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CENTRO ESTADUAL DE

EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL

Débora Dias Braga, Eyshila Regina Oliveira Brunel, Evyla, Lucas Fernando Machado
Souza

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E


SUA IMPORTÂNCIA NOS MEIOS
ECONÔMICOS

Dourados, MS
2022
Débora Dias Braga, Eyshila Regina Oliveira Brunel, Evyla, Lucas Fernando Machado
Souza

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E SUA IMPORTÂNCIA NOS


MEIOS ECONÔMICOS

Monografia apresentada ao curso Técnico


Em Comércio da escola CEEP- Centro
Estadual de Educação Profissional de
Dourados como requisito final para
aprovação do módulo o Trabalho de
Conclusão de Curso.

Dourados, MS
2022
RESUMO
O comércio, quando realizado de forma coerente com o Código de Defesa do
Consumidor, tem como principal foco o melhor desenvolvimento da economia de um
país, o que reflete mundialmente.
Podemos identificar, no Egito Antigo uma preocupação com a qualidade dos produtos
que eram comercializados por mercadores. Os egípcios, por questões estéticas,
religiosas, e de saúde, cultivavam o hábito de pintar o próprio corpo com alguns tipos de
maquiagem. Já naquela época, era possível verificar a existência de concorrência entre
os fabricantes desses produtos, estabelecendo, então, uma competição entre eles, no
sentido de oferecer produtos com maior qualidade, em razão das exigências dos
consumidores.
O poder público opera como gestor nos conflitos e na esfera penal determina punições e
crimes para os fornecedores que fazem a venda de produtos que desrespeitam os direitos
do consumidor. Isso é previsto hoje em dia no Código de Defesa do Consumidor.
Praticamente toda atividade econômica corre um risco. O empresário deve procurar o
equilíbrio entre quanto de risco está disposto a correr e o custo que isso gera, podendo
maximizar seu lucro. O CDC cria incentivos para que as empresas invistam em
qualidade, otimizando a economia mundial.
ABSTRACT
Trade, when carried out in a manner consistent with the Consumer Protection Code, has
as its main focus the better development of a country's economy, which reflects
worldwide.
We can identify, in Ancient Egypt, a concern with the quality of products that were
marketed by merchants. The Egyptians, for aesthetic, religious and health reasons,
cultivated the habit of painting their own bodies with some types of makeup. Already at
that time, it was possible to verify the existence of competition between the
manufacturers of these products, establishing, then, a competition between them, in the
sense of offering products with higher quality, due to the demands of consumers.
The public power operates as a manager in conflicts and in the criminal sphere
determines punishments and crimes for suppliers who sell products that disrespect
consumer rights. This is currently provided for in the Consumer Defense Code.
Virtually all economic activity is at risk. The entrepreneur must seek the balance
between how much risk he is willing to take and the cost that this generates, in order to
maximize his profit. The CDC creates incentives for companies to invest in quality,
optimizing the world economy.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO______________________________________________________05
1.1 Surgimento do capitalismo ________________________________________ 07

