades no departamento/
serviço. Os líderes de departamento e serviço também ajudam a tomar decisões sobre indivíduos a serem
Profissionais (SQE)
nomeados para a equipe. Assim, os padrões deste capítulo complementam as padrões de Governança, Liderança e
Direção (GLD) que descrevem as responsabilidades de um líder de departamento/serviço.
Padrão SQE.3
O hospital utiliza um processo definido para garantir que os conhecimentos e habilidades do corpo clínico sejam
consistentes com as necessidades do paciente.
Propósito de SQE.3
Os profissionais qualificados são contratados pelo hospital através de um processo que corresponde aos requisitos
do cargo com as qualificações do possível profissional. Esse processo também garante que as habilidades do
profissional sejam inicialmente, e ao longo do tempo, consistentes com as necessidades dos pacientes. (Veja
também ACC.6; COP.3.2; COP.3.5; COP.4; COP.4.1; COP.7; COP.8; COP.8.2; ASC.3.1; MMU.6; PCI.1;
SQE.14; e SQE.15)
Para os profissionais de saúde do hospital que são profissionais independentes (ou seja, não praticam descrições de
cargo), o processo é identificado no SQE.9 até SQE.12.
Para o corpo clínico sob descrição de cargo, o processo inclui os seguintes:
• Uma avaliação inicial para garantir que ele ou ela possa realmente assumir essas responsabilidades
na descrição do cargo. Esta avaliação é realizada antes ou no momento de começar a executar
responsabilidades do cargo. O hospital pode ter um “estágio” (período probatório) ou outro período
durante o qual o membro do corpo clínico é supervisionado e avaliado de perto, ou o processo pode ser
menos formal. Seja qual for o processo, o hospital garante que os profissionais que prestam serviços de
alto risco ou prestam cuidado a pacientes de alto risco sejam avaliados no momento em que começam a
prestar cuidado, antes que o período de estágio ou orientação seja concluído. Esta avaliação das habilidades
necessárias, do conhecimento e dos comportamentos de cargo desejados, é realizada pelo departamento ou
serviço ao qual o profissional é designado. (Veja também SQE.9.2)
• A avaliação das habilidades, conhecimentos e comportamentos de cargo necessários também inclui
uma avaliação da capacidade do membro da equipe de operar equipamentos médicos, alarmes clínicos
e na supervisão de gerenciamento de medicamentos exclusivos para a área específica (por exemplo, os
profissionais que trabalham em unidades de terapia intensiva devem ser capazes de gerenciar efetivamente
ventiladores, bombas de infusão e monitoramento cardíaco contínuo, e os profissionais que trabalham em
serviços obstétricos, devem ser capazes de gerenciar efetivamente o equipamento de monitoramento de
batimentos cardíacos do feto).
• O hospital então define o processo e a frequência da avaliação contínua das habilidades dos profissionais.
(Veja também SQE.5 e SQE.11)
A avaliação contínua garante que o treinamento ocorra quando necessário e que o membro da equipe seja capaz
de assumir responsabilidades novas ou modificadas. Embora essa avaliação seja melhor realizada de forma
contínua, há pelo menos uma avaliação documentada de cada membro do corpo clínico trabalhando uma
descrição do cargo a cada ano.
277
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
2. Novos membros do corpo clínico são avaliados antes ou no momento em que começam suas
responsabilidades de trabalho.
3. O departamento ou serviço ao qual o indivíduo é designado conduz a avaliação.
4. O hospital define a frequência de avaliação contínua do corpo clínico.
5. Há pelo menos uma avaliação documentada, a cada ano, de cada membro do corpo clínico trabalhando
sob uma descrição do cargo ou com mais frequência, conforme definido pelo hospital.
Padrão SQE.4
O hospital utiliza um processo definido para garantir que os conhecimentos e habilidades dos profissionais não
clínicos sejam consistentes com as necessidades do hospital e as exigências do cargo.
Propósito de SQE.4
O hospital busca profissionais que possam preencher competentemente a exigência de cargos não clínicos.
O supervisor das equipes não clínicas, fornece uma orientação sobre o cargo e garante que o profissional possa
cumprir as responsabilidades da descrição do cargo. O membro da equipe recebe o nível de supervisão exigido e,
em uma base periódica, é avaliado para garantir a competência contínua no cargo. (Veja também AOP.5.2; AOP.6.
1; SQE. 3; e SQE.4)
Padrão SQE.5
Há informações pessoais documentadas para cada membro da equipe.
Propósito de SQE.5
Um arquivo pessoal preciso fornece documentação do conhecimento, habilidade, competência e treinamento do
membro da equipe, necessário para o desempenho de responsabilidades no cargo. (Veja também SQE.9; SQE.13;
e SQE.15) Além disso, o registro mostra evidências do desempenho da equipe e se estão atendendo às expectativas
do cargo. Os arquivos pessoais podem conter informações confidenciais e, portanto, devem ser mantidos em
sigilo. (Veja também MOI.2)
Cada profissional do hospital, incluindo os permitidos por lei e pelo hospital para trabalhar de forma
independente, tem um registro(s) com informações sobre suas qualificações; informações de saúde necessárias,
como imunizações e evidências de imunidade; evidência de participação no admissional, bem como em educação
278
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE)
Qualificação e Educação de
a política do hospital. (Veja também SQE. 4; SQE. 7; SQE.8; SQE.8.1; SQE.8.1.1; SQE. 8.2; e SQE.9.2)
Profissionais (SQE)
Elementos de mensuração de SQE.5
1. Os arquivos pessoais de cada profissional são padronizados, atuais e mantidos em sigilo de acordo com a
política do hospital.
2. Os arquivos pessoais contêm as qualificações e o histórico do cargo do membro da equipe.
3. Os arquivos pessoais contêm a descrição do cargo do membro da equipe, quando aplicável.
4. Os arquivos pessoais contêm um registro do admissional para o hospital, a função específica do
profissional e a educação em serviço fornecida pelo profissional.
5. Os arquivos pessoais contêm os resultados das avaliações de desempenho.
6. Arquivos pessoais contêm informações de saúde necessárias.
Padrão SQE.6
Uma estratégia de pessoal para o hospital, desenvolvida pelos líderes dos departamentos e serviços do hospital,
identifica o número, tipos e qualificações desejadas do pessoal.
Padrão SQE.6.1
A estratégia de pessoal é revisada de forma contínua e atualizada conforme necessário.
279
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão SQE.7
Todos os membros da equipe clínica e não-clínica são orientados sobre o hospital, o departamento ou a unidade
para a qual estão designados e as responsabilidades específicas de seu trabalho, quando da nomeação para a equipe.
Propósito de SQE.7
A decisão de nomear um indivíduo para a equipe de um hospital coloca vários processos em andamento. Para
ter um bom desempenho, um novo profissional, independentemente do seu status de emprego, precisa entender
todo o hospital e como suas responsabilidades clínicas ou não clínicas específicas contribuem para a missão do
hospital. Isso é realizado por meio de uma orientação geral, admissional, sobre o hospital e seu papel no hospital
e uma orientação específica sobre as responsabilidades do cargo de sua posição. (Veja também AOP.5.3; AOP.6.2;
e PCI.15) Essa orientação está registrada no arquivo pessoal do profissional. (Veja também SQE.5) A orientação
inclui a notificação de erros, práticas de prevenção e controle de infecções, as políticas do hospital sobre ordens
telefônicas de medicamentos, e assim por diante. Profissionais contratados, voluntários e estudantes e estagiários
também são orientados sobre o hospital e suas atribuições ou responsabilidades específicas, como segurança do
paciente e prevenção e controle de infecções. (Veja também GLD.6; GLD.9; e GLD.14)
Padrão SQE.8
Cada membro da equipe recebe educação e treinamento contínuos em serviço e outros treinamentos para manter
ou aprimorar suas habilidades e conhecimentos.
Propósito de SQE.8
O hospital coleta dados de várias fontes para entender as necessidades educacionais contínuas de seus profis-
sionais. Os resultados das atividades de medição de qualidade e segurança são uma fonte de informação para
identificar as necessidades de educação dos profissionais. Além disso, o monitoramento de dados do programa
de gerenciamento das instalações, a introdução de novos equipamentos médicos, áreas de habilidades e conheci-
mento identificadas através da revisão do desempenho do cargo, novos procedimentos clínicos e planos futuros de
prestação de novos serviços, representam tais fontes de dados. O hospital tem um processo para coletar e integrar
dados de fontes para planejar o programa de formação de profissionais. (Veja também SQE.5) Além disso, o hos-
pital determina quais profissionais e como esses profissionais podem obter educação continuada para manter suas
credenciais e como a formação desses profissionais será monitorada e documentada. (Veja também GLD.3.3)
280
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE)
Para manter o desempenho aceitável dos profissionais, ensinar novas habilidades e fornecer treinamento
sobre novos equipamentos e procedimentos médicos, o hospital fornece ou organiza instalações, educadores
Qualificação e Educação de
e tempo para a manutenção de educação contínua em serviço ou outras modalidades. (Veja também AOP.5.3;
AOP.6.3; PCI.15; e SQE.5) Essa educação é relevante para cada membro da equipe, bem como para o
Profissionais (SQE)
progresso contínuo do hospital no cuidado às necessidades dos pacientes. Por exemplo, os membros da
equipe clínica podem receber educação sobre prevenção e controle de infecções, avanços na prática médica,
cultura de segurança ou novos equipamentos médicos. As atividades educacionais de cada profissional estão
documentadas em seu registro pessoal.
A liderança do hospital apoia o compromisso com a educação contínua dos profissionais em serviço,
disponibilizando espaço, equipamentos e tempo para programas de educação e treinamento. A disponibilidade
de informações científicas atuais apoia a educação e a formação. A educação e o treinamento podem ocorrer em
um local centralizado ou em vários locais diferentes de aprendizado e desenvolvimento de habilidades em toda a
instalação. A educação pode ser oferecida uma vez a todos ou repetida para os profissionais em turno por turno,
para minimizar o impacto nas atividades de cuidado ao paciente.
Padrão SQE.8.1
Os profissionais que prestam cuidado ao paciente são treinados e demonstram competência nas técnicas de
ressuscitação específicas para o nível de treinamento identificado.
Padrão SQE.8.1.1
Outros profissionais identificados pelo hospital são treinados e podem demonstrar competência adequada em
técnicas de ressuscitação.
281
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
2. O hospital identifica o nível de treinamento (suporte básico ou avançado de vida), adequado às funções
no hospital, para todos os profissionais que prestam cuidado ao paciente.
3. Há evidências para mostrar se o membro da equipe passou no treinamento.
4. O nível de treinamento desejado para cada indivíduo é repetido com base nos requisitos e/ou prazos
estabelecidos por um programa de treinamento reconhecido, ou a cada dois anos, se um programa de
treinamento reconhecido não for utilizado.
Padrão SQE.8.2
O hospital oferece um programa de saúde e segurança dos profissionais que aborda a saúde física e mental dos
profissionais e condições seguras de trabalho.
Propósito de SQE.8.2
O programa de saúde e segurança dos profissionais do hospital é importante para manter a saúde física e mental
dos profissionais, a satisfação, a produtividade e as condições seguras de trabalho. (Veja também SQE.5)
Como um hospital orienta e treina profissionais, fornece um local de trabalho seguro, mantém equipamentos e
equipamentos médicos, previne ou controla infecções associadas à saúde e muitos outros fatores, determinam a
saúde e o bem-estar dos profissionais. Um programa de saúde e segurança dos profissionais pode ser realizado
dentro do hospital ou ser integrado com programas externos. O programa prevê o seguinte:
a. Triagem inicial da saúde, no admissional para o emprego
b. Medidas para controlar exposições ocupacionais nocivas, como exposição a drogas tóxicas e níveis de ruído
prejudiciais (Veja também AOP. 5.3; COP.4; e COP.4.1)
c. Educação, treinamento e intervenções no tratamento seguro do paciente
d. Educação, treinamento e intervenções no gerenciamento da violência no local de trabalho (Veja também
QPS.7 e QPS.7.1)
e. Educação, treinamento e intervenções para profissionais que podem ser segundas vítimas de eventos
adversos ou sentinelas
f. Tratamento para condições comuns relacionadas ao cargo, como lesões nas costas ou lesões mais urgentes.
Qualquer que seja a equipe e a estrutura do programa, os profissionais entendem como notificar, ser
tratados e receber aconselhamento e acompanhamento de lesões comuns relacionadas ao cargo, como
282
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE)
aquelas que podem resultar do uso de agulhas, exposição a doenças infecciosas e com violência no local de
trabalho, tratamento de pacientes, condições perigosas na unidade e outras questões de saúde e segurança.
Qualificação e Educação de
A concepção do programa inclui a participação de profissionais e se baseia nos recursos clínicos do hospital,
bem como nos da comunidade.
Profissionais (SQE)
A enfermagem e outros profissionais que auxiliam na movimentação de pacientes estão em risco aumentado
de lesões nas costas e outras lesões musculoesqueléticas devido às demandas físicas de manuseio do paciente.
Técnicas inadequadas de manuseio do paciente também podem ter um impacto negativo na segurança do
paciente e na qualidade do cuidado. As tarefas de movimentação e manuseio do paciente estão sendo feitas em
diversos tipos de ambientes clínicos. Assim, não há uma solução específica adequada para todas as áreas em que
ocorre o movimento e o manuseio do paciente. Exemplos de intervenções de manuseio seguro podem incluir o
uso de cintos de marcha, auxiliares de transferência lateral, treinamento em mecânica corporal, implementação de
uma equipe de transferência, e afins.
A violência no local de trabalho tem se tornado um problema cada vez mais comum nas organizações de
saúde. A escassez de profissionais, o aumento da gravidade dos pacientes e o equívoco de que a violência não
ocorre nas organizações de saúde — ou se a violência ocorrer, faz parte do trabalho — são apenas algumas das
barreiras para reconhecer que a violência no local de trabalho existe e para desenvolver programas de prevenção à
violência. (Veja também QPS.7)
O ambiente de cuidado muitas vezes apresenta desafios emocionais que podem ser mental e fisicamente
estressantes. Os profissionais de saúde proveem empatia e apoio emocional aos pacientes e famílias, muitas vezes
se envolvem na tomada de decisões éticas, são frequentemente expostos à morte e ao luto e fornecem cuidados,
tratamentos e serviços em um ambiente fisicamente exigente, de alto estresse. A exposição repetida a esses desafios
emocionais e físicos pode criar fadiga da compaixão e levar a muitos resultados adversos à saúde e à qualidade
de vida dos profissionais de saúde. Promover e sustentar a resiliência da equipe para minimizar o estresse são
essenciais para criar uma cultura positiva em benefício dos pacientes e da equipe. Além disso, os prestadores de
cuidados são muitas vezes as segundas vítimas de erros e eventos sentinelas.
Quando os pacientes e seus familiares são comprometidos por erros clínicos, o remorso e a ansiedade sentidos
pelos cuidadores e seus sentimentos de sofrimento moral são, frequentemente, não reconhecidos ou abordados.
Os hospitais precisam reconhecer que a saúde emocional e o desempenho dos profissionais de saúde envolvidos
em eventos adversos e sentinelas podem ter impacto na qualidade e segurança do cuidado ao paciente. A pesquisa
de melhores práticas relacionada ao cansaço da compaixão e à exaustão da equipe recomenda que os hospitais
criem programas para apoiar a equipe envolvida em eventos sentinelas e adversos e desenvolvam proativamente
habilidades para promover a resiliência, promover a saúde e o bem-estar da equipe.
283
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão SQE.8.3
Qualificação e Educação de
O hospital identifica os profissionais que estão em risco de exposição e possível transmissão de doenças preveníveis
Profissionais (SQE)
Propósito de SQE.8.3
Devido ao contato com pacientes e material infeccioso dos pacientes, muitos profissionais de saúde correm risco
de exposição e possível transmissão de doenças preveníveis por vacinas. Identificar infecções epidemiológicas
importantes, determinar a equipe de alto risco para essas infecções e implementar programas de triagem e
prevenção (como imunizações, vacinas e profilaxia) pode reduzir significativamente a incidência de transmissão
de doenças infecciosas.(Veja também AOP.5.3.1; PCI.2; PCI.8; e PCI.8.1) Infecções assintomáticas são comuns,
e os indivíduos podem ser infectantes antes de apresentar qualquer sintoma, inclusive de influenza. Além disso,
estudos mostram que os profissionais de saúde costumam se apresentar no trabalho mesmo quando estão doentes.
Os pacientes hospitalizados correm risco significativo de lesão ou morte por transmissões de doenças infecciosas
associadas aos cuidados em saúde. Surtos de doenças infecciosas em pacientes hospitalizados têm sido rastreados
para profissionais de saúde não vacinados, particularmente no caso da gripe. Os hospitais devem considerar tomar
medidas para reduzir os riscos associados à transmissão de doenças infecciosas por profissionais de saúde não
vacinados. Os profissionais de saúde têm a obrigação ética e profissional de se protegerem, seus colegas de trabalho
e pacientes/familiares. A vacinação é um dever para todos os profissionais de saúde.
Estratégias para reduzir o risco de exposição dos pacientes a doenças infecciosas podem incluir esforços para
promover a vacinação contra a gripe, incentivar os profissionais a tomar a vacina contra a gripe e exigir que os
profissionais não vacinados usem máscaras durante a temporada de gripe. A equipe não vacinada que atende
pacientes vulneráveis à infecção, como os imunocomprometidos, idosos e bebês, aumenta os riscos para aqueles
pacientes que já estão em alto risco de infecção. Portanto, a situação de imunização dos profissionais precisa ser
considerada na hora de fazer as atribuições para os profissionais.
Padrão SQE.9
O hospital possui um processo uniforme para reunir as credenciais dos membros do corpo médico autorizados a
prestar cuidado ao paciente sem supervisão.
Padrão SQE.9.1
A formação, a licença/registro dos membros do corpo médico e outras credenciais exigidas por lei ou regulamento
e pelo hospital, são verificados e mantidos atualizados.
284
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE)
Padrão SQE.9.2
Qualificação e Educação de
Há um processo de decisão uniforme e transparente para a nomeação inicial de membros do corpo médico.
Profissionais (SQE)
Propósito de SQE.9 até SQE.9.2
As explicações dos termos e expectativas encontradas nestes padrões são as seguintes:
Credenciais
As credenciais são documentos emitidos por uma entidade reconhecida para indicar o preenchimento de
requisitos ou o cumprimento dos requisitos de elegibilidade, como diploma de uma faculdade de medicina,
carta de conclusão ou certificado de formação especializada (residência), preenchimento dos requisitos de uma
organização profissional médica, licença para prática ou reconhecimento de registro em um conselho médico ou
odontológico. Esses documentos, alguns dos quais são exigidos por lei ou regulamento, mas alguns por política do
hospital, devem ser verificados a partir da fonte original que emitiu o documento.
As credenciais também podem ser documentos de indivíduos e entidades que abordam algum aspecto do
histórico ou competência profissional do requerente, como cartas de recomendação, histórico de todas as
atividades anteriores em um hospital, registros de cuidados clínicos anteriores, histórico de saúde, notificações
ou verificação de antecedentes policiais, por exemplo. Esses documentos podem ser exigidos pela política do
hospital como parte do processo de obtenção de credenciais, mas não são verificados a partir da fonte que emitiu
o documento, a menos que seja exigido pela política do hospital. Este requisito para verificação da credencial
variará de acordo com a posição que o candidato está buscando. Por exemplo, para um candidato a líder de um
departamento/serviço clínico, o hospital pode querer verificar informações sobre os cargos e experiência anteriores
do indivíduo. Além disso, para os cargos clínicos, o hospital pode exigir um certo número de anos de experiência
e, assim, verificar esse nível de experiência.
Corpo Médico
O corpo médico são todos os médicos, dentistas e outros profissionais licenciados para a prática de forma
independente (sem supervisão) e que prestam serviços preventivos, curativos, reparadores, cirúrgicos, de
reabilitação ou outros médicos ou odontológicos aos pacientes; ou que prestam serviços interpretativos
para pacientes, como patologia, radiologia ou serviços laboratoriais. Todas as classificações de nomeações,
todos os tipos e níveis de profissionais (empregados, honorários, contratados, visitantes e profissionais da
comunidade privada), estão incluídos. Os profissionais visitantes incluem aqueles que são médicos temporários
(locum tenens) ou especialistas convidados, professores de aulas magnas e outros que podem prestar serviços
de cuidado ao paciente temporariamente. Um hospital deve definir esses e outros profissionais, como
“profissionais da casa”, “hospitalistas” e “generalistas”, que não estão mais em treinamento, mas podem ou
não ser autorizados pelo hospital a praticar de forma independente. O termo corpo médico é, portanto,
inclusivo de todos os médicos e outros profissionais autorizados a tratar pacientes com independência parcial
ou total, independentemente de sua relação com o hospital (por exemplo, profissionais empregados ou
peritos independentes). (Veja também SQE.1.1) Observe que em algumas culturas, os praticantes de medicina
tradicionais, como acupunturistas, quiropráticos e outros, podem ser autorizados por lei e pelo hospital a
praticar de forma independente. Assim, são considerados membros do corpo médico, e esses padrões se aplicam
integralmente. (Veja também GLD.6.2)
Verificação
Verificação é o processo de verificação da validade e completitude de uma credencial da fonte que emitiu a
credencial. Esse processo pode ser realizado por meio de uma consulta a um banco de dados on-line seguro
de, por exemplo, aqueles indivíduos licenciados na cidade ou país do hospital. O processo também pode
ser realizado documentando uma conversa telefônica com a fonte emissora, ou correspondendo por um
e-mail ou pesquisa por carta postal e convencional com a fonte. A verificação de credenciais de fora do país
pode ser mais complexa e, em alguns casos, não possível. Deve haver, no entanto, evidências de um esforço
crível para verificar a credencial. Um esforço crível é caracterizado por múltiplas tentativas (pelo menos
duas dentro de 60 dias) por vários métodos (por exemplo, telefone, e-mail e carta) com documentação das
tentativas e resultados(s).
As três situações seguintes são substitutas aceitáveis para um hospital que realiza verificação de fontes primárias de
credenciais:
285
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
1. Aplicável aos hospitais supervisionados diretamente por órgãos governamentais, o processo de verificação
do governo, apoiado pela disponibilidade de regulamentos governamentais publicados sobre verificação
Qualificação e Educação de
de fontes primárias; além disso, a licença governamental, ou equivalente, como um registro e a concessão
de status específico (por exemplo, perito, especialista, entre outros) são aceitáveis. Como em todos
Profissionais (SQE)
Nomeação
A nomeação é o processo de revisar as credenciais de um candidato inicial para decidir se o indivíduo está
qualificado para prestar serviços de cuidados de que os pacientes do hospital precisam, e o hospital pode
apoiar com equipe qualificada e recursos técnicos. Para os candidatos iniciais, as informações revisadas são
principalmente de fontes externas. A política do hospital identifica os indivíduos ou o mecanismo responsável por
esta revisão, quaisquer critérios utilizados para tomar decisões e como as decisões serão documentadas. A política
do hospital identifica o processo de nomeação de profissionais independentes para necessidades emergenciais
ou período temporário. Para esses indivíduos, a nomeação e concessão de privilégios não são feitas até que, no
mínimo, uma licença tenha sido verificada.
Renomeação
Renomeação é o processo de revisão do arquivo do membro do corpo médico para verificar:
• licença continuada;
• que o membro do corpo médico não seja comprometido por ações disciplinares de órgãos de licenciamento
e certificação;
286
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE)
• que o arquivo contenha documentação suficiente para conceder privilégios ou deveres novos ou ampliados
no hospital;
Qualificação e Educação de
• que o membro do corpo médico seja física e mentalmente capaz de prestar cuidado e tratamento ao
paciente sem supervisão.
Profissionais (SQE)
As informações para esta revisão são de fontes internas e externas. Quando um departamento clínico/serviço
(por exemplo, um serviço de subespecialidade) não tem um líder, existe uma política do hospital que identifica
quem fará a revisão dos profissionais naquele departamento/serviço. O arquivo de credencial de um membro
do corpo médico deve ser uma fonte dinâmica de informação e revisão constante. (Veja também SQE.5) Por
exemplo, quando um membro do corpo médico apresenta um certificado de conclusão relacionado a um diploma
avançado ou treinamento avançado de especialidade, a nova credencial deve ser imediatamente verificada a partir
da fonte emissora. Da mesma forma, quando uma agência externa investiga um evento sentinela relacionado a
um membro do corpo médico e emite sanções, essas informações devem ser usadas prontamente para reavaliar os
privilégios clínicos do membro do corpo médico. Para garantir que os arquivos do corpo médico sejam completos
e precisos, os arquivos são revisados pelo menos a cada três anos, e uma nota nos autos indica que qualquer ação
tomada ou que nenhuma ação é necessária e a nomeação para o corpo médico continua.
A adesão ao corpo médico não pode ser concedida se o hospital não tiver o equipamento médico especial ou a
equipe para apoiar a prática profissional do indivíduo. Por exemplo, um nefrologista que busca prestar serviços de
diálise no hospital, não pode ser concedido a adesão ao profissional médico se o hospital não prestar tais serviços.
Finalmente, quando a licença/registro de um candidato foi verificada a partir da fonte emissora, mas outros
documentos — como educação e treinamento — ainda não foram verificados, ao indivíduo pode ser concedido
à adesão ao corpo médico, e os privilégios podem ser identificados para o requerente por um período que não
exceda 90 dias. Em tais circunstâncias, esses indivíduos não podem praticar de forma independente e requerem
supervisão até que todas as credenciais tenham sido verificadas. A supervisão é claramente definida na política do
hospital quanto ao nível e condições e não deve exceder 90 dias. (Veja também SQE.3)
287
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
2. As nomeações do corpo médico não são feitas até que pelo menos a licença/registro tenha sido verificada
a partir da fonte primária, e o membro do corpo médico, em seguida, preste serviços de cuidados ao
Qualificação e Educação de
paciente sob supervisão, até que todas as credenciais exigidas por leis e regulamentos tenham sido
verificadas a partir da fonte original, até no máximo de 90 dias.
