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A INCONFIDÊNCIA MINEIRA

E A REVOLUÇÃO
F E D E R A
L I S T A
Disciplina: Sociologia.
Professora: Luzenir Mota.
Alunos: Ana Clara Reis, Larissa Leite, Kelren Luana e Rafael.
INCONFIDÊNCIA MINEIRA
A Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira foi um movimento de
caráter separatista que ocorreu na então capitania de Minas Gerais, em
1789. O objetivo era proclamar uma República independente, criar uma
universidade e abolir dívidas junto à Fazenda Real.
O movimento, porém, foi descoberto antes do dia marcado para a
eclosão por conta de uma delação. Com isso, seus líderes foram presos e
condenados.

Participantes

A Conjuração Mineira foi uma conspiração organizada pela elite


socioeconômica da capitania das Minas Gerais. Nas palavras das
historiadoras Lília Schwarcz e Heloísa Starling, o grupo que formava os
conspiradores da conjuração eram pessoas que “tinham laços familiares,
de amizade ou econômicos” que os vinculavam com a “cúpula da
sociedade das Minas”.
Elas também destacam que, apesar de ser formado majoritariamente
por membros da elite socioeconômica, o grupo era composto por
pessoas dos mais diversos ofícios, tais como poetas, cônegos,
engenheiros, médicos, militares, comerciantes etc. O membro da
conspiração de situação econômica mais humilde era Joaquim José da
Silva Xavier, o Tiradentes, comandante da tropa que monitorava a
estrada (Caminho Novo) que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Ele,
por sua vez, foi um dos membros mais participativos da conjuração.

Causas

A Inconfidência Mineira foi resultado da insatisfação da elite econômica da capitania


das Minas Gerais com a política fiscal imposta pela Coroa portuguesa. Essa insatisfação
existiu ao longo de todo o século XVIII, mas a partir da década de 1780 ganhou força e
ares de separatismo, dando uma nova dimensão a esse movimento político.
São consideradas as principais causas:
Exploração colonial imposta por Portugal ao Brasil;
Medidas autoritárias, tomadas pela corte portuguesa, com relação ao
desenvolvimento econômico, político e social;
Cobrança do "quinto" pelos portugueses. Esta taxa incidia sobre todo ouro encontrado
no Brasil e estabelecia que 20% deveria ir para os cofres da corte portuguesa. Quem
não pagasse sofria sérias punições, entre elas o degredo para a África;
Vontade da elite brasileira (principalmente fazendeiros) em participar ativamente das
decisões políticas do país;
Influência do liberalismo. Intelectuais brasileiros entraram em contado com o
pensamento liberal europeu, que defendia liberdade e democracia, e pretendiam
implantar estes ideais no Brasil. Estes ideais só poderiam ser atingidos com a
Independência do Brasil;
A criação da Derrama.

Consequências

As principais consequências da Inconfidência Mineira foram:


Todos os inconfidentes foram presos, enviados para a capital (Rio de Janeiro) e
acusados pelo crime de infidelidade ao rei;
Alguns inconfidentes ganharam como punição o degredo para a África; e outros uma
pena de prisão;
Tiradentes, após assumir a liderança do movimento, foi condenado à forca em praça
pública;
Portugal aumentou a fiscalização sobre a região aurífera para evitar outros movimentos
separatistas semelhantes ao da inconfidência.
REVOLUÇÃO FEDERALISTA
A Revolução Federalista ocorreu no sul do Brasil logo após a Proclamação da República,
entre os anos de 1893 e 1895, e demonstrou a insatisfação dos republicanos quanto aos
rumos tomados pelos primeiros presidentes da república brasileira. Teve como causa a
instabilidade política gerada pelos federalistas, que pretendiam "libertar o Rio Grande do
Sul da tirania de Júlio Prates de Castilhos", então presidente do Estado.
O conflito originou-se da crise política gerada pelos Federalistas, grupo opositor ao
governo de Júlio de Castilhos, então presidente do Rio Grande do Sul, que buscava
conquistar maior autonomia e descentralizar o poder da recém-instalada República.
Havia uma divisão entre os republicanos: uma ala defendia a descentralização do poder,
com maior participação dos estados, enquanto outra ala considerava necessário o
presidente ter mais poderes para consolidar-se a república no Brasil. Ao mesmo tempo,
havia o embate entre militares do Exército e da Marinha a respeito das suas participações
no governo federal.
Causas

A principal causa foi a disputa política entre republicanos (conhecidos popularmente como
pica-paus) e federalistas (conhecidos como maragatos) pelo controle do governo do Rio
Grande do Sul.
Os republicanos eram representantes das elites econômicas do Sul do Brasil e tinham
como líder Júlio de Castilhos (presidente do estado do Rio Grande do Sul). Esse grupo tinha o
apoio político de Floriano Peixoto, presidente do Brasil em 1893. Eram defensores dos ideais
positivistas.
Os federalistas queriam tirar do poder o presidente Júlio de Castilhos e seu grupo político.
A busca por maior autonomia, adoção de um sistema parlamentar, reforma constitucional e
a descentralização do poder eram os principais objetivos dos federalistas. Os
revolucionários foram liderados pelo magistrado e político Silveira Martins, do Partido
Federalista.
Consequências

As tensões entre os dois grupos se acirram e acabou ocorrendo uma sangrenta disputa
armada. A guerra civil começou quando, em fevereiro de 1893, os federalistas pegaram
em armas e se levantaram contra os republicanos.
Depois de muitos combates armados e grande quantidade de mortos (cerca de 10 mil
entre militares e civis), as forças governamentais (dos republicanos) saíram vencedoras.
Vale lembrar que o presidente Floriano Peixoto enviou ajuda de forças federais para
combaterem ao lado dos republicanos.

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