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Mulheres

na
História
Cleópatra VII, A
Última Faraó do Egito

Cleópatra VII Thea Filopator, foi a última faraó do Egito. O


nome dela como podemos ver tem muito mais do grego do que o
egipcio, o que se deve ao fato de que a dinatia à qual ela pertencia era
de origem Macedônica.
A rainha mais conhecida do Egito nasceu em Alexandria, em 70
a.C. e apesar de ser a 7ª a adotar o nome de Cleópratra, sua fama foi
tanta que é referida na maioria das vezes ser a indicação de
ascendência, tendo por ofuscar as demais que já portaram esse nome.
A Cleópatra que nos interessa era filha de Ptolomeu XII embora quase
nada se sabe de sua mãe, talvez tenha sido a Cleópatra VI.
Foi praticamente a única de toda a dinástia, a usar e praticar a
língua egípcia. Por ser mulher nunca governou sozinha, Cleópatra
dividiu o poder e sempre atuou como co-regente tendo um homem ao
seu lado. Que pela ordem foi primeiramente seu pai, Ptolomeu XII,
em seguida, seu irmão de 15 anos e futuro marido, Ptolomeu XIII,
seguido por seu outro irmão Ptolomeu Ptolomeu XIV, que também foi
seu marido. E, em seguida, seu filho com Júlio César, Cesarion.
Com exceção de seu pai, todos os outros eram meras figuras
decorativas, pois sempre quem exercia a autoridade era Cleópatra.
Pouco se sabe sobre o período de sua infância, alguns historiadores
dizem que como ela fazia parte da nobreza tenha recebido uma
educação a altura, sempre refinada.
Porém, o que mais se discute é sua aparência física, a lenda afirma
que Cleópatra era muito bela, tanto que foi interpretada no cinema
pelas mais bonitas atrizes da Era de Ouro dos grandes estúdios. No
entanto, fontes históricas parecem contradizer essa beleza, baseadas
em estudos de múmias da época Ptolomaica, a projeção de sua real
aparência passa longe da atriz Elizabeth Taylor. As mulheres da época
não mediam mais que um metro e meio de altura e não eram magras,
algumas moedas de prata e bronze encontradas em escavações
arqueológicas bem como alguns bustos, mostram Cleópatra como uma
mulher com deposito de gordura no pescoço. Isso parece indicar que o
pescoço dela era curto e grosso, seu nariz grande e suas orelhas
maiores que a média. Um retrato nada belo para os padrões modernos .
Os textos antigos mais destacam sua inteligência e diplomacia,
para época Cleópatra devia ser considerada um verdadeiro prodígio,
além a língua egípcia, Cleópatra falava mais oito línguas, entre elas: o
grego, o aramaico, o etíope, o meda, o hebraico e o latim. Ela também
teria escrito livros falando a respeito de pesos e medidas, cosméticos e
magia.
Ser monarca na antiguidade não era uma tarefa fácil, ainda mais
para uma mulher. Como Cleópatra dividiu o trono com seu irmão
Ptolomeu XIII, havia várias intrigas na corte e quando Cleópatra
passou a se envolver nos assuntos romanos, conselheiros de Ptolomeu
o jogaram contra ela acusando-na de quer governar sozinha. Com seu
irmão e o povo contra si, ela foge para Síria.
Enquanto isso, em Roma, o General Pompeu e Júlio César,
brigam pelo poder do consulado romano. Em 48 a.C., Pompeu é
derrotado e procura refúgio em Alexandria, Ptolomeu XIII aceita
recebê-lo e junto com seus conselheiros tem uma brilhante idéia, de
executar Pompeu para agradar e receber o apoio de Júlio César. Eis o
que acontece, Pompeu é morte, sua cabeça é oferecida à Júlio César
que acha aquilo uma verdadeira barbarie e em resposta toma
Alexandria, tira Ptolomeu do poder e provoca a ascensão de Cleópatra
ao trono egípcio.
