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Assim que ela deu à luz os gêmeos, Amulius ordenou que seus servos
atirassem os bebês no rio vizinho, o Tibre, para que se afogassem. Mas os dois
sobreviveram. Pois, como costuma acontecer em histórias como essa em
muitas culturas, os homens a quem foi dada essa desagradável tarefa não
seguiram as instruções ao pé da letra. Puseram os gêmeos em uma cesta e,
em vez de colocá-los diretamente na água do rio — que estava na cheia —,
deixaram-nos na água que invadia as margens. Antes que os bebês fossem
levados pela correnteza à morte certa, a famosa loba protetora veio em seu
auxílio. Lívio foi um daqueles romanos céticos que tentaram racionalizar esse
aspecto particularmente implausível do conto. A palavra latina para “loba”
(lupa) também era usada coloquialmente para indicar uma prostituta (lupanare
era o termo-padrão para “bordel”). Afinal, não seria plausível que uma prostituta
local, em vez de uma besta selvagem, tivesse encontrado os gêmeos e
cuidado deles? Qualquer que fosse a identidade da lupa, um bondoso pastor
logo encontrou os meninos e os levou com ele.
O fato de Roma ter sido criada por Rômulo para abrigar todo tipo de
pária social, como mendigos, escravos, prostitutas, refletiu a extraordinária
abertura e boa vontade da cultura política romana em incorporar estrangeiros,
o que a diferenciou de todas as outras sociedades ocidentais que conhecemos.
Os habitantes desses territórios conquistados, “províncias”, como os romanos
os chamavam, foram aos poucos obtendo cidadania romana, e os respectivos
direitos e proteções legais. Isso culminou em 212 d.C., quando o imperador
Caracala transformou todo habitante livre do Império em cidadão romano. O pai
de Caracala, Septímio Severo [Septimius Severus], foi o primeiro imperador
oriundo de território romano na África; Trajano e Adriano, que reinaram meio
século antes, provinham da província romana da Hispânia. Quando em 48 d.C.
o imperador Cláudio defendeu diante de um Senado relutante que os cidadãos
da Gália deviam ter permissão para se tornar senadores, ele passou algum
tempo lembrando os que Roma havia sido receptiva a estrangeiros desde o
início.
Tito Lívio lista que sete reis comandaram Roma durante este período:
Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio Prisco, Sérvio
Túlio e Tarquínio, o Soberbo.
O exército romano era formado por legiões, que por muito tempo o
alistamento foi voluntário. Rômulo começou recrutando voluntários das três
tribos que formava o reino. A primeira legião era formada por 3.000 infantarias
e 300 cavaleiros, escolhidos entre a população romana entre 17 e 46 anos de
idade. Os soldados não eram remunerados e ainda precisavam pagar por seu
equipamentos e armamentos, sendo os mais ricos os cavaleiros, e os mais
pobres a infantaria. Os primeiros “salários” dos soldados surgiram a partir do
século V a.C. já na República, mas eram muito escassos, e os soldados
enriqueciam com os espólios da guerra. O exército romano então era uma
guarda voluntária de pequenos proprietários, os plebeus. E foi assim até as
reformas de Caio Mário em 107 a.C., onde os pequenos proprietários eram
suficientemente prósperos para custear suas armas e armaduras, e depois das
campanhas militares, eles voltavam às suas terras para de dedicar ao cultivo e
a criação de animais.
O quarto rei seria Anco Márcio, que governou de 642 a 614 a.C., e em
638 a.C. tem a segunda guerra sabina, com a vitória dos romanos, que
consquistam parte do território sabino. Em 621 a.C. o porto de Óstia é fundado,
com Roma finalmente chegando ao mar. Anco Márcio também vai mandar
construir a primeira ponte que cruza o rio Tibre, e também o primeiro
aqueoduto de Roma.
Depois desse terrível episódio, ficou marcado para sempre nos romanos
a figura da mulher virtuosa que preserva a sua castidade, pois Lucrécia se
matou depois que a perdeu.
A Via Salaria foi uma das primeiras estradas em Roma, que ia desde a
muralha Serviana em Roma, até Castrum Truentinum, na costa do mar
Adriático, perfazendo 242 Km. A estrada tem esse nome por causa que os
sabinos a usavam para transportar sal do mar Adriático até a bacia do rio Tibre,
e alguns historiadores consideram que a Salaria e o comércio do sal estiveram
ligados às origens de Roma. No entanto, as estradas romanas até a construção
da Via Ápia em 312 a.C. eram de terra, e não as que conhecemos hoje, pela
sua maravilhosa engenharia.
(Localização dos antigos povos do Lácio)
Cônsules: eleitos uma vez por ano, eram os oficiais mais altos, com
poder supremo na esfera civil e criminal;
Pretores: administravam a lei civil e comandavam exércitos provinciais;
Censores: eleitos a cada 5 anos, para governar por 18 meses,
supervisivam hábitos morais, fazia censos e tirava membros inúteis do
Senado;
Edil: eleitos para fazer afazeres domésticos em Roma e jogos e shows
públicos;
Questores: assistentes dos cônsules e governadores das províncias;
Tribunos: eram dois, eleitos pelos plebeus, tinham poder de veto contra
leis que prejudicassem a classe plebeia.
Um patrício ideal era aquele que cultivava suas próprias terras e vivia
frugalmente, era chefe de uma família com mulheres, filhos e escravos, tendo
poder absoluto sob a vida e os bens de sua casa. Se sua fazenda fosse perto
de Roma, ele saía toda manhã para cultivar seus campos com suas próprias
mãos, ou supervisionar quem estivesse, e se estivesse longe de Roma, ele
tinha uma pequena casa no campo. Um patrício era proibido por lei e pelo
costume, de se envolver com o comércio, ser coletor de impostos das
fazendas, e não podia concorrer ou assumir qualquer contrato estatal, então
ele concorreria a cargos, que eram preenchidos por eleição popular, e duravam
um ano. Esses cargos não eram remunerados e envolviam uma massa de
administração e de outros trabalhos, muitas vezes envolvendo risco de vida, e
os patrícios se candidatavam a esses cargos porque era seu dever ancestral.
Uma vez que conseguisse o cargo, ele cumpria seus deveres com o melhor de
suas habilidades, e depois se juntaria ao Senado.
Roma até a Segunda Guerra Púnica (218-201 a.C.) era uma pequena
cidade, com a maioria da população agrária, e a Itália era povoada
basicamente por cidadãos e não-cidadãos que eram pequenos proprietários
livres, que possuíam pequenas fazendas, que seria herdado aos seus filhos.
Apesar dos patrícios possuírem um abismo de privilégios políticos em relaçãos
aos plebeus até 297 a.C., as fazendas dos patrícios eram geralmente, do
mesmo tamanho, ou apenas um pouco maiores do que as dos plebeus. Era
quase impossível diferenciar cidadãos e não-cidadãos e plebeus e patrícios,
até o começo das Guerras Púnicas. A escravidão apesar de existir, era uma
minoria pequena na Itália, e sua utilização era mais suplementar, do que a
base do sistema, e por muito tempo foi assim. Roma era basicamente um
pequeno paraíso agrário de pequenos proprietários livres, com riquezas quase
no mesmo nível dos patrícios, desde sua fundação em 753 a.C. até 218 a.C..