1.2 Introdução à história da economia mundial____________________________ 07

1.3 Origem do direito do consumidor ___________________________________ 07

2.1 Surgimento e origens do CDC______________________________________ 09

2.2 Evolução do CDC _______________________________________________ 09

2.3 Direitos básicos do consumidor_____________________________________ 09

3.1 A importância do CDC para os meios Econômicos______________________ 10

CONCLUSÃO ______________________________________________________ 10
INTRODUÇÃO
O CDC (Código de Defesa do Consumidor) é um conjunto de normas que garante,
constitucionalmente a defesa do cidadão enquanto consumidor. Visa a proteção dos
direitos do consumidor, estabelecendo relação entre o consumidor com o fornecedor.
O Código de Defesa do Consumidor surge como uma ferramenta fundamental para o
direito econômico, que de acordo com o advogado Benigno Núñez Novo, “Direito
Econômico é o ramo do direito que se compõe das normas jurídicas que regulam a
produção e a circulação de produtos e serviços, com vista ao desenvolvimento
econômico do país jurisdicionado”. Seu papel, é visar o comprometimento das empresas
em distribuir produtos e serviços de qualidade e na proteção da parte mais frágil, o
consumidor. Caso contrário, possuir sanções e penas aplicáveis a cada caso, através da
lei 8.078 do CDC: Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos.
1.1 Surgimento do Capitalismo
O capitalismo surgiu na Europa Ocidental devido às mudanças ocorridas no sistema
feudal. Que consistia em uma organização econômica, social e política concentrada na
Europa Ocidental, na Idade Média. O sistema feudal não era fundamentado no
comércio, mas tinha como base as trocas naturais entre o senhor feudal e o camponês
O capitalismo é um sistema econômico que visa ao máximo lucro e ao predomínio da
propriedade privada e busca constante pelo lucro e pela acumulação de capital, que se
manifesta na forma de bens e dinheiro.

1.2 Introdução à história da economia mundial

A economia mundial refere-se à economia de todos os países juntos.


Quando surgiu a economia mundial: constituiu-se consolidamente no final do século
XX, mais precisamente após a Guerra Fria, quando o sistema capitalista e todas as suas
formas de produção difundiram-se em todas as partes do globo terrestre.
Fatos históricos contribuíram para o surgimento da integração entre economia, produção
e consumo.
O desenvolvimento tecnológico tem sido principal responsável pela dinamização da
produção e da expansão do consumo. A revolução industrial no século XVIII
transformou a fabricação dos bens artesanalmente fabricados em processos de
fabricação industrial mecanizados. O impacto desse evento deu agilidade ao processo de
produção e consequentemente de consumo.
A sociedade transformou-se, e a cultura do consumo trouxe novas perspectivas à
economia.

1.3 Origem do Direito do Consumidor

Uma série de ocorrências históricas envolvendo o consumo foram necessárias para que
o sistema de proteção do consumidor, como o conhecemos hoje, seja bem
compreendido. Isso nos mostra a evolução dos institutos jurídicos aplicáveis às relações
de consumo.
A proteção do consumidor tem suas primeiras evidências identificadas no antigo Egito.
Os egípcios, por questões estéticas, religiosas, e de saúde, cultivavam o hábito de pintar
o próprio corpo com alguns tipos de maquiagem, e, já naquela época, era possível
verificar a existência de concorrência entre os fabricantes desses produtos,
estabelecendo, então, uma competição entre eles, pois queriam oferecer produtos com
maior qualidade, em razão das exigências dos consumidores.
Também podemos observar, a proteção do consumidor pode ser identificada em textos
antigos, como o Código de Hamurabi, editado no Império Babilônico. Que defendia os
compradores de bens e serviços, o Rei Hamurabi estabeleceu uma forte legislação,
contendo regras como a dos artigos 229 e 233 que previa:
Art. 229 – Se um pedreiro edificou uma casa para um homem mas não a fortificou e a
casa caiu e matou seu dono, esse pedreiro será morto”
Art. 233 – Se um pedreiro construiu uma casa para um homem e não executou o
trabalho adequadamente e o muro ruiu, esse pedreiro fortificará o muro às suas custas.
Assim, é possível notar, no texto legal antigo, a presença da responsabilidade objetiva,
hoje consagrada pelo Código de Defesa do Consumidor, através da preocupação com a
reparação dos danos causados ao consumidor por defeitos de projetos, fabricação,
construção, mas com o diferencial da pena capital, prevista no art. 229 daquele texto,
mas que não há em nossa ordem judicial.
A mesma preocupação com a qualidade de produtos é vista durante a Idade Média, na
fabricação de espadas e outros artefatos de combate, e as exigências dos guerreiros eram
cada vez maiores em relação à qualidade daqueles produtos.
Os primeiros movimentos consumeristas de que se tem notícia originaram-se nos EUA,
no final do séc. XIX:
1872 - Edição da SHERMAN ANTI TRUST ACT, conhecida como Lei Sherman, cuja
finalidade era reprimir as fraudes praticadas no comércio, além de proibir comerciais
desleais como, por exemplo, a combinação de preços e os monopólios.
1891 - Surge a NEW YORK CONSUMERS LEAGUE como primeiro órgão de defesa
do consumidor, fundado por Josephine Lowell – ativista feminista e ligada ao
movimento de trabalhadores. O organismo comprava e incentivava a compra de
produtos fabricados por empresas que respeitavam os direitos humanos.
1927 – Nasce o PFDA (Pure Food Drug Insecticide Administration). Nesse mesmo ano,
Stuart Chase e Frederick Schilink lançam a “Campanha da Prova”, com o objetivo de
comparar produtos, orientando os consumidores a consumir conscientemente, com o uso
racional do dinheiro
1936 – Surgimento da CONSUMERS UNION, tornando-se o maior órgão de proteção
do consumidor do mundo. Dentre suas atribuições estava a de publicar revistas e
material didático para a orientação dos consumidores.
1962 – No dia 15 de março o presidente Kennedy emite mensagem ao Congresso
Americano, tornando-se o março do que hoje chamamos de consumerismo. A
mensagem presidencial era que, “consumidores somos todos nós”, na medida em que a
todo o momento praticamos inúmeras relações de consumo. Na mensagem ao
Congresso, conclamava o Estado a voltar suas atenções a esse grupo e, ainda, listou uma
série de direitos fundamentais dos consumidores, a saber:
1 – Direito à saúde e à segurança;
2 – Direito à informação;
3 – Direito à escolha;
4 – Direito a ser ouvido.