Profissionais (SQE)
Padrão SQE.10
O hospital possui um procedimento padronizado, objetivo e baseado em evidências, para autorizar os membros
do corpo médico a admitir e tratar pacientes e/ou prestar outros serviços clínicos consistentes com suas
qualificações.
Propósito de SQE.10
A determinação da competência clínica atual de um membro do corpo médico e a tomada de decisão sobre quais
serviços clínicos o membro do corpo médico poderá realizar, muitas vezes chamado de atribuição/concessão
de privilégios, é a determinação mais crítica que um hospital tomará para proteger a segurança dos pacientes e
avançar na qualidade de seus serviços clínicos.
As considerações para a concessão de privilégios clínicos na nomeação inicial incluem:
• As decisões relativas à competência clínica de um praticante e, portanto, quais privilégios clínicos a ele
ou ela devem ser concedidos, baseiam-se principalmente em informações e documentação recebidas de
fora do hospital. A fonte pode incluir programas de educação especializada, cartas de recomendação de
consultas prévias do corpo médico e/ou colegas próximos, e quaisquer dados de qualidade que possam
ser liberados para o hospital. Em geral, essas fontes de informação, além das de instituições de ensino,
como programas de especialidade médica, não são verificadas a partir da fonte, a menos que exigido
pela política do hospital. Embora essas fontes externas possam não fornecer evidências claras e objetivas
da competência clínica atual, pelo menos as áreas de competência presumida são identificadas. (Veja
também SQE.2) A avaliação da prática profissional em curso validará as áreas de competência presumida.
(Veja também SQE.11)
• Não existe uma única e melhor maneira de delinear essas atividades clínicas que o novo membro
do corpo médico tem o privilégio de realizar. Os programas de treinamento especializado podem
identificar e listar as competências gerais dessa especialidade nas áreas de diagnóstico e tratamento -
com o hospital atribuindo privilégios para diagnosticar e tratar pacientes nessas áreas de competência
especializada. Outras organizações podem optar por listar em detalhes cada tipo de paciente e
procedimento de tratamento.
• Dentro de cada área de especialidade, o processo de delimitação de privilégios é uniforme; no entanto,
esse processo pode não ser o mesmo em todas as áreas especializadas. Assim, por exemplo, os privilégios
serão diferentes para cirurgiões gerais, pediatras, dentistas ou radiologistas; no entanto, dentro de
cada um desses grupos, o processo de delimitação de privilégios será padronizado. Para médicos de
família, médicos de cuidados primários e outros que prestam uma variedade de serviços de medicina
geral, obstetrícia, pediatria e outros serviços, o delineamento de privilégios identifica quais serviços
“especializados” podem ser fornecidos.
• A decisão sobre como os privilégios clínicos são concedidos em uma área de especialidade está ligada a
outros processos, incluindo:
ºº seleção pelos líderes de departamento/serviço de quais processos devem ser monitorados através da
coleta de dados (veja também GLD.11.1);
288
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE)
ºº utilização desses dados no processo de avaliação da prática profissional do corpo médico em curso no
departamento/serviço (Veja também SQE.11); e
Qualificação e Educação de
ºº a utilização dos dados de monitoramento no processo de renomeação e renovação de privilégios. (Veja
também SQE.12)
Profissionais (SQE)
• Além dos privilégios concedidos em relação à formação e capacitação do indivíduo, o hospital identifica
áreas de alto risco, como a administração de agentes quimioterápicos, outras classes de medicamentos
ou procedimentos de alto risco para os quais ao membro do corpo médico é explicitamente concedido
tais privilégios ou negados tais privilégios. Os procedimentos de alto risco, medicamentos ou outros
serviços são identificados por cada especialidade e evidentes no processo de concessão de privilégios. Por
fim, alguns procedimentos podem ser de alto risco devido à instrumentação utilizada, como no caso
de equipamentos cirúrgicos ou terapêuticos informatizados ou operados remotamente. Além disso, os
dispositivos médicos implantáveis requerem habilidades na implantação, calibração e monitoramento para
os quais os privilégios devem ser concedidos especificamente. (Veja também ASC.7.4)
• Além disso, privilégios não são concedidos se o hospital não tiver o equipamento médico especial ou
profissionais para apoiar o exercício de um privilégio. Por exemplo, um nefrologista competente para fazer
diálise, ou um cardiologista competente para inserir stents, não terão privilégios para esses procedimentos
se o hospital não prestar tais serviços.
• Finalmente, quando a licença/registro de um candidato foi verificada a partir da fonte emissora, mas
outros documentos — como educação e treinamento — ainda não foram verificados, privilégios são
identificados para o candidato. No entanto, esses candidatos não podem praticar independentemente
até que todas as credenciais tenham sido verificadas pelos processos descritos acima. Tal supervisão é
claramente definida na política do hospital quanto ao nível, condições e duração.
Nota: Quando um membro do corpo médico também tem responsabilidades administrativas, como presidente ou chefe de
um departamento clínico, administrador do hospital ou outro cargo, as responsabilidades por essa função são identificadas
em uma descrição do cargo. (Veja também SQE.1.1) A política do hospital identifica a principal fonte de verificação das
credenciais apresentadas em apoio a essa função administrativa.
289
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão SQE.11
O hospital utiliza um processo padronizado e contínuo para avaliar a qualidade e a segurança do cuidado ao
paciente prestado por cada membro do corpo médico.
Propósito de SQE.11
As explicações dos termos e expectativas encontradas nestes padrões são as seguintes:
Comportamentos
Os membros do corpo médico são modelos e mentores na criação de uma cultura segura em um hospital.
Uma cultura segura é caracterizada pela participação plena de todos os profissionais, sem medo de represálias
ou marginalização. Culturas seguras também incluem alto respeito entre grupos profissionais nos quais
comportamentos disruptivos e outros não ocorrem. O feedback da equipe através de pesquisas e outros
mecanismos pode moldar comportamentos desejados e pode apoiar os modelos de atuação do corpo médico.
Uma avaliação de comportamentos pode incluir:
• avaliação se um membro do corpo médico entende e apoia o código de comportamento do hospital e a
identificação de comportamentos aceitáveis e inaceitáveis;
• ausência de comportamentos relatados pelo membro do corpo médico identificado como inaceitável;
• coleta, análise e uso de informações e dados de pesquisas com profissionais e outras fontes sobre a cultura
de segurança no hospital.
290
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE)
O processo de avaliação da prática profissional em curso deve indicar, como parte do processo de revisão, as
conquistas e desafios relevantes do membro do corpo médico nos esforços para ser um participante pleno de uma
Qualificação e Educação de
cultura segura e justa. (Veja também SQE.10)
Profissionais (SQE)
Crescimento Profissional
Os membros do corpo médico crescem e amadurecem à medida que as organizações em que praticam evoluem,
introduzindo novos grupos de pacientes, tecnologias e ciência clínica. Cada membro do corpo médico, em
diferentes graus, refletirá o crescimento e a melhoria nas seguintes dimensões importantes do cuidado à saúde e da
prática profissional:
• Cuidado ao paciente, incluindo a prestação de cuidados compassivos ao paciente, adequado e eficaz
para promoção da saúde, prevenção de doenças, tratamento de doenças e cuidados no final da vida.
(As medidas potenciais incluem a frequência de serviços preventivos e relatórios /queixas de pacientes e
familiares.) (Veja também PCC.3.1)
• Conhecimento médico/clínico, incluindo conhecimento de ciências biomédicas, clínicas, epidemiológicas
e sociocomportamentais estabelecidas, bem como a aplicação do conhecimento ao cuidado do paciente
e à formação de terceiros. (As medidas potenciais incluem a aplicação de diretrizes de prática clínica,
incluindo a adaptação e revisão das diretrizes; participação em conferências profissionais; e publicações.)
(Veja também GLD.11.2)
• Aprendizado e aperfeiçoamento baseados na prática, incluindo o uso de evidências científicas e métodos
para investigar, avaliar e melhorar continuamente o cuidado do paciente com base na autoavaliação e na
aprendizagem ao longo da vida. (Exemplos de medidas potenciais incluem inquérito/pesquisa clínica
automotivada, aquisição de novos privilégios clínicos baseados no estudo e aquisição de novas habilidades,
e participação plena no cuidado aos requisitos da especialidade profissional ou requisitos de educação
continuada da licença).
• Habilidades interpessoais e de comunicação, incluindo estabelecimento e manutenção de troca efetiva
de informações e colaboração com pacientes, seus familiares e outros membros das equipes de saúde.
(Exemplos de medidas potenciais incluem participação em atividades de ensino, consultas em equipe
(rounds), liderança de equipe e feedback de pacientes e familiares.)
• Profissionalismo, incluindo compromisso com o desenvolvimento profissional contínuo, prática ética,
compreensão e sensibilidade à diversidade, e uma atitude responsável em relação aos pacientes, sua
profissão e a sociedade. (Exemplos de medidas potenciais incluem um líder de opinião dentro do corpo
médico sobre questões clínicas e profissionais, serviço em um painel de ética ou discussões sobre questões
éticas, manutenção de horários definidos e a participação na comunidade.)
• Práticas baseadas em sistemas, incluindo a conscientização e a capacidade de resposta aos contextos
e sistemas de cuidado à saúde mais amplos, bem como a capacidade de utilizar com eficiência
outros recursos do sistema para fornecer cuidados de saúde ideais. (Exemplos de medidas potenciais
incluem a compreensão do significado de sistemas do hospital frequentemente utilizados, como o
sistema de medicamentos; e a conscientização das implicações do uso excessivo, do subuso e do uso
indevido de sistemas.)
• Administração de recursos, incluindo a compreensão da necessidade de gestão de recursos e a prática de
cuidados conscientes de custos, inclusive evitando o uso excessivo e o uso indevido de exames diagnósticos
e terapias que não beneficiam o cuidado do paciente, mas aumentam os custos dos cuidados de saúde.
(Exemplos de medidas potenciais incluem a participação em decisões-chave de compra dentro da área de
atuação do corpo médico, participar de esforços para entender o uso adequado dos recursos e estar ciente
do custo para os pacientes e pagadores dos serviços prestados.) (Veja também GLD.7)
O processo de avaliação contínuo da prática profissional deve reconhecer, como parte do processo de revisão,
as áreas relevantes de realização e potencial aperfeiçoamento do membro do corpo médico nessas áreas de
crescimento profissional.
Resultados Clínicos
O processo de avaliação contínua da prática profissional para um membro do corpo médico revisa informações
comuns a todos os membros do corpo médico, bem como informações específicas relacionadas aos privilégios
clínicos do membro e aos serviços prestados por sua especialidade.
291
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Fontes de dados do hospital. Os hospitais coletam uma variedade de dados para uso na gestão; por exemplo,
reportar às autoridades de saúde para apoiar a alocação de recursos ou pagamento de serviços. Para ser útil na
Qualificação e Educação de
292
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE)
Finalmente, embora o processo de monitoramento e avaliação dos membros do corpo médico seja destinado a
ser contínuo, e dados e informações possam ser acumulados continuamente, a política do hospital requer uma
Qualificação e Educação de
revisão pelo menos uma vez durante um período de 12 meses. A revisão é conduzida pelo departamento ou
chefe de serviço do indivíduo, um gerente médico sênior ou um órgão de revisão do corpo médico. Achados,
Profissionais (SQE)
conclusões e quaisquer ações tomadas ou recomendadas estão registradas no arquivo do membro do corpo
médico. Quando os achados afetam a nomeação ou privilégios do membro do corpo médico, há um processo
para agir sobre os achados. Tais ações imediatas “por causa” estão documentadas no arquivo do profissional e
se refletem na lista de privilégios clínicos. A notificação é enviada para os locais em que o profissional presta
serviços. (Veja também SQE.3)
Padrão SQE.12
Pelo menos a cada três anos, o hospital determina, a partir da avaliação contínua da prática profissional de cada
membro do corpo médico, se a participação no corpo médico e os privilégios clínicos devem continuar com ou
sem modificação.
Propósito de SQE.12
As explicações dos termos e expectativas encontradas nestes padrões são as seguintes:
Renomeação
Renomeação é o processo de revisão, pelo menos a cada três anos, do arquivo do membro do corpo médico
para verificar:
• licença contínua;
• que o membro do corpo médico não seja comprometido por ações disciplinares de órgãos de licenciamento
e de certificação;
• que o arquivo contenha documentação suficiente para buscar privilégios ou responsabilidades novas ou
ampliadas no hospital;
• que o membro do corpo médico seja física ou mentalmente capaz de prestar cuidado e tratamento ao
paciente sem supervisão.
293
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
As informações para esta revisão são coletadas a partir da avaliação interna e contínua da prática profissional
do membro do corpo médico, bem como de fontes externas, como organizações ou agências reguladoras
Qualificação e Educação de
ou responsável por esta revisão), quaisquer critérios utilizados para tomar decisões; e como as decisões serão
documentadas. O arquivo de credencial de um membro do corpo médico deve ser uma fonte dinâmica de
informação e revisão constante. Por exemplo, quando um membro do corpo médico apresenta um certificado
de conclusão relacionado a um diploma avançado ou treinamento especializado avançado, a nova credencial
deve ser imediatamente verificada a partir da fonte emissora. Da mesma forma, quando uma agência externa
investiga um evento sentinela relacionado a um membro do corpo médico e emite sanções, essas informações
devem ser usadas prontamente para reavaliar os privilégios clínicos do membro do corpo médico. Para garantir
que os arquivos do corpo médico sejam completos e precisos, os arquivos são revisados pelo menos a cada três
anos, e uma nota nos documentos indica que qualquer ação tomada ou que nenhuma ação é necessária e a
nomeação para o corpo médico continua.
As considerações para a concessão de privilégios clínicos na renomeação incluem:
• Os membros do corpo médico podem receber privilégios adicionais com base na educação avançada
e treinamento. A educação e a formação são verificadas a partir da fonte que fornece a educação ou
treinamento ou emissão da credencial. A concessão integral do privilégio adicional pode ser adiada até que
o processo de verificação seja concluído ou quando houver um período de prática supervisionada antes de
conceder um novo privilégio irrestrito; por exemplo, um número necessário de casos supervisionados de
cirurgia robótica.
• Os membros do corpo médico podem ter seus privilégios continuados, limitados, reduzidos ou encerrados
com base:
ºº nos resultados do processo de revisão contínua da prática profissional (Veja também SQE.11);
ºº nas limitações impostas aos privilégios do indivíduo por uma agência profissional, governamental ou
reguladora externa;
ºº nos achados do hospital a partir de uma avaliação de uma sentinela ou outro evento;
ºº na saúde do praticante; ou
ºº em um pedido do praticante.
294
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE)
Corpo de Enfermagem
Qualificação e Educação de
Profissionais (SQE)
Padrão SQE.13
O hospital possui um processo uniforme para reunir, verificar e avaliar as credenciais do corpo de enfermagem
(licença, educação, treinamento e experiência).
Propósito de SQE.13
O hospital precisa garantir que tenha uma equipe de enfermagem qualificada que corresponda adequadamente
à sua missão, recursos e necessidades dos pacientes. A equipe de enfermagem é responsável por prestar cuidado
direto ao paciente. Além disso, o cuidado com a enfermagem contribui para os resultados gerais dos pacientes.
O hospital deve garantir que os enfermeiros estejam qualificados para prestar cuidados de enfermagem e devem
especificar os tipos de cuidados que podem prestar se não forem identificados em leis ou regulamentos.
O hospital garante que cada enfermeiro seja qualificado para prestar cuidado e tratamento seguros e eficazes aos
pacientes:
• compreendendo as leis e regulamentos aplicáveis que se aplicam aos enfermeiros e à enfermagem;
• reunindo todas as credenciais disponíveis em cada enfermeiro, incluindo pelo menos:
ºº evidência de formação/formação;
ºº evidência de licenciamento atual;
ºº evidência de competência atual através de informações de outras fontes em que o enfermeiro foi
empregado; e
ºº cartas de recomendação e/ou outras informações que a organização possa exigir, como histórico de
saúde, fotos, entre outras; e
• verificando as informações essenciais, como registro atual ou licenciamento, especialmente quando tais
documentos são renovados periodicamente, e quaisquer certificações e evidências de conclusão de ensino
especializado ou avançado.
O hospital precisa fazer todos os esforços para verificar informações essenciais, mesmo quando a educação
ocorreu em outro país e há um tempo significativo. Sites seguros, confirmação telefônica documentada da fonte,
confirmação por escrito e de terceiros, como uma agência designada, oficial governamental ou não governamental,
podem ser usados. As situações descritas para o corpo médico no Propósito de SQE.9 são consideradas substitutas
aceitáveis para uma organização que realiza verificação de fonte primária de credenciais de enfermeiros.
A conformidade das padrões exige que a verificação da fonte primária seja realizada para todos os enfermeiros.
Exceção: Para uma avalição inicial de acreditação da JCI, os hospitais devem ter concluído a verificação
de fonte primária para novos requerentes de enfermagem nos doze (12) meses anteriores à avaliação inicial.
Durante os doze (12) meses seguintes à avaliação inicial, os hospitais são obrigados a concluir a verificação da
fonte primária para todos os outros enfermeiros atualmente empregados. Esse processo é realizado ao longo dos
12 meses de pós-avaliação, de acordo com um plano que prioriza a verificação das credenciais dos enfermeiros
atualmente empregados que prestam serviços de alto risco, como no centro cirúrgico, no pronto-socorro ou na
unidade de terapia intensiva.
Quando a verificação não é possível, como na perda de registros em um desastre, isso é documentado.
O hospital possui um processo que garante que as credenciais de cada enfermeiro contratado também tenham
sido recolhidas, verificadas e revisadas para garantir a competência atual antes da atribuição. (Veja também
GLD.6) O hospital reúne e mantém um arquivo das credenciais de cada enfermeiro. Os arquivos contêm licenças
atuais quando os regulamentos exigem renovação periódica. Há documentação de treinamento relacionado a
quaisquer competências adicionais. (Veja também SQE.5)
295
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
2. Educação, treinamento e certificações são verificados a partir da fonte original de acordo com os
parâmetros encontrados no propósito do SQE.9 e são documentados.
3. A licença é verificada a partir da fonte original de acordo com os parâmetros encontrados no propósito
do SQE.9 e é documentada.
4. Há um registro mantido das credenciais de cada membro do corpo de enfermagem.
5. O hospital tem um processo para garantir que as credenciais dos enfermeiros contratados sejam válidas e
completas antes da admissão.
6. O hospital tem um processo para garantir que os enfermeiros que não são funcionários do hospital, mas
acompanhem médicos particulares e prestam serviços aos pacientes do hospital, tenham credenciais válidas.
Padrão SQE.14
O hospital possui um processo padronizado para identificar responsabilidades no cargo e fazer atribuições clínicas
de cargo com base nas credenciais do profissionais de enfermagem e quaisquer requisitos regulatórios.
Padrão SQE.14.1
O hospital possui um processo padronizado para a participação do corpo de enfermagem nas atividades de
melhoria da qualidade do hospital, inclusive avaliando o desempenho individual quando indicado.
296
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE)
Qualificação e Educação de
Profissionais (SQE)
Padrão SQE.15
O hospital possui um processo uniforme para reunir, verificar e avaliar as credenciais de outros profissionais de
saúde (licença, educação, treinamento e experiência).
Propósito de SQE.15
Os hospitais empregam ou podem permitir que uma variedade de outros profissionais de saúde ofereçam
cuidados e serviços aos seus pacientes ou participem de processos de cuidado ao paciente. Por exemplo,
esses profissionais incluem enfermeiros parteiros, assistentes cirúrgicos, especialistas em cuidado médico
de emergência, farmacêuticos e técnicos de farmácia. Em alguns países ou culturas, esse grupo também
inclui curandeiros tradicionais ou aqueles que fornecem serviços alternativos que complementam a
prática médica tradicional (por exemplo, acupuntura, fitoterapia). Muitas vezes, esses indivíduos não
praticam no hospital; em vez disso, eles fazem encaminhamentos para o hospital ou prestam cuidado
contínuo ou de acompanhamento para os pacientes da comunidade. Muitos desses profissionais
completam programas formais de treinamento e recebem licenças ou certificados ou estão registrados em
autoridades locais ou nacionais. Outros podem completar programas de aprendizagem menos formais ou
outras experiências supervisionadas.
Para os demais profissionais de saúde autorizados a trabalhar ou praticar no hospital, o hospital é
responsável por reunir e verificar suas credenciais. O hospital deve garantir que outros profissionais de
saúde estejam qualificados para prestar cuidados e tratamentos e devem especificar os tipos de cuidados e
tratamentos que podem fornecer se não forem identificados em leis ou regulamentos. O hospital garante
que outros profissionais de saúde estejam qualificados para prestar cuidado e tratamento seguros e
eficazes aos pacientes:
• compreendendo as leis e regulamentos aplicáveis que se aplicam a tais praticantes;
• reunindo todas as credenciais disponíveis de cada indivíduo, incluindo pelo menos evidências de educação
e treinamento e evidências de licença ou certificação vigentes quando necessário; e
• verificando as informações essenciais, como registro atual, licença ou certificação.
O hospital precisa fazer todos os esforços para verificar informações essenciais relevantes para as responsabilidades
do indivíduo, mesmo quando a educação ocorreu em outro país e há um tempo significativo. Sites seguros,
confirmação telefônica documentada da fonte, confirmação por escrito e terceiros, como uma agência designada,
oficial governamental ou não governamental, podem ser usados.
As situações descritas para o corpo médico na propósito do SQE.9 são substitutos aceitáveis para um hospital que
realiza verificação de fonte primária para as credenciais de outros profissionais de saúde. (Veja também GLD.6.2)
A conformidade com os padrões exige que a verificação da fonte primária seja realizada para todos os outros
profissionais de saúde.
Exceção: Para uma avaliação inicial de acreditação da JCI, os hospitais devem ter concluído a verificação de fonte
primária para novos candidatos nos doze (12) meses anteriores à avaliação inicial. Os hospitais são obrigados a
concluir a verificação da fonte primária para todos os outros profissionais de saúde atualmente empregados antes
da avaliação trienal de acreditação.
Quando não há processo de educação formal, licenciamento ou processo de registro ou outra credencial ou
evidência de competência, isso está documentado no registro do indivíduo. Quando a verificação não é possível,
como como a perda de registros em um desastre, isso é documentado no registro do indivíduo. O hospital reúne e
mantém um arquivo das credenciais de cada profissional de saúde. Os arquivos contêm licenças ou registros atuais
quando os regulamentos exigem renovação periódica. (Veja também SQE.5)
297
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
2. Educação, treinamento e certificações são verificados a partir da fonte original de acordo com os
parâmetros encontrados no propósito do SQE.9 e são documentados.
3. A licença é verificada a partir da fonte original de acordo com os parâmetros encontrados no propósito
do SQE.9 e é documentada.
4. Há um registro mantido para outros profissionais de saúde que contém cópias de qualquer licença,
certificação ou registro exigidos.
5. O hospital tem um processo para garantir que outros profissionais de saúde que não são funcionários do
hospital, mas acompanhem médicos particulares e prestam serviços aos pacientes do hospital tenham
credenciais válidas que sejam comparáveis à exigência do hospital de credenciais.
Padrão SQE.16
O hospital possui um processo uniforme para identificar responsabilidades no cargo e fazer atribuições clínicas de
cargo com base nas credenciais de outros profissionais de saúde e quaisquer requisitos regulatórios.
Padrão SQE.16.1
O hospital possui um processo uniforme para a participação de outros profissionais de saúde nas atividades de
melhoria da qualidade do hospital.
298
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE)
Referências
Qualificação e Educação de
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299
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
300
Gerenciamento da
Informação (MOI)
Visão geral
O cuidado ao paciente é um esforço complexo que é altamente dependente da comunicação da informação.
Gerenciamento da Informação
Essa comunicação é com os pacientes e seus familiares, outros profissionais de saúde e a comunidade. Falhas
na comunicação são uma das causas mais comuns de incidentes de segurança do paciente. Muitas vezes, essas
falhas de comunicação resultam de caligrafia ilegível, e do uso não uniforme ou não padronizado de abreviaturas,
símbolos e códigos em uma organização. Uma parte integrante do gerenciamento da informação no cuidado à
saúde é o monitoramento e a proteção do uso das informações dos pacientes. Para prestar, coordenar e integrar
(MOI)
serviços, as organizações de saúde contam com informações sobre a ciência do cuidado, pacientes em suas
condições individuais, cuidados prestados, resultados do cuidado e seu próprio desempenho. Assim como os
recursos humanos, materiais e financeiros, a informação é um recurso que deve ser gerenciado efetivamente pelos
líderes da organização. Toda organização busca obter, gerenciar e usar informações para melhorar os resultados
dos pacientes, bem como o desempenho individual e geral da organização.
Com o tempo, as organizações se tornam mais eficazes em:
• identificar as necessidades de informação e tecnologia da informação;
• projetar/implantar sistemas de gerenciamento de informações;
• definir e capturar dados e informações;
• analisar dados e transformá-lo em informação;
• transmitir e emitir dados e informações;
• proteger a confidencialidade, a segurança e a integridade dos dados e informações; e
• integrar e utilizar informações para melhoria de desempenho.
Embora a informatização e outras tecnologias melhorem a eficiência, os princípios da bom gerenciamento da
tecnologia da informação se aplicam a todas as metodologias de documentação. Esses padrões são projetados para
serem igualmente compatíveis com sistemas não informatizados e tecnologias atuais/futuras.