Esse comandante era Camillus, e quando esse mestre disse que “aqui
estão os filhos de todos os principais cidadãos em Falérios, você pode usá-los
como reféns para obrigar a cidade a se render”, Camillus se sentiu tão ultrajado
com essa oferta, que fez o mestre ficar nu e amarrado, e levado aos meninos
da escola, que o açoitaram em todo o caminho de volta para a cidade e foram
deixados entrar nos portões. E Camillus disse: “Nós não lutamos contra
meninos, mas contra homens e vamos vencer pela habilidade e coragem
romana”. Os habitantes de Falérios ficaram tão impressionados que enviaram
uma fatura ao senado em Roma, implorando pelo direito de rendição. “Você
prefere honra vermelha na guerra para uma vitória imediata, agora
reconhecemos voluntariamente sua vitória”. O quanto de verdade tem nesse
mito jamais saberemos, mas mostra que por muito tempo os romanos tiveram
uma honra e respeito enquanto negociavam com estrangeiros.
Outro que falou deste episódio foi o grego Diodoro Sículo, que fez um
relato muito menos detalhado, onde os sênones passaram o primeiro dia após
a batalha cortando cabeças, como era seu costume. Em seguida, marcharam
até Roma e acamparam perto da cidade por dois dias. Enquanto isto, os
habitantes da cidade, desesperados, acreditavam que o exército todo havia
sido aniquilado e que não havia chance alguma de resistir. Muitos fugiram para
outras cidades enquanto os líderes da cidade ordenaram que comida, ouro,
prata e outras posses valiosas fossem levadas para a Cidadela do Capitolino.
Os sênones pensaram que o barulho que ouviam na cidade era uma armadilha
que estaria sendo preparada. Ainda assim, no quarto dia, Breno e seus
homens invadiram a cidade e passaram a saqueá-la. Eles não atacaram
nenhum civil e sofreram muitas baixas tentando capturar a cidadela. Sem
sucesso, montaram um cerco.
Hoje em dia, acredita-se que o resgate de Roma por Camilo seja falso,
já que ele não é nem mencionado por Diodoro, nem Políbio, outro historiador
grego. Estrabão, outro historiador grego, afirma que os sênones foram
derrotados por Cere e que o ouro romano foi recuperado, confirmando a versão
de Diodoro. Plutarco menciona que Aristóteles afirmou que Roma teria sido
salva por "um tal Lúcio", que pode ser o mesmo Lúcio Albino que levou as
virgens vestais até Cere. É possível ainda que os sênones teriam ido a Clúsio
por terem sido contratados por uma das duas facções políticas em conflito para
interferir as disputas políticas da cidade, um motivo mais plausível que a
romanceada versão de Aruns tentando vingar sua esposa.
Lívio afirma que a cidade foi incendiada e que teria, depois disto,
adquirido uma aparência caótica por causa da reconstrução apressada. Os
historiadores modernos como Tim Cornell discordam do tamanho do dano
causado à cidade, lembrando que não há nenhum vestígio arqueológico dos
danos provocados pelo saque. Sinais de incêndio que acreditava-se no
passado terem sido da época deste saque foram depois datados para a época
da instauração da República. Cornell acredita que os gauleses saquearam de
fato a cidade, mas só queriam o saque e deixaram a maior parte dos edifícios
em paz até serem subornados, mais ou menos como fizeram os visigodos em
410.
O que importa é que este episódio ficou muito marcado na mente dos
romanos, que passaram a ter um grande terror dos gauleses, e inclusive pode
ter inspirado Júlio César a conquistar a Gália de 58 a 51 a.C., como forma de
vingança, além de expandir o poder. Por causa deste saque, perdemos muitos
registros históricos dos primeiros 370 anos da história romana, que temos que
confiar mais em mitos e relatos de terceiros.
Em 387 a.C. Volscos, Équos, Sabinos, Etruscos, e Hérnicos,
aproveitando da fragilidade de Roma, declaram guerra à república. Em 382
a.C. Équos e Sabinos são derrotados pelos romanos, e em 380 a.C. a liga
latina se alia com Roma. A Liga Latina (aprox. século VII a.C. - 338 a.C.) foi
uma confederação de aproximadamente 30 aldeias e tribos latinas, próximas
da antiga Roma, organizada para assegurar sua mútua defesa. A Liga Latina
foi originalmente fundada sob a liderança de Alba Longa, para garantir proteção
a seus membros contra os inimigos das áreas vizinhas. Durante o século VI
a.C., os reis etruscos trataram de estabelecer seu domínio sobre a cidade
latina de Arícia, mas a atuação da Liga evitou a invasão etrusca. A república
romana tinha feito aliança com a liga em 493 a.C..
Para se ter uma ideia, em 357 a.C., a maior taxa de juros permitida para
empréstimos era de, aproximadamente, 8%. Dez anos depois, tal taxa foi
considerada alta demais, e os administradores romanos reduziram o teto para
4%. Em 342 a.C., essas reduções provaram não ser capazes de acalmar os
devedores e melhorar a situação econômica. Até que o governo teve a
brilhante ideia de abolir os juros. Com isso, as pessoas passaram a não mais
emprestar dinheiro, e essa situação perdurou até essa lei que proibia os juros
passar simplesmente a ser ignorada.
A antiga moeda de prata romana era conhecida como dracma que foi
modelado em uma moeda usada no sul grego da península. Mais tarde, foi
substituído pelo denário menor e mais leve. Havia também um meio denário,
chamado quinário e um quarto de unidade chamado sestércio. Ainda mais
tarde, o sistema foi complementado com o victoriatus, um pouco mais leve que
o denário e provavelmente destinado a facilitar o comércio com os vizinhos
gregos de Roma.
De 367 a 287 a.C. temos um período que ficou conhecido como Conflito
das Ordens. Foi uma luta dos plebeus para obter plenos direitos políticos e
paridade com a elite, que passou a ser vista como uma luta heroica pela
liberdade. Duzentos anos após os tribunos da plebe serem criados em 494
a.C., havia poucos privilégios dos patrícios além do direito de exercer alguns
cargos antigos de sacerdócio e de usar uma forma particular de calçado
adornado. Em uma reforma que Cipião Barbato teria testemunhado em 287
a.C., as decisões dessa assembleia passaram a ter automaticamente
obrigatoriedade legal sobre todos os cidadãos romanos. Em outras palavras, foi
dada a uma instituição plebeia a força de legislar sobre e em nome do Estado
como um todo, e entre 494 e 287 a.C., em meio a greves e violência, todos os
altos cargos e postos do sacerdócio foram aos poucos sendo abertos aos
plebeus. Em 367 a.C. os plebeus passaram a poder virar cônsules, e a partir de
342 a.C. os dois cônsules da República poderiam ser plebeus se fossem
eleitos. Em meados do século IV a.C., a assembleia da plebe promulgou a lei
Ovínia, onde censores podiam agora nomear senadores. Os plebeus já
estavam mantendo um número significativo de cargos magisteriais, e o número
de senadores plebeus provavelmente aumentou rapidamente. Contudo,
permaneceu difícil para um plebeu entrar no senado se ele não era de uma
família de políticos conhecidos, como a nova aristocracia plebeia emergente.
