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1.

º TESTE DE AVALIAÇÃO

Nome ___________________________ N.º _____ Turma ______ Data


______

Avaliação _______________________ Professor(a) ______________________

Grupo I – Leitura e Educação literária


PARTE A
5 Observa a página seguinte de uma revista juvenil.

Visão Júnior n.º 150, novembro de 2016, página 49.

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1. Assinala, com X, de 1.1. a 1.4., a opção que completa cada frase, de acordo com o
10 sentido do documento que acabaste de ler.
1.1. O “sistema límbico” (3 pontos)
o informa o nosso cérebro sobre o que estamos a sentir e queremos fazer.
o analisa as nossas emoções e comportamentos sociais.
o compara as nossas emoções com os nossos comportamentos.
15 o é o responsável pelo que sentimos e pelo que fazemos.
1.2. A amígdala recebe (3 pontos)
o informações do hipotálamo.
o informações sobre tudo o que sentimos.
o adrenalina.
20 o estímulos do coração.
1.3. É no córtex pré-frontal que (3 pontos)

o se produz adrenalina.
o o sistema de alerta aumenta.
o se avaliam os riscos dos nossos atos.
25 o se detetam as sensações.
1.4. Quando estamos em perigo, (3 pontos)
o nunca devemos arriscar.
o devemos sempre arriscar.
o devemos arriscar com responsabilidade.
30 o o córtex pré-frontal tenta perceber se devemos ou não arriscar.
2. Repara no que diz um menino chamado Rafael: (8 pontos)
“Uma vez, dei uma queda grave de skate e parti o fémur”, conta o Rafael.
Apmês sem poder praticar, o Rafael decidiu voltar a andar de skate, apesar
de estar consciente do perigo. “Queria sentir a adrenalina”, explica.

Que elemento do sistema límbico foi o principal responsável pela decisão tomada
pelo Rafael? Justifica a tua resposta.

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35 ___________________________________________________________
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PARTE B

Lê o texto que se segue.

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O QUE PARTIU À PROCURA DO MEDO

Um pai tinha dois filhos. O mais velho era ajuizado e inteligente, mas o
mais novo era tonto, incapaz de compreender ou aprender o que quer que
50 fosse. As pessoas, quando o viam, costumavam dizer:
— Aí está um que há de vir a ser um belo fardo para o pai!
Sempre que tinha uma tarefa a fazer, acabava por ser o mais velho a
ocupar-se dela; mas este, se o pai lhe pedia para ir buscar qualquer coisa a
uma hora tardia ou à noite em caminho que passasse pelo cemitério ou
55 qualquer outro lugar sinistro, respondia:
— Oh não, pai, não vou, que isso faz-me pele de galinha — pois era
medroso. Também à noite, ao serão, quando contavam histórias de pôr os
cabelos em pé, as pessoas diziam por vezes:
— Brrr, isso faz pele de galinha. [...]
60 O pai suspirou e disse:
— Hás de aprender o que é pele de galinha, mas não é com isso que
ganharás o teu pão.
Pouco depois, o sacristão veio visitá-los; então, o pai lamentou-se e
contou-lhe que o filho mais novo não sabia nada de nada:
65 — Imagine que, quando lhe perguntei como é que pensava ganhar a
vida, me disse que queria aprender a ter pele de galinha.
— Se é só isso — disse o sacristão — poderá aprender comigo;
confiai-mo que eu me encarregarei de o desembaraçar. O pai ficou todo

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contente, pois pensou: «O meu rapaz ainda vai aprender qualquer coisa.» E
70 assim o sacristão levou-o para casa e mandava-o tocar o sino. Ao fim de
alguns dias, o mestre veio acordá-lo ao bater da meia-noite e mandou-o
levantar-se e subir ao campanário e tocar o sino. «Vou ensinar-te o que é o
medo», pensou; e foi à frente, às escondidas, e quando o rapaz chegou ao
cimo e se virou para agarrar na corda viu uma forma branca nas escadas.
75 — Quem vem lá? — gritou, mas a forma não disse nada, nem se
mexeu.
— Responde — gritou o rapaz — ou então vai-te embora depressa,
não tens nada que fazer aqui à noite.
Mas o sacristão continuava imóvel, para que o rapaz o tomasse por
80 um fantasma. E ele gritou pela segunda vez:
— O que é que estás aqui a fazer? Se és um homem honesto fala, se
não atiro-te pelas escadas abaixo.
O sacristão pensou: «De certeza que não faz uma coisa dessas» e
continuou mudo e quedo como se fosse de pedra. Então o rapaz falou-lhe
85 pela terceira vez, e como não obteve resposta, tomou balanço e empurrou-o
pelas escadas abaixo, de tal maneira que saltou dez degraus e ficou
estatelado num canto. Em seguida, tocou o sino, voltou para o quarto deitou-
se sem dar um pio e voltou a adormecer. A mulher do sacristão esperou
muito tempo pelo marido, que nunca mais voltava. Por fim, assustou-se e foi
90 acordar o rapaz perguntando-lhe:
— Não sabes o que é que aconteceu ao meu marido? Ele subiu para o
campanário à tua frente.
— Não — respondeu-lhe o rapaz — mas estava alguém nas escadas,
e como não queria responder nem ir embora, pensei que era um malfeitor e
95 atirei-o pelos degraus abaixo. Ande, vá lá ver, se for ele ficarei muito
aborrecido.
A mulher saiu logo e encontrou o marido num canto a gemer, porque
tinha partido uma perna.
Depois de o ajudar a descer, foi aos gritos a casa do pai do rapaz:
100 — O vosso filho causou-nos uma grande infelicidade; atirou o meu
marido pelas escadas abaixo de tal maneira que ele partiu uma perna. Tirai

