Você está na página 1de 91

Evolução Estelar

O que é uma
estrela?

Em essência,
é um corpo “gasoso”
no interior do qual
ocorrem reações de
fusão nuclear formando
elementos mais pesados.
Nascimento, vida e morte de estrelas

Buraco Negro

Supernova
ou
Estrela de Nêutrons
Gás

Anã Branca

Anã Marron
ou
Planeta
Como se formam as
estrelas?
Pressão gravitacional

Existindo massa,
existe atração
gravitacional
Contração gravitacional
de uma nebulosa
Lei da atração
gravitacional
m m’
Gás d
Hidrogênio F F

F = G m m’ / d2

A forma geométrica
de menor energia é a
esfera.
Aglomerado
Nuvem
Inicial Estelar

Glóbulos
de Bok

A contração de
´pequenas´ regiões
leva à fragmentação da nuvem:

- maiores estrelas: 100 Msolar


- nuvem: 1.000.000 Msolar

Aglomerado Estelar
Exemplo:
Nebulosa de Órion

- Pertence à nuvem de Órion

- M42 ou NGC1976

- 25 al de extensão

- 500 pc de distância

-m=4

- 700 estrelas

- 150 discos protoplanetários

- Estrelas jovens e velhas

- 200.000 massas solares

Foto HST
Nebulosa de Órion:
Hubble vs James Webb
Protoestrela
Passados milhões de anos, o colapso da
região fragmentada pode dar origem
a uma protoestrela, um estágio precursor de uma estrela:

- Raio ~ 20 a 100 Rsol


- Temperatura superficial ~3.000 K
- Temperatura central ~ 1.000.000 K
- Luminosidade ~ 100 a 1000 Lsol

Sua fonte de energia, nesse estágio, é a conversão


de energia potencial gravitacional em térmica.

Com o colapso, a velocidade de rotação aumenta


e parte da nuvem se concentra num disco perpendicular
ao eixo de rotação: região onde poderão se formar planetas.
Fonte: Alex Carciofi
Fonte: Alex Carciofi
Discos
protoplanetários,
em Órion.
(raros no visível)
Fotos: HST
Berçários
estelares
B

Nebulosa
Trífida
( Sagitário,
5.000al,
40al diam. )

Imagem (Hubble) conhecida como Pilares da


Criação, que mostra uma infinidade de estrelas
se formando na Nebulosa da Águia.
(7.000al de nós!)
Pilares da Criação:
Hubble vs James Webb
Trífida - M4
- Sagitário

- 5200 al de distância (?)

- 40 al de diâmetro (?)

- m = 6.3 (?)

Lick, 1901

Spitzer

Hubble
Características
do meio interestelar

3
99% gases: átomos, moléculas, íons, 1/cm
3
1% poeira: silicatos, gelo, ..., 10-100 grãos/Km
19
(para comparação, ar tem 10 part./cm )

Nuvem molecular :

- H2O, CO2, NH4, ...,

- 104 - 5 Msol

- 10 pc de diâmetro
Nascimento de uma
Nebulosa
estrela
inicial

Início das
reações de
Fusão Nuclear

Nasce a estrela !
Propriedades de
uma estrela

Temperatura: cor ou tipo espectral

Composição química: análise do espectro

Massa: sistemas binários (ou planetas)

Luminosidade: m, M e distância

Raio: observação direta, luminosidade

Idade: estágio evolutivo (como L, R e T mudam com o tempo)


O que
esperamos
descrever na
evolução
estelar?
Por que a estrela
não colapsa?

?
Temperatura
500 K

373 K
Vaporização
da água

Fusão do Gelo A Temperatura de


273 K um corpo mede o
grau de agitação
0K
caótica de suas
partículas.
Pressão Térmica

Ar
frio

Balão com
mecha apagada

Mecha acesa

Devido à temperatura,
existe a pressão térmica.
Pressões atuantes numa
estrela

Partícula

Expansão ai . ..
V
térmica ...
em
V

Contração
gravitacional
(Des)equilíbrio
Estático

PT < PG
Contração

PT = PG
Equlíbrio

PT = Pressão Térmica PT > PG


P = Pressão Gravitacional
?
Átomos e Íons
Nível
Fundamental

Átomo neutro
Np = Ne

Nível
Excitado
Elétron
Livre
Átomo excitado
Np = Ne
Convenção
Próton +
Nêutron Íon = Átomo ionizado
Elétron - Np # Ne
Gás e Plasma

Gás Plasma
Aquecimento da
proto-estrela
Excitação
Ionização

Desexcitação

Fusão
nuclear Energia

Elemento mais pesado


Fusão do hidrogênio
(ou cadeia próton-próton)

p p p p
Pósitron Pósitron

Neutrino Neutrino
p D D p

g He3 He3
g
6
T = 15 10 C
2
p p
DE = D m c = 26 Mev He4
Como determinar a
temperatura superficial
de uma estrela?