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro documento
escrito para processos específicos. Esses padrões são indicados por um ícone após o texto padrão.
Padrões
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
Gerenciamento de Informação
MOI.1 O hospital planeja e projeta processos de gerenciamento da informação para atender às necessidades
de informação daqueles que prestam serviços clínicos, dirigentes do hospital e pessoas de fora do
hospital que necessitam de dados e informações da organização.
301
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
MOI. 7.1 As políticas, procedimentos, planos e outros documentos que orientam processos
e práticas clínicas e não clínicas consistentes e uniformes, são plenamente
implementados.
Prontuário do Paciente
MOI. 8 O hospital inicia e mantém um prontuário padronizado e preciso para cada paciente avaliado ou
tratado e determina o conteúdo, formato e localização das registros de registros.
MOI. 8.1 O prontuário contém informações suficientes para identificar o paciente, apoiar
o diagnóstico, justificar o tratamento e documentar o curso e os resultados do
tratamento.
MOI. 9 Cada registro no prontuário do paciente identifica seu autor e quando o registro foi feito no
prontuário.
MOI. 10 Como parte de suas atividades de monitoramento e melhoria de desempenho, o hospital avalia
regularmente o conteúdo do prontuário do paciente.
302
Gerenciamento da Informação (MOI)
Gerenciamento da Informação
Padrão MOI.1
O hospital planeja e projeta processos de gerenciamento da informação para atender às necessidades de
informação daqueles que prestam serviços clínicos, dirigentes do hospital e pessoas de fora do hospital que
necessitam de dados e informações da organização.
Propósito de MOI.1
As informações são geradas e utilizadas durante o cuidado ao paciente, tratamento e serviços e para o
Gerenciamento da Informação
gerenciamento de um hospital seguro e eficaz. A capacidade de capturar e fornecer informações requer um
planejamento eficaz. O planejamento incorpora a registro de uma variedade de fontes que precisam ou requerem
dados e informações, incluindo o seguinte:
• Os profissionais de saúde e outros profissionais que prestam serviços clínicos
(MOI)
• Liderança do hospital e líderes de departamento/serviço (Veja também GLD.3.2)
• Indivíduos, serviços e agências fora do hospital que precisam ou necessitam de dados ou informações sobre
os processos de funcionamento e cuidado do hospital (Consulte também GLD.3. 1)
O planejamento também inclui a missão do hospital, serviços prestados, recursos, acesso à tecnologia acessível
e suporte para uma comunicação eficaz entre os cuidadores. As necessidades prioritárias de informação dessas
fontes influenciam as estratégias de gerenciamento da informação do hospital e a capacidade de implementar essas
estratégias. As estratégias atendem às necessidades do hospital com base no tamanho do hospital, complexidade
dos serviços, disponibilidade de pessoal capacitado e outros recursos humanos e técnicos. Os processos de
informação são abrangentes e incluem todos os departamentos e serviços do hospital. O planejamento para o
gerenciamento das informações não requer um programa formal de informações escritas, mas requer evidências
de uma abordagem planejada que identifique as necessidades e processos de informação do hospital para atender a
essas necessidades. (Veja também QPS.4 e PCI.3)
Padrão MOI.2
O hospital mantém a confidencialidade, segurança, privacidade e integridade de dados e informações por meio de
processos para gerenciar e controlar o acesso.
Padrão MOI.2.1
O hospital mantém a confidencialidade, segurança, privacidade e integridade dos dados e informações por meio
de processos que protegem contra perdas, roubos, danos e destruição.
303
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Propósito de MOI.2
O hospital mantém a confidencialidade, segurança e integridade dos dados e informações e é particularmente
cuidadoso com a preservação de dados e informações confidenciais dos pacientes. O equilíbrio entre o
compartilhamento de dados e a confidencialidade dos dados é abordado. (Ver também PCC.1.3; MMU.4.1;
QPS.4; GLD.17; GLD.19; SQE.5; e MOI.8)
Se um hospital usa sistemas de informação em papel e/ou eletrônicos, o hospital implementa medidas para
proteger e manter seguros dados e informações em todos os momentos. Os dados e informações incluem
prontuários do paciente, dados de equipamentos e dispositivos médicos, dados de pesquisa, dados de qualidade,
dados de faturamento, dados de recursos humanos e outras fontes, conforme aplicável à organização. As medidas
de segurança incluem processos para gerenciar e controlar o acesso. Por exemplo, para manter a confidencialidade
e a segurança dos prontuários dos pacientes, o hospital determina quem está autorizado a acessar os prontuários e
o nível de acesso do indivíduo autorizado aos registros.
Quando os sistemas eletrônicos de informação são utilizados, o hospital implementa processos para atribuir
privilégios aos usuários autorizados de acordo com seu nível de acesso. Dependendo do nível de acesso, um
Gerenciamento da Informação
usuário autorizado pode ser capaz de inserir, modificar e excluir informações, ou pode ter acesso somente
para leitura ou acesso restrito a alguns sistemas ou módulos. Os níveis de acesso a um sistema de prontuário
eletrônico podem identificar quem pode fazer registros no prontuário, quem pode inserir requisições de
pacientes, quem pode acessar casos de pacientes de alta segurança, quem pode acessar dados de melhoria de
qualidade, e assim por diante.
(MOI)
O nível de acesso de cada indivíduo autorizado aos dados e informações é baseado na necessidade e definido pelo
cargo e pela responsabilidades do indivíduo. Estudantes, estagiários, escriturários e outros, conforme determinado
pelo hospital, estão incluídos. (Veja também MOI.9) Um processo eficaz define:
• quem está autorizado a ter acesso a dados e informações, incluindo prontuários de pacientes;
• as informações às quais um indivíduo autorizado tem acesso (nível de acesso);
• o processo de concessão de privilégios de acesso a indivíduos autorizados;
• a obrigação do indivíduo de manter as informações confidenciais e seguras;
• o processo de manutenção da integridade dos dados (precisão, consistência e completude); e
• o processo a ser adotado quando a confidencialidade, segurança ou integridade dos dados são violadas ou
comprometidas.
Para hospitais com sistemas eletrônicos de informação, monitorar o acesso aos dados e informações dos
pacientes através de auditorias de segurança de registros de acesso pode ajudar a proteger a confidencialidade e a
segurança. O hospital implementa um processo para monitorar proativamente os registros de acesso. Auditorias
regulares de segurança podem identificar vulnerabilidades do sistema, além de violações de confidencialidade
e políticas de segurança. Por exemplo, como parte do processo, o hospital pode identificar usuários do sistema
que alteraram, editaram ou excluíram informações e podem rastrear alterações feitas no prontuário eletrônico.
Os resultados deste processo de auditoria podem ser usados para validar que as permissões do usuário estão
adequadamente definidas. A realização de auditorias de segurança também pode ser eficaz na identificação de
vulnerabilidades de segurança, como acesso ao usuário e permissões que precisam ser atualizadas ou removidas
devido a alterações de pessoal ou rotatividade.
Quando os assistentes de documentação, ou escriturários, auxiliam os profissionais de saúde com
documentação, o hospital possui processos para garantir a proteção dos dados e informações dos pacientes.
O hospital identifica as qualificações, treinamentos e competências necessárias para os escriturários,
bem como suas responsabilidades no trabalho, incluindo o escopo das atividades documentais que um
escriturário pode realizar. Como acontece com qualquer pessoa que tenha acesso aos prontuários do paciente,
os escriturários devem ser autorizados a acessar e fazer registros no prontuário, e seu nível de acesso é
identificado. Quando os registros médicos eletrônicos são usados, quaisquer medidas adicionais de segurança
para o login no sistema são definidas e implementadas. Por exemplo, o hospital possui processos para
garantir que os indivíduos entrem e acessem o sistema usando uma credencial única atribuída apenas a eles e
que as credenciais não sejam compartilhadas.
Além dos processos de gerenciamento e controle do acesso, o hospital garante que os prontuários, dados e outras
informações em papel e eletrônicos estejam protegidos contra perdas, roubos, adulterações, danos e destruição
não intencional. É importante que o hospital avalie as vulnerabilidades na organização que representam
potenciais riscos à segurança dos dados e informações. O hospital realiza e documenta uma avaliação contínua
304
Gerenciamento da Informação (MOI)
de risco de segurança da informação, pelo menos anualmente. A avaliação de risco considera uma revisão de
processos e serviços novos e planejados que podem representar riscos para dados e informações, onde quer
que sejam acessados ou armazenados. Os riscos são priorizados a partir da avaliação de riscos, e melhorias são
identificadas e implementadas para lidar com os riscos. Melhorias são monitoradas para garantir que os riscos
sejam prevenidos ou eliminados.
Para proteger dados e informações, o hospital implementa as melhores práticas de segurança de dados e garante o
armazenamento protegido e seguro de registros médicos, dados e informações. Exemplos de medidas e estratégias
de segurança incluem, mas não se limitam a, o seguinte:
• Garantir que o software de segurança e as atualizações do sistema estejam atuais
• Criptografar dados, como dados armazenados em formato digital
• Proteger dados e informações por meio de estratégias de backup, como armazenamento externo e/ou
serviços de backup em nuvem (Veja também MOI.13)
• Armazenar registros médicos físicos em locais onde calor, água e fogo provavelmente não ocorrerão
• Armazenar prontuários ativos em áreas onde apenas profissionais autorizados de saúde têm acesso
Gerenciamento da Informação
• Garantir que salas de servidores e salas para prontuários físicos sejam protegidas e acessíveis apenas a
indivíduos autorizados
• Garantir que salas de servidores e salas para registros médicos físicos sejam mantidas em níveis adequados
de temperatura e umidade para proteger registros/servidores
(MOI)
Elementos de mensuração de MOI.2
1. O hospital desenvolve e implementa processos consistentes com leis e regulamentos para garantir a
confidencialidade, segurança e integridade dos dados e informações.
2. O hospital identifica aqueles autorizados a acessar dados e informações, incluindo aqueles autorizados
a fazer registros no prontuário do paciente, e determina seu nível de acesso com base no cargo e
responsabilidades de cada indivíduo.
3. O hospital possui um processo estabelecido para conceder, aos indivíduos autorizados, privilégios de
acesso a dados e informações de acordo com seu nível de acesso.
4. O hospital implementa processos para garantir que os dados e informações sejam acessados apenas por
indivíduos autorizados e de acordo com seu nível de acesso.
5. O hospital implementa processos para garantir que apenas indivíduos autorizados façam registros no
prontuário do paciente e de acordo com seu nível de acesso.
6. O hospital monitora a conformidade com o processo e toma medidas quando a confidencialidade,
segurança ou integridade dos dados são violados ou comprometidos.
305
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão MOI.3
O hospital determina o tempo de arquivamento dos prontuários, dados e outras informações do paciente.
Propósito de MOI.3
O hospital determina o tempo de arquivamento de prontuários, dados e outras informações que são mantidas
por períodos suficientes para cumprir as leis e regulamentos e apoiar o cuidado ao paciente, gerenciamento,
documentação legal, pesquisa e educação, conforme aplicável. (Veja também MOI. 2 e MOI.8) O processo
de arquivamento de prontuários, dados e outras informações, incluindo mensagens de texto e e-mails que
contêm informações para prontuários, é consistente com as políticas e procedimentos do hospital para manter
a confidencialidade e segurança dessas informações. Quando o período de arquivamento é finalizado, os
prontuários, dados e outras informações do paciente são destruídos de uma maneira que não comprometa a
confidencialidade e a segurança.
1. O hospital determina o tempo de arquivamento dos prontuários dos pacientes e outros dados e
informações e cumpre as leis e regulamentos.
2. O processo de arquivamento fornece confidencialidade e segurança esperadas.
(MOI)
3. Os prontuários do paciente, os dados e outras informações são destruídos ou excluídos de uma maneira
que não comprometa a confidencialidade e a segurança.
Padrão MOI.4
O hospital utiliza diagnósticos e códigos de procedimento padronizados e garante o uso uniforme de símbolos e
abreviaturas aprovados em todo o hospital.
Propósito de MOI.4
A padronização dos códigos e o uso uniforme de símbolos e abreviaturas previne erros de comunicação e
potenciais erros no cuidado ao paciente. Além disso, o uso uniforme de códigos padronizados de diagnóstico e
procedimento suporta a agregação e análise de dados.
Abreviaturas podem ser problemáticas e às vezes até perigosas, particularmente no contexto da prescrição de
medicamentos. Por essa razão, alguns hospitais não permitem o uso de abreviaturas em seus serviços. Quando as
abreviaturas são permitidas no hospital, os processos são implementados para prevenir ou reduzir os riscos à segu-
rança do paciente. As abreviaturas não são utilizadas em documentos de consentimento informado, documentos
de direitos do paciente, instruções de alta e resumos de alta. (Veja também ACC.4.2 e ACC.5.1) Os pacientes e
familiares podem não estar familiarizados ou entender as abreviaturas aprovadas pelo hospital e podem não estar
confortáveis em pedir esclarecimentos. Além disso, se um resumo de alta do cuidado e tratamento do paciente
contiver abreviaturas e for enviado com um paciente sendo transferido para outra organização, há um risco para a
segurança do paciente se a organização receptora utilizar algumas das mesmas abreviaturas, mas com significados
diferentes, ou simplesmente não saber os significados das abreviaturas no resumo da alta.
Abreviaturas são tipicamente utilizadas em resultados de exames de imagem laboratorial e diagnóstico. Quando
um paciente recebe resultados de exames de imagem laboratoriais e diagnósticos com abreviaturas, espera-se
que esses resultados de exames também sejam compartilhados com o médico do paciente para que possam ser
revistos com o paciente. No entanto, se o nome de um exame for usado no contexto de instruções de educação
ou acompanhamento (por exemplo, instruções de alta que incluem informações sobre o monitoramento de
exames de sangue em série, como a Relação Normalizada Internacional - [INR] (International Normalized
Ratio) ou hemoglobina A1c, que é usado na monitorização de doentes que fazem terapêutica anticoagulante), as
abreviaturas não são utilizadas, e os termos são explicitados e explicados para o paciente .
Quando um hospital utiliza abreviaturas, o hospital desenvolve e implementa um processo para o uso uniforme
de abreviaturas aprovadas, como através do uso de uma lista. Este uso uniforme inclui cada abreviação com
306
Gerenciamento da Informação (MOI)
apenas um significado. Quando abreviaturas têm mais de um significado, a confusão sobre o que o autor quis
dizer pode resultar em erros médicos. Por exemplo, a abreviação MS (mitral stenosis em inglês) pode significar
estenose mitral na cardiologia; no entanto, na neurologia, a abreviação MS (multiple sclerosis em inglês) pode
ser usada para esclerose múltipla. Além disso, a confusão pode surgir quando duas abreviações têm as mesmas
letras, mas casos de letras diferentes (por exemplo, Pt (patient em inglês) para paciente e PT (physiotherapy em
inglês) para fisioterapia). Embora o uso de letras maiúsculas e minúsculas difere entre os dois exemplos, eles são
essencialmente a mesma abreviação com mais de um significado. É importante que o uso da sigla seja uniforme e
consistente em todo o hospital, sem diferenças de significados entre diferentes departamentos ou serviços.
Quando um hospital usa abreviaturas, o hospital desenvolve e/ou adota uma lista de abreviaturas e símbolos.
Por exemplo, o Instituto de Práticas Seguras de Medicamentos (Institute for Safe Medication Practices - ISMP)
mantém uma lista de abreviaturas, símbolos e designações de doses que “nunca devem ser usadas ao comunicar
informações médicas”. Os itens da lista foram notificados ao ISMP como sendo frequentemente mal interpretados
e envolvidos em erros nocivos de medicação.
O uso de códigos padronizados pelo hospital e o uso uniforme de símbolos e abreviaturas aprovados é
consistente com os padrões de prática profissional e cumpre as leis e regulamentos locais, conforme aplicável.
Gerenciamento da Informação
Os profissionais são educados e treinados sobre os princípios da padronização e uso uniforme dos códigos,
símbolos e abreviaturas do hospital.
Os princípios do uso padronizado de códigos e uso uniforme de símbolos e abreviaturas aprovados são aplicados
em sistemas de prontuários eletrônicos e comunicações eletrônicas, como e-mail, mensagens de texto (sms), que
são utilizados para comunicar sobre o cuidado ao paciente. (Veja também MOI. 10)
(MOI)
Elementos de mensuração de MOI.4
1. O hospital usa códigos de diagnóstico padronizados e códigos de procedimento.
2. O hospital implementa o uso uniforme de símbolos aprovados e identifica aqueles que não devem ser
utilizados.
3. Se o hospital permitir abreviaturas, o hospital implementa o uso uniforme de abreviaturas aprovadas, e
cada abreviação tem apenas um significado.
4. Se o hospital permitir abreviaturas, o hospital desenvolve e/ou adota uma lista de abreviaturas.
5. As abreviaturas não são utilizadas em documentos de consentimento informado e direitos do paciente,
instruções de alta e resumos de alta.
6. O hospital monitora o uso de códigos, símbolos e abreviaturas em toda a organização e realiza ações
para melhorar os processos quando necessário.
Padrão MOI.5
As necessidades de dados e informações daqueles que estão dentro ou fora do hospital são atendidas em tempo
oportuno, em um formato que atende às expectativas dos usuários e com a frequência desejada.
Propósito de MOI.5
A disseminação de dados e informações para atender às necessidades daqueles que estão dentro ou fora do hospital
é um aspecto importante da gerenciamento da informação. Internamente, os profissionais de saúde, a liderança
do hospital, os líderes de departamento/serviço e outros profissionais exigem dados e informações específicos
em tempo oportuno para permitir que eles cumpram suas responsabilidades de forma eficaz e eficiente. Por
exemplo, os profissionais de saúde que cuidam de um paciente, incluindo médicos, enfermeiros, nutricionistas,
farmacêuticos e outros, precisam ter acesso a informações atualizadas e à todas as seções aplicáveis do prontuário
do paciente, a fim de fornecer um cuidado seguro e eficaz ao paciente.
Externamente, o hospital pode fornecer dados e informações aos órgãos reguladores (como o Ministério da
Saúde), aos profissionais de saúde (como o médico de atenção primária do paciente na comunidade), aos serviços
de saúde e organizações (como um laboratório externo ou uma organização para o encaminhamento, do paciente)
e indivíduos (como pacientes que solicitam seu prontuário após a alta do hospital).
307
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
O formato e o prazo para disseminação de dados e informações são adaptados para atender às expectativas
do usuário sobre o indivíduo, o serviço ou a organização. Quando são necessários dados e informações para o
cuidado de um paciente, é fornecido em tempo oportuno que apoia a continuidade do cuidado e a segurança do
paciente. (Veja também ACC.3 e COP.3)
Exemplos de estratégias de disseminação para atender às expectativas dos usuários incluem:
• • fornecer os dados e informações específicos solicitados/necessários;
• • fornecer relatórios com a frequência necessária pelo indivíduo ou organização;
• • fornecer dados e informações em um formato que facilita seu uso;
• • fazer interrelação de fontes de dados e informações; e
• • prestar esclarecimento ou interpretação de dados.
3. Indivíduos e organizações dentro e fora do hospital recebem dados e informações em um formato que
facilita seu uso pretendido.
4. Os profissionais que prestam assistência ao paciente têm acesso aos dados e informações necessários para
realizar suas responsabilidades de trabalho e para prestar assistência ao paciente de forma segura e eficaz.
Padrão MOI.6
O corpo clínico, os tomadores de decisão e outros membros da equipe são educados e treinados sobre sistemas de
informação, segurança da informação e princípios de uso e gerenciamento de informações.
Propósito de MOI.6
Os indivíduos do hospital que geram, coletam, inserem, revisam, analisam e usam dados e informações são
educados e treinados para participar efetivamente do uso e gerenciamento de informações. Essa educação e
treinamento permite que esses indivíduos:
• utilizem sistemas de informação, como um sistema eletrônico de prontuário, para exercer suas
responsabilidades de cargo de forma eficaz e prestar cuidados de forma eficiente e segura;
• entendam e cumpram políticas e procedimentos para garantir a segurança e confidencialidade dos dados e
informações; (Veja também PCC.1.3)
• compreendam e implementem táticas e estratégias para o gerenciamento de dados, informações e
documentação durante o tempo de inatividade planejado e não planejado; (Veja também MOI.13)
• usem dados e informações para ajudar na tomada de decisões; (Veja também MMU.5.1 e QPS.3)
• eduquem e apoiem pacientes e famílias no que se refere à participação nos processos assistenciais; (Veja
também PCC.2) e
• utilizem medidas para avaliar e melhorar os processos de cuidado e trabalho.
Os indivíduos são educados e treinados de acordo com suas responsabilidades, descrições de cargo e necessidades
de dados e informações. Hospitais com sistemas de prontuário eletrônico garantem que os profissionais que
precisam acessar, revisar e/ou documentar no prontuário do paciente recebam educação, treinamento contínuo e
avaliação para usar o sistema de forma eficaz e eficiente. Vários métodos podem ser utilizados para treinamento
contínuo; por exemplo, “dicas e truques”, guias de referência rápidos, módulos educacionais curtos e boletins
informativos podem ser postados ou enviados para a equipe para fornecer orientações úteis sobre como usar o
sistema. O treinamento contínuo deve ser relevante para as necessidades do profissional e para a utilização do
308
Gerenciamento da Informação (MOI)
sistema. Os profissionais são avaliados para garantir que eles tenham a competência e habilidade necessárias para
usar o sistema de forma eficaz e eficiente para executar suas responsabilidades do cargo.
O processo de gerenciamento de informações permite combinar informações de várias fontes e gerar relatórios
para apoiar a tomada de decisões. Em particular, a combinação de informações clínicas e gerenciais ajuda os
líderes de departamento/serviço a planejar de forma colaborativa. O processo de gerenciamento de informações
suporta líderes de departamento/serviço com dados longitudinais integrados e dados comparativos.
Gerenciamento da Informação
3. Dados e informações clínicas e gerenciais são integrados conforme necessário para apoiar a tomada
de decisões.
(MOI)
Gerenciamento e Implementação de Documentos
Padrão MOI. 7
Os documentos, incluindo políticas, procedimentos e programas, são gerenciados de forma consistente
e uniforme.
Propósito do MOI. 7
As políticas e procedimentos destinam-se a fornecer conhecimento uniforme sobre funções organizacionais
clínicas e não clínicas. Um documento escrito orienta como todas as políticas, procedimentos e programas no
hospital serão desenvolvidos e controlados. Este documento de orientação inclui os seguintes componentes-chave:
a. Revisão e aprovação de todos os documentos por uma pessoa autorizada antes da emissão
b. O processo e a frequência de revisão e aprovação contínua dos documentos
c. Os controles para garantir que apenas versões atuais e relevantes de documentos estejam disponíveis
d. Como as alterações em um documento podem ser identificadas
e. A manutenção da identidade e legibilidade dos documentos
f. Um processo de gerenciamento de documentos que se originaram fora do hospital
g. Arquivamento de documentos obsoletos por pelo menos o tempo exigido pelas leis e regulamentos,
garantindo que eles não serão usados erroneamente (Veja também MOI.3)
h. Identificação e rastreamento de todos os documentos em circulação (por exemplo, identificados por título,
data de emissão, edição e/ou data de revisão atual, número de páginas e quem autorizou e/ou revisou o
documento)
Esses processos de desenvolvimento e manutenção de políticas, procedimentos e programas são implementados.
309
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Prontuário do Paciente
Padrão MOI. 8
O hospital inicia e mantém um prontuário padronizado e preciso para cada paciente avaliado ou tratado e
determina o conteúdo, formato e localização das registros do registro.
310
Gerenciamento da Informação (MOI)
Gerenciamento da Informação
pode indicar que um exame completo foi realizado e estava dentro dos limites normais. Se um exame não
ocorreu, mas é documentado como normal, pacientes e profissionais de saúde podem tomar decisões de
tratamento com base nessa informação incorreta.
Os hospitais implementam processos para garantir a exatidão dos dados e informações nos prontuários
dos pacientes, incluindo diretrizes para o uso adequado de copiar e colar, preenchimento automático,
(MOI)
autocorreção e o uso de formulários padronizados no prontuário eletrônico, bem como o monitoramento
de seu uso. O monitoramento pode envolver uma parceria com o fornecedor de prontuários eletrônicos
para desenvolver uma maneira de rastrear informações copiadas e coladas (por exemplo, exibindo essas
informações em uma fonte diferente ou sublinhada) ou usando um processo manual para revisar informações
copiadas e coladas. Os hospitais também fornecem treinamento e educação sobre o uso adequado de
copiar e colar, preenchimento automático, autocorreção e o uso de formulários padronizados para todos os
profissionais que fazem registros no prontuário.
Processos devem ser definidos para garantir a precisão dos registros no prontuário do paciente, tanto informações
escritas quanto eletrônicas. Quando as imprecisões estão presentes no prontuário, há implicações para a
segurança do paciente e para a qualidade do cuidado e dos serviços. Por exemplo, inconsistências na hora e
data dos registros, como dois horários de chegada diferentes documentados em locais separados do prontuário
de um paciente no pronto-socorro, podem afetar o cuidado que o paciente recebe, a atividade de faturamento e/
ou os indicadores de qualidade do hospital, entre outras questões. Além disso, as discrepâncias no prontuário
podem causar confusão sobre quais informações estão corretas e devem ser seguidas - por exemplo, o resumo
de alta do paciente, “aconselhou o paciente a fazer outra consulta”, e a partir da mesma, o resumo de alta de
um paciente declarando “aconselhou o paciente a marcar outra consulta” e, na mesma visita, as instruções de
alta do paciente observando “não é necessário acompanhamento”. Para evitar inconsistências e discrepâncias no
prontuário do paciente, o hospital estabelece e implementa processos e diretrizes para facilitar a documentação
precisa e completa. Por exemplo, para facilitar o registro preciso da hora, os relógios são sincronizados em todo o
hospital, incluindo relógios de parede, relógios de computador, relógios em equipamentos médicos e dispositivos
conectados à rede de computadores, e assim por diante.