Plebiscitos de 342 a.C. colocaram limites nos cargos políticos; um indivíduo
podia manter apenas um ofício de cada vez, e dez anos deviam decorrer entre
o fim de seu mandato oficial e sua reeleição. Em 337 a.C., o primeiro pretor
plebeu foi eleito. Em 326 a.C. a escravidão por dívidas foi abolida.
A guerra tem esse nome por causa do rei Pirro de Épiro e da Macedônia,
e ela provou que as legiões romanas são fortes e que já podiam competir com
o exército helênico, já que as cidades-estados gregas já não conseguiam mais
se defender. A vitória nessa guerra deu confiança aos romanos pare enfrentar
Cartago nas Guerras Púnicas (264-146 a.C.), um poderoso império naval e
comercial no norte da África, com exércitos e marinha privada e elefantes
usados na batalha. Linguisticamente, a Guerra Pírrica deu origem à expressão
"vitória pírrica", um termo que descreve uma vitória alcançada a um custo muito
alto. Sua origem está na descrição de Plutarco da reação de Pirro ao reporte
de que havia vencido uma batalha: "Se formos vitoriosos em mais uma batalha
contra os romanos, estaremos completamente arruinados" depois da batalha
de Ásculo em 279 a.C. que venceram os romanos mas a um custo muito alto.
Os romanos também perderam a batalha de Heracleia. Nessas batalhas, os
gregos de Pirro utilizavam elefantes de guerra. Pirro é então derrotado na
Batalha de Benevento em 275 a.C., marcando o fim da guerra. Os romanos
conquistam Tarento em 272 a.C. e de 269 a 264 a.C. o resto da península
itálica, conquistando os etruscos, picentes, messápios, Peuctianos, e
Lucanianos.
Logo depois, em 264 a.C. estoura a Primeira Guerra Púnica que durará
até 241 a.C.. A maior parte da Sicília era habitada por muitos cartagineses, em
luta constante com as colônias gregas da Magna Grécia. Os romanos
intervieram e uma de suas legiões, com o apoio de Siracusa, ocupou a cidade
de Messina, na batalha de Agrigento. Os cartagineses declararam guerra a
Roma. Os romanos vencem a batalha naval de Milas (260 a.C.), e a batalha
naval de Sulci (258 a.C.). Em 258 a.C. os romanos tentam invadir a cidade de
Cartago, mas falham miseravelmente perdendo a batalha de Tunís. Em 255
a.C. ocorre o desastre de Kamarina, onde os romanos perdem 50.000 homens
numa tempestade. Aleria é conquistada pelos romanos, mas eles são
facilmente repelidos. Os romanos vencem Cartago na batalha de Panormo em
251 a.C. e no mesmo ano ocorre o cerco de Lilibeu, na Sicília, que durou até
241 a.C.. Em 250 a.C. Cartago vence os romanos na batalha de Drepana, mas
é derrotada na batalha das Ilhas Égadas em 241 a.C. marcando o fim da
Primeira Guerra Púnica.
(O inferno no mar nas Guerras Púnicas.)
A cidade de Roma então após 200 a.C. se encheu de pobres, que foram
morar nas Insulas. Uma Insula, que em latim significa uma ilha, era tipo um
bloco de apartamentos, que no fundo tinha lojas e outros prédios comerciais, e
às vezes tinham 10 andares. Quanto mais alto era o andar que a pessoa
morava, mais pobre ela era, e mais insalubre e lotado era o andar. Esses
blocos não tinham água corrente, eram feitos com o material mais barato e
vagabundo que tivesse, e um pequeno quarto podia agrupar uma família
inteira, tendo até 20 ou 30 pessoas, tal qual vemos em Cuba ou na antiga
União Soviética. Os aluguéis eram pagos com atraso, e a criminalidade
aumentava. Como a estrutura era muito precária, era comum ter incêncios e
várias pessoas morrerem pulando desesperadas de andares altos, ou
simplesmente a estrutura desmoronava.
(representação de uma Insula romana)
Vale lembrar que depois que Alexandre, o Grande morreu em 323 a.C.,
seus sucessores formaram dinastias rivais, que se envolveram em séries mais
ou menos ininterruptas de guerras e disputas, entre eles e com Estados
menores e coalizões em suas vizinhanças. Pirro foi um desses soberanos.
Antíoco IV, o Epifânio foi outro: após sua detenção em Roma e tentativas de
política populista em casa, conseguiu em seu reinado de dez anos, entre 175
a.C. e 164 a.C., invadir o Egito (duas vezes), o Chipre, a Judeia (o que
provocou também a revolta dos Macabeus), o Império Parta e a Armênia. A
Revolta dos Macabeus começou em 167 a.C. quando a prática do judaísmo foi
proibida por Antíoco IV, o judaísmo antigo, da lei mosaica que era precursora
do Cristianismo. Os macabeus foram os integrantes de um exército
rebelde judeu que assumiu o controle de partes da Terra de Israel, até então
um Estado-cliente do Império Selêucida. Os macabeus fundaram a dinastia
dos Hasmoneus, que governou de 164 a 37 a.C., reimpuseram a religião
judaica, expandiram as fronteiras de Israel e reduziram no país a influência
da cultura helenística. Seu membro mais conhecido foi Judas Macabeu, assim
apelidado devido à sua força e determinação. Os macabeus durante anos
lideraram o movimento que levou à independência da Judeia, e que
reconsagrou o Templo de Jerusalém, que havia sido profanado pelos gregos.
Após a independência, os hasmoneus deram origem à linhagem real que
governou Israel até sua subjugação pelo domínio romano em 37 a.C..
Os primeiros judeus conhecidos que chegaram a Roma em 161 a.C.
foram Yehuda e Macabeu. Esses primeiros judeus romanos se empregavam
como artesãos, mascates e lojistas. Na última ocupação, eles também se
entregaram a empréstimos de dinheiro. Como comunidade, viviam
separadamente em apartamentos. Eles se governavam de acordo com suas
próprias leis e estavam isentos do serviço militar. Em 139 a.C. os judeus, que
não eram cidadãos romanos, foram expulsos por Praetor Hispanus por fazer
proselitismo, mas logo voltaram. Em 19 d.C., por meio de um senatus
consultum, o imperador Tibério expulsou 4.000 judeus, que estiveram
envolvidos em vários escândalos, mas nenhuma dessas expulsões foi
devidamente aplicada e sua presença contínua, em particular como usurários,
desempenharia um papel significativo no declínio e colapso do Império
Romano. Em 135 d.C., o imperador Adriano expulsaria os judeus de Roma.
("A última noite de Corinto", obra de Tony Robert-Fleury. O saque de Corinto foi
o grande feito de Múmio, o que lhe valeu o título de "Acaico")
Os gregos tiveram que resolver tudo para si, o que é realmente notável.
Os judeus e os cartagineses entenderam que a língua grega era muito útil para
comunicar-se além-fronteiras, e que havia alguns aspectos da civilização
grega, que deviam ser incorporados. Mas essa influência era parcial, e a parte
principal da cultura grega era rejeitada.