5.000 K

(Núcleo: 15.000.000 K)
Distribuição de Planck
u(l,T) 7000 K

4000 K

l max l max

Comprimento
de onda

Lei de Stefan - Boltzmann


http://physics.bu.edu/~duff
y/HTML5/blackbody_radiati U(T) = s T4 Energia/área-tempo
on.html

L = 4pR s T
2 4
Luminosidade: Energia/tempo
Estrela como Corpo Negro
Emite todos os comprimentos de onda em
Sol porcentagens diferentes!
Fluxo

Comprimento
de onda

T = 5800 K

Planck

Comprimento
de onda
Classificação espectral
Quente O 60.000 K - Mintaka

B 30.000 K - Rigel

A 9.500 K - Sírius

F 7.200 K - Canopus
G 6.000 K - Sol
K 5.250 K - Aldebarã
Fria M 3.850 K - Betelgeuse
Quando uma estrela nasce,
diz-se que ela entrou no
Período Principal de sua vida,
também chamado de
Sequência Principal.

A Sequência Principal dura enquanto


houver Hidrogênio no núcleo da estrela.
Processo triplo-alfa
(ou fusão do hélio)
Além da sequência
principal
8
T = 10 C
DE = 7 Mev

Muito além!
Evolução
Estelar

Kepler, Cap. 23.


astro.if.ufrgs.br/estrelas/node2.htm
Diagrama H-R
Hertzsprung, 1911, Russel, 1913

Para uma mesma classe espectral (cor) , havia classes de luminosidade:


(as estrelas não tem propriedades ao acaso, ou descorrelacionadas)

classes: anãs, gigantes, supergigantes

Relação L, ou M, com T
obtidas da magnitude aparente
e da distância (em geral para obtidas da cor, ou tipo espectral
estrelas próximas)

Kepler, Cap. 23.


astro.if.ufrgs.br/estrelas/node2.htm
Diagrama H-R
Etapas da Evolução Estelar:
Etapa - Queima de Hidrogênio (Sequência
Principal)
Transporte de
energia de
dentro para
fora. A luz
(fótons) escapa
e a estrela
brilha.
Etapas da Evolução Estelar:
• Anãs
Se a estrela tiverBrancas de ,Hélio
menos que 0.5 ela nunca
alcançará a temperatura necessária para começar o
próximo processo de fusão nuclear

• Segundo modelos estelares, ela passará por uma fase


chamada Anã Azul e “morrerá” como Anã Branca de
hélio. Porém, a “vida” na Sequência Principal de uma
estrela de menos que 0.5 demora mais que a idade
atual do Universo, tal que ainda não devem existir Anãs
Azuis e Anãs Brancas de hélio formadas desta maneira.
As Anãs Brancas de Hélio observadas devem ter outra
origem.
Etapas da Evolução Estelar:
Etapa - Gigante Vermelha

Comparação
da estrutura
do Sol atual
com a Gigante
Vermelha que
ele será,
Etapas da Evolução Estelar:
Etapa - Gigante Vermelha

Quando o Hidrogênio no caroço se


esgota (> 0.5 ): O caroço se
contrai.

A camada acima “cai” em cima do


caroço, se esquenta e começa a
queimar hidrogênio.

O envelope se esquenta e expande.


Em reação, a superfície resfria. A
estrela passa por uma fase de
transição chamada Subgigante.
Etapas da Evolução Estelar:
Etapa - Gigante Vermelha

Para estrelas a cima de 1.25 , a fase de


Subgigante é tão curta, que raramente
flagramos uma estrela nesta faixa de massa
durante esta fase.
Etapas da Evolução Estelar:
Etapa - Gigante Vermelha

Tamanho
do Sol
hoje e
quando
se tornar
uma
gigante
vermelha.
O sistema solar
pode permanecer
habitável mesmo
depois que a Terra
for destruída
Etapas da Evolução Estelar:
Etapa: Queima de Hélio

Quando T caroço > 108 K:


