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PROGRAMA NACIONAL PARA A

PROMOÇÃO DA
ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL pu
bl
ic a

2022-2030 ss ao
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s
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DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA
FICHA TÉCNICA

ic a
bl
pu
s ao
s
is cu
ded
s
Portugal. Ministério da Saúde. Direção-Geral da Saúde. e ito
e f
PROGRAMA NACIONAL PARA A PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 2022-2030 a
a r
Lisboa: Direção-Geral da Saúde, 2022.
a rp
in
EDIÇÃO
e lim
Direção-Geral da Saúde pr
Alameda D. Afonso Henriques, 45 1049-005 Lisboa
s ao
er
Tel.: 218 430 500
av
Fax: 218 430 530
u m
E-mail: geral@dgs.min-saude.pt a
www.dgs.pt n de
s po
COORDENAÇÃO o rre
c
Maria da
t oGraça Freitas
en Mestre
Ricardo
u m
oc
e d DIRETORA DO PNPAS
t
Es Maria João Gregório

APOIO TÉCNICO
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Diana Teixeira
Clara Salvador

CONSULTOR
Pedro Graça

Lisboa, setembro, 2022

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ÍNDICE
1. Nota prévia 5

2. Situação atual 8

3. Visão 14

4. Missão 15
ic a
5. Valores e princípios do PNPAS 16 bl
6. Eixos e estratégias de intervenção
pu
s ao18
7. Metas do PNPAS a 2030 s 27
is cu
8. Modelo de governação, responsabilidades institucionais e outros mecanismos de
apoio à implementação 30
ded
s
9. Referências bibliográficas
eito 34

10. Glossário
a ef 37

11. Anexos ar 40
Anexo A – Metodologia para a construção do PNPAS a r p2022-2030 41
Anexo B – Resultados da avaliação do PNPAS
in
2012-2020 43
l i m
e associada à alimentação inadequada em
pr
Anexo C – Situação atual | A carga da doença
Portugal
a o 74
s
Anexo D – Alinhamento entre
Sustentável v er o PNPAS e a Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento91
a
Anexo E – Evidênciamsobre a efetividade, custo-efetividade e impacto na redução das desi-
u
a de estratégias de intervenção para a promoção da alimentação saudável e
gualdades sociais
prevenção d e
o n e controlo da obesidade 92

e sp
Anexo F – Modelo conceptual do PNPAS 2022-2030 112

r r
co
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en
um
doc
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


SIGLAS E ACRÓNIMOS

ASAE Autoridade de Segurança Alimentar e Económica


CSP Cuidados de Saúde Primários
COSI Childhood Obesity Surveillance Initiative
DALYs Disability-adjusted life years
DGADR Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
DGAV Direção-Geral de Alimentação e Veterinária
DGC Direção-Geral do Consumidor
ic a
DGE Direção-Geral da Educação bl
DGS Direção-Geral da Saúde
pu
s ao
ECR Ensaio clínico randomizado s
EIPAS Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável is cu
Food-EPI Healthy Food Environment Policy Index ded
s
GPP Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração
e ito
IAN-AF Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física e f
ra
IHME Institute for Health Metrics and Evaluation a
rp
IMC Índice de Massa Corporal
i na
INFORMAS
e limResearch, Monitoring and Action Support
International Network for Food and Obesity/NCDs
INSA Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo r
p Jorge, IP
o
OCDE Organização para a Cooperação
r sae Desenvolvimento Económico
e
av
OMS Organização Mundial da Saúde
PIB
um
Produto Interno Bruto
a
PNPAS Programa Nacional
e para a Promoção da Alimentação Saudável
d
PNS on de Saúde
Plano Nacional
p
SNS s Nacional de Saúde
Serviço
rre
co
to
en
u m
doc
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


1.
Nota
prévia s ao
pu
bl
ic a

s
is cu
ded
s
e ito
e f
ra
a
a rp
in
e lim
pr
ao
O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) foi criado em 2012 como
s
er
v
um programa de saúde prioritário, pelo Despacho n.º 404/2012, de 13 de janeiro, com o horizonte
a
umfase do PNPAS sofreu uma extensão, 2017- 2020, no contexto do Plano
2012-2016. Esta primeira
a
Nacional de Saúde (PNS) – Extensão 2020, através do Despacho n.º 6401/2016, de 16 de maio.
n de
s
Concluídapoa segunda fase do PNPAS 2017-2020, apresentam-se neste documento as novas linhas
re
der orientação estratégica do PNPAS, que foram desenvolvidas no contexto do novo Plano Nacional
c o
to de Saúde 2021-2030 e que se enquadram num dos marcos do Plano de Recuperação e Resiliência
en (PRR), no âmbito da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários.
m
ocu
e d A promoção da alimentação saudável e a prevenção e controlo de todas as formas de malnutrição,
t
Es em particular do excesso de peso e da obesidade é uma prioridade de saúde a nível nacional, em
consonância com as prioridades estratégicas na União Europeia e outras estratégias internacionais
como as da Organização Mundial da Saúde (OMS).
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

O desenvolvimento da proposta PNPAS 2022-2030 seguiu um processo baseado em evidência


científica e nos modelos de planeamento estratégico em saúde, participativo e colaborativo, tendo
sido promovido o envolvimento de diferentes parceiros. Este processo incluiu 4 grandes etapas: 1)
Analisar – Revisão da literatura científica e documentos estratégicos da OMS, União Europeia e Or-
ganização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE); 2) Avaliar – Avaliação do grau
de implementação do PNPAS 2012-2020 (Food-EPI Portugal, NOURISHING Framework: Portuguese
Evaluation e Estudo de avaliação do grau de implementação do PNPAS 2012-2020); 3) Identificar

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NOTA PRÉVIA

e priorizar – Identificação e priorização de ações a implementar, oportunidades e desafios futuros


para o PNPAS 2022-2030 (workshops com peritos - Food-EPI Portugal) e; 4) Consolidar – Análise e
consolidação da proposta para o PNPAS 2022-2030 (discussão sobre a adequação e aplicabilidade
da proposta do PNPAS 2022-2030, em contexto de consulta pública) (Anexos A e B). A proposta do
PNPAS 2022-2030 seguiu ainda o Toolkit for developing a multisectoral action plan for noncommuni-
cable diseases (1) um guia construído pela OMS para apoiar o desenvolvimento, implementação e
avaliação de planos de ação multissectoriais para a prevenção e controlo de doenças crónicas, com
vista a alcançar as metas da OMS relativas às doenças crónicas e os Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável. a
ic
bl
Após 10 anos de forte investimento nos dois pilares centrais da estratégia alimentar e nutricional pu
ao
construída pelo PNPAS, que foram a modificação dos ambientes alimentares, tornando-os promoto-
u ss
res de uma alimentação saudável e a modificação dos comportamentos individuais, tornando
i sc os ci-
d
dadãos mais capazes de fazerem escolhas alimentares saudáveis, existem agora condições para se
e
privilegiar um outro pilar, centrado no reforço da ação ao nível do sistema de s dsaúde e da prestação
de cuidados de saúde. Ao longo destes 10 anos, o PNPAS ganhou ume i t o
e f grande reconhecimento junto
dos profissionais de saúde através do desenvolvimento de diversos
a ra materiais técnicos que permiti-
a rp
ram capacitar a sua atividade clínica assistencial na área nutricional e alimentar. É agora tempo de
reforçar a ação ao nível do sistema de saúde e da prestação
in de cuidados de saúde. O foco do PNPAS
m
eli de Saúde Primários (CSP) têm um papel funda-
tem sido a prevenção e, a este nível, os Cuidados
r
mental, mas a magnitude do problema dopexcesso de peso, da obesidade e dos hábitos alimentares
o
inadequados na população portuguesa
r sa obriga a uma intervenção imediata e mais abrangente sobre
e
a v mais respostas e de maior qualidade e capacitando para uma
o sistema de saúde, assegurando
resposta integrada dos m
a u seus diferentes atores.
n
Para além deste
denovo nível de ação, o PNPAS 2022-2030 propõe-se também a definir uma nova es-
o
ppara
tratégia
e s a transparência e prevenção e gestão de conflito de interesses, um plano de comunica-
r r
coção estratégica, um novo modelo de governação e robustecer os sistemas de informação e recolha
to de dados para apoio às tomadas de decisão técnica, estratégica e política na área da alimentação
en e nutrição. A política para a prevenção e gestão de conflito de interesses e para a promoção da
m
ocu transparência é uma necessidade na medida em que ao longo dos últimos anos o PNPAS intensifi-

e d cou as intervenções sobre o sistema alimentar, com impacto nos operadores económicos do setor
t
Es alimentar, muitas vezes em parceria e articulação com estes mesmos operadores económicos. Este
modelo de articulação, que tem um grande potencial ao longo de toda a cadeia alimentar, permi-
tindo, por exemplo, a melhoria da qualidade nutricional dos alimentos disponíveis ao consumidor,
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

exige a criação de um conjunto de mecanismos que permita salvaguardar o melhor interesse dos
cidadãos e da sua saúde. O plano de comunicação estratégica é outra exigência dos tempos atuais e
pretende reforçar uma necessidade, preocupação e prioridade já identificada pela equipa do PNPAS
desde a sua criação em 2012. Porém, as rápidas transformações e a evolução constante dos atuais
modelos de comunicação, o crescimento da influência das redes sociais, bem como os riscos de-
correntes para a desinformação em saúde, requerem a definição de uma nova estratégia de comu-
nicação. Para garantir uma efetiva implementação do PNPAS será essencial definir um modelo de
governação que permita um melhor alinhamento, articulação e integração entre os níveis nacional

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NOTA PRÉVIA

e subnacional (regional e local). O aumento da descentralização de competências na área da edu-


cação e saúde e a confiança e proximidade entretanto criada junto dos diferentes parceiros a nível
regional e local obriga o novo PNPAS a identificar novas ameaças e oportunidades para a promoção
da alimentação saudável de uma forma integrada, através de um novo modelo organizacional.

Por último, importará robustecer os sistemas de informação de apoio à decisão técnica, estratégi-
ca e política na área da alimentação e nutrição. No contexto da pandemia COVID-19, mais do que
nunca, se torna imprescindível ter um sistema de informação robusto que permita a recolha de
informação de qualidade e de forma regular (pelo menos a cada 5 anos) sobre o consumo alimentar a
ic
e estado nutricional da população. Só assim será possível observar e atuar de formar orientada bl
para dar resposta aos principais problemas identificados e antecipar e repensar ações, decisões e pu
políticas em tempo útil. s ao
s
i s cu
ed
A implementação do PNPAS durante o decénio 2022-2030 enfrentará um conjunto de desafios já

sd
bem identificados e caracterizados no PNS 2021-2030: 1) a recuperação social, económica e de
o
saúde; 2) a crise climática; 3) a crise energética; 4) o agravamento das
t
eidesigualdades sociais; 5) as
e f
sindemias e 6) a crise de valores e de confiança nas políticas eainstituições públicas. A par dos de-
safios surgem também oportunidades que acompanharão p aa rimplementação do PNPAS durante o
período 2022-2030, nomeadamente: 1) o reforço das ar
inredes formais e informais de suporte social; 2)
m
eli a promoção da alimentação saudável com mode-
a transição climática e a possibilidade de interligar
r
los de consumo sustentável; 3) a transiçãopdigital e a melhoria dos sistema de gestão e comunicação
o
sa e o trabalho de intensa colaboração com a comunidade
de informação e 4) a inovação, a cocriação
r
e
av
científica nacional e internacional.

a um
n de
s po
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en
um
doc
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

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2.
Situação
atual A CARGA DA DOENÇA ASSOCIADA s ao
pu
bl
ic a

s
À ALIMENTAÇÃO INADEQUADA
i s cu
EM PORTUGAL ed
s d
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e f
ra
a
a rp
in
e lim
pr
ao
A alimentação inadequada é uma das principais causas evitáveis de doenças crónicas, perda de
s
er
av
qualidade de vida e mortalidade prematura em Portugal. Estima-se que nos próximos anos, a ali-

um
mentação inadequada possa vir a ultrapassar o tabaco no ranking dos fatores de risco modificáveis
a
que mais condicionam a carga da doença a nível nacional.
n de
s po para a população portuguesa, de acordo com os dados mais recentes do Global
Especificamente
rre Disease (2019), a malnutrição em todas as suas formas (alimentação inadequada, ex-
Burden
o
c
to cesso de peso e obesidade e desnutrição) é o principal fator de risco para a carga da doença
en no nosso país. Das diferentes formas de malnutrição são os hábitos alimentares inadequados e
m
ocu o excesso de peso (incluindo a obesidade) que estão entre os principais fatores de risco para carga

e d da doença no nosso país.


t
Es
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

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SITUAÇÃO ATUAL

O peso da
alimentação
inadequada 11,4%
mortalidade e

7,3%
DALYs

ic a
243 567 pu bl
anos perdidos
13 275 s
de vida saudável ao
mortes associadas us
associadas à
c
à alimentação s
alimentação
inadequada
e di
inadequada
d
itos
9 666 doençase fe 149 739 doenças
a
p ar
cardiovasculares cardiovasculares

ar doenças
in2 165
oncológicas
52 851 diabetes e
doenças renais
e lim
pr 1 443 diabetes e 40 976 doenças

s ao doenças renais oncológicas


r
a ve Fonte: Global Burden Disease, 2019.

m
A alimentação inadequada, enquanto uma das princi- dado pela OMS, 5 g/dia; que 24,3% da população portu-
au
pais causas evitáveis das doenças crónicas não trans- guesa apresenta um consumo de açúcares livres supe-
missíveis, nomeadamente dan
de
obesidade, doenças onco- rior a 10% do valor energético total, ou seja, apresenta
s po
lógicas, doenças cérebro-cardiovasculares e da diabetes um consumo superior ao valor máximo recomendado
r r e
mellitus tipo 2, contribuiu para 7,3% dos DALYs (Disabi- pela OMS, sendo esta percentagem de inadequação
co
lity-adjustedto
life years – anos de vida perdidos por inca- superior para as crianças (40,7%) e adolescentes (48,7%);
e n
pacidade) e para 11,4% da mortalidade, no ano de 2019. cerca de 56% da população não cumpre com as reco-
c um
Relativamente aos hábitos alimentares, o elevado con- mendações preconizadas pela OMS para o consumo de
o
ted sumo de carne vermelha (72.791 DALYs; 2,2% do total), fruta e hortícolas (≥ 400 g/dia de fruta e produtos hortí-
Es baixo consumo de cereais integrais (61.301 DALYs; 1,8% colas), sendo a percentagem de inadequação particular-
do total) e a elevada ingestão de sódio (26.073 DALYs; mente preocupante no grupo das crianças (72%) e dos
0,8% do total), destacam-se como os principais fatores adolescentes (78%); o consumo inadequado de refrige-
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

que contribuem para a perda de anos de vida saudá- rantes e/ou néctares é uma realidade, principalmente
vel. Estes três fatores são responsáveis por cerca de na faixa etária dos adolescentes, em que o seu consumo
161.065 DALYs (2, 3)
. diário alcança, em média, os 161 g/dia e a prevalência de
consumo diário ≥ 220 g/dia é de 42%; os alimentos ultra-
Dados do último Inquérito Alimentar Nacional e de Ativi- processados contribuem para cerca de 24% da ingestão
dade Física (IAN-AF) de 2015-2016, mostram que a popu- energética diária total; o contributo percentual de um
lação portuguesa apresenta um consumo médio diário conjunto de alimentos que não estão incluídos na Roda
de sal de 7,3 g, sendo este valor superior ao recomen- dos Alimentos (bolos, doces, bolachas, snacks salgados,

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SITUAÇÃO ATUAL

Consumo
alimentar

Inadequação
no consumo
alimentar

56%
portugueses têm
ic a
um consumo de
24%
bl
hortofrutícolas
41%
pu
inferior a 400 g/dia
adolescentes
contributo dos
alimentoss ao
s
72% nas crianças e portugueses têm um
consumo diário de s cu
ultraprocessados
para a ingestão
i
78% nos adolescentes refrigerantes
ed
energética diária total

s d
e ito
24% e f
portugueses têm ra
a
uma ingestão de
açúcares livres arp 29%
superior a 10% VET
in 77% contributo dos
41% nas crianças e ruma e portugueses têmlim alimentos que não
p ingestão de sal constam na Roda
49% nos adolescentes
a o superior a 5 g/dia dos Alimentos
s
v er
Fonte: IAN-AF, 2015-1016.
a
u m
d ea
on
e sp
r
pizzas, refrigerantes,
r
co néctares e bebidas alcoólicas) é de O excesso de peso (incluindo a obesidade), que afeta
cerca de 29%
n todo consumo total e o consumo semanal de mais de metade da população portuguesa, contribuiu
e
carne processada é de em média 140 g/dia, quase três em 2019 para cerca de 9% da mortalidade e 7,9% do to-
c ummais do que a recomendação para um consumo
vezes tal de DALYs (12-14). A obesidade, enquanto doença crónica

e do máximo de uma porção de 50 g por semana (4-6). e simultaneamente fator de risco para o desenvolvimen-
Est to de outras doenças, atinge mais de 20% da popula-
Relativamente à ingestão de micronutrientes, o IAN-AF ção adulta portuguesa (cerca de 2 milhões de pessoas),
2015-2016 aponta para uma ingestão de sódio exces- sendo que o excesso de peso ultrapassa os 50% (4, 15).
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

siva, com uma ingestão média diária de 2962 mg e um Também a obesidade infantil atinge proporções ele-
défice de ingestão em relação às necessidades médias vadas, sendo a prevalência de excesso de peso (in-
de cálcio e folato . A evidência aponta ainda para a pre-
(4)
cluindo obesidade) estimada em 2019 de 29,6%
sença de deficiência de iodo em populações de risco (12% das crianças dos 6 aos 8 anos de idade viviam com
em Portugal, nomeadamente grávidas e lactantes (7-10)
e obesidade). Apesar disso, entre 2008 e 2019, Portugal
crianças em idade escolar .
(11)
conseguiu travar o crescimento do excesso de peso
(37,9% em 2008 vs 29,6% em 2019) e da obesidade
(15,3% em 2008 vs 12,0% em 2019) infantil (15).

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SITUAÇÃO ATUAL

Excesso de peso 1 em 2
e obesidade em adultos tem
Portugal excesso de peso

1 em 5
9% mortalidade e adultos tem
7,9% DALYs obesidade

Excesso de peso infantil


ic a
bl
pu
sao
1 em 12 1 em 3 s
crianças crianças is c1u em 3
adolescentes
<5 anos 5-9 anos d
e 10-19 anos
o sd
eit
Obesidade
f
≤ 4 anos
escolaridade r ae ≤ 12 anos
escolaridade
a
a rp
in
e lim mais de mais de

pr 1 em 3 1 em 8
s ao adultos adultos
r
a ve Fonte: Global Burden Disease, 2019; IAN-AF, 2015-2016; COSI 2019.

m
As projeções do Institute for Health Metrics and Evaluation A obesidade e outros doenças crónicas potencialmente
au
(IHME) para 2030 em Portugal indicam que do total de associadas à alimentação inadequada não afetam por
n
óbitos projetados, a percentagem
de atribuível a erros ali- igual todos os grupos da população. Dados disponíveis
mentares será de 13,84% s p(ICo 95: 9,99-17,88) e atribuível para a população portuguesa sugerem que a obesi-
ao excesso de pesoo rreeobesidade será de 11,99% (IC95: dade, diabetes e hipertensão arterial afetam de forma
c
7,40-17,80),to
ultrapassando o tabagismo cuja percenta- desproporcionalmente maior as pessoas com maior
en de óbitos atribuível será de 11,07% (IC95:
gem projetada vulnerabilidade socioeconómica (obesidade: 38,5% nos
m
cu
o9,37-12,87) .
(16)
indivíduos com 4 ou menos anos de escolaridade vs

ted 13,2% nos indivíduos com 12 ou mais anos de escola-


Es Em Portugal, a prevalência das doenças crónicas po- ridade; diabetes: 12,2% nos indivíduos com 4 ou menos
tencialmente associadas à alimentação inadequada é anos de escolaridade vs 6,4% nos indivíduos com 12
elevada, sendo um dos principais problemas de saúde ou mais anos de escolaridade; e hipertensão arterial:
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

pública, que representa cerca de 86% da carga total 45,1% nos indivíduos com 4 ou menos anos de esco-
de doença (12-14)
. De acordo com os dados do Inquérito laridade vs 25,6% nos indivíduos com 12 ou mais anos
Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), em 2015- de escolaridade) (4, 17). As barreiras para o acesso a uma
2016 e, na população adulta, a prevalência da diabetes alimentação adequada podem, em parte, explicar estes
mellitus tipo 2 era de aproximadamente 10% e a preva- resultados, sendo que em 2015-2016, dados da coorte
lência de hipertensão arterial era de 36% (17)
. Mais ainda, EpiDoC (amostra representativa da população portu-
as doenças cardiovasculares representaram, em 2015, guesa) demonstravam que cerca de 19,3% dos agrega-
cerca de 29,7% de todas as mortes (13)
. dos familiares portugueses encontravam-se numa situa-

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SITUAÇÃO ATUAL

Projeções para 2030 da mortalidade atribuível a vários fatores de risco

Hipertensão arterial Alimentação


inadequada

15% 14%

Excesso ic a
Álcool Tabagismo Hiperglicemia
bl
de peso pu
ao
12% 12% 11% 10% cu
ss
i s
d ed
Hipercolesterolemia 6%
s
e ito
e f
r a
Projeções para 2030 da mortalidade atribuível a vários fatores de risco por fator, de acordo com a metodologia usada no
estudo da carga global da doença (GBD – Global Burden of Disease) pelo IHME.
a
a rp
in
e lim
pr
s ao
er
av
a um
ção de insegurança alimentar, ou seja, numa situação tem um elevado peso nas despesas em saúde e, por
em que se verificam dificuldades económicas no acesso outro lado, estas doenças são também responsáveis
n dealimentar ligeira, 3,5%
aos alimentos (14,0% insegurança por perdas importantes ao nível da produtividade. De
po
insegurança alimentar smoderada e 1,8% insegurança acordo com o relatório The Heavy Burden of Obesity – The
alimentar grave) or.
re
(18)
Economics of Prevention da OCDE, em Portugal, 10% da
c
t o despesa total da saúde (equivalente a 207 € per capita
n
Apesarede ainda serem necessários mais estudos para por ano) é utilizada para o tratamento de doenças re-
m
cu
ocompreender de forma mais aprofundada o impacto lacionadas com o excesso de peso, uma percentagem

ted da pandemia COVID-19 no consumo alimentar e estado superior à média dos países da OCDE (8,4%), valor que
Es nutricional da população portuguesa, existe já alguma representa 3% do Produto Interno Bruto (PIB). De acor-
evidência que sugere que a pandemia fez-se acompa- do com o mesmo relatório, estima-se que, entre 2020 e
nhar de desafios a vários níveis, com potencial impacto 2050, o excesso de peso e as doenças associadas, pos-
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

negativo na alimentação e no estado nutricional da po- sam vir a contribuir para uma diminuição da esperança
pulação. média de vida em cerca de 2,2 anos (19) 1.

A elevada prevalência de doenças crónicas apresenta O atual contexto epidemiológico caracterizado por uma
também um impacto económico e social significativo, na elevada prevalência de excesso de peso, obesidade e
medida em que o custo associado ao seu tratamento de outras doenças crónicas, potencialmente associadas

1. No Anexo C, apresenta-se uma descrição mais detalhada da epidemiologia do excesso de peso e da obesidade em Portugal, dos hábitos alimentares da popu-
lação portuguesa, bem como sobre a situação de insegurança alimentar, assim como outras formas de malnutrição.

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SITUAÇÃO ATUAL

ic a
bl
pu
s ao
s
i scu
ed
3% PIB = sd
10% da despesaittotal da saúde
o
e
relacionadas coma
ef de doenças
é dedicado ao tratamento
o excesso de peso
p ar
Custo da ar
obesidade in
lim 207 € per capita/ano
em Portugal
p re
o
Fonte: OCDE, 2019.
r sa
e
av
a um
à alimentação inadequada, reforçam a necessidade de de alcançar a meta relativa ao não crescimento da obesi-
dar continuidade e de intensificar a implementação de dade, até 2025, sugerindo a necessidade de intensificar
de
ações que permitam reduzir ancarga da doença associa- os esforços para implementar medidas de prevenção e
s
da aos hábitos alimentares
poinadequados e ao excesso controlo da obesidade e para a promoção da alimenta-

o rre e gravidade do problema, bem


de peso. A magnitude ção saudável.
c
t o
como a complexidade inerente à implementação de so-
e n
luções, exige que este conjunto de ações seja concerta-
c
do
uemenquadrado numa visão estratégica com definição
do
e de objetivos e metas a curto, médio e longo prazo, o que
Est justifica a importância da existência de um programa na-
cional prioritário de saúde para a área da alimentação
saudável, nutrição e obesidade.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Embora nos últimos anos se tenha registado uma me-


lhoria em alguns indicadores, nomeadamente no que
diz respeito ao excesso de peso e obesidade infantil, e
o PNPAS se tenha tornado num programa de referência
a nível nacional e internacional ao longo da sua primei-
ra década de existência, as estimativas da OMS indicam
que nenhum país de região europeia está em condições

13

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3.
Visão
ic a
bl
pu
s ao
s
is cu
ded
s
e ito
e f
r a
a
a rp
in
e lim
pr
ao
O PNPAS visa promover o estado de saúde da população portuguesa, atuando num dos seus prin-
s
er
av
cipais determinantes, a alimentação, prevenindo e controlando todas as formas de malnutrição (ali-

um
mentação inadequada, desnutrição, ingestão inadequada de vitaminas e minerais, pré-obesidade e
a
obesidade), através de um conjunto concertado e integrado de ações assentes numa intervenção
n de alimentares, a nível individual e a nível dos cuidados de saúde. Um consumo
a nível dos ambientes
s
alimentar
poadequado e a consequente melhoria do estado nutricional dos cidadãos tem um impacto
rre na prevenção e controlo das doenças mais prevalentes a nível nacional (cardiovasculares,
direto
o
c
to oncológicas, diabetes, obesidade...).
en
um
doc
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

14

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4.
Missão
ic a
bl
pu
s ao
s
i s cu
Intervenção a Intervenção a
ed
Intervenção a
nível ambiental nível individual
s ddo sistema
nível
o
f eitsaúde
Cidadãos vivam, Cidadãos mais a e Sistema de saúde
informados e r
cresçam, aprendam,
pa
capacitados para
com mais respostas
trabalhem em
ar
escolhas alimentares
e mais capacitados
ambientes alimentares in
saudáveis
(alimentação saudável,
saudáveis
e lim prevenção e controlo
obesidade)
pr
ao
Figura 1. Missão do PNPAS 2022-2030.
s
er
av
m
O PNPAS deve, no futuro, ser capaz de permitir que:
u
e a
n d
1. Os cidadãos vivam, cresçam, aprendam e trabalhem em ambientes alimentares saudáveis.
s po
2. Os cidadãos sejam capazes de tomar decisões informadas acerca dos alimentos e práticas
re
cor culinárias saudáveis e estejam mais capacitados para fazerem escolhas alimentares saudá-

to veis.
en 3. Os serviços de saúde tenham mais respostas e estejam mais capacitados para a promoção
m
ocu da alimentação saudável, para a prevenção e controlo da obesidade, bem como que garan-

e d tam o acesso a cuidados nutricionais de qualidade.


t
Es
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

15

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5.
Valores e
princípios do bl
ic a

PNPAS
pu
s ao
s
is cu
ded
s
e ito
e f
ra
a
a rp
in
e lim
pr
ao
A concretização do PNPAS para o período de 2022-2030 assenta num conjunto de valores e de
s
er
av
princípios que definem o seu modo de atuação e que se encontram alinhados com os valores da
m
Direção-Geral da Saúde (DGS) e do PNS.
u
e a
n d
s po
re
cor
o
e nt
c um
d o
t e
Es
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

16

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VALORES E PRINCÍPIOS DO PNPAS

INDEPENDÊNCIA
A ação do PNPAS será desenvolvida de forma totalmen-
te independente de interesses individuais, corporativos
e dos interesses comerciais do setor agro-alimentar. A
ação do PNPAS será livre de quaisquer interesses que
não sejam o serviço público em saúde.

ic a
TRANSPARÊNCIA E ACCOUNTABILITY bl
(PRESTAÇÃO DE CONTAS) pu
A ação do PNPAS promoverá a prestação de contas, di- s ao
s
vulgação e explicação sobre as atividades do PNPAS, de
is cu
forma proativa e aberta, bem como a transparência do
ded
relacionamento do PNPAS com os operadores econó- s
micos do sistema alimentar e com outras partes inte- e ito
e f
ressadas. EQUIDADE a
ar
rp
A ação do PNPAS deve ter sempre em consideração
a
o seu impacto nas desigualdades sociais na procura e
in
m
r eli a alimentos nutricionalmente adequados bem
acesso
COLABORAÇÃO E COOPERAÇÃO p como na capacitação dos cidadãos e no acesso aos cui-
A ação do PNPAS assentará num espírito de partilha, s ao dados de saúde independentemente da sua condição
er
av
colaboração e cooperação com todos os intervenientes social.

um
no sistema de saúde e no sistema alimentar e na coope-
a
ração internacional. A participação de todos é essencial
n de
para a concretização da sua estratégia.
s po PREVENÇÃO
o rre A ação do PNPAS terá o seu foco na prevenção, visan-
c
t o do promover hábitos alimentares saudáveis, evitando o
RIGOR enCIENTÍFICO E ÉTICO desenvolvimento e a progressão de problemas relacio-
u m
oAcação do PNPAS será pautada pelo rigor técnico e cien- nados com o estado nutricional, assim como as doenças

ted tífico, baseada na melhor evidência científica existente e crónicas associadas à alimentação inadequada.
Es respeitando os princípios éticos.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

EVOLUÇÃO E ADAPTABILIDADE
A ação do PNPAS será devidamente ajustada e adaptada
em função da monitorização anual da situação alimentar
e nutricional em Portugal, bem como do progresso e re-
sultados alcançados.

17

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6.
Eixos e
estratégias de bl
ic a

intervenção
pu
s ao
s
is cu
ded
s
e ito
e f
ra
a
a rp
in
e lim
pr
ao
A estratégia do PNPAS 2022-2030 é concretizada em função de 3 eixos nucleares e 2 eixos trans-
s
er
av
versais. Em concreto, o PNPAS 2022-2030 pretende promover a criação de ambientes alimentares

um
saudáveis; promover a literacia em saúde e capacitar a população para escolhas alimentares mais
a
saudáveis; reforçar e reorientar os serviços de saúde para a promoção de uma alimentação sau-
de
dável e paranuma ação mais eficaz na melhoria do estado nutricional dos utentes; promover uma
s
abordagem
po de intervenção intersectorial, que permita pôr em prática o princípio da saúde em todas
re
asrpolíticas e; reforçar os sistemas de informação de apoio à tomada de decisão na área da alimen-
c o
to tação e da nutrição e à monitorização e avaliação das medidas implementadas.
en
um
doc
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

18

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EIXOS E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

Os eixos nucleares do PNPAS são:

EIXO 1

PROTEGER E APOIAR,
através da criação de ambientes
alimentares saudáveis

Este eixo requer uma intervenção a nível ambiental, pro- a


ic
movendo a definição e implementação de um conjunto bl
de ações sobre os ambientes onde as pessoas vivem, pu
compram, estudam e trabalham, visando aumentar as s ao
s
oportunidades e criar contextos favoráveis a escolhas
i scu
alimentares saudáveis (“apoiar”) e, ao mesmo tempo EIXO 2
ed
reduzir e exposição e os estímulos para escolhas ali-
o sd
mentares menos saudáveis (“proteger”). Apesar da INFORMARf eit E CAPACITAR,
obesidade ser uma doença de etiologia multifatorial, os para
r a ecidadãos informados
a
ambientes obesogénicos, enquanto “soma das influên-
a r epcapacitados para escolhas
cias, oportunidades ou condições de vida que promo-
in alimentares saudáveis
vem a obesidade em indivíduos ou populações”, estão
e lim
descritos na literatura científica como um dos importan- prEste eixo requer uma intervenção a nível individual,
o
r sa
tes determinantes da elevada prevalência do excesso promovendo a definição e implementação de um con-
e
a v menos
de peso (incluindo a obesidade). Os alimentos junto de ações sobre as pessoas para que estas sejam

a um em alguns
saudáveis tornaram-se mais convenientes, capazes de promover a sua saúde através da adoção de
casos têm um custo mais baixo comparativamente às comportamentos alimentares saudáveis ou da corre-
n de são intensamente
opções alimentares mais saudáveis, ção de comportamentos menos saudáveis. Pretende-se
po
promovidos através desfortes estratégias de marketing promover práticas alimentares saudáveis na população,

o rre disponíveis em todo o lugar.


e encontram-se facilmente em especial nos grupos mais desfavorecidos, através da
c
t o
Assim, pretende-se implementar medidas que promo- informação e capacitação para a compra, confeção e
e n
vam ambientes alimentares saudáveis, concretizadas armazenamento de alimentos saudáveis, considerando
c um de legislação e outros mecanismos que permi-
através que as ações a implementar no âmbito deste eixo de-
o
ted tam modificar a disponibilidade de certos alimentos e vem ser capazes de promover a mobilização social e de
Es seus ingredientes, nomeadamente em ambiente esco- gerar informação que seja compreendida e geradora de
lar, laboral e em outros espaços públicos; que permitam ação em toda a população, independentemente do seu
incentivar a reformulação dos produtos alimentares (in- nível de escolaridade e socioeconómico. A intervenção
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

dústria alimentar, distribuição e restauração) permitindo no âmbito deste eixo, assenta na premissa de que a mu-
a melhoria da sua qualidade nutricional; que permitam dança de comportamentos na área da alimentação só
reduzir a exposição ao marketing alimentar e que permi- será possível através de uma aposta forte na promoção
tam tornar os ambientes de compra de alimentos mais da literacia em saúde da população e em iniciativas de
favoráveis a escolhas alimentares saudáveis. mobilização social. Esta aposta na promoção da literacia
em saúde deve ser multidimensional, perspetivando-se
melhorar conhecimentos, competências, motivação e a
autoeficácia.