Segundo relatos, Cleópatra ofereceu um presente a César, um
tapete, que foi levado por um escravo e ao desenrolar o tapete,
Cleópatra surge linda e bela, diz a lenda que foi aí que os dois se
encontraram e tornaram-se amantes, o que ajudou a consolidar o seu
poder no Egito. Muitos historiadores dizem que o romance de ambos
foi apenas uma jogada política, um jogo de interesses. Os dois teriam
um filho, em junho 47 a.C. Cesarion, mas para a decepção de
Cleópatra, César teria reconhecido apenas a paternidade, porém
recusou se a torná-lo seu legítimo herdeiro, o que para as mas linguas
mostra desconfiança de que Cesarion não era filho legítimo de César.
Quando César morre assasinado em 44 a.C., seu testamento é
lido e para o desgosto de Cleópatra, César não fugiu a uma antiga lei
que proibia estrangeiros a herdarem títulos romanos. Por sugestão de
César, Cleópatra casou com seu irmão Ptolomeu XIV e o Egito
continua independente e protegido por três legiões romanas.
Dois anos após a morte de César e o estabelecimento do Segundo
Triunvirato*, Marco Antônio, primo de César, e um dos Triunviros,
estava na cidade de Tarso, atual Turquia, e convida Cleópatra para
prestar contas, ela vai e para muitos ela enxergou a oportunidade de
conquistar favores romanos, para isso ela chega em grande estilo, num
barco com popa de ouro, velas púrpuras e remos de prata, vestida
como a Deusa Vênus. O truque rendeu bons resultados, Marco
Antônio logo seria seu amante e ela estaria grávida de gêmeos em
pouco tempo, uma visita rápida dele ao Egito tornou se uma estádia de
um ano.
Mas, em 40 a.C., para evitar conflitos com Otávio Augusto, outro
Triunviro, parceiro no governo romano, Marco Antônio decide se
casar com sua irmã, Otávia. Porém, quatro anos após o casamento do
General, ele se separariam de sua esposa e voltaria para os braços de
Cleópatra, o que seria um caminho sem volta.
O relacionamento entre Otávio e Marco Antônio estava
deteriorado, o que pode tê-lo motivado a pensar no Egito como uma
base de poder. A rainha deu a luz pouco tempo depois o terceiro filho
do casal chamado Ptolomeu Filadelfo. Para os historiadores, Cleópatra
transformou Marco Antônio em um homem fraco e subordinado,
sendo motivo de chacota pelos seguidores de Otávio, perdendo apoio
popular em Roma.
Otávio Augusto declarou guerra a Cleópatra em 31 a.C com o
objetivo de derrotar Marco Antônio, os dois entram em conflito direto
na Batalho de Actium, Marco Antônio perde a maior parte de seu
exército e sem saida atravessa sua própria espada em seu corpo.
Sabendo disso, Cleópatra comete suicídio ao se deixar picar por uma
cobra, uma Naja Egípcia, símbolo de seu poder e autoridade. Morria
dessa forma a rainha mais comentada de toda a história do Egito.
*O Segundo Triunvirato de Roma foi uma aliança formada entre três
líderes: Otávio – herdeiro de Júlio César, Emílio Lépido e Marco
Antônio. A nova aliança foi reconhecida oficialmente pelo senado
romano em 43 a.C. e tinha como principal foco combater os
responsáveis pelo assassinato de Júlio César.
Joana d’Arc, A Santa
Guerreira
Joana nasceu em 1412, em uma pequena vila Domrémy, na França,
era a caçula de quatro filhos, ela era filha de Jacques d’ Arc, um
agriculor e Isabelle Romée, uma artesã. A família de Joana era muito
religiosa e obviamente isso a influênciou, tanto que Joana frequentava
a igreja sempre que podia.
A vida de Joana apesar de curta foi marcada por eventos
históricos, na infância ela vivenciou a famosa Guerra dos Cem Anos,
que durou entre 1337 e 1453. Essas batalhas foram travadas pelo reino
da Inglaterra e pelo reino da França, que disputavam a conquista da
França.