No caroço se forma
carbono, por mais um
processo de fusão nuclear,
o processo α triplo (três
átomos de Hélio).
Etapas da Evolução Estelar:
Etapa: Queima de Hélio

A produção de energia por dois


processos (queima de He no centro e de
H em uma camada envoltória) aumenta a
temperatura da estrela.
Etapas da Evolução Estelar:
Etapa: Gigante de Ramo
Assintótico
Quando o hélio no caroço
também se esgota:

Contração do caroço
(outra vez)

Queima de He em camada
acima

Queima de H em camada
acima desta

Envelope expande e
resfria, similar ao que
acontece numa Gigante
Vermelha.
A Morte das Estrelas
de Massas Baixas e
Intermediárias
A Morte de uma Estrela de Baixa
Massa: Anãs Brancas
A Morte de uma Estrela de Baixa
Massa: Anãs Brancas

Se for uma estrela de massa baixa (M < ), a história termina aqui:

Certa hora, o caroço para de se contrair, por ser sustentado por um novo
tipo de pressão, a pressão de degeneração eletrônica.

O Envelope que estava caindo em cima rebate e é ejetado.

O que sobra do núcleo é uma Anã Branca

enquanto o envelope ejetado é chamado Nebulosa


Planetária.
A Morte de uma Estrela de Baixa
Massa: Anãs Brancas
Com o aumento da luminosidade,
há ejeção das camadas externas:
M1

1- devido ao aumento de raio, que


diminui a gravidade
2- devido à pressão de radiação

As camadas externas se
desprendem a Km/s,
e tornam-se parte do meio
interestelar

Com baixa resolução, parece ter


um objeto central circundado
por matéria, lembrando um NGC 7293
sistema planetário.
Daí o nome Nebulosa Planetária.

Nebulosa Planetária
Propriedades das fusões nucleares
que ocorrem em estrelas de massas
mais altas
A Morte de uma Estrela de Massa
Intermediária
A pressão de
degeneração eletrônica
no caroço de ferro
suporta uma massa até
certo valor. Quando o
caroço é mais pesado
que esse limite o caroço
implode, e o resto da
estrela explode numa
explosão gigantesca
chamada Supernova
A Morte de uma Estrela de Massa
Mais Alta: Estrela de Nêutrons
No caso de estrelas de
massa até uns 25 o
caroço implodido vira
uma Estrela de
Nêutrons, um “núcleo
de átomo gigante”.
Representação
simplificada da
formação de
estrelas de
nêutrons.
Estrutura Teórica de uma estrela de nêutrons
Resumindo a vida do
SOL Sol

fragmentação colapso colapso

nuvem glóbulo protoestrela


SP

10 bi anos

declínio expulsão expansão

anã branca nebulosa


planetária gigante
vermelha
Resumo outras massas
Nuvem
interestelar

Estrela de Gigante Nebulosa Anã branca


pouca massa vermelha planetária

(imagens fora de escala)

Estrela de
nêutrons

Estrela de grande Supergigante Supernova Remanescente de


massa vermelha supernova
Buraco negro
O Pulsar do Caranguejo.
A imagem combina
informações ópticas
do Hubble (em vermelho) e
imagens de raios-X
do Chandra (em azul).
Buracos Negros
De acordo com a Teoria da Relatividade
Geral, um buraco negro é uma região do
espaço da qual nada, nem mesmo
partículas que se movem à velocidade
da luz, podem escapar.
 O geólogo John Michell em 1783 baseado na física de Newton,
coloca em hipótese a existência de estrelas compactas e de massa
tão superior a ponto de criar uma força gravitacional tão forte que
até a luz não poderia escapar de sua ação.

 O matemático Pierre-Simon, Marquês de Laplace em 1796,


observou que poderia haver estrelas maciças cuja gravidade seria
tão grande que nem mesmo a luz escaparia de sua superfície. Em
sua época a luz era definida como sendo uma onda sem massa.
Portanto, a influência gravitacional sobre a luz não era bem aceita.
Formalismo

O Advento da
Teoria da Relatividade
Relatividade Geral

• Teoria da relatividade geral ou simplesmente relatividade geral é


uma teoria geométrica da gravitação publicada por Albert Einstein
em 1915 e a descrição atual da gravitação na física moderna.