2.1 Surgimento e origens do CDC

No Brasil, o consumo se intensificou após o início de nossa industrialização, em meados


da década de 1930, sendo que, já nessa época, o Estado possuía características
fortemente intervencionistas na ordem econômica.
As experiências no campo da proteção do consumidor levaram a ONU a estabelecer, em
1985, através da Resolução nº 39/248, o princípio da vulnerabilidade do consumidor,
reconhecendo-o como a parte mais fraca na relação de consumo, exemplo que foi
seguido pela legislação consumerista brasileira. Criava-se, assim, uma série de normas
internacionais de proteção do consumidor, com o objetivo de universalizar esse direito.
No Brasil, o direito do consumidor possui fincas na Constituição Federal de 1988, cuja
garantia de defesa do consumidor encontra-se consagrada em seu art. 5º, XXXII. Logo,
a origem do CDC se deu à Constituição.
Após os devidos debates legislativos, em 1990, com a aprovação da Lei 8.078/1990,
surgem as bases normativas específicas para a relação consumidor/fornecedor.

2.2 Evolução do CDC


Para a economia, este instrumento é o fortalecedor e concretizador das ações dadas pelo
Direito Econômico.
O CDC deve se atentar para a defesa dos consumidores quanto ao seu papel na
sociedade de consumo dos dias atuais. E a motivação de compra dos consumidores não
é mais atender às necessidades básicas, mas atender às necessidades pessoais de
autorrealização. Então o Código de Defesa do Consumidor deve atualizar-se para
continuar garantindo proteção e defesa necessária em toda relação de consumo.

2.3 Direitos Básicos do Consumidor


1- Direito À proteção contra publicidade enganosa e abusiva: para não prejudicar a
compreensão do público sobre um produto ou serviço;
2- Direito a proteção contratual: para ninguém sair em desvantagem ou ser prejudicado
por causas abusivas;
3- Direito à prevenção e reparação de danos: o consumidor não pode arcar com
prejuízos que sofreu devido aos produtos ou serviços;
4- Direito a facilitação da defesa de direitos: garantindo aos clientes a chance de sempre
ir à justiça fazer valer seus direitos;
5- Direito ao serviço público adequado e eficaz: esse serviço deve ser garantido pelos
órgãos públicos.