19

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EIXOS E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

EIXO 3

IDENTIFICAR E CUIDAR,
através do reforço da promoção da
alimentação saudável no sistema
de saúde e prestação de cuidados
de saúde e do acesso a cuidados
nutricionais de qualidade

ic a
Este eixo requer uma intervenção ao nível dos cuidados Os eixos nucleares são complementados com três eixos bl
de saúde e dos profissionais de saúde, visando reforçar de intervenção transversal, nomeadamente: pu
o sistema de saúde para a promoção da alimentação s ao
s
saudável e o acesso a cuidados nutricionais de quali-
i s cu
dade. Pretende-se reforçar e reorientar os serviços de
d ed
saúde para a promoção de uma alimentação saudável e EIXO 4 s
para a prestação de cuidados nutricionais e desenvolver ito
fe
estratégias que melhorem a qualificação e o modo de
r ae
MONITORIZAR E AVALIAR,
a
atuação dos diferentes profissionais que, pela sua ati-
a r p através de um sistema de
vidade, possam influenciar conhecimentos, atitudes e
in informação de qualidade em
comportamentos na área alimentar. Em concreto, pre- li m alimentação e nutrição
e
tende-se reforçar a capacidade do Serviço Nacional de pr
Saúde, em particular dos Cuidados de Saúde Primários,
s ao Este eixo pretende promover e dinamizar o conheci-
er
av
para promover a alimentação saudável e detetar preco- mento sobre os consumos e comportamentos alimen-

a um
cemente os casos de excesso de peso, iniciando o tra- tares da população portuguesa, seus determinantes e
tamento o mais rapidamente possível. A promoção da consequências, contribuindo para um adequado pla-
e
duma
alimentação saudável enquanto
o n ação de promoção neamento em saúde e sua monitorização ao longo do
da saúde e prevenção s
p
r r e da doença, deve ser parte inte- tempo. A existência de informação de qualidade na área
grante dos diferentes
co níveis de prestação de cuidados da alimentação e da nutrição é um recurso estratégico

n to conta” – fazer de cada contacto uma


(“cada contacto para o diagnóstico e identificação de prioridades em
e
oportunidade de promover a saúde, em particular em saúde, para a identificação de intervenções orientadas
c um de Cuidados de Saúde Primários, mas também
contexto para dar resposta aos principais problemas de saúde
o
ted no contexto dos Cuidados Hospitalares ou outros). Ain- identificados, bem como para a monitorização e avalia-
Es da no que diz respeito à reorientação dos serviços de ção das medidas implementadas para a promoção da
saúde, pretende-se dar continuidade à implementação alimentação saudável. Pretende-se promover a transfe-
da identificação sistemática do risco nutricional em meio rência de conhecimento para informar a tomada de de-
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

hospitalar, bem como alargar este modelo de interven- cisão técnica, estratégica e política, o que se poderá tra-
ção a outros contextos (por exemplo aos doentes onco- duzir em medidas aplicáveis para a obtenção de ganhos
lógicos em contexto de ambulatório e aos Cuidados de em saúde. Este eixo permitirá desenvolver uma saúde
Saúde Primários), permitindo uma deteção atempada pública de maior precisão, que permita implementar “a
das situações de risco de desnutrição e o acesso à in- estratégia de intervenção certa, no momento certo, na
tervenção nutricional, contribuindo para uma melhoria população certa”.
substancial na qualidade de vida de um grupo alargado
de cidadãos.

20

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EIXOS E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

EIXO 5

INTEGRAR E ARTICULAR,
para uma ação que coloque a
alimentação saudável em todas
as políticas e que envolva toda a
sociedade

Dinamizar a articulação integrada com outros setores, a


ic
nomeadamente da agricultura, economia, ambiente, bl
educação, segurança social, ambiente e autarquias de pu
forma a identificar e promover ações que incentivem s ao
s
a disponibilidade e o consumo de alimentos de boa
is cu
qualidade nutricional. Este eixo permite concretizar a
ded
abordagem “health in all policies”/ “whole-of-government” s
e “whole-of-society approach”. No âmbito deste eixo pre- e ito
e f
tende-se também promover um melhor alinhamento, a
a r
articulação e integração entre os níveis nacionais e sub-
a rp
-regionais (regional e local), bem como promover uma
in
ação articulada e sinérgica com o Plano Nacional de Saú-
e lim
de 2021-2030 e com outros programas, planos e estra- pr
tégias nacionais de saúde, em particular os programas
s ao
er
av
prioritários de saúde que integram a Plataforma para a

um
Prevenção e Gestão das Doenças Crónicas, Programa
a
Nacional de Saúde Escolar, Programa Nacional de Saúde
n
Oral, Programa Nacional de Saúde
de Programa de Saúde
s pode Saúde Sexual, Plano de
Infantil e Juvenil, Programa
e
rrem
Ação para a Literacia
o Saúde e Reprodutiva e Estraté-
c
gia Nacionaltode Luta Contra o Cancro).
en
c um
do
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Figura 2. Eixos de intervenção do PNPAS 2022-2030.

21

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EIXOS E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

As estratégias de intervenção no âmbito dos 3 eixos nu- esquema que descreve o alinhamento entre o PNPAS
cleares do PNPAS serão maioritariamente dirigidas para e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
a prevenção, de âmbito populacional e carácter univer-
sal (“population-wide strategies”), complementadas por As estratégias de intervenção apresentadas assentam
estratégias de intervenção dirigidas para grupos prio- numa robusta base de evidência, tendo tido em consi-
ritários, de risco ou de maior vulnerabilidade (“high-risk deração a sua efetividade, o seu custo-efetividade e o
targeted strategies”), nomeadamente dirigidas às diferen- seu potencial para reduzir as desigualdades sociais em
tes fases do ciclo de vida (mulheres em fase preconce- saúde. No Anexo E, apresenta-se uma revisão da litera-
ção, grávidas, lactação, crianças até 2 anos, crianças 2-10 tura sobre a efetividade de estratégias de intervenção a
ic
anos e adolescentes), para grupos com maior vulnerabi- de base populacional para a promoção da alimentação bl
lidade socioeconómica e institucionalizados, bem como saudável e da prevenção e controlo da obesidade. pu
para grupos de risco para a obesidade e outras doenças s ao
s
crónicas (identificação precoce de pessoas com fatores
is cu
de risco). Pretende-se assim ter uma abordagem de
ded
intervenção ao longo do ciclo de vida e orientada para s
reduzir as desigualdades sociais na saúde e para a inter- e ito
e f
venção em contextos de particular oportunidade para a a
a r
mudança de comportamentos.
a rp
in
Para cada um dos eixos intervenção apresentam-se um
e lim
conjunto de estratégias de intervenção específicas a pr
promover. Para a seleção das estratégias de intervenção s ao
er
foi considerado o previsto no Plano Nacional de Saúde
av
um
2021-2030, bem como nas diferentes estratégias euro-
a
peias e internacionais, nomeadamente: Agenda 2030
n
para o Desenvolvimento Sustentável
de , Europe’s Beating (20)

Cancer Plan , Healthiers


(21) po
Together – EU Non-communicable
re
diseases initiative or, EU Action Plan on Childhood Obesity
(22)

c
o
2014-2020t(atualmente em fase de avaliação) , WHO (23)

e n
Europe Food and Nutrition Action Plan , Tackling NCDs: (24)

c umbuys” and other recommended interventions for the


“best
do
e prevention and control of noncommunicable diseases (25)
,
Est Report of the Commission on Ending Childhood Obesity Im-
plementation Plan: Executive Summary (26), WHO European
Regional Obesity Report 2022 (27), The Heavy Burden of Obe-
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

sity – The Economics of Prevention (28), Global Action Plan for


the Prevention and Control of NCDs 2013-2030 (29)
, Action
Plan for the Prevention and Control of Noncommunicable
Diseases in the WHO European Region (30)
, Garantia Euro-
peia para a Infância (31)
e Estratégia da UE para os Direi-
tos das Crianças (32)
, Healthy Food Environment Policy In-
dex (Food-EPI) (33)
e NOURISHING framework (World Cancer
Research Fund) (34)
. No Anexo D é possível encontrar um

22

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EIXOS E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

Tabela 1. Estratégias de intervenção do PNPAS 2022-2030 por eixo de intervenção.

EIXO DE INTERVENÇÃO ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

A. Ações dirigidas para promover um sistema alimentar


saudável, que favoreça a produção, processamento e
distribuição de alimentos saudáveis.
B. Utilização de medidas fiscais que facilitem o acesso
económico a alimentos saudáveis e limitem o acesso
económico a alimentos não saudáveis.
C. Ações que promovam a reformulação dos produtos ic a
alimentares processados e do setor da restauração, bl
através de medidas legislativas ou de mecanismos de pu
PROTEGER E APOIAR co-regulação.
s ao
D. Ações que promovam a redução do tamanho das s
Implementar medidas que
porções/embalagens dos produtos alimentares.
is cu
promovam ambientes
alimentares saudáveis, ded
E. Ações que melhorem a informação nutricional prestada
aos consumidores nas embalagens dos produtos
s
alimentares (ex: sistema de rotulagem nutricional
concretizada através
da legislação e outros ito
na frente da embalagem e controlo das alegações
e
mecanismos que permitam e f
nutricionais e de saúde) e nos locais de compra de
modificar a disponibilidade ra
alimentos, incluindo o setor da restauração (ex:
a
de certos alimentos
e seus ingredientes,
rp
informação nutricional presente nos menus) e os
ambientes físicos e digitais.
a
nomeadamente em in
F. Ações que melhorem os ambientes alimentes nos locais
ambiente escolar, laboral lim
de compra, através de políticas de posicionamento dos
e
e em espaços públicos, pr
alimentos.
que permitam incentivar a
reformulação dos produtos
ao
G. Ações que visem reduzir a exposição e o poder do
s
alimentares; que permitam er marketing de alimentos não saudáveis, incluindo o

reduzir a exposição ao av marketing promocional (promoções), o marketing na


embalagem dos produtos alimentares e o patrocínio.
marketing alimentar e
u m As ações que visem reduzir a exposição e o poder do
e a
que permitam tornar os marketing devem também considerar os substitutos do
n d
ambientes de compra de leite materno, bem como os alimentos dirigidos para

s po
alimentos mais favoráveis
a escolhas alimentares
crianças pequenas.

re
saudáveis.
H. Ações dirigidas para modificar a oferta alimentar

cor em diferentes espaços públicos (creches, escolas,


universidades, instituições de saúde e instituições da
o
e nt economia social, em particular aquelas que prestam
apoio à população idosa, locais de trabalho, instituições
c um públicas), nomeadamente através da definição de
d o orientações ou legislação que determine alimentos a
e não disponibilizar e a promover e, através da definição
t
Es de critérios para a aquisição pública de alimentos e
serviços de alimentação.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

23

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EIXOS E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

EIXO DE INTERVENÇÃO ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

A. Ações que aumentem o conhecimento e as


competências dos cidadãos para obterem,
compreenderem e utilizarem e informação para fazer
escolhas alimentares saudáveis.
B. Ações que aumentem o conhecimento e as
competências dos cidadãos para a adesão à Dieta
Mediterrânica.
ic a
INFORMAR E CAPACITAR C. Ações que utilizem estratégias de marketing social e de bl
Implementar medidas nudge para promover escolhas alimentares saudáveis. pu
que promovam cidadãos D. Ações que capacitem os pais, famílias e cuidadores para
s ao
informados e capacitados a promoção da alimentação saudável das criançasse
para escolhas alimentares adolescentes.
i s cu
saudáveis E. Ações que envolvam os adolescentes e jovens d adultos
e
para a prática de uma alimentação saudável.
F. Ações que permitam capacitar osogrupos s d com maior
vulnerabilidade socioeconómica it
alimentares saudáveis. e
fe para escolhas
G. Ações que promovam a raaeducação alimentar em meio
p
escolar e em instituições que acolhem e apoiam
crianças pequenas.
n ar
i
l i m
e
pr
A. Identificação
a oinadequados de indivíduos com hábitos alimentares
e implementação atempada do
ers aconselhamento breve para a alimentação saudável
av nos cuidados de saúde primários.

u m B. Implementação de uma abordagem integrada e


a melhoria do acesso à prevenção e tratamento da
d e obesidade, criando uma abordagem de resposta
n multidisciplinar e efetiva ao nível dos cuidados de
spo
IDENTIFICAR E CUIDAR
saúde primários.
re C. Implementação da identificação sistemática do risco
cor Reforçar e reorientar os
serviços de saúde para
nutricional em diferentes níveis de prestação de
o cuidados.
e nt a promoção de uma
alimentação saudável D. Integração do aconselhamento para hábitos

c um e para a prestação de alimentares saudáveis e para o ganho adequado de


peso no contexto dos cuidados pré-natais.
o cuidados nutricionais e
e d desenvolver estratégias que E. A
ções de incentivo e promoção do aleitamento

Est melhorem a qualificação materno.


e o modo de atuação dos F. Capacitação dos profissionais de saúde e melhoria
diferentes profissionais da sua confiança para a promoção da alimentação
saudável e para prevenção e controlo da obesidade.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

G. Ações que promovam a utilização adequada de


tecnologias digitais (mHealth, eHealth) para promover
a capacitação dos profissionais de saúde e melhorar o
modelo de prestação de cuidados.
H. Contratualização de prestação de cuidados de saúde
na área da alimentação e nutrição, em linha com as
estratégias de intervenção do PNPAS.

24

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EIXOS E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

EIXO DE INTERVENÇÃO ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

A. Implementação de um sistema de vigilância do


consumo alimentar, estado nutricional e da insegurança
alimentar, com recolha de informação periódica (a cada
5 anos).
B. Definição e monitorização de indicadores relacionados
MONITORIZAR E AVALIAR com o consumo alimentar, estado nutricional e
Promover o aumento morbilidade associada, através da informação registada
ic a
do conhecimento no sistema de registo clínico.
bl
sobre os consumos, C. Implementação de um sistema de monitorização da pu
comportamentos composição nutricional dos alimentos disponíveis no
ao
alimentares e estado
nutricional da população
mercado português, autónomo e independente.
u ss
iso cHealthy
D. Ações que permitam avaliar o grau de implementação
portuguesa, seus (ferramentas de avaliação de políticas como
determinantes e Food Environment Policy Index- Food-EPI e
d
e o NOURISHING
consequências Framework) e o impacto, bem comosad análise do
o
e t e prevenção e
custo-efetividade das medidas iimplementadas para
a promoção da alimentaçãofsaudável
tratamento da obesidade.
r ae
E. Ações que permitam
r pamonitorização
alimentares, incluindo os digitais.
os ambientes
a
in
m
INTEGRAR E ARTICULAR r eli
A. o
p
Ações que promovam a coerência e articulação entre
Dinamizar a articulação a
integrada com outros
e rs diferentes políticas públicas, programas, planos e
estratégias nacionais.
av
setores, nomeadamente
da agricultura, indústria B. Ações que promovam a implementação da abordagem
m health in all policies/ whole of government e whole of
au
alimentar, desporto,
ambiente, educação, society, com o objetivo de promover a integração
d e
segurança social e da promoção da alimentação saudável em todas as
on
autarquias de forma a políticas públicas (ex: EIPAS - Estratégia Integrada para
sp
identificar e promover a Promoção da Alimentação Saudável).
rre
ações que incentivem o C. A
ções que promovam a articulação entre os níveis
co
consumo de alimentos de nacional, regional e local.
to boa qualidade nutricional
en
um
doc
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

25

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EIXOS E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

RMAR E CAPACITAR EIXO


INFO
Aumentar o conhecimento e competências
2
dos cidadãos para fazerem escolhas alimentares saudáveis
EIXO

1
Aumentar o conhecimento e competências dos cidadãos para a
adesão à Dieta Mediterrânica
Utilizar estratégias de marketing social e de nudge para promover
escolhas alimentares saudáveis
R Capacitar os pais, famílias e cuidadores para a promoção da
Implementar a
identificação I
sistemática do risco
a
IA

DE
alimentação saudável de crianças e adolescentes
nutricional
ic
PO

bl

N
Promover a reformulação Envolver os adolescentes e jovens adultos para

TI
dos produtos alimentares Implementar uma abordagem
EA

pu
a prática de uma alimentação saudável

FI
processados e do setor da integrada e melhorar o acesso à
prevenção e tratamento da

CA
restauração Promover a educação alimentar em meio escolar
R

e em instituições que acolhem crianças pequenas obesidade


ao
GE

R
Melhorar a informação nutricional
Capacitar os grupos com maior Contratualizar a prestação de cuidados de
s s
TE

EC
prestada aos consumidores nas
cu
vulnerabilidade socioeconómica saúde na área da alimentação e nutrição
embalagens dos alimentos
PRO

para uma alimentação saudável

UID
i s
Identificar indivíduos com hábitos alimentares

ed
Melhorar os ambientes alimentares nos inadequados e implementar o aconselhamento
locais de compra breve nos CSP

AR
Individual d
Incentivar e promover o aleitamento materno
Facilitar o acesso económico a alimentos
s
ito
saudáveis e limitá-lo a alimentos não saudáveis Capacitar os profissionais de saúde e melhorar a sua
confiança para a promoção da alimentação saudável e
Reduzir a exposição e o poder do marketing de f e prevenção da obesidade
EIXO

3
alimentos não saudáveis
VISÃO Sis e
Integrar o aconselhamento para hábitos alimentares
a
Modificar a oferta alimentar em espaços públicos Promover o estado a
tema r saudáveis no âmbito dos cuidados pré-natais
Ambiental

rp
Promover a utilização adequada de tecnologias
Promover um sistema alimentar saudável de saúde da população digitais para capacitar os profissionais de saúde e
a melhorar a prestação de cuidados
in
de saúd

portuguesa, atuando
num dos seus principais
determinantes,
e lim
pr
a alimentação
e

Implementar um sistema de vigilância do


a o consumo alimentar, estado nutricional e da

e rs insegurança alimentar

M ISS Ã O
av
Promover a articulação entre os níveis Monitorizar os ambientes
nacional, regional e local alimentares, incluindo os digitais

Promover a implementação da abordagem u m Definir e monitorizar indicadores relacionados

AR
“health in all policies”/ “whole of government”a
INT

com o consumo alimentar, estado nutricional e


e “whole of society” e morbilidade associada

ALI
n d
EGR

po
Promover a coerência e articulação entre Implementar um sistema de

AV
diferentes políticas públicas, programas, monitorização da composição
es
planos e estratégias nacionais VALORES E PRINCÍPIOS
AR

nutricional dos produtos alimentares


r
r E
AR
Independência
co
EA

Avaliar o grau de implementação,


impacto e custo-efetividade das
IZ

to Colaboração e cooperação
RT

medidas implementadas
OR

en
IC

Transparência e accountability
IT

um
UL

c Prevenção
AR

M
do EIXO

5
EIXO

4
Rigor científico e ético
te
Es Equidade
Evolução e adaptabilidade
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Figura 3. Eixos e estratégias de intervenção do PNPAS 2022-2030.

26

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


7.
Metas do
PNPAS bl
ic a

a 2030
pu
s ao
s
is cu
ded
s
e ito
e f
ra
a
a rp
in
e lim
pr
ao
As metas do PNPAS a 2030 encontram-se presentes na tabela 2. Sempre que possível foram consi-
s
er
av
deras as metas definidas pela OMS para a prevenção e controlo das doenças crónicas (29), bem como
m
as relacionadas com a saúde materno-infantil (Global Targets 2025: To improve maternal, infant and
u
e .a
young child nutrition)
(35)

d
p on
s
r re
co
to
en
um
doc
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

27

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


METAS DO PNPAS A 2030

Tabela 2. Metas do PNPAS a 2030.

METAS DO PNPAS

SHORT-TERM OUTCOMES / METAS A CURTO PRAZO

1. Reduzir o teor de sal, em pelo menos 10% até 2027, nos alimentos que mais
contribuem para a ingestão de sal na população portuguesa.
2. Reduzir o teor de açúcar, em pelo menos 20% até 2027, nos alimentos que mais
contribuem para a ingestão de açúcares livres na população portuguesa. ic a
3. Aumentar o conhecimento sobre os princípios da Dieta Mediterrânica em pelo menos bl
20% até 2027. pu
s ao
s
INTERMEDIATE OUTCOMES / METAS A MÉDIO PRAZO is cu
ded
s
adultos, crianças e adolescentes até 2030. e ito
4. Aumentar a percentagem de consumo de pelo menos 400 g de fruta e hortícolas em

e f
5. Reduzir o consumo de carne processada até 2030. a
a r
6. Reduzir o consumo de alimentos não saudáveis (alimentos ultraprocessados e
rp
alimentos que não constam na Roda dos Alimentos) até 2030.
a
in
7. Reduzir o consumo de refrigerantes e outras bebidas açucaradas em crianças e
adolescentes até 2030.
e lim
8. Reduzir a ingestão de sódio em 30% r
p até 2030.
o
9. Reduzir a proporção de crianças
sa e adolescentes
açúcares livres superior à rrecomendação
que apresentam uma ingestão de
da OMS (<10% do valor energético total) até
2030.
a ve
10. Aumentar a taxa m de aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses para pelo menos
50% até 2030. u
11. Aumentard ea aproporção de utentes do SNS com acesso a, pelo menos, um recurso
p on do SNS, até
de aconselhamento
Informação
breve para a alimentação saudável, através dos Sistemas de
2030.
e s
r r
co
to LONG-TERM OUTCOMES / METAS A LONGO PRAZO
en
um
oc 12. Travar o crescimento e reverter a tendência na prevalência da obesidade em adultos

t ed até 2030.

Es 13. Reduzir a prevalência do excesso de peso e da obesidade em crianças e adolescentes


em pelo menos 5% até 2030.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

28

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


METAS DO PNPAS A 2030

As metas serão medidas por pelo menos um indicador, tal como se descreve na tabela 3.

Tabela 3. Indicadores das metas do PNPAS a 2030.

Metas Valor
Indicador Fonte/Obs.
2027/2030 base

Ind. 1. média de sal disponibilizada nos principais Sistema de


1 ND monitorização
grupos de alimentos fornecedores de sal
do plano para
a reformulação a
Ind. 2. média de açúcar disponibilizada nos princi- ic
2
pais grupos de alimentos fornecedores de açúcar
ND dos produtos
alimentares bl
pu
3
Ind. 3. % da população que conhece os princípios
50% DGS, 2020 sao
da Dieta Mediterrânica s
Ind. 4. % da população adulta que consome pelo i s cu
menos 400 g fruta e hortícolas diariamente
57%
ded
Ind. 5. % das crianças que consome pelo menos s IAN-AF,
4 72%
400 g fruta e hortícolas diariamente
eito 2015-2016
Ind. 6. % dos adolescentes que consome pelo me-
nos 400 g fruta e hortícolas diariamente a ef 78%

par IAN-AF,
Ind. 7. % da população que consome mais do que r
5 *
50 g de carne processada por semana
i na 2015-2016
l i
Ind. 8. % da população que consome
m alimentos ul-
e 24%
traprocessados pr IAN-AF,
6 o alimentos que não cons-
Ind. 9. % contributoados
2015-2016
s
tam na Roda dosrAlimentos para a ingestão ener- 29%
gética total ve
Ind. 10. % a
u m dase crianças
refrigerantes
que consome diariamente
outras bebidas açucaradas
22%
IAN-AF,
e a11. % dos adolescentes que consome diaria-
7
Ind. 2015-2016
d 42%
o n mente refrigerantes e outras bebidas açucaradas
p IAN-AF,
rr es8 Ind. 12. Média da ingestão de sódio na população
portuguesa
7,3 g
2015-2016
co Ind. 13. % de crianças que apresentam uma inges-
to
en tão de açúcares livres superior à recomendação da
OMS
40,7%
IAN-AF,
c um 9
Ind. 14. % de adolescentes que apresentam uma 2015-2016
d o ingestão de açúcares livres superior à recomenda- 48,7%
t e ção da OMS
Es Ind.15. % de crianças amamentadas com aleita- IAN-AF,
10 21,6%
mento materno em exclusivo até aos 6 meses 2015-2016
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Ind. 16. % utentes do SNS com acesso a, pelo me-


nos, um recurso de aconselhamento breve para a
11 ND SClínico
alimentação saudável, através dos Sistemas de In-
formação do SNS
Ind. 17. % de obesidade na população adulta 21,6%
IAN-AF,
12
Ind. 18. % de pré-obesidade na população adulta 36,5% 2015-2016
Ind. 19. % de obesidade em crianças em idade es-
12,0%
colar (7 anos)
13 COSI, 2019
Ind. 20. % de pré-obesidade em crianças em idade
17,6%
escolar (7 anos)
*Aguarda-se informação sobre este indicador.

29

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8.
Modelos MODELO DE GOVERNAÇÃO, RESPONSABILIDADES
INSTITUCIONAIS E OUTROS MECANISMOS a
DE APOIO À IMPLEMENTAÇÃO ic
bl
pu
s ao
s
is cu
ded
s
e ito
e f
ra
a
a rp
in
e lim
pr
ao
A definição de um adequado modelo de governação e de responsabilidades intitucionais é fun-
s
er
av
damental para garantir uma efetiva implementação do PNPAS. O PNPAS pretende promover uma

um
articulação entre os vários níveis (nacional e subnacional (regional e local)) de decisão estratégia
a
e operacional em torno das ações para a promoção da alimentação saudável. Pretende também
e
dmodelo
promover um
o n de articulação alargada com outros programas de saúde e outras estratégias
p
r r es de outras áreas governativas. Em paralelo, para o decénio 2022-2030, o PNPAS pre-
e estruturas

cotende desenvolver as seguintes áreas, enquanto mecanismos que se consideram essenciais para
to a sua operacionalização: 1. Plano de Comunicação Estratégica e Divulgação; 2. Política de Gestão e
en Prevenção de Conflito de Interesses e de Promoção da Transparência e 3. Relações Internacionais
m
ocu e Ações de Cooperação.

e d
t
Es
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

30

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


MODELO DE GOVERNAÇÃO, RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS E OUTROS MECANISMOS DE APOIO À IMPLEMENTAÇÃO

MODELO DE GOVERNAÇÃO E RESPON- reconhecido, a quem cabe analisar e discutir as propos-


SABILIDADES INSTITUCIONAIS tas do programa, bem como assegurar critérios de evi-
O PNPAS para o período 2022-2030 corresponde a um dência, qualidade e transparência de atuação.
dos programas prioritários de saúde a desenvolver no
âmbito do Plano Nacional de Saúde com horizonte a Anualmente serão elaborados os respetivos planos de
2030, pela DGS. O PNPAS, a par do Programa Nacional atividades e orçamento associado, sendo parte integran-
para a Prevenção e Controlo do Tabagismo, do Progra- te do Plano e Orçamento anual da DGS. Para efeitos de
ma Nacional para a Promoção da Atividade Física, Pro- transparência e responsabilização a Direção do PNPAS
grama Nacional para a Diabetes, Programa Nacional apresenta, anualmente, um relatório de atividades que a
ic
para as Doenças Cérebro-cardiovasculares, Programa permita aferir o cumprimento do plano de atividades, bl
Nacional para as Doenças Oncológicas e Programa Na- mas também um relatório anual, nacional, referente ao pu
cional para as Doenças Respiratórias, integra a Platafor- ponto da situação da área da alimentação saudável.s ao
s
ma para a Prevenção e Gestão das Doenças Crónicas.
i s cu
ed
O PNPAS pretende promover uma articulação entre os
Uma vez que atua sobre um dos principais determinan- sd
vários níveis de decisão estratégia e operacional em tor-
o
tes da saúde e das principais doenças crónicas, o PNPAS eit da alimentação saudá-
no das ações para a promoção
f
tem uma articulação estreita com outros programas de
e
vel. Para o efeito, oaPNPAS prevê a criação de grupos
r
saúde prioritários em particular com o Programa Na- pa de modo a permitir o alinhamento,
regionais do PNPAS,
r
cional para a Promoção da Atividade Física, Programa articulaçãoa
in e integração entre os níveis nacional e sub-
m
Nacional para a Diabetes, Programa Nacional para as
eli (regional e local).
nacional
r
Doenças Cérebro-cardiovasculares, Programa Nacional p
para as Doenças Oncológicas e também com outros s ao OUTROS MECANISMOS DE APOIO À
er IMPLEMENTAÇÃO
av
programas, planos e estratégias nacionais de saúde, no-

a um
meadamente o Programa de Saúde Escolar, Programa Em paralelo, para o decénio 2022-2030, o PNPAS pre-
de Saúde Infantil e Juvenil, Programa de Saúde Oral e tende desenvolver as seguintes áreas, enquanto meca-
n de
Programa de Saúde Sexual e Reprodutiva, Plano de Ação nismos que se consideram essenciais para a sua opera-
p o
r r es e Estratégia Nacional de Luta
para a Literacia em Saúde cionalização:
contra o Cancro. o
c
t o
en interministerial é essencial e determinan-
A colaboração
u m
otec para implementar diversas estratégias de ação que 1. Plano de Comunicação Estratégica e Divulgação,

ted constam neste programa, existindo atualmente a Estra- 2. Política de Gestão e Prevenção de Conflito de In-
Es tégia Integrada para a Promoção da Alimentação Sau- teresses e de Promoção da Transparência e
dável (EIPAS) que permite concretizar essa colaboração 3. Relações Internacionais e Ações de Cooperação.
interministerial.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

O Plano de Comunicação Estratégica e Divulgação é


De acordo com o Despacho n.º 6401/2016, de 16 de uma das exigências dos tempos atuais e pretende re-
maio, o PNPAS é liderado por um Diretor sob coordena- forçar uma necessidade e prioridade já identificada pelo
ção do Diretor-Geral da Saúde e coadjuvado por diver- PNPAS desde a sua criação em 2012. As rápidas trans-
sos profissionais. formações no ambiente digital, o crescimento da influên-
cia das redes sociais, bem como os riscos decorrentes
O PNPAS 2022-2030 será dotado de um Conselho Cien- para a desinformação em saúde, que se aceleraram du-
tífico, constituído por especialistas com mérito científico rante a pandemia COVID-19, requerem a definição de

31

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MODELO DE GOVERNAÇÃO, RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS E OUTROS MECANISMOS DE APOIO À IMPLEMENTAÇÃO

uma nova estratégia de comunicação, mais ágil, capaz nutricional dos alimentos disponíveis, mas exige a imple-
de  antecipar necessidades e de promover uma maior mentação de um conjunto de procedimentos e práticas
confiança e proximidade com os diferentes intervenien- que permitam salvaguardar o interesse público, o me-
tes e  stakeholders,  num ambiente comunicacional que, lhor interesse dos cidadãos e da saúde pública.  Deste
entretanto, mudou. Neste contexto, pretende-se definir conjunto de mecanismos e ferramentas a implementar,
um plano de comunicação estratégica que permita co- destaca-se:
municar de forma eficaz as atividades e iniciativas de-
senvolvidas pelo PNPAS, bem como motivar, envolver e a) Estabelecimento de critérios e regras para os co-
mobilizar os diferentes intervenientes e stakeholders no laboradores e sobre quem pode participar nos a
ic
processo de implementação do PNPAS. Este plano deve grupos de trabalho/grupos de peritos para a bl
integrar de forma coerente as novas tecnologias, ferra- tomada de decisões técnicas e do trabalho nor- pu
ao
mentas e canais digitais com os meios mais tradicionais
ss
mativo no âmbito do PNPAS, exigindo sempre a
u
de forma a criar idênticas oportunidades de acessibilida-
sc atra-
divulgação e a transparência dos interesses,
i
de e comunicação de qualidade a todos.  d
vés da assinatura de uma declaração de conflitos
e
de interesses devidamente s dajustada à área da
Considerando os valores da transparência e da indepen- alimentação e nutrição;i t o
e
dência que devem ser inerentes ao modo de atuação b) Definição de a
ef
regras claras de participação, elabo-
r
atermos
dos Programas Prioritários, pretende-se que no pró- ração de
r p de referência e definição clara
ximo decénio sejam criados mecanismos adequados dos a
in papéis dos diferentes atores, no caso do es-
m
para gerir e prevenir possíveis conflitos de interesses no
eli tabelecimento de parcerias com os stakeholders e
PNPAS. Uma Política de Gestão e Prevenção de Confli- pr c) Divulgação e transparência, em particular
to de Interesses e de Promoção da Transparência,s ao
que para garantir a transparência em todas as intera-
e r
contemple um código de conduta, deve fazervparte do ções entre o PNPAS e os operadores económicos
a
planeamento e implementação do PNPAS.
a umNa área das do setor alimentar. Para este efeito destaca-se a
políticas públicas para a promoção da alimentação sau- importância da divulgação pública de todas as in-
n de da obesidade veri-
dável e para a prevenção e controlo terações e comunicação entre o PNPAS e os ope-
po
fica-se um crescimentosdos conflitos de interesses com radores económicos (disponibilização de atas de
o sistema alimentar
o rreeindústria farmacêutica pelo que reuniões, divulgação pública de emails trocados
c
t o
se exige a definição de uma abordagem e um conjunto e todas as demais comunicações/ correspondên-
e n
de mecanismos e ferramentas de avaliação, divulgação e cias trocadas com operadores económicos, pro-
c um de riscos para a minimização destes problemas.
gestão movendo a sua divulgação proativa num recurso
o
ted A implementação de medidas no âmbito do PNPAS que de análise acessível. 
Es afetam diretamente o ecossistema alimentar e os com-
portamentos de consumo dos cidadãos, torna a tomada A definição e implementação destes mecanismos será
de decisões técnicas alvo de pressões que surgem na- determinante para proteger a independência, integrida-
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

turalmente nestes contextos. Por outro lado,  ao longo de e credibilidade das ações do PNPAS e para garantir
dos últimos anos, o PNPAS intensificou as intervenções a confiança dos cidadãos nas políticas públicas nesta
sobre o sistema alimentar, com impacto nos operadores área.  Esta Política de Gestão e Prevenção de Conflito
económicos do setor, muitas vezes em parceria e articu- de Interesses e de Promoção da Transparência será de-
lação com estes mesmos operadores económicos. Este senvolvida em consonância com as recomendações da
modelo de articulação, tem um grande potencial para OMS, nomeadamente com o documento orientador “Sa-
promover a mudança ao longo de toda a cadeia alimen- feguarding against possible conflicts of interest in nutrition
tar, permitindo, por exemplo, a melhoria da qualidade programmes: Draft approach for the prevention and mana-

32

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MODELO DE GOVERNAÇÃO, RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS E OUTROS MECANISMOS DE APOIO À IMPLEMENTAÇÃO

gement of conflicts of interest in the policy development and tualização dos serviços de saúde deve também estar ali-
implementation of nutrition programmes at country level: nhado e ser coerente com as necessidades identificadas
report by the Director-General” (36)
e o relatório técnico “Ad- pelo PNPAS.
dressing and managing conflicts of interest in the planning
and delivery of nutrition programmmes at country level” (37).

