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1. Considerações iniciais
“Nada disso faz sentido, porém, ou, pelo menos, nada disso faz muito
sentido evidente no caso de uma legislatura que não é um único indivíduo
natural, uma legislatura que, antes, compreende centenas de membros,
com opiniões e estados mentais radicalmente diversos (na verdade, em
geral opostos politicamente)” (WALDRON, 2003, p. 32).
“Cada juiz, então, é como um romancista na corrente. Ele deve ler tudo
o que outros juízes escreveram no passado, não apenas para descobrir
o que disseram, ou seu estado de espírito quando o disseram, mas para
chegar a uma opinião sobre o que esses juízes fizeram coletivamente, da
maneira como cada um de nossos romancistas formou uma opinião sobre
o romance coletivo escrito até então. [...] Ao decidir o novo caso, cada juiz
deve considerar-se como parceiro de um complexo empreendimento em
cadeia, do qual essas inúmeras decisões, estruturas, convenções e práticas
são a história; é seu trabalho continuar essa história no futuro por meio
do que ele faz agora”.
Sobre os autores
Alexandre de Castro Coura é doutor e mestre em Direito Constitucional pela Universidade
Federal de Minas Gerais, professor do programa de pós-graduação Stricto Sensu em Di-
reitos e Garantias Fundamentais da Faculdade de Direito de Vitória e Promotor de Justiça.
E-mail: alexandrecoura@ig.com.br
Matheus Henrique dos Santos da Escossia é graduando e bolsista de Iniciação Científica
da Faculdade de Direito de Vitória.
E-mail: matheushsescossia@gmail.com
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