Por volta de 250 a.C., um garoto, ou muitas vezes uma garota, iria ser
colocada na escola, na idade dos 7 anos, para aprender latim e grego. Os
romanos liam todos os clássicos gregos, e eram perfeitamente capazes de
fazer discursos em grego, ou escrever cartas em grego.
As artes romanas também vão ter pesada influência da arte grega, mas
os romanos buscam retratar as pessoas de forma realista. Então era costume
os ricos contratarem escultores gregos para fazerem estátuas e bustos de
pessoas ricas, famosas ou poderosas, mas essas pessoas eram sempre
retratadas de forma realista, com rugas, cicatrizes, e rosto feio, porque era
costume romano o realismo na escultura.
Apesar de todas essas conquistas territoriais de Roma, a única
obrigação que os romanos impunham a todos que ficavam sob seu controle,
era a de fornecer soldados para seus exércitos. Não havia então forças de
ocupação romanas ou qualquer tipo de governo imposto por eles. Em outros
casos, eles impuseram grandes indenizações em dinheiro a alguns Estados,
um total de mais de seiscentas toneladas de lingotes de prata só na primeira
metade do século II a.C. Ou ainda, assumiram os regimes regulares de taxação
já estabelecidos por governantes anteriores. E algumas vezes conceberam
novas maneiras de extorquir ricas receitas, como as minas de prata da
Espanha, por exemplo, antes parte do domínio de Aníbal, passaram para o
domínio dos romanos, e muitos escravos trabalhavam lá.
Spartacus e seus aliados morreram nessa batalha e seu corpo jamais foi
achado, provavelmente foi jogado em uma vala coletiva ou abandonado.
Crasso ordenou que parte dos prisioneiros fossem crucificados na Via Ápia,
estrada que ligava Roma à Cápua. Segundo Apiano, 6000 prisioneiros foram
crucificados. A fama de Spartacus e seu exército de escravos não acabou após
a sua morte. Historiadores e escritores da época escreveram sobre ele, e
muitos fizeram pichações em homengaem à ele. Depois dessa, nenhuma
grande revolta de escravos ocorreu novamente nos territórios romanos. A fama
de Spartacus foi resgatada no século XIX por pintores e escritores, que
enxergavam nele um líder rebele. O próprio Marx achava Spartacus um herói e
a maior figura de toda a Antiguidade, apesar de na realidade a figura marxista
se assemelhar muito mais à Crasso.
Em 133 a.C. Tibério Graco foi eleito tribuno e tentou aprovar uma lei que
limitaria a quantidade de terra que qualquer indivíduo poderia possuir, ou seja,
queria uma reforma agrária. Já tinha uma lei que era a lei Licínia de 367 a.C.,
que limitava os cidadãos romanos a possuirem menos que 330 acres de terra,
mas com a Segunda Guerra Púnica, os latifúndios formados ignoraram isso.
Vale lembrar que a destruição da classe dos pequenos proprietários de terra,
para dar lugar a grandes latifúndios escravistas, fez também com que
houvesse uma crise no exército romano, já que só podia servir no exército
quem tivesse uma certa quantidade de terra.
Além disso, ele também tinha proposto reduzir o tempo de serviço militar
de 17 anos até 46 anos, e de dar o direito das pessoas de recorrerem aos
vereditos do júri nos tribunais, e adiciona aos senadores servindo nos júris, um
número igual de cavaleiros. Muitas pessoas ficaram com muito medo de que
ele liderasse uma revolução, como as que estavam acontecendo nas cidades-
estado gregas, onde demagogos os líderes do povo, e derrubam a ordem
estabelecida. A morte de Tibério Graco e seus apoiadores foi o primeiro
derramamento de sangue civil na história da República, e criou um terrível
precedente: “se essas pessoas venceram outras por meio da violência, por que
eu também não posso?”. O banho de sangue que foi o século I a.C. no mundo
romano, começa com esse precedente. A comissão de terras é financiada e é
permitido colocar em prática as partes menos radicais da proposta de Tibério,
mas de forma bem lenta.
Por volta de 300 d.C., esse programa já havia sido modificado diversas
vezes. O cereal que até então era apenas subsidiado passou a ser totalmente
“gratuito”; e, no auge, um terço de Roma já era contemplado pelo programa, o
qual se tornou um privilégio hereditário, passado de pai para filho. Outros
gêneros alimentícios, incluindo azeite de oliva, carne de porco e sal, foram
continuamente adicionados ao programa, que cresceu até se tornar o segundo
maior gasto do orçamento imperial, atrás somente dos gastos militares. E
como sempre a fala do Milton Friedman sempre está correta: “Não há nada
mais permanente do que um programa temporário do governo”.
O irmão de Tibério, Caio Graco, foi eleito tribuno em 123 a.C., e queria
enfraquecer o Senado e fortalecer as forças democráticas. Caio proibiu as
comissões judiciais, e declarou o senatus consultum ultimum como
inconstitucional, que eram duas ferramentas que permetiam o senado eliminar
rivais políticos. Esta última proposta não foi popular com os plebeus e ele
perdeu muito de seu apoio. Ele queria proteger os cidadãos do banimentos
pelos magistrados sem um julgamento, dividir terras pública entre o povo,
suprir os soldados com roupas às custas do Estado, garantir cidadania a todos
os aliados italiotas, fundar colônias em Tarento e em Cápua, e em Cartago,
onde os pobres seriam assentados em uma nova cidade, construir estradas e
prover grãos a baixo preço para os pobres. As três mais impopulares era o
subsídio estatal à agricultura para fornecer graõs a baixo custo aos pobres, o
de fornecer cidadania a todos os aliados da Itália, e o de dividir terras públicas
entre o povo. Todas essas leis são passadas pela Assembleia, exceto a da
cidadania para os italiotas. Além disso, Caio Graco tentava também policiar as
atividades dos senadores. Segundo as regulamentações, eram apenas os
senadores e seus filhos que podiam ser processados pela lei. E os júris que os
julgavam deviam ser compostos exclusiva e especificamente por uma classe
dos que não eram senadores, das fileiras dos “equestres” ou “cavaleiros”
(equites) romanos. Os equites estavam no topo da hierarquia romana de
riqueza, detentores de substanciais propriedades, o que os colocava à parte da
grande maioria dos cidadãos comuns, e com frequência tinham íntimas
ligações com senadores. Eram muitos milhares por volta do final do século II
a.C., em comparação com algumas poucas centenas de senadores. Pra ficar
mais claro, os equites eram os empresários corporativistas da época, que
faziam aliança com o Estado romano, para esmagar a concorrência, e lhes
garantir imenso poder.