Ela cresceu em uma época conturbada e cheio de eventos onde
houve muito derramamento de sangue, e foi aos treze anos de idade
que Joana começou a escutar vozes do além pela primeira vez. Além
das vozes, ela também tinha visões muito estranhas. A primeira vez
aconteceu quando ela estava no jrdim da casa de seu pai, e segundo
Joana ela recebeu a visita do famoso Arcanjo São Miguel, além dele,
ela também se encontrou com Santa Margarida de Antioquia e com
Santa Cantarina de Alexandria. E não era apenas visões e vozes, essas
figuras queriam passar uma mensagem para Joana, de que ela
precisava integrar o exército francês e ajudar o Rei Carlos VII na luta
contra os ingleses.
Alguns médicos contemporâneos de que Joana poderia ser
epilética ou mesmo esquizofrênica, mas para outras pessoas ela
realmente tinha o dom de com os seres divinos. E com o tempo as
visões e as vozes passaram a ser cada vez mais frequentes, Joana d’
Arc passou a ter cada vez mais certeza de que esses contatos
realmente se tratavam de emnsgens divinas.
Quando tinha 16 anos, Joana foi até uma cidade vizinha e
conversou com Robert De Baudricourt, um funcionário do rei francês.
Nessa conversa, Joana implorou para que ele a levasse até a Corte
Real Francesa, em Chinon, apesar de Joana ter implorado Baudricourt
não atendeu o pedido de Joana, mas ela era insistente e continuou a
visitá-lo e pedir para que a levasse até a corte. Depois de um tempo
tentando, finalmete Baudricourt atendeu o pedido de Joana.
Em 1429, Baudricourt deu um cavalo a ela e a proteção dos
militares para que a escoltassem no caminho. Mas antes de partir,
Joana precisava fazer algo para que fosse aceita no exército, ela cortou
seu cabelo bem curtinho e se vestiu como homem, pois achava que só
assim o rei poderia levá-la a sério. Depois de 11 dias viajando, Joana
finalmente chegou para se encontrar com o rei.
Depois que ela conversou bastente com o monarca, o rei
simplesmente permitiu que ela liderasse seu exército em uma guerra
sangrenta. Segundo muitos historadores já comentaram, ninguém
nunca saberá o que realmente aconteceu em Chinon e talvez esse seja
um dos maiores mistérios envolvendo Joana d’ Arc, vale resaltar que
tempos depois, quando Joana foi capturada ela se negou a contar o que
tinha acontecido em sua conversa com o Rei Carlos, mas afirmou que
ele tinha recebido um sinal e só por isso ele acreditou que a história
dela era verdadeira. Existem alguns boatos que dizem que Joana
conseguiu identificar vestido com uma roupa simples no meio de uma
multidão, e que por essa razão ele acreditou nela, mas essa história
nunca foi confirmada.
Mas há um senso comum entre muitos historiadores, naquela
epóca as seguidas derrotas do exército francês foram uma das razões
pra fazer o rei confiar em Joana. De todo o jeito, Joana d’ Arc foi
analisada e avaliada de diversas maneiras, ela chegou a ser interrogada
por pessoas da igreja e passou até por um teste pra saber se ela era
realmente virgem. Depois de muita conversa e provocações, o Rei
Carlos permitiu que Joana d’ Arc integrasse o exército. Ela recebeu
tudo o que um cavaleiro poderia ter, incluido as armas, equipamentos
e as vestimentas, além de alguns soldados que pudessem lutar ao seu
lado.
Alguns dizem que nas batalhas Joana d’ Arc era apenas uma
figurante e nunca chegou a matar uma pessoa, outros dizem que ela
era uma brava guerreira, mas o certo era que os conselhos de Joana
eram escutados com atenção, já que ela supostamente recebia uma
espécie de iluminação divina. Apesar das discordâncias quanto as suas
participações, é fato que o exército francês se gabou do sucesso em
que Joana d’ Arc fez enquanto lutando, por causa dos esforços de seu
exército a França conseguiu dominar a região de Orleães, o sucesso
que Joana se repitiu em outras batalhas da região, o que fez ela ganhar
muita moral com os franceses e de certo modo, forneceu um tipo de
incentivo para os soldados lutarem.
Mas para os ingleses, Joana d’ Arc não tinha nada de divino, eles
pensaram que ela era uma bruxa possuída pelo diabo, até porque
pegaria mal se eles pensassem que Deus estava do lado dos franceses,
com as seguidas vitórias de Joana, Carlos VII foi coroado e
consagrado realeza, não que antes ele não fosse rei, mas é que nesse
momento ele finalmente tinha consegiudo dominar totalmente o trono
francês.