O conteúdo, formato e localização dos registros para o prontuário de um paciente são padronizados para ajudar
a promover a integração entre os profissionais de saúde e a continuidade do cuidado. O hospital determina os
dados e informações específicos registrados no prontuário de cada paciente avaliado ou tratado em uma unidade
do hospital, de serviço externo ou de emergência. O prontuário médico precisa apresentar informações suficientes
para apoiar o diagnóstico; justificar o cuidado, o tratamento, e os serviços do paciente; documentar o curso e os
resultados do cuidado, tratamento e serviços do paciente; e facilitar a continuidade do cuidado. (Veja também
ACC.5.1; AOP.1.2; AOP.1.2.1; COP.2; COP.2.1; ASC.5; ASC. 6; ASC.7.2; e MMU.4.2)
311
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
3. O hospital estabelece e implementa diretrizes sobre o uso adequado do recurso copiar e colar,
preenchimento automático, autocorreção e o uso de formulários padronizados e fornece educação e
treinamento sobre as diretrizes para todos os profissionais que fazem registros no prontuário eletrônico.
4. O hospital possui um processo para monitorar o cumprimento das diretrizes sobre o uso adequado do
recursos copiar e colar, preenchimento automático, autocorreção e uso de formulários padronizados e
implementa ação corretiva conforme necessário.
5. O hospital estabelece e implementa processos e diretrizes para facilitar a documentação precisa e
completa nos prontuários dos pacientes.
Padrão MOI.9
Cada registro no prontuário do paciente identifica seu autor e quando o registro foi feito no prontuário.
Propósito do MOI. 9
Os processos do hospital garantem que cada registro no prontuário do paciente identifique o autor do registro
e a data de registro. A hora de registro também é anotada, como para tratamentos cronometrados e pedidos de
medicamentos. (Veja também IPSG. 2 até IPSG.2.2; IPSG.4; IPSG.4.1; COP.2; MMU.4.1; e MMU.4.2)
O hospital também estabelece e implementa um processo para como as registros no prontuário do paciente são
corrigidas ou substituídos.
Quando os assistentes de documentação, ou escriturários, auxiliam médicos ou outros profissionais de saúde que
utilizam documentos no prontuário do paciente, espera-se que os escriturários assinem, incluam a hora e a data de
seus registros. Além disso, o hospital tem um processo para garantir que o médico ou profissional de saúde revise
e autentique as registros do escriturário que os está auxiliando. (Veja também MOI.2)
Padrão MOI.10
Como parte de suas atividades de monitoramento e melhoria de desempenho, o hospital avalia regularmente o
conteúdo do prontuário do paciente.
312
Gerenciamento da Informação (MOI)
Propósito de MOI. 10
Cada hospital determina o conteúdo e o formato do prontuário do paciente e possui um processo de avaliação
do conteúdo do prontuário e de sua completitude. Esse processo faz parte das atividades de melhoria de
desempenho do hospital e é realizado regularmente. A revisão do prontuário do paciente baseia-se em uma
amostra representando os profissionais que prestam cuidados e os tipos de cuidados prestados. O processo
de revisão é conduzido pelo corpo médico, equipe de enfermagem e outros profissionais de saúde relevantes
que estão autorizados a fazer registros no prontuário do paciente. A revisão se concentra na pontualidade,
precisão, completitude e legibilidade dos registros e informações clínicas. O conteúdo dos registros, conforme
exigido por leis ou regulamentos, está incluído no processo de revisão. (Veja também MMU.4.2 e MOI. 4)
O processo de revisão do prontuário do hospital inclui prontuários de pacientes atualmente em tratamento,
bem como prontuários de pacientes que receberam alta. Além disso, os prontuários de serviços externos,
internados e outros serviços prestados aos pacientes estão incluídos na revisão. Uma amostra representativa
significa registros de todos os serviços e não um tamanho amostral específico; no entanto, deve fazer sentido
para a organização. Por exemplo, a amostragem aleatória e a seleção de aproximadamente 5% dos prontuários
podem alcançar uma amostra representativa.
Gerenciamento da Informação
Elementos de mensuração de MOI.10
1. Uma amostra representativa de prontuários que inclui prontuários ativos e que receberam alta e
prontuários do hospital e serviços externos, é revisada pelo menos, trimestralmente, ou com mais
frequência conforme determinado por leis e regulamentos.
(MOI)
2. A revisão é conduzida por médicos, enfermeiros e outros autorizados a fazer registros em prontuários de
pacientes ou gerenciar prontuários de pacientes.
3. A revisão se concentra na pontualidade, precisão, completitude e legibilidade dos registros do prontuário.
4. O conteúdo dos registros conforme exigido por leis ou regulamentos está incluído no processo de revisão.
5. Os resultados do processo de revisão são incorporados ao mecanismo de supervisão da qualidade
do hospital.
Padrão MOI.11
A liderança do hospital identifica um indivíduo qualificado para supervisionar os sistemas e processos de
tecnologia da informação em saúde do hospital.
Propósito de MOI.11
A tecnologia da informação em saúde pode melhorar significativamente a segurança do paciente, automatizando
e simplificando o trabalho, proporcionando uma transição perfeita das informações de saúde do paciente e
oferecendo mecanismos de segurança que potencialmente reduzem o risco de erros. Por exemplo, os erros de
medicamentos podem ser reduzidos através da implementação de um mecanismo de prescrição computadorizado
e do uso de códigos de barras para administração de medicamentos. No entanto, quando não avaliada e testada
antes da implementação, a tecnologia da informação em saúde pode representar riscos elevados aos pacientes.
Um recurso importante para os hospitais é o investimento em tecnologia da informação em saúde. A tecnologia
da informação em saúde inclui sistemas eletrônicos para documentação e compartilhamento de informações
de pacientes, como prontuários eletrônicos. A tecnologia da informação em saúde também inclui métodos para
armazenar, gerenciar e proteger dados e informações; comunicar informações entre os profissionais de saúde para
melhor coordenar o cuidado; e interagir com outros sistemas para facilitar o cuidado e o tratamento do paciente.
A implementação bem sucedida de sistemas de tecnologia da informação em saúde novos e em evolução requer
apoio, recursos e gerenciamento da liderança do hospital. A liderança identifica um indivíduo qualificado para
313
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
A tecnologia da informação em saúde representa um grande investimento de recursos para um hospital. Por essa
razão, a tecnologia é cuidadosamente compatível com as necessidades atuais e futuras do hospital e seus recursos.
(Veja também GLD.7) No entanto, a nova tecnologia pode não se integrar bem com a tecnologia e os processos
existentes em um hospital. Os novos sistemas de tecnologia não podem atender a todas as áreas de serviço (por
(MOI)
exemplo, o centro cirúrgico ou o departamento de emergência), ou podem não permitir interfaces com sistemas
existentes. Consequentemente, a análise dos processos de fluxo de trabalho antes da seleção e implementação de
novas tecnologias ajudará o hospital a avaliar como os processos e a tecnologia existentes poderiam ser otimizados,
alterados e habilitados por novas tecnologias.
A tecnologia da informação não opera de forma independente. A tecnologia da informação em saúde interage
com processos dentro do hospital, com outras organizações fora do hospital, e com profissionais de saúde internos
e externos, além de pacientes e familiares. Esse nível de integração complexa requer a participação coordenada
dos principais participantes/partes interessadas (key stakeholders). Sob a liderança do indivíduo que supervisiona a
tecnologia da informação em saúde no hospital, os participantes/partes interessadas, como profissionais clínicos
e não clínicos e líderes de departamento/serviço, estão envolvidos na análise do fluxo de trabalho, no processo
seletivo de novas tecnologias/sistemas e nos testes, implementação e avaliação da tecnologia.
Toda ou parte da integração da tecnologia de informação em saúde nova e existente pode ser feita por meio de
serviços contratados. O mesmo nível de análise, avaliação, teste e avaliação do fluxo de trabalho é necessário para
serviços contratados e envolve participantes e partes interessadas apropriadas. A visão do contrato é fornecida
pelo indivíduo que supervisiona a tecnologia da informação em saúde. (Veja também GLD.6 e GLD.6.1) Quando
os sistemas de tecnologia da informação são implementados, é importante que o hospital identifique métricas e
tenha um processo para avaliar a usabilidade e eficácia da tecnologia. A avaliação inclui, mas não se limita, se
a tecnologia está sendo usada ou não como projetada e implementada; quão bem a tecnologia se integra com
a tecnologia existente; o que afeta a tecnologia na melhoria da segurança do paciente, na redução de erros e na
melhoria do desempenho do hospital; e como a tecnologia pode estar afetando os profissionais (por exemplo,
aumentando a eficiência, aumentando o estresse/burnout, e assim por diante).
314
Gerenciamento da Informação (MOI)
Padrão MOI.12
Quando os dispositivos móveis são usados para mensagens de texto, e-mail ou outras comunicações de dados e
informações do paciente, o hospital implementa processos para garantir a qualidade do cuidado ao paciente e
mantém a segurança e a confidencialidade das informações do paciente. -
Propósito de MOI.12
À medida que a tecnologia evoluiu, muitos profissionais de saúde começaram a usar dispositivos móveis para
comunicar dados e informações dos pacientes por meio de mensagens de texto e e-mails, como resultados críticos,
encaminhamentos e notas sobre o cuidado com o paciente. Os profissionais de saúde podem trocar comunicações
com outros profissionais, dentro e fora do hospital, ou podem receber mensagens de texto ou e-mails de pacientes.
Os hospitais podem fornecer dispositivos móveis aos seus profissionais de saúde ou podem permitir que os
profissionais usem seus dispositivos pessoais. Quando os dispositivos móveis são usados, o hospital precisa
garantir que os dados e informações dos pacientes sejam mantidos seguros e confidenciais. (Veja também COP.2)
Por exemplo, o hospital implementa controles de acesso com autenticação de usuários, uma política de senha
Gerenciamento da Informação
segura, capacidade de desativar remotamente ou remover dados e informações do paciente dos dispositivos móveis
se eles forem perdidos ou roubados, e outras formas de controles de segurança. Quando os dispositivos móveis são
fornecidos aos profissionais pelo hospital, há procedimentos para recuperar os dispositivos quando os profissionais
não estão mais empregados ou associados ao hospital.
(MOI)
As plataformas de mensagens de texto mais novas podem oferecer a funcionalidade para lidar com preocupações
anteriores relacionadas a mensagens de texto e confidencialidade, segurança das informações, precisão,
pontualidade, documentação e segurança do paciente. Quando o hospital permite que informações confidenciais
e privadas do paciente sejam transmitidas por mensagens de texto (por exemplo, identificação do paciente,
diagnósticos, histórico, resultados de exames e outras informações confidenciais), o hospital garante que uma
plataforma de mensagens segura seja implementada e inclui o seguinte:
a. Processo de login seguro e criptografado para autenticação de usuários (processos de login protegidos por
senha e exclusivos para cada usuário)
b. Processos para garantir que apenas indivíduos autorizados estejam no diretório de usuários da plataforma
que podem receber mensagens
c. Entrega e leitura de recibos de mensagens
d. Data e hora para mensagens
e. Processos para proteger e manter seguras informações de pacientes contra acesso e uso não autorizados (por
exemplo, logout automático após um período de inatividade, capacidade para o hospital desativar remota-
mente dispositivos móveis ou limpar dados de dispositivos se perdidos ou roubados, e assim por diante)
Além disso, o hospital estabelece processos para garantir que mensagens de texto com informações do paciente
sejam documentadas no prontuário quando o conteúdo se relaciona com o cuidado do paciente. (Veja também
MOI.8 e MOI.8.1) Por exemplo, mensagens de texto trocadas entre profissionais de saúde que contêm
informações utilizadas para tomar decisões sobre o cuidado de um paciente e que precisam ser documentadas no
prontuário desse paciente.
O e-mail tem se tornado cada vez mais parte da comunicação normal na saúde. Há muitas vantagens para
a comunicação por e-mail; no entanto, pode haver questões associadas à segurança, confidencialidade e
pontualidade, como quando dispositivos móveis são usados ou quando os pacientes iniciam contato por e-mail
com o médico. O médico ou hospital pode ter um sistema de e-mail seguro, mas os pacientes muitas vezes não.
Além disso, os problemas sensíveis ao tempo de mensagens enviadas por e-mail, como questões urgentes de saúde,
podem não ser vistos pelo médico em tempo hábil, adiando assim as ações imediatas que possam ser necessárias.
Uma forma de garantir a confidencialidade e evitar atrasos em ações urgentes é limitar o uso de e-mails a áreas
em que o risco de quebra de sigilo ou atraso na resposta é menor (por exemplo, agendamento de consultas e
notificação de registros domiciliares, como pressão arterial ou ganho de peso de pacientes com insuficiência renal
ou insuficiência cardíaca congestiva). Assim, como nas mensagens de texto, o hospital estabelece um processo
para garantir que as mensagens de e-mail com dados e informações relativas ao cuidado de um paciente, sejam
documentadas no prontuário do paciente.
Outro meio para que os pacientes se comuniquem com seus profissionais de saúde é através de um portal de
pacientes. Portais de pacientes fornecem uma gama de serviços que podem ser realizados online ou através de um
315
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
aplicativo em um dispositivo móvel, como preencher formulários de registro, solicitar renovação de prescrição,
acessar resultados de exames, agendar consultas não urgentes, enviar/receber mensagens com o médico, baixar
materiais educativos e fazer pagamentos eletrônicos.
Hospitais que implementam portais de pacientes garantem confidencialidade e segurança das informações do
paciente armazenadas e trocadas pelo portal. A implementação e o uso de portais de pacientes exigem criptografia
de dados/informações do paciente; processo de login seguro com requisitos de senha para usuários; trilhas de
auditoria que registram e registram atividades-chave; e consentimento dos pacientes para participar do portal do
paciente. (Veja também MOI.2)
O hospital implementa um processo para monitorar a qualidade das comunicações realizadas por meio de texto,
e-mail e portais de pacientes, e faz melhorias sempre que necessário. O hospital garante que os pacientes tenham
uma compreensão adequada dos dados e informações recebidas por meio de texto, e-mail e portais de pacientes,
e incentiva os pacientes a entrarem em contato com seu profissional de saúde para tirar dúvidas. O hospital
coleta dados para acompanhar o processo de esclarecimento de dúvidas que surgem de mensagens recebidas via
texto, e-mail e portais de pacientes. Por exemplo, o hospital pode coletar dados sobre a frequência com que os
profissionais precisam esclarecer as informações dos pacientes que foram enviadas por mensagem de texto e o
Gerenciamento da Informação
Padrão MOI.13
O hospital desenvolve, mantém e testa um programa de resposta ao tempo de inatividade planejado e não
planejado dos sistemas de dados.
Propósito de MOI.13
Se um hospital implementou ou não um prontuário eletrônico do paciente (EMR, em inglês – PEP em
português), existe alguma forma de tecnologia da informação sendo utilizada na maioria dos hospitais.
A tecnologia da informação pode ser encontrada em imagens digitais, exames laboratoriais e relatórios de
resultados, sistemas de comunicação, sistemas de suporte a farmácias e similares. Os sistemas de dados são uma
parte importante para fornecer um cuidado seguro e de alta qualidade ao paciente.
Interrupções e falhas no sistema de dados são eventos inevitáveis. Essas interrupções, muitas vezes referidas
como tempo de inatividade, são planejadas ou não planejadas. O tempo de inatividade planejado é programado
para a realização de manutenção, reparos, atualizações e outras alterações no sistema. O tempo de inatividade
não planejado ocorre como resultado de falhas de energia ou equipamentos, falhas no sistema de aquecimento/
resfriamento, desastres naturais, erros humanos e interrupções em serviços de internet ou intranet, entre outras
316
Gerenciamento da Informação (MOI)
interrupções. O tempo de inatividade não planejado pode resultar em falhas no sistema de dados, como perda
de dados, falhas de hardware e corrupção de dados. Os hospitais podem estar em perigo de perder dados
permanentemente se os sistemas não estiverem em vigor para copiar e arquivar dados.
O tempo de inatividade, planejado ou não, pode afetar todo um sistema ou afetar apenas um único aplicativo.
Os hospitais devem preparar todos os departamentos e serviços com treinamentos específicos para táticas e
intervenções para o gerenciamento do tempo de inatividade em sua área específica. (Veja também FMS.11)
Por exemplo, o tempo de inatividade é gerenciado no pronto-socorro e pode ser diferente do processo de
gerenciamento em uma área de diagnóstico por imagem ou farmácia.
A comunicação é um elemento essencial das estratégias de continuidade durante o tempo de inatividade.
Notificar a equipe sobre o tempo de inatividade planejado permite que eles façam os preparativos necessários
para garantir que os negócios continuem de forma segura e eficaz. A comunicação antes do tempo de inatividade
planejado deve incluir pelo menos as seguintes informações:
• O sistema ou aplicativo de tecnologia da informação que será derrubado e as áreas de departamento/serviço
que serão afetadas
• Quando o tempo de inatividade começará e o tempo esperado que o sistema ou aplicativo não estará
Gerenciamento da Informação
disponível
• A razão para o tempo de inatividade e quais mudanças podem ser esperadas após o tempo de inatividade
planejado é concluído; por exemplo:
ºº Manutenção regular—sem mudanças esperadas
(MOI)
ºº Aprimoramento ao sistema
Quando ocorre um tempo de inatividade não planejado, os profissionais precisam ser notificados imediatamente
após a descoberta do evento. A forma como as informações são comunicadas aos profissionais dependerá do
sistema que está em baixa. Por exemplo, se a rede do hospital cair, a comunicação com os profissionais via
telefone pode ser necessária. Múltiplas estratégias de comunicação devem ser desenvolvidas para abordar os
diferentes sistemas que podem ser afetados. Além das estratégias de comunicação interna, pode ser necessário
desenvolver estratégias de comunicação externa. Por exemplo, se o hospital possui um aplicativo de interligação
com serviços de laboratório ou radiologia externos/contratados e ele se torna indisponível devido ao tempo de
inatividade, precisa haver um processo para obter os resultados durante o tempo de inatividade e um plano para
ter os resultados relatados de volta através da interface quando o tempo de inatividade acabar.
A qualidade e a segurança do cuidado ao paciente dependem da capacidade do hospital de manter os serviços
de cuidado ao paciente durante períodos de inatividade, tanto planejados quanto não planejados. O hospital
deve desenvolver estratégias e medidas para a continuidade do cuidado ao paciente durante as interrupções
do sistema de dados. Uma abordagem para gerenciar o tempo de inatividade pode incluir a prática de ter um
pacote de formulários para utilizar durante o tempo de inatividade em cópia impressa ou um fichário de tempo
de inatividade disponível para continuar o atendimento se o tempo de inatividade não planejado exceder um
determinado limite de tempo (geralmente superior a 30 minutos). Outra abordagem pode ser manter um
computador de tempo de inatividade que permita acesso somente à leitura aos dados do paciente.
Após o tempo de inatividade, o cuidado ao paciente e os serviços prestados durante o período de inatividade
podem precisar ser inseridos manualmente, através de um sistema de gerenciamento/digitalização de documentos,
ou através de transcrições de cópia impressa para cópia digital durante períodos de inatividade. As organizações
precisam definir quais dados podem precisar ser reinseridos em um formato digital (por exemplo, todos os
medicamentos prescritos durante o tempo de inatividade, requisições selecionadas, alergias, listas de problemas
e assim por diante), quais dados podem precisar ser digitalizados e quais dados podem precisar ser transcritos
de cópia impressa. Para garantir a confidencialidade e a segurança das informações, a organização deve ter um
processo documentado para o gerenciamento de qualquer documentação em papel usada durante o tempo de
inatividade. (Veja também MOI.8 e MOI.8.1)
As táticas de recuperação de tempo de inatividade incluem sistemas de “recuperação de desastres” (disaster
recovery) e de falhas (failover - sistema automático de backups) para fazer backup, recuperação e manutenção de
sistemas de dados. Os sistemas de recuperação de desastres são normalmente localizados em locais remotos para
recuperar dados que podem ter sido corrompidos ou excluídos involuntariamente. Esses sistemas são apoiados
periodicamente, geralmente todas as noites. Os sistemas de failover minimizam interrupções no cuidado ao
paciente e perda de dados. Os sistemas de failover geralmente estão no local e alternam alguns segundos ou
minutos após a indisponibilidade do sistema primário, devido a um tempo de inatividade planejado ou não
planejado. Muitas ferramentas estão disponíveis para fazer backup de dados. Nos hospitais que usam um sistema
317
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
baseado em nuvem para backup de dados, o fornecedor do sistema baseado em nuvem é obrigado a ter sistemas
de backup adequados para minimizar interrupções no cuidado, evitar a perda de dados e manter a integridade
dos dados. (Veja também MOI.2) As soluções de backup ideais para cada hospital dependem de muitos fatores,
incluindo a quantidade de dados que requerem backup, a velocidade com que os dados podem ser copiados e
recuperados, a localização de sistemas de recuperação, custos e outros fatores.
A maioria dos hospitais testa seus planos de recuperação de dados pelo menos uma vez por ano. No entanto,
backups simples devem ser testados pelo menos uma vez por trimestre e sempre que houver uma grande mudança
de hardware ou software no sistema de backup. É particularmente importante executar um teste após uma
atualização para garantir que funcione corretamente com o resto dos sistemas. O hospital planeja interrupções
por meio do treinamento da equipe sobre procedimentos alternativos, testando o programa de gerenciamento
de emergências do hospital, realizando backups de dados regularmente agendados e testando procedimentos de
restauração de dados. Independentemente de uma organização usar um sistema baseado em papel ou um sistema
eletrônico, um plano para abordar o processo de continuidade de informações, incluindo informações baseadas
em conhecimento, deve estar em vigor. Os hospitais que planejam manter o acesso aos sistemas eletrônicos de
informação, usando vários processos de backup e recuperação, provavelmente experimentarão uma continuidade
perfeita do cuidado ao paciente e perda mínima de dados.
Gerenciamento da Informação
2. O hospital identifica o provável impacto que o tempo de inatividade planejado e não planejado dos
sistemas de dados terá em todos os aspectos do cuidado e dos serviços.
3. O programa inclui estratégias de continuidade para a prestação de serviços e serviços seguros e de
alta qualidade contínuos, incluindo serviços prestados por fornecedores externos, durante o tempo de
inatividade planejado e não planejado dos sistemas de dados.
4. O programa identifica estratégias internas e, quando aplicável, de comunicação externa para o tempo de
inatividade planejado e não planejado.
5. O hospital identifica e implementa táticas de recuperação de tempo de inatividade e processos contínuos
de backup de dados para recuperar e manter dados e garantir a integridade dos dados e manter a
confidencialidade e segurança das informações dos pacientes.
6. Os profissionais são treinados nas estratégias e táticas utilizadas para o tempo de inatividade planejado e
não planejado dos sistemas de dados.
318
Gerenciamento da Informação (MOI)
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319
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
320
Seção IV:
Padrões de Centros
Médicos Acadêmicos
321
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Os padrões de Educação Médica Profissional (MPE) e Centros de Pesquisa com Seres Humanos (HRP) para
hospitais de Centro Médico Acadêmico, foram desenvolvidos e publicados pela primeira vez em 2012 para
reconhecer o recurso único que esses centros representam para a educação profissional de saúde e pesquisa em
seres humanos em sua comunidade e país. Esses padrões também apresentam uma estrutura para incluir a
educação médica e a pesquisa de seres humanos sobre as atividades de qualidade e segurança do paciente dos
hospitais do centro médico acadêmico. A menos que deliberadamente incluídos no quadro de qualidade, as
atividades de educação e pesquisa muitas vezes são os parceiros despercebidos no monitoramento e melhoria da
qualidade do cuidado ao paciente.
Os padrões são divididos em dois capítulos, já que a educação médica e a pesquisa clínica são mais
frequentemente organizadas e administradas separadamente dentro de centros médicos acadêmicos. Para todos
os hospitais que atendem aos critérios de elegibilidade na seção “Resumo das Principais Políticas de Acreditação”
desta publicação, a conformidade com os requisitos desses dois capítulos, além dos outros requisitos detalhados
neste manual da 7ª edição, resultará em uma organização considerada acreditada pelos Padrões Internacionais
da JCI para Hospitais de Centro Médico Acadêmico. As organizações com dúvidas sobre sua elegibilidade para a
acreditação como Hospitais de Centro Médico Acadêmico, devem entrar em contato com o Escritório Central da
JCI em jciaccreditation@jcrinc.com.
Seção IV: Padrões de Centros Médicos Acadêmicos
322
Educação Médica
(MPE)
Visão geral
A integração da formação de estudantes de medicina e estagiários às operações de um hospital precisa ser coerente
com a missão do hospital, planos estratégicos, alocação de recursos e programa de qualidade. Os padrões do MPE
enfatizam a segurança e a qualidade do cuidado prestado aos pacientes atendidos por estagiários e estudantes
como parte dos serviços do hospital. A entidade de governo e a liderança do hospital são responsáveis por garantir
que haja uma supervisão adequada do cuidado ao paciente prestado em todos os ambientes de ensino. Garantir
uma experiência rica e significativa para estudantes e estagiários de medicina requer muitos fatores, além do
comprometimento da entidade de governo e da liderança do hospital.