Em 118 a.C. o rei Micipsa morre e a Numídia é dividida entre seus três
filhos: Jugurtha, Adherbal, e Hiempsal. Jugurtha mata Hiempsal, e se vira para
Adherbal que foge para Roma e pede ajuda ao Senado, já que a Numídia era
aliada de Roma e um rico território agrícola. Jugurtha tinha subornado
senadores o suficiente para ficar ao seu lado, e então a Numídia é dividida
entre os ele e Adherbal. Então Jugurtha ataca Cirta, onde seu irmão estava, e
era uma cidade cheia de mercantes italinanos e cidadãos romanos. Adherbal
decide que ele vai abrir os portões e deixar Jugurtha entrar, porque agora o
Senado escolherá entre os vários requerentes. Mas Jugurtha mal entra na
cidade, e seu irmão Adherbal estava sendo torturado até a morte, e então ele
ordena um massacre de toda a população adulta da cidade, que inclui milhares
de cidadãos romanos e italianos. Em 112 a.C. começa a guerra contra a
Numídia, contra o rei Jugurtha, que subornava soldados romanos para ficarem
do seu lado em 111 a.C.. O Senado manda o cônsul Lucius Calpurnius Bestia
para destruir Jugurtha, mas foi subornado por ele, e a guerra não vai a lugar
algum. Jugurtha é então chamado para testemunhar em Roma, mas ele
suborna o tribuno para bloquear seu testemunho. Então um rival de Jugurtha,
pretendente do trono da Numídia, é morto em Roma. Em 110 a.C. o rei
Jugurtha derrota alguns exércitos romanos e suborna outros. Em 109 a.C. tem
uma batalha inconclusiva entre Numídia e Roma, a batalha de Muthul.
Em 106 a.C. Lúcio Cornelius Sula toma o comando. Em 104 a.C. estoura
a Segunda Guerra Servil, outra rebelião de escravos na Sicília, e dura até 100
a.C. quando é reprimida. Em 96 a.C. o rei de Cirene (atual norte da Líbia e
Egito) cede seu reino à Sula. Em 91 a.C. Caio Mário retorna à proeminência
política, depois de sair em 99 a.C.. Sula e Mário vão ser os líderes dos dois
partidos rivais em Roma, sendo Sula líder dos Optimates, Mário líder dos
Populares. Em 91 a.C. Marsi, Picentes, Samnitas, Hirpinos, e Sabinos,
declaram sua independência da República Romana, formando a Itália. Isso
marcou o início da Guerra Social, que seria violentíssima. Em 89 a.C. Roma
derrota Itália na batalha de Ascalum, mas com pesadas perdas e considerável
pânico gerado na população. Roma decidiu fornecer cidadania plena àqueles
italianos que não haviam pegado em armas contra Roma, ou que estavam
dispostos a combater os separatistas da Itália. Isso foi importante porque a
maior parte da população da península itálica agora tinha cidadania plena, e a
Itália era agora o mais próximo do que conhecemos como Estado-Nação, e o
princípio de que os “romanos” poderiam ter dupla cidadania e duas identidades
cívicas, a de Roma e de sua cidade natal, virou norma. O norte da Itália era
habitado pelos gauleses, que receberam a cidadania romana em 42 a.C., após
ser aplicado um decreto de Júlio César, após sua morte.
Ele decretou que até 10% das dívidas de cada cidadão deveriam ser
canceladas, o que colocou os credores em uma posição difícil. Ele também
restaurou e reforçou a lei que decretava que uma taxa máxima de juros sobre
empréstimos, provavelmente similar à lei de 357 a.C. A crise foi piorando
continuamente, e, para tentar resolver a situação, em 86 a.C., outra lei que
cancelava nada menos que 75% das dívidas privadas foi aprovada — sob o
consulado de Lúcio Cornélio Cina e Caio Mário.
Uma das pessoas que ficou ao lado de Sula foi Júlio César, quando
tinha apenas 16 anos. Uma de suas tias era casada com Mário, o que torna
César e Mário parentes por casamento, e César é casado com a filha de Cina,
um dos colegas de Mário. Quando Júlio César tinha 16 anos, Sula ordena que
ele se divorcie da sua esposa, e César obviamente se recusa. E ainda, César
estava na lista dos preescritos que seriam mortos por Sula, e então ele foge de
Roma, se refugiando em um dos pântanas fora de Roma. Ele acaba sendo
capturado pelos homens de Sula, e será condenado à morte. No entanto, seus
vários parentes e amigos, que também são bem conectados com Sula,
imploram pela vida de César. Sula concorda em poupar Júlio César, mas não
entende porque estavam implorando pela vida deste homem, e que não vê nele
nenhum Caio Mário, mas muitos Mários, e que seria melhor acabar com ele
agora, enquanto ainda tem apenas 16 anos.
César decide apoiar Ptolomeu XIII na guerra civil, mas depois que ele
conhece a Cleópatra, ele meio que se casa com ela, e eles tem um filho. Só
que César já era casado em Roma, e não era possível que cidadãos romanos
pudesse casar com estrangeiros. César faz o cerco de Alexandria, e o reino do
Ponto derrota Roma na batalha de Nicópolis. Em 47 a.C. César derrota o Egito
na batalha do Nilo, e derrota o reino do Ponto na batalha de Zela. Em 46 a.C.
César derrota os Optimates na batalha de Thapsus, e a Numídia é
conquistada. Em 45 a.C. César derrota os Optimates na Batalha de Munda, na
Hispânia.
Muitos pensaram que quando ele tomou o poder, ele seria um novo
Sula, e fazer aquelas listas de quem iria ser assassinado, e que iria morrer pelo
menos 20.000 pessoas, como na ditadura de Sula. No entanto, quando ele
toma o poder, ele anistia todo mundo, ele perdoa os líderes perdedores, e lhe
dá cargos públicos.
O que Augusto fez foi assumir vários poderes ao mesmo tempo, sem
parecer que tinha. Ele tinha o poder de tribuno sem assumir o tribunato, o
poder de um cônsul, sem assumir o consulado. O Senado declarou que o mês
depois de Julho, por causa de Júlio César, seria Agosto, por causa de Augusto.
Ele assegurou que o Exército fosse fiel a ele e a ninguém mais, isolando
potenciais oponentes e transformou o Senado de uma aristocracia de dinastias
concorrentes, e possíveis rivais, em uma aristocracia voltada para servir e
honrar. Mas diferente de uma ditadura militar, as legiões romanas ficavam nas
fronteiras do Império, com apenas poucas tropas em Roma, como a Guarda
Pretoriana. Ele também assegurou sua posição cortando os vínculos de
dependência e lealdade pessoal entre os exércitos e seus comandantes
individuais, em grande parte graças a um processo simples e prático de
reforma da aposentadoria. A aposentadoria dos soldados era obviamente
financiada com impostos, e com um valor de cerca de 20 vezes o pagamento
anual que era dado aos soldados. Ou seja, ele nacionalizou de vez as legiões
romanas. Num cálculo grosseiro, usando os valores conhecidos dos salários
dos militares, a conta anual para um pagamento normal e mais os pacotes de
aposentadoria para o Exército todo daria algo em torno de 450 milhões de
sestércios. Isso era equivalente, em um cálculo ainda mais grosseiro, a mais da
metade da receita anual de impostos do Império. E ainda, Augusto mandou
fazer o registro de todos os generais triunfantes, desde Rômulo.
Como o ouro era tratado como uma mercadoria, sua degradação não
era tolerada. O imperador Constantino (306-337) ordenou pessoalmente a
morte por falsificação e a queima de cunhadores públicos que cometeram
falsificação. Os cambistas, que não relataram um besante de ouro falsificado
(solidus), foram imediatamente açoitados, escravizados e exilados. Esses
regulamentos foram eficazes para o besante, que pesava 70 grãos e era um
pouco mais do que o besante que ainda circulava em 1025 e pesava 68 grãos.