3.1 Importância do CDC para os meios econômicos

O Código de Defesa do Consumidor (CDC), de 11 de setembro de 1990, abalou o


Direito Privado no Brasil, alterando as bases do Direito das Obrigações e tendo imediata
influência sobre todo o campo negocial.
A expressão fornecedora, de acordo com o CDC, abrange todos os participantes do ciclo
produtivo-distributivo, devendo o sujeito exercer a sua atividade econômica
A vulnerabilidade patrimonial significa que o fornecedor, por ter melhores condições
econômicas que o consumidor, deve suportar as consequências de um produto/serviço
defeituoso ou viciado. Por fim, a vulnerabilidade jurídica quer dizer que o consumidor
nem sempre sabe a quem recorrer em circunstâncias em que é prejudicado, enquanto
parte-se do princípio de que o fornecedor tem estrutura jurídica própria ou condições
econômicas para contratar escritórios especializados
O atendimento às necessidades dos consumidores é direito tutelado pelo Estado,
visando, nos termos art. 4º, respeito: a dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus
interesses econômicos, a melhoria de sua qualidade de vida, bem como a transparência e
harmonia das relações de consumo.
As relações de consumo visam o estabelecimento de uma relação comercial entre
fornecedores e consumidores a fim de fazer a moeda circular, de gerar empregos e de
manter a economia do país. Contudo, para que esta relação seja saudável para todos os
envolvidos, sobretudo, para os usuários, foi necessário promover por força da lei a
proteção ao consumidor, que é o elo mais fraco desta relação. Assim, as relações de
consumo passaram a ter natureza jurídica de modo a possui lei específica destinada a
garantir ao consumidor proteção contra abusos e má fé dos fornecedores.
Atividade econômica mantém profunda ligação com a estrutura jurídica do sistema, vez
que compete à Lei situar o homem, a empresa e a sociedade diante do poder político e
da natureza, definindo seus direitos e suas responsabilidades e também fixando as
balizas dentro das quais poderá ser exercida a liberdade de ação de cada um dos agentes
da atividade econômica.
As relações comerciais sempre existiram em função da necessidade da sociedade de se
organizar economicamente, pois as pessoas precisavam de alguns produtos que outros
possuíam e vice-versa, e assim foi se construindo o comércio e os negócios baseados
primeiramente em trocas, depois no dinheiro

CONCLUSÃO
Tal lei denominada Código de Defesa do Consumidor foi instituída tendo por bases os
princípios constitucionais como a dignidade humana, a ordem econômica, os valores
sociais do trabalho e a justiça social.
Podemos reparar que o CDC tende a proteger o consumidor parta que terceiros não
possam fraudar o consumidor fina. Desta forma vemos que com esses artigos de lei,
levam a proteger o patrimônio econômico do consumido, por mais que ele tenha
condições de bancar com os custos que foram aplicados, ele não deve pagar além do
necessário a empresa na qual ele acionou o CDC.
Uma das mais importantes relações existentes na economia é a relação de consumo. Tal
relação tem grande destaque também no ordenamento jurídico brasileiro, de tal modo
que há uma legislação específica a fim de tutelar as relações de consumo assegurando
total proteção ao consumidor, que é o elo mais fraco da relação.
Protegendo os fundos econômicos dos cidadãos, fazendo que as empresas tenham um
capital de lucro limpo, e que seus compradores ou consumidores fiquem protegidos, e
assim proporcionando harmonia entre comprador e fornecedor. Para que ambos lucrem
com essa relação.

REFERÊNCIAS
https://jus.com.br/artigos/75311/direito-economico
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm#:~:text=O
%20fornecedor%20de%20servi%C3%A7os%20responde,sobre%20sua%20frui
%C3%A7%C3%A3o%20e%20riscos.
https://www.jornalcontabil.com.br/entenda-para-que-serve-o-codigo-de-defesa-do-
consumidor/
www.https://www.jornalcontabil.com.br/entenda-para-que-serve-o-codigo-de-defesa-
do-consumidor/brasil-economia-governo.org.br/2011/09/28/como-o-codigo-de-defesa-
do-consumidor-colabora-para-a-eficiencia-da-economia/
https://vitorgug.jusbrasil.com.br/artigos/112106596/breve-historico-do-direito-do-
consumidor-e-origens-do-cdc
https://julianaseixas83.jusbrasil.com.br/artigos/178791039/a-importancia-do-codigo-de-
defesa-do-consumidor-para-o-direito-das-obrigacoes
https://www.acidescalvado.com.br/noticias:a-importancia-e-influencia-do-cdc-para-o-
consumidor-brasileiro
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-172/a-protecao-ao-consumidor-como-
direito-fundamental-constitucional-as-garantias-consumeristas/

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