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CURSO DE LETRAS – 2o NA - Português-Inglês

Professora: Joana d’Arc Martins Pupo Disciplina: Prática II


Nome: Leonardo Ribeiro Meira

TRABALHO REFERENTE AO EXAME FINAL DE 2022 Data de entrega: 13/02/2023

QUESTÃO 1 - Resuma a ideia de uma pedagogia crítica no ensino de língua inglesa defendida por Joana Pupo no
texto Pela Defesa de uma Pedagogia Crítica do Ensino de Língua Inglesa. Quais as críticas mais importantes feitas
por Pupo ao ensino tradicional de inglês? Cite, pelo menos, três dessas críticas. Qual a sugestão primordial feita
por Pupo para que o ensino de inglês se torne mais crítico?

Antes de mais nada, reconhece-se que a linguagem, além de seus inúmeros atributos, também
influencia e permeia na construção dos sujeitos (Bakhtin, 1995), que possuem suas subjetividades
construídas em todos os locais da sociedade, por si e pelo contato com outros indivíduos. Nesse sentido,
faz-se perceber que é essencial que a escola, local no qual as pessoas passam, ou deveriam passar, um
bom tempo de suas vidas - especialmente, porque nela que os estudantes tomam o primeiro contato com
a educação formal e mais tarde perceberão aquilo que acreditam e suas visões de mundo - seja um lugar
e um lugar de ensino que funde-se e paute-se em reflexões e premissas que considerem aspectos sociais,
culturais, ideológicos e econômicos da nossa própria sociedade, de sociedades similares e díspares, para
que, assim, os estudantes se formem de maneira menos superficial e mais cientes das questões e
problemas sociais atuais. Só desse modo é possível estipular um ensino crítico e, no nosso caso, um
ensino crítico da língua inglesa, que se sustente. A ideia de uma pedagogia crítica no ensino de inglês
defendida por Joana Pupo partilha da ideia de Pennycook, que revela que o ensino de língua inglesa deve
ter “uma diferente visão de currículo e a uma diferente visão de sociedade”, a fim de que não sejam
mantidos erros passados. Também propõe refletir como o ensino de língua inglesa ocorre, quais
referenciais de mundo e ideologias o professor possui, um processo que muitas vezes ocorra sem ele
perceber. Ademais, cabe à pedagogia crítica as constantes ações de observação, reflexão, subversão e
desconstrução frente a forma que o educador encara e transpassa em sua profissão. Outra característica
bastante forte é a de pensar nas posições que os falantes de inglês estão, especialmente em termos
políticos e ideológicos, e diante disso atribuir um caráter formativo que vise formar os estudantes em
aspectos além dos conhecimentos pré-determinados, percebendo o funcionamento da sociedade atual e
as desigualdades sociais.
Pupo reflete que o ensino de inglês se tornará mais crítico quando sugere que haja um programa de
formação contínua que integre a pesquisa em sala de aula com mais vozes orientando os caminhos e,
desse modo, conseguiríamos refletir sobre a função social que praticamos. Com esta percepção, o
educador pode alterar a maneira como trabalha com a língua inglesa, se for o caso de não ter cuidado
com a criticidade.
As críticas que mais se sobressaem ao ensino tradicional de inglês feitas por Pupo estão para o
métodos do ensino de línguas estrangeiras baseados apenas na lógica instrumental da língua, isto é, uma
perspectiva que tampouco reconhece e entende o ensino no seu caráter de formação e construção de
identidades, não apenas dos estudantes, mas também dos educadores; a exaltação e a perspectiva de
necessitar ensinar a cultura dos países de língua inglesa - em se tratando do inglês norte-americano e
britânico, é claro, em vista de que aqueles de outros países ainda continuam subalternizados - , um dos
sinais da postura e identificação de enxergar-se como ser/corpo comum colonizado; os presentes
interesses políticos e ideológicos que são presentes nas redes de ensino e que chegam até as aulas de
língua inglesa, dados os processos educativos tecnicistas e subordinados à formação de profissionais que
logo serão mão-de-obra.
Ademais, tendo em vista que nós, educadores, temos nossas funções profissionais que se
caracterizam como uma atividade política, é bastante perceptível a influência e responsabilidade em
como atuamos. Eu trabalho trazendo, também, criticidade em minhas aulas ou me coloco omisso, a par
dela? Trago bons, elucidativos e reflexivos materiais ou não tenho prestado atenção para como os
materiais que seleciono influenciam na formação das subjetividades dos estudantes? É bem verdade que
cada aula possui seus objetivos de aprendizado, práticas e estudos específicos, dando, a depender, um
espaço maior ou menor para as reflexões críticas. Contudo, o ensino crítico de língua inglesa pode e deve
ocorrer nos dois casos, sendo, assim, possível quando o professor está atento para tal proposta e mais do
que isso, quando sabe aplica-la na sua vivência da docência.
QUESTÃO 2

READING COMPREHENSION – Descreva brevemente os processos envolvidos no desenvolvimento da


compreensão de textos escritos;
aponte quais características desta habilidade podem trazer dificuldades para os alunos;
indique algumas sugestões de estratégias/atividades que podem ser utilizadas pelos professores para
o desenvolvimento da mesma.

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