Por último, no âmbito das “Relações Internacionais e


Ações de Cooperação” pretende-se que o PNPAS, en-
quanto ponto focal do Ministério da Saúde para a área a
ic
da alimentação, nutrição e obesidade, continue: bl
pu
1. a ser um parceiro ativo na definição e concretiza- s ao
s
ção das estratégias e iniciativas da comunidade
is cu
internacional;
ded
2. a contribuir para o cumprimento dos compro- s
missos internacionais assumidos por Portugal na e ito
e f
área da promoção da alimentação saudável, nu- a
ar
trição, prevenção e controlo da obesidade;
a rp
3. a contribuir para o debate sobre as posições na-
in
cionais ao nível da OMS e da União Europeia e
e lim
4. a potenciar a criação de oportunidades e influen- pr
ciar a agenda internacional, de forma coerente s ao
er
e integrada com as necessidades de saúde e
av
um
interesses nacionais nesta área. Pretende-se
a
também continuar a desenvolver ações de coo-
e
dque
peração, na medida em
o n a ação do PNPAS
beneficia muito s
p
r r e da experiência, ensinamentos e
lições aprendidas por outros países e parceiros
co
to
internacionais. Neste âmbito, o PNPAS contribui-
erántambém para a divulgação das políticas por-
u m
oc tuguesas em matéria de alimentação, nutrição e

ted prevenção e controlo da obesidade.


Es
O financiamento, a alocação de recursos humanos e o
processo de contratualização em saúde devem ser ain-
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

da considerados mecanismos de suporte essenciais à


implementação do PNPAS. Assim, as instituições de saú-
de dos níveis regional e local, em particular os prestado-
res de cuidados de saúde, devem garantir um adequado
planeamento para o financiamento e para a alocação de
recursos humanos, de modo a dispor de recursos hu-
manos e financeiros suficientes para a implementação
das ações previstas no PNPAS. O processo de contra-

33

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


9.
Referências
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MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


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tion Plan: Executive Summary. World Health Organization; 2017.

35

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Regional Office for Europe; 2022.
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29. World Health Organization. Global Action Plan for the Prevention and Control of NCDs 2013-
2030. World Health Organization; 2013.
30. World Health Organization Regional Office for Europe. Action Plan for the Prevention and Control
of Noncommunicable Diseases in the WHO European Region. Copenhagen: WHO Regional Offi-
ce for Europe; 2016. a
ic
31. European Commission. EU Child Guarantee. 2021. bl
32. European Commission. EU Strategy on the Rights of the child. 2021. pu
ao
ss
33. Swinburn B, Vandevijvere S, Kraak V, Sacks G, Snowdon W, Hawkes C, et al. Monitoring and ben-
u
i sc
chmarking government policies and actions to improve the healthiness of food environments: a
d
proposed Government Healthy Food Environment Policy Index. Obes Rev. 2013; 14 Suppl 1:24-
37. s de
itothe prevention of obesity
34. Hawkes C, Jewell J, Allen K. A food policy package for healthy dietseand
f
and diet-related non-communicable diseases: the NOURISHING
r a e framework. Obesity Reviews.
2013; 14(S2):159-68.
r pa
35. World Health Organization. Global nutrition targets a
in 2025: policy brief series. 2014.
m conflicts of interest in nutrition programmes:
36. Executive Board, 142. Safeguarding againstlipossible
r e
Draft approach for the prevention and p management of conflicts of interest in the policy develop-
a
ment and implementation of nutrition
o programmes at country level: report by the Director-Gene-
e rs
a v 2018.
ral. World Health Organization;

a um
37. World Health Organization. Addressing and managing conflicts of interest in the planning and
delivery of nutrition programmes at country level. Report of a technical consultation convened in
de
Geneva,nSwitzerland, on 8-9 October 2015. 2016.
s po
o rre
c
to
en
um
doc
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

36

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


10.
Glossário
ic a
bl
pu
s ao
s
i s cu
ded
s
e ito
e f
ra
a
a rp
in
elim
pr
ao
Alimentação saudável – corresponde a uma alimentação variada, equilibrada e completa, que
s
er
av
permita garantir o consumo diário de alimentos nutricionalmente adequados de modo a assegurar

um
as necessidades nutricionais para a manutenção da saúde e para a prevenção do risco de doenças
a
crónicas associadas à alimentação, em linha com as recomendações da Roda dos Alimentos. Por ali-
n de ou hábitos alimentares inadequados considera-se o oposto desta definição.
mentação inadequada
s po
rre não saudáveis – alimentos com elevada densidade energética e baixo valor nutricional,
Alimentos
o
c
to que possuem elevado teor de açúcares livres, ácidos gordos saturados, ácidos gordos trans e/ou sal
en e que não são necessários para uma alimentação saudável.
m
ocu
e d Alimentos processados – alimentos relativamente simples, com um reduzido número de ingre-
t
Es dientes, como por exemplo os produtos em conserva (conservas de pescado ou de leguminosas e
fruta em calda ou cristalizada), o queijo e o pão fresco não embalado. Estes alimentos são produzi-
dos essencialmente através da adição de sal, de óleo ou de outro tipo de gordura, de açúcar e/ou
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

de outras substâncias do Grupo 2 da classificação NOVA (ingredientes processados utilizados em


preparações culinárias) aos alimentos do Grupo 1 da mesma classificação (alimentos não proces-
sados ou minimamente processados) com o objetivo de aumentar a sua durabilidade ou modificar/
melhorar as suas qualidades sensoriais1.

Alimentos ultraprocessados – alimentos prontos a consumir/beber/aquecer, produzidos pela in-


dústria alimentar com recurso a diversas técnicas. Resultam da combinação de vários ingredientes,
incluindo quer ingredientes usados para o fabrico dos alimentos processados, quer de outros ingre-

37

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GLOSSÁRIO

dientes que são exclusivos deste grupo (ingredientes nunca ou raramente usados nas preparações
culinárias (ex: frutose, maltrodextrinas, gorduras hidrogenadas...), bem como os aditivos alimentares
cuja finalidade é o aumento da palatabilidade dos alimentos ou a mitigação de características sen-
soriais indesejáveis (ex: aromas, corantes, emulsionantes, edulcorantes, intensificadores de sabor,
...). Como exemplos de alimentos ultraprocessados consideram-se os refrigerantes, snacks doces ou
salgados, bolachas, cereais de pequeno-almoço, gelados, refeições prontas a consumir ou pré-prepa-
radas congeladas/refrigeradas, entre outros. Não são alimentos modificados, mas sim formulações
elaboradas maioritariamente ou exclusivamente a partir de substâncias derivadas de alimentos e
aditivos, com pouco ou nenhum componente intacto dos Alimentos do Grupo 1 (alimentos não pro- a
ic
cessados ou minimamente processados). O objetivo geral do ultraprocessamento é criar produtos bl
alimentares convenientes (com elevada durabilidade, prontos a consumir), com sabor agradável (com pu
elevada palatabilidade) e com elevada rentabilidade económica (ingredientes de baixo custo)1. s ao
s
i s cu
ed
Ambiente alimentar – conjunto dos ambientes físico (disponibilidade, qualidade da oferta e publi-

sd
cidade), económico (custos), político (políticas governamentais) e sociocultural (normas e comporta-
o
eit as escolhas alimenta-
mento), que possa interferir nas oportunidades e condições que influenciam
f
res dos indivíduos e o seu estado nutricional .
2
r ae
r pa
Ambientes alimentares digitais – espaços digitaisnque a promovem uma interação direta entre as
i
pessoas e diferentes serviços e informação naliáream da alimentação e nutrição, com o potencial de
r e
influenciar as suas escolhas alimentares.pOs ambientes alimentares digitais englobam diferentes
o
elementos, nomeadamente as redes
r sa sociais, o marketing alimentar digital e os serviços online de
e
compra de alimentos .
av
3

a um
Ambientes alimentares saudáveis – ambientes nos quais os alimentos, bebidas e refeições que
contribuem n
de
para uma alimentação adequada, de acordo com as orientações alimentares nacionais,
estão s
po
disponíveis, acessíveis e são amplamente promovidos.

o rre
c
to Ambientes obesogénicos – soma das influências, oportunidades ou condições de vida que pro-
en movem a obesidade em indivíduos ou populações4.
c um
d o
e DALYs, Disability-adjusted life years – anos de vida perdidos por incapacidade5.
Est
Excesso de peso – o excesso de peso e a obesidade são definidas como um acumulação anormal
e/ou excessiva de gordura corporal que pode atingir graus capazes de afetar a saúde. Um índice de
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

massa corporal (IMC) superior a 25 kg/m2 é considerado excesso de peso6.

38

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GLOSSÁRIO

Insegurança alimentar – situação que existe quando se verificam dificuldades no acesso a ali-
mentos suficientes, seguros e nutricionalmente adequados, que possam comprometer a satisfação
das necessidades nutricionais e as preferências alimentares para uma vida ativa e saudável.

Malnutrição – a malnutrição, em todas as suas formas, inclui desnutrição (baixo peso para a es-
tatura, baixa estatura para a idade, baixo peso para a idade), ingestão inadequada de vitaminas
ou minerais, pré-obesidade, obesidade e outras doenças crónicas relacionadas com a alimentação
inadequada7.

ic a
Pré-obesidade – o excesso de peso e a obesidade são definidas como um acumulação anormal e/ bl
ou excessiva de gordura corporal que pode atingir graus capazes de afetar a saúde. Um índice de pu
massa corporal (IMC) 25 – 29,9 kg/m2 é considerado pré-obesidade6. s ao
s
i s cu
Obesidade – o excesso de peso e a obesidade são definidas como um acumulação anormal e/
ed
sd
ou excessiva de gordura corporal que pode atingir graus capazes de afetar a saúde. Um índice de
o
2
f eit .
massa corporal (IMC) superior ou igual 30 kg/m é considerado obesidade 6

r ae
pae pelo risco de deterioração do estado
Risco nutricional – é definido pelo estado nutricional atual
r
a causado pelo stresse metabólico asso-
atual, devido a um aumento das necessidades nutricionais
in
m
ciado à condição clínica.
r eli
p
a o
e rs
av
a um
n de
s po
o rre
c
to
en
um
doc
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

1. Monteiro CA, Levy RB, Claro RM, Castro IR, Cannon G. A new classification of foods based on the extent and purpose of their processing.
Cad Saude Publica. 2010;26:2039–49.
2. Swinburn B, Sacks G, Vandevijvere S, Kumanyika S, Lobstein T, Neal B, et al. INFORMAS (International Network for Food and Obesity/
non-communicable diseases Research, Monitoring and Action Support): overview and key principles. Obes Rev. 2013;14 Suppl 1:1-12.
3. World Health Organization. Regional Office for Europe. (2021). Digital food environments: factsheet. World Health Organization. Regional
Office for Europe. https://apps.who.int/iris/handle/10665/342072. Licença: CC BY-NC-SA 3.0 IGO
4. Swinburn B, Egger G, Raza F. Dissecting obesogenic environments: the development and application of a framework for identifying and
prioritizing environmental interventions for obesity. Prev Med. 1999; 29:563–70.
5. World Health Organization. Disability-adjusted life years (DALYs). The Global Health Observatory – Explore a world of health data. Dispo-
nível em: https://www.who.int/data/gho/indicator-metadata-registry/imr-details/158. (acedido 2 setembro 2022)
6. World Health Organization. (2018). Obesity and overweight. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/. (ace-
dido 24 agosto 2021)
7. World Health Organization (2021). Malnutrition. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/malnutrition. (acedido
24 agosto 2021)

39

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


11.
Anexos
ic a
bl
pu
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cor
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Es
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

40

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

ANEXO A –
METODOLOGIA PARA A CONSTRUÇÃO DO PNPAS 2022-2030

O desenvolvimento da proposta PNPAS 2022-2030 seguiu um processo baseado em evidência científica e nos mo-
delos de planeamento estratégico em saúde, participativo, colaborativo, que promoveu o envolvimento de diferentes
parceiros. Este processo incluiu 4 grandes etapas:

1. Analisar – Revisão da literatura científica e documentos estratégicos da Organização Mun-


dial da Saúde (OMS), União Europeia e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento a
ic
Económico (OCDE); bl
2. Avaliar – Avaliação do grau de implementação do PNPAS 2012-2020 (Food-EPI Portugal) (1,2), pu
s
NOURISHING Framework: Portuguese Evaluation (3) e Estudo de Avaliação do grau de implemen-ao
s
tação do PNPAS 2012-2020;
i s cu
ed
3. Identificar e Priorizar – Identificação e priorização de ações a implementar, oportunidades

sd
e desafios futuros para o PNPAS 2022-2030 (workshops com peritos - Food-EPI Portugal) e,
o
4. Consolidar – Análise e consolidação da proposta para o PNPAS
t
ei2022-2030 (discussão sobre
e f
a adequação e aplicabilidade da proposta do PNPAS 2022-2030, em contexto de consulta
a ra
pública) (Figura 1). A proposta do PNPAS 2022-2030
a r p seguiu ainda o Toolkit for developing a
multisectoral action plan for noncommunicablendiseases da OMS .(4)
i
l i m
e
pr
o
r sa
e
av
a um
n de
s po
rre
co
to
en
u m
doc
e
Est REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Gregório MJ, Salvador C, Bica M, Horgan R, Telo de Arriaga M. The Healthy Food Environment Policy Index (Foo-
d-EPI): Evidence Document para Portugal. 2021. Lisboa: Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Sau-
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

dável, Direção-Geral da Saúde.


2. Gregório MJ, Salvador C, Bica M, Graça P, Telo de Arriaga M. The Healthy Food Environment Policy Index (Food-EPI):
Relatório de resultados para Portugal. 2022. Lisboa: Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável,
Direção-Geral da Saúde.
3. World Cancer Research Fund International. NOURISHING framework: Results for Portugal. NOURISHING and MO-
VING policy databases. 2021.
4. World Health Organization. Toolkit for developing a multisectoral action plan for noncommunicable diseases da
OMS. Geneva: World Health Organization; 2022.

41

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ANEXOS

Figura 1. Etapas do modelo de construção do PNPAS 2022-2030.

ic a
bl
pu
s ao
s
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Es
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

42

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ANEXOS

ANEXO B –
RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DO PNPAS 2012-2020

O processo de avaliação do PNPAS 2012-2020 decorreu durante o período de abril de 2021 a agosto de 2022 e para
o efeito, recorreu-se a duas ferramentas validadas internacionalmente para a avaliação de políticas para promover a
alimentação saudável e para a prevenção e controlo da obesidade, nomeadamente:

1. Healthy Food Environment Policy Index (1) e,


2. NOURISHING Framework - food policy package for healthy diets and the prevention of obesity and a
ic
diet-related non-communicable diseases (2). bl
3. Em paralelo, foi desenvolvido e aplicado um questionário com o objetivo de recolher infor- pu
mação específica sobre a atuação do PNPAS durante o período 2012-2021. s ao
s
i scu
ed
De seguida apresentam-se, de forma breve, os principais resultados obtidos através de cada uma destas ferramentas.

o sd
1. Food-EPI NOTA METODOLÓGICA
f eit
(Healthy Food Environment Policy
r ae
Index) Portugal O processo dep a
implementação da ferramenta Food-EPI
a r
em Portugal
in decorreu durante o ano de 2021 e foi cons-
Foi implementado em Portugal o Healthy Food Envi- m
li por diferentes etapas. Nas etapas 1 e 2, a ferra-
tituído
ronment Policy Index (Food-EPI), uma ferramenta e
re
p menta foi adaptada ao contexto nacional e foi recolhida
processo desenvolvido pela International Network s ao
for e sistematizada a evidência de implementação, num do-
e r
Food and Obesity/NCDs Research, Monitoring v
a and Ac- cumento de evidência. Na etapa 3, foi avaliado o grau de
tion Support (INFORMAS), com o objetivo
a umde avaliar o implementação das políticas públicas e das estruturas
grau de implementação de políticas públicas para a de apoio à implementação de políticas para a promo-
promoção da alimentação n
de
saudável e prevenção e ção de ambientes alimentares saudáveis em Portugal,
o
pbem
controlo da obesidade,
e s como das estruturas de através de um painel de peritos independentes. Por
r r
apoio à sua implementação. Esta ferramenta permite fim, as últimas etapas corresponderam à identificação
co
n to
também identificar e priorizar as ações a implemen- e priorização, por parte do painel de peritos, das ações
e
tar no futuro. necessárias para colmatar as lacunas nestas políticas
c um públicas e nas estruturas de apoio à implementação.
o
ted Este processo de avaliação conduzido por um painel de
Es peritos permitiu assegurar uma avaliação independente
das estratégias levadas a cabo pelo PNPAS ao longo da
última década (3,4).
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

PRINCIPAIS RESULTADOS

Como resultados realça-se a obtenção de um grau de im-


plementação moderado ou elevado para a maioria dos
indicadores considerados neste estudo de avaliação (4).
Em particular, relativamente à avaliação do grau de im-
plementação das políticas públicas e das estruturas de

43

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ANEXOS

apoio à implementação pelo painel de peritos, de acor- que visam promover uma oferta alimentar saudável nas
do com os indicadores Food-EPI, nenhum dos indica- escolas e creches (nível de implementação elevado).
dores foi classificado com um grau de implementação
muito reduzido (ou inexistente) (Figuras 1 e 2). A maioria Relativamente às estruturas de apoio à implementa-
dos indicadores foi classificado com um grau moderado ção, 25% dos indicadores foram classificados com um
de implementação (56%). Dez dos 48 indicadores foram elevado grau de implementação, 63% com um grau mo-
classificados com um grau elevado de implementação derado e 13% com um reduzido grau de implementa-
(21%) e 11 (23%) com um grau reduzido de implemen- ção. A ação de Portugal foi classificada como moderada
tação. relativamente às estruturas que garantem a transparên- a
ic
cia, a responsabilização e promovem uma ampla partici- bl
Na componente das políticas públicas, nenhum dos in- pação da sociedade civil e de stakeholders na formulação pu
ao
dicadores foi classificado com um grau de implementa-
ss
e implementação de políticas e ações para criar ambien-
u
ção muito reduzido (ou inexistente); 33% dos indicado-
sc
tes alimentares saudáveis, bem como à existência
i
de
res foram classificados com um grau de implementação d
plataformas de coordenação e de oportunidades para
reduzido; 50% com um grau moderado e 17% com um desenvolver sinergias entre as s
de
diferentes áreas gover-
o
elevado grau de implementação. A avaliação obtida re- eit (nacional, regional e
nativas, níveis de implementação
f
flete a intervenção insuficiente no que diz respeito a me- a eNo que respeita à liderança po-
local) e outros setores.
r
didas de planeamento e ordenamento do território que pa foi classificado como moderado.
lítica, o apoio político
r
alterem a disponibilidade de produtos alimentares, bem No entanto, a
in alguns indicadores foram classificados com
como na aparente falta de articulação entre os acordos m de implementação elevado, designadamen-
umligrau
r e
comerciais e de investimento com as políticas agrícolas p te os relacionados com a definição de recomendações
e com a promoção de ambientes alimentares saudá- s ao alimentares para a população e de prioridades para
er
av
veis (Tabela 1). Os outros indicadores classificados com reduzir as desigualdades, bem como a existência de

a um
um nível de implementação baixo estão relacionados estratégias em vigor, como o PNPAS e a EIPAS, com o
com a inexistência sistemas de rotulagem nutricional objetivo de promover uma alimentação saudável. As me-
simplificada nas ementas do n
de
setor da restauração e de didas relativas à existência de sistemas de informação
programas governamentais s poque, através de subsídios, e de monitorização do consumo alimentar e do estado

o rre assegurem o acesso a alimentos


vouchers ou descontos, nutricional da população classificadas com maior grau
c
t o
saudáveis principalmente às populações mais vulnerá- de implementação consistem naquelas que se relacio-
e n
veis. As restantes políticas públicas relacionadas com nam com a monitorização dos ambientes alimentares e
m
upolíticas
o c
as de preços dos produtos alimentares, quer com a monitorização do excesso de peso, da obesidade,

ted através da redução de impostos, quer pela introdução dos fatores de risco e das doenças crónicas associadas
Es de taxas, foram classificadas com um nível de implemen- à alimentação inadequada. Pelo contrário, os indicado-
tação moderado. Por sua vez, os indicadores que dizem res relativos à monitorização da ingestão nutricional e
respeito à implementação de medidas que introduzem do consumo alimentar, à avaliação de programas e po-
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

restrições ao marketing alimentar dirigido às crianças líticas e à monitorização do progresso na redução das
foram classificados maioritariamente com um nível de desigualdades em saúde revelaram ter um grau inferior
implementação moderado, sendo que as restrições no de implementação (grau de implementação moderado).
meio televisivo e nos meios habitualmente utilizados Relativamente ao financiamento investido na promoção
pelas crianças foram classificadas com um nível de im- da alimentação saudável, os indicadores classificados
plementação elevado. As políticas que visam alterar a com um nível de implementação reduzido dizem res-
oferta alimentar nos espaços públicos, tanto do setor peito ao financiamento da investigação neste âmbito e
público, como no privado, foram classificadas com um no orçamento alocado a ações para reduzir as doenças
nível de implementação moderado, exceto as medidas crónicas relacionadas com a alimentação (Tabela 2).
44

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ANEXOS

Tabela 1. Grau de implementação das políticas públicas relacionadas com a promoção da


alimentação saudável e prevenção e controlo da obesidade em Portugal.

POLÍTICAS PÚBLICAS

Grau de
Domínio Indicadores Evidência de implementação implemen-
tação

- Lei nº 75/2009, de 12 de agosto, que estabelece o limite


máximo para o teor de sal do pão (<1,4 g por 100 g de
pão)
Reformulação dos produtos
alimentares - Acordo com o setor da indústria e da distribuição para
ic a
a reformulação dos produtos alimentares, com metas
bl
pu
Composição definidas para a redução de sal, açúcar e ácidos gordos
nutricional trans (DGS/ INSA/ FIPA/ APED/ Nielsen)

- “Proposta de Estratégia para a redução do consumo de sao


sal na população portuguesa através da modificação s
Composição nutricional abrange
refeições do setor da restauração
da oferta alimentar”, com metas definidas para o teor
de sal no contexto da restauração (DGS/ FIPA/ APED/ i scu
ARHESP)
ed
sd
- Estudos de suporte à tomada de decisão política:
o
Rotulagem nutricional da parte da • Portuguese consumers’ attitudes towardsitfood labelling
Rotulagem
frente da embalagem (2017)
e fe
alimentar a
• Nutr-HIA - Improving nutrition labelling in Portugal (2019)

Rotulagem nutricional nas ementas p ar


ar
- ND
(setor da restauração)
in
Restrição do marketing alimentar
m
dirigido a crianças (televisão e rádio)
r eli
Restrição do marketing alimentar -pLei n.º 30/ 2019 de 23 de abril, que introduz restrições à
o publicidade dirigida a menores de 16 anos de géneros
r sa alimentícios
dirigido a crianças (meios digitais)
e bebidas que contenham elevado valor
e
Restrição do marketing alimentar energético, teor de sal, açúcar, ácidos gordos saturados
dirigido a crianças (outros v
Marketing e ácidos gordos trans
alimentar a meios) - Despacho
u m alimentar
Restrição do marketing
n.º 7450-A/2019, de 21 de agosto, o qual
determina os valores a considerar na identificação de
em ambientesainfantis “elevado valor energético, teor de sal, de açúcar, de
d e ácidos gordos saturados e de ácidos gordos trans”
n
Restrição do marketing alimentar
o a crianças nas embalagens
dirigido
spdos produtos alimentares
r re
co
- Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) varia, em
regra, segundo a “essencialidade” dos produtos, sendo
to Redução de impostos sobre
alimentos saudáveis
esse o critério que justifica a aplicação de uma taxa
en reduzida. Porém a grande maioria dos alimentos
saudáveis estão sujeitos à taxa reduzida (6%)
um
oc - Imposto especial sobre bebidas açucaradas e

ed
adicionadas de edulcorantes (Lei n.º 42/2016, de 28 de
Políticas Taxação alimentos inadequados dezembro – Orçamento do Estado para 2017 e Lei n.º
t
Es de preços e
incentivos
71/2018, de 21 de dezembro – Orçamento do Estado
para 2019)

Subsídios para a produção


alimentar que promovam uma - Regime Escolar
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

alimentação saudável

Programas de apoio (subsídios,


vouchers e outros) que assegurem - ND
uma alimentação saudável

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ANEXOS

POLÍTICAS PÚBLICAS

Grau de
Domínio Indicadores Evidência de implementação implemen-
tação

- Regime Escolar
Oferta alimentar saudável nas
escolas e creches - Orientações sobre oferta alimentar em meio escolar
(DGE/DGS)

- Legislação relativa à oferta alimentar nas Instituições de


Saúde (máquinas de venda automática e bares)
Oferta alimentar saudável em - “Orientações para o fornecimento de refeições
outras instituições do setor público saudáveis pelas entidades da economia social”
- Documentos técnicos de apoio ao PO APMC, no qual se
encontra contemplado o apoio alimentar
ic a
bl
Oferta
alimentar
em espaços
Procedimentos de compras públicas
que promovam uma alimentação
- Orientações sobre oferta alimentar em meio escolar pu
ao
públicos (DGE/DGS)
saudável

s s
cu
Sistemas de apoio e formação
que capacitem o setor público - Ferramenta de apoio o planeamento e avaliação das
para a oferta de uma alimentação refeições escolares (SPARE) i s
saudável
d ed
Sistemas de apoio e formação s
que capacitem o setor privado ito
- Programa FOOD – orientações para a oferta alimentar
e
para a oferta de uma alimentação
saudável
em locais de trabalho
e f
ra
Leis de planeamento do território a
que limitem serviços de fast food
arp
Leis de planeamento do território in
que promovam a disponibilidade e
acesso a fruta e hortícolas frescos e
- ND
lim
pr
Retalho
alimentar
Promoção da disponibilidade
de alimentos saudáveis nos s ao
er
estabelecimentos comerciais de
alimentos
av
m
Promoção da disponibilidade
u
de alimentos saudáveis nos
e a
estabelecimentos do setor da
- ND

nd
restauração
o do impacto na saúde
s pAvaliação
Comércior re acordos comerciais e de
de
investimento
co
de géneros

to
alimentares Acordos comerciais e económicos - ND

en
e investi- protegem a capacidade legislativa
mento para a implementação de políticas

um internas relacionadas com

oc
ambientes alimentares

e d
Est Legenda: ND, não disponível. DGS, Direção-Geral da Saúde. DGE, Direção-Geral da Educação. FIPA, Federação das Indústrias Portu-
guesas Agro-Alimentares; APED, Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição; ARHESP, Associação da Hotelaria, Restauração
e Similares de Portugal; INSA, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge; POAPMC, Programa Operacional de Apoio às Pessoas
Mais Carenciadas; SPARE, Sistema de Planeamento e Avaliação de Refeições Escolares.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

O grau de implementação é classificado de acordo com o seguinte código de cores.

Muito reduzido Reduzido Moderado Elevado

46

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Tabela 2. Grau de implementação das estruturas de apoio à implementação de políticas


públicas relacionadas com a promoção da alimentação saudável e prevenção e controlo
da obesidade em Portugal.

ESTRUTURAS DE APOIO À IMPLEMENTAÇÃO

Grau de
Domínio Indicadores Evidência de implementação implemen-
tação

- Programa Nacional para a Promoção da Alimentação ic a


Saudável (PNPAS) – Despacho n.º 404/2012, de 13 de bl
Apoio político forte e visível
janeiro e Despacho n.º 6401/2016, de 16 de maio
pu
- Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação
Saudável (EIPAS) - Despacho n.º 11418/2017, de 29 de
s ao
dezembro s
Metas definidas para a ingestão i scu
ed
- Metas a 2020 do PNPAS
nutricional da população

Recomendações alimentares s
- Guia alimentar para a população portuguesa - Roda
d
ito
dos Alimentos e Roda da Alimentação Mediterrânica
e
e f
- O PNPAS e a EIPAS são as estratégias em vigor em
Plano de ação abrangente para a a
Portugal que coordenam, orientam e implementam
r
área da nutrição e alimentação a
a intervenção a nível nacional para a promoção da

rp
alimentação saudável
a
Liderança in
- O PNS - Revisão e Extensão a 2020, o PNPAS e a EIPAS

lim
consideram a necessidade de reduzir as desigualdades
em saúde
e
-p r
Estudo Infofamília – Avaliação da situação de

a o insegurança alimentar em Portugal; Inquérito Nacional

ers de Saúde com Exame Físico (INSEF) e Inquérito


Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF)

aasv
possibilitam uma análise dos dados desagregada de
acordo com as variáveis socioeconómicas

desigualdades em
m
Prioridades para reduzir
usaúde - Mecanismo de financiamento EEA Grants – o apoio à
a implementação de projetos que pretendessem reduzir

n de desigualdade sociais na área da nutrição foi uma das


áreas prioritárias deste mecanismo de financiamento
o
sp
- PO APMC – Apoio alimentar às pessoas mais
carenciadas através do fornecimento de cabazes
rre alimentares saudáveis

co - Orientações para a oferta alimentar das entidades da


o Economia Social e curso “Alimentação Inteligente –

e nt Coma melhor, poupe mais”

um - Lei Orgânica n.º 4/2019 de 13 de setembro (Entidade

oc Restrição dos interesses comerciais para a Transparência)


no desenvolvimento de políticas
e d - Regulamentação da atividade da representação
profissional de interesses – lobbying

Est - Modelo de perfil nutricional (Despacho n.º 7450-


A/2019, de 21 de agosto)
- Imposto especial sobre bebidas açucaradas e
adicionadas de edulcorantes (Lei n.º 42/2016, de 28 de
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

dezembro – Orçamento do Estado para 2017 e Lei n.º


71/2018, de 21 de dezembro – Orçamento do Estado
Governação Políticas de alimentação e nutrição para 2019)
baseadas na evidência científica - Estudos de suporte à tomada de decisão política:
• Portuguese consumers’ attitudes towards food labelling
(2017)
• Nutr-HIA - Improving nutrition labelling in Portugal
(2019)
- Campanha “Comer melhor, uma receita para a vida”

Transparência no desenvolvimento
- Código de Conduta do Governo (Resolução do
de políticas de alimentação e
Conselho de Ministros n.º 184/2019)
nutrição

47

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

ESTRUTURAS DE APOIO À IMPLEMENTAÇÃO

Grau de
Domínio Indicadores Evidência de implementação implemen-
tação

Acesso público a informação - Relatório anual PNPAS


Governação relacionada com a alimentação e - Relatórios de progresso semestral da Estratégia EIPAS
nutrição - Instrumentos de Gestão da DGS

- PortFIR - Plataforma Portuguesa de Informação


Alimentar
- Monitorização do marketing alimentar dirigido a
crianças (CLICK)
- Monitorização dos resultados do imposto sobre as
bebidas açucaradas ic a
Monitorização dos ambientes
- Monitorização do plano para a reformulação dos bl
alimentares
produtos alimentares pu
- Estudo sobre o perfil da gordura trans nos alimentos
portugueses (OMS Europa) s ao
s
- Fiscalização da legislação na área da rotulagem
alimentar (ASAE)
i scu
ed
- Monitorização da oferta alimentar em contexto escolar

sd
- COSI (Childhood Obesity Surveillance Initiative)
o
et
- HBSC (Health Behaviour in School-aged iChildren)
Monitorização da ingestão - INSEF e IAN-AF f
nutricional e do consumo alimentar
adeecontenção
- Estudo REACT-COVID – Inquérito
r sobre alimentação e

p a
atividade física em contexto social
- Estudo de adesão r ao padrão alimentar mediterrânico
a
Monito- in de Saúde e IAN-AF
- Inquéritos Nacionais
rização e Monitorização da prevalência do lim Obesity Surveillance Initiative)
- COSI (Childhood
e
Informação excesso de peso e da obesidade r
pobesidade)
- Indicadores dos CSP (registo de pré-obesidade e

ao
dee
Monitorização dos fatores v
rs
risco
- Inquéritos Nacionais de Saúde (INS)
- INSEF

doenças crónicas m
a das
metabólicos e da prevalência
- Estudo “Global Burden of Disease”

a u - Indicadores dos CSP (avaliação antropométrica)

n de - Relatório PNPAS 2020 - Monitorização Metas a 2020


o - Estudo de avaliação da primeira Estratégia Nacional
sp para a implementação do Regime Escolar

r re Avaliação de programas e políticas


- Relatório de avaliação do PO APMC

co públicas - Avaliações anuais ao imposto especial de consumo


sobre as bebidas açucaradas
to
en - Monitorização da publicidade alimentar dirigida a
crianças em contexto televisivo e digital
um - MAPICO

doc - Estudo Infofamília - Avaliação da situação de


e Monitorização do progresso na
st
insegurança alimentar em Portugal; INS e INSEF e
redução das desigualdades em IAN-AF
E saúde
- Mecanismo de financiamento EEA Grants

- Despesas em saúde: 9.538,8 milhões € (2019)


DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

- 2.029€ per capita em cuidados de saúde (2017) - 9%


PIB
- Custos com prevenção: 1,8% do total da despesa em
Financia- saúde (36€/pessoa)
Financiamento para a área da
mento e
promoção da alimentação saudável - PNPAS tem um orçamento anual de 250.000€
Recursos
- EIPAS não tem orçamento próprio
- A DGS apoia projetos piloto de intervenção no contexto
das áreas prioritárias do PNPAS, a cada 2 anos, com
financiamento anual de 100.000€

48

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

ESTRUTURAS DE APOIO À IMPLEMENTAÇÃO

Grau de
Domínio Indicadores Evidência de implementação implemen-
tação

- Financiamento de 3 projetos de investigação (54.981€):


• Estudo de adesão à dieta mediterrânica
• Estudo REACT-COVID
Financiamento da investigação • Estudo de avaliação da campanha “Coma melhor, uma
na área da obesidade e doenças receita para a vida”
crónicas - EU Joint Action Best-ReMaP – O PNPAS recebeu
um financiamento de 226.788€ para desenvolver
iniciativas para a apoiar a reformulação dos produtos
alimentares e a redução do marketing alimentar
dirigido a crianças (2020-2023) ic a
bl
- A DGS é uma instituição técnico-normativa que tem
por missão regulamentar, orientar e coordenar as
pu
atividades de promoção da saúde e prevenção da
s ao
doença e assegurar a elaboração e execução do Plano s
Existência de organismo público
para a promoção da saúde
Nacional de Saúde e respetivos programas prioritários
de saúde, em particular o Programa Nacional para a
i scu
ed
Promoção

s d
da Alimentação Saudável. A DGS dispõe das receitas
provenientes de dotações que lhe são atribuídas no
Orçamento do Estado.
e ito
Mecanismos de coordenação entre - EIPAS e f
diferentes áreas governativas r a
- Comissão de Acompanhamento do Regime Escolar
a
a rp
- Programa Nacional de Saúde Escolar
- Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricionalin
Plataformas e lim
pr
Plataformas de interação entre o - Grupo de trabalho para a reformulação dos produtos
de intera- Governo e o setor agroalimentar alimentares
ção
Plataformas de interação entre o
s ao - Conselho Nacional de Segurança Alimentar e

er
Governo e a sociedade civil Nutricional

a vpromova
- Centro de Competências para a Dieta Mediterrânica

m
Abordagem sistémica que
udiferentes
o envolvimento de
- Celebrados protocolos com 41 municípios para
promover a implementação da EIPAS a nível local
a
organizações e parceiros

n de - EIPAS
o
spAvaliação do impacto de políticas - PO APMC
Saúde em
rre alimentares na saúde - Agenda de Inovação para a Agricultura 2030

co
Todas as
Políticas
- Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional
to
en Avaliação do impacto de políticas
- ND

c um não-alimentares na saúde

d o Legenda: ND, não disponível. PNS, Plano Nacional de Saúde. IAN-AF, Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física. PO APMC,
e
Est Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas. CSP, Cuidados de Saúde Primários. DGS, Direção-Geral da Saúde. DGE,
Direção-Geral da Educação. MAPICO, Mapeamento e Divulgação de Boas Práticas em Projetos de Intervenção Comunitária na Área da
Prevenção da Obesidade e na Diminuição da Prevalência da Pré-obesidade e da Obesidade Infantil em Portugal.