Ele foi coroado no dia 17 de julho de 1429, na cidade de Reims, e
durante a coroação, Joana disse as seguintes palavras: “Gentil Rei,
agora foi executada a vontade de Deus, que desejava que os cercos de
Orleães fossem levantados e que você fosse trazido à Reims, para
receber sua sagrada consagração, mostrando que você é um rei de
verdade e a quem o reino da França pertence”.
Na caminhada de Reims até Paris, para legitimar a coroação de
Carlos, o Duque de Borgonha fez uma emboscada para os franceses e
infelizmente acabou os rendendo. Foi um virada de mesa incrível e
todo o esforço e sangue derramado por Joana tinham sido em vão.
Com todos esses acontecimentos, Joana d’ Arc já não tinha um
exército forte, nem armamentos e muito menos apoio para tentar
viram o jogo mais uma vez, ainda assim ela continuou lutando com
um pequeno exército, mas de nada adiantou.
No dia 23 de maio de 1430, ela foi capturada. Joana d’ Arc foi
julgada em 1431 e todas as acusações eram de ordem religiosa
considerada bruxa, herege e possuída pelo demônio, Joana foi
queimada no dia 30 de maio daquele mesmo ano, enquanto ela era
queimada viva as pessoas a ofendiam, a chamando de bruxa, plasfema
e mentirosa. Segundo conta a história, Joana d’ Arc chamou o nome
de Jesus até finalmente morrer.
Mesmo sendo considerada bruxa, a história de Joana d” Arc foi
revista por muitos líderes religiosos. Em 1456, o papa Calisto III a
inocentou. No século 16, ela foi usada com símbolo pela Liga Católica
contra os protestantes e em 1803, Joana foi oficialmente declarada
como um símbolo nacional da França por decisão do imperador
Napoleão Bonaparte. Em 1909, a igreja católica autorizou a
beatificação* de Joana, e em 1920, ela foi canonizada* pelo Papa
Bento XV.
Essa foi a história de uma mulher guerreira que se tornou santa
séculos depois de sua morte.
*Beatificação é a cerimônia pela qual o Papa declara digno de
veneração alguma pessoa falecida.
*Canonização significa colocar no cânone de santos que podem ser
adorados pelos fiéis.
Elizabeth Báthory, a
Condessa Sangrenta
No início do século XVII, começaram a surgir rumores em torno
da Vila de Tansen atual Eslováquia, que as camponesas que
procuravam trabalho em certo castelo estavam desaparecendo e
ninguém sabia o porquê. Mas em pouco tempo, muitos moradores
começaram a apontar o dedo para a Condessa Elizabeth Báthory.
Báthory era descendente de uma poderosa família hungara e
produto da consanguinidade entre o Barão Jorge Bathory e a Baronesa
Ana Bathory, ela também era casada com o famoso herói de guerra
hungaro Ferenc Nádasdy. Em 1578, tornou-se comandante chefe do
exército hungaro e embarcou em campanha militar contra o Império
Otomano, deixando sua esposa encarregada de suas vastas
propriedades e do governo da população local. A princípio tudo
parecia estar bem sobre a liderança de Elizabeth Bathory, mas com o
passar do tempo rumores de que ela torturava seus servos começaram
a se espalhar e quando seu marido morreu em 1604, essas opinioes
tornaram-se muito mais difundidas e mais dramáticas, ela logo seria
acusada não apenas de torturar, mas de matar centenas de meninas e
mulheres que entraram em seu castelo.
Hoje Elizabeth Bathory é lembrada como Condessa de Sangue
que matou 650 meninas no reino da Hungria, se todas as histórias
sobre ela foram verdadeiras então, ela é provavelmente a assassina em
série mais cruel de todos os tempos.