Estagiários e estudantes:
• são orientados para a organização e departamentos relevantes;
• compreendem e participam de atividades de melhoria da qualidade; e
• se engajam ativamente na cultura de segurança do hospital.
A entidade de governo e a liderança do hospital:
• criam processos para o gerenciamento e a prestação de contas dos docentes do programa de ensino do
hospital e demais profissionais envolvidos;
• são conhecedores dos programas de ensino com base em dados oportunos - informações orientadas; e
• exigem processos de melhoria nos programas de ensino relacionados ao cuidado ao paciente quando
surgem oportunidades de melhoria.
Nota: Alguns padrões exigem que o hospital tenha uma política escrita, procedimento, programa ou outro documento
escrito para processos específicos. Esses padrões são indicadas por um ícone após o texto padrão.
Padrões
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
MPE.1 A entidade de governo e a liderança do hospital aprovam e monitoram a participação do hospital na
oferta de educação médica.
MPE.2 O corpo clínico do hospital, a população de pacientes, a tecnologia e as instalações são consistentes
com as metas e objetivos do programa de educação.
MPE.3 São identificados os docentes clínicos, e definido o papel e a relação de cada profissional com a
instituição acadêmica.
MPE.4 O hospital compreende e fornece a frequência e a intensidade necessárias da supervisão médica para
cada tipo e nível de estudante e estagiário de medicina.
MPE. 5 A formação médica fornecida no hospital é coordenada e gerenciada por meio de um mecanismo
operacional definido e estrutura de gerenciamento.
323
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
MPE. 6 Estudantes de medicina e estagiários cumprem todas as políticas e procedimentos do hospital, e todo
o cuidado é prestado dentro dos parâmetros de qualidade e segurança do paciente do hospital.
Educação Médica Profissional
MPE. 7 Os estagiários médicos que prestam assistência ou serviços dentro do hospital — fora dos parâmetros
de seu programa acadêmico — recebem permissão para fornecer esses serviços através da credencial,
concessão de privilégios, especificação do cargo ou outros processos relevantes do hospital.
(MPE)
Padrão MPE.1
A entidade de governo e a liderança do hospital aprovam e monitoram a participação do hospital na oferta de
educação médica.
Propósito de MPE.1
A integração da formação de estudantes de medicina e estagiários nas operações de um hospital requer um
compromisso significativo de tempo, energia e recursos. Os estagiários incluem estagiários, residentes, profissionais
da casa e bolsistas. As decisões sobre a integração da educação e das operações são melhor tomadas no mais
alto nível de tomada de decisão do hospital. (Veja também GLD.14) Quando a decisão de fornecer educação
médica envolve uma rede ou consórcio de organizações, a entidade de governo é plenamente informada quanto
a todas as relações e responsabilidades. Como o nível da entidade de governo também é responsável por decisões
relacionadas à missão do hospital, planos estratégicos, alocação de recursos e programa de qualidade e segurança,
é necessário fazer disso uma decisão integrada. (Veja também GLD.1 através de GLD.7.1) Por exemplo, o
compromisso de educar estudantes e estagiários de medicina é consistente com a missão do hospital, e como esse
compromisso será retratado ao público e aos pacientes do hospital?
A entidade de governo e a liderança do hospital também são responsáveis pela obtenção, revisão e concordância
com os parâmetros do programa de educação do programa acadêmico patrocinador.
Um conjunto de métricas, relevantes para os programas de educação dentro do hospital, é selecionado e relatado
à entidade de governo e à liderança do hospital anualmente para uma revisão do escopo e das atividades do
programa, o cumprimento das metas do programa, quaisquer questões relevantes de conformidade regulatória
e a satisfação dos pacientes e profissionais com o programa.
324
Educação Médica Profissional (MPE)
Padrão MPE.2
Propósito de MPE.2
(MPE)
Proporcionar uma experiência de aprendizagem rica e significativa para estudantes e estagiários de medicina
requer muitos fatores, além do compromisso da liderança do hospital e entidade de governo. O corpo clínico do
hospital deve ser adequado em número e em expertise para o progresso da formação de estudantes de medicina
e estagiários. Por exemplo, o número de enfermeiros apoia o programa educacional e a equipe de enfermagem
entende sua relação com o programa educacional.
A população de pacientes do hospital é suficiente em número e precisa apoiar a experiência de educação e apren-
dizagem clínica. Também deve haver espaço adequado em sala de aula, instalações de estudo e descanso fora de
serviço, e recursos impressos e on-line para apoiar um ambiente de aprendizagem eficaz. Além disso, devem ser
fornecidas oportunidades adequadas e tempo de aprendizado e interações com o corpo clínico. A tecnologia con-
temporânea precisa estar disponível para que as práticas de saúde baseadas em evidências possam ser ensinadas.
Padrão MPE.3
São identificados os docentes clínicos, e definido o papel e a relação de cada profissional com a instituição
acadêmica.
Propósito de MPE.3
Os profissionais clínicos que são responsáveis pela formação e supervisão de estudantes de medicina e estagiários
são claramente identificados para que os estudantes de medicina e estagiários e outros profissionais do hospital
entendam as responsabilidades educacionais e a autoridade. Por exemplo, quando algum membro da equipe do
hospital tiver um comentário, preocupação ou outro assunto relacionado ao programa educacional ou estudantes
e estagiários de medicina, ele ou ela entenderá quem é responsável por receber e agir sobre essas informações.
A relação do corpo clínico docente do hospital com as instituições acadêmicas patrocinadoras precisa ser clara.
Por exemplo, quando títulos acadêmicos são conferidos aos membros do corpo clínico, fica claro se títulos são
conquistados ou concedidos como honorários, como esses títulos devem ser usados e o que os títulos significam
para o público. O hospital possui uma lista completa de docentes clínicos com seus títulos médicos e acadêmicos.
Todos os requisitos para a renovação ou redesignação de títulos acadêmicos são monitorados para conformidade.
(Veja também SQE.9 a SQE.11)
325
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão MPE.4
Educação Médica Profissional
O hospital compreende e fornece a frequência e intensidade necessárias da supervisão médica para cada tipo e
nível de estudante de medicina e estagiário.
Propósito de MPE.4
(MPE)
A supervisão é necessária para garantir um cuidado seguro ao paciente e garantir que o programa de treinamento
seja uma experiência de aprendizagem para o estudante de medicina e estagiário. O nível de supervisão exigido é
consistente com o nível de formação dentro da especialidade e o nível de competência do estudante de medicina e
estagiário. O hospital entende que a competência do estudante de medicina e do estagiário não pode ser assumida e
deve ser demonstrada no início do programa de treinamento.
Cada estudante de medicina e estagiário entende o processo de supervisão clínica, incluindo quem deve fornecer
a supervisão e a frequência da supervisão. Por exemplo, um estudante de medicina entende se a supervisão
é fornecida por um residente ou pelo médico primário do paciente ou por um membro do corpo docente da
faculdade de medicina. Estudantes de medicina e estagiários também entendem se a supervisão inclui a assinatura
diária de todas as notas e requisições, a assinatura do plano de cuidados e as notas de progresso a cada dois dias,
ou fazer um registro separado no prontuário do paciente. Da mesma forma, fica claro como as evidências dessa
supervisão são documentadas, incluindo a frequência e a localização da documentação. Por fim, para garantir
uma experiência de aprendizagem uniforme, o hospital identificou e monitora as expectativas uniformes para o
processo de mentoria/supervisão.
Padrão MPE.5
A formação médica prestada no hospital é coordenada e gerenciada por meio de um mecanismo operacional
definido e estrutura de gerenciamento.
Propósito de MPE.5
Os programas de educação médica em hospitais exigem uma estrutura de gerenciamento eficaz e um
comprometimento do tempo da equipe para sua coordenação e operação diária. Os convênios entre o
hospital e a faculdade de medicina precisam ser estabelecidos e depois monitorados. Há uma lista precisa de
todos os estudantes de medicina e estagiários no hospital. Para cada estudante de medicina e estagiário há
documentação de:
a. status de matrícula;
b. classificação acadêmica;
c. qualquer licença ou certificação exigida;
d. relatórios de progressos de estudantes de medicina e estagiários;
326
Educação Médica Profissional (MPE)
(MPE)
Elementos de mensuração de MPE.5
1. A estrutura operacional para a educação médica no hospital foi determinada e está em funcionamento
conforme necessário.
2. A estrutura de gerenciamento para a educação médica no hospital foi determinada e está em
funcionamento conforme necessário.
3. Há uma lista completa e atual de todos os estudantes de medicina e estagiários no hospital.
4. Para cada estudante de medicina e estagiário, há documentação de pelo menos de a) até g) do propósito.
Padrão MPE.6
Estudantes de medicina e estagiários cumprem todas as políticas e procedimentos do hospital, e todo o cuidado é
prestado dentro dos parâmetros de qualidade e segurança do paciente do hospital.
Propósito de MPE.6
Os programas de treinamento e seus alunos são um fator crítico na qualidade geral do cuidado e da
segurança do paciente. Embora seja desejável que cada estudante de medicina e estagiário tenha educação
básica sobre qualidade e segurança do paciente em seu respectivo programa acadêmico, isso raramente
acontece. Assim, o hospital deve ter um programa planejado e deliberado para introduzir tais conceitos,
apoiar os estudantes de medicina e estagiários no cumprimento de políticas e diretrizes relevantes, e incluir
estudantes e estagiários de medicina em todos os programas de avaliação monitoramento de qualidade
e segurança. Por exemplo, estudantes de medicina e estagiários seriam educados para cumprir as Metas
Internacionais de Segurança do Paciente (IPSGs).
Além disso, as diretrizes de prática clínica necessárias, os procedimentos cirúrgicos de time-out, as políticas de
prescrição de medicamentos e outros mecanismos para reduzir a variação nos processos assistenciais — e, assim,
reduzir o risco nesses processos — fazem parte da orientação inicial e treinamento de avaliação monitoramento
contínuos de todos os estudantes de medicina e estagiários. A orientação para o estudante de medicina e
estagiário inclui pelo menos:
a. programa de qualidade do hospital e segurança do paciente (Veja também GLD.4; GLD.4.1; GLD.5;
GLD.11; e GLD.11.2);
b. programa de prevenção e controle de infecções (Veja também PCI.5);
c. programa de segurança de medicamentos (Veja também MMU.1);
d. as Metas Internacionais de Segurança do Paciente;
e. todas as demais orientações do hospital necessárias, inclusive no departamento e na unidade (Veja também
SQE.7); e
f. qualquer educação obrigatória.
Essas pessoas que fornecem supervisão de estudantes de medicina e estagiários garantem que todos os estudantes
de medicina e estagiários sejam conhecedores desses programas de qualidade e segurança e sejam incluídos no
processo de avaliação.
327
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
1. Todos os estudantes de medicina e estagiários recebem uma orientação que inclui pelo menos de a) até f)
do propósito.
2. Estudantes de medicina e estagiários estão incluídos na coleta de dados para os programas de
monitoramento de qualidade do hospital.
(MPE)
3. Aqueles que supervisionam estudantes de medicina e estagiários garantem que os estudantes de medicina
e estagiários sejam conhecedores dos programas e participem dos programas.
4. Estudantes de medicina e estagiários podem demonstrar conhecimento desses programas.
5. Aqueles que supervisionam estudantes de medicina e estagiários consideram o cumprimento desses
programas em sua avaliação do desempenho de estudantes de medicina e estagiários.
Padrão MPE.7
Os estagiários médicos que prestam assistência ou serviços dentro do hospital — fora dos parâmetros de seu
programa acadêmico — recebem permissão para fornecer esses serviços através da credencial, concessão de
privilégios, especificação de cargo ou outras processos relevantes.
Propósito de MPE.7
As leis e regulamentos em muitos países permitem que os estagiários, à medida que avançam em seu programa,
forneçam serviços ao hospital fora de seu programa acadêmico. Por exemplo, um estagiário pode prestar cuidado
médico no pronto-socorro do hospital à noite ou nos fins de semana, ou pode funcionar como hospitalista
durante o turno da noite. Nestas circunstâncias, o estagiário deve ser avaliado e autorizado a prestar esses
serviços por meio dos processos normais estabelecidos para esses profissionais, conforme descrito nos padrões de
Qualificação e Educação de Profissionais (SQE). Seu cargo é avaliado conforme exigido pelos padrões de SQE.
(Veja também SQE.1.1; SQE.9; SQE.10; e SQE.11)
328
Educação Médica Profissional (MPE)
Referências
(MPE)
Barajaz M, Turner T. Initiating a new residency program:
a step-by-step guide for institutions, hospitals and program
directors. Med Educ Online. 2016 Aug 8;21:32271. https://
doi.org/10.3402/meo.v21.32271 .
D’Souza N, et al. Comparative outcomes of resident versus
care performed surgery: Systematic review and meta-analy-
sis. J Surg Educ. 2016 May-Jun;73(3):391-399. https://doi.
org/10.1016/j.jsurg.2016.01.002..
World Federation of Medical Education. Postgraduate in
Medical Education: WFME Global Standards for Quality
Improvement: The 2015 Revision. January 1, 2016. (Up-
dated: 2017.) Accessed January 6, 2020. https://wfme.org/
download/wfme-global-standards-for-quality-improvemen-
t-pgme-2015/E.
329
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Educação Médica Profissional
(MPE)
330
Programas de Pesquisa
com Seres Humanos
(HRP)
Visão geral
A pesquisa com seres humanos é um grande compromisso dos hospitais que está integrado com o compromisso de
Padrões
A seguir está uma lista de todos os padrões para este capítulo. Eles são apresentados aqui para sua conveniência
sem suas declarações de propósito ou elementos de mensuração. Para obter mais informações sobre esses padrões,
consulte a próxima seção neste capítulo, Padrões, Propósitos e Elementos de Mensuração.
HRP.1 A liderança do hospital do é responsável pela proteção dos sujeitos de pesquisa envolvendo seres
humanos.
HRP. 1.1 A liderança do hospital cumpre todos os requisitos regulatórios e profissionais e
fornece recursos adequados para o funcionamento efetivo do programa de pesquisa.
HRP.2 A liderança do hospital estabelece a estrutura do programa de pesquisa.
HRP.3 A liderança do hospital estabelece requisitos para que os patrocinadores da pesquisa garantam seu
compromisso com a realização de pesquisas éticas.
HRP. 3.1 Quando uma ou mais deveres e funções relacionadas à pesquisa do patrocinador
são fornecidas através de uma organização de pesquisa por contratos comerciais
ou acadêmicos externos, as responsabilidades da organização de pesquisa externa
contratada são claramente definidas.
HRP.4 A liderança do hospital cria ou contrata um processo para fornecer a revisão inicial e contínua de
todas as pesquisas com seres humanos.
HRP. 5 O hospital identifica e gerencia conflitos de interesse com pesquisas realizadas no hospital.
331
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
HRP. 6 O hospital integra o programa de pesquisa com seres humanos ao programa de qualidade e segurança
do paciente do hospital.
HRP. 7 O hospital estabelece e implementa um processo de consentimento informado que permite aos
pacientes tomar decisões informadas e voluntárias sobre a participação em pesquisas clínicas,
investigações clínicas ou ensaios clínicos.
HRP. 7.1 O hospital informa pacientes e familiares sobre como obter acesso a pesquisas
clínicas, investigações clínicas ou ensaios clínicos e inclui proteções para populações
vulneráveis, para minimizar possíveis coerção ou influência indevida.
Padrão HRP.1
Programas de Pesquisa com
Seres Humanos (HRP)
A liderança do hospital é responsável pela proteção dos sujeitos de pesquisa envolvendo seres humanos.
Padrão HRP.1.1
A liderança do hospital atende a todos os requisitos regulatórios e profissionais e fornece recursos adequados para
o funcionamento efetivo do programa de pesquisa.
332
Programas de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (HRP)
2. A liderança do hospital tem um processo de orçamento para fornecer recursos adequados para o
funcionamento efetivo do programa de pesquisa.
3. A liderança do hospital fornece ou garante que haja um seguro de indenização adequado para compensar
os pacientes participantes da pesquisa clínica que experimentam um evento adverso.
Padrão HRP.2
A liderança do hospital estabelece a estrutura do programa de pesquisa.
Propósito de HRP.2
A pesquisa médica realizada no hospital representa áreas médicas e/ou especialidades variadas dentro da
organização e inclui pesquisas básicas, clínicas e de serviços de saúde. Tais pesquisas podem incluir ensaios
clínicos, intervenções terapêuticas, desenvolvimento de novas tecnologias médicas e pesquisas de resultados,
Padrão HRP.3
A liderança do hospital estabelece requisitos para que os patrocinadores da pesquisa garantam seu compromisso
com a realização de pesquisas éticas.
Propósito de HRP.3
O patrocinador de um protocolo de pesquisa deve ser qualificado e responsável. Assim, a liderança do hospital
deve ter requisitos claros para os patrocinadores da pesquisa dentro do hospital. Os patrocinadores são
responsáveis por todos os aspectos da pesquisa específica, incluindo:
• monitorar a qualidade e segurança da pesquisa;
• garantir que os métodos e processos de pesquisa sejam éticos; (Veja também GLD.12)
• utilizar equipes de pesquisa treinadas e qualificadas;
• proteger os dados gerados em termos de confiabilidade e validade; (Veja também MOI.2.1)
• garantir que os resultados e relatórios sejam estatisticamente precisos, éticos e imparciais;
• proteger a privacidade e a confidencialidade dos dados dos sujeitos; (Veja também PCC.1.3 e MOI.2) e
• garantir que os incentivos ao paciente ou à pesquisa não comprometam a integridade da pesquisa.
333
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Padrão HRP.3.1
Seres Humanos (HRP)
Quando uma ou mais deveres e funções relacionadas à pesquisa do patrocinador são fornecidas através de uma
organização de pesquisa por contratos comerciais ou acadêmicos externos, as responsabilidades da organização de
pesquisa externa contratada são claramente definidas.è.
Propósito de HRP.3.1
A pesquisa com seres humanos tem muitos componentes, alguns dos quais um patrocinador pode optar por
contratar uma organização externa, geralmente denominada uma organização de pesquisa por contratos. Tais
componentes podem incluir recrutamento com sujeitos, condução da pesquisa, fornecimento de gerenciamento
de dados ou servir como mecanismo de revisão de pesquisa. O hospital e o patrocinador são responsáveis pela
seleção cuidadosa de uma organização de pesquisa por contrato, pelo claro delineamento da prestação de contas
e pelo monitoramento do cumprimento do contrato. Quando os regulamentos se referem aos deveres transferidos
pelo patrocinador para a organização de pesquisa por contratos, o patrocinador monitora o cumprimento desses
padrões como parte da revisão do contrato.
Padrão HRP.4
A liderança do hospital cria ou contrata um processo para fornecer a revisão inicial e contínua de todas as
pesquisas com seres humanos.
Propósito de HRP.4
Uma das funções mais importantes relacionadas à pesquisa com seres humanos é a revisão e o monitoramento por
um grupo independente de indivíduos, comumente referido como um Comitê de Revisão Institucional (Institutional
Review Board - IRB), um comitê de ética, ou designação semelhante. A composição, a estrutura das responsabilida-
des e outros fatores podem ser descritos em leis ou regulamentos. Esse grupo monitora todos os aspectos do proto-
colo de pesquisa para garantir a proteção do paciente e uma pesquisa segura. Essa função pode ser contratada para
334
Programas de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (HRP)
uma organização externa, como uma organização de pesquisa por contratos. As políticas, procedimentos e estrutura
desta função de revisão de pesquisa são especificadas pela liderança do hospital, bem como quais funções podem ou
não ser transferidas para uma organização de pesquisa por contratos. Além disso, a liderança do hospital é responsá-
vel por identificar os tipos de pesquisa que estão isentos dessa função de revisão e a documentação das atividades do
grupo de revisão. Essa documentação é um componente importante da responsabilidade da liderança de rever, pelo
menos anualmente, o quão bem a função de revisão da pesquisa está operando.
Padrão HRP.5
O hospital identifica e gerencia conflitos de interesse com pesquisas realizadas no hospital.
Propósito de HRP.5
Conflitos de interesse podem surgir de muitas fontes e de muitas formas para aqueles que patrocinam ou
participam de pesquisas com seres humanos. Os conflitos podem ser financeiros (como o pagamento para
recrutamento de certos tipos de sujeitos) ou não financeiros (como viagens para falar em conferências). O processo
de revisão da pesquisa pode identificar e mitigar tais conflitos ou o hospital pode usar ou desenvolver outro tipo
de mecanismo para monitorar e mitigar conflitos. O mecanismo inclui a educação sobre o que constitui um
conflito e como os conflitos podem ser gerenciados com sucesso. (Veja também GLD.12)
Padrão HRP.6
O hospital integra o programa de pesquisa com seres humanos ao programa de qualidade e segurança do paciente
do hospital.
Propósito de HRP.6
A pesquisa com seres humanos pode envolver novos tipos de procedimentos cirúrgicos, o uso de novos fármacos
ou o uso fora da bula/indicação (off-label) de medicamentos de formulários atuais (of current formulary drugs), o
335
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
uso de modalidades de tratamento adulto em populações pediátricas e muitos outros tópicos e metodologias de
pesquisa. De fundamental importância é a inclusão de atividades de pesquisa no processo de rotina do hospital;
por exemplo, o processo de requisição, dispensação e administração de medicamentos em estudo. Os processos
rotineiros também incluem a notificação de eventos adversos através dos processos de monitoramento da qualidade
e segurança do paciente. Assim, notificar um evento adverso relacionado a um paciente do hospital em um
protocolo de pesquisa deve ser feito para o mecanismo de monitoramento de qualidade do hospital, bem como
para o patrocinador da pesquisa ou para a organização de pesquisa por contrato. (Veja também QPS.7 e QPS.7.1)
Notificar eventos relacionados a protocolos de pesquisa pode fornecer informações vitais para a compreensão da
qualidade geral e segurança do cuidado ao paciente no hospital. Por exemplo, um evento adverso significativo
quando um medicamento é usado para um propósito fora da bula/indicação (off-label) é uma informação
importante de segurança do paciente que deve fazer parte do processo de monitoramento de medicamentos
em andamento do hospital. Igualmente importante é o manuseio e descarte de certos fármacos de pesquisa
experimental, que devem ser um componente do manuseio de materiais perigosos. Além disso, os equipamentos
médicos utilizados em procedimentos experimentais devem ser monitorados e mantidos.
Assim, todos os aspectos do programa de pesquisa em seres humanos devem ser avaliados quanto aos programas
de qualidade e segurança do hospital aos quais são aplicáveis e, em seguida, os processos de notificação e de
Programas de Pesquisa com
monitoramento contínuos no hospital devem ser incluídos no programa de pesquisa. Este também deve ser o
Seres Humanos (HRP)
caso quando algumas atividades de pesquisa são fornecidas por uma organização de pesquisa por contratos.
(Veja também GLD.6)
Padrão HRP.7
O hospital estabelece e implementa um processo de consentimento informado que permite que os pacientes
tomem decisões informadas e voluntárias sobre a participação em pesquisas clínicas, investigações clínicas ou
ensaios clínicos.
Padrão HRP.7.1
O hospital informa pacientes e familiares sobre como obter acesso a pesquisas clínicas, investigações clínicas ou
ensaios clínicos e inclui proteções para populações vulneráveis para minimizar possíveis coerção ou influência
indevida.
336
Programas de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (HRP)
337
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Referências
Council for International Medical Science Organizations. World Health Organization. Ethics and Health: Ethical
International Ethical Guidelines for Health-Related Research STandards and Procedures for Research with Human
InvolvingHumans. AccessedJanuary 6,2020. https://cioms. Beings. Accessed January 6, 2020. https://www.who.int/
ch/wp-content/uploads/2017/01/WEB-CIOMS-Ethical- ethics/research/en/, https://www.who.int/ethics/research/en/..
Guidelines.pdf. .
Notas
Programas de Pesquisa com
Seres Humanos (HRP)
338
Resumo das
Principais Políticas
de Acreditação
Esta seção fornece um resumo de alto nível das políticas de acreditação da Joint Commission International (JCI)
para hospitais. Políticas e procedimentos completos são publicados no site extranet JCI Direct Connect da sua
organização. As políticas podem ser agrupadas em categorias a seguir:
1. Antes da avaliação
ºº Buscando acreditação JCI
ºº Solicitando acreditação
2. Durante a avaliação
ºº O processo de avaliação
ºº Custo das avaliações
ºº A avaliação no local (on-site)
3. Após a avaliação
ºº Decisões de acreditação
ºº Divulgação pública e confidencialidade
ºº Manutenção da acreditação
ºº Renovação da acreditação
Cronograma da Acreditação
Todo hospital se prepara para sua avaliação no local, inicial ou trienal da JCI, de maneira diferente. Uma linha do
tempo da amostra seguida por muitos hospitais aparece abaixo.
339
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Antes da avaliação:
• 24 meses antes da avaliação - Novos candidatos iniciais concluem o processo de registro inicial (initial
registration process - IRP). Quando aprovado, então preencha e envie o pedido eletrônico de acreditação
(E-App) para a avaliação, se estiver pronto. Obtenha os padrões da JCI e inicie a educação sobre os padrões
e a implementação das expectativas.
Nota: Muitas organizações iniciam esse processo atendendo a um dos muitos programas educacionais que a JCI oferece ao
redor do mundo. Para mais informações sobre o processo de início, consulte as orientações oferecidas no site da JCI.
• 9-24 meses antes da avaliação — Melhore as práticas para garantir que elas atendam aos requisitos dos
padrões. Treine o pessoal nessas novas práticas. Avalie a eficácia e a refine conforme necessário.
• 6 a12 meses antes da avaliação — Avaliar a prontidão; atualize o perfil eletrônico, revise o E-App, envie
para a avaliação inicial ou trienal e agende as datas.