O grau de implementação é classificado de acordo com o seguinte código de cores.


DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Muito reduzido Reduzido Moderado Elevado

49

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Recomendações-chave para implementação de políticas que promovam a criação de ambientes alimen-


tares saudáveis em Portugal

O estudo Food-EPI Portugal permitiu identificar um conjunto de ações a implementar para a promoção da alimen-
tação saudável e para a prevenção e controlo da obesidade. Nas tabelas 3 e 4 estão destacadas a sombreado as 20
ações (10 ações relacionadas com a componente das políticas públicas e 10 ações relativas às estruturas de apoio
à implementação) que foram consideradas de implementação prioritária. Estas 20 ações foram consideradas pelo
painel de peritos como as ações mais importantes, exequíveis e equitativas e que devem ser implementadas para
melhorar os ambientes alimentares em Portugal. a
ic
bl
pu
ao
Tabela 3. Ações relacionadas com a componente das políticas públicas recomendadas
u ss
pelo painel de peritos do Food-EPI Portugal (ordenadas de acordo com a conjugação
i sc das
classificações atribuídas à importância e à exequibilidade)*. d
s de
o
DOMÍNIO AÇÃO f eit
r a e das orientações existentes
a em meio escolar através da definição
Garantir a efetiva implementação
ppara
para a oferta alimentar
1 OFERTA ALIMENTAR EM ESPAÇOS PÚBLICOS de um modelo r
a a supervisão do cumprimento das normas/
in em vigor.
orientações

e lim
2 POLÍTICAS DE PREÇOS E INCENTIVOS r Reduzir os impostos sobre os alimentos saudáveis
p (leguminosas, fruta e hortícolas).
a o
e rs Estender as orientações definidas para a oferta alimentar em

3 OFERTA ALIMENTAR EM
a v
ESPAÇOS PÚBLICOS
meio escolar a outras instituições públicas e privadas, como
os locais de trabalho, associações culturais e desportivas, as

u m instituições da economia social, entre outras.

d ea Definir um modelo de perfil nutricional que sirva de base para


a implementação de medidas para a promoção de ambientes
4 COMPOSIÇÃO
o n NUTRICIONAL alimentares saudáveis (reformulação dos produtos alimentares,

s p taxação de alimentos nutricionalmente inadequados, entre


outras).
r r e
co Alargar o plano em vigor em Portugal para a reformulação
dos produtos alimentares, envolvendo em particular o setor
t o 5 COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL
da restauração. Este plano deve contemplar a definição de
en prioridades e objetivos a curto e médio-prazo.

u m
oc 6 ROTULAGEM ALIMENTAR
Definir e implementar um sistema único de rotulagem

ed
nutricional, simplificado e harmonizado, em Portugal.
t
Es Propor uma alteração ao Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado (IVA), com o objetivo de incluir outro(s) critério(s)
para a atribuição das taxas do IVA, para além do critério da
7 POLÍTICAS DE PREÇOS E INCENTIVOS
essencialidade, que considere o perfil nutricional dos alimentos
e/ou o seu enquadramento no âmbito de uma alimentação
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

saudável.

Incluir critérios relacionados com a alimentação saudável e


sustentabilidade nos procedimentos da contratação pública na
área alimentar. Em concreto, para além do critério associado
ao preço (propostas economicamente mais vantajosas) devem
8 OFERTA ALIMENTAR EM ESPAÇOS PÚBLICOS
ser considerados obrigatoriamente outros critérios: critérios
relacionados com a promoção de uma alimentação saudável
e sustentável e que promovam cadeias curtas de produção-
distribuição-consumo.

Alargar o imposto especial sobre o consumo de bebidas


açucaradas e adicionadas de edulcorantes a outras categorias
9 POLÍTICAS DE PREÇOS E INCENTIVOS de alimentos, nomeadamente a alimentos com elevado
teor de sal, açúcares e gordura, bem como a outras bebidas
açucaradas.

50

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

DOMÍNIO AÇÃO

Promover ações de formação para a adequada


operacionalização das orientações existentes para a oferta
10 OFERTA ALIMENTAR EM ESPAÇOS PÚBLICOS
alimentar em diferentes espaços públicos, dirigidas a diferentes
profissionais (das áreas da Saúde, Educação e/ou Ação Social).

Promoção da disponibilidade de alimentos saudáveis nos


estabelecimentos do setor da restauração, através da distinção
11 RETALHO ALIMENTAR
pública por meio da atribuição de um selo de qualidade da oferta
alimentar.

Implementar legislação na área do ordenamento do território


com o objetivo de estabelecer regras para a oferta alimentar à
12 RETALHO ALIMENTAR volta das escolas, procurando restringir os estabelecimentos
comerciais que sejam promotores de escolhas alimentares menos
saudáveis (como, por exemplo, estabelecimentos de fast-food). ic a
bl
Promover a formação dos profissionais de saúde e dos
operadores económicos da área alimentar em áreas como a
pu
13 OFERTA ALIMENTAR EM ESPAÇOS PÚBLICOS
rotulagem nutricional, bem como as alergias e intolerâncias
s ao
alimentares. s
s cu
Definir mecanismos que promovam uma “economia circular”
i
ed
promotora de uma alimentação saudável, através da oferta de
14 POLÍTICAS DE PREÇOS E INCENTIVOS
vouchers na aquisição de alimentos saudáveis para utilização em

sd
estabelecimentos promotores de escolhas alimentares saudáveis.
o
f eit públicos
Melhorar os procedimentos administrativos
burocrático associados aos programas
e/ou processo
de apoio à
15 OFERTA ALIMENTAR EM ESPAÇOS PÚBLICOS
melhoria da oferta alimentare em instituições públicas (ex: Regime
a
Escolar).
p ar
16 MARKETING ALIMENTAR n adasr redes sociaisdeeregulação
Estabelecer mecanismos dos ambientes digitais, em
i
particular dos influencers, de modo a reduzir a

lim
desinformação na área da alimentação, nutrição e saúde.

r eAlterar o atual modelo de apoio alimentar às pessoas mais


p carenciadas, para um modelo assente na distribuição de
17 POLÍTICAS DE PREÇOS E INCENTIVOSao vouchers/cartões que apresentem mecanismos de incentivo ao
r s consumo de frutas, hortícolas e leguminosas (ex: descontos).
v e
18 RETALHO ALIMENTAR
a Implementar medidas de regulação da utilização de estratégias de
u m product placement nos locais de compra.
a
n de ALIMENTAR Definir e implementar um sistema de rotulagem simplificado
19 ROTULAGEM
o nas ementas da restauração (ex: inclusão do valor energético e

s p descrição mais detalhada da composição da ementa).


e
rr POLÍTICAS DE PREÇOS E INCENTIVOS Implementar medidas que promovam alterações ao nível do
c o20 sistema alimentar, nomeadamente através de incentivos à

to produção agrícola de origem vegetal.

en
um *O top 10 de ações políticas prioritárias encontra-se destacado a verde.

doc
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

51

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Tabela 4. Ações relativas às estruturas de apoio à implementação recomendadas pelo


painel de peritos do Food-EPI Portugal (ordenadas de acordo com a classificação obtida
nos critérios “importância” e “exequibilidade”)*.

DOMÍNIO AÇÃO

Reforçar o apoio político forte e visível para a melhoria dos


ambientes alimentares e do estado nutricional da população, para
1 LIDERANÇA
a prevenção e controlo das doenças crónicas, bem como para a
redução das desigualdades relacionadas com a alimentação.

Incluir o programa de promoção da alimentação saudável na


ic a
2
bl
FINANCIAMENTO E RECURSOS
carteira básica de serviços dos Cuidados de Saúde Primários.

pu
3 MONITORIZAÇÃO E INFORMAÇÃO
Definir indicadores para a monitorização regular do consumo
s
alimentar, estado nutricional e outcomes de saúde relacionados ao
com a alimentação e a nutrição. s
i s cu
Melhorar a força de trabalho na área da nutrição e saúde pública,

4 FINANCIAMENTO E RECURSOS d ed
através da adequação do rácio dos nutricionistas nos Cuidados de
Saúde Primários e da integração de pelo menos um nutricionista
s
em cada Unidade de Saúde Pública ao nível dos Cuidados de
Saúde Primários.
e ito
e f
Incluir, nos programas nacionais na área da nutrição e da

5 LIDERANÇA r a
alimentação saudável, os grupos da população mais vulnerável,
a
nomeadamente idosos, grávidas, crianças, adolescentes e
rp
imigrantes, como grupos de ação prioritários.
a
in
Promover um modelo de gestão horizontal nos programas

6 LIDERANÇA e lim
nacionais de saúde relacionadas com os determinantes da saúde
(alimentação, atividade física, álcool e tabagismo), com o objetivo
pr de promover uma maior articulação e modelos de intervenção

s ao integrados.

er Definir metas para a ingestão nutricional e consumo alimentar da


7
av
LIDERANÇA
população.

a um
8 MONITORIZAÇÃO
de E INFORMAÇÃO Promover a realização regular do Inquérito Alimentar Nacional.
n
s po Promover mecanismos que permitam a extração dos indicadores
re alimentares, nutricionais, metabólicos e de saúde registados no

cor9 MONITORIZAÇÃO E INFORMAÇÃO sistema de registo clínico do Serviço Nacional de Saúde (SClinico),
com o objetivo de monitorizar os hábitos alimentares e estado
o
nt
nutricional da população, bem como de monitorizar a atividade
desenvolvida pelos nutricionistas.
e
cum 10 PLATAFORMAS DE INTERAÇÃO
Promover uma melhor articulação com as autarquias no que diz
respeito às iniciativas para a promoção de ambientes alimentares
do saudáveis, pela sua autonomia e proximidade com as populações.
te
Es 11 MONITORIZAÇÃO E INFORMAÇÃO
Definir um mecanismo de análise e divulgação/promoção de boas
práticas, partilhando as intervenções de qualidade já existentes,
promovendo o desenvolvimento de um repositório harmonizado
de boas práticas.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Garantir o financiamento de ações de promoção de uma


12 FINANCIAMENTO E RECURSOS alimentação saudável próximas da comunidade, reforçando
meios e recursos ao nível das autarquias.

Avaliar o nível de implementação dos programas e políticas


públicas a nível nacional, bem como o seu impacto, custo-
efetividade e impacto na redução das desigualdades sociais.
13 MONITORIZAÇÃO E INFORMAÇÃO
Pretende-se que a implementação das políticas públicas para a
promoção de ambientes alimentares saudáveis seja cada vez mais
baseada na evidência.

Construção de um painel, alargado e centralizado para a


14 MONITORIZAÇÃO E INFORMAÇÃO monitorização de comportamentos alimentares e de indicadores
clínicos dos cidadãos (família como unidade amostral).

52

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

DOMÍNIO AÇÃO

Promover mecanismos de transparência, avaliação e


disseminação de informação e atividades desenvolvidas por
15 GOVERNAÇÃO
cada área governativa no âmbito da Estratégia Integrada para a
Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS).

16 PLATAFORMAS DE INTERAÇÃO
Reforçar a promoção da alimentação saudável no âmbito da
ic a
bl
saúde ocupacional, saúde escolar e da saúde materno-infantil.

Definir mecanismos formais de participação que promovam o pu


17 PLATAFORMAS DE INTERAÇÃO envolvimento de diferentes parceiros, promovendo sinergias
sao
entre o setor privado e público e o associativismo. s
s cu
Aumentar o financiamento e os recursos para a monitorização
i
ed
do consumo alimentar e estado nutricional da população, seus
determinantes e consequências, em especial para a realização
18 FINANCIAMENTO E RECURSOS d
regular do Inquérito Alimentar Nacional e para a monitorização
s
ito
destes indicadores na fase inicial do ciclo de vida, bem como
para a monitorização e avaliação do impacto das medidas
f
implementadas neste âmbito. e
a e
r
Estabelecer modelos de avaliação da oferta alimentar,
a
19 MONITORIZAÇÃO E INFORMAÇÃO rp
nomeadamente através de parcerias com o setor da distribuição
que promovam a análise de big data e/ou através da obrigação de
a
in
declarar todos os bens alimentares vendidos pelos operadores

im
económicos do setor alimentar.

elDesenvolver
r a georreferenciação do comércio alimentar peri-
p escolar, que permita apoiar a tomada de decisão quanto à
20 MONITORIZAÇÃO E INFORMAÇÃO
ao legislação na área do ordenamento do território com o objetivo
s
er
de estabelecer regras para a oferta alimentar à volta das escolas.

21
av
m
MONITORIZAÇÃO E INFORMAÇÃO Avaliar e monitorizar a literacia alimentar dos portugueses.

au
n de Desenvolver investigação que permita identificar/caracterizar
estratégias efetivas de ativação comportamental, tendo em conta

s po
22 MONITORIZAÇÃO E INFORMAÇÃO o ciclo de vida e as desigualdades sociais (qual a dose certa entre
determinantes ambientais - políticas de oferta e acesso - normas
rr e sociais, literacia, qualidades motivacionais, técnicas de nudge).

c o Desenvolver e implementar modelos de análise das redes sociais


o 23
e nt MONITORIZAÇÃO E INFORMAÇÃO para identificação de padrões/tendências de literacia, crenças
“disfuncionais”, atitudes e comportamentos.

c um
d o *O top 10 de ações políticas prioritárias encontra-se destacado a verde.

t e
Es
Apesar de existirem áreas a melhorar e ações concretas prioritárias a implementar para a promoção de ambientes
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

alimentares saudáveis, de acordo com o Healthy Food Environment Policy Index (Food-EPI), Portugal destaca-se pela
positiva, a par da Noruega e da Finlândia, num conjunto de 11 países europeus (Estónia, Finlândia, Alemanha, Irlanda,
Itália, Holanda, Noruega, Polónia, Portugal, Eslovénia e Espanha).

53

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

2. NOURISHING Framework
A food policy package for healthy
diets and the prevention of obesity
and diet-related non-communicable 3. Resultados preliminares da
diseases: Portuguese Evaluation avaliação sobre a atuação do
PNPAS durante o período
De acordo com o Nourishing Framework – uma ferra- 2012-2021
menta de avaliação de políticas para a promoção da
alimentação saudável e para a prevenção da obesida- NOTA METODOLÓGICA a
ic
de e de outras doenças crónicas associadas à alimen- bl
tação inadequada, desenvolvida pelo World Cancer Foi desenvolvido e aplicado um questionário que pre- pu
ao
Research Fund International, Portugal foi considerado
ss
tendeu recolher informação sobre a atuação do Progra-
u
o único país de 17 países europeus, a ter uma abor- ma Nacional para a Promoção da Alimentação
i sc Saudável
dagem totalmente abrangente na implementação de d
(PNPAS) durante o período 2012-2021 e que se insere
políticas de nutrição, na medida em que apresenta
de do PNPAS 2022-
no âmbito do processo de construção
s
o
ações implementadas para todos os indicadores con- eit
2030. Em concreto, este questionário
f visou recolher da-
siderados nesta ferramenta. Esta ferramenta apre-
e
dos sobre a visão eaperceção dos inquiridos relativa à
senta um conjunto de 10 indicadores distribuídos por p ar durante o período de 2012 a 2021,
atividade do PNPAS
3 domínios (1. Ambiente alimentar; 2) Sistema alimen- ar através da classificação do grau de im-
nomeadamente
in
m
tar e 3) Comunicação para a mudança de comporta-
r eli
plementação das principais medidas implementadas
mentos) (2). Os resultados do Nourishing Framework do p para o alcance das metas a 2020 e resultados obtidos,
World Cancer Research Fund International, em concreto
sao bem como relativamente às suas orientações progra-
er
av
os que descrevem a análise realizada para o contexto máticas atualmente em vigor. Foram convidados a res-
português, podem ser consultados aqui .
u m (5)
ponder a este questionário diferentes interlocutores do

e a PNPAS a nível nacional, regional e local:

o nd
p
res 1. Profissionais de saúde das Administrações Re-

cor gionais de Saúde (ARS) e dos Cuidados de Saúde

to Primários (CSP);
en 2. Dirigentes da DGS;
m
ocu 3. Entidades parceiras do PNPAS (Instituto Nacional

e d de Saúde Dr. Ricardo Jorge, IP (INSA), Direção-Ge-


t
Es ral da Educação (DGE), Autoridade de Seguran-
ça Alimentar e Económica (ASAE), Direção-Geral
de Alimentação e Veterinária (DGAV), Gabinete
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

de Planeamento, Políticas e Administração Ge-


ral (GPP), Direção-Geral do Consumidor (DGC),
Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento
Rural (DGADR)) e
4. Nutricionistas que exercem funções em autarquias.

O período de recolha de dados decorreu entre junho e


agosto de 2022 e foram obtidas 16 respostas.

54

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Parte I. Dados de caracterização geral quando se analisam os dados de forma desagregada em


função do grupo dos inquiridos, é possível verificar que
Relativamente aos inquiridos pertencentes ao grupo a perceção deste problema é mais evidente no grupo
dos profissionais de saúde dos Departamentos de Saú- dos profissionais de saúde das ARS/ ACES (Figura 4 e 5).
de Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
funcionais das ARS/ Agrupamentos de Centros de Saúde Apesar de 38% dos inquiridos considerar que os hábitos
(ACES), verificou-se um maior número de respostas re- alimentares dos inquiridos melhoraram ao longo dos úl-
ferentes a profissionais da ARS Algarve (50%) e Alente- timos 5 anos, 31% e 25% considera que têm piorado e
jo (34%), sendo a maioria dos inquiridos Nutricionistas que se mantêm inalterados, respetivamente (Figura 6). a
ic
(50%) (Figura 1 e 2). Porém, os profissionais de saúde das ARS/ ACES tendem bl
a apresentar uma opinião mais desfavorável relativa- pu
ao
A perceção dos inquiridos/entidades inquiridas rela-
ss
mente à evolução dos hábitos alimentares dos portu-
u
tivamente aos hábitos alimentares dos portugueses,
sc
gueses ao longo dos últimos 5 anos, comparativamen-
i
mostra que a maioria (63%) considera que a população d
te aos inquiridos do grupo das entidades parceiras do
portuguesa apresenta hábitos alimentares relativamen- PNPAS (Figura 7 e 8). s de
o
te inadequados/ muito inadequados (Figura 3). Porém,
f eit
r ae
r pa
a
in
m
r eli
p
s ao
er
av
u m
e a
Profissão dos inquiridos
d
A que Administração Regional de Saúde pertence o seu
on
Departamento de Saúde Pública/Unidade de Saúde Pública?

sp
rre 8,3%
co
8,3%
8,3%
t o 8,3%

en
u m 50%

oc
16,7%
50%

e d
Est 33,3%
8,3%
8,3%
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

ARS Centro ARS LVT ARS Alentejo ARS Algarve Nutricionista Médico(a) Enfermeiro(a) Psicólogo(a) Outro(a)

TSDT na Área de Saúde Ambiental

Figura 1. Localização das ARS dos inquiridos (profissionais de saúde Figura 2. Profissão dos inquiridos (profissionais de saúde dos
dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/
outras unidades funcionais das ARS/ACES). outras unidades funcionais das ARS/ACES).

55

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Na sua opinião, os hábitos alimentares dos portugueses são:

Muito saudáveis

Moderadamente saudáveis 18,8%

Nem saudáveis, nem inadequados 18,8%

Relativamente inadequados 37,5%

Muito inadequados 25%

Não sei ou não tenho opinião

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Figura 3. Opinião dos inquiridos quanto aos hábitos alimentares dos portugueses.
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
funcionais das ARS/ACES) (n=12) e representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).
ic a
bl
A soma dos valores apresentados no gráfico diferem de 100% devido a erros de arredondamento (diferença entre a aproximação calcula-
da de um número e o seu valor matemático exato).
pu
s ao
s
cu
Muito saudáveis Muito saudáveis Muito saudáveis Muito saudáveis

Moderadamente saudáveis Moderadamente


8% saudáveis 8% Moderadamente saudáveis Moderadamente saudáveis
50% i s 50%

Nem saudáveis, nem inadequados


Nem saudáveis, nem
17% inadequados Nem saudáveis, nem inadequados
17% Nem saudáveis,25%
nem inadequados
d ed
25%

Relativamente inadequadosRelativamente inadequados


42% Relativamente
42% inadequadosRelativamente
25% inadequados
os 25%

Muito inadequados Muito inadequados


33% 33% Muito inadequados
f eit
Muito inadequados

Não sei ou não tenho opinião


Não sei ou não tenho opinião Não sei ou não tenho opinião
Não sei ou não tenho opinião
a e
0 10 20 30 40
0 50
10 20 30 40 50 0 a r
10 20 30 40
0 50
10 20 30 40 50

a rp
Figura 4. Opinião dos inquiridos quanto aos hábitos
alimentares dos portugueses.
in
Figura 5. Opinião dos inquiridos quanto aos hábitos
alimentares dos portugueses.
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamen-
e limNota: Os inquiridos foram representantes de Entidades Parceiras

pr
tos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades do PNPAS (n=4).
funcionais das ARS/ACES) (n=12).

s ao
er
av
m
Considera que a situação relativa aos hábitos alimentares dos Portugueses, nos últimos 5 anos, está:
u
e a
A melhorar
n d 38%

po
Mantém-se inalterada

s
25%

re
Tem piorado 31%

c or
Não sei ou não tenho opinião 6%

o
nt
0 5 10 15 20 25 30 35 40

Figura 6. e
u m5Opinião
últimos anos.
dos inquiridos quanto à evolução da situação relativa aos hábitos alimentares dos portugueses nos

c Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
Nota:
dofuncionais das ARS/ACES) (n=12) e representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).
te
Es
A melhorar 33% A melhorar 50%

25% 25%
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Mantém-se inalterada Mantém-se inalterada

Tem piorado 42% Tem piorado

Não sei ou Não sei ou 25%


não tenho opinião não tenho opinião
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50

Figura 7. Opinião dos inquiridos quanto à evolução da Figura 8. Opinião dos inquiridos quanto à evolução da
situação relativa aos hábitos alimentares dos portugueses situação relativa aos hábitos alimentares dos portugueses
nos últimos 5 anos. nos últimos 5 anos.
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamen- Nota: Os inquiridos foram representantes de Entidades Parceiras
tos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades do PNPAS (n=4).
funcionais das ARS/ACES) (n=12).

56

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Quão familiarizado(a) está com o PNPAS


Familiaridade com o PNPAS da Direção-Geral da Saúde?
Quão familiarizado(a) está com o PNPAS
da Direção-Geral da Saúde?

A maioria dos inquiridos encontra-se muito familiariza- 6%

6%
do (50%) ou moderadamente familiarizado (44%) com o
PNPAS da DGS (Figura 9). O conhecimento em porme-
50%
nor do PNPAS tende a ser mais frequente no grupo dos 44%
50%
44%
profissionais de saúde das ARS/ ACES (Figura 10 e 11).

ic a
bl
pu
Muito familiarizado(a), conheço em pormenor

Figura 9. Familiaridade
Já ouvi falardos inquiridos com ooseuPrograma Nacional
ao
Muito familiarizado(a), conheço em pormenor e conheço superficialmente conteúdo
para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da
Já ouvi falar e conheço superficialmente o seu conteúdo Saúde. Moderadamente familiarizado(a) ou familiarizado(a)
em relação a certa(s) área(s) específica(s) s s
cu
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saú-
Moderadamente familiarizado(a) ou familiarizado(a) Não estou familiarizado(a)
de Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades funcionais das ARS/
em relação a certa(s) área(s) específica(s)
i s
ACES) (n=12) e representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).

ed
Não estou familiarizado(a)

s d
e ito
8,3% e f
r a
a
rp
25%

a
in
33,3%
58,3%
e lim
pr
sao 75%

er
av
a um
Figura 10. Familiaridade dos inquiridos com o Programa Nacional Figura 11. Familiaridade dos inquiridos com o Programa Nacional
para a Promoção da Alimentação Saudável
Saúde. n de da Direção-Geral da para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da
Saúde.

de Pública/ Unidades de Saúde s


pode saúde dos Departamentos de Saú-
Nota: Os inquiridos foram profissionais
Pública/ outras unidades funcionais das ARS/
Nota: Os inquiridos foram representantes de Entidades Parceiras do PNPAS
(n=4).
ACES) (n=12).
o rre no gráfico difere de 100% devido a erros de
A soma dos valores apresentados
c
arredondamento (diferença
t o exato).entre a aproximação calculada de um número e o
seu valor matemático
en
u m
oc Parte II. Avaliação da adequação das metas do

ted PNPAS (2017-2020)


Es
A maioria dos inquiridos considerou as metas a 2020
do PNPAS 2017-2020 como muito adequadas (56% (Au-
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

mentar o número de pessoas que conhece os princípios


da Dieta Mediterrânica em 20% até 2020) - 81% (Con-
trolar a prevalência de excesso de peso e obesidade na
população infantil e escolar, limitando o crescimento a
zero, até 2020)) (Figura 12-14). O mesmo se verificou re-
lativamente à adequação dos objetivos estratégicos do
PNPAS 2017-2020 (75% (objetivos 2 e 6) - 88% (objetivos
1, 3, 4 e 5) (Figura 15-17).

57

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Como classifica a adequação das metas a 2020 do PNPAS?

A. Controlar a prevalência de excesso de peso e obesidade na


população infantil e escolar, limitando o crescimento a zero, até 2020 81% 6% 13%

B. Reduzir em 10% a média de quantidade de sal presente nos


principais fornecedores alimentares de sal à população até 2020 75% 19% 6%

C. Reduzir em 10% a média de quantidade de açúcar presente nos


principais fornecedores alimentares de açúcar à população até 2020 81% 19%

D. Reduzir a quantidade de ácidos gordos trans para menos de 2%


no total das gorduras disponibilizados até 2020 63% 25% 6% 6%

E. Aumentar o número de pessoas que consome fruta


e hortícolas diariamente em 5% até 2020 81% 19%

F. Aumentar o número de pessoas que conhece os princípios


da Dieta Mediterrânica em 20% até 2020 56% 31% 13%

0 20 40 60 80 100
ic a
bl
pu
Muito adequada Parcialmente adequada Inadequada Não sabe

Figura 12. Classificação da adequação das metas a 2020 do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação s ao
s
cu
Saudável (2017-2020).
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
funcionais das ARS/ACES) (n=12) e representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4). i s
d ed
s
e ito
e f
A. Controlar a prevalência de excesso de peso e obesidade na
r a
população infantil e escolar, limitando o crescimento a zero, até 2020
a 75% 8% 17%

B. Reduzir em 10% a média de quantidade de sal presente nos


principais fornecedores alimentares de sal à população até 2020 a rp 75% 25%

C. Reduzir em 10% a média de quantidade de açúcar presente nos in


m 75% 25%

eli
principais fornecedores alimentares de açúcar à população até 2020

pr
D. Reduzir a quantidade de ácidos gordos trans para menos de 2% no
total das gorduras disponibilizados até 2020 58,3% 33,3% 8,3%

E. Aumentar o número de pessoas que consome fruta e hortícolas

s
diariamente em 5% até 2020 ao 75% 25%

er
F. Aumentar o número de pessoas que conhece os princípios da Dieta

av
Mediterrânica em 20% até 2020 50% 42% 8%

m 0 20 40 60 80 100

e au Muito adequada Parcialmente adequada Inadequada Não sabe

o nd
p
rr es
Figura 13. Classificação da adequação das metas a 2020 do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação
Saudável (2017-2020).
oNota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
c funcionais das ARS/ACES) (n=12).
to A soma de alguns valores apresentados no gráfico difere de 100% devido a erros de arredondamento (diferença entre a aproximação
en calculada de um número e o seu valor matemático exato).

u m
doc
e
st
A. Controlar a prevalência de excesso de peso e obesidade na
população infantil e escolar, limitando o crescimento a zero, até 2020 100%
E B. Reduzir em 10% a média de quantidade de sal presente nos
75% 25%
principais fornecedores alimentares de sal à população até 2020

C. Reduzir em 10% a média de quantidade de açúcar presente nos


principais fornecedores alimentares de açúcar à população até 2020 100%
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

D. Reduzir a quantidade de ácidos gordos trans para menos de 2% no


total das gorduras disponibilizados até 2020 75% 25%

E. Aumentar o número de pessoas que consome fruta e hortícolas


diariamente em 5% até 2020 100%

F. Aumentar o número de pessoas que conhece os princípios da Dieta


Mediterrânica em 20% até 2020 75% 25%

0 20 40 60 80 100

Muito adequada Parcialmente adequada Inadequada Não sabe

Figura 14. Classificação da adequação das metas a 2020 do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação
Saudável (2017-2020).
Nota: Os inquiridos foram representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).

58

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Como classifica a adequação dos objetivos do PNPAS (2017-2020)?

O1: “Melhorar o conhecimento sobre os consumos alimentares e estado


nutricional da população portuguesa, seus determinantes e consequências” 88% 6% 6%

O2: “Diminuir a disponibilidade de alimentos com elevada densidade


energética em ambiente escolar e em espaços públicos” 75% 19% 6%

O3: “Informar e capacitar para a compra, confeção, armazenamento


de alimentos saudáveis e princípios da dieta mediterrânica 88% 6% 6%
na população em geral e em particular em ambiente escolar
e nos grupos sociais mais desfavorecidos”
O4: “Melhorar a qualificação e o modo de atuação dos diferentes
profissionais que, pela sua atividade possam influenciar conhecimentos,
atitudes e comportamentos na área alimentar em particular em crianças 87,5% 12,5%
em idade escolar”
O5: “Aumentar o conhecimento sobre a disponibilidade
e consumos de sal, gorduras trans e açúcares da população portuguesa, 88% 6% 6%
seus determinantes e consequências”

O6: “Identificar e promover ações transversais que incentivem a


disponibilidade e o consumo de alimentos de boa qualidade nutricional de
forma articulada e integrada com outros setores públicos e privados”
75% 25%
ic a
0 20 40 60 80 100 bl
pu
Muito adequado Parcialmente adequado Inadequado Não sabe

s ao
s
Figura 15. Classificação da adequação dos objetivos estratégicos do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação
Saudável (2017-2020). i scu
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
funcionais das ARS/ACES) (n=12) e representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4). d ed
s
e ito
e f
r a
O1: “Melhorar o conhecimento sobre os consumos alimentares e estado
nutricional da população portuguesa, seus determinantes e consequências” a 83,4% 8,3% 8,3%

O2: “Diminuir a disponibilidade de alimentos com elevada densidade arp


energética em ambiente escolar e em espaços públicos”
in 75% 17% 8%

O3: “Informar e capacitar para a compra, confeção, armazenamento de


alimentos saudáveis e princípios da dieta mediterrânica na população em
e lim 83,4% 8,3% 8,3%

pr
geral e em particular em ambiente escolar e nos grupos sociais mais
desfavorecidos”
O4: “Melhorar a qualificação e o modo de atuação dos diferentes
profissionais que, pela sua atividade possam influenciar conhecimentos,
atitudes e comportamentos na área alimentar em particular em crianças
s ao
em idade escolar”
83% 17%

er
O5: “Aumentar o conhecimento sobre a disponibilidade e consumos de sal,

av
gorduras trans e açúcares da população portuguesa, seus determinantes e 83,4% 8,3% 8,3%
consequências”

m
O6: “Identificar e promover ações transversais que incentivem a
u
disponibilidade e o consumo de alimentos de boa qualidade nutricional de 75% 25%

e a
forma articulada e integrada com outros setores públicos e privados”

0 20 40 60 80 100

nd da adequação dos objetivos estratégicos do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação


Figura 16. Classificação
o
Saudável p (2017-2020). Muito adequado Parcialmente adequado Inadequado Não sabe

Nota: Oss inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
e
rr das ARS/ACES) (n=12).
funcionais

c o
to
en
u m
d oc O1: “Melhorar o conhecimento sobre os consumos alimentares e estado
nutricional da população portuguesa, seus determinantes e consequências” 100%
e
Est O2: “Diminuir a disponibilidade de alimentos com elevada densidade
energética em ambiente escolar e em espaços públicos” 75% 25%
O3: “Informar e capacitar para a compra, confeção, armazenamento
de alimentos saudáveis e princípios da dieta mediterrânica
na população em geral e em particular em ambiente escolar 100%
e nos grupos sociais mais desfavorecidos”
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

O4: “Melhorar a qualificação e o modo de atuação dos diferentes


profissionais que, pela sua atividade possam influenciar conhecimentos,
atitudes e comportamentos na área alimentar em particular em crianças 100%
em idade escolar”

O5: “Aumentar o conhecimento sobre a disponibilidade


e consumos de sal, gorduras trans e açúcares da população portuguesa, 100%
seus determinantes e consequências”

O6: “Identificar e promover ações transversais que incentivem a


disponibilidade e o consumo de alimentos de boa qualidade nutricional 75% 25%
de forma articulada e integrada com outros setores públicos e privados”.

0 20 40 60 80 100

Muito adequado Parcialmente adequado Inadequado Não sabe


Figura 17. Classificação da adequação dos objetivos estratégicos do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação
Saudável (2017-2020).
Nota: Os inquiridos foram representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).