A razão pela qual Sinédrio estava tão nervoso sobre Cristo, é que ele
estava pregando para pessoas comuns, o que não era favorável para a classe
dominante judaica, e também não era favorável à submissão dessas regiões ao
domínio romano. Lembra a história de quando um dos fariseus mostra a Cristo
uma moeda, dizendo que é lícito pagar impostos à César, isso é uma tentativa
de armadilha. Se Cristo dissesse que não era lícito, porque César era um
governante ilegítimo, ele teria sido preso e sido empacotado diante de Pilatos,
com meia dúzia de testemunhas para testemunhar o que ele disse. Então
Cristo dá uma resposta evasiva, que pode ser tomada como o fundamento de
grande parte da filosofia política ocidental. Os governantes e a classe
dominante judaica tem pavor de Cristo, já que ele tinha grande parte do povo
judeu o ouvindo e seguindo. Então a classe dominante judaica persuadiu os
romanos a se livrarem de Cristo, e depois que Cristo morreu, eles também
eram hostis aos seguidores de Cristo. O alcance que Cristo tinha no povo judeu
como um todo, é prejudicado pelos esforços da classe dominante judaica, após
a cruxificação.
Depois da morte de Cristo, São Paulo vai pregar sua palavra em todo o
mundo romano, inclusive em sinagogas, e vai conquistar alguns convertidos
entre os judeus, com muito mais frequência do que pregar para o que pode ter
sido uma vasta multidão de gentios. Sempre que ele aparecia em Jerusalém,
ele estava acompanhado de um imenso número de convertidos de língua
grega. Os primeiros cristãos, os apóstolos sobreviventes de Cristo,
concordaram em abandonar todos os requisitos de circuncisão, ou qualquer
conformidade com a lei judaica. Se você se tornasse um cristão, não era mais
necessário se tornar um judeu primeiro, e depois aceitar que Cristo era um
messias dos judeus. A única exigência era que você não poderia participar de
nenhuma cerimônia pagã, se abster da poluição de ídolos, da fornicação, e se
abster de coisas estranguladas e de sangue. Nesse concílio, em Jerusalém,
por volta do ano 50, os apóstolos concordaram que eles não exigiriam mais a
conversão na fé judaica antes de você poder se tornar um cristão. Por volta de
60, o Cristianismo não era mais uma heresia judaica, mas a religião dos
gregos. E no ano 70, a autonomia da Judéia é destruída, junto com o templo de
Jerusalém. E o Cristianismo caminha para a fusão da filosofia grega com a
história judaica.
Nero incendiou Roma em 64, como um inside job, para botar a culpa nos
cristãos e começar a perseguição oficial. Ele mata sua mãe afogada num barco
armadilha que estava preparado para afundar. Ele tortura cristãos, crucificando
vários e mandando para a arena para serem comidos por leões, conforme foi
bem mostrado novamente no filme Quo Vadis. É famosa a sua imagem
tocando uma lira, enquanto a cidade de Roma ardia em chamas.
Marco Aurélio viu que a coisa tinha saído do controle, e que os gastos
eram imensos, e tentou banir os jogos, ou pelo menos tentar limitar os gastos,
mas não conseguiu, porque seu filho Cômodo adorava os jogos e chegou a
lutar em alguns (obviamente em plataformas bem protegidas), reverteu tudo.
Juvenal (55- depois de 127) dizia que à medida que Roma perdia sua
natureza aristocrática e se tornava um regime populista, democrático e voltado
para as massas, a população deixou de demandar bens elevados como
segurança, defesa, justiça, e passou a demandar somente pão e circo. E
Cícero completa dizendo que à medida que as pessoas recebiam esse pão e
circo, elas se distraíam, e não pensavam mais em bens elevados que
pudessem realmente satisfazê-las. E esse corrompimento de Roma, é o
principal motivo de sua queda.
O editor que levantava o polegar para cima ou para baixo, era o que
decidia se o gladiador iria viver ou morrer. O polegar para baixo era para
poupar a vida do gladiador, que significava embainhe a espada. E o gladiador
recebia o mício quando era poupado, só que alguns jogos não tinha mício e
quem perdia morria. Os imperadores mais cruéis como Calígula e Cláudio
proibiam o mício porque gostavam de ver os gladiadores perdedores morrerem.
Só que a população começou a ficar incomodada com isso, primeiro porque a
lei natural estava lá no coração dos homens mesmo diante de toda essa
barbárie, e também porque eles começaram a matar gladiadores que eram
populares entre a população. Augusto chegou até a abolir esses jogos sem
mício por um tempo.
(Muralha de Adriano)
Em 132 eclode a revolta de Bar Kokhba na Judéia, novamente por
judeus rebeldes, suprimida em 135. Em 133 ocorre uma invasão alana na
Capadócia vinda da Rússia passando pelo Caúcaso, em que parte é derrotada
e o resto recua e foge. Adriano unilateralmente perdoou 225 milhões de dinares
em impostos atrasados, o que gerou um grande ressentimento entre as
pessoas que já haviam dolorosamente se esforçado para pagar seus tributos
por completo. Em 138 Adriano morre e assume Antonino Pio, apoiado pelo
Senado. Em 139, ele conquista a Caledônia, e em 142 é começada a
construção da muralha Antonina nesta região, acima da muralha de Adriano.
Enfim, logo que Comodus assume, em 180 ele se recusa a lutar contra
os germânicos, e abandona as regiões além do rio Danúbio. Em 181, tem uma
pequena guerra contra os Iazyges, que acaba em 182, sem mudança de
território. Em 183 tem uma revolta na Dácia, reprimida no mesmo ano. No
mesmo ano, Lucila, a irmã do imperador e viúva de Lúcio Vero, irritada com a
sua posição secundária e ciumenta da imperatriz reinante, armou um assassino
para matar seu irmão, mas que foi impedido pelos guardas. Enquanto
mergulhava no sangue e na luxúria, Cômodo confiou os assuntos públicos a
Perene, um ministro servil e ambicioso que obtivera seu posto pelo assassínio
de seu predecessor e que era dotado de bastante vigor e habilidade. Por meio
de atos de extorsão e o confisco de bens dos nobres, acumulara uma imensa
fortuna. Os guardas pretorianos estavam sob o seu comando imediato e o seu
filho, que já revelara gênio militar, comandava as legiões ilirianas. Perene
aspirava ao império, ou o que aos olhos de Cômodo equivalia ao mesmo crime.