Elizabeth Bathory nasceu em 07 de agosto de 1560 na Hungria,
criada numa família nobre, Bathory conheceu uma vida de privilégios
desde a infância e alguns dizem que mais tarde ela usaria esse poder
para cometer crimes hediondos, de acordo com testemunhas, os crimes
de Bathory ocorreram entre 1590 a 1610 com a maioria dos
assassinatos ocorrendo após a morte de seu marido em 1604. Seus
primeiros alvos, teriam sidos meninas e jovens pobres que foram
atraidas para o castelo com a promessa de trabalho. Mas como a
história continua, Bathory não parou por aí, ela supostamente espandiu
sua visão e começou a matar filhas da nobreza que foram enviadas
para seu castelo, ela também supostamente sequestrou garotas locais
que nunca teriam ido ao castelo por vontade própria. Como nobre e
rica, Bathory evitou a lei até 1610 de acordo com History Channel.
A essa altura, ela teria matado várias vitímas de nascimento nobre
oque preocupou muito mais as autoridades do que a morte de servos,
assim o rei hungaro Mathias II enviou seu representante de mais alto
escalão para investigar as queixas contra ela. O enviado coletou
evidências de cerca 300 testemunhas que levantaram uma séria de
acusações verdadeiramentes horríveis contra a Condessa. De acordo
com os relatos contemporâneos e as histórias contadas muito tempo
depois, Elizabeth Bathory torturou meninas e mulheres jovens de
maneiras indescritiveis, ela supostamente queimou suas vitimas com
ferros quentes, espancou-as até a morte com porretes, espetou agulhas
sobre suas unhas, derramou água gelado sobre os seus corpos e os
deixou congelando até a morte do lado de fora no frio, além disso
cobriu com mel seus corpos para que os insetos pudessem se
alimentar, costurou seus lábios e arrancou pedaços de seus seios e
rostos. Testemunhas afirmaram que o método favorito de Bathory era
usar tesouras para mutilar os corpos e rostos de suas vitimas, ela
supostamente usou o instrumento para cortar suas mãos, narizes e
genitais.
Esses horriveis atos de violência e as lendas sobrenaturais que
cercam os crimes ajudam a definir o terrível legado de Elizabeth
Bathory hoje, na época da investigação alguns acusavam de ser uma
vampira, enquanto outros afirmavam tê-la visto fazendo sexo com o
diabo. A acusação mais infame, a que inspirou seu apelido “Condessa
de Sangue” afirmou que Elizabeth se banhava no sangue de suas
jovens vítimas na tentativa de manter uma aparênci jovem, mas
embora essa história seja de longe a mais memorável também é
extremamente improvável que tenha sido verdade, já que essa
afirmação nunca apareceu impressa mesmo depois de ela estar morta a
mais de um século. Considerando os elementos mitificados dos
supostos crimes de Bathory, isso levanta a questão de quanto de sua
hisória sangrenta era realmente verdadeira e quanto foi inventada
apenas para derrubar uma mulher poderosa e rica.
Depois de ouvir as acusações, Elizabeth foi acusada pela morte
de 80 meninas, dito isto uma testemunha alegou ter visto um livro
mantido pela própria Bathory onde ela registrou os nomes de todas as
suas vítimas, 650 no total, esse diário no entanto, parece ter sido
apenas uma lenda. Quando o julgamento terminou, os supostos
cumplices de Bathory foram condenados por feitiçaria e queimados na
fogueira. Bathory foi poupada de execução devido o seu status de
nobre, no entanto ela foi emparedada isolada em um quarto no seu
castelo, onde permaneceu em prisão domiciliar por 4 anos até sua
morte em 1614.
Mas o caso de Bathory pode não ser tão simples quanto parecia,
alguns estudiosos hungaros modernos dizem que isso pode ter sido
motivado mais pelo poder e ganância do outros do que seu suposto
mal. Acontece que o Rei Mathias II devia ao falecido marido de
Bathory e depois a ela uma quantidade considerável de dinheiro,
Mathias não estava inclinado a pagar essa divida, o que os
historiadores dissem que pode ter alimentado sua decisão de
incriminar a Condessa em vários crimes e negar-lhe a se defender no
tribunal, da mesma forma alguns historiadores dizem que as
testemunhas provavelmente forneceram testemunhos incriminatórios
ainda que contraditórios coação e que o rei pediu a pena de morte
antes que a família de Bathory pudesse intervir a seu favor, isso
também pode ter sido politicamente motivado, pois a pena de morte
significava que o rei poderia tomar suas terras, talvez, dizem alguns
historiadores que a verdadeira história de Bathory se pareça mais com
isso, a Condessa possuia terras estrategicamente importantes que
aumentaram já vasta riqueza de sua família, como uma mulher
inteligente e poderrosa governava sem um homem ao seu lado e como
membro de uma família cuja riqueza intimidava o rei, sua corte partiu
em uma missão para dessacreditá-la e arruina-lá, no melhor cenário
Bathory abusou de seus servos, mas não chegou nem perto no nível de
violência alegada em seu julgamento. No pior cenário , ela era um
demônio sugador de sangue enviado do inferno para assassinar
mulheres jovens.