59

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Parte III. Avaliação da importância e sucesso das


ações/medidas/atividades implementadas pelo
PNPAS
A maioria dos inquiridos considerou como “muito im-
portantes” as diferentes medidas implementadas pelo
PNPAS que se encontram descritas nas figuras 18-20,
porém a opinião dos inquiridos é menos favorável quan-
to ao sucesso dessas medidas (Figura 21-23).

ic a
bl
Como classifica o grau de importância das seguintes medidas?
pu
Elaboração de estudos de avaliação e monitorização da obesidade infantil 94% 6% s ao
(COSI) s
Produção de materiais de apoio para a atuação dos diferentes profissionais no
âmbito da promoção da alimentação saudável
81% 13% 6%
i scu
Melhoria da qualidade da oferta alimentar às pessoas mais carenciadas
(programas de apoio alimentar) 81% 13%
d ed
6%

Modificação da oferta alimentar em meio escolar 88%


os 6% 6%

Modificação da oferta alimentar nas instituições do Serviço Nacional de Saúde 69% f eit
25% 6%

a e
Elaboração de estudos de adesão à Dieta Mediterrânica 56,2%
a r
12,5% 18,8% 12,5%
Estabelecimento de protocolos com a indústria alimentar para a reformulação
dos produtos alimentares (redução dos teores de sal, açúcar e ácidos gordos
trans)
100%
a rp
Realização do Inquérito Alimentar Nacional 81,2% in 6,2% 6,3%6,3%
m
Regulação e monitorização da publicidade alimentar dirigida
eli
pr
a menores de 16 anos 63% 25% 6% 6%

ao
Implementação do imposto especial sobre o consumo de bebidas açucaradas
e adicionadas de edulcorantes 81,2% 6,2% 6,3% 6,3%
s
Dinamização de campanhas para a promoção da alimentação saudável
er 88% 6% 6%

av
dirigidas à população em geral

Criação e coordenação do grupo de trabalho interministerial para a elaboração


62,5% 25,0% 6,3% 6,3%
m
da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS)

au
Desenvolvimento do Processo Assistencial Integrado
da Pré-obesidade no Adulto 62,5% 18,7% 6,3% 12,5%

de
Publicação do Despacho n.º 6634/2018 que determina a avaliação sistemática
n
do risco nutricional a todos os doentes admitidos nas unidades hospitalares
69% 25% 6%

s po
Publicação do Despacho n.º 6634/2018 que determina a avaliação sistemática
do risco nutricional a todos os doentes admitidos nas unidades hospitalares 62,5% 18,8% 12,5% 6,3%

rre
co 0 20 40 60 80 100

to
en 6 - Muito importante 5 4 3 2 1 - Muito pouco importante Não sei ou não tenho opinião

u m
d oc Figura 18. Classificação do grau de importância das ações/ medidas/ atividades implementadas pelo Programa Nacional
para a Promoção da Alimentação Saudável.
e Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades

Est funcionais das ARS/ACES) (n=12) e representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).
A soma de alguns valores apresentados no gráfico difere de 100% devido a erros de arredondamento (diferença entre a aproximação
calculada de um número e o seu valor matemático exato).
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

60

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Elaboração de estudos de avaliação e monitorização da obesidade infantil


(COSI) 92% 8%
Produção de materiais de apoio para a atuação dos diferentes profissionais
no âmbito da promoção da alimentação saudável
92% 8%

Melhoria da qualidade da oferta alimentar às pessoas mais carenciadas 83,3% 8,3% 8,3%
(programas de apoio alimentar)

Modificação da oferta alimentar em meio escolar 100%

Modificação da oferta alimentar nas instituições do Serviço Nacional de Saúde 92% 8%

Elaboração de estudos de adesão à Dieta Mediterrânica 67% 8% 8% 17%


Estabelecimento de protocolos com a indústria alimentar para a
reformulação dos produtos alimentares (redução dos teores de sal, açúcar e 100%
ácidos gordos trans)
Realização do Inquérito Alimentar Nacional 83,3% 8,3% 8,3%
Regulação e monitorização da publicidade alimentar dirigida a menores de 16
anos 83% 17%
ic a
Implementação do imposto especial sobre o consumo de bebidas açucaradas
83% 8% 8% bl
pu
e adicionadas de edulcorantes

Dinamização de campanhas para a promoção da alimentação saudável

ao
92% 8%
dirigidas à população em geral
Criação e coordenação do grupo de trabalho interministerial para a elaboração
da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS)
67% 17%
s8% s 8%
Desenvolvimento do Processo Assistencial Integrado da Pré-obesidade no
Adulto
75,0%
i
8,3%
s cu 8,3% 8,3%

ed
Publicação do Aconselhamento Breve para a Alimentação Saudável nos
Cuidados de Saúde Primários
83% 17%

Publicação do Despacho n.º 6634/2018 que determina a avaliação sistemática


do risco nutricional a todos os doentes admitidos nas unidades hospitalares
75%
sd 8% 17%

0 20 40 eito60 80 100
e f
6 - Muito importante 5 4 3 2 ra
1 - Muito pouco importante Não sei ou não tenho opinião
a
arp
in
Figura 19. Classificação do grau de importância das ações/ medidas/ atividades implementadas pelo Programa Nacional
para a Promoção da Alimentação Saudável.
lim
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
e
pr
funcionais das ARS/ACES) (n=12).
A soma de alguns valores apresentados no gráfico difere de 100% devido a erros de arredondamento (diferença entre a aproximação
calculada de um número e o seu valor matemático exato).
s ao
er
av
u m
Elaboração de estudos de avaliação e monitorização da obesidade infantil
(COSI) 100%

e a
Produção de materiais de apoio para a atuação dos diferentes profissionais
no âmbito da promoção da alimentação saudável 50% 50%

nd
Melhoria da qualidade da oferta alimentar às pessoas mais carenciadas
(programas de apoio alimentar)
75% 25%

s po
Modificação da oferta alimentar em meio escolar 50% 25% 25%

rre
Modificação da oferta alimentar nas instituições do Serviço Nacional de Saúde 75% 25%

co 25% 25% 50%


o Elaboração de estudos de adesão à Dieta Mediterrânica

e nt Estabelecimento de protocolos com a indústria alimentar para a


reformulação dos produtos alimentares (redução dos teores de sal, açúcar e
ácidos gordos trans)
100%

cum Realização do Inquérito Alimentar Nacional 75% 25%

do
Regulação e monitorização da publicidade alimentar dirigida
a menores de 16 anos 50% 25% 25%
e
st
Implementação do imposto especial sobre o consumo de bebidas açucaradas
e adicionadas de edulcorantes
75% 25%
E Dinamização de campanhas para a promoção da alimentação saudável
dirigidas à população em geral 75% 25%
Criação e coordenação do grupo de trabalho interministerial para a
elaboração da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação 50% 50%
Saudável (EIPAS)
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Desenvolvimento do Processo Assistencial Integrado


da Pré-obesidade no Adulto 25% 50% 25%
Publicação do Aconselhamento Breve para a Alimentação Saudável nos
Cuidados de Saúde Primários 25% 50% 25%
Publicação do Despacho n.º 6634/2018 que determina a avaliação sistemática
25% 50% 25%
do risco nutricional a todos os doentes admitidos nas unidades hospitalares

0 20 40 60 80 100

6 - Muito importante 5 4 3 2 1 - Muito pouco importante Não sei ou não tenho opinião

Figura 20. Classificação do grau de importância das ações/ medidas/ atividades implementadas pelo Programa Nacional
para a Promoção da Alimentação Saudável.
Nota: Os inquiridos foram representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).

61

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Como classifica o nível de sucesso das seguintes medidas?

Elaboração de estudos de avaliação e monitorização da obesidade infantil


(COSI)
56,3% 6,3% 6,3% 6,3% 25,0%

Produção de materiais de apoio para a atuação dos diferentes profissionais no 50,0% 12,5% 12,5% 12,5% 6,3% 6,3%
âmbito da promoção da alimentação saudável

Melhoria da qualidade da oferta alimentar às pessoas mais carenciadas 18,8% 18,8% 12,5% 12,5% 6,3% 31,3%
(programas de apoio alimentar)

Modificação da oferta alimentar em meio escolar 31% 31% 13% 13% 6% 6%

Modificação da oferta alimentar nas instituições do Serviço Nacional de Saúde 19% 25% 19% 19% 6% 6% 6%

Elaboração de estudos de adesão à Dieta Mediterrânica 25% 13% 6% 6% 13% 6% 31%


Estabelecimento de protocolos com a indústria alimentar para
a reformulação dos produtos alimentares (redução dos teores de sal, açúcar e 25,0% 37,5% 12,5% 6,3% 18,8%
ic a
bl
ácidos gordos trans)

pu
Realização do Inquérito Alimentar Nacional 38% 31% 6% 13% 6% 6%

ao
Regulação e monitorização da publicidade alimentar
dirigida a menores de 16 anos 31,3% 12,5% 12,5% 25,0% 6,3% 12,5%

Implementação do imposto especial sobre o consumo de bebidas açucaradas ss


cu
e adicionadas de edulcorantes
37,5% 12,5% 18,8% 12,5% 12,5% 6,3%

Dinamização de campanhas para a promoção da alimentação saudável


12,5% 37,5% 12,5% 25,0% 6,3% 6,3% i s
ed
dirigidas à população em geral

Criação e coordenação do grupo de trabalho interministerial para a elaboração


da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS)
37,5% 18,8% 6,3% 6,3% 12,5% 6,3%d 12,5%

Desenvolvimento do Processo Assistencial Integrado


da Pré-obesidade no Adulto
18,8% 18,8% 6,3% 18,8% 6,3% 12,5%
it os 18,8%
e
Publicação do Aconselhamento Breve para a Alimentação Saudável nos
Cuidados de Saúde Primários
25,0% 12,5% 12,5% 12,5%
a
6,3%ef 6% 12,5%

Publicação do Despacho n.º 6634/2018 que determina a avaliação sistemática


do risco nutricional a todos os doentes admitidos nas unidades hospitalares
31% 6% 19%
p ar
13% 31%

ar
0 20 40
in 06 80 100

e lim
pr
6 - Muito importante 5 4 3 2 1 Não sei ou não tenho opinião

s ao
Figura 21. Classificação do nível de sucesso das ações/ medidas/ atividades implementadas pelo Programa Nacional
para a Promoção da Alimentação Saudável. er
av
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
funcionais das ARS/ACES) (n=12) e representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).

u m
A soma de alguns valores apresentados no gráfico difere de 100% devido a erros de arredondamento (diferença entre a aproximação
calculada de um número e o seu valor matemático exato).
e a
n d
s po
re
c or
o
e nt
c um
d o
t e
Es
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

62

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Elaboração de estudos de avaliação e monitorização da obesidade infantil


58,3% 8,3% 8,3% 25,0%
(COSI)

Produção de materiais de apoio para a atuação dos diferentes profissionais no


50% 17% 8% 8% 8% 8%
âmbito da promoção da alimentação saudável

Melhoria da qualidade da oferta alimentar às pessoas mais carenciadas


(programas de apoio alimentar) 17% 17% 8% 17% 8% 33%

Modificação da oferta alimentar em meio escolar 25% 42% 8% 8% 8% 8%

Modificação da oferta alimentar nas instituições do Serviço Nacional de Saúde 17% 25% 17% 17% 8% 8% 8%

Elaboração de estudos de adesão à Dieta Mediterrânica 25% 8% 8% 17% 8% 33%


Estabelecimento de protocolos com a indústria alimentar
para a reformulação dos produtos alimentares 17% 33% 17% 8% 33%
(redução dos teores de sal, açúcar e ácidos gordos trans)

Realização do Inquérito Alimentar Nacional 42% 25% 8% 8% 8% 8%

Regulação e monitorização da publicidade alimentar dirigida


a menores de 16 anos 42% 8% 25% 8% 17%
ic a
Implementação do imposto especial sobre o consumo de bebidas açucaradas
42% 25% 8% 17% 8% bl
pu
e adicionadas de edulcorantes

Dinamização de campanhas para a promoção da alimentação saudável

ao
dirigidas à população em geral
17% 17% 17% 33% 8% 8%

Criação e coordenação do grupo de trabalho interministerial para a elaboração


33% 25% 17% 8% s 17%s
cu
da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS)

Desenvolvimento do Processo Assistencial Integrado da


Pré-obesidade no Adulto 17% 17% 25% 8%
i 17% s 17%
Publicação do Aconselhamento Breve para a Alimentação Saudável nos
Cuidados de Saúde Primários 25% 8% 8% 17%
d 25% ed 8% 8%
Publicação do Despacho n.º 6634/2018 que determina a avaliação sistemática
os
eit
do risco nutricional a todos os doentes admitidos nas unidades hospitalares 25% 8% 17% 17% 33%

0 20 40 e f 60 80 100
a
ar
6 - Muito sucesso

a rp 5 4 3 2 1 - sem sucesso Não sei ou não tenho opinião

Figura 22. Classificação do nível de sucesso das ações/ medidas/


para a Promoção da Alimentação Saudável.
in atividades implementadas pelo Programa Nacional
m
funcionais das ARS/ACES) (n=12). r eli de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos

p
A soma de alguns valores apresentados no gráfico difere
calculada de um número e o seu valor matemáticoa o de 100% devido a erros de arredondamento (diferença entre a aproximação
exato).

e rs
av
Elaboração de estudos de avaliação e monitorização da obesidade infantil
50% 25% 25%
(COSI)

um
Produção de materiais de apoio para a atuação dos diferentes profissionais no
50% 25% 25%
âmbito da promoção da alimentação saudável

a
Melhoria da qualidade da oferta alimentar às pessoas mais carenciadas
25% 25% 25% 25%
de
(programas de apoio alimentar)

nModificação da oferta alimentar em meio escolar 50% 25% 25%

s po
rre
Modificação da oferta alimentar nas instituições do Serviço Nacional de Saúde 25% 25% 25% 25%

c o Elaboração de estudos de adesão à Dieta Mediterrânica 25% 50% 25%

to Estabelecimento de protocolos com a indústria alimentar


para a reformulação dos produtos alimentares 50% 50%
en (redução dos teores de sal, açúcar e ácidos gordos trans)

um Realização do Inquérito Alimentar Nacional 25% 50% 25%

oc Regulação e monitorização da publicidade alimentar dirigida


50% 25% 25%

ed
a menores de 16 anos

t Implementação do imposto especial sobre o consumo de bebidas açucaradas


25% 50% 25%

Es
e adicionadas de edulcorantes

Dinamização de campanhas para a promoção da alimentação saudável


dirigidas à população em geral 100%

Criação e coordenação do grupo de trabalho interministerial para a elaboração


da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS) 50% 25% 25%
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Desenvolvimento do Processo Assistencial Integrado


da Pré-obesidade no Adulto 25% 25% 25% 25%
Publicação do Aconselhamento Breve para a Alimentação Saudável nos
Cuidados de Saúde Primários 25% 25% 25% 25%
Publicação do Despacho n.º 6634/2018 que determina a avaliação sistemática
do risco nutricional a todos os doentes admitidos nas unidades hospitalares 50% 25% 25%

0 20 40 60 80 100

6 - Muito sucesso 5 4 3 2 1 - sem sucesso Não sei ou não tenho opinião

Figura 23. Classificação do nível de sucesso das ações/ medidas/ atividades implementadas pelo Programa Nacional
para a Promoção da Alimentação Saudável.
Nota: Os inquiridos foram representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4)..

63

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Maiores conquistas do PNPAS entre 2012-2021

Os inquiridos foram ainda questionados acerca das


maiores conquistas do PNPAS entre 2012-2021, bem
como sobre os principais fatores a contribuir para essas
conquistas. As respostas obtidas encontram-se sistema-
tizadas na tabela 5.

Tabela 5. Maiores conquistas do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação a


ic
Saudável e respetivos fatores que contribuíram para essas conquistas, de acordo com a bl
opinião dos inquiridos. pu
s ao
s
MAIORES CONQUISTAS DO PNPAS PRINCIPAIS FATORES
i s cu
ed
sd
 Formação de uma equipa e de um plano de ação a
1. Determinação para se constituir como um nível nacional.
programa prioritário. o
eit
 Envolvimentos dos profissionais.
f
2. recolha de dados alimentares através do
A
Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física r ae
- estudo com informação nacional e regional sobre
alimentação e nutrição, atividade física e estado r pa
nutricional da população portuguesa. a
 Dedicação, empenho, esforço, responsabilização,
3. intrabalho de equipa e gosto pelo que se faz.
lim
Estudos para apoiar a tomada de decisão política e
monitorizar a implementação de políticas públicas.
e
4. Aumento da informação sobre a insegurança pr
alimentar. o
r sa  O aumento do conhecimento acerca dos consumos
e
a vo imposto sobre
alimentares e estado nutricional da população
5. A pressão exercida para a reformulação dos
portuguesa (através do INA-AF e do estudo COSI), das
produtos alimentares, como

a um
as bebidas açucaradas
açúcar, sal e gorduras
e a edução efetiva de
trans nos alimentos, com
consequências do excesso de peso para a saúde da
população, bem como, da sobrecarga financeira que
exerce sobre o SNS, tem permitido alertar a sociedade

n
6. Restrição deda indústria agroalimentar.
envolvimento
à publicidade alimentar dirigida a
e os governantes para a necessidade de intervir nesta
área, sobretudo na prevenção.

s po
crianças.
 A recetividade e envolvimento entre os vários

rre
stakeholders.

o
c 7. Aumento do consumo de leite e fruta na  Disponibilização gratuita desses alimentos, bem como
o ações de sensibilização a alunos e encarregados de

e nt população escolar.
educação nesta área (sobretudo ao nível do 1º ciclo).

cum 8. A maior disponibilidade de recursos e a


concretização de normativos que corroboram as
 O facto de ter sido criada a EIPAS e a concertação
com vários parceiros do setor agroalimentar, saúde e
do metas e os objetivos do PNPAS. alimentação.
te
Es 9. Aumento da perceção de risco alimentar.
10. Maior sensibilização sobre o tema junto de
 Comunicação.
 Projetos-piloto.
técnicos e decisores.

11. Reforço nas relações intersectoriais, sobretudo  As excelentes relações entre a DGS e a DGE, com
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

entre a saúde e a educação. partilha de objetivos, políticas e estratégias.


12. Maior atenção da população em geral às questões  Capacidade de negociação entre a saúde e a indústria
relacionadas com a alimentação. alimentar.
13. Maior preocupação ambiental com as questões  Melhor capacidade de comunicar informação séria e
relacionadas com a alimentação. com base científica.

14. Despertar da população, também da mais jovem,


para a necessidade do aumento do consumo de  A comunicação, as campanhas nas escolas, mesmo
frutas e legumes e para o consumo de alimentação que insuficientes.
saudável.

Legenda: COSI, Childhood Obesity Surveillance Initiative; DGE, Direção-Geral da Educação; DGS, Direção-Geral da Saúde; EIPAS, Estra-
tégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável; IAN-AF, Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física; SNS, Serviço
Nacional de Saúde.
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde de Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública das ARS (n=12) e
representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).

64

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Parte IV. Questões relacionadas com o modelo de


governação e estratégia de comunicação do PNPAS
Relativamente ao modelo de governação e estratégia
de comunicação do PNPAS, verificou-se uma eventual
menor capacidade dos inquiridos na avaliação destas
dimensões do PNPAS, na medida em que verificaram
percentagens elevadas nas categorias “não sabe” e “neu-
tro”. Destaca-se também o facto de 19% dos inquiridos
ter considerado que o modelo de comunicação interna a
ic
é inadequado ou muito inadequado. Por oposição 57% bl
dos inquiridos classificaram o modelo de comunicação pu
externa como adequado ou muito adequado (Figura 24). s ao
s
i s cu
ded
s
Modelo de comunicação interna 6,3% 12,5% 25,0% 12,5% 12,5% 31,3%
e ito
e f
Modelo de comunicação externa 6% 31% 38% 19%
r a 6%
a
a rp
Modelo de articulação com parceiros 12,5% 25% 12,5% 25%
in 25%

e lim
Modelo de governação 6,3% 37,5% 12,5%
pr 25,0% 18,8%

0 20 40 s ao 60 80 100
er
Muito inadequado Inadequado
av
Neutro Adequado Muito adequado Não sabe

a um
Figura 24. Classificação do modelo de governação e estratégia de comunicação do Programa Nacional para a Promoção
da Alimentação Saudável.
Nota: Os inquiridos foram profissionais n
de
de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades

s po
funcionais das ARS/ACES) (n=12) e representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).

rr e
c o
t o
en
Modelo de Modelo de
comunicação interna 8% 17% 17% 8% 17% 33% comunicação interna 50% 25% 25%

u m
oc Modelo de
comunicação externa 8,3% 25,0% 33,3% 25,0% 8,3%
Modelo de
comunicação externa 50% 50%

t ed
Es
Modelo de articulação Modelo de articulação
com parceiros
17% 17% 17% 25% 25% com parceiros
50% 25% 25%

Modelo de Modelo de
governação 8% 33% 17% 25% 17% governação 50% 25% 25%
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100

Muito inadequado Inadequado Neutro Adequado Muito adequado Não sabe

Figura 25. Classificação do modelo de governação e Figura 26. Classificação do modelo de governação e
estratégia de comunicação do Programa Nacional para a estratégia de comunicação do Programa Nacional para a
Promoção da Alimentação Saudável. Promoção da Alimentação Saudável.
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamen- Nota: Os inquiridos foram representantes de Entidades Parceiras
tos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades do PNPAS (n=4)
funcionais das ARS/ACES) (n=12).
A soma de alguns valores apresentados no gráfico difere de 100%
devido a erros de arredondamento (diferença entre a aproximação
calculada de um número e o seu valor matemático exato).

65

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Nas tabelas 6 e 7 sistematizam-se as sugestões dos in-


quiridos/entidades inquiridas para a melhoria do mode-
lo de governação, comunicação do PNPAS.

Tabela 6. Sugestões de melhoria para o modelo de governação do Programa Nacional para


a Promoção da Alimentação Saudável, de acordo com a opinião dos inquiridos.

SUGESTÕES DE MELHORIA PARA O MODELO DE GOVERNAÇÃO DO PNPAS

ic a
ADMINISTRAÇÕES REGIONAIS DE SAÚDE bl
pu
s ao
1. Incluir profissionais conhecedores da realidade (menos teóricos e mais operacionais) s
e conhecedores da realidade das populações onde se implementa o PNPAS/ Maior
i s cu
envolvimento de quem está no terreno.
2. Maior descentralização e maior e melhor articulação e comunicação com as equipas a d ed
nível regional e local/ programas locais/regionais. s
3. Criação de uma rede interna de parcerias entre as quais se devem considerar os e ito
e f
interlocutores mais diretos como por ex. os Departamentos de Saúde Pública, através
r a
dos seus respetivos Programas Regionais. Maior capacitação em termos formativos e
a
materiais para as equipas que estão no terreno.
rp
4. Financiamento local de projetos.
i na
5. A relevância da recolha de dados acerca mdo estado nutricional e hábitos alimentares
eli um plano de intervenção.
da população, para a partir daí se definir
r
6. A existência de recursos humanos
psuficientes para garantir a sua implementação
(atualmente a insuficiências a o
7. Investir na avaliação do e r de recursos
impacto da
humanos compromete os resultados).
intervenção (ações de prevenção na área da
av
alimentação e nutrição).

a um
ENTIDADESd
e
PARCEIRAS
n
s po
o rre Reforço das parcerias colaborativas horizontais (interministeriais, intersectoriais, por
8.
c exemplo).
to
en 9. Reforço das parcerias colaborativas verticais (parcerias territoriais para a ação direta,
agregando atores públicos, associativos e privados).
u m
oc 10. Apelar ao setor da agricultura e da indústria alimentar, maior empenho e

ed
colaboração.
t 11. Maior proximidade da realidade vivida pelos consumidores em especial no interior do
Es país e dos jovens.

Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

funcionais das ARS/ACES) (n=12) e representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).

66

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Tabela 7. Sugestões de melhoria para a estratégia de comunicação do Programa Nacional


para a Promoção da Alimentação Saudável, de acordo com a opinião dos inquiridos.

SUGESTÕES DE MELHORIA PARA A ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO DO PNPAS

ADMINISTRAÇÕES REGIONAIS DE SAÚDE

1. Incluir profissionais conhecedores da realidade (menos teóricos e mais operacionais)


e conhecedores da realidade das populações onde se implementa o PNPAS. a
ic
2. Aumento da literacia alimentar - necessidade de mais campanhas para a promoção
bl
da alimentação saudável (disponibilização de receitas, vídeos, flyers, manuais
direcionados para a população adulta, idosa e infantil).
pu
3. Promover reuniões online. s ao
s
4. Promover uma reunião anual entre a coordenação do PNPAS e os representantes dos
i s cu
nutricionistas dos Cuidados de Saúde Primários, dos Cuidados de Saúde Hospitalares,
municipais, e escolares de cada região, de modo a concertar os principais objetivos de
d ed
atuação de cada um, em função das necessidades da população e recursos humanos s
existentes dessa região.
e ito
5. Newsletter. e f
r a
6. Quanto à comunicação ela foi muito forte para o exterior, mas considerada mais frágil
a
rp
para os parceiros internos no sistema, nomeadamente das ARS. Sugere-se maior
ligação às ARS’s e maior valorização do trabalho já feito internamente.
a
in
7. Comunicação mais visível na comunicação social/ redes sociais e junto das
m
administrações regionais.
r eli
p de alertas para as instituições.
8. Divulgação por canais próprios, criação
a o
e rs
ENTIDADES PARCEIRASa v

a um
n
técnica
de demassificação,
9. Intensificação,
ativas
popularização, adequação aos grupos mais vulneráveis,
aprender-fazendo.
s poatitude mais proativa na divulgação de todo o seu trabalho, sobretudo junto dos
10. Uma

o rreparceiros da EIPAS.
c 11. Sugerem que a comunicação não seja ideológica, nomeadamente na limitação de
to certos produtos alimentares nas instituições públicas. Sugerem maior difusão na
en televisão e redes sociais.
um 12. “Uso de meios de comunicação públicos com mais frequência e levar o conhecimento
doc a quem gere a alimentação nos lares, centros de dia e estabelecimentos escolares.
e Formar quem cozinha e quem compra os alimentos. Exercer maior controlo junto das
Est instituições.”

Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
funcionais das ARS/ACES) (n=12) e representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

A tabela 8 apresenta de forma sistematizada algumas


das observações que foram efetuadas pelos inquiridos
com relevância para a construção do PNPAS 2022-2030.

67

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Tabela 8. Observações relativamente à construção do PNPAS 2022-2030, de acordo com a


opinião dos inquiridos.

OUTRAS OBSERVAÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DO PNPAS 2022-2030

ADMINISTRAÇÕES REGIONAIS DE SAÚDE

1. Promover a avaliação de resultados e de impacto.


2. Intervenção no sentido de otimizar a rede de suporte nutricional entre Cuidados de
ic a
Saúde Hospitalares, Cuidados de Saúde Primários, Cuidados Continuados e Paliativos
bl
de modo a garantir a continuação da prestação dos cuidados nutricionais aos utentes
em situação de maior fragilidade.
pu
3. “Parabéns por todo o trabalho e empenho demonstrado até ao momento, é de s ao
s
continuar! As equipas regionais e locais esperam pelas novidades e por uma ligação
cada vez mais próxima para juntos fazemos mais e melhor! Muito sucesso.” is cu
4. “Desde 2012 data da sua criação o PNPAS fez um excelente trabalho eemerece o
d
o s dtrabalhar
reconhecimento de todos. Não obstante deve criar uma rede colaborativa interna
para que todas as medidas se tornem eficazes e eficientes. Não
it deve de
costas voltadas para os profissionais que estão no terrenofeeque têm uma experiência
que não deve ser esquecida. MUITOS PARABÉNS à equipa e trabalho apresentado!
Agradeço a oportunidade de poder expressar o queapenso ra pelo
sobre este assunto, tão
importante para mim como profissional!” p
ar
in
m
ENTIDADES PARCEIRAS r eli
p
a o
rs
5. Garantir que as medidasea implementar sejam baseadas em evidência técnico-
av
científica de qualidade.
um da eficácia das medidas implementadas regular e a avaliação da
6. Garantir a avaliação
necessidadeada sua manutenção, nomeadamente a proibição da disponibilização de
n de
certos alimentos em meio escolar e nas cantinas públicas.
o
7. Comunicação mais visível e frequente junto dos grupos mais vulneráveis da
e sp
população, e dos que mais contactam com estes grupos, nomeadamente professores,
r r profissionais de saúde, cuidadores, produtores.
co
to
en
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
funcionais das ARS/ACES) (n=12) e representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).

um
doc
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

68

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Parte V. Identificação das áreas prioritárias e


medidas/ações do próximo PNPAS (2022-2030)
Por último, este questionário de avaliação sobre a atua-
ção do PNPAS 2012-2021 procurou também identifi-
car as áreas de intervenção prioritária, medidas/ações
que devem ser contempladas no contexto do PNPAS
2022-2030, bem como as recomendações para a im-
plementação das ações e medidas sugeridas. As áreas
consideradas de intervenção prioritária foram “Literacia a
ic
alimentar”, “Capacitação e formação dos profissionais”, bl
“Ambiente alimentar escolar”, “Sistemas de informação pu
em alimentação e nutrição” e “Ambientes alimentares” s ao
s
(Figura 1). As medidas/ações que devem ser contempla-
i scu
das no contexto do PNPAS 2022-2030 e as recomenda-
d ed
ções para a sua implementação encontram-se descritas s
nas tabelas 9 e 10. e ito
e f
r a
a
rp
Cadeias de produção de proximidade
Nutrição para patologias específicas
i na
Desperdício alimentar Ambientes alimentareslim
Sistemas de informação e
p em alimentação e nutrição
r
População vulnerável RSI, apoio alimentar o Estratégias locais para a promoção da alimentação saudável

Idosos
Identificação do risco nutricional Ambiente alimentare escolar
av
e r sa

Literacia alimentar
Limitação da publicidade e marketing de alimentos
Aumento do consumo frutas e hostícolas

a um
n de
po
Capacitação de profissionais
Promoção saúde laboral
s
o rre Sustentabilidade alimentar
c da Dieta Mediterrânica
Promoção Obesidade
t o Intersectoralidade
en Alimentação na gravidez

m Nutrição pediátrica
Obesidade infantil

ocu Intervenção comunitária


Comunicação
Culinária Saudável

e d Sistemas alimentares territoriais

Est Figura 1. Áreas prioritárias do próximo PNPAS (2022-2030), de acordo com a opinião dos inquiridos.
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
funcionais das ARS/ACES) (n=12) e representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

69

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Tabela 9. Ações/ medidas que devem ser contempladas no contexto do PNPAS 2022-2030,
respetivas áreas prioritárias identificadas e nível de prioridade, de acordo com a opinião
dos inquiridos.

ÁREAS ESTRATÉGICAS AÇÕES/ MEDIDAS

ADMINISTRAÇÕES REGIONAIS DE SAÚDE

- Realização de campanhas de promoção da alimentação


saudáveis a ser replicadas por todo o país.
- Avaliação sistemática.
ic a
- Verificação do tipo de alimentos/refeições fornecidos nos
bl
pu
estabelecimentos de educação e ensino, saúde e estruturas
residenciais para idosos, incentivando para a disponibilização
Literacia alimentar
de alimentos saudáveis.
s ao
s
- Realização de ações de promoção e educação para a saúde.
- Consultas de nutrição.
- Publicação de manuais e materiais.
cu
is
d
de referência.
s de manuais e cartazes
- Publicação de diversos materiais educativos,

o
- Publicação de folhetos/e-book/ comunicação nas redes sociais.

f eit
e para apresentação das temáticas
- Promover formações/webinars
amanuais
que são lançadas em r
a de nutriçãoinformativos/ orientações.

r p
- Melhoria do módulo do SClínico do SNS.
Capacitação e formação de profissionais - Promoçãoa de formação aos profissionais nas áreas temáticas
in
do PNAPAS.
lim de profissionais /cursos.
e- Qualificação
pr - Formação.
s ao - Divulgação e implementação de refeições saudáveis.
Ambiente escolar
er
av
- Avaliação do desperdício alimentar das refeições escolares.

a um - Estudo do estado nutricional e hábitos alimentares da


população portuguesa.
Alimentação em e
n d númerossobre os consumos
Melhorar o conhecimento
- Colaboração em trabalhos de investigação sobre consumo
alimentar, atividade física e estado nutricional.
oestado nutricional da população
pAlentejo
alimentares, - Monitorização da avaliação das condições de higiene e
s
da região
e alimentar e das condições de higiene segurança alimentar nas escolas da rede pública e Instituições
er segurança em ambiente escolar e
o r
Instituições de âmbito comunitário.
de âmbito comunitário.
c - Relatórios anuais PNPAS.
o
ent - Avaliação do estado da segurança alimentar.

um - Modificação da oferta alimentar em espaços públicos.


oc - Supervisão do cumprimento dos despachos e penalização do

ed
Ambientes alimentares
incumprimento.
t - Reformulação dos produtos alimentares.
Es
- Criar um grupo de trabalho de especialista em contacto com a
indústria e incentivos financeiros às empresas que adequarem
Intersectoralidade a sua oferta.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

- Colaboração no âmbito nacional e internacional.

Obesidade infantil - COSI +Referenciação de situações de risco.

- Dotação dos recursos humanos e materiais necessários à


Controlo de excesso de peso
intervenção de proximidade (Cuidados de Saúde Primários).

- Parcerias com os diversos Setores com ligação com esta área e


Comunicação interna e externa
“rede interna de serviços”.

Nutrição pediátrica - Elaboração de orientações.

70

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ANEXOS

ÁREAS ESTRATÉGICAS AÇÕES/ MEDIDAS

Identificação do risco nutricional - Inclusão da avaliação do risco nutricional no apoio domiciliário.

Promoção/apoio a projetos regionais/ locais - Financiamento.

- Campanhas de sensibilização para uma alimentação


Sustentabilidade
sustentável.

- Campanha de sensibilização para o desperdício alimentar.