Teria sido capaz de aspirar a ele se não houvesse sido obstado, surpreendido
e executado em 186.
vencido por um abastado e néscio senador Dídio Juliano. Mas Sétimo Severo é
declarado imperador na Panônia, e Pescenius Niger na Síria. Em julho de 193,
Didío Juliano é morto por Sétimo Severo, e Clódio Albino é declarado César
por ele. Em outubro de 193, Pescenius Niger é derrotado na batalha de Cízico
e na de Niceia. Em maio de 194, pescenius é derrotado e morto na batalha de
Issus, na Síria, e a cidade de Bizâncio é saqueada. Em 196 começa a guerra
entre Sétimo Severo e Clódio Albino, onde este último é derrotado e morto em
197 na batalha de Lugduno. Em 196, Caracala se tornou César de Sétimo
Severo, uma espécie de príncipe. Em março de 197, o Império Parta anexa
partes da Mesopotâmia, mas os romanos marcham e saqueiam Ctesifonte em
198, acabando com a guerra, além de anexarem parte do território. Em 198,
Caracala é declarado Augustus e Geta, seu irmão, é declarado César. Em 199,
Roma retoma o controle sob a Armênia. Em 202, Sétimo Severo começa
campanhas militares contra os Garamantes no deserto do Saara, e anexa parte
de seus territórios. Em 208, Sétimo Severo começa as campanhas militares
contra os Caledônios na Britânia. Em 209, os territórios da África são
reconquistados pelos Garamantes. Esses garamantes era um povo do Saara,
que construiu uma grande civilização baseada no deserto, e vendia pedras
para Roma. Em 209, Geta é declarado Augustus, e em 211 Sétimo Severo
morre em Eboraco, Britânia. Caracala e Geta então se tornam imperadores.
Por volta do ano 200, cerca de 20% da população livre era cidadão
romano. A cidadania dava vários benefícios, cobrindo uma ampla questão de
contratos e punições. Na década de 60 d.C., São Pedro foi crucificado
enquanto são Paulo desfrutou do “privilégio” de ser decapitado foi porque Paulo
era cidadão romano. Em 212, o imperador Marco Aurélio Antonino (Caracala),
decretou que qualquer cidadão livre, de qualquer parte do Império, tinha
cidadania romana completa. Em 211, Caracala assassinou seu irmão Geta,
que era um rival político. Quando Caracala tinha apenas 29 anos, em 217 d.C.,
quando foi assassinado por um de seus guarda-costas, Marco Opélio Macrino
[Marcus Opellius Macrinus], que aproveitou um momento íntimo em que o
imperador se aliviava à beira da estrada e o apunhalou. Muitos dizem que
Caracala queria ao promover todo mundo à cidadão romano completo, era
conseguir arrecadar mais impostos, já que os cidadãos romanos estavam
sujeitos ao imposto sobre herança. Ao longo do século III d.C., a distinção entre
os honestiores (literalmente “os mais honoráveis”, a elite rica, incluindo
soldados veteranos) e os humiliores (literalmente “os da classe inferior”) foi o
critério que passou a ter importância e a dividir os romanos novamente em dois
grupos, com direitos desiguais formalmente definidos na lei romana.
A maioria das pessoas comuns parece que não falava latim ou grego,
mas as suas línguas locais, como línguas celtas, germânicas, semíticas,
sármatas, etc. A diversidade linguística que Roma tinha era enorme, e muito
interessante para o que estamos acostumados a ver hoje. Uma das maneiras
de destruir a cultura de um povo é destruir a língua deste povo, e os Estados
Nações são mestres nisso. Obviamente o Estado romano se expandiu
consideravelmente durante o Império, mas não foi suficiente para destruir
muitas das autonomias locais que havia.
Os pobres de uma cidade como Roma, viviam com uma dieta de cerca
de 2000 calorias por dia, sendo que o mínimo para uma pessoa com hábitos
alimentares sedentários é cerca de 2400 calorias. Então a maioria dos pobres
de Roma estava num cenário de quase fome, e fora de Roma, nas outras
cidades e no campo, havia fomes ocasionais. Eles sobreviviam graças à
distribuição de grãos subsidiada pelo Estado, e pela caridade privada. O
mundo romano devia ter um padrão de desenvolvimento de países como China
e Índia antes de 1900, ou até antes de 1800.
Parece que no fim das contas tudo deu certo, o Império sobreviveu, os
separatistas foram esmagados, Aureliano é um salvador e Super Man de
Roma, tudo dando certo, até que Aureliano é assassinado por suas tropas em
novembro de 275. Em janeiro de 276, o Senado elege Tácito como imperador,
descendente do grande historiador de mesmo nome, e os francos e alamanos
atacam o Império. Em abril, os godos saqueiam a Anatólia mais uma vez, e em
agosto Tácito morre ou de febre, ou assassinado por seus soldados. Seu irmão
Floriano assume como imperador, mas em setembro as legiões do oriente
declaram o general Probo como imperador, e Floriano marcha contra Probo,
mas é assassinado por suas tropas. Com Probo no poder, a crise do terceiro
século vai lentamente acabando.
Quando Constâncio Cloro morreu em 306, quem iria assumir o trono era
seu filho Constantino, que manda uma carta a Galério falando de seu direito a
sucessão. Galério ficou furioso, mas para evitar uma guerra, deu-lhe apenas o
título de César e o quarto lugar entre os príncipes romanos, ao mesmo passo
em que conferia o lugar vacante de Augusto ao seu favorito Severo.
(representação de Constantinopla)
(O Batismo de Constantino, por Rafael Sanzio)
(mosaico de Constantino em Santa Sofia)
(Estátua do Imperador Constantino I. Foto: Angelina Dimitrova /
Shutterstock.com)
Em janeiro de 354, estoura mais uma guerra com os alamanos, que são
expulsos em julho. Em julho de 354, Galo é executado por traição. Em março
de 355, os francos e alamanos atacam a Gália, sendo expulsos em outubro. No
mesmo mês, o usurpador Silvânio é declarado imperador no norte da Gália, e
Juliano se torna césar. Há uma grande invasão germânica na Gália, e Juliano
os expulsa, derrotando os alamanos na batalha de Argentorato em agosto de
357, e integra parte dos francos em um foederati. Em abril de 357, os quadros
invadem e saqueiam a Récia. Em março de 358, os sármatos conquistam um
pedaço da Panônia, e os Jutungos saqueiam a Récia. Em março de 359,
Constâncio II derrota os quados além do Danúbio. No mesmo ano, os persas
atacam a Mesopotâmia. Os pictos atacam a Britânia em janeiro de 360, sendo
expulsos em agosto.
Por que que essa heresia é tão perigosa? Se a Igreja na época tivesse
falado que Cristo era simplesmente uma criação de Deus, havia a possibilidade
de que os pagãos simplesmente abraçassem o Cristianismo dizendo que é só
mais um culto de Cristo, que é a manifestação do único deus verdadeiro, junto
com Júpiter, Apolo e todos os outros. E com isso o Cristianismo iria ser
absorvido pelo paganismo romano-bárbaro, e as pessoas iriam para a Igreja
assim como iriam para o templo de Júpiter, de Apolo, ou fazer o culto de Mitra,
de Ísis, etc. Mas a Igreja tinha a ideia de que não há salvação fora da Igreja
Católica. Então o arianismo era uma perigosa concessão ao paganismo, e foi
combatido pela Igreja e suprimido dentro das fronteiras do Império Romano.
