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Laboratório I

Curso de Arquitetura e Urbanismo (2º e 3º p.)


- Centro Universitário de Lavras

Semana 5
Egito
PEREIRA, José Ramón Alonso. Introdução à história da arquitetura: das origens ao século
xxi. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. 384 p. Edição eletrônica.

BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2011. 728 p.
Tradução Silvia Mazza.
Semana 5: Egito

INTRODUÇÃO
“O Egito se apresenta como a essência da Antiguidade, como escreve
Sigfried Giedion: ‘Em todo o mundo sempre existiu alguma forma de arte,
mas a historia da arte como esforço continuado não começa nas cavernas
do sul da França ou entre os índios americanos. Não existe relação direta
entre esses estranhos começos e nossos dias, mas realmente há uma
tradição direta passada do mestre ao discípulo e do discípulo ao
admirador ou ao escriba, que relaciona a arte da nossa época com a arte
do vale do Nilo de 5 mil anos atras, porque os artistas gregos
aprenderam com os egípcios, e todos nós somos alunos dos gregos’. Daí́
a formidável importância da herança egípcia na arquitetura ocidental.

(PEREIRA, 2011, p. 29)


Origens

• Aproximadamente 3.000 a. C.
(unificação do Alto e Baixo Egito);

• No entanto, + 2.000 anos sem


unificação = 5.000 a.C. (PEREIRA,
2011, p. 31);

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Egito Antigo (3.100 a. C. –
30 a. C.)

• Essência da antiguidade;

• Egito = verdadeiro laboratório


arquitetônico;

• Desenvolveu-se ao longo do Nilo;

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• Fronteiras: Catarata do Nilo (Sul),
Mar Mediterrâneo (Norte), Deserto
do Saara (Oeste), Mar Vermelho
(Leste);
Egito Antigo (3.100 a. C. –
30 a. C.)

• Nilo = Espinha dorsal do país


(aprox. 2 mil km);

• Cheias regulares fertilizam as


margens (aprox. 20 km para cada
lado);

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• Sociedade fluvial;

• Oásis longitudinal (PEREIRA, 2011,


p. 30).
Egito Antigo (3.100 a. C. –
30 a. C.)

• Nilo = fertilidade = agricultura;

• Início do calendário de 365 dias


(ciclo de cheias);

• Geometria = Medição de terras;

• Geografia -> História;

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• Laboratório de Arquitetura
(fundamentos e experimentações).
Semana 5: Egito

Ocupação do território
Ocupação do Território
• Orientação e ortogonalidade

• Eixo maior = Norte/Sul (curso do


Nilo);

• Eixo menor = Leste/Oeste (curso do


sol)

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• Leste: Vida (nascer do sul, cidade
dos vivos)

• Oeste: Morte (pôr do sol, cidade


dos mortos)
N
Ocupação do Território
• Nilo e Sol = estabelecem orientação
e ortogonalidade (estruturação
espacial simples);

• Orientação (problema adotado O L


ainda hoje na arquitetura);

• Transição: Cabana Neolítica à casa

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orientada;

S
N
Ocupação do Território
• Cruzamento dos eixos = origem da
ideia de retícula/ quadrícula;

• Retícula/ quadrícula = estabelecem


o plano horizontal; O L
• A edificação se eleva sobre um
plano horizontal;

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• Trama retilínea: facilita o
parcelamento do solo

S
Ocupação do Território
• Além da Ortogonalidade = diretriz vertical;

• Diretriz vertical = faz parte do início da


arquitetura;

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• Diretriz vertical = relação com o cosmo;

• Realidade e infinito;

• Axialidade.
“A introdução da vertical como principio de organização na
arquitetura egípcia é uma das grandes mudanças desde a isotropia pré-
histórica. Durante três milênios, mantivemos o método de composição
com base em planos horizontais e diretrizes verticais: a horizontal é a
linha do repouso; a vertical é a linha do movimento; uma e outra se
combinam com o ângulo reto que, junto com elas, adquire valor
preponderante na arquitetura.
Da interdependência dos três componentes surge o triangulo
retângulo composto por uma linha vertical e uma horizontal com seus
pontos extremos unidos, que exerce uma atracão quase mágica quando
se descobrem suas propriedades e leis ocultas.”

(PEREIRA, 2011, p. 34)


na planta;

• Axialidade.
Templo de
Luxor - Tebas
• Retícula e quadrícula

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Templo de
Luxor - Tebas

Fonte: https://i0.wp.com/umpouquinhodecadalugar.com/wp-content/uploads/2019/07/IMG_6347.jpg?resize=857%2C643&ssl=1
Templo de
Luxor - Tebas
Templo de Luxor - Tebas

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Templo de Luxor - Tebas

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Templo de Consu - Carnac
Retícula e quadrícula na planta e axialidade

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https://voc.link/o-templo-de-karnak/ Templo de Consu - Carnac

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Templo de Consu - Carnac

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Resumo dos pontos vistos em aula:

• Egito: Essência da Antiguidade e Laboratório de Arquitetura


• Condições geográficas e históricas permitem experimentações
arquitetônicas;
• Ocupação do território: Eixo maior (Nilo), eixo menor (sol)
• Orientação e Ortogonalidade
• Diretriz vertical
• Axialidade e Simetria
REFERÊNCIAS
BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2011. 728 p.
Tradução Silvia Mazza.

PEREIRA, José Ramón Alonso. Introdução à história da arquitetura: das origens ao século
xxi. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. 384 p. Edição eletrônica.

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