• 4-6 meses antes da avaliação — Receba, complete e assine o contrato de avaliação JCI.
• 2 meses antes da avaliação — o líder da equipe de avaliação da JCI entra em contato com o hospital para
determinar a logística e a agenda da avaliação.
Avaliação:
• Avaliação no local (on-site survey)
Após a avaliação:
• No prazo de 15 dias após a avaliação — Receba a decisão de acreditação e o Relatório Oficial de Achados
da Avaliação (Official Survey Findings Report) da JCI.
• Dentro de 10 dias após o recebimento do Relatório Oficial de Achados da Avaliação, a organização pode
enviar uma solicitação por escrito à JCI para uma revisão do relatório (ver “Políticas Gerais de Pós-
avaliação” no site da JCI).
• 6 a12 meses antes da data da avaliação trienal — atualize e envie o E-App para datas de avaliação e
agendamento.
A linha de tempo apresentada acima pode ser acessada no site da JCI em www.jointcommissioninternational.org/
pathway//.
Solicitação de Acreditação
O Processo
Um hospital que solicite a acreditação JCI pela primeira vez (conhecidos como candidatos iniciais) pode iniciar
sua jornada de acreditação preenchendo um formulário disponível na web em www.jointcommissioninternational.
org/accreditation/jcia-contact-us/
Após uma análise do formulário da web, a organização receberá um link para enviar um registro inicial. Após
a aprovação do registro inicial, a organização receberá um login e uma senha para o JCI Direct Connect (veja
abaixo) para concluir e enviar um E-app para revisão pela equipe do Escritório Central de Acreditação da JCI.
O E-App fornece informações detalhadas e estatísticas importantes que criam um perfil hospitalar (hospital
profile) necessário para a JCI gerenciar seu processo de acreditação, desenvolver um contrato para a avaliação e
planejar a agenda da avaliação e o processo de avaliação no local. O E-app deve ser enviado aproximadamente 6
a 12 meses antes das datas de avaliação solicitadas. O E-app fornece as informações necessárias para desenvolver
um contrato especificando o valor, o número de avaliadores e o número de dias da avaliação.
Hospitais já acreditados ou certificados solicitam acreditação ou certificação continuada através do E-App no JCI
Direct Connect 6 a 12 meses antes das datas de avaliação solicitadas. O hospital deve notificar a JCI dentro de 30
dias — ou pelo menos 30 dias antes da data prevista da avaliação — sobre qualquer alteração nas informações
relatadas no aplicativo da avaliação.
340
R esumo das Principais Políticas de Acreditação
Tipos de Avaliações
Avaliação Completa
É a avaliação de todos os padrões hospitalares em toda uma organização. Esta pode ser a avaliação inicial,
avaliação trienal ou avaliação de validação. A definição de cada um segue.
• Avaliação Inicial— A primeira avaliação completa no local em um hospital
ºº Avaliação de Acompanhamento— Uma avaliação no local agendada, pelo menos 120 dias após a data
em que o hospital recebeu o Relatório Oficial de Achados da Avaliação, após uma avaliação inicial para
avaliar os elementos de mensuração (MEs) pontuados “não conformes” ou “parcialmente conformes”
que resultaram no não cumprimento das regras de decisão de acreditação
• Avaliação Trienal— A avaliação de um hospital após um ciclo de três anos de acreditação
ºº Avaliação Focal de Acompanhamento— Uma avaliação no local agendada pelo menos 120 dias após a
data em que o hospital recebeu o Relatório Oficial de Achados da Avaliação, após uma avaliação trienal
para avaliar os MEs pontuados “não conformes” ou “parcialmente conformes” que resultaram no não
cumprimento das regras de decisão de acreditação do hospital
341
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
O Processo de Avaliação
Propósito de uma Avaliação
Uma avaliação de acreditação é projetada para avaliar a conformidade de um hospital com os padrões JCI, com
base em:
• entrevistas com profissionais e pacientes e outras informações verbais;
• observações dos processos no local de cuidado ao paciente;
• revisão de políticas, procedimentos, diretrizes de prática clínica, prontuários, relatórios governamentais e/
ou de conformidade normativa, e outros documentos solicitados ao hospital;
• revisão dos dados de melhoria da qualidade e da segurança do paciente, medidas de desempenho e
resultados;
• rastreadores individuais de pacientes (ou seja, avaliação da experiência assistencial de um paciente através
do processo de cuidado hospitalar); e
• rastreadores de sistema de processos em toda a organização (por exemplo, gerenciamento de
medicamentos, controle e prevenção de infecções, materiais e resíduos perigosos ou outros sistemas e
processos de alto risco, alto / baixo volume e propensos a problemas).
Agendamento da Avaliação
A JCI e o hospital selecionam a data da avaliação e preparam a agenda da avaliação, em conjunto, para atender
às necessidades do hospital e aos requisitos para uma avaliação eficiente. Para reduzir os custos de viagem dos
avaliadores, a JCI faz todos os esforços para coordenar o agendamento de avaliações de outros hospitais em um
país ou região específico.
342
R esumo das Principais Políticas de Acreditação
A Equipe de Avaliação
Avaliadores internacionais altamente qualificados realizam a avaliação. A JCI realiza avaliações no idioma
inglês; no entanto, a JCI faz todos os esforços para usar os avaliadores fluentes no (s) idioma (s) usado (s) na
organização. Se os avaliadores da JCI com as competências linguísticas apropriadas não estiverem disponíveis, é
responsabilidade da organização fornecer tradutores qualificados, livres de conflitos de interesses (Veja também
APR.10). Uma equipe típica de avaliação hospitalar consiste em um médico, enfermeiro e administrador.
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Custos de Viagem
Além das taxas de avaliação, o hospital é responsável pelo pagamento de todos os custos de viagem para os
avaliadores. Isso inclui transporte (passagem aérea, trem e carro) e acomodações e refeições razoáveis em hotéis,
incluindo uma tarifa diária definida para refeições e despesas incidentais.
Opção de pagamento I
Após o retorno do contrato assinado pelo hospital e dentro de 30 dias após o recebimento das datas confirmadas
da avaliação, o hospital receberá uma fatura de 100% dos valores da avaliação, sem incluir as despesas e as tarifas
aéreas do avaliador, a menos que estejam disponíveis. O pagamento é devido após o recebimento da fatura.
Dentro de 30 dias após a conclusão da avaliação, a JCI cobrará o hospital pelas despesas restantes de viagem e
manutenção do(s) avaliador(es).
Opção de Pagamento II
Após o retorno do contrato assinado pela organização e dentro de 30 dias após o recebimento das datas
confirmadas da avaliação, a organização receberá uma fatura pela primeira metade das taxas da avaliação de
acreditação (50%) e todas as tarifas aéreas do avaliador, se disponíveis. O pagamento é devido após o recebimento
da fatura. Na conclusão da avaliação, a segunda fatura referente aos 50% restantes dos valores e as despesas de
viagem e manutenção disponíveis do avaliador serão cobradas da organização. Se necessário, uma terceira fatura
pode ser cobrada pelo saldo de despesas.
O Processo de Avaliação
A metodologia do rastreador (tracer methodology) é a base do processo de avaliação da JCI no local. Na metodologia
do rastreador, os avaliadores selecionam pacientes representativos da população de pacientes do hospital e traçam
a experiência assistencial de cada paciente através do hospital; e também traçará vários dos principais sistemas
e processos clínicos e gerenciais. Este rastreamento permite que os avaliadores identifiquem problemas de
conformidade de padrões evidentes em uma ou mais etapas dos processos de cuidado e gerenciamento do paciente
ou nas interfaces entre os processos.
Além disso, os avaliadores entrevistam a equipe individualmente e em grupos, observam o cuidado ao paciente,
falam com os pacientes e seus familiares, revisam os prontuários dos pacientes, revisam os registros pessoais dos
profissionais e revisam políticas e procedimentos e outros documentos.
Os hospitais devem consultar o Guia de Processo de Avaliação Internacional para Hospitais da JCI - 7ª Edição—
que a JCI fornece aos hospitais, depois de terem devolvido o contrato assinado para a avaliação. O Guia contém
descrições detalhadas do que ocorre durante uma avaliação inicial ou trienal típica, incluindo todas as atividades
de avaliação, documentação necessária e outros recursos.
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R esumo das Principais Políticas de Acreditação
Os avaliadores fazem reuniões com o diretor geral da organização e outros líderes em uma conferência de
liderança ao final de cada avaliação. Durante esta reunião, os avaliadores fornecem informações preliminares
sobre seus achados. É importante notar que qualquer informação preliminar não é definitiva até que a revisão pela
equipe do Escritório Central de Acreditação da JCI tenha sido concluída.
Se, durante a avaliação, os avaliadores identificarem qualquer condição que eles acreditam representar uma grave
ameaça à segurança pública ou do paciente, eles notificam a equipe do Escritório Central de Acreditação da JCI.
Nessas circunstâncias, a JCI decide se deve emitir uma decisão de Negação de Acreditação antecipada e se deve
informar as autoridades públicas relevantes.
O Relatório da Avaliação
A equipe de avaliação deixa uma minuta do relatório de conformidades dos padrões na reunião de encerramento
e, a pedido dos líderes do hospital, reportará os resultados da avaliação aos profissionais do hospital em uma
conferência de encerramento. Os achados dos avaliadores não são considerados definitivos até serem revisados pela
equipe do Escritório Central de Acreditação da JCI. O Relatório Oficial de Achados da Avaliação será concluído e
publicado no JCI Direct Connect dentro de 10 dias após o término da avaliação.
Decisões de Acreditação
A JCI toma decisões de acreditação aplicando regras de decisão aos padrões pontuados. As regras de decisão
determinam uma decisão de acreditação que represente adequadamente o desempenho geral de uma organização,
medida por evidências de conformidade com os padrões aplicáveis. O Comitê de Acreditação da JCI pode exercer
discrição razoável em casos individuais para determinar se deve variar das regras de decisão aplicáveis em prol da
missão da JCI de melhorar continuamente a segurança e a qualidade do cuidado na comunidade internacional.
O Comitê de Acreditação da JCI considera todas as informações da avaliação completa inicial ou trienal e
qualquer avaliação focal de acompanhamento necessárias para tomar sua decisão sobre o acreditação. O resultado
é que a organização atende aos critérios de acreditação ou não atende aos critérios e é negada a acreditação.
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Manutenção da Acreditação
Duração da Outorga de Acreditação
Uma outorga de acreditação é válida por três anos, a menos que seja revogada pela JCI. A outorga é
retroativamente vigente no primeiro dia após a JCI concluir a avaliação do hospital ou, quando for necessária uma
avaliação focal de acompanhamento, concluir qualquer avaliação de acompanhamento(s). Ao final do ciclo de
acreditação de três anos do hospital, a JCI reavalia o hospital para a renovação de sua outorga de acreditação.
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R esumo das Principais Políticas de Acreditação
• Estabeleça as estratégias/abordagem que o hospital implementará para atender cada achado identificado
• Descreva as ações específicas que o hospital utilizará para alcançar a conformidade dos padrões e MEs
citados
• Descreva as etapas específicas que o hospital utilizará para comunicar e educar seus profissionais, médicos
e outros na implementação de ações para o cumprimento dos MEs citados
• Descreva a metodologia para prevenir a recorrência e sustentar a melhoria ao longo do tempo
• Identifique as medidas que serão utilizadas para avaliar a eficácia do plano de melhoria
O SIP deve demonstrar que as ações do hospital levarão a plena conformidade dos padrões e dos MEs. O SIP é
revisado e aprovado e aceito pela equipe do Escritório Central de Acreditação da JCI após a concessão da Outorga
de Acreditação ou Certificação e do Selo Ouro.
Uma organização que não apresentar um SIP aceitável dentro de 120 dias após a avaliação da organização,
é colocada em risco de negação de acreditação e uma avaliação de acompanhamento focal é necessária para
verificar evidências de conformidade. Quando isso ocorre, a organização é notificada, e o protocolo de avaliação
focal é implementado.
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Renovação de Acreditação
A equipe do Escritório Central de Acreditação da JCI lembra ao hospital para atualizar seu E-App antes da
data de vencimento da acreditação trienal do hospital e de notificar a JCI de sua intenção de ser reacreditado.
Em seguida, a JCI agenda a avaliação, fazendo todos os esforços para sincronizar a próxima data da avaliação
com a conclusão do ciclo de acreditação anterior de três anos. A JCI trabalha com o hospital e outros do país
ou região que também são envolvidos nas avaliações, para coordenar as datas da avaliação, em um esforço para
maximizar os recursos e reduzir os gastos com viagens. O status de acreditação prévio de um hospital pode
permanecer em vigor até dois meses após a avaliação de acreditação completa subsequente, para realizar qualquer
acompanhamento necessário.
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Glossário
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Glossário
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
a requisitos, como padrões (incluindo padrões de cuidados seguros e de alta qualidade, conforme
certificação JCI). A certificação difere da acreditação, determinado pelo cumprimento dos padrões JCI e
pois a certificação também pode ser aplicada a recomendações das Metas Internacionais de Segurança
indivíduos (por exemplo, um médico especialista). 2. do Paciente. O componente-chave desse processo é
O processo pelo qual uma agência ou associação não uma avaliação no local (on-site) em uma organização
governamental certifica que um indivíduo cumpriu por avaliadores da JCI.
qualificações pré-determinadas especificadas por
certificação, programa Veja Certificação,
essa agência ou associação. Veja também acreditação;
Programa JCI.
avaliação baseada em padrões.
certificação, Programa JCI de A divisão
certificação, avaliação de Uma avaliação
do JCI responsável pela administração de todas as
de uma organização para avaliar sua conformidade
atividades relacionadas à certificação organizacional de
com os padrões aplicáveis e determinar seu status de
cuidados clínicos de saúde.
certificação. A avaliação de certificação JCI inclui o
seguinte: certificação, revisão de Avaliação de um
programa de cuidados clínicos para avaliar seu nível
• Avaliação de documentos fornecidos pela
de conformidade com os padrões da JCI aplicáveis, e
organização
fazer determinações sobre seu status de certificação.
• Informações verbais sobre a implementação de A avaliação inclui avaliar a documentação, revisar
normas ou exemplos de sua implementação que relatórios de medição de desempenho, coletar
permitem determinar a conformidade informações verbais, fazer observações no local e
educar e consultar o programa sobre conformidade
• Observações no local por avaliadores
com padrões e melhoria de desempenho.
• Acompanhamento dos pacientes através do
chamada próxima (close call) Veja quase
processo de cuidado pela metodologia de
falhas.
rastreador (tracer methodology)
cirurgia Aqueles procedimentos que investigam
• Educação sobre conformidade com padrões e
e/ou tratam doenças e disfunções do corpo humano
melhoria de desempenho
através do corte, remoção, alteração ou inserção de
certificação, decisões de Categorias de escopos diagnósticos/terapêuticos.
certificação que uma organização pode alcançar
cirurgião responsável Em casos de
com base em uma avaliação JCI. As categorias são
procedimentos cirúrgicos, a pessoa que realiza
as seguintes:
a cirurgia. Diferentes títulos utilizados para o
Certificado A organização demonstra cirurgião responsável incluem o cirurgião e cirurgião
conformidade aceitável com todas os padrões e as especialista, entre outros títulos.
Metas Internacionais de Segurança do Paciente.
colega de estudo (fellow) Veja estagiário,
Negação da Certificação A organização médico.
não está consistentemente em conformidade
colheita (de órgãos) Remoção de um órgão
com os padrões JCI e Metas Internacionais
para fins de transplante.
de Segurança do Paciente; a JCI retira
sua certificação por outros motivos, ou a competência Determinação das habilidades,
organização se retira voluntariamente do conhecimentos e capacidades de um indivíduo
processo de certificação. para atender às expectativas definidas, conforme
frequentemente descrito em uma descrição de cargo.
certificação, estrutura de As estruturas e
Veja também credenciais.
processos em uma organização necessária para que
uma organização certificadora faça o seguinte: componente sanguíneo Uma fração separada
do sangue (por exemplo, glóbulos vermelhos, plasma,
• Avalie de forma consistente e confiável as
plaquetas, granulócitos).
organizações candidatos contra as normas
comunidade Em relação aos centros de atenção
• Recrute e envie avaliadores treinados
primária, uma comunidade refere-se a um grupo de
• Alcance decisões de certificação consistentes e pessoas dentro de determinadas fronteiras geográficas
defensáveis ou que compartilham características comuns, como
• Realize políticas e procedimentos relacionados riscos à saúde ou processos de doenças. Veja também
população.
certificação, processo de Um processo
concessão de privilégios O processo pelo
contínuo pelo qual as organizações de saúde são
obrigadas a demonstrar à JCI que estão fornecendo qual um escopo específico e conteúdo dos serviços
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Glossário
de cuidado ao paciente (ou seja, privilégios clínicos) coorte 1. Um grupo de pacientes que
são autorizados para um profissional de saúde por compartilham uma ou mais características ou
uma organização de saúde, com base na avaliação atributos (por exemplo, idade ou diagnóstico clínico).
das credenciais e do desempenho do indivíduo. Veja 2. Colocar um grupo de pacientes no mesmo espaço
também credenciamento; recredenciamento. para receber tratamento. Por exemplo, pacientes
expostos ou infectados com o mesmo patógeno podem
condições perigosas Circunstâncias que têm
ser coorte para fins de controle de infecções.
potencial para criar eventos adversos futuros.
corpo clínico Aqueles que prestam atendimento
confiabilidade Uma característica de uma
direto ao paciente (médicos, dentistas, enfermeiros,
medida que indica com precisão e consistência
fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros). Veja
que a medida produz resultados semelhantes. Por
também pessoal não clínico; pessoal.
exemplo, uma ferramenta de medição ou medida
confiável produz resultados precisos e consistentes corpo médico Todos os médicos, dentistas
quando usado por diferentes indivíduos, em diferentes e outros profissionais licenciados para praticar de
configurações, com diferentes pacientes, e assim por forma independente (sem supervisão) e que prestam
diante, conforme aplicável. serviços preventivos, curativos, restauradores,
cirúrgicos, de reabilitação ou outros serviços médicos
confidencialidade 1. O acesso restrito a dados
ou odontológicos aos pacientes; ou que prestam
e informações aos profissionais de saúde e ao corpo
serviços interpretativos para os pacientes, como
clínico que tenham necessidade, motivo e permissão
patologia, radiologia ou serviços laboratoriais,
para tal acesso. 2. O direito de um indivíduo à
independentemente da classificação da organização de
privacidade pessoal e informacional, inclusive para
nomeação, situação de emprego, contrato ou outros
seus registros médicos.
acordos com o indivíduo para prestar tais serviços de
conjunto de medidas Um agrupamento único cuidado ao paciente.
de medidas cuidadosamente selecionadas que, quando
corpo não clínico Aqueles cujas funções
vistas em conjunto, fornecem uma compreensão ou
e responsabilidades na organização apoiam
avaliação abrangente do desempenho de uma unidade,
indiretamente o atendimento ao paciente (internações,
departamento, organização ou de um programa.
serviço de alimentação, limpeza, entre outros). Veja
consentimento informado O processo também corpo clínico; pessoal.
de informar um paciente sobre um procedimento,
credenciais Documentos emitidos por
tratamento ou estudo clínico/pesquisa para que
entidade reconhecida para indicar o preenchimento
o paciente possa tomar uma decisão voluntária e
de requisitos ou o cumprimento dos requisitos de
informada de aceitar ou recusar o procedimento
elegibilidade, incluindo educação (como diploma
ou tratamento. O paciente deve estar totalmente
de faculdade de medicina, formação especializada
informado e entender as informações que são
[residência] carta de conclusão ou certificado),
fornecidas antes de dar o consentimento. Os elementos
preenchimento dos requisitos de uma organização
de consentimento informado incluem, mas não se
profissional médica, licença, reconhecimento de
limitam a, informações sobre, e potenciais benefícios
registro em conselho médico ou odontológico,
e riscos do procedimento proposto, tratamento, ensaio
treinamento e experiência, que indicam a
clínico/estudo de pesquisa; e possíveis alternativas ao
sustentabilidade do indivíduo para cumprir um papel.
procedimento/tratamento.
Critérios adicionais podem ser adicionados por uma
contaminação A presença de um material ou organização de saúde. Veja também competência.
organismo indesejado, como um agente infeccioso,
credenciamento O processo de obtenção,
bactérias, parasitas ou outros contaminantes, que é
verificação e avaliação das qualificações de um
introduzido em um ambiente, superfície, objeto ou
profissional de saúde para prestar serviços de cuidado
substância, como água, alimentos ou suprimentos
ao paciente dentro ou para uma organização de saúde.
médicos estéreis.
Veja também concessão de privilégios; renomeação.
continuidade do cuidado O grau no qual
criptografia Um meio de codificar informações
o cuidado dos indivíduos é coordenado entre os
para proteger contra acesso não autorizado.
profissionais, entre as organizações e ao longo do
tempo. Veja também transição. critérios 1. Níveis esperados de realização, ou
especificações com as quais o desempenho ou a
controle de qualidade O desempenho dos
qualidade podem ser comparados. 2. Para fins de
processos através dos quais o desempenho real é
elegibilidade para uma revisão da JCI, as condições
medido e comparado com metas, e a diferença é
necessárias para que os programas sejam revistos para
realizada.
certificação pela JCI.
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
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Glossário
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
elemento de dados Um dado específico, como ensaio clínico Testes de drogas, dispositivos
data de nascimento do paciente ou diagnóstico principal. ou técnicas em três, ou às vezes quatro estágios,
dependendo do propósito, tamanho e escopo do
elementos de mensuração (MEs) Os
teste. Ensaios de fase I avaliam a segurança de
requisitos específicos de um padrão que identificam
drogas, e dispositivos ou técnicas de diagnóstico,
o que é revisado e atribui uma pontuação durante o
terapêuticas ou profiláticas para determinar a faixa
processo de avaliação no local.
de dosagem segura (se for o caso). Eles envolvem um
elementos não estruturais (de um pequeno número de sujeitos saudáveis. O julgamento
edifício) Componentes físicos de um edifício que geralmente dura cerca de um ano. Os ensaios da fase
não fornecem estrutura de suporte necessária e não são II são geralmente controlados para avaliar a eficácia
essenciais para a estabilidade do edifício. Elementos e a dosagem (se apropriado) dos medicamentos,
não estruturais incluem elementos arquitetônicos que dispositivos ou técnicas. Esses estudos envolvem
não são portadores de carga (telhado, tetos, janelas várias centenas de voluntários, incluindo um número
e portas); rotas de acesso e saída de emergência; limitado de pacientes com a doença ou alvo da
componentes de sistemas utilitários (como eletricidade, disfunção. O julgamento geralmente dura cerca de
encanamento, gerenciamento de resíduos, proteção dois anos. Ensaios de fase III verificam a eficácia
contra incêndios); e equipamentos médicos e das drogas, dispositivos ou técnicas determinadas
laboratoriais. Veja também elementos estruturais (de na Fase II. Os pacientes da fase III são monitorados
um edifício). para identificar quaisquer reações adversas do uso a
em extremidades (in extremis) quase morte.
longo prazo. Esses estudos envolvem grandes grupos
de pacientes, o suficiente para identificar respostas
emergência 1. Uma ocorrência inesperada, súbita clinicamente significativas. O julgamento geralmente
ou com risco de vida, como eventos que necessitam dura cerca de três anos. Os ensaios da fase IV estudam
de ressuscitação ou cirurgia de emergência para os medicamentos, dispositivos ou técnicas que
prevenir a morte ou a incapacidade. 2. Um evento foram aprovados para venda geral. Estes estudos são
natural ou produzido pelo homem que interrompe frequentemente conduzidos para obter mais dados
significativamente o ambiente de cuidado (por sobre a segurança e eficácia de um produto.
exemplo, danos ao edifício e terrenos devido a ventos
entidade de governo O(s) indivíduo ou grupo
fortes, tempestades ou terremotos); que interrompe
significativamente o cuidado e o tratamento (por que tenha autoridade máxima e responsabilidade
exemplo, perda de sistemas utilitários, como energia, de estabelecer políticas, manter a qualidade do
água ou telefones, devido a enchentes, distúrbios cuidado e prover o gerenciamento e o planejamento
civis, acidentes ou emergências na organização ou da organização. Exemplos para a estrutura de uma
em sua comunidade); ou que resulte em aumento entidade de governo incluem um grupo de indivíduos
de demandas súbitas ou significativamente alteradas (como um conselho de administração) ou um ou mais
pelos serviços da organização (por exemplo, ataque proprietários individuais. No caso das organizações
bioterrorista, colapso de prédio ou acidente de trem na públicas, a entidade de governo é, muitas vezes, o
comunidade da organização). Algumas emergências Ministério da Saúde.
são chamadas de desastres. Veja também desastres, envolvimento do paciente Quando um
preparação para desastres. paciente é um participante ativo em seu próprio
emergente Uma classificação de gravidade
cuidado, de acordo com o conhecimento, habilidade,
utilizada nos sistemas de triagem para significar que capacidade e vontade do paciente de gerenciar sua
a condição do paciente é de risco de vida e requer própria saúde.
intervenção imediata. Veja também urgente. equipamento médico Equipamento
empresas de negócios
utilizado para fins específicos de diagnóstico e
independentes Empresas de propriedade
tratamento de doença ou reabilitação após doença
independente ocupando espaço dentro de um hospital; ou lesão. Equipamentos médicos exigem calibração,
por exemplo, cafés, lojas de presentes e bancos. manutenção, reparo, treinamento do usuário e
descomissionamento — atividades que geralmente são
encaminhamento A referência de um gerenciadas por engenheiros clínicos.
indivíduo de um médico para outro médico ou
erro 1. Uma falha que causa dano. 2. Falha na
especialista, ou de uma unidade ou serviço para
outra ou para outro recurso, seja para consulta ou execução de uma ação planejada como pretendido,
cuidados que a fonte de referência não está preparada ou aplicação de um plano incorreto.
ou qualificada para fornecer. erro de medicação Um evento evitável
ensaio Uma análise para determinar a presença,
que pode causar ou levar ao uso inadequado
ausência ou quantidade de um ou mais componentes. de medicamentos ou danos ao paciente ou ao
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Glossário
residente enquanto a medicação estiver no controle evento adverso de drogas Uma lesão
do profissional de saúde, paciente, residente ou resultante de uma intervenção de saúde relacionada
consumidor. Tais eventos podem estar relacionados à a um medicamento, incluindo danos causados
prática profissional; produtos de saúde; procedimentos por uma reação adversa a medicamentos ou um erro
e sistemas, incluindo prescrição; comunicação de de medicação.
pedidos; rotulagem de produtos, embalagem e
evento de segurança do paciente
nomenclatura; composição; dispensação; distribuição;
Um evento, incidente ou condição que poderia ter
administração; educação; monitoramento e uso.
resultado ou causado danos a um paciente. Veja
escopo de prática O leque de atividades também evento adverso; quase falha; evento sem
realizadas por um profissional em uma organização danos; evento sentinela.
de saúde. O escopo é determinado por treinamento,
evento sem danos Um evento de segurança do
experiência, licença, leis ou regulamentos, e pela
paciente que atinge o paciente, mas não causa dano.
organização.