• É um conjunto de hipóteses que generaliza a relatividade especial


e a lei da gravitação universal de Newton, fornecendo uma
descrição unificada da gravidade como uma propriedade
geométrica do espaço e do tempo, ou espaço-tempo.
Geodésica no
Espaço Curvo
• A gravidade não
acelera partículas,
mas apenas
encurva o espaço
percorrido por
essas partículas.
 Teorema da calvície em astrofísica
postula que toda as soluções resultantes em buracos
negros das equações de Einstein-Maxwell da gravitação e
do eletromagnetismo em relatividade geral podem ser
completamente caracterizadas externamente por somente
três parâmetros clássicos: massa, carga elétrica, e
momento angular.

 Teorema da Singularidade Penrose-


Hawking
Aatesta que em uma solução genérica no espaço-tempo na
relatividade geral conterá singularidades nas quais a teoria
"rompe-se".
PREVISÕES E CONSEQUÊNCIAS
DOS MODELOS
DE BURACOS NEGROS
Os Buracos Negros podem
ter três características que
são:
Massa
Momento angular (giro)
Carga
• Em 1924, Arthur Eddington mostrou que a singularidade no raio
de Schwarzschild desapareceu depois de uma mudança de
coordenadas.

• Em 1933 Georges Lemaître percebeu que a singularidade no raio


de Schwarzschild não era uma propriedade física, mas
matemática, a partir da descoberta da singularidade matemática

Definição de Singularidade Matemática


• Quando a matemática conhecida não consegue ser aplicada a
um ponto de um espaço (físico e/ou matemático) dizemos que
esse ponto é SINGULAR.
• O Raio de Schwarzschild é um raio
característico associado a todo
corpo material. Este raio está
associado à extensão do horizonte
de eventos que haveria caso a
massa de tal corpo fosse
concentrada em um único ponto de
dimensões infinitesimais
(semelhante ao que ocorre em um
buraco negro)

• O raio de Schwarzschild é
proporcional à massa, com uma
constante de proporcionalidade
envolvendo a Constante
gravitacional e a velocidade da luz.
• Em 1931, Subrahmanyan Chandrasekhar calculou, usando a
relatividade restrita, que um corpo não-rotativo de elétron de matéria
degenerada acima de uma certa massa limite (hoje chamada de limite
de Chandrasekhar de 1,4 massas solares) não tem soluções estáveis.

• Mas em 1939 Robert Oppenheimer e outros previram que estrelas de


nêutrons acima de aproximadamente três massas solares (o limite de
Tolman-Oppenheimer-Volkoff) entrariam em colapso em buracos
negros pelas razões apresentadas por Chandrasekhar, concluindo que
nenhuma lei da física era suscetível de intervir e parar pelo menos
algumas estrelas do colapso para buracos negros.
Buraco Negro Estático de
Schwarzschild

• Esse é o modelo mais simples, por não


considerar rotação, sendo caracterizado
somente pela massa, a singularidade
central e o horizonte de eventos

• A figura ao lado mostra as “camadas” de


um BN de Schwarzschild.
Buraco Negro Giratório de Kerr
• Um buraco negro
rotativo (Buraco
Negro de Kerr) possui
uma ergosfera ao
redor do exterior do
horizonte de eventos
• Na ergosfera, o
espaço e o tempo são
arrastados juntamente
com a rotação do
buraco negro
As linhas de Campo
Gravitacional de uma
representação do Buraco
Negro de Kerr.
Caindo no Buraco Negro

• Ao cair em um buraco negro sente-se o efeito das forças de maré


gravitacionais puxando o espaço-tempo de tal maneira que o
tempo torna-se infinitamente longo (como visto pelo observador
distante).
• O observador em queda vê a queda livre comum em um tempo
finito.
Disco de Acreção em Forma de D

• Kip Thorne (Logan, 1 de junho de 1940) é um físico teórico norte-americano


co-fundador do Projeto LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave
Observatory), com o qual ainda está associado. Foi covencedor do Nobel de
Física de 2017 por sua contribuição na detecção das Ondas Gravitacionais.

• Também é conhecido por ter sido o consultor científico do filme Interstellar,


do diretor Christopher Nolan.
Polêmicas com a Foto do Buraco
Negro.
Simulação Blurred GRMHD Comparada a
Foto
Pontes de Einstein-Rosen

Buracos de minhoca lorentzianos,


conhecidos como buracos de minhoca de
Schwarzschild ou pontes de Einstein-
Rosen são pontes entre áreas do espaço
que podem ser modeladas como
soluções de vácuo para as
equações de campo de Einstein ao
combinar os modelos de um buraco negro
e um buraco branco.

https://www.youtube.com/watch?v=
yv-MFM2BJQI

Você também pode gostar