Desperdício alimentar - Incentivos económicos para a redução de desperdício alimentar
para os diferentes intervenientes do setor.

ic a
Intervenção comunitária - Articulação com os DSP/ARS.
bl
Implementar Políticas Públicas relacionadas pu
com a promoção de uma Alimentação - Modelo de rotulagem alimentar único.
s ao
Saudável s
Alimentação na gravidez Elaboração de orientações. i s cu
ded
Culinária Saudável - Elaboração de E-books/ cursos.
s
e ito
ENTIDADES PARCEIRAS
e f
a
Literacia alimentar p ar
- Conteúdos curriculares em todos os graus de ensino.
- Campanha erações demonstrativas na comunidade e com os
a
grupos vulneráveis.
in
lim de informação e sensibilização.
- Campanha
Dieta Mediterrânica
p re- Conselhos Regionais para a salvaguarda e valorização da Dieta
Mediterrânica, com um plano de ação.
o
r sa - Controlo do rigor científico sobre o marketing industrial.
Comunicação
a ve - Informação completa em todos os produtos alimentares
(nutricional, ambiental, social).

u m
Manter o programa leite escolar - Disponibilizar leite na escola.
e a
Idosos
o nd - Informação e acompanhamento.

e sp infantil
Obesidade - Controlo da disponibilização de alimentos.

r r
coAlimentação em função da doença - Informação e acompanhamento clínico.

to Obesidade adultos - Informação e acompanhamento clínico.


en
m Aumento consumo frutas e hortícolas
- Diversificar o programa fruta escolar, introduzindo também

ocu legumes ao lanche.

e d Controlo da alimentação da população em


- Controlo da produção e informação geral.
st
geral

E - Realização de campanhas de esclarecimento sobre a


especificidade da produção nacional, que é muitas vezes mais
sustentável que a importada, indo mais além na mensagem do
Relação entre alimentos saudáveis e que ‘consuma local’.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

sustentabilidade - Promover nas cantinas públicas o consumo de produtos


nacionais, nomeadamente a carne, mais sustentável que a
importada, que tem maior pegada ecológica e pode ter menos
segurança alimentar.

Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
funcionais das ARS/ACES) (n=12) e representantes de Entidades Parceiras do PNPAS (n=4).

71

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ANEXOS

Tabela 10. Recomendações para a implementação das ações/ medidas propostas no


contexto do PNPAS 2022-2030, de acordo com a opinião dos inquiridos.

RECOMENDAÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES/ MEDIDAS PROPOSTAS

ADMINISTRAÇÕES REGIONAIS DE SAÚDE

1. Incluir profissionais conhecedores da realidade e conhecedores da realidade das


populações onde se implementa o PNPAS.
2. Aumentar a divulgação, nas escolas, de uma alimentação saudável. a
ic
3. Proporcionar o conceito alimentação saudável em ambiente escolar.
bl
4. Divulgação de materiais educativos. pu
5. Reuniões com os responsáveis regionais para levantamento de necessidades
s ao
específicas para cada região, fazendo a ponte entre os objetivos nacionais/regionais/s
locais e delineamento de ações concertadas com o programa.
is cu
ed
6. Melhoria do módulo de nutrição do SClínico do SNS, de modo a possibilitar o registo
das atividades de promoção da literacia alimentar e nutricional com grupos; definição
d
s
de critérios de referenciação para a consulta de nutrição nos CSP e Cuidados
ito
Hospitalares uniformes, bem como a criação de indicadores de desempenho.
e
e f
7. Continuar a promover a reformulação dos produtos alimentares de modo a melhorar
a sua qualidade nutricional. ra
a
rp
8. Estabelecer um modelo de rotulagem alimentar uniforme e que permita ao cidadão
na
fazer escolhas informadas para a promoção da sua saúde.
i
m principalmente nas temáticas da culinária
9. Continuar a produzir materiais informativos,
e confeção saudável e sustentável, r eli e armazenamento dos alimentos; livros e
compras
vídeos de receitas saudáveis. p
10. Implementação de um sistema a ode vigilância da segurança alimentar em agregados
e rs dos cuidados de saúde primários do Sistema Nacional
familiares portugueses utentes
de Saúde (SNS). av
a
um conhecimento
umnão acessível
11. O facto de a informação do PNPAS estar maioritariamente alojada num site, implica
a toda a população. Sugiro que planeiem também
e de comunicação.
outros modelos
d
on de intervenção comunitária deveriam ser elaborados com a participação
12. Os Planos
p
s elementos dos programas dos DSP, com larga experiência nesta área de
dos
r reintervenção (planeamento/gestão e avaliação de resultados).
co13. O PNPAS realizou algumas campanhas muito interessantes mesmo a nível televisivo,
to só que as mesmas “tiveram um impacto reduzido” pela curta duração das mesmas.
en 14. O nível de prioridade apresentado teve a ver com o trabalho desenvolvido nas
um diversas áreas, não quer dizer que as mesmas sejam mais ou menos importantes,
doc apenas que algumas necessitaram de maior investimento que outras.
e 15. Inclusão de avaliação da literacia alimentar nos fechos de ciclos escolares e
Est elaboração de planos de ação que incluam as diferentes dimensões (saúde,
sustentabilidade, ...)
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

72

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ANEXOS

RECOMENDAÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES/ MEDIDAS PROPOSTAS

ENTIDADES PARCEIRAS

16. Prioridade às parcerias territoriais à comunicação.


17. Melhor e mais constante comunicação (interna e externa).
18. Reforço nas políticas intersectoriais.
19. “No que respeita à questão da sustentabilidade, o que pretendo dizer é que
atualmente há uma tendência crescente para o aumento das dietas vegetarianas
e veganas, sobretudo na população mais jovem, muitas vezes por questões éticas,
ambientais e de bem-estar animal, mais do que por saúde. A carne e o leite são
proteínas essenciais, sobretudo em idades jovens. O modo de produção agrícola ic a
nacional, nomeadamente a carne bovina, é mais extensivo, com menos impactos bl
ambientais que noutros pontos do mundo de onde se importa carne; a produção pu
pecuária na UE está sujeita às maiores exigências de segurança alimentar e bem-
estar animal. esta mensagem deve ser passada aos jovens e deve ser privilegiado s ao
s
o consumo de produtos nacionais que são saudáveis e mais sustentáveis,
i s cu
nomeadamente porque não têm a pegada ecológica do transporte. Essa mensagem
não existe hoje!” ed
20. Esclarecimentos presenciais nas escolas elaboradas por técnicos credenciados.
o sd
21. Controlo da produção e dos pontos de venda no que respeita
f eitao cumprimento das
a e acertada, embora a
regras legais, higiene e conservação dos produtos.
22. Ações de informação à população em geral para uma r escolha
custos controlados e aprendizagem das especificações
r pa dos produtos e da leitura dos
rótulos. a
in
e lim de Saúde Pública/ Unidades de Saúde Pública/ outras unidades
Nota: Os inquiridos foram profissionais de saúde dos Departamentos
r
p Parceiras do PNPAS (n=4).
funcionais das ARS/ACES) (n=12) e representantes de Entidades
o
r sa
e
av
a um
n de
s po
o rre
c
n to
e
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
u m
doc1. Swinburn B, Vandevijvere S, Kraak V, Sacks G, Snowdon W, Hawkes C, et al. Monitoring and benchmarking govern-
e ment policies and actions to improve the healthiness of food environments: a proposed Government Healthy Food
Est Environment Policy Index. Obes Rev. 2013; 14 Suppl 1:24-37.
2. Hawkes C, Jewell J, Allen K. A food policy package for healthy diets and the prevention of obesity and diet-related
non-communicable diseases: the NOURISHING framework. Obesity Reviews. 2013; 14(S2):159-68.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

3. Gregório MJ, Salvador C, Bica M, Horgan R, Telo de Arriaga M. The Healthy Food Environment Policy Index (Foo-
d-EPI): Evidence Document para Portugal. 2021. Lisboa: Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Sau-
dável, Direção-Geral da Saúde.
4. Gregório MJ, Salvador C, Bica M, Graça P, Telo de Arriaga M. The Healthy Food Environment Policy Index (Food-EPI):
Relatório de resultados para Portugal. 2022. Lisboa: Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável,
Direção-Geral da Saúde.
5. World Cancer Research Fund International. NOURISHING framework: Results for Portugal. NOURISHING and MO-
VING policy databases. 2021.

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ANEXOS

ANEXO C –
SITUAÇÃO ATUAL | A CARGA DA DOENÇA ASSOCIADA À ALIMENTAÇÃO INADE-
QUADA EM PORTUGAL

A malnutrição em todas as suas formas (alimentação inadequada, excesso de peso e obesidade e desnutrição) é, de
acordo com os dados mais recentes do Global Burden Disease (2019), o principal fator de risco para a carga da doença
no nosso país. Das diferentes formas de malnutrição são os hábitos alimentares inadequados e o excesso de peso
(incluindo da obesidade) que estão entre os principais fatores de risco para carga da doença em Portugal (1). Estima-se
que nos próximos anos, a alimentação inadequada e o excesso de peso possam vir a ultrapassar o tabaco no ranking a
ic
dos fatores de risco modificáveis que mais condicionam a carga da doença (Figura 1). bl
pu
s ao
s
i s cu
d ed
s
e ito
e f
r a
a
a rp
in
e lim
pr
s ao
er
av
u m
e a
n d
po
r es
Figura 1. Percentagem do total de DALYs por fator de risco e doença associada, 2019 (malnutrição agrupa o IMC elevado,
os hábitos alimentares inadequados e a nutrição materna e infantil inadequada).
r
coFonte: GBD 2019, IHME.
o
e nt
um
d oc
t e As doenças crónicas potencialmente associadas à alimentação inadequada são, provavelmente, um dos mais sérios
Es problemas de saúde pública em Portugal, representando cerca de 86% da carga total de doença (2-4). As doenças
cardiovasculares representaram, em 2015, cerca de 29,7% de todas as mortes (3), a diabetes atinge cerca de 10% da
população portuguesa e a prevalência de hipertensão arterial é de cerca de 36% (5). A obesidade, enquanto doença
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

crónica e simultaneamente fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças, atinge mais de 20% da popula-
ção adulta portuguesa, sendo que o excesso de peso ultrapassa os 50% (5, 6). Também a obesidade infantil atinge pro-
porções elevadas, sendo a prevalência de excesso de peso (incluindo obesidade) estimada em 2019 de 29,6% (Figura
2) (7). Importa também referir que as situações de excesso de peso e obesidade coexistem com outras formas de mal-
nutrição. A elevada ingestão energética está muitas vezes associada a uma ingestão insuficiente de alguns nutrientes.

74

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ANEXOS

Carga da doença associada à alimentação inadequada em Portugal (» 15 anos)

41%
População total (INE 2019) 10 295 909

Em 2019,
da população
Cancro
portuguesa com
colorretal Cancro do
fígado 16 ou mais anos de
idade reportou ter
pelo menos uma
doença crónica
Hipertensão
Excesso de peso
3 203 612
5 962 279

ic a
bl
Diabetes pu
1 000 000
Cancro do
estômago
86% ao
uss
carga da doença
sc
é associada às
Figura 2. Carga global da doença associada às doenças crónicas em Portugal.
Fonte: OCDE, European Observatory on Health Systems and Policies, 2021 (8). di
doenças crónicas
e
d
itos
e
O excesso de peso (incluindo a obesidade) aumenta o risco de múltiplas doenças, muitas das quais ocorrem com
ef
a ra
rp
mais frequência com o aumento do IMC (9-13). Sabe-se que o tecido adiposo pode influenciar não só a regulação central
a
da homeostasia energética, como, na presença de uma adiposidade excessiva, predispor o indivíduo ao desenvolvi-
in
m
eli
mento de comorbilidades como a hipertensão arterial, a doença coronária, a diabetes mellitus e a dislipidemia, com-
r
plicações musculoesqueléticas, doença hepática não alcoólica, p diferentes tipo de cancro, entre outras (Figura 3) . (14-18)

Mais ainda, o excesso de adiposidade está também s a o


e r relacionado com o aumento da mortalidade, apresentando os in-
divíduos que vivem com obesidade uma esperança
a v média de vida, em média, cinco anos menor do que os indivíduos
que apresentam um peso saudável (IMC m
u 18,5-24,9 kg/m ) . 2 (16, 18, 19)

a
n de
o de saúde mental:
pProblemas
e s • Ansiedade
Problemas sociais:

r r • Depressão
• Estigma social

c o • Declínio cognitivo

t o • Alzheimer

e n Doenças cardiovasculares:
• AVC
Doenças respiratórias crónicas
u m • Doença pulmonar obstrutiva • Cardiopatia isquémica

doc crónica
• Apneia obstrutiva do sono
• Insuficiência cardíaca
• Cardiopatia hipertensiva
e
Est • Asma
Doença hepática não alcoólica 
• Dislipidemia
• Hipertensão

Diabetes
Complicações musculoesqueléticas
Alterações hormonais
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

• Complicações musculoesqueléticas
e infertilidade • Dor lombar (Lombalgia)
• Osteoartrite

Cancro
• Mama • Melanoma
• Colorretal • Esofágico
• Vesícula biliar • Ovário
• Gástrico • Pancreático
• Renal • Tiróide
• Hepático • Útero
• Meningioma

Figura 3. Consequências para a saúde associadas à obesidade (nota: não estão aqui descritas todas as
consequências para a saúde associadas à obesidade).
Fonte: WHO European Regional Obesity Report 2022.

75

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ANEXOS

Porém, a associação entre a alimentação inadequada e as doenças crónicas mais prevalentes não é apenas mediada
pelo excesso de peso, enquanto um fator de risco intermediário. Uma elevada ingestão de sódio, açúcares lives, áci-
dos gordos trans e saturados está associada, de forma independente, à disfunção endotelial e à inflamação crónica
de baixo grau, que per si aumentam o risco de hiperglicemia, insulinorresistência, dislipidemia e hipertensão arterial
(Figura 4).

ic a
bl
pu
s ao
s
is cu
ded
s
e ito
e f
r a
a
a rp
Figura 4. Associação entre a alimentação e as doenças crónicas.
Adaptado de Al-Jawaldeh et al, Frontiers in Nutrition 2022 (20). in
e lim
pr
sao
er
av
De seguida apresenta-se uma descrição mais detalhada da epidemiologia do excesso de peso e da obesidade em

um
Portugal, assim como de outras formas de malnutrição, dos hábitos alimentares da população portuguesa e sobre a
a
situação de insegurança alimentar.
n de
s po à alimentação inadequada e ao excesso de peso
1.1 Carga da doença associada

o rre
c
A alimentação
t o inadequada é uma das principais causas evitáveis das doenças crónicas não transmissíveis, nomeada-
mente e
n
da obesidade, doenças oncológicas, doenças cérebro-cardiovasculares da diabetes mellitus tipo 2. Os dados
m
cu recentes do Global Burden Disease, de 2019, mostram que em Portugal os hábitos alimentares inadequados es-
omais
e d tão entre os 5 fatores de risco que mais determinam a perda de anos de vida saudável e a mortalidade, contribuindo
Est para 7,3% dos DALYs e para 11,4% da mortalidade, no ano de 2019 (1, 21). Quando se enumeram os fatores de risco
para a mortalidade e perda de anos de vida saudável, também o IMC elevado surge num dos primeiros lugares (4º
lugar para os DALYs) (2-4). As projeções do IHME para 2030 em Portugal, indicam que, do total de óbitos projetados,
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

a percentagem projetada de óbitos atribuível a erros alimentares será de 13,84% (IC 95: 9,99-17,88) e atribuível ao
excesso de peso e obesidade será de 11,99% (IC95: 7,40-17,80), ultrapassando o tabagismo cuja percentagem proje-
tada de óbitos atribuível será de 11,07% (IC95: 9,37-12,87) (22).

76

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ANEXOS

ic a
bl
pu
s ao
s
is cu
ded
s
e ito
e f
a
Figura 5. Percentagem do total de DALYs por fator de risco e doença associada, 2019.
r
Fonte: GBD 2019, IHME.
a
a rp
in
e lim
pr
s ao
er
av
u m
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n d
s po
re
cor
o
e nt
c um
d o
t e
Es
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Figura 6. Percentagem do total de mortes por fator de risco e doença associada, 2019.
Fonte: GBD 2019, IHME.

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ANEXOS

Relativamente aos hábitos alimentares, o elevado consumo de carne vermelha (72.791 DALYs; 2,2% do total), baixo
consumo de cereais integrais (61.301 DALYs; 1,8% do total) e a elevada ingestão de sódio (26.073 DALYs; 0,8% do to-
tal), destacam-se como os principais fatores que contribuem para a perda de anos de vida saudável. Estes três fatores
são responsáveis por cerca de 161.065 DALYs (1, 21).

ic a
bl
pu
s ao
s
is cu
d ed
s
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ra
a
a rp
in
e lim
pr
s ao
Figura 7. Percentagem do total de DALYs por fator de risco alimentar e doença associada, 2019.
Fonte: GBD 2019, IHME.
er
av
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cor
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c um
d o
t e
Es
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Figura 8. Percentagem do total de mortes por fator de risco alimentar e doença associada, 2019.
Fonte: GBD 2019, IHME.

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ANEXOS

1.2 Alimentação inadequada em Portugal

Os dados do Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF) de 2015-2016 permitiram fazer uma boa
caracterização do consumo alimentar da população portuguesa, sendo que se verificaram percentagens de inade-
quação revelantes, por comparação às recomendações nutricionais e alimentares. Os resultados obtidos pelo IAN-AF
2015-2016, indicam diferenças significativas entre diferentes grupos etários da população portuguesa. Em particular,
é no grupo das crianças e dos adolescentes que se verificam hábitos alimentares mais inadequados (6).

Ao comparar o consumo alimentar estimado pelo IAN-AF 2015-2016 para a população portuguesa com as reco- a
ic
mendações preconizadas pela Roda dos Alimentos Portuguesa, é possível concluir que o consumo de alimentos bl
dos grupos “Fruta”, ”Hortícolas” e “Leguminosas” se encontra abaixo dos valores recomendados (-9 p.p., -7 p.p. e – 2 pu
ao
p.p. respetivamente) e que, pelo contrário, o consumo de “Carne, pescado e ovos” encontra-se acima dos valores
u ss
recomendados (+ 12 p.p.). De realçar também o contributo percentual de um conjunto de alimentos que
i sc não estão
d
incluídos na Roda dos Alimentos. Os bolos, doces, bolachas, snacks salgados, pizzas, refrigerantes, néctares e bebidas
alcoólicas representam cerca de 29% do consumo total . (6)
s de
o
f eit
r ae
Consumo Recomendado r pa atual (IAN-AF 2015-2016)
Consumo
a
in
m
r eli
p
a o
e rs
av
a um
n de
s po
o rre
c
t o
en
u m
doc Figura 9. Comparação da distribuição percentual do consumo alimentar recomendado pela Roda dos Alimentos com o
consumo alimentar estimado para a população portuguesa.
e Fonte: IAN-AF 2015-2016.

Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

79

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ANEXOS

Relativamente ao consumo de hortofrutícolas, verifica-se que cerca de 56% da população não cumpre as recomenda-
ções preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) (≥ 400 g/dia de fruta e produtos hortícolas). Analisando
a percentagem de indivíduos que não adere à recomendação de consumo diário de pelo menos 400 g/dia de horto-
frutícolas por faixas etárias, os dados revelam-se especialmente preocupantes no grupo das crianças e dos adoles-
centes, em que a prevalência de inadequação alcança os 72% e os 78%, respetivamente. Por outro lado, os idosos
são o grupo populacional que consome em média maior quantidade de fruta e produtos hortícolas, perfazendo uma
percentagem de consumo inadequado de 40% (6).

O consumo médio diário de carnes processadas é de 26,0 g, ultrapassado largamente a recomendação para um a
ic
consumo não superior a 50 g/semana. O consumo de mais de 100 g de carne vermelha verificou-se em 22,5% dos bl
indivíduos (8,4% nas mulheres vs 40,2% nos homens; 16,3% nas crianças e 32,3% nos adolescentes) (6). pu
ao
u ss
Apesar de a água ter sido identificada, no IAN-AF 2015-2016, como a bebida mais consumida pela população
i sc portu-
d
guesa (869,8 g/dia), o consumo inadequado de refrigerantes e/ou néctares é uma realidade, principalmente na faixa
etária dos adolescentes, em que o consumo diário alcança, em média, os 161 g/dia e a prevalências dede consumo diário
≥ 220 g/dia é de 42%. Dos adolescentes que indicam consumir este grupo de bebidas,e25% ito bebe aproximadamente
f
a e foi de 18%, sendo o contributo
dois refrigerantes por dia. A nível nacional, a prevalência do seu consumo ≥ 220 g/dia
r
dos refrigerantes superior ao dos néctares . (6)
r pa
a
in
m
As alterações nos padrões alimentares verificadas ao longo das
r eli últimas décadas caracterizam-se por um aumento
do consumo de alimentos ultraprocessados, sendo que diversos p estudos (incluindo ensaios clínicos aleatorizados)
a o
têm mostrado uma associação entre o consumo destes
e rs alimentos e diferentes outcomes de saúde, nomeadamente
a v nesta área em Portugal são ainda escassos, mas recentemente
relacionados com as doenças crónicas. Os estudos
foram publicados dados de uma subanálise
a um do Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física 2015-2016 que per-
mitem fazer uma descrição do consumo alimentos ultraprocessados na população portuguesa. Na população adulta
n de contribuem para cerca de 24% da ingestão energética total diária, sendo os
em geral, os alimentos ultraprocessados
o
p(3,4%),
iogurtes e bebidas lácteas
e s carnes processadas (3,2%), bolos industriais e sobremesas (3,2%) e pães industriais
r r
e tostas (2,8%) osoalimentos ultraprocessados mais consumidos (23, 24). Analisando os dados relativos à contribuição
c
dos alimentos
t o ultraprocessados para a quantidade total de alimentos consumidos por faixa etária, conclui-se que
en é bastante significativo no que respeita às faixas etárias mais jovens (crianças e adolescentes), ron-
este contributo
m
cu os 22%. A contribuição destes alimentos decresce à medida que a idade aumenta, assumindo o valor mínimo
odando
e d na faixa etária dos maiores de 65 anos (23).
Est
No que respeita à ingestão de macronutrientes, com base nos dados recolhidos pelo IAN-AF 2015-2016, o consumo
médio total de energia diária é de 1910 kcal/dia, sendo no sexo feminino de 1635 kcal/dia e no sexo masculino de
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

2228 kcal/dia (6).

A contribuição média para o valor energético total diário (VET) é de 19,9% de proteína, 46,6% de hidratos de carbo-
no, 31,4% de gordura total e 2,1% de álcool para a população portuguesa. O contributo de gordura é superior nos
adolescentes e adultos, o contributo de hidratos de carbono é superior nas crianças e nos adolescentes, enquanto o
contributo do álcool é superior nos idosos (6).

80

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ANEXOS

Relativamente à ingestão de micronutrientes, o IAN-AF 2015-2016 aponta para uma ingestão de sódio excessiva,
com uma ingestão média diária de 2962 mg (equivalente a 7,4 g de sal), superior no sexo masculino. Na população
portuguesa, 63,2% das mulheres e 88,9% dos homens apresentam uma ingestão de sódio acima do nível máximo
recomendado pela OMS (5 g de sal/dia) (6).

Mais ainda o IAN-AF 2015-2016 aponta para um défice de ingestão em relação às necessidades médias de cálcio e
folato, sendo, no sexo feminino, de 60,0% e 66,2% respetivamente, e um défice relativamente menos acentuado no
sexo masculino (6).

ic a
A evidência aponta ainda para a presença de deficiência de iodo em populações de risco em Portugal, nomeadamen- bl
te grávidas e lactantes (25-28) e crianças em idade escolar (29). De facto, dois estudos que analisaram a iodúria reporta- pu
ao
ram uma elevada prevalência de deficiência de iodo entre as mulheres grávidas portuguesas, com apenas 17% (25) e
u ss
9–24% a apresentar uma ingestão adequada de iodo. E um estudo transversal realizado no norte de Portugal
sc em
(26)

d i
crianças em idade escolar (6-12 anos) reportou que 32% das crianças apresentavam níveis inadequados (< 100 μg/L)
de iodo . (29)
s de
o
f eit
e
As deficiências de micronutrientes continuam a ser um importante problema deasaúde pública em todo o mundo e
r
são consideradas um determinante para a carga global de doença, contribuindo
r pa para o aumento da morbilidade e
mortalidade (30). As deficiências de ferro, vitamina A, iodo, folato e zincoa
in são as deficiências mais comuns de micronu-
m
trientes em todo o mundo, particularmente em crianças e mulheres
eli grávidas . Uma análise secundária do estudo
(31, 32)

GBD 2019 recentemente publicada, indicou que globalmente


r
p a prevalência padronizada para a idade de deficiência
de iodo, de vitamina A e de ferro diminuiu entre 1999 a o
e rs e 2019, justificando a falta de dados de elevada qualidade, par-
ticularmente para a análise da prevalência de v
a outras deficiências nutricionais, incluindo deficiências de zinco, cálcio,
um padronizada para a idade e os DALYs seguiram a mesma tendência ao
folato, vitamina B12 e vitamina C. A incidência
a
longo do tempo, que a prevalência padronizada para a idade. Pese embora a diminuição verificada na última década,
o mesmo estudo evidenciou n
de
uma tendência mais recente para o aumento da prevalência de deficiências de alguns
micronutrientes em várioss popaíses, mesmo em países desenvolvidos, como Portugal . E refere que as tendências
(33)

atuais para o aumento


o rre da prevalência da deficiência de iodo em alguns países desenvolvidos deve merecer a sua
c
atenção. to
en
m
cu
oRelativamente à ingestão de açúcares, de acordo com os dados do último Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade

e d Física – IAN-AF (2015-2016), 24,4% da população portuguesa apresenta um consumo de açúcares livres proveniente
Est de alimentos dos grupos dos doces, refrigerantes, sumos de fruta naturais ou concentrados, bolos, bolachas, biscoi-
tos, cereais de pequeno-almoço e cereais infantis, que contribui com mais do que 10% do valor energético total, ou
seja apresenta um consumo de açúcares livres superior à recomendação da OMS (6).
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

De acordo com os dados do COSI de 2016, em Portugal, 12,9% das crianças nunca foram amamentadas, 35,4% foi
amamentada por um período inferior a 6 meses e 51,7% foram amamentadas durante pelo menos 6 meses. No que
se refere ao aleitamento materno exclusivo, 55,0% das crianças foram amamentadas exclusivamente durante um
período inferior a 6 meses, 21% durante um período superior, 16,8% nunca foram exclusivamente amamentadas e
em 7,2% das crianças esta resposta era desconhecida (34).

81

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ANEXOS

1.3. Excesso de peso, obesidade e outras formas de malnutrição em Portugal

1.3.1 Excesso de peso e obesidade

O excesso de peso (incluindo a obesidade) é um dos mais sérios problemas de saúde pública, sendo que a prevalên-
cia da obesidade quase que triplicou entre 1975 e a atualidade (Figura 10) (35). Segundo o IAN-AF, 2015-2016, a preva-
lência de obesidade a nível nacional foi de 22,3%, superior no sexo feminino e com maior expressão nos indivíduos
idosos. Relativamente à pré-obesidade a sua prevalência foi de 34,8%, superior no sexo masculino e, novamente, com
maior expressão nos indivíduos idosos (6). a
ic
bl
pu
s ao
s
is cu
ded
s
e ito
e f
ra
a
a rp
in
Figura 10. Evolução da prevalência de excesso de peso e obesidade em Portugal, entre 1980 e 2010.
Fonte: NCD Risk Factor Collaboration, 2017.

e lim
pr
ao
Portugal, no âmbito do estudo WHO European Childhood Obesity Surveillance Initiative (COSI), tem monitorizado, desde
s
er
av
2008, o excesso de peso e a obesidade nas crianças dos 6 aos 8 anos de idade. Em 2019, cerca de 29,6% e 12% das

um
crianças portuguesas apresentavam excesso de peso e obesidade, respetivamente. Ambas foram mais prevalentes
a
nos rapazes (29,6%; 13,4%) do que nas raparigas (29,5%; 10,6%), respetivamente (Figura 11). Verificou-se também,
n de da obesidade aumenta com a idade. Entre 2008 e 2019, Portugal tem vindo a
que neste grupo etário a prevalência
s po um decréscimo da prevalência de excesso de peso e obesidade infantil. De 2008 para
apresentar consistentemente
rre redução de 8,3 p.p. na prevalência de excesso de peso e de 3,3 p.p na prevalência de obesi-
2019, verificou-seouma
c
dade . to (36)

en
u m
oc40% 37,9% Excesso de peso

ed
35,6%
Obesidade
35% 31,6%

Est 30%
30,7% 29,6% infantil

25%
20% 15,3% 14,6% 13,9%
15% 11,7% 12,0%
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

10%
5%
0%
2011 2010 2013 2016 2019

Figura 11. Prevalência de excesso de peso (incluindo obesidade) e obesidade infantil (6-8 anos) em
Portugal | 2008 – 2019.
Fonte: Childhood Obesity Surveillance Initiative, 2019.

82

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ANEXOS

De acordo com a estimativa da OMS, em 2016, a prevalência de excesso de peso e de obesidade na população adulta
portuguesa era inferior à média dos EU 13, EU 14 e à média dos países da região Europeia da OMS (Figuras 12-14) (18).

ic a
bl
pu
s ao
s
is cu
ded
s
e ito
e f
r a
a
adultos nos países da UE | 2016.
a rp
Figura 12. Prevalência padronizada (ajustada para a idade) de excesso de peso (incluindo obesidade) e obesidade em

Fonte: WHO European Regional Obesity Report 2022.


in
e lim
pr
s ao
er
av
u m
e a
n d
s po
re
cor
o
e nt
c um
d o
t e
Es
Figura 13. Prevalência padronizada (ajustada para a idade) de excesso de peso (incluindo obesidade) e obesidade em
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

adolescentes dos 10 aos 19 anos nos países da UE | 2016.


Fonte: WHO European Regional Obesity Report 2022.

83

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ANEXOS

ic a
bl
pu
s ao
s
i s cu
d ed
s
Figura 14. Prevalência padronizada (ajustada para a idade) de excesso de peso (incluindo obesidade) e obesidade (6-8
anos) em crianças dos 5 aos 10 anos nos países da UE | 2016.
Fonte: WHO European Regional Obesity Report 2022. e ito
e f
r a
a
arp
A obesidade está associada ao gradiente social, sendo mais prevalente nas classes sociais mais desfavorecidas e com
in
m
eli
níveis de escolaridade mais baixos. Em Portugal, esse efeito é manifestamente intenso. A prevalência de obesidade é
r
cerca do triplo nos indivíduos com menor nível educacional p(38,5% nos indivíduos com 4 ou menos anos de escolari-
dade vs 13,2% nos indivíduos com 12 ou mais anoss a o
r de escolaridade) .
(6)

e
av
um associadas apresenta também um impacto económico e social sig-
A elevada prevalência da obesidade e doenças
a
nificativo, na medida em que o custo associado ao seu tratamento tem um elevado peso nas despesas em saúde
n
e, por outro lado, estas doenças
desão também responsáveis por perdas importantes ao nível da produtividade. De
acordo com o relatório s
po
The Heavy Burden of Obesity – The Economics of Prevention da Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento
re
rEconómico (OCDE), em Portugal, 10% da despesa total da saúde é utilizada para o tratamento de
c o
n to
doenças relacionadas com o excesso de peso, uma percentagem superior à média dos países da OCDE (8,4%), valor
e
que representa 3% do Produto Interno Bruto. De acordo com o mesmo relatório, estima-se que, entre 2020 e 2050, o
c um de peso e as doenças associadas, possam vir a contribuir para uma diminuição da esperança média de vida
excesso
do
e em cerca de 2,2 anos (37).
Est
1.3.2 Risco nutricional
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Os idosos são um grupo da população onde a deterioração do estado nutricional é frequente. Estudos recentes mos-
tram que, em Portugal, a prevalência de idosos em risco nutricional ou com desnutrição varia entre 15,8% e 38,7% (38,
39). A evidência recente mostrou também que 11,2% dos idosos apresentavam sarcopenia e 1,2% pré-sarcopenia;
3 em cada 4 indivíduos apresentavam fragilidade (21,5%) ou pré-fragilidade (54,3%); menos de 1/3 dos indivíduos
tinham um estado nutricional de vitamina D adequado (31%), existindo 40% com deficiência e 29% com estado nutri-
cional inadequado desta vitamina e 16,3% estavam hipohidratados ou em risco de hipohidratação (38).

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ANEXOS

Em contexto hospitalar o risco nutricional é uma condição prevalente. De acordo com os dados do BI Hospitalar do
Risco Nutricional de 2021, 27,8% dos doentes hospitalizados estavam em risco nutricional.

1.4. Insegurança alimentar

Em 2015-2016, dados da coorte EpiDoC (amostra representativa da população portuguesa) demonstravam que cerca
de 19,3% dos agregados familiares portugueses encontravam-se numa situação de insegurança alimentar (14,0%
insegurança alimentar ligeira, 3,5% insegurança alimentar moderada e 1,8% insegurança alimentar grave). Neste con-
texto, a insegurança alimentar pode ser definida como uma situação que existe quando se verificam dificuldades a
ic
económicas no acesso aos alimentos. A prevalência de insegurança alimentar nas famílias monoparentais (26,4%) e bl
nos agregados familiares com idosos (20,9%) foi superior à prevalência nacional (19,3%). Os inquiridos dos agregados pu
ao
ss
familiares em insegurança alimentar (IA) apresentam uma menor percentagem de adesão considerada elevada à die-
u
sc Os inqui-
ta mediterrânica face aos inquiridos dos agregados familiares com segurança alimentar (SA) (5,9% vs 13,1%).
i
d
ridos dos agregados familiares com IA apresentaram prevalências elevadas de diversas doenças crónicas, tais como
a hipertensão arterial (34,1% vs 22,5% nos inquiridos dos agregados familiares com SA), diabetes
s de(15,2% vs 7,5% nos
o dos agregados fami-
eit
inquiridos dos agregados familiares com SA), colesterol elevado (33,6% vs 23,3% nos inquiridos
f
liares com segurança alimentar), doenças cardiovasculares (12,6% vs 9,1% nos a
e
inquiridos dos agregados familiares
r
com SA). No entanto, apenas a diabetes e as doenças reumáticas se encontram
r pa associadas de forma independente
à insegurança alimentar. Sintomas de ansiedade e depressão foramntambém a mais prevalentes nos inquiridos dos
i
m
agregados familiares com IA .
eli
(40)

p r
1.5. Impacto da pandemia COVID-19 nos hábitos a o
e rs alimentares e estado nutricional dos Portugueses
av
A pandemia COVID-19 fez-se acompanhar
a umde desafios a vários níveis, com um impacto transversal em diversos aspe-
tos da vida das pessoas, nomeadamente na saúde e em comportamentos relacionados com o seu estilo de vida. Os
n de agravados pela pandemia podem ser explicados por determinantes relaciona-
indicadores de saúde potencialmente
s
dos com o sistema de saúde
poe a prestação de cuidados de saúde (menor acesso a cuidados de saúde), determinantes
sociais (aumentoodasrredesigualdades sociais e de situações de insuficiência económica) e determinantes ambientais
c
o comportamentos relacionados com o estilo de vida e no ambiente obesogénico) . Por um lado, as
(alteraçõestem (41)

medidas ende confinamento e de contenção social, que foram utilizadas para evitar a expansão da COVID-19, tiveram
m
cu
oimplicações diretas e indiretas na alimentação. Por outro, a COVID-19 teve também impacto nos sistemas de saúde

e d e no ambiente obesogénico (42-44). Neste sentido, importa referir e refletir sobre o impacto da pandemia de COVID-19
Est na alimentação e estado nutricional da população.