Veja também evento adverso; quase falha; evento de
escopo de serviços A gama de atividades, segurança do paciente; evento sentinela.
como serviços de atendimento clínico, oferecidos
evento sentinela Ocorrência inesperada
pela organização e realizados por profissionais de
envolvendo morte ou lesão física ou psicológica grave.
saúde, equipe de apoio, equipe gerencial, entidade de
A declaração de propósito para os padrões QPS.7 e
governo, e assim por diante.
QPS.7.1 inclui informações detalhadas sobre eventos
escriturário Um indivíduo qualificado, treinado sentinelas. Veja também evento adverso; quase falha;
e competente para auxiliar os profissionais de saúde evento sem danos; evento de segurança do paciente.
com documentação.
experiência do paciente Como um paciente
especificidade analítica Até que ponto um é afetado (física, emocional e psicologicamente) por
método responde apenas ao analito a ser medido. sua visita ou permanência em uma unidade de saúde.
A experiência do paciente é afetada por elementos
essencial De extrema importância; necessário.
como o tratamento da dor; interações com a equipe; a
estado funcional A capacidade dos preferência dos paciente, as necessidades e os valores; e
indivíduos de cuidarem de si mesmos, física e o ambiente físico.
emocionalmente de acordo com as normas esperadas
extintor de incêndio Um dispositivo portátil
de sua faixa etária. O estado funcional pode ser
usado para apagar pequenos incêndios, ou para reduzir
dividido em funções sociais, físicas e psicológicas.
a destruição causada por um incêndio antes da chegada
O estado funcional pode ser avaliado fazendo
dos bombeiros. Diferentes tipos de extintores de
perguntas durante exames periódicos de saúde ou
incêndio são aplicáveis a diferentes tipos de incêndios.
utilizando instrumentos formais de triagem. Veja
Por exemplo, extintores de espuma são usados para
também medida.
incêndios sólidos e líquidos, enquanto extintores de
estagiário, médico Formação individual em dióxido de carbono podem ser usados para incêndios
serviço médico após a graduação em uma instituição sólidos, líquidos, gás, óleo, gordura e elétricos.
de ensino médico. Para fins de acreditação e
falsificação (de informações) Fabricação,
certificação JCI, os estagiários incluem estagiários,
total ou parcialmente, de qualquer informação
residentes e bolsistas. Diferentes títulos usados para
fornecida por um requerente ou organização
estagiário incluem estagiário, residente, oficial de casa
certificada à JCI.
e colega de estudo (fellow).
família pessoa(s) com um papel significativo na
esterilização O uso de procedimento físico
vida do paciente. Isso pode incluir uma pessoa(s) não
ou químico para destruir toda a vida microbiana,
legalmente relacionada com o paciente. Essa pessoa
incluindo esporos bacterianos altamente resistentes.
é frequentemente referida como uma tomadora de
estrutura Um esboço, visão geral ou “esqueleto” decisão substituta, se autorizada a tomar decisões
de itens interconectados que podem ser modificados a de cuidado para um paciente, se o paciente perder a
qualquer momento, adicionando ou excluindo itens. capacidade de tomada de decisão.
estudante, de medicina Um indivíduo fatores de risco de sobreviventes Chances
matriculado em uma instituição de ensino médico. de familiares sobreviventes ou outros entes queridos,
evento adverso Um evento de segurança do
sofrerem dificuldades com a morte de um ente querido.
paciente que resulta em danos ao paciente. Veja ficha técnica de segurança (safety data
também quase falhas; evento sem danos; evento de sheet -SDS) Documento formal com informações
segurança do paciente; evento sentinela. sobre as características e riscos reais ou potenciais
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
de uma substância; inclui instruções relacionadas a de cuidados clínicos com base em diretrizes de
primeiros socorros, derramamentos e armazenamento prática clínica ou prática baseada em evidências
seguro, entre outras informações. Anteriormente
• Definição de tratamentos e intervenções à
conhecida como folha de dados de segurança de
necessidade do participante
materiais (material safety data sheet - MSDS).
• Promoção do fluxo de informações do paciente
fluxograma Um regime de tratamento acordado
através das unidades e dos provedores, protegendo
que inclui todos os elementos de cuidado. Veja também
os direitos do paciente, a segurança e a privacidade
fluxograma clínico.
• Análise e utilização de dados para revisar
fluxograma clínico Um processo definido,
continuamente os planos de tratamento
muitas vezes baseado em evidências, que orienta
o gerenciamento do cuidado para um grupo bem • Avaliação contínua de formas de melhorar o
definido de pacientes, diminui a variância e, muitas desempenho e a prática clínica, melhorando
vezes, utiliza uma equipe multidisciplinar. Veja assim o cuidado aos participantes
também fluxograma. Essa definição é consistente com a definição da
fontes de dados Os documentos de origem Associação de Gestão de Doenças da América (Disease
primária utilizados para coleta de dados (por Management Association of America - DMAA).
exemplo, faturamento ou dados administrativos, gerenciamento de utilização
formulário de encontro, formulário de inscrição, O planejamento, organização, direção e controle
prontuário médico). de recursos. A forma como isso se relaciona com o
fonte de dados externos Um repositório para cuidado do paciente por uma organização de saúde é
dados que existem fora do controle da organização. significativa. Veja também utilização.
fonte original (de uma medida) Uma governança Nível de liderança mantido pela
organização, indivíduo ou grupo de indivíduos que entidade de governo da organização da saúde, que
é inicialmente responsável pelo desenvolvimento da pode ter várias configurações. Veja também líderes e
medida. lideranças.
fornecedor Uma pessoa ou representante de governança, estruturas de Os comitês, as
uma empresa que tenha um contrato com o hospital forças-tarefa e outros grupos formados pela governança
e/ou esteja buscando fornecer suporte, serviços para prestar assistência ou aconselhamento.
ou manutenção para produtos ou serviços de uma grupo de comparação Grupo de organizações
empresa no hospital. ou programas de saúde aos quais uma organização ou
gerenciamento das informações programa de saúde individual é comparado.
clínicas O gerenciamento das informações
gerenciamento de informações A criação,
clínicas ou de pacientes para definição, processamento o uso, o compartilhamento e o descarte de dados
e sequenciamento de atividades, maximizando ou informações em uma organização. Essa prática
assim a coordenação da assistência para melhorar o é fundamental para o funcionamento efetivo e
cuidado. A metodologia particular de gerenciamento eficiente das atividades da organização. Inclui o
das informações clínicas, seja baseada em papel papel da gestão de produzir e controlar o uso de
ou eletrônica, baseia-se em princípios sólidos de dados e informações em atividades de trabalho,
gerenciamento da informação. gerenciamento de recursos da informação, tecnologia
gerenciamento do cuidado/gerenciamento da informação e serviços de informação.
de casos Processo de gerenciamento e
histograma Uma exibição gráfica, usando um
coordenação do uso de recursos em saúde na prestação gráfico de barras, da distribuição de frequência de uma
de cuidados e serviços. variável. Os retângulos são desenhados de modo que
gerenciamento do cuidado clínico suas bases estejam em uma escala linear representando
Uma abordagem interdisciplinar, baseada em intervalos diferentes, suas alturas são proporcionais
continuidade, para a prestação de cuidados de saúde às frequências dos valores dentro de cada um dos
que previne, minimiza ou retarda exacerbações ou intervalos.
complicações de uma doença ou condições pelo seguinte: indicador Uma medida para determinar, ao longo
• Apoio às atividades de autogestão do participante do tempo, o desempenho de funções, processos e
resultados de uma organização ou programa.
• Apoio à relação contínua paciente/profissional
indivíduo qualificado Um indivíduo ou
• Utilização de um método ou processo
membro da equipe que possa atuar em uma função
padronizado para fornecer ou facilitar a prestação
específica na organização. A qualificação é determinada
358
Glossário
pelo seguinte, conforme aplicável: educação, paciente pode ter alta segura ou se deve ser internado
treinamento, experiência, competência, licença para cuidados agudos. Outros termos para este serviço
aplicável, leis ou regulamentos, registro ou certificação. podem incluir, mas não se limitam a, os seguintes:
unidade de decisão clínica/enfermaria, unidade/
imediatamente disponível Quando um
enfermaria de curta permanência ou unidade/
item, indivíduo, documento ou outro recurso estiver
enfermaria de dor torácica.
disponível assim que for solicitado. Veja também
prontamente disponível. licença Direito legal à prática profissional que é
concedido por órgão governamental em cumprimento
infecção adquiridas em laboratório(s)
a um estatuto que rege uma ocupação (como médicos,
(laboratory-acquired infections - LAI)
dentistas, enfermeiros, psiquiatria ou serviço social
Uma infecção adquirida através do laboratório ou
clínico, ou o funcionamento de uma unidade de saúde).
de atividades laboratoriais relacionadas. Infecções
adquiridas em laboratório podem vir de uma grande líder Um indivíduo que estabelece expectativas,
variedade de bactérias, vírus, fungos e parasitas. desenvolve planos e implementa procedimentos para
avaliar e melhorar a qualidade das funções e processos
Infecções associadas aos cuidados em
de gestão, cuidados e suporte de uma organização.
saúde (health care–associated infection(s) -
HAI) Qualquer infecção adquirida por um indivíduo liderança do hospital Um grupo de indivíduos
enquanto recebe cuidados ou serviços em uma que normalmente se reportam ao diretor geral do
organização de saúde. As mais comuns são infecções hospital e mais frequentemente incluem um diretor
urinárias, infecções cirúrgicas, pneumonia e infecções médico representando a equipe médica, um diretor de
na corrente sanguínea. enfermagem representando todos os níveis de enfermagem
no hospital, administradores seniores e quaisquer outros
infecções nosocomiais Veja infecção(s)
indivíduos que o hospital seleciona, como um diretor de
associada aos cuidados em saúde.
qualidade, vice-presidente de recursos humanos, diretor
integridade dos dados A precisão, consistência de operações, e assim por diante.
e completude dos dados.
líderes e liderança Nos padrões JCI, o termo
interno Veja estagiário, médico. líderes é usado para indicar que um ou mais indivíduos
intervenções nutricionais Cuidados e
são responsáveis pelas expectativas encontradas nos
aconselhamento para promover a ingestão nutricional padrões. A liderança é usada para indicar que um
adequada. Esta atividade é baseada em nutrição grupo de líderes é coletivamente responsável pelas
e informações sobre alimentos, outras fontes de expectativas encontradas nos padrões. Um líder é
nutrientes e preparo de refeições. Inclui o histórico um indivíduo que estabelece expectativas, desenvolve
cultural e o status socioeconômico do paciente. planos e implementa procedimentos para avaliar
e melhorar a qualidade das funções e processos
kit Todos os componentes de um teste embalados de governança, gestão, clínica e de suporte da
juntos. organização. Os líderes descritos nos padrões da JCI
laboratório Uma instalação que está equipada incluem pelo menos os líderes do governo, o diretor
para examinar material derivado do corpo humano geral e outros gerentes seniores, líderes departamentais,
para fornecer informações para uso no diagnóstico, os líderes eleitos e nomeados do corpo médico e dos
prevenção ou tratamento de doenças; também departamentos clínicos e outros membros da equipe
chamada laboratório clínico ou laboratório médico. clínica em cargos administrativos organizacionais, e o
executivo enfermeiro e outros líderes de enfermagem
laboratório (contratado) de referência Um sênior. Veja também governança.
laboratório de propriedade e operado por uma
organização diferente de um hospital ou programa líderes de departamento/serviço
certificado, o qual um hospital, programa certificado Os indivíduos que gerenciam e dirigem os variados
ou outras de organizações de saúde contratam para serviços da organização, comumente referidos como
exames. departamentos, serviços e/ou unidades.
leito de observação Leito utilizado para lista de não usar (do not use list)
atendimento e observação do paciente por até 24 Um catálogo escrito de abreviaturas, siglas e símbolos
horas, ao mesmo tempo em que determina se o que não devem ser usados em toda uma organização
359
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
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Glossário
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
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Glossário
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
Baseia-se em dados coletados durante a avaliação praticante Qualquer pessoa que tenha
do paciente. O formato do plano em algumas concluído um curso de estudo e seja habilitada em
organizações pode ser guiado por políticas e uma área de saúde. Isso inclui médico, dentista,
procedimentos específicos, protocolos, diretrizes de enfermeiro, farmacêutico, terapeuta respiratório,
prática, caminhos clínicos ou uma combinação destes. entre outros. Os profissionais são licenciados por
O plano de cuidado pode incluir prevenção, cuidados, uma agência governamental ou certificados por
tratamento, habilitação e reabilitação. uma organização profissional. Consulte também
profissional de saúde; praticante independente;
pleno funcionamento Critérios que indiquem
profissional independente licenciado.
a prontidão da organização para avaliação geral no
local em relação a todos os padrões relevantes da JCI, práticas de emprego Análise, triagem ou
com base na identificação do seguinte na aplicação outros métodos utilizados para recrutar, contratar,
eletrônica da organização para a avaliação (E-App): selecionar, transferir, promover e fornecer benefícios
uma lista de todos os serviços clínicos atualmente ou afetar de forma semelhante funcionários ou futuros
prestados para pacientes internados e de serviços funcionários.
externos; estatísticas de utilização de serviços clínicos,
prevenção de doenças Atividades e estratégias
mostrando níveis consistentes de atividade hospitalar
especificamente visadas a diminuir o risco de adquirir
e de serviços externos e tipos de serviços previstos por
uma doença aguda ou crônica, bem como para travar
pelo menos quatro meses ou mais antes da entrega da
o progresso e minimizar as consequências de uma
aplicação eletrônica da organização; e todos os serviços
doença, se presente. Veja também serviços preventivos.
clínicos, unidades e departamentos hospitalares e de
serviços externos. procedimento Como uma tarefa é executada,
geralmente incluindo instruções passo a passo.
política Uma declaração de expectativas destinada
a influenciar ou determinar decisões e ações. Políticas procedimento de emergência
são as regras e princípios que orientam e informam os Um procedimento que não está planejado com
procedimentos e processos da organização. antecedência, mas ocorre em resposta a uma situação
de saúde emergente ou urgente. Veja também
ponto de dados A representação de um valor
procedimento eletivo.
para um conjunto de observações ou medidas em um
intervalo de tempo específico (por exemplo, taxa de procedimento eletivo Procedimento planejado
mortalidade perioperatória para junho de 2019). com antecedência pelo paciente. Consulte também
procedimento de emergência.
população Conforme as organizações de saúde,
a população refere-se aos pacientes atendidos pela procedimento invasivo A punção ou
organização. Também pode ser definida por área incisão da pele, inserção de um instrumento ou
geográfica ou características dos indivíduos atendidos inserção de um material estranho no corpo para fins
pela organização, como idade, escolaridade, renda, diagnósticos ou relacionados ao tratamento. Exemplos
riscos à saúde, processo de doença, tipo de tratamento de procedimentos invasivos incluem inserções de
e outras informações demográficas. Veja também linha central e tubo torácico, e cateterismo cardíaco.
comunidade. A punção venosa não é categorizada como um
procedimento invasivo.
população excluída Informações detalhadas
descrevendo a população(s) que não deve ser incluída processo Um conjunto de ações que produzem ou
no numerador e denominador, ou um cálculo levam a um determinado resultado.
contínuo de medidas variáveis (por exemplo, faixas processo de cuidado ao residente O ato
etárias específicas, diagnósticos, procedimentos, de fornecer acomodações, conforto e tratamento a
períodos de inscrição, seguros e grupos de planos de um morador. Isso implica a responsabilidade pela
saúde). segurança, incluindo tratamento, serviços, habilitação,
população incluída Informações detalhadas reabilitação ou outros programas solicitados pela
descrevendo a população(s) que o numerador e organização ou rede para o indivíduo.
denominador—ou uma variável contínua—pretende processo de lavagem química Um
medir (por exemplo, faixas etárias específicas, processo no qual produtos químicos são adicionados
diagnósticos, procedimentos, períodos de inscrição, a materiais lavados durante o ciclo final de lavagem,
seguros e grupos de planos de saúde). para diminuir o pH da água e ajudar na remoção de
porta de incêndio Um tipo de porta que foi detergentes e manchas de ferrugem. A maioria dos
construída para suportar a exposição direta ao fogo produtos químicos ácidos é à base de flúor, incluindo
por um longo período de tempo, sem permitir que o silicofluoreto de amônio, bifluoreto de amônio e ácido
fogo se espalhe para o outro lado da porta. hidrofluórico; ácido glicólico também é usado.
364
Glossário
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
propósito Uma breve explicação da lógica, medicamentos, gerenciamento das instalações e uso
definição e significado de um padrão.’Os propósitos de dados. Consulte também rastreador do paciente;
podem conter exemplos de conformidade e metodologia do rastreador (tracer methodology).
expectativas detalhadas do padrão, que são avaliadas
rastreamento retrospectivo No que se
no processo de avaliação no local (on-site).
refere à gestão da cadeia de suprimentos, o processo
prospectivo Um foco no potencial para que algo de identificação e rastreamento de insumos instáveis,
aconteça no futuro. contaminados, defeituosos ou falsificados após
a entrada na organização. Quando aplicável, a
proteção Proteção contra perdas, destruição,
organização notifica o fabricante e/ou distribuidor
adulteração ou acesso ou uso não autorizados.
sobre o fornecimento instável, contaminado,
protocolo 1). Um plano de tratamento médico defeituoso ou falsificado.
científico ou esboço de estudo para um procedimento
razão A relação entre dois conjuntos contados de
ou tratamento novo ou experimental com a intenção
dados, que podem ter um valor de zero ou maior.
de medir aplicações humanas (por exemplo, o
Em uma razão, o numerador não é necessariamente
manejo do diabetes mellitus tipo 2). Os protocolos
um subconjunto do denominador (por exemplo, o
frequentemente incluem componentes como tipos de
número de pacientes em menos de três medicamentos:
participantes, agendamento, procedimentos utilizados
número de pacientes-dias).
e tipos de medicamentos e dosagens, entre outros.
reação adversa a medicamentos
qualidade do cuidado O grau em que os
Uma resposta a um medicamento que é nocivo e
serviços de saúde para indivíduos e populações
não intencional e que ocorre em doses normalmente
aumentam a probabilidade de desfechos de saúde
utilizadas em humanos para a profilaxia,
desejados e são consistentes com o conhecimento
diagnóstico ou tratamento de doença ou para a
profissional atual. As dimensões do desempenho
recuperação, correção ou modificação da função
incluem questões de perspectiva do paciente;
fisiológica ou psicológica.
segurança do ambiente assistencial; e acessibilidade,
adequação, continuidade, eficácia, eficácia, eficiência e reagente Uma substância que é usada para
pontualidade do cuidado. testar a presença de outra substância, causando
uma reação química, a fim de permitir que os
qualidade dos dados A exatidão e completude
pesquisadores detectem, medem, produzam, ou
dos dados de medida sobre o desempenho, no contexto
alterem outras substâncias.
dos propósitos analíticos para os quais serão utilizados.
reavaliação Coleta contínua de dados que
quase falha Um evento de segurança do paciente
começa na avaliação inicial, comparando os dados
que não atingiu o paciente. Também chamado de
mais recentes coletados com os dados coletados na
chamada próxima (close call). Veja também evento
avaliação anterior.
adverso; evento sem danos; evento de segurança do
paciente; evento sentinela. recall, de equipamento médico Quando
um equipamento médico é removido do mercado
radiobioensaio A análise de material radioativo
porque é considerado defeituoso ou potencialmente
no corpo humano por medição direta ou avaliação de
prejudicial. Os equipamentos podem ser recolhidos
materiais removidos.
pelo fabricante, fornecedor ou uma agência
rastreadores de paciente Esses (consulte a reguladora.
metodologia do rastreador para obter uma descrição dos
recall, de medicamentos Quando um
rastreadores) ocorrem durante a avaliação no local (on-
medicamento é removido do mercado porque é
site survey) e se concentram na avaliação da experiência
considerado defeituoso ou potencialmente prejudicial.
total do cuidado a um paciente em uma organização de
Os defeitos podem estar relacionados a embalagens
saúde. Veja também rastreador do sistema.
incorretas, contaminação potencial ou má fabricação,
rastreador de residente O processo no local resultando em impurezas ou erros de força/
utilizado pela JCI para avaliar a experiência total de potência. Os medicamentos podem ser recolhidos
cuidado de um residente dentro de uma organização voluntariamente pelo fabricante ou a pedido de uma
de saúde. Veja também sistemas de rastreador; agência governamental.
metodologia do rastreador.
reconciliação de medicamentos
rastreador de sistemas (system tracer) O processo de identificação dos medicamentos
O processo utilizado pela JCI para avaliar questões atualmente sendo tomados por um indivíduo. Esses
prioritárias de segurança e qualidade de cuidado em medicamentos são comparados com medicamentos
toda a organização. Exemplos dessas questões incluem recém-prescritos, e as discrepâncias são identificadas
prevenção e controle de infecções, gerenciamento de e resolvidas.
366
Glossário
367
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
368
Glossário
e vapor; gases medicinais e encanados; sistemas executando o procedimento, é adequada uma breve
de vácuo; ou sistemas de comunicação, incluindo pausa para confirmar o paciente, o procedimento e
sistemas de troca de dados. o local corretos.
substância controlada Uma droga ou transferência A transferência formal da
outra substância que é fortemente controlada pelo responsabilidade pelo atendimento de um paciente de
governo ou agências reguladoras porque pode causar uma unidade de atendimento para outra, um serviço
dependência física e mental e ter restrições sobre clínico para outro, um profissional qualificado para
como eles podem ser preenchidos e reabastecidos. outro, ou uma organização para outra.
