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PULSARES

Os faróis cósmicos

Imagem: Céu noturno no observatório


ALMA (Atacama Large Millimeter Array).
Localizado no deserto de Atacama, Chile.
Fig.1 - Sir. Isaac Newton (por Fig. 2 - Albert Einstein, premiado com o Fig. 3 - Tony Hewish, ganhador
Sir. Godfrey Kneller, 1702). Nobel de física de 1921 (Foto de 1947). do prêmio Nobel de física em
1974.
JOCELYN BELL: UMA MULHER
QUE ENXERGOU ALÉM.
● Nascida na Irlanda do Norte em 1943.
● Frequentou a Universidade de Glasgow, tornando-se
bacharel em física em 1965.
● PhD na universidade de Harvard, lá conheceu Tony
Hewish e sua pesquisa para detectar quasares.
● Descoberta dos pulsares em 1967.
● Publicação do artigo “Observation of a Rapidly Pulsating
Radio Source” em 1968.
● Prêmio Nobel de 1974 e sua controvérsia.
Fig. 4 -Jocelyn Bell Burnell, pioneira na
descoberta dos primeiros pulsares (Foto de 1975).
PULSARES: UMA VISÃO GERAL
● Proposto em 1934 por Walter Baade e Fritz Zwicky como estágio final da evolução de uma
estrela supermassiva.
● PULSAR uma síntese entre duas palavras, “Pulse” e “Star”, e abreviação de “PULSating radio
stAR.
● Sua característica mais marcante são os feixes de ondas eletromagnéticas emitidos de seus
pólos magnéticos.

Fig. 5 - Representação mais aceita de um pulsar Fig. 6 - Efeito farol de um pulsar (Figura de Jen
(Figura de Jen Christiansen para a revista SA). Christiansen para a revista SA).
Fig. 8 - Representação
mais precisa dos feixes
emitidos (Figura de Jen
Christiansen para a
revista SA).

Fig. 9 - Inconsistências
nos pulsos individuais
(Figura de Jen
Christiansen para a
revista SA).

Fig. 7 - Gráficos originais das observações de


Jocelyn Bell em 1967.
Fig. 11 - As emissões do pulsar CP1919 (hoje conhecido como PSR B1919+21)
foram utilizadas pela banda inglesa Joy Division no álbum de estréia “Unknown
Pleasures”, em 1979. À direita vemos a média dos pulsos.
Fig. 10 - Figura do livro “Radio Observations of the
Pulse Profile and Dispersion Measures of Twelve
Pulsars” por Harold D. Craft Jr. Setembro de 1970.
.
PULSARES: ORIGEM

● São resquícios do núcleo


de estrelas
supermassivas (>8M☉).
● Colapso gerado pelo
esgotamento de
elementos leves e fusão
de pesados.
● Pressão de radiação
menor que a força
gravitacional.
● O colapso é parado pela
degenerescência dos
neutros e repulsão da
força forte.
Fig. 12 - Ciclo de vida das estrelas, pulsares surgem a partir da morte de gigantes vermelhas.

Imagem: O centro galáctico acima do


telescópio ESO 3,8 metros. Localizado no
deserto de Atacama, Chile.
PULSARES: CARACTERÍSTICAS

● Raios que variam de 10 a 12km.


● Massas entre 0,2M☉ < M < 2,5M☉.
● Densidade na superfície de ordem 106 g/cm3 e no
núcleo de 1015 g/cm3 (10 vezes maior que o núcleo
atômico).
● Uma gravidade superficial de 1012 m/s2 (cem mil
milhões de vezes maior que a terrestre)
● Campos magnéticos na superfície entre 108 e 1014
gauss.
● Pulsar convencional: M ≈ 1,4M☉, R ≈ 10km, I ≈ 1045
g cm3.

Fig. 13 - Distribuição de massa de alguns pulsares.


PULSARES: CARACTERÍSTICAS

Fig. 14 - Uma pulsar teria extensão semelhante a área central de Brasília.