O impacto da COVID-19 nos hábitos alimentares em Portugal veio a confirmar-me através de um estudo desenvolvido
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

nos anos de 2020 e 2021 pela Direção-Geral da Saúde, que teve como objetivo avaliar os comportamentos alimenta-
res e de atividade física em contexto de contenção social (45, 46). Os resultados deste estudo revelaram que a pandemia
COVID-19 parece ter contribuído para uma alteração nos hábitos alimentares de uma parte significativa da popula-
ção nacional inquirida e que esse impacto se parece ter prolongado ao longo dos primeiros 12 meses da pandemia.
Comparativamente ao período pré-pandemia, 36,8% da população inquirida reportou ter mudado os seus hábitos
alimentares durante os primeiros 12 meses de pandemia (58,2% dos inquiridos teve a perceção de que mudou para
melhor e 41,8% para pior). As razões para esta alteração parecem relacionar-se com 3 grandes fatores: 1) aumento
das refeições realizadas em casa e/ou aumento do número de refeições cozinhadas, 2) alterações no apetite motiva-

85

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ANEXOS

das por razões emocionais e por último 3) alteração da frequência de idas às compras. As razões para estas altera-
ções nos hábitos alimentares, muitas delas positivas, parecem relacionar-se essencialmente com a possibilidade de
realizar mais refeições em casa ou com o número de refeições cozinhadas, mas outras de carácter eventualmente
mais penalizador para a saúde podem relacionar-se com alterações no apetite motivadas por razões emocionais
(fome hedónica) (46). De facto, este estudo permitiu identificar dois padrões distintos de comportamento e consumo
alimentar durante o período da pandemia COVID-19. Um padrão caracterizado por alterações de consumo alimentar
que podemos considerar menos saudável, caracterizado por um aumento do consumo de (por ex. refeições pré-pre-
paradas, snacks salgados, snacks doces, refrigerantes, enlatados, take-away) e/ou por uma diminuição do consumo de
alimentos considerados mais saudáveis (ex. hortaliças e legumes, peixe, água). Este padrão alimentar menos saudável a
ic
foi mais prevalente em inquiridos com mais dificuldades económicas e em risco de insegurança alimentar, bem como bl
nos inquiridos que apresentam um nível elevado de “fome emocional”. Por oposição, foi identificado um padrão de pu
ao
comportamento alimentar mais saudável, no qual se destaca a diminuição do consumo de alimentos menos saudá-
u ss
sc alcoó-
veis (ex. refeições pré-preparadas, snacks salgados, snacks doces, refrigerantes, take-away, enlatados, bebidas
i
d
licas) e/ou o aumento do consumo de outros, considerados mais saudáveis (ex. hortaliças e legumes, água, fruta).
Parece importante sublinhar que durante o período pandémico analisado, a adoção de comportamentos
s de alimentares
o
eit socioeconomicamente
mais saudáveis pareceu ser mais difícil de atingir nas populações mais jovens e desfavorecidas
f
sugerindo que a nível alimentar, a crise pandémica tenha contribuído para agravar
r a eas desigualdades em saúde. Por
fim, um em cada três portugueses manifestou preocupação quanto a possíveis
r pa dificuldades económicas no acesso
aos alimentos e 12,3% indicou mesmo ter dificuldades económicas no a
inacesso a alimentos, sugerindo que o impacto
m
económico da COVID-19 também poderá ter afetado as condições
eli de acesso aos alimentos .
(46)

p r
Os resultados deste estudo estão em linha com os s a o
e r resultados de estudos internacionais, que sugerem que durante
o período da pandemia se tenha verificou umvaumento da procura por alimentos não saudáveis, nomeadamente
a
m esta mudança para comportamentos alimentares menos saudáveis
dados de revisões sistemáticas que confirmam
u
e a da frequência de snacking e preferência por alimentos não saudáveis ricos
pelos indivíduos, em particular o aumento
d
em gorduras saturadas, açúcares
on e sal, em detrimento de alimentos saudáveis . Outros estudos apontam tam-
(47, 48)

p
bém que em crianças esadolescentes se verificou uma diminuição da atividade física e o aumento do consumo de
alimentos ricos em
re açúcar e sal durante a pandemia . Assim, a pandemia COVID-19 também poderá ter
rgordura,
c o (49-51)

contribuídoto para reverter alguns dos ganhos em saúde obtidos através de políticas nutricionais e alimentares e de ati-
vidade e
n
física, devido a alterações desfavoráveis no padrão de consumo alimentar e de atividade física das populações
m
u . De facto, estas mudanças para um ambiente mais obesogénico poderão ter contribuído para o ganho de
oc
(47, 48, 51, 52)

e d peso observado durante a pandemia. A evidência a este nível ainda é escassa, mas os dados mais recentes da reali-
Est dade americana revelaram que em comparação com o período pré-pandemia, a prevalência de obesidade no adulto
aumentou cerca de 3% após o primeiro ano da pandemia de COVID-19 (53). Já nas crianças e adolescentes, os dados
mostraram um crescimento mais acelerado da prevalência da obesidade, em particular da obesidade infantil, após o
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

início da pandemia. A taxa de aumento do IMC aproximadamente duplicou durante a pandemia em comparação com
o período pré-pandemia. As crianças e adolescentes com excesso de peso ou obesidade pré-pandemia e crianças em
idade escolar foram as que evidenciaram os maiores aumentos (54).

Em paralelo, durante a pandemia COVID-19, foi-se avolumando a evidência científica que mostra o duplo impacto
da malnutrição no curso da doença, pois quer a desnutrição quer o excesso de peso, obesidade e outras doenças
crónicas associadas à alimentação inadequada, se mostraram fatores de risco para o agravamento da infeção por
SARS-CoV-2 e para o aumento das consequências e complicações associadas. Os indivíduos com excesso de peso e

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ANEXOS

obesidade têm sido desproporcionalmente afetados pelas consequências da COVID-19, com um risco aumentado de
infeção pelo SARS-CoV-2 e pior prognóstico aquando da infeção (55). Meta-análises recentes (56, 57) demonstram que
o excesso de peso e a obesidade aumentam o risco de hospitalização por COVID-19, estando a obesidade associada
ao aumento do risco de mortalidade por COVID-19. Mais ainda, verificou-se uma relação linear dose-resposta entre
as diferentes categorias de obesidade e a gravidade da doença por COVID-19 (56).

Estes impactos da pandemia não podem ser desconsiderados e as lições aprendidas devem ser integradas no PNPAS
para o próximo decénio. Assim, fica reforçada a importância da promoção da alimentação saudável e da prevenção
e controlo de todas as formas de malnutrição (em particular do excesso de peso e obesidade), a necessidade de a
ic
uma abordagem cada vez mais interdependente e integrada entre as doenças transmissíveis e não transmissíveis e bl
a necessidade de ter sistemas de informação robustos e regulares, a decorrer em continuo para que seja possível pu
s
monitorizar o impacto de situações deste género nas necessidades de saúde da população e para que seja possível,ao
s
de forma ágil, reorientar as estratégias de saúde, sempre que necessário.
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Es
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

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ANEXOS

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at Birth, Breastfeeding and Obesity in 22 Countries: The WHO European Childhood Obesity Surveillance Initiative -
COSI 2015/2017. Obes Facts. 2019; 12(2):226-43.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

35. NCD RisC. 2017 NCD Risk Factor Collaboration. Country Profile - Portugal. 2017.
36. Rito A, Mendes S, Baleia J, Gregório MJo. Childhood Obesity Surveillance Initiative. COSI Portugal 2019. Lisboa: Ins-
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Portuguese Older Adults: Results From Nutrition UP 65 Study. Food Nutr Bull. 2018; 39(3):487-92.

89

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

39. Madeira T, Peixoto-Plácido C, Sousa-Santos N, Santos O, Alarcão V, Goulão B, et al. Malnutrition among older adults
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40. Gregório MJ, Rodrigues AM, Graça P, de Sousa RD, Dias SS, Branco JC, et al. Food Insecurity Is Associated with Low
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2018; 6:38.
41. Chang D, Chang X, He Y, Tan KJK. The determinants of COVID-19 morbidity and mortality across countries. Sci Rep.
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43. Nather K, Bolger F, DiModica L, Fletcher-Louis M, Salvador J, Pattou F, et al. The impact of COVID-19 on obesity ser- a
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vices across Europe: A physician survey. Clin Obes. 2021; 11(5):e12474. bl
44. Clemmensen C, Petersen MB, Sorensen TIA. Will the COVID-19 pandemic worsen the obesity epidemic? Nat Rev pu
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Endocrinol. 2020; 16(9):469-70.
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45. Gregório MJ, Mendes de Sousa S, Teixeira D, Ferreira B, Figueira I, Taipa M, et al. Programa Nacional para
i sc a Promo-
ção da Alimentação Saudável 2020. Lisboa, Portugal: Ministério da Saúde. Direção-Geral da Saúde; 2020. d
de
46. Gregório MJ, Mendes de Sousa S, Teixeira D, Ferreira B, Figueira I, Taipa M, et al. ProgramasNacional para a Promo-
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ção da Alimentação Saudável 2021. Lisboa, Portugal: Ministério da Saúde, Direção-Geral
f eit da Saude; 2021.
47. Bakaloudi DR, Jeyakumar DT, Jayawardena R, Chourdakis M. The impact of COVID-19
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fast-food and alcohol consumption: A systematic review of the evidence.p a Nutr. 2021.
Clin
a r
48. Gonzalez-Monroy C, Gomez-Gomez I, Olarte-Sanchez CM, Motrico
in E. Eating Behaviour Changes during the CO-
m
VID-19 Pandemic: A Systematic Review of Longitudinal Studies.
r eli Int J Environ Res Public Health. 2021; 18(21).
p
49. Kovacs VA, Brandes M, Suesse T, Blagus R, Whiting S, Wickramasinghe K, et al. Are we underestimating the impact of
COVID-19 on children’s physical activity in Europe?-a a o
e rs study of 24 302 children. Eur J Public Health. 2022; 32(3):494-
96.
av
umGB, Pession A, Zucchini S. Gender differences in weight gain during lockdo-
50. Maltoni G, Zioutas M, Deiana G, Biserni
a
wn due to COVID-19 pandemic in adolescents with obesity. Nutr Metab Cardiovas. 2021; 31(7):2181-85.
51. Pietrobelli A, Pecoraro L, n
de
Ferruzzi A, Heo M, Faith M, Zoller T, et al. Effects of COVID-19 Lockdown on Lifestyle Beha-
o
pObesity
viors in Children with
e s Living in Verona, Italy: A Longitudinal Study. Obesity. 2020; 28(8):1382-85.
r r
52. Badesha HS,oBagri G, Nagra A, Nijran K, Singh G, Aiyegbusi OL. Tackling childhood overweight and obesity after the
c
COVID-19
t o pandemic. Lancet Child Adolesc Health. 2021; 5(10):687-88.
en BJ. Obesity Prevalence Among U.S. Adults During the COVID-19 Pandemic. Am J Prev Med. 2022; 63(1):102-
53. Restrepo
u m
doc 06.
e 54. Lange SJ, Kompaniyets L, Freedman DS, Kraus EM, Porter R, Blanck HM, et al. Longitudinal Trends in Body Mass
Est Index Before and During the COVID-19 Pandemic Among Persons Aged 2-19 Years - United States, 2018-2020.
MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2021; 70(37):1278-83.
55. Popkin BM, Du S, Green WD, Beck MA, Algaith T, Herbst CH, et al. Individuals with obesity and COVID-19: A global
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

perspective on the epidemiology and biological relationships. Obes Rev. 2020; 21(11):e13128.
56. Raeisi T, Mozaffari H, Sepehri N, Darand M, Razi B, Garousi N, et al. The negative impact of obesity on the occurrence
and prognosis of the 2019 novel coronavirus (COVID-19) disease: a systematic review and meta-analysis. Eat Weight
Disord. 2022; 27(3):893-911.
57. Sawadogo W, Tsegaye M, Gizaw A, Adera T. Overweight and obesity as risk factors for COVID-19-associated hospita-
lisations and death: systematic review and meta-analysis. BMJ Nutr Prev Health. 2022; 5(1):10-18.

90

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

ANEXO D –
ALINHAMENTO ENTRE O PNPAS E A AGENDA 2030 DA ONU PARA O DESENVOL-
VIMENTO SUSTENTÁVEL

ic a
bl
pu
s ao
s
i scu
ded
s
e ito
e f
ra
a
a rp
in
e lim
pr
s ao
er
av
u m
e a
n d
po
r r es
o 1. Alinhamento entre o PNPAS e a Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável.
cFigura
to
en
u m
doc
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

91

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

ANEXO E –
EVIDÊNCIA SOBRE A EFETIVIDADE, CUSTO-EFETIVIDADE E IMPACTO NA REDUÇÃO
DAS DESIGUALDADES SOCIAIS DE ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO PARA A PROMO-
ÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E PREVENÇÃO E CONTROLO DA OBESIDADE
Esta revisão da literatura foi desenvolvida para apoiar a prossecução do desenvolvimento da Estratégia Nacional
Alimentar e Nutricional construída pelo PNPAS. Assim, apresenta-se uma revisão da literatura sobre a efetividade de
estratégias de intervenção de base populacional para a promoção da alimentação saudável e para a prevenção e
controlo da obesidade.

ic a
Nota metodológica bl
pu
ao
Esta revisão da literatura teve por base o estudo conduzido pelo Instituto Sax, na Austrália (1), que resume as estraté-
u ss
gias de intervenção de base populacional efetivas na promoção da alimentação saudável e prevenção dacobesidade.
s
irevisões
O estudo publicado pelo Instituto Sax sistematiza evidência de elevada qualidade, proveniente de
e d siste-
máticas e meta-análises, bem como outras revisões relevantes de organismos internacionais
d
s e entidades públicas,
publicadas entre 2016 e 2019. i t o
e fe
a
A revisão da literatura teve ainda por base documentos estratégicos europeus p ar e internacionais, nomeadamente o
documento Tackling NCDs: ‘best buys’ and other recommended interventions ar
in for the prevention and control of noncommu-
nicable diseases” (2017) da OMS, o estudo da OCDE The HeavyliBurden
(2) m of Obesity (2019) , bem como uma revisão
(3)

r e
conduzida pela Comissão Europeia - Reviews of scientific evidence p and policies on nutrition and physical activity: objective
a o
area A2: effectiveness and efficiency of policies and interventions on diet and physical activity (2018) .
rs
(4)

e
av
Adicionalmente, complementou-se a evidência
a um anterior utilizando a mesma expressão de pesquisa e os mesmos
critérios de inclusão e exclusão do estudo australiano, e considerando revisões sistemáticas e meta-análises publi-
n
cadas entre 2019 e 2022. A expressão
de de pesquisa utilizada foi a seguinte: conceito 1 (intervention* OR program* OR
s po 2 (healthy eating OR exercis* OR physical* active* OR obes*) AND conceito 3 (effective*)
policy OR policies) AND conceito
rre review*). No total, foram identificados 2903 artigos, dos quais 2814 foram excluídos após
AND conceito 4 (systematic
o
c
a análise dot otítulo. A análise do resumo completo foi realizada nos restantes 89 artigos. Destes, 51 foram excluídos
n
por nãoese enquadrarem no tema ou por não cumprirem os critérios de inclusão. No final, foram incluídos 38 artigos
m
cu revisão da literatura.
onesta
e d
Est A Tabela 2 descreve e resume a evidência da efetividade, custo-efetividade e impacto na redução das desigualdades
sociais de estratégias de intervenção para a promoção da alimentação saudável e prevenção e controlo da obesida-
de. Encontra-se organizada em oito domínios: 1) Reformulação alimentar; 2) Rotulagem alimentar; 3) Restrição do
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

marketing alimentar; 4) Políticas que influenciam os padrões alimentares através de informação e educação, incluindo
a técnica do nudging; 5) Políticas de preços e incentivos; 6) Oferta alimentar em espaços públicos e outros locais; e 7)
Cuidados de saúde e aconselhamento alimentar ao longo do ciclo de vida. Para cada um destes domínios apresen-
ta-se um conjunto de estratégias de intervenção, para as quais se apresenta informação relativa à: sua efetividade,
análise custo-efetividade, impacto na equidade (Tabela 1) e fontes da informação. Sempre que possível, a evidência
relativa à efetividade foi apresentada de forma desagregada para o peso corporal e para as variáveis relacionadas
com o consumo alimentar.

92

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

PRINCIPAIS RESULTADOS

Da análise dos resultados (Tabela 2), é possível verificar


que:

• As intervenções que apresentam um maior nível


de evidência quanto à sua efetividade, no que res-
peita ao consumo alimentar, e quanto à análise
custo-efetividade são as políticas de reformula- a
ic
ção dos produtos alimentares, a implementação bl
de rotulagem nutricional interpretativa na parte pu
da frente da embalagem e a taxação das bebidas s ao
s
açucaradas.
is cu
• As políticas relacionadas com a implementação de
ded
restrições do marketing alimentar, apesar de se- s
rem medidas pouco dispendiosas e estarem asso- e ito
e f
ciadas a ganhos em saúde, carecem de evidência a
a r
mais robusta quanto ao seu efeito no consumo
a rp
alimentar, ainda que os resultados disponíveis
in
apontem para um efeito provavelmente positivo.
e lim
• Ao analisar as intervenções com base no seu po- pr
ao
tencial para reduzir as desigualdades sociais em
s
er
av
saúde, verifica-se que as restrições ao nível do

um
marketing alimentar, algumas intervenções no do-
a
mínio das políticas de preços e incentivos (subsí-
e
dde
o n
dios ou redução de preço alimentos saudáveis;
p
estabelecimento sde limites obrigatórios para os
rrerisco) e intervenções relacionadas
nutrientesode
c
comtaopromoção de uma oferta alimentar mais
en em espaços públicos e outros locais (im-
saudável
u m
oc plementação de intervenções multicomponente

e d nas escolas, no setor da restauração e no setor


t
Es da distribuição) revelam um efeito potencialmente
positivo.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

93

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

Tabela 1. Classificação utilizada no impacto ao nível da redução das desigualdades sociais


(impacto na equidade).

IMPACTO NA EQUIDADE DESCRIÇÃO

A evidência disponível, incluindo evidência direta e indireta (revisões que


incluem investigação conduzida em laboratório, estudos de modelização
Potencialmente positivo
e/ou estudos teóricos), permitiu identificar que a intervenção tem o
potencial de reduzir as desigualdades sociais na saúde.

A evidência disponível é inconclusiva devido à existência de resultados


Inconclusivo
ambíguos ou inconsistentes.
ic a
bl
pu
A evidência disponível indica que a intervenção pode ter um efeito
Neutro semelhante em todos os estratos sociais, pelo que se considera ter um
impacto neutro na redução das desigualdades sociais na saúde.
s ao
s
Potencialmente negativo i cu
A evidência disponível, incluindo evidência direta e indireta (revisões que
s
incluem investigação conduzida em laboratório, estudos de modelização

ed
e/ou estudos teóricos), permitiu identificar que a intervenção tem o
potencial de aumentar as desigualdades sociais na saúde.

o sd
Não disponível/ Não aplicável
avaliado ou não é aplicável. f eit
O impacto da intervenção ao nível das desigualdades sociais não foi

r ae
pa
Fonte: Adaptado de Sacks G. et al, 2019 .
(1)

a r
in
m
Tabela 2. Resumo da efetividade das intervenções
r eli em matéria de política alimentar e
nutricional relacionadas com a prevenção p da obesidade.
a o
e rs
av
ANÁLISE CUSTO- IMPACTO NA EVIDÊNCIA DE
INTERVENÇÃO EFETIVIDADE
-EFETIVIDADE (ACE) EQUIDADE BASE

Reformulação alimentaru
m
1. Implementação
d
de políticas de
e aPeso corporal
Não disponível.
A reformulação alimen- Não disponível.
tar destinada a reduzir
Review of scientific evi-
dence and policies on
o n
reformulação
Consumo alimentar
o valor energético pode nutrition and physical

s p Forte evidência de que a


permitir poupar até
13,2 mil milhões de
activity, European
Commission (4)
r r e reformulação dos produtos dólares (USD PPP) por ‘The Heavy burden of
ano em despesas de
c o alimentares está associada
à diminuição da ingestão saúde (3).
obesity’, OCDE (3)

to energética (kcal), e consumo Atingir uma redução de


en sal e açúcar (4). É necessária
investigação sobre até que
20% do valor energéti-
co total nos alimentos
um ponto a reformulação conduz à
substituição de um ingrediente
ricos em açúcar, sal,

oc
energia (kcal) e gordura
menos saudável por outro (4). saturada pode resultar
e d Evidência moderada sobre o em ganhos significati-

st
efeito no consumo - é necessá- vos para a saúde, con-
ria mais evidência para explorar seguindo-se evitar até
E até que ponto ocorre substi-
tuição por outros ingredientes
1,1 milhões de casos de
doença cardiovascular,
menos saudáveis (4). diabetes e cancro por
ano (3).
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

1a. Reformulação dos Peso corporal ≤ I$100 por DALY evita- Não disponível. Review of scientific evi-
produtos alimenta- Não disponível. dos nos países de baixo dence and policies on
res para reduzir o e médio rendimento nutrition and physical
teor de sal e defini- Consumo alimentar (2). activity, European
ção de metas para Forte evidência de que a Commission (4)
o sal nos alimentos reformulação dos produtos ‘Best-buys’ da OMS
e refeições está associada à diminuição do para a prevenção e
consumo de sal (4). controlo das doen-
ças crónicas (2)
1b. Substituição de Não disponível. Não disponível. Não disponível. ‘Best-buys’ da OMS
ácidos gordos trans para a prevenção e
e de ácidos gordos controlo das doen-
saturados por ças crónicas (2)
ácidos gordos insa-
turados através da
reformulação

94

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

ANÁLISE CUSTO- IMPACTO NA EVIDÊNCIA DE


INTERVENÇÃO EFETIVIDADE
-EFETIVIDADE (ACE) EQUIDADE BASE
1c. Legislação que Peso corporal > I$100 por DALY evita- Não disponível. Review of scientific evi-
proíba a utilização Não disponível. dos nos países de baixo dence and policies on
de ácidos gordos e médio rendimento nutrition and physical
trans, de origem Consumo alimentar (2). activity, European
industrial, no setor Existe uma forte evidência de Commission (4)
alimentar que esta regulação pode redu- ‘Best-buys’ da OMS
zir a ingestão de ácidos gordos para a prevenção e
trans e evidência limitada dos controlo das doen-
seus benefícios a longo prazo ças crónicas (2)
para a saúde (diminuição da
mortalidade por doenças
cardiovasculares) (4)
2. Limitação do tama- Peso corporal Não disponível. Não disponível. Review of scientific evi-
nho da porção e da Não disponível. dence and policies on
embalagem para nutrition and physical
reduzir a ingestão
energética e o
Consumo alimentar activity, European
Commission (4) ic a
bl
Existe alguma evidência de que
risco de excesso de a redução do tamanho das por- ‘Best-buys’ da OMS
peso/obesidade ções pode reduzir o consumo
alimentar (4).
para a prevenção e pu
ao
controlo das doen-
Os pratos que permitirem ças crónicas (2)
o controlo do tamanho das s s
1 scoping review (5)
porções foram utilizados
principalmente no âmbito de
i s cu
intervenções multicomponen-
tes, sendo a sua eficácia incerta
quando utilizados como um d ed
recurso educativo autónomo s
ou de forma isolada enquanto
ferramenta de controlo de
e ito
porções (5).
e f
Rotulagem alimentar
r a
a
1. Implementação
de rotulagem
Peso corporal
rp
Evidência muito
limitada sobre a relação
Não disponível. Review of scientific evi-
dence and policies on
na
Evidência limitada, mas suges-
nutricional custo-efetividade da nutrition and physical
tiva que associa a rotulagem i
rotulagem alimentar (4). activity, European
alimentar a alterações no IMC
m
eli
(4). Commission (4)

pr
Consumo alimentar ‘Best-buys’ da OMS
para a prevenção e

ao
Forte evidência de que a rotula- controlo das doen-
gem nutricional pode conduzir ças crónicas (2)
s
er
a uma maior consciencialização
sobre as opções saudáveis
av
(4). Resultados contraditórios
sobre o efeito no consumo
u m
alimentar - o conhecimento da

e a informação nutricional nem


sempre influencia a escolha do

n d consumidor (4).

po
2. Rotulagem Peso corporal Não disponível. Potencialmente 1 revisão sistemá-
nutricional na negativo (1) tica e meta-análise

rr es
parte de trás da
embalagem (ex:
Não disponível.
Consumo alimentar
de ECRsi e outros
estudos (6).
co declaração nutri-
cional)
Efeito positivoii (ingestão ener-
gética) (1).
to
en
Efeito positivoii (diminuição da
ingestão de gordura total) (1).

um Efeito positivoii (consumo de

oc
hortícolas) (1).

e d Efeito positivoii (diminuição das


opções pouco saudáveis) (1).

Est 3. Rotulagem
nutricional
Peso corporal Elevada relação custo-
-efetividade (7).
Neutro (1). 1 revisão Cochra-
ne (8)
Não disponível.
interpretativa na Pouco dispendiosa e 1 revisão sistemática
parte da frente da Consumo alimentar
promove ganhos em de revisões sistemá-
embalagem (ex: A rotulagem na parte da frente saúdeii (1). ticas (9)
semáforo nutri-
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

da embalagem, em particular
cional e sistemas o semáforo nutricional, foi 1 revisão sistemática
de classificação identificada como a forma de de ECRs (10)
por pontuação) rotulagem mais eficaz para 2 revisões siste-
transmitir informação nutricio- máticas de ECRs e
nal e, em alguns casos, conduzir de outros estudos
a alteração do comportamento (11, 12)
alimentar dos consumidores (4).

95

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

ANÁLISE CUSTO- IMPACTO NA EVIDÊNCIA DE


INTERVENÇÃO EFETIVIDADE
-EFETIVIDADE (ACE) EQUIDADE BASE
Efeito positivoii (escolha de 1 artigo original de
opções saudáveis) (1). análise de custo-efe-
Efeito provavelmente positivo tividade (13)
(conteúdo energético adquirido Review of scientific evi-
no momento da compra)iv (1). dence and policies on
nutrition and physical
activity, European
Commission (4)
1 revisão narrativa
(7)
3a. Implementação Peso corporal Não disponível. Não disponível. Review of scientific evi-
de rotulagem Não disponível. dence and policies on
nutricional nutrition and physical
interpretativa na Consumo alimentar activity, European
parte da frente
da embalagem,
Existe alguma evidência de que Commission (4)
ic a
bl
a conjugação da rotulagem com
acompanhada de o fornecimento de informação
medidas de edu-
cação alimentar
sobre o contexto pode impul-
sionar a escolha do consumidor pu
dirigidas a adultos
e crianças
(4).
s ao
s
3b. Implementação
de rotulagem
nutricional na
Não disponível. ≤ I$100 por DALY evita- Não disponível.
dos nos países de baixo
e médio rendimento
cu
‘Best-buys’ da OMS
para a prevenção e
i s
controlo das doen-
parte da frente da
embalagem para
(2).
d ed
ças crónicas (2)

reduzir o consumo
s
de sal
3c. Implementação Não disponível. Elevada relação custo- e ito
Não disponível. 1 revisão narrativa
de avisos na -efetividade (7). e f (7)
parte da frente da
r a
embalagem (“FOP
a
rp
warnings”)
4. Alegações nutri- Peso corporal a
Não disponível. Potencialmente 3 revisões sistemá-
cionais e de saúde Não disponível. in negativo (1) ticas de ECRs e de

lim
em produtos outros estudos (6,
alimentares Consumo alimentar 14, 15)
e
pr
embalados Efeito inconclusivo (escolhas
saudáveis e consumo alimentar)
v
(1).
s ao
er
5. Informação Peso corporal A rotulagem de emen- Potencialmente 2 revisões sistemá-
nutricional nas tas tem o potencial negativo (1) ticas de revisões
av
Efeito inconclusivov (IMC) (1).
ementas de economizar até 13 sistemáticas (9, 16)
Consumo alimentar mil milhões de dólares
u m
Efeito positivoii (formulação de (USD PPP) entre 2020 e
2 revisões siste-
máticas de outros
2050 (3).
e a produto) (1).
Efeito provavelmente positivoiv Pouco dispendiosa e
estudos (17, 18)
1 meta-análise (19)
n d (escolha de opções saudáveis) promove ganhos em
1 artigo original de
po
(1). saúde iii (1).
análise de custo-efe-
s Efeito provavelmente positivo tividade (13)
re (conteúdo energético da fast-
or -food adquirida)iV (1). Review of scientific evi-
dence and policies on
c Evidência de baixa qualidade nutrition and physical
o relativa ao consumo alimentar
nt
activity, European
(4). Commission (4)
e Ementas que contenham infor-

c um mação sobre o valor energético


podem reduzir a ingestão ener-
d o gética proveniente do consumo
alimentar em restaurantes. (4).
t e
Es
A informação nutricional nas
ementas dos restaurantes pode
ser integrada num conjunto
mais alargado de intervenções
para aumentar o impacto da in-
tervenção ao nível da promoção
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

de um consumo alimentar mais


saudável da população (4).
Evidência limitada sobre a efi-
cácia da rotulagem de ementas
em contextos reais (4).
A presença de informação
nutricional nas ementas pode
ser mais eficaz em determina-
dos contextos e entre grupos
específicos da população (4).

96

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

ANÁLISE CUSTO- IMPACTO NA EVIDÊNCIA DE


INTERVENÇÃO EFETIVIDADE
-EFETIVIDADE (ACE) EQUIDADE BASE
6. Informações nos Peso corporal Não disponível. Não disponível. Review of scientific evi-
pontos de venda Não disponível. dence and policies on
nutrition and physical
Consumo alimentar activity, European
Forte evidência de que a pre- Commission (4)
sença de informação no ponto 1 revisão sistemática
de venda pode influenciar o (20)
comportamento de compra dos
consumidores (4).
As intervenções no ponto
de venda que identificam as
opções saudáveis/ menos
saudáveis podem levar a um
comportamento de compra
mais saudável por parte do
consumidor, particularmente
ic a
bl
a presença de informação nas
prateleiras de exposição dos
produtos ou o acesso a infor-
mação através da consulta de pu
aplicações digitais. (20). ao
Restrição do marketing alimentar
u ss
Review c
1. Proibições e Peso corporal
restrições do mar- Evidência limitada quanto à
Pouco dispendiosa e
promove ganhos em
Potencialmente
positivo (1) isand
dence
d
of scientific evi-
policies on
keting saúde (1). nutrition and physical
redução do peso/IMC (4).
iii
e
d activity, European
Consumo alimentar
s Commission (4)
Evidência moderada para re-
dução na compra (4). No geral, e ito 1 meta-análise (21)
existe evidência moderada-
e f 1 artigo original de
análise de custo-efe-
mente forte para suportar uma
associação entre a proibição e r a tividade (13)
restrição do marketing e a re- p a
dução da compra de produtos
alimentares nutricionalmente ar
inadequados (4). in
m
eli
Efeito provavelmente positivo
(consumo alimentar) (1).
1a. Implementação Peso corporal
iV
r
p Elevada relação cus- Não disponível. Review of scientific evi-
de restrições ao Não disponível. a o to-efetividade a longo dence and policies on
marketing dirigido
Consumo r s
alimentar
prazo (7). Para maxi- nutrition and physical
a crianças de ali-
mentos e bebidas v e
Evidência moderadamente
mizar a eficácia das
forte restrições ao marketing
activity, European
Commission (4)

saudáveis entrem
a
não-alcoólicas não para suportar uma associação
a proibição e restrição do
de alimentos,
sugere que as
a OMS
políticas
1 revisão narrativa
(7)
a u
marketing e a redução da com- (22):
WHO European Re-
pra de produtos alimentares
d e nutricionalmente inadequados -gatório; tenham caráter obri- gional Obesity Report
2022 (22)
o n entre as crianças (7, 22, 26).
- protejam as crianças Recomendação da
s p A evidência sugere que as de todas as idades, in-
políticas de marketing alimentar cluindo as crianças com Assembleia Mundial

r r e podem resultar na redução mais de 12 anos;


da Saúde (23)
da compra de alimentos não WHO Draft guideline
c o saudáveis (25). - utilizem um modelo
de perfil nutricional
on policies to protect
to A evidência sobre os efeitos ao para classificar os
children from the har-

en nível do consumo alimentar e mful impact of food


alimentos a serem marketing (24)
da modificação de produto é restringidos;
um muito limitada (25).
- sejam suficientemen-
1 revisão sistemática

doc te abrangentes para


minimizar o risco de
(25)

e transição do marketing

Est para outros canais, ou-


tros espaços dentro do
mesmo canal ou outros
grupos etários;
- restrinjam o poder do
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

marketing alimentar.
1b. Promoções Peso corporal Não disponível. Não disponível. Review of scientific evi-
Não disponível. dence and policies on
nutrition and physical
Consumo alimentar activity, European
As promoções em supermer- Commission (4)
cados, restaurantes e cafés 1 revisão sistemá-
podem influenciar com sucesso tica (8)
o comportamento alimentar a
curto prazo (4, 8).