O controle se aplica à forma como a substância
transição de cuidado (handover)
é fabricada, usada, manuseada, armazenada e
A transferência da responsabilidade pelo cuidado do
distribuída. As substâncias controladas incluem
paciente e do paciente que é alcançada por meio de
opióides, estimulantes, depressivos, alucinógenos
comunicação efetiva (por exemplo, entre profissionais
e esteróides anabólicos. Substâncias controladas
de saúde; de um departamento, unidade ou serviço
com uso médico aprovado, como morfina, valium e
da organização para outro; entre a organização e
ritalina, estão disponíveis apenas mediante prescrição
outros níveis de atenção à saúde; entre profissionais e
médica de um profissional médico licenciado.
pacientes/familiares). Também chamado de entrega.
tempo de inatividade Veja o tempo de Veja também continuidade do cuidado.
inatividade planejado; tempo de inatividade não
triagem Avaliação simples e de alto nível
planejado.
que identifica pacientes com alto risco para uma
tempo de inatividade não condição. As triagens são geralmente breves,
planejado Interrupção inesperada do sistema têm um escopo estreito e são conduzidas por
de dados como resultado de falhas de energia ou médicos, equipe de apoio e/ou pelo paciente, com
equipamentos, falhas no sistema de aquecimento/ base em perguntas desenvolvidas por indivíduos
resfriamento, desastres naturais, erro humano ou qualificados. Este processo identifica o tipo e o
interrupções em serviços de internet ou intranet, nível de cuidado, tratamento ou serviços e pode
entre outras interrupções. O tempo de inatividade indicar a necessidade de uma avaliação posterior;
não planejado pode ter um impacto negativo nos no entanto, não é definitivo no diagnóstico
sistemas de dados, como perda de dados, falhas de ou indicação de uma condição específica. Veja
hardware e corrupção de dados. Veja também tempo também avaliação (paciente).
de inatividade planejado.
urgente Uma classificação de gravidade utilizada
tempo de inatividade planejado Interrupção em sistemas de triagem para significar que a condição
programada do sistema de dados com o objetivo do paciente é potencialmente fatal e requer avaliação
de realizar manutenção, reparos, upgrades e outras oportuna e possível intervenção. Veja também
alterações no sistema. Veja também tempo de emergente.
inatividade não planejado.
utilização O uso, padrões de uso ou taxas de uso
terapia nutricional Tratamento médico que de um serviço de saúde especificado. O uso excessivo
inclui nutrição enteral e parenteral. ocorre quando um serviço de saúde é prestado em
circunstâncias em que seu potencial de dano excede
teste de ponto de cuidado (point-of-care
os possíveis benefícios para um paciente. O subuso é
teting) exames analíticos realizados em locais fora
a não utilização de um serviço de saúde que possa ter
do ambiente laboratorial tradicional, geralmente em
sido necessário para um paciente e possa ter produzido
ou perto de onde o cuidado é prestado aos indivíduos,
um desfecho favorável para um paciente. O uso
como na cabeceira ou área de procedimento.
indevido ocorre quando um serviço apropriado foi
testes de proficiência O teste de amostras selecionado, mas ocorre uma complicação evitável.
desconhecidas enviadas a um laboratório por um Todos os três refletem um problema na qualidade
programa de teste de proficiência com o objetivo da assistência à saúde. Podem aumentar o risco de
de determinar o desempenho relacionado a testes mortalidade e diminuir a qualidade de vida. Veja
e medições específicas e monitorar o desempenho também gerenciamento de utilização.
contínuo. Um termo semelhante inclui testes de
validade Característica de uma medida que
comparação inter laboratorial de grau externo.
indica o grau em que a medida avalia o que se
time-out Uma pausa, imediatamente antes de pretende medir. Por exemplo, a ferramenta de
executar um procedimento cirúrgico ou outro, medição ou medida é válida quando captura o
durante o qual toda a equipe cirúrgica ou de um resultado clínico pretendido, a experiência do
procedimento verifica o paciente, procedimento ou paciente e assim por diante.
local correto. Mesmo quando há apenas uma pessoa
369
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
variação As diferenças nos resultados obtidos que é baseado nas recomendações ou histórico de
na medição do mesmo evento mais de uma vez. As instrumentos dos fabricantes, e qualquer que seja uma
principais fontes de variação podem ser agrupadas grande mudança nos reagentes ou equipamento ou
em duas classes principais: causas comuns e causas instrumento que poderia afetar a calibração.
especiais. Muita variação, muitas vezes, leva ao O processo usado para verificar um laboratório.
desperdício e à perda, como a ocorrência de desfechos
verificação primária de fonte Verificação
indesejáveis de saúde do paciente e aumento do custo
das qualificações relatadas por um profissional de
dos serviços de saúde.
saúde individual pela fonte original ou por um agente
verificação O processo de verificação da validade autorizado dessa fonte. Os métodos de realização
e completitude de uma credencial clínica ou outra da da verificação de fonte primária das credenciais
fonte que emitiu a credencial. Veja também verificação incluem correspondência direta, verificação telefônica
da fonte primária. documentada, verificação eletrônica segura da fonte de
qualificação original ou relatórios de organizações de
verificação de calibração O processo
verificação de credenciais que atendam aos requisitos
utilizado para verificar a gama notificável de resultados
de JCI. Veja também verificação.
de exames de um laboratório, que inclui materiais
de calibração com pelo menos um valor mínimo, viés Influência nos resultados que faz com que eles
um valor médio e um valor máximo, desempenho se afastem rotineiramente de seu verdadeiro valor.
370
Índice Remissivo
371
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Índice R emissivo
373
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Índice R emissivo
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
376
Índice R emissivo
Elementos de Mensuração (EMs), definição de, 3-4 avaliação de risco para (FMS.9) 259
Em risco de negação de acreditação treinamento da equipe para operar e manter (FMS.13)
recurso (apelação) de decisão, 345 267-268; (SQE.3) 277
condições que levam a, 347 Equipamento de proteção individual (PCI.13) 208
para descoberta de ameaça imediata à segurança Equipe de avaliação, 343
do paciente, saúde pública ou segurança dos Erros de medicação
profissionais (APR.12) 19
análise de dados em (QPS.8) 183
por não notificar a JCI as alterações (APR.3) 14-15
definido por hospital (MMU.7.1) 168
por falha no envio de dados e informações em tempo
sósia/medicamentos parecidos (IPSG.3.1) 28-29
hábil (APR.1) 13
processo para emissão e atuação em (MMU.7.1) 168
por falta de apresentação de Plano Estratégico de
Melhoria, 347 Escopo de avaliação de acreditação, 344
para emissão de licença, registro ou certificado, 347 Escritório de Monitoramento de Qualidade e
por falsificação do status de acreditação (APR.8) 17 Segurança, 348
por ações retaliatórias contra profissionais que relatam revisado pelo Escritório da JCI, 348
problemas de segurança (APR.9) 17 Estatuto Social (GLD.1) 217
para submissão de informações falsificadas (APR.2) Esterilização, métodos de, 196-197
13-14
Estudantes de medicina e estagiários. Veja também
Energia elétrica. Veja também Sistemas utilitários Educação médica profissional
Ensaios clínicos e pesquisa Eventos adversos. Veja também Eventos adversos de
acesso à, pacientes e familiares informados sobre drogas; quase falhas; eventos sem danos; eventos
(GLD.16) 238-239; (HRP.7.1) 336-337 sentinelas
consentimento informado coleta de dados em (QPS.8) 183
documentado (GLD.18) 240 definição de, 180-182
obtido anteriormente à participação (GLD.18) 240 de comunicações de transição (IPSG.2.2) 26-27
processo para obtenção (HRP.7) 336-337 em avaliação com seres humanos (GLD.15) 238
proteção de sujeitos (HRP.1.1, HRP.6) 335
liderança responsável por (GLD.15) 238 de uso de laser (COP.4.1) 119-120
pacientes e familiares informados sobre (GLD.17) e erros de medicação (MMU.7.1) 168
239 quase falhas (QPS.7.1) 180-182
populações vulneráveis não exploradas (HRP.7.1) redução da frequência, através do Programa de
336-337 Gerenciamento de Riscos (QPS.10) .184-185
Epidemiologia. Veja também Prevenção e controle de reportado à entidade de governo (GLD.1.2) 218-219
infecções e reutilização de dispositivos de uso único (PCI.6.1)
Equipamento médico 197-198
coleta e análise de dados para planejar a substituição e reações de transfusão (COP.3.4) 117
atualizações de (FMS.4) 249 Eventos adversos de drogas
educação do paciente e da família sobre o uso de coleta de dados em (QPS.8) 183
(ACC.4.1) 47-48 medicamentos de alerta máximo (IPSG.3) 28-29
falhas de (FMS.9.2) 260 monitoramento e emissão de relatórios (MMU.7) 167
prevenção e controle de infecções necessários com Eventos sentinelas
(PCI.6) 196-197
definição de, 180-182
inspeção, teste e manutenção do (FMS.9.1) 259
diferença de erros médicos, 180-182
inventário de (FMS.9.1) 259
em pesquisa com seres humanos (HRP.6) 335
gerenciamento de (FMS.9) 259
identificação e gerenciamento de (QPS.7) 180-182
transferências de pacientes e (ACC.5) 52-53
relatado e agido pela entidade reguladora (GLD.1.2,
problemas ou falhas com (FMS.9.2) 260 GLD.4.1) 218-219; 222-223
recalls de (FMS.9.2) 260 notificado a JCI, 180-182
para ressuscitação (COP.3.3) 116
377
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
378
Índice R emissivo
sistemas de utilidade. Veja também Sistemas utilitários medicamentos como amostras (MMU.6.2.1) 166
Água. Veja também Sistemas de água política de autoadministração (MMU.6.2) 166
Gerenciamento do sistema de alarme clínico requisitos de manuseio especial (MMU.3) 156
(COP.3.1) 114-115 armazenamento, adequado e seguro (MMU.3) 156
Gerenciamento e uso de medicamentos (MMU) 151 Gerenciamento ético
Administrar para questões comerciais e operacionais (GLD.12.1)
por indivíduos qualificados (MMU.6) 165 234
política de autoadministração (MMU.6.2) 166 para a tomada de decisão do cuidado clínico
verificação de requisições (MMU.6.1) 166 (GLD.12.2) 234
eventos adversos com drogas (MMU.7.1) 168 estrutura estabelecida para (GLD.12) 234
programa de administração de antibióticos Gerenciamento proativo de riscos (QPS.10) 184-185
(MMU.1.1) 154 Governança, liderança e direção (GLD) 213-214
disponibilidade de medicamentos, incluindo após o capital e orçamento operacional (GLD.1.1) 218
expediente (MMU.2) 155
diretor geral. Veja também Diretor Geral
dirigido por profissional qualificado (MMU.1) 153
diretrizes de prática clínica selecionadas e
informações sobre drogas disponíveis (MMU.1) 153 implementadas (GLD.11.2) 232-233
organismos resistentes a medicamentos (MMU.1.1) serviços clínicos planejados (GLD.3.1) 220-221
154
corpo clínico, estrutura de (GLD.8) 228-229
medicamentos de emergência (MMU.3.1) 157
comunicação eficaz e oportuna (GLD.3.2) 221
erros, processo de emissão de notificações (MMU.7.1)
168 e contratos. Veja também Serviços contratados
medicamentos de alta vigilância (IPSG.3) 28-29 e cultura de segurança. Veja também Cultura de
segurança
medicamentos com aparência/grafia ou sons
semelhantes (look alike sound alike) (IPSG.3.1) para departamentos e serviços
28-29 coordenação ou integração entre (GLD.10) 230
lista de medicamentos e uso mantido e monitorado dirigido por indivíduos qualificados (GLD.9) 229-
(MMU.2) 155 230
monitoramento dos efeitos em pacientes (MMU.7) identificação dos serviços prestados pelo (GLD.10)
167 230
organismos multirresistentes (MMU.1.1) 154 melhoria na qualidade e segurança do paciente em
quase falhas, processo de emissão de notificações (GLD.11) 231
(MMU.7.1) 168 para a educação dos profissionais de saúde
organizado para atender às necessidades do paciente continuação (GLD.3.3) 221-222
(MMU.1) 153 parâmetros para, definidos (GLD.14) 237
visão geral de, 151 função na educação médica (MPE.1) 324
preparando e dispensando gerenciamento ético
ambiente para, seguro e limpo (MMU.5) 161-162 para questões comerciais e operacionais (GLD.12.1)
prescrições revisadas para adequação (MMU.5.1) 234
162-163 para a tomada de decisão do cuidado clínico
indivíduos qualificados realizam (MMU.6) 165 (GLD.12.2) 234
dose certa, paciente certo, hora certa (MMU.5.2) estrutura estabelecida para (GLD.12) 234
164
Governança
prescrição, requisição e transcrição
estatuto, políticas e procedimentos (GLD.1) 217
completude da prescrição definida pelo hospital
supervisão do programa de segurança do paciente
(MMU.4.2) 160-161
(GLD.1.2) 218
documentado em prontuário (MMU.4.2) 160-161
estrutura e autoridade de (GLD.1) 217
indivíduos qualificados realizam (MMU.4.1) 159
documentos escritos para (GLD.1.1) 218
aquisição para indisponível (MMU.2) 155
e pesquisa com seres humanos. Veja também Programas
sistema de recall (MMU.3.2) 158 de pesquisa com seres humanos
reconciliação de (MMU.4) 159 liderança identificada (GLD.3) 220
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Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
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Índice R emissivo
381
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
tempo de tempo antes do procedimento cirúrgico sobre gerenciamento e segurança das instalações
(IPSG.4.1) 30-32 (FMS.13) 267-268
Metodologia tracer em segurança contra incêndio (FMS.13) 267-268
rastreadores de pacientes, 344 em materiais perigosos (FMS.13) 267-268
rastreadores de sistema, 344-345 sobre o tempo de inatividade dos sistemas de
informação, planejado e não planejado (MOI.13)
Modo de falha e análise de efeitos (FMEA)
316-318
(QPS.10) 184-185
sobre uso e gerenciamento de informações (MOI.6)
Mudanças dentro da organização 308-309
ao perfil do hospital (APR.3) 14-15 treinamento em serviço (SQE.8) 280-281
notificação do JCI exigido (APR.3) 14-15 responsabilidade de liderança para (GLD.3.3, GLD.9)
ao local de cuidado, tratamento ou serviços (APR.3) 221-222; 229-230
14-15 em equipamentos médicos (FMS.13) 267-268
para estudantes de medicina e estagiários (MPE.6)
N 327
Necessidades espirituais e religiosas do paciente sobre doação e aquisição de órgãos (PCC.6.1) 74-75
(PCC.1.2) 62-63 sobre o gerenciamento da dor (COP.6) 122
Negação de Acreditação em exames de ponto de cuidado (point-of-care testings)
(AOP.5.2) 92-93
em Risco de Negação de Acreditação não resolvido,
347 sobre prevenção e controle de infecções (PCI.15) 209
por falha ao fornecer informações precisas e completas na segurança da radiação (AOP.6.2) 101-102
ao JCI (APR.2) 13-14 sobre a notificação de preocupações com a segurança
por falha no envio de dados e informações a JCI em (APR.9) 17
tempo hábil (APR.1) 13 sobre técnicas de ressuscitação (SQE.8.1, SQE.8.1.1)
para ameaça à segurança pública ou do paciente, 347 281
Negligência e abuso em segurança (FMS.13) 267-268
avaliação de (AOP.1.6) 87-88 em sistemas utilitários (FMS.13) 267-268
cuidado às vítimas de (COP.3) .113-114
P
O Paciente terminal. Veja também cuidados no fim de
vida
Orçamento operacional anual (GLD.1.1) 218
Padrões
Ordens verbais (IPSG.2) 25-27; (COP.2) 110-111
para centros médicos acadêmicos, 4
Organismos multirresistentes (Multidrug-resistant
aplicação de, 4
organisms - MDROs) (MMU.1.1) 154
disponibilidade para uso internacional, 4-5
Organização Mundial da Saúde (OMS)
definição de, 3
Padrões de Boas Práticas Clínicas (GCP), 338
processo de desenvolvimento, 2
diretrizes de higiene das mãos (IPSG.5) 32-33
data de vigência de, 2-3
e medicamentos de alta vigilância, 28-29
e leis nacionais e locais, 2-3
e prevenção de infecção transmitida pelo ar, 205-206
organização de, 2-3
regulação e padrões profissionais para estudos
em domínio público, 4
clínicos (HRP.1) 332
atualizações para, 2
diretrizes de recrutamento e desenvolvimento de
profissionais (GLD.3.3) 221-222 Padrões de acreditação. Veja também Padrões
Lista de verificação de segurança cirúrgica, 30-32 Patógenos sanguíneos (PCI.8.1) 202
Orientação, treinamento e educação dos Perfurocortantes e agulhas, manuseio e descarte de
profissionais (PCI.8) 200-201
documentação de (SQE.5) 278-279 Plano de ação
em cuidados de fim de vida 123 revisão pelo Escritório da JCI Acreditação, 346
382
Índice R emissivo
submissão necessária após o evento sentinela (QPS.7) educação de profissionais, pacientes e famílias em
180-182 (PCI.15) 209
Plano de cuidado preparação emergencial para doenças transmissíveis
realizado conforme prescrito (COP.2.1) 111 globais (PCI.12.2) 207
mudança e reavaliação (AOP.2) 89 controles de engenharia para (PCI.10) 204
documentado em prontuário (COP.2.1) 111 e limpeza ambiental (PCI.7) 199
individualizados, com base na avaliação (COP.2.2) 112 serviço de alimentação e (PCI.9) 203
pós-cirúrgico (ASC.7.3) 148 doenças transmissíveis globais (PCI.12.2) 207
supervisão por indivíduo qualificado (AOP.5.2) 92-93 higiene das mãos (IPSG.5) 32-33
com infecções associadas aos cuidados em saúde,
Plano Estratégico de Melhoria (SIP)
redução de risco (IPSG.5.1) 32-33
Em risco de negação de acreditação por falha na
áreas de alto risco identificadas e abordadas (PCI.5.1)
apresentação, 346-347
194-195
propósito de, 346-347
aumento de fluxo de pacientes infecciosos, processo
necessário quando o hospital não está em para (PCI.12.1) 205-206
conformidade com APR.7 ou APR.11, 16, 19
procedimentos de isolamento para (PCI.12) 205-206
necessário quando os elementos de mensuração não
roupas sujas, roupas em geral e trajes de trabalho
estão conformes ou são parcialmente conformes,
(PCI.7.1) 199-200
346-347
leis e regulamentos cumpridos (PCI.1) 191
Políticas de acreditação
gestão por indivíduo qualificado (PCI.1) 191
mudanças no perfil do hospital (APR.3) 14
controles mecânicos e de engenharia para (PCI.10) 204
mudanças no local de cuidado, tratamento ou serviços
(APR.3) .14 equipamento médico/cirúrgico, dispositivos e
suprimentos (PCI.6) 196-197
avaliações iniciais, 341. Veja também avaliações iniciais
organismos multirresistentes (MMU.1.1) 153
direito de esclarecer informações com a JCI, 342
visão geral de, 189
política de adiamento de avaliação, 343
equipamento de proteção individual (PCI.13) 208
Política de não tabagismo (FMS.8.5) 258-259
e programa de melhoria de qualidade e segurança
Populações especiais (PCI.14) 208-209
avaliação de (AOP.1.6) 87-88 recursos fornecidos pela liderança para (PCI.3) 193
lista de, 87-88 abordagem baseada em dados baseada em risco para
Preparação de emergência. Veja também Preparação (PCI.5) 194-195
para desastres perfurocortantes e agulhas, manuseio e descarte de
Preparação para desastres (PCI.8) 200-201
desenvolvimento, manutenção e testes do programa dispositivos de uso único (PCI.6.1) 197-198
para (FMS.11) 265-266 requisitos de descarte de resíduos (PCI.8) 200-201
formação de pessoal para funções em (FMS.13) 267- Privacidade
268 durante o cuidado e tratamento (PCC.1.3) 63-64
Prescrição ou requisição de medicamentos. Veja dos dados sujeitos de avaliação humana (HRP.3) 333
também Gerenciamento e uso de medicamentos
Privilégios clínicos
Prevenção e controle de infecções (PCI) 189
atribuição e delineamento de (SQE.10) 288-289
precauções de barreira para (PCI.12) 205-206
renovação de (SQE.12) 293-294
patógenos sanguíneos (PCI.8.1) 202
Processo de acreditação. Veja também avaliação de
programa abrangente projetado e implementado acreditação
(PCI.4) 193-194
noções básicas de, 339
coordenação de atividades para (PCI.2) 192
conformidade contínua com os padrões, 339
com demolição, construção e reforma (PCI.11) 205
cronograma de ciclo de três anos, 339-30
desinfecção de equipamentos, dispositivos e
suprimentos (PCI.6) 196-197 retirada de acreditação, 347
organismos resistentes a medicamentos (MMU.1.1) Processo de verificação pré-operatória (IPSG.4)
154 30-32
383
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
384
Índice R emissivo
para novos profissionais (SQE.2) 276-277 Renovação. Veja também Construção, reforma e
para pessoal não clínico (SQE.4) 278 demolição
visão geral de, 273 Renovação de acreditação, 348
habilidades de ressuscitação (SQE.8.1, SQE.8.1.1) Requisições
280; 281 processo uniforme para prescrição (COP.2) 110-111
Quase falha Veja também verbal, telefone ou sms (COP.2) 110-111
definido por hospital (MMU.7.1) 168 serviços de transplante de órgãos e tecidos. Veja também
definição de, 180-182 Serviços de transplante de órgãos e tecidos
identificação e gerenciamento de (QPS.7.1) 180-182 visão geral de, 124
com medicamentos (MMU.7.1) 168 avaliação e gerenciamento da dor (PCC.2.2) 67;
(COP.6) 122
Quedas, redução de risco
experiência do paciente medida e analisada (PCC.3)
população de internados (IPSG.6) 34-35 68
população de serviços externos (IPSG.6.1) 34-35 educação e orientação do paciente e da família
Queixas (ACC.2.2) 44
resolução de (PCC.3.1) 68-69 envolvimento do paciente e da família em (PCC.2)
revisado pelo Escritório de Qualidade e Segurança, 346 65-66
gerenciamento do fluxo do paciente (ACC.2) 42-43
identificação do paciente (IPSG.1) ....
R
paciente saindo contra a orientação médica (ACC.4.4)
Rastreadores de sistema, 344-345 47-48
Rastreadores de pacientes, 344 sem notificar os profissionais do hospital
Reações de transfusão (COP.3.4) 117 (ACC.4.4.1) 47-48
registros de. Veja também Prontuário
Reavaliação do paciente
referências (ACC.4) 47-48
conduzido por indivíduos qualificados (AOP.3) 90
serviços de ressuscitação
intervalos para (AOP.2) 89
disponibilidade de (COP.3.3) 116
Recalls de produtos
habilidades de equipe que não prestam cuidado ao
dispositivos médicos implantáveis (ASC.7.4) 148-149 paciente (SQE.8.1.1) 280-281
equipamento de laboratório (AOP.5.5) 95 habilidades da equipe de cuidado ao paciente em
equipamento médico (FMS.9.2) 260 (SQE.8.1) 280-281
medicamentos (MMU.3.2) 158 sedação ou administração de anestesia. Veja também
equipamento de radiologia (AOP.6.4) 103 Anestesia; Sedação
Recurso (apelação) de decisão de acreditação, 345 risco de suicídio ou automutilação (COP.3.5) 118
transferência de paciente. Veja também Transferência de
Recursos humanos. Veja também Profissionais;
paciente
Qualificação de profissionais; Pessoal
serviços de transporte (ACC.6) 54-55
Referências (ACC.4) 47-48
e resultados imprevistos (PCC.2) 65-66
Referências cruzadas (cross-references), definição
padrões uniformes de (COP.1) 110
de, 3-4
Requisitos de elegibilidade para avaliação de
Referências, definição de, 47-48
acreditação, 6
Registro de cuidados, tratamento e serviços. Veja hospitais de centro médico acadêmico, 6
também Prontuário
hospitais, 6-7
Regras de decisão de acreditação, 345
Requisito “em pleno funcionamento” para avaliações, 6
Relatório de achados da avaliação. Veja também avaliação médica, definição de, 7
Relatório oficial de achados da avaliação
local (site) principal, definição de, 7
Relatório oficial de achados da avaliação
Requisitos de Participação na Acreditação (APRs),
postado no JCI Direct Connect, 345 11
recebido dentro de 10 dias após a avaliação,345 status de acreditação representado com precisão
pedido de revisão de, 345 (APR.8) 17
385
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
exatidão das informações enviadas ao JCI (APR.2) de meio ambiente (FMS.6) 251
13-14 formação de profissionais para funções em (FMS.13)
mudanças no perfil do hospital relatadas no prazo de 267-268
30 dias (APR.3) 14-15 Segurança. Veja também metas internacionais de
e ameaça imediata à segurança do paciente, à saúde segurança do paciente; Gerenciamento e segurança das
pública ou à segurança dos profissionais (APR.12) instalações
19 questões relatadas a JCI
medidas para melhoria da qualidade (APR.7) 16 pelo público (APR.11) 19
e falsificação de informações (APR.2) 13-14 por profissionais (APR.9) 17
avaliações no local (on-site) permitidas (APR.4) 15 cultura de. Veja também Cultura de segurança
visão geral de (Introdução), 11 definição de, 235
medição de desempenho (APR.7) 16 Desastres. Veja também Preparação para desastres
notificação pública sobre a notificação de durante a demolição, construção e reforma (PCI.11)
preocupações de segurança (APR.11) 19 205; (FMS.12) 266-267
revisão das avaliações externas permitidas (APR.5) segurança contra incêndio. Veja também Segurança
15-16 contra incêndio
relatório de questões sobre segurança dos profissionais Materiais perigosos. Veja também Materiais e resíduos
(APR.9) 17 perigosos
cronograma de envios de dados (APR.1) 13 ameaça imediata à segurança do paciente, à saúde
serviços de tradução e interpretação para avaliação pública ou à segurança dos profissionais (APR.12)
(APR.10) 18 19
Resultados críticos dos exames, prazo dos melhoria em (GLD.11) 231
resultados (IPSG.2.1) 25-27 inspeções de riscos para (FMS.5) 250
Retirada do processo de acreditação, 347 em laboratórios (AOP.5.3) 93
Risco de suicídio ou automutilação (COP.3.5) 118 e lasers e outros dispositivos de radiação óptica
Roupa sujas, roupas em geral e trajes de trabalho (COP.4, COP.4.1) 119-120
(PCI.7.1) 199-200 e uso de medicamentos (IPSG.3) .28-29
de instalações físicas. Veja também Gerenciamento e
segurança das instalações
S
política do tabagismo (FMS.8.5) 258-259
Sedação
da cadeia de suprimentos (GLD.7.1) .227-228
administração e monitoramento de
Segurança contra incêndio
de acordo com as diretrizes profissionais (ASC.3.2)
detecção, supressão e contenção de fogo e fumaça
142
(FMS.8.1) 256
por indivíduos qualificados (ASC.3.1) 141
inspeção, teste e manutenção de equipamentos
disponibilidade de (ASC.1) 139 (FMS.8.3) 256-257
definição de, 140 estabelecimento e implementação do programa
consentimento informado antes do (PCC.4.2) 70 (FMS.8) 254-255
padrões profissionais e leis aplicáveis cumpridas saída segura garantida (FMS.8.2) 256
(ASC.1) 139 restrições ao tabagismo (FMS.8.5) 258-259
riscos, benefícios e alternativas discutidos com formação de pessoal para funções em (FMS.8.4) 257-
paciente e família (ASC.3.3) 142-143 258
serviços gerenciados por pessoa qualificada (ASC.2)
Segurança do paciente. Veja também Melhoria da
139-140
qualidade e segurança do paciente
administração padronizada de todo o hospital
(ASC.3) 140-141 Selo de acreditação (Golden Seal)
exibição e uso de, 17
Segurança
comprimento de, 17
de dados e informações de saúde (QPS.4) 177-178;
(MOI.2, MOI.2.1) 303-305 divulgação, diretrizes fornecidas pela JCI, 17
definição de, 304 Selo de Aprovação ™ (Golden Seal), 17
386
Índice R emissivo
387
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais | 7ª edição
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