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esse patife da nossa casa. Assustado, o pai acorreu num instante e ralhou ao
filho:
— Que brincadeira de mau gosto foi esta? Deve ter sido o demónio
105 que te inspirou.
— Pai — respondeu-lhe — escute-me, estou inocente, ele estava lá
completamente imóvel como se fosse alguém com más intenções. Não sabia
quem era e avisei-o três vezes para falar ou ir-se embora.
— Ah — disse o pai — tu só hás de trazer-me desgostos; desaparece
110 da minha vista, nunca mais te quero ver.
— Está bem, pai, com certeza, esperai só que se faça dia e partirei
para saber o que é o medo. Isso dar-me-á uma ciência com que poderei
alimentar-me.
Jacob e Wilhelm Grimm, Contos de Grimm, trad. de Graça Vilhena e Ana Castro Osório,
115 Relógio D’Água, Lisboa, 2007, págs. 7-9 (com supressão).

3. Localiza a ação no espaço, referindo todos os locais onde as personagens


se movimentam. (4 pontos)
____________________________________________________________
120 ____________________________________________________________
4. Os dois irmãos eram muito diferentes um do outro.
4.1. Transcreve a sequência do 1.º parágrafo que revela uma característica
psicológica do mais novo. (4 pontos)
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125 _________________________________________________________
4.2. Diz por palavras tuas o que as pessoas pensavam dessa sua
característica psicológica. (4 pontos)
___________________________________________________________
_________________________________________________________
130 5. À noite, por vezes, contavam-se “histórias de pôr os cabelos em pé”.
(linhas 10-11)
Explica o significado da expressão sublinhada. (4 pontos)

___________________________________________________________
_________________________________________________________

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135 6. Quando o sacristão o foi visitar, o pai mostrou-se descontente com as
atitudes do filho.
Transcreve a passagem do texto que confirma esta afirmação. (4 pontos)

___________________________________________________________
_________________________________________________________
140 7. “O sacristão [...] continuou mudo e quedo como se fosse de pedra.” (linha
37)
7.1. Assinala com X o recurso expressivo presente na frase transcrita. (2 pontos)

o Enumeração
o Personificação
145 o Comparação

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o Onomatopeia
7.2. Explica de que modo esse recurso expressivo contribui para o sentido da
frase. (4 pontos)
___________________________________________________________
150 _________________________________________________________
8. No início da narrativa, subentende-se que o irmão mais novo não era nem
ajuizado nem inteligente e que não seria capaz de enfrentar as
dificuldades.
Atendendo à evolução da história, consideras justa esta afirmação?
155 Justifica a tua resposta. (4 pontos)
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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Grupo II – Gramática
Responde aos itens seguintes, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Completa o quadro seguinte com o plural dos nomes indicados. (4 pontos)


Singular Plural
sacristão
rapaz
malfeitor
intenção
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2. Atenta nas palavras destacadas nas frases seguintes: (3 pontos)
Todos diziam que ele era tolo, embora alguns só o conhecessem de vista e
muitos nunca tivessem falado com ele.
_______________________________________________________________
170 3. Atenta nas palavras sublinhadas nas frases seguintes: (4 pontos)
A. Um pai tinha dois filhos.
B. O sacristão subiu um terço das escadas.
C. Avisei-o três vezes para se ir embora.

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D. O rapaz não ouviu nenhum conselho.


175 3.1. Identifica os quantificadores, completando a grelha seguinte.
Quantificadores
Numerais Quantificadores que Quantificadores que
(indicam o número exato) indicam a totalidade indicam uma parte

4. Identifica os determinantes interrogativos presentes nas frases seguintes: (3 pontos)


A. Que brincadeira de mau gosto foi esta?
B. A qual fantasma te referes?
_____________________________________________________________________
180 _____________________________________________________________________
5. Indica as funções sintáticas dos pronomes pessoais átonos presentes nas frases
seguintes: (3 pontos)
A. Isso faz-me pele de galinha.
_______________________________________________________________
185 B. A mulher assustou-se e foi acordar o rapaz.
_______________________________________________________________
6. Reescreve a frase seguinte, substituindo “ele” por “ninguém”. Introduz na frase as
alterações necessárias. (3 pontos)
Ele visitou-os.
__________________________________________________________________
190

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Grupo III – Escrita (30 pontos)

Resume o texto narrativo “O que partiu à procura do medo” para cerca de 1/3 da
200 extensão do texto-fonte, seguindo estas indicações:

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 refere apenas o essencial;
 evita o discurso direto;
 substitui enumeraçõ es por expressõ es genéricas;
205  respeita a ordem do texto;
 atribui o mesmo título.

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