Você está na página 1de 12

ESCULTURA

Considerada a terceira das artes clá ssicas, a escultura é a técnica de representar objetos e seres
através da reproduçã o de formas. Utiliza-se de materiais como gesso, pedra, madeira, resinas sintéticas, aço,
ferro, má rmore e das seguintes técnicas: cinzelaçã o, fundiçã o, moldagem ou a aglomeraçã o de partículas.
Sua origem baseia-se na imitaçã o da natureza, com o intuito maior