(representação de São Nicolau de Mira metendo a porrada em Ário)
Vale lembrar que como os romanos eram pagãos e seu Império aceitava
todo tipo de religião, desde que não interferisse nos assuntos políticos de
Roma, todo o tipo de bárbarie pagã era praticada. Por exemplo, o infanticídio
era muito comum na Roma antiga, especialmente com meninas. Os romanos
geralmente não tinham o amor cristão de aceitar o filho de qualquer maneira, e
de tratar a vida como algo sagrado. Por causa disso, a população feminina
romana era extremamente baixa, sendo apenas 40% da população total. Além
disso, abortos eram muito comuns no mundo romano, apesar disso não ser
como hoje uma cartilha política, e esse assunto estar totalmente na mão dos
pais e maridos. Essa é uma das razões porque o Cristianismo se espalhou tão
rapidamente entre as mulheres romanas, porque proibia abortos e infanticídio.
O combate ao arianismo foi importante em especial para erradicar esse tipo de
barbaridade pagã.
Juliano tem o nome de “O Apóstota” porque ele era fiel aos deuses de
Roma e Atenas, em reação à educação cristã que lhe foi dada pelo seu tutor-
carcereiro Constâncio, que lhe deu “a educação não de um herói mas de um
santo”. Segundo Gibbon, “quase degradavam o imperador ao nível de um
monge egípcio”. Juliano prometeu num dos seus primeiros éditos liberdade de
culto a todos os habitantes do mundo romano, trouxe de volta todos os cristãos
de diversas seitas que tinham sido exilados por Constâncio o e ordenou a
reabertura de todos os templos pagãos fechados. As honras e imunidades
clericais foram suspendidas, proibiu-se legar dinheiro a Igreja, excluíam-se os
cristãos do estudo de gramática e retórica. Os cristãos também foram
afastados gradualmente dos altos cargos no exército e no governo civil e
obrigados a pagar indenizações pelos templos pagãos que haviam destruído.
Se o reinado de Juliano não tivesse durado tão pouco, é capaz dele ter
começado uma guerra religiosa contra a Igreja. Seu sucessor, o cristão devoto
Joviano, reestabeleceu o Cristianismo como a religião oficial.
Outros fatores que contibuiram com a queda do Império é que não havia
um sistema de sucessão clara quando um imperador morria, e também com o
tempo as legiões romanas foram ficando ultrapassadas.
Em agosto de 378, após uma série de maus tratos feitos pelos romanos,
os visigodos vencem pesadamente os romanos na batalha de Adrianópolis, e
Valente é morto queimado vivo, e dois terços das forças romanas dispostas
para a batalha foram exterminados pela espada dos godos vitoriosos.
É interessante falar um pouco mais sobre Teodósio, porque foi ele quem
instituiu o Cristianismo Nicênico como a religião oficial do Império Romano em
380 no Édito de Tessalônica. A Igreja Católica começou a se formar como uma
instituição que poderia começar a competir com o poder do estado romano,
pelo menos em autoridade moral entre o povo. O episódio mais interessante e
emblemático é a disputa entre Santo Ambrósio e Teodósio.
Mas antes disso, vamos falar um pouco mais sobre a história desse
grande Santo e Doutor da Igreja. Quando Santo Ambrósio era adolescente, seu
pai morre, e então sua família vai à Roma, e ele se aprofunda nos estudos da
retórica, da literatura e da lei, e ele adentra o serviço público romano. Como
havia muita briga teológica com os arianos na época, Ambrósio foi chamado
para apaziguar a situação, e o grande parte do povo de Mediolano o aclamou
como bispo. Ele não concordou porque ele não era nem batizado, mas o
imperador Valentiniano achou interessante ele como bispo, e Ambrósio acata a
decisão.
Valentiniano II, que também era ariano, depois de tanto perseguir ele,
tem a audácia de pedir ajuda a Santo Ambrósio. Mas como Santo Ambrósio
não era orgulhoso ajudou Valentiniano II, e apaziguou Magno Máximo para ele
não invadir a Itália, em 383. Mas em 387, Magno Máximo resolve invadir
Mediolano, e Santo Ambrósio vende os bens da Igreja para ajudar os pobres.
Magno Máximo faz um estrago em Mediolano até que Teodósio I o derrotou e o
matou. Depois Ambrósio deu uma bronca em Teodósio I, que entrou na Igreja
falando que mandava em tudo. Teodósio faz o massacre de Tessalônica em
390, onde massacrou 7000 homens, mulheres e crianças, e Santo Ambrósio o
excomungou e o impediu de entrar na Igreja. Depois obrigou Teodósio I a se
vestir de mendigo e fazer penitência, pedindo perdão pelo massacre de
inocentes. Somente depois que Teodósio foi considerado suficientemente e
publicamente humilhado sobre o assunto, sua excomunhão foi revogada. Esse
episódio, além de lendário, é um tapa na cara de quem acha que a Igreja
Católica é estatista.
(Ambrósio nega a entrada na igreja a Teodósio por Anthony van Dyck, National
Gallery)
Em janeiro de 383, Arcádio é nomeado co-imperador de Teodósio. Em
abril de 383, o usurpador Magno Máximo é nomeado imperador da Britânia. Em
agosto, Graciano é assassinado por seus generais, e Máximo fica com o
controle da Britânia, Gália, Récia e Hispânia. Em fevereiro de 384, os hunos
invadem a Trácia. Em julho, Máximo é reconhecido como imperador do
Ocidente por Teodósio. Em outubro, Máximo nomeia seu filho Victor co-
imperador.
Para se ter uma ideia do quanto o estado de bem estar social romano
era gigante, a distribuição mensal de trigo se converteu numa cota diária de
pão. Um grande número de fornos foi construído e mantido com dinheiro
público, e na hora marcada, todo cidadão munido de um talão subia o lance de
escadas que houvesse sido prescrito para o seu distrito ou divisão e recebia,
como donativo ou a um preço muito baixo, três libras de pão para o consumo
de sua família. As florestas da Lucânia, fornecia, à guisa de tributo, um
abundante suprimento de carne salutar e barata. Durante cinco meses do ano,
uma cota regular de toucinho era distribuída aos cidadãos mais pobres, e fixou-
se o consumo anual da capital, numa época em que decaíra muito do seu
antigo esplendor, em três milhões seiscentas e vinte oito mil libras, de
conformidade com um édito de Valentiniano III.
Considerações Finais
Até hoje, o legado de Roma nos ilumina. Seja ele o primeiro sistema de
Leis Civis não estatais do mundo, seja um dos pioneiros da justiça privada, seja
sua elaborada engenharia, arquitetura, medicina, literatura, retórica, artes
fabris, mesmo 2000 anos da Revolução Industrial. Mas a Roma que devemos
resgatar é a Roma de Rômulo, de Numa Pompílio, Camilo, Cincinato,
Scaevola, etc; e não a Roma de Caio Mário, Sula, Crasso, Júlio César,
Augusto, Nero, Cômodo, etc. Legio Aeterna Victrix!
Referências
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https://lanpenn.wixsite.com/ocal/post/como-a-rivalidade-entre-a-igreja-e-
o-estado-fez-a-europa-mais-rica-e-livre
BEARD, Mary. SPQR uma história da Roma Antiga. 2015; tradução Luis
Reyes Gil. 1. ed. São Paulo: Planeta, 2017
Veios = Veii
Volscos = Volsci
Équos = Aequi
Hernícios = Hernici
Samnitas = Samnites