Podemos concluir que ambos criaram uma história convincente
mesmo que apenas uma delas seja realmente verdadeira.
Elizabeth I, a Rainha
Virgem
Elizabeth, a Rainha Virgem, talvez a maior soberana que já
tivemos é sem dúvida a que mais trás mais superlativos, mulher fora
dos padrões em suas crenças, auto disciplina e sacrifício, é irresistível
como a lembrança do passado de glória e preeminência da Inglaterra
no mundo. Um fenômeno de sua lavra sem precedente ou sucessor.
Em toda sua vida Elizabeth se revestiu de coragem para provar
que tinha o coração e a mente de um homem, tão consciente era da
convencional inferioridade de ser apenas uma mulher, muitas vezes se
vangloriava que nessa masculinidade residia sua força, embora tivesse
todas as paixões de uma mulher e as expressasse mais manifestamente
o amor pelos seus favoritos na ternura por seu povo.
Elizabeth nasceu em 07 de setembro de 1533, de um pai que já
fizera 41 anos e ansiara por um filho saudável durante os 23 anos de
casamento com a impecável Catarina de Aragão, desesperado por ter
gerado apenas uma filha sobrevivente, Mary, nascida em 1516,
Henrique começava a perguntar-se se havia recebido um castigo
divino já que ele havia casado com a viúva de seu irmão mais velho,
Arthur. No anseio de garantir um herdeiro, Henrique se separa de sua
esposa contra a igreja católica e proclama-se chefe supremo da igreja
anglicana, fundando assim uma nova religião e casando-se com Ana
Bolena, a mãe de Elizabeth. O trunfo de Ana Bolena era sua promessa
de fertilidade e antes do casamento com Henrique, ela já se encontrava
grávida. A expectativa era grande, esperava-se que o filho que ela
estava gerando fosse um menino, Henrique fez certamente tudo o que
pode para conseguir seu herdeiro.
Após um parto difícil nasce uma criança sem o órgão sexual
masculino, a decepção do rei e da população foi grande, Henrique
nem compareceu ao batizado de Elizabeth. Embora uma filha fosse
mal recebida por um rei, ela na verdade tinha suas serventias no jogo
das alianças dinasticas e Elizabeth com apenas 3 meses de vida foi
negociada com filho do Rei Francisco I da França, Charles. Mas, as
exigências de Henrique foram demais o que fez o acordo não seguir
adiante.
Elizabeth teve uma mãe admirável, mas a teve por pouco tempo,
Ana Bolena era uma mulher inteligente, radical em suas simpatias
protestante, corajosa e dinâmica , mas uma estranha para a filha até a
morte e apagada pelos perigos inerentes. Com apenas 2 anos e meio,
Elizabeth perdeu sua mãe acusada de traição e adultério foi condenada
e decapitada em 19 de maio de 1536. Nos primeiros anos de reinado
de Elizabeth, os embaixadores deixaram claro que ela teria que seguir
o exemplo de sua prima, a rainha dos escoceses, Mary Stuart.
Elizabeth era monarca intratável, a rainha despudorada, já sua prima
era o contrário.
A volta de Mary Stuart para a Escócia inicia a rivalidade entre as
duas. Mary passou grande parte de sua vida na França onde se casou
com o rei francês Francisco II, a partir desse momento aumentou a
tensão entre o relacionamento das primas. Houve uma luta pela
supremacia do desejo de cada uma de reinvindicar o alto padrão
moral, as rainhas e primas acabaram se tornando rivais.
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