PULSARES: RADIAÇÃO MAGNÉTICA DIPOLAR

Eq. 1 - Potência irradiada por um dipolo


elétrico e sua equivalência com a radiação
magnética dipolar.

Eq. 2 - Magnitude do momento dipolar


magnético (esfera uniformemente magnetizada
de raio R e força superficial de campo
magnético B).

Eq. 3 - Radiação magnética dipolar.


PULSARES: SPIN-DOWN LUMINOSITY
(Redução de Luminosidade)

Eq. 4 - Aumento do período com o tempo


devido a extração de energia rotacional feita
pela radiação dipolar magnética.

Eq. 5 - Energia cinética de um corpo em


rotação.

Eq. 6 - Spin-Down Luminosity, taxa perdida de


energia rotacional.

Eq. 7 - Spin-Down Luminosity em função do


período.
PULSARES: FORÇA MÍNIMA DE CAMPO MAGNÉTICO

Eq. 8 - Se a radiação magnética dipolar retira


energia da rotação do pulsar podemos igualar
as quantidades (3) e (7).

Eq. 9 - É o campo magnético mínimo na


superfície B ≥ B sin(α).

Eq. 10 - As constantes que definimos para um


pulsar convencional. Imagem: Silhueta do antigo KAT (Karoo
Array Telescope) à frente do braço de
Sagitário-Carina da nossa galáxia.
Localizado na África do Sul.
PULSARES: FORÇA MÍNIMA DE CAMPO MAGNÉTICO

Eq. 11 - É o campo magnético mínimo da superfície de um


pulsar convencional, muitas vezes chamado de campo
magnético característico

Fig. 15 - Cilindro que engloba a magnetosfera


do pulsar, chamado velocity-of-light cylinder.
PULSARES: IDADE CARACTERÍSTICA
Eq. 12 - Isolando os períodos do lado
direito de (8) percebemos que nenhuma
das quantidades varia com o tempo.

Eq. 13 - Manipulamos a identidade e a


integramos sob o tempo de vida τ (tau) do
pulsar.

Eq. 14 - Considerando P02 ≪ P2.

Eq. 15 - Denominamos τ como a idade


característica do pulsar.
PULSARES: EXEMPLOS
Nebulosa do Caranguejo

● A nebulosa é um remanescente de supernova.


Seu primeiro registro foi feito pelos chineses no
ano 1054.
● Dentro dela sabemos da existência de um
pulsar com período de 0,033 s. Sabemos
também que a derivada do seu período é
10-12,4.

Registro de áudio do PSR B0531+21

● Com informações do seu período e derivada


podemos estimar sua energia cinética de
rotação e spin-down luminosity utilizando eq.
Fig. 16 - A nebulosa do caranguejo vista em várias faixas do
(5) e (7), respectivamente.
espectro eletromagnético.
PULSARES: EXEMPLOS
Nebulosa do Caranguejo

● Para comparação: O sol emite 3,8 x


1033 ergs/s ou 3,8 x 1026 Watts de
potência. Por segundo, o Sol emite
uma energia igual a 3,8 x 1026 Joules.

● Se Prad. ≈ -Ė ≈ 105L☉, a luminosidade da


radiação magnética dipolar a baixa
frequência do pulsar de caranguejo é
comparável as emissões de rádio da via
láctea inteira.
PULSARES: EXEMPLOS
Nebulosa do Caranguejo

● Podemos também calcular a força mínima


de campo magnético do pulsar com (11).

● Com uma densidade de energia


extremamente alta. 1000 cm3 de volume
desse campo conteriam mais de 6 1019 J = 6
1016 kW s 2 109 kW ano de energia. A
produção anual de uma usina nuclear
grande.

● Com (15) podemos calcular sua idade


característica.
Imagem: VLA (Very Large Array) localizado
no Novo México, Estados Unidos.
PULSARES: EXEMPLOS

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