97

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

ANÁLISE CUSTO- IMPACTO NA EVIDÊNCIA DE


INTERVENÇÃO EFETIVIDADE
-EFETIVIDADE (ACE) EQUIDADE BASE
1c. Estratégias de Peso corporal Não disponível. Não disponível. Review of scientific evi-
“product placement” Não disponível. dence and policies on
nutrition and physical
Consumo alimentar activity, European
O “product placement” pode Commission (4)
ser uma estratégia eficaz para 1 revisão sistemática
influenciar o comportamento (27)
de compra dos consumido-
res, particularmente quando
combinada com a rotulagem no
ponto de venda (4).
A disponibilização de alimentos
mais saudáveis nas prateleiras
superiores nas máquinas de
venda automática foi eficaz para
incentivar a compra e o con-
ic a
bl
sumo de alimentos e bebidas
mais saudáveis em ambiente
universitário (27).
pu
Medidas capazes de influenciar comportamentos alimentares através da divulgação de informação, estratégias
de educação alimentar e de nudging
s ao
1. Campanhas nos Peso corporal Não disponível. Não disponível. s
Review of scientific evi-
meios de comuni-
cação social
Não disponível.
i s cu
dence and policies on
nutrition and physical

ed
Consumo alimentar activity, European
Evidência forte de que esta Commission (4)
intervenção contribui para o
s d
ito
aumento da consciencialização
para a nutrição, mas a evidência
é limitada no que toca à mu- f e
dança de comportamento (4).
a e
O impacto na melhoria dos
a r
rp
comportamentos alimentares
saudáveis é moderado, mas
ainda assim positivo (4). a
1a. Implementação Não disponível. in
≤ I$100 por DALY evita- Não disponível. ‘Best-buys’ da OMS
m
de uma campanha
elidos nos países de baixo para a prevenção e

pr
para a mudança e médio rendimento controlo das doen-
de comportamen- (2). ças crónicas (2)
to nos meios de
comunicação social
s ao
visando reduzir a
ingestão de sal er
1b. Implementação av
Peso corporal Não disponível. Não disponível. ‘Best-buys’ da OMS
de uma campa- m
Não disponível. para a prevenção e
nha nos meios de
comunicação social
e meios digitais e au
Consumo alimentar
controlo das doen-
ças crónicas (2)
As campanhas realizadas
d Healthier Together EU
on
para reduzir a in- através dos meios de comunica- Non-Communicable
gestão de gordura ção social (especialmente para Diseases Initiative,
sp
total, de ácidos aumentar o consumo de fruta e European Commis-

rre
gordos saturados, hortícolas e reduzir o consumo sion (28)
de açúcar, de sal de sal) são eficazes na melhoria
co e promover o
consumo de fruta
da qualidade do consumo
alimentar (29).
1 revisão de guarda-
-chuva (29)
to e hortícolas
en 2. Estratégias de Peso corporal Não disponível. Não disponível. WHO European Re-

c um nudging Não disponível.


Consumo alimentar
gional Obesity Report
2022 (22)

d o Podem contribuir para a esco-


1 revisão de guarda-
-chuva (29)
t e lha de opções mais saudáveis e

Es complementar outras interven-


ções, tais como as políticas de
alimentação e nutrição em meio
escolar e os procedimentos de
compras públicas na área da
alimentação que considerem os
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

princípios de uma alimentação


saudável (22).
Os efeitos a longo prazo das
estratégias de nudging na
promoção do consumo de fruta
e hortícolas são heterogéneos
(29).

98

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

ANÁLISE CUSTO- IMPACTO NA EVIDÊNCIA DE


INTERVENÇÃO EFETIVIDADE
-EFETIVIDADE (ACE) EQUIDADE BASE
3. Estratégias de Peso corporal Não disponível porém, Não disponível. WHO European Re-
nudging em con- Não disponível. a eficácia das técnicas gional Obesity Report
texto escolar de nudge é variável e 2022 (22)
Consumo alimentar depende do contexto 1 revisão sistemática
Existe evidência de que as téc- em que são aplicadas (30)
nicas de nudge podem resultar e o custo relativamente
em pequenas, mas significa- baixo (22).
tivas, mudanças na escolha
alimentar (22).
Os resultados da revisão
sistemática indicam que a maior
parte das intervenções que utili-
zaram estratégias de nudging foi
capaz de modificar o comporta-
mento dos clientes da cafetaria
(77% dos estudos reportaram
ic a
bl
efeitos significativos) (30).

pu
4. Aulas de culinária Peso corporal Não disponível. Potencialmente 1 revisão sistemática
ou de desen- Sem efeito (IMC)vi (1). negativo (1) de ECRs e de outros
volvimento de
competências Consumo alimentar
estudos (31)
s ao
1 revisão de guarda-
na confeção dos Efeito provavelmente positivo s
-chuva (29)
alimentos nas
escolas ou na
(consumo alimentar)iv (1).
As aulas de culinária são i s cu
ed
comunidade
eficazes imediatamente após
a intervenção de promoção do
consumo de fruta e hortícolas,
s d
ito
mas os efeitos a longo prazo
são ambíguos (29).
5. Programas de Peso corporal Não disponível.
e fe
Potencialmente 1 revisão Cochra-
mudança de com- negativo (1) ne (8)
Efeito inconclusivo (IMC)v (1, 32). a
portamento nas
escolas: aumento Embora a maioria dos estudos
p ar 3 revisões sistemáti-
cas de ECRs (33-35)
da exposição a ali- revele resultados positivos,
r
mentos saudáveis
(por exemplo,
alguns não verificaram dife-
renças no IMC entre o grupo ina 6 revisões siste-
máticas de ECRs e
de intervenção e o grupo de m de outros estudos
eli
através da utiliza-
ção de cartazes), controlo (33). Em intervenções (36-41)
atividades para
promover estilos pr
que conjugaram a promoção da
atividade física com a promoção
1 revisão sistemática
de revisões sistemá-
de vida saudá-
veis, programas s ao
da alimentação saudável verifi-
caram-se resultados significati-
ticas (42)
de apoio entre er
vos (IMC) (33). 1 revisão sistemática

av
e meta-análise (32)
pares, normal- Consumo alimentar
mente com o
Efeito inconclusivov (consumo
envolvimento
de professores e u m
alimentar) (1).
encarregados de
e a As intervenções educativas
são eficazes na melhoria dos
educação
n d comportamentos alimentares

s po
6. Intervenções
(evidência moderada) (42).
Peso corporal Não disponível. Potencialmente 1 revisão sistemática

rre
que promovam
lanches escolares
Efeito inconclusivov (IMC) (1). negativo (1) de ECRs e de outros
estudos (41)
co saudáveis, in- É necessária investigação mais
robusta para determinar o 1 revisão sistemática
to cluindo orienta-
ções e formação impacto na adiposidade das e meta-análise (43)
en orientada para a crianças (43)

um melhoria da qua-
lidade da oferta
Consumo alimentar

doc alimentar dos lan-


ches escolares
Efeito inconclusivo (consumo
alimentar global, lanches sau-
dáveis) (1).
e
Est É necessária investigação mais
robusta para determinar o
impacto no consumo alimentar
das crianças (43).
7.Estratégias para Peso corporal Não disponível. Neutro (1). 2 revisões sistemáti-
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

aumentar o Não disponível. cas (44, 45)


consumo de hortí-
colas através da Consumo alimentar
utilização ou alte- Efeito inconclusivov (consumo
ração de factores alimentar) (1, 45).
hedónicos
(ex: gosto, prefe-
rências, familiari-
dade)

99

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ANEXOS

ANÁLISE CUSTO- IMPACTO NA EVIDÊNCIA DE


INTERVENÇÃO EFETIVIDADE
-EFETIVIDADE (ACE) EQUIDADE BASE
8. Ações que promo- Peso corporal O estudo de Cobiac Não disponível. 2 revisões sistemáti-
vam a utilização Efeito inconclusivo (IMC)v (1, 46). et al. (48) incluiu a cas de ECRs (50, 51)
adequada de avaliação económica 3 revisões siste-
tecnologias A eficácia das aplicações de de 23 intervenções
eHealth na implementação de máticas de ECRs e
digitais (mHealth, que visaram aumen- de outros estudos
eHealth), incluin- intervenções de saúde para tar o consumo de
adultos/idosos é sustentada (52-54)
do: fruta e hortícolas, seis
pela melhoria dos indicadores das quais utilizaram 5 revisões sistemáti-
- aplicações para clínicos e antropométricos (47). cas (46, 49, 55-57)
smartphones uma componente de
Consumo alimentar tele-saúde ou uma 1 revisão sistemati-
- serviços de men- intervenção de eHealth zada (58)
sagens (ex: SMS) Efeito inconclusivo (consumo
(49). Apenas cinco das
alimentar saudável)v (1). 2 revisões sistemáti-
- videojogos 23 intervenções apre-
A intervenção baseada na cas e meta-análises
sentaram um limiar
- Tele-saúde integração tecnológica favore- (47, 59)
de custo-efetividade
ceu mudanças na compra de 1 revisão de guarda-
alimentos saudáveis e aumen-
inferior a A$50,000
por DALY e mesmo a -chuva (29)
ic a
tou o consumo de alimentos intervenção mais eficaz
bl
pu
saudáveis (55). pôde evitar apenas 5%
As intervenções mHealth da carga da doença
e eHealth são eficazes no
aumento do consumo de
atribuída a um consu-
mo insuficiente de fruta
s ao
fruta e hortícolas (29, 58). Não e hortícolas (49). s
houve evidência forte a favor da
eficácia das aplicações móveis i s cu
ed
na melhoria dos comporta-
mentos de saúde, incluindo os
comportamentos alimentares
(56). As intervenções baseadas s d
na Internet melhoraram glo-
balmente, de forma significa- e ito
tiva, os comportamentos de e f
risco (tabagismo, alimentação
r a
inadequada, consumo abusivo a
de álcool e inatividade física), na
população e a longo prazo (59).
a rp
A gamificação pode ser eficaz
na mudança de comportamen- in
to alimentar nos adolescentes a
curto prazo (57). e lim
Políticas de preços e incentivos pr
1. Taxação Peso corporal
s ao Não disponível. Não disponível. Review of scientific evi-
er
Evidência fraca sobre o impacto dence and policies on

av
na perda de peso (4). nutrition and physical
activity, European
Consumo alimentar
u m
Evidência moderadamente forte
Commission (4)

e a sobre o efeito no consumo


alimentar (4).
n d Nota: ausência de estudos em

s po
1a. Taxação de bebi-
contexto real nesta área.
Peso corporal > I$100 por DALY evita- Neutro (1). 1 revisão sistemática
redas açucaradas dos nos países de baixo de revisões sistemá-

cor Efeito provavelmente positivo


(IMC)iv (1). e médio rendimento
(2).
ticas (9)
2 revisões siste-
o A implementação de uma

e nt taxação elevada sobre as


bebidas açucaradas pode ser
Elevada relação custo-
-efetividade (7, 8).
máticas de outros
estudos (61, 62)

c um eficaz na redução a prevalência


do excesso de peso/obesidade,
Pouco dispendiosa e
promove ganhos em
1 artigo original de
análise de custo-efe-

d o especialmente se o imposto
for específico para o volume de
saúdeiii (1). tividade (13)
‘Best-buys’ da OMS
t e bebidas (60). para a prevenção e
Es Consumo alimentar
Efeito positivo (ingestão ener-
controlo das doen-
ças crónicas (2)
gética)ii (1). 1 revisão narrativa
A implementação de uma taxa- (7)
ção elevada sobre as bebidas 2 revisões sistemáti-
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

açucaradas pode ser eficaz na cas (8, 60)


redução da compra e do con-
sumo de bebidas açucaradas,
especialmente se o imposto
for específico para o volume de
bebidas (60).

100

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

ANÁLISE CUSTO- IMPACTO NA EVIDÊNCIA DE


INTERVENÇÃO EFETIVIDADE
-EFETIVIDADE (ACE) EQUIDADE BASE
2. Subsídios / redu- Peso corporal Não disponível. Potencialmente Review of scientific evi-
ções de preços Efeito provavelmente positivo positivo (1) dence and policies on
de alimentos (estado nutricional e indicado- nutrition and physical
saudáveis (por res de saúde)iv (1). activity, European
exemplo, fruta e Commission (4)
hortícolas) Consumo alimentar
‘Best-buys’ da OMS
Subsídios para alimentos para a prevenção e
nutricionalmente equilibrados controlo das doen-
- evidência forte sobre o efeito ças crónicas (2)
no consumo alimentar (4, 63).
2 revisões sistemáti-
Os subsídios para alimentos cas (8, 63)
saudáveis e os incentivos fiscais
aumentam o consumo de 1 revisão sistemática
alimentos mais saudáveis (4, de revisões sistemá-
29, 63). ticas (9)
Os subsídios para alimentos 1 revisão sistemática
ic a
bl
saudáveis tendem a ser eficazes de ECRs e de outros
estudos (64)
pu
na modificação do comporta-
mento alimentar (4, 63). 1 revisão de guarda-
Efeito provavelmente positivo
(consumo de fruta e hortícolas,
-chuva (29)
s ao
compra e consumo de alimen- s
3. Aplicação de im-
tos saudáveis)iv (1).
Peso corporal Não disponível. Neutro (1). i s cu
1 revisão sistemática
postos específicos
sobre os produtos
Não disponível.
Consumo alimentar d ed
de revisões sistemá-
ticas (9)
alimentares
s 1 revisão de guarda-
nutricionalmente
inadequados (por
Efeito provavelmente positivo
(consumo alimentar)iv (1, 29).
e ito -chuva (29)
exemplo, snacks
doces e salgados, e f
alimentos não ra
saudáveis pron- a
tos a consumir)
a rp
4. Estabelecimento
de limites obri-
Peso corporal
in
Não disponível. Potencialmente
positivo (1)
2 revisões siste-
máticas de ECRs e
lim
Não disponível.
gatórios para os de outros estudos
nutrientes de ris- Consumo alimentar
e (65, 66)
co (ex: sal, ácidos
gordos saturados
pr
Efeito positivo (ingestão de

ao
ácidos gordos trans)ii (1).
e ácidos gordos
s
Efeito positivo (redução do
er
trans, açúcares
consumo de sal)ii (1).
adicionados) em
produtos de cate-
gorias alimenta- av
res específicas
u m
a
Oferta alimentar em espaços públicos e outros locais
e
1. Criação de um
n
ambiente de
d Não disponível. ≤ I$100 por DALY evita- Não disponível.
dos nos países de baixo
‘Best-buys’ da OMS
para a prevenção e

s po
apoio em institui-
ções públicas tais
e médio rendimento
(2).
controlo das doen-
ças crónicas (2)
re como hospitais,

cor escolas, locais de


trabalho e lares
o de idosos, para

e nt permitir a oferta
de opções com

c um baixo teor de
sódio

d o 2. Melhoria do am- Peso corporal Não disponível. Não disponível. Review of scientific evi-
biente alimentar
e Evidência limitada relativamente dence and policies on

Est em meio escolar e


noutros estabele-
a alterações efetivas no IMC (4). nutrition and physical
activity, European
cimentos As intervenções que combinam Commission (4)
a promoção de uma alimen-
tação saudável e a atividade 4 revisões sistemáti-
física podem reduzir o risco de cas (68, 70-72)
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

obesidade (IMC) em crianças 1 revisão Cochrane


pequenas dos 0 aos 5 anos de (67)
idade (67). Há evidência mais 1 revisão sistemática
fraca resultante de um único e meta-análise (69)
estudo de que as intervenções
alimentares podem ser bené-
ficas (67).
As intervenções realizadas
em casa e as que envolveram
pais/famílias foram eficazes na
prevenção da obesidade infantil
(IMC) (68).
As mudanças no ambiente
alimentar escolar poderão me-
lhorar o IMC das crianças (69)

101

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ANEXOS

ANÁLISE CUSTO- IMPACTO NA EVIDÊNCIA DE


INTERVENÇÃO EFETIVIDADE
-EFETIVIDADE (ACE) EQUIDADE BASE
Consumo alimentar
Forte evidência de que intensifi-
car estratégias para a mudança
de um determinado aspeto da
alimentação, por exemplo sobre
a melhoria da disponibilidade
de fruta e hortícolas, pode levar
a um aumento do consumo dos
produtos em questão (4). No
entanto, as intervenções para
aumentar a disponibilidade de
fruta e hortícolas podem ter
menos sucesso no aumento do
consumo de hortícolas (em rela-
ção ao consumo de fruta) (4). A
redução do acesso a alimentos
ic a
bl
ricos em gordura, açúcar ou sal
e/ou a promoção do consumo
de alimentos alternativos “mais
saudáveis”, por exemplo através pu
da alteração da oferta alimentar
das máquinas de venda auto- s ao
mática, foi também identificada s
como uma estratégia eficaz
para melhorar a ingestão nutri- i s cu
ed
cional dos alunos (4).
As intervenções que modifi-
cam o ambiente escolar ou
s d
fornecem diferentes refeições
ou lanches podem ser eficazes
e ito
na melhoria dos padrões
alimentares das crianças (ex: e f
maior consumo de fruta e ra
hortícolas), tanto a curto como a
a longo prazo (70). No entanto,
é necessária mais investigação a rp
para avaliar a eficácia real das in
estratégias com abordagem
multidisciplinar em contexto
e lim
real (70).
Foram poucos os estudos de pr
ao
elevada qualidade, com resul-
s
er
tados objetivamente quantifi-
cáveis, que demonstraram de

av
forma clara quais as estratégias
que podem influenciar o con-
u m
sumo de água entre crianças
pequenas dos 0 aos 5 anos de
e a idade (71).

n d Existe evidência limitada de


que as intervenções destinadas

s po exclusivamente a aumentar o
consumo de água reduzem o
re consumo de bebidas açucara-

cor das (72).


As alterações no ambiente
o
e nt alimentar escolar podem
melhorar o comportamento
alimentar das crianças (69).

cum 3. Políticas para Peso corporal Não disponível. Potencialmente 2 revisões Cochrane

do
promoção de um Efeito inconclusivo (IMC)v (1). positivo (1) (8, 77)
ambiente alimen- 2 revisões sistemá-
te tar saudável em A meta-análise sugeriu que
ticas de revisões
Es
contexto escolar as intervenções alimentares
melhoraram o IMC, embora se sistemáticas (42, 78)
(intervenção mul-
ticomponente) tratem de resultados limitados 1 revisão sistemática
incluindo: devido à heterogenidade e de ECRs (79)
qualidade dos estudos incluídos 5 revisões sistemá-
- Orientações (73). ticas de ECRs e de
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

para refeitórios
escolares; As intervenções realizadas em outros estudos (36,
meio escolar (incluindo inter- 80-84)
venções multicomponentes) 3 revisões sistemáti-
- Fornecimento di- influenciaram positivamente o cas (75, 76, 85)
reto de alimentos/ estado nutricional (IMC) (74).
bebidas saudáveis Na América Latina, foram 1 revisão sistemática
(por exemplo, e meta-análise (86)
identificadas três intervenções
programas de multicomponentes eficazes 1 revisão sistemática
pequeno-almoço (IMC) que combinaram ativida- e meta-análise de
escolar); des ambientais, educativas e de ECRs (73)
-Implementação de envolvimento dos pais (75).
bebedouros; As intervenções alimentares
-Restrições ao mar- conduzidas em meio escolar
keting de alimen- apresentam efeitos modestos
tos inadequados na melhoria ou na manutenção
nas escolas. do peso corporal (76).

102

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ANEXOS

ANÁLISE CUSTO- IMPACTO NA EVIDÊNCIA DE


INTERVENÇÃO EFETIVIDADE
-EFETIVIDADE (ACE) EQUIDADE BASE
Consumo alimentar
Efeito provavelmente positivo
(consumo alimentar em meio
escolar)iv (1).
Efeito inconclusivo (ingestão
energética total diária)v (1).
Evidência limitada para a
efetividade das intervenções
multicomponentes na melhoria
dos comportamentos alimen-
tares (42).
As intervenções multicompo-
nentes conduzem provavel-
mente a um ligeiro aumento no
consumo de fruta e hortícolas
ic a
bl
em crianças com 5 ou menos
anos de idade (evidência de
qualidade moderada) (77).
pu
As intervenções implementadas
em meio escolar (incluindo in-
s ao
tervenções multicomponentes) s
influenciaram o comportamen-
to alimentar (consumo de fruta
i s cu
e hortícolas), mas o desenho da
intervenção afetou a magnitude
do efeito (74). d ed
No geral, as intervenções s
centradas na alimentação,
adotando uma abordagem e ito
ambiental, parecem ser mais e f
eficazes (74).
ra
As intervenções mais abran- a
gentes (“Comprehensive School
Health”) e centradas nas mo- a rp
dificações das políticas de ali- in
lim
mentação escolar demostraram
efeitos positivos significativos
e
no consumo de fruta (86).
pr
As intervenções alimentares nas

s ao
escolas têm efeitos favoráveis
na melhoria dos hábitos alimen-
tares (76). er
4. Intervenções mul-
ticomponentes av
Peso corporal Não disponível. Potencialmente
positivo (1)
1 revisão Cochra-
ne (8)
em serviços de
restauração e de
(1).
a um
Efeito provavelmente positivoiv
2 revisões sistemá-
ticas de revisões
alimentação (ex: Consumo alimentar
e sistemáticas (9, 16)
nd
refeitórios escola- Efeito positivo (comportamento
res, restaurantes, 4 revisões sistemá-
alimentar)ii (1).
p o
cafés e pontos de
venda de refei- As intervenções com aborda-
ticas de ECRs e de
outros estudos (18,

rr es
ções take-away)
para promover
gens comportamentais foram
eficazes na modificação dos
87-89)
1 revisão sistemática
co escolhas mais comportamentos das crianças e meta-análise (90)
saudáveis, in- (85). As abordagens mais
to cluindo: promissoras envolveram a utili- 1 revisão sistemática
(91)
en
zação de incentivos, a alteração
- Identificação das refeições por defeito e dos
de escolhas mais
um saudáveis e infor-
acompanhamentos do prato,
bem como a modificação do
oc
mação nutricional ambiente físico (85).
interpretativa no

e d ponto de venda; O fornecimento de informação


de forma isolada (tamanho

Est - Maior destaque e


apelo ao consumo
da porção recomendada na
rotulagem na frente da embala-
de opções mais gem, valor energético e outros
saudáveis; componentes nutricionais da
- Eliminação de declaração nutricional) foi a
produtos nutricio- abordagem menos eficaz (85).
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

nalmente inade- As intervenções conduzidas


quados e restrição em restaurantes e refeitórios
do marketing melhoraram o consumo de
associado; alimentos saudáveis, reduziram
- Estratégias de a ingestão de gordura e au-
preços que favo- mentaram a disponibilidade de
recem a escolha ementas saudáveis, principal-
de produtos mente nas escolas (90).
saudáveis e desin- Existe evidência de que inter-
centivam a escolha venções na cafetaria no local de
de opções menos trabalho e outras intervenções
saudáveis; de apoio multicomponentes re-
- Medidas que pro- sultaram num maior consumo
movam a presen- de fruta e hortícolas, melhor
ça, por defeito, de consumo alimentar, melhores
opções alimenta- resultados de saúde e maior
res saudáveis nos venda de alimentos saudáveis
menus infantis. (91).

103

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ANEXOS

ANÁLISE CUSTO- IMPACTO NA EVIDÊNCIA DE


INTERVENÇÃO EFETIVIDADE
-EFETIVIDADE (ACE) EQUIDADE BASE
5. Intervenções mul- Peso corporal Pouco dispendiosa e Potencialmente 1 revisão Cochra-
ticomponente em Não disponível. promove ganhos em positivo (1) ne (8)
serviços no setor saúdeiii (1). 1 revisão sistemática
da distribuição Consumo alimentar
de revisões sistemá-
(por exemplo, Efeito provavelmente positivo ticas (9)
supermercados) (compra de alimentos mais
para melhorar a saudáveis)iv (1). 2 revisões siste-
informação nutri- máticas de ECRs e
cional e aumentar de outros estudos
a acessibilidade (92, 93)
e o destaque de 1 artigo original de
opções mais sau- análise de custo-efe-
dáveis, incluindo tividade (13)
a rotulagem nas
prateleiras
6. Intervenções Peso corporal Não disponível. Potencialmente 1 revisão sistemática
ic a
bl
nutricionais Efeito provavelmente positivo positivo (1) de ECRs e de outros
baseadas no (IMC)iv (1). estudos (64)
armazenamento,
incluindo estraté- Consumo alimentar pu
gias de preços de
alimentos, com-
Efeito provavelmente positivo
(consumo alimentar)iv (1). s ao
binadas com a s
promoção da saú-
de comunitária i s cu
em localizações
muito remotas:
d ed
7. Abertura de Peso corporal Não disponível. s
Inconclusivo (1). 2 revisões siste-
novas lojas de
supermercados
Efeito inconclusivo (IMC)v (1).
e ito máticas de ECRs e
de outros estudos
em zonas insu- Consumo alimentar
e f (94, 95)
ficientemente
abastecidas
Efeito inconclusivo (consumo
alimentar)v (1). r a
p a
ar
Cuidados de saúde e aconselhamento alimentar ao longo do ciclo de vida
1. Implementação
de políticas
Peso corporal
i n
Não disponível. Não disponível. 1 revisão sistemática
de ECRs e de outros
e práticas de
Efeito provavelmente positivo
(prevenção da obesidade no
e lim estudos (96)
promoção do alei- início da vida) (1).
tamento materno
iv

p r
Consumo alimentar
nos Cuidados de
Saúde Primários Não disponível. a o
2. Aconselhamento Peso corporal er
s Não disponível. Potencialmente 2 revisões sistemáti-

tação saudável
v
para uma alimen- Efeito inconclusivo
aalimentar (IMC) (1). v positivo (1) cas de ECRs (96, 97)
1 revisão sistemática
e acompanha-
mento nutricio- u m
Consumo
(98)
nal no período aEfeito provavelmente positivo
(consumo de fruta e hortíco-
pré-concecionalee las; duração do aleitamento
pré-natal nd materno) (1). iv

o
e sp Efeitos positivos no compor-
tamento alimentar (aumento
r r significativo do consumo de

c o fruta e hortícolas) (98). Os


estudos eficazes incluíram
to mHealth, aconselhamento, uma

en atividade de grupo ou uma


combinação destes, sendo que
um os estudos mais eficazes incluí-

oc
ram intervenções realizadas por
nutricionistas (98).

e d
Est i. ECRs, ensaios clínicos randomizados.
ii. A evidência disponível demonstra um claro efeito positivo (favorável), baseado em resultados consistentes que indicam melhorias no
resultado (outcome) avaliado (classificação da evidência adaptada de Sacks G. et al, 2019).
iii. A intervenção resulta em ganhos na saúde e é menos dispendiosa em comparação com a prática atual (Sacks G. et al, 2019).
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

iv. A evidência disponível indica que é provável existir um efeito positivo (favorável) no resultado (outcome) avaliado dos estudos analisa-
dos não sejam consistentes e/ou a intervenção não tenha sido bem avaliada (classificação da evidência adaptada de Sacks G. et al, 2019).
v. A evidência disponível é inconclusiva. Com base na evidência avaliada, não foi possível determinar uma tendência clara do efeito devido
a resultados inconsistentes (classificação da evidência adaptada de Sacks G. et al, 2019).
vi. A evidência disponível indica que é provável que não exista qualquer efeito sobre o resultado (outcome) avaliado (classificação da
evidência adaptada de Sacks G. et al, 2019).

104

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ANEXOS

Foram ainda identificadas intervenções adicionais, que são recomendadas em documentos estratégicos da OMS e da
Comissão Europeia, mas paras as quais não foi possível identificar evidência robusta sobre a sua efetividade e a sua
relação custo-efetividade (tabela 3).

Tabela 3. Outras medidas ou boas práticas recomendadas para a promoção da alimentação


saudável e prevenção da obesidade.

INTERVENÇÃO

ROTULAGEM ALIMENTAR
ic a
bl
1. Implementação de políticas que assegurem a adequada rotulagem dos alimentos destinados a lactentes e
crianças pequenas (22).
pu
s ao
RESTRIÇÃO DO MARKETING ALIMENTAR s
iscu
1. Monitorização da exposição das crianças ao marketing digital de alimentos e bebidas (22).
2. Implementação de políticas relacionadas com a modificação dos ambientes alimentarese
d
de alimentos online e aplicações de entrega de refeições) (22).
s d digitais (comércio
o do marketing
eit
3. Estabelecimento de cooperação entre os Estados-Membros para reduzir o impacto
transfronteiriço de alimentos não saudáveis (26).
e f
4. Desenvolvimento de legislação para regular o marketing de alimentos destinados a lactentes e crianças
pequenas, em conformidade com as recomendações da OMS (26). ra
5. Implementação de restrições ao marketing inadequado de produtos
materno, de acordo com o Código Internacional de Marketing r pa alimentares que competem com o leite
de Substitutos do Leite Materno (22).
i na
m
eli
POLÍTICAS DE PREÇOS E INCENTIVOS

1. Aplicação de impostos, de forma abrangente,


r
p a produtos alimentares que apresentam um perfil nutricional
inadequado (22).
a o
POLÍTICAS DE PREÇOS E INCENTIVOS e rs
a v saudáveis em escolas, instituições de acolhimento para crianças,
1. Promoção de ambientes alimentares

a
saudáveis (22, 26, 28).
um para crianças, assegurando que apenas são disponibilizados alimentos
eventos e espaços desportivos

e de refeições gratuitas em locais públicos, nomeadamente escolas, creches, instalações


2. Disponibilização
dpara
o
rendimento
n
desportivas
(22).
crianças, dirigidas em particular aos primeiros anos de escolaridade e a famílias com baixo

e sp
3. Implementação de políticas de compras públicas de alimentos ou de serviços de alimentação, garantindo
r rque todos os alimentos servidos ou vendidos em locais públicos contribuam para a promoção de uma

co alimentação saudável (22).


t o 4. Definição de orientações de planeamento urbano (zoneamento/desertos alimentares, mobilidade suave,

en
licenças de marketing, bebedouros/ fontes de água ...) (28).
5. Implementação de legislação sobre a localização geográfica e as condições de funcionamento dos pontos de
m
ocu venda de alimentos, de modo a melhorar o ambiente alimentar (22).
6. Limitação da existência de pontos de venda de alimentos não saudáveis nas proximidades dos

e d estabelecimentos de ensino, de modo a reforçar os esforços conduzidos dentro das escolas para a
t promoção de uma alimentação saudável (22).
Es 7. Implementação de medidas que promovam a saúde nos locais de trabalho, nomeadamente através da
garantia de uma oferta alimentar adequada e da disponibilização de bebedouros (28).

CUIDADOS DE SAÚDE E ACONSELHAMENTO ALIMENTAR AO LONGO DO CICLO DE VIDA


DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

1. Integração de estratégias de promoção da saúde e de prevenção da doença no sistema de saúde (28).


2. Implementação da Iniciativa “Hospitais Amigos dos Bebés” para apoiar as mães a amamentar os seus bebés
e fornecer formação de suporte à amamentação para profissionais de saúde (22).
3. Promoção e apoio à amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses de vida (22).

OUTRAS INTERVENÇÕES

1. Desenvolvimento e implementação de modelos de perfil nutricional que permitam identificar alimentos e


bebidas não saudáveis (26, 28).

105

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ANEXOS

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110

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


ANEXOS

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s de
o
f eit
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doc
e
Est
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

111

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ANEXOS

ANEXO F –
MODELO CONCEPTUAL DO PNPAS 2022-2030

CONTEXTO INTERVENÇÕES METAS A 2030

VISÃO MISSÃO

O PNPAS visa promover o estado de saúde da Cidadãos vivam, cresçam, aprendam, trabalhem em ambientes alimentares saudáveis
população portuguesa, atuando num dos seus
principais determinantes, a alimentação, Cidadãos mais informados e capacitados para escolhas alimentares saudáveis
prevenindo e controlando todas as formas de
malnutrição. Sistema de saúde com mais respostas e mais capacitados (alimentação suadável,
prevenção e controlo obesidade)

ic a
bl
CONTEXTO INTERVENÇÕES METAS
pu
86 % carga da doença EIXOS NUCLEARES 1 METAS A CURTO PRAZO
s ao
é devida às doenças crónicas 1. Proteger e apoiar s
EXCESSO DE PESO
Ambientes alimentares saudáveis
2. Informar e capacitar até 2027.
i s cu
Reduzir o teor de sal em pelo menos 10 %

ed
58,1 % excesso de peso Cidadãos informados e capacitados Reduzir o teor de açúcar em pelo menos 20
% até 2027.
(21,6 % obesidade)
29,6 % excesso de peso infantil
para escolhas alimentares saudáveis
3. Identificar e cuidar
d
Aumentar o conhecimento sobre a DM em
s
ito
(12 % obesidade) pelo menos 20 % até 2027.
Reforço da promoção da alimentação
saudável nos cuidados de saúde e
f e
ALIMENTAÇÃO INADEQUADA acesso a cuidados nutricionais
a e
2 METAS A MÉDIO PRAZO
7,3 % DALYs
EIXOS TRANSVERSAIS
r a % de consumo de pelo menos
aAumentar
11,4 % mortalidade
56 % consumo hortícolas 4. Integrar e articular
p 400g de fruta e hortícolas até 2030.
r Reduzir o consumo de carne processada até
a
e fruta < 400 g/dia Alimentação saudável em todas as
políticas e em toda a sociedade in 2030.

lim
76,4 % ingestão sódio superior Reduzir o consumo de alimentos não
à recomendação 5. Monitorizar e avaliar saudáveis (alimentos ultraprocessados e
e
24,3 % ingestão açúcares livres
≥ 10 % do VET pr
Sistema de informação de qualidade
em alimentação e nutrição
alimentos que não constam na Roda dos
Alimentos) até 2030.

s ao Reduzir o consumo de refrigerantes e outras

er bebidas açucaradas em crianças e

av
adolescentes até 2030.
Reduzir a ingestão de sódio em 30 % até

u m 2030.
Reduzir a proporção de crianças e

e a adolescentes que apresentam uma ingestão

n d de açúcares livres superior à recomendação


da OMS até 2030.

s po Aumentar a taxa de aleitamento materno

re exclusivo até 6 meses para 50 % até 2030.

c or Aumentar a proporção de indivíduos com


acesso a, pelo menos, um recurso de
aconselhamento breve para a alimentação
o
e nt saudável até 2030.

um
3 METAS A LONGO PRAZO

oc Travar o crescimento e reverter a tendência

e d na prevalência da obesidade em adultos até


2030.
t
Es Reduzir a prevalência do excesso de peso e
da obesidade em crianças e adolescentes em
pelo menos 5 % até 2030.
DOCUMENTO EM CONSULTA PÚBLICA

Figura 1. Modelo conceptual do PNPAS 2022-2030.

112

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE | PNPAS | 2022-2030


Direção-Geral da Saúde
Alameda D. Afonso Henriques, 45 | 1049-005 Lisboa | Portugal
Tel.: +351 218 430 500 | Fax: +351 218 430 530
E-mail: geral@dgs.min-saude.pt

www.dgs.pt

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