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FONOLOGIA
DO INGLÊS
Ubiratã Kickhöfel Alves
Andressa Brawerman-Albini
Mariza Lacerda
O sistema fonológico
do inglês: vogais,
consoantes e semivogais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Você sabia que, em inglês, as palavras aural e oral têm a mesma pronúncia?
E que as palavras man e men têm pronúncias diferentes?
Para se certificar das pronúncias das palavras, é importante ser capaz
de ler os símbolos fonéticos nos dicionários. Para isso, você precisa ter
um bom conhecimento não somente desses símbolos, mas também
saber dizer quais são os fonemas do inglês, bem como as possibilidades
de pronúncia (variantes alofônicas) de cada fonema.
Com este capítulo, você conseguirá entender melhor os símbolos
referentes à pronúncia das palavras, ao buscá-las no dicionário. Com
esse objetivo, você iniciará estudando os fonemas consonantais do in-
glês. Após isso, você estudará o sistema fonológico das vogais. Por fim,
você aprenderá um pouco mais sobre o uso dos símbolos fonéticos nos
dicionários.
https://goo.gl/T4vx2c
buy
die
guy
pie
tie
kite
w why
j (”y”) —
l lie
r rye
m my ram
n nigh ran
rang
f fie
θ thigh
s sigh
shy mission
h high
v vie
ð thy
z Zion mizzen
vision
chime
jive
https://goo.gl/4gypB8
Alguns autores também transcrevem a consoante retroflexa com o símbolo // (YAVAS,
2011).
Para saber mais sobre a produção do /r/ final, ouça novamente o áudio do primeiro
link sugerido neste capítulo. Ao ouvir as palavras better e writer, note como a consoante
é plenamente pronunciada na variedade norte-americana, mas não é pronunciada
no inglês britânico.
Com relação a /l/ – uma vez que, em português, temos palavras como
“leite” e “anel” –, você poderia pensar, também, que não haveria necessidade
de estudar a pronúncia de tal fonema. De fato, em posição inicial de sílaba, a
produção desse fonema é semelhante em ambas as línguas; dessa forma, não é
difícil produzir o /l/ de palavras como like e delicious. Entretanto, em posição
final de palavra, tal fonema é produzido com velarização. Não é trivial, então,
ensinar a produção de tal fonema em posição final de sílaba.
No terceiro grupo da Figura 1, você encontra os fonemas nasais do inglês:
//, // e //. Nesse grupo, você pode ver um espaço vazio para a nasal velar //.
Em posição final de sílaba, as produções dos fonemas // e // são diferentes em
português e em inglês. Em inglês, essas consoantes finais são plenamente articuladas,
diferentemente do que acontece em português.
O número de vogais do inglês varia em função do dialeto que está sendo descrito,
bem como em função do autor que descreve as vogais.
https://goo.gl/UfpBGf
Há vogais cujos símbolos fonéticos podem não parecer muitos simples. Dois
bons exemplos são // e //. A vogal // é central, de altura média, produzida
em monossílabos tônicos tais como cup e love. A produção dessa vogal não
se mostra muito difícil para o aprendiz brasileiro. Ainda mais estranho pode
parecer o símbolo da vogal []. Essa vogal é encontrada em palavras como bird
e fur. Ela evidencia o fenômeno de r-coloring: quando uma vogal é seguida
de um /r/, essa consoante tem a capacidade de afetar a qualidade de tal vogal.
Esse é o caso de //: ela é uma vogal roticizada, que, no inglês americano, se
diferencia de // justamente por demonstrar os efeitos de // sobre ela. Por sua
vez, na variedade britânica, a consoante final /r/ não é pronunciada. Por esse
motivo, neste dialeto, // e // são produzidas com uma qualidade distinta,
sendo // realizada com a altura da língua um pouco mais baixa.
Há, ainda, uma vogal que não é apresentada na Figura 2, mas que é mui-
tíssimo comum em qualquer variedade do inglês: trata-se do schwa []. Essa
é a vogal mais frequente na língua inglesa. Ela não se encontra nesse quadro
porque é, na verdade, o resultado de uma redução vocálica – trata-se de uma
vogal não acentuada. Por exemplo, em atom, a vogal inicial é []. Já em atomic,
em que a vogal inicial não é mais acentuada, tem-se a produção do schwa [].
O aprendiz brasileiro precisa não se deixar levar pela influência da ortografia
e produzir schwas nos contextos átonos. Por exemplo, em around, o aprendiz
brasileiro tende a produzir a vogal inicial como [], com bastante intensidade
e sem redução, de modo que soe como a round.
https://goo.gl/3Yqx8E
Leituras recomendadas
CELCE-MURCIA, M. et al. Teaching pronunciation: a course book and reference guide.
Cambridge: Cambridge University, 2010.
ZIMMER, M. C.; SILVEIRA, R.; ALVES, U. K. Pronunciation instruction for Brazilians: bringing
theory and practice together. Newcastle Upon Tyne: Cambridge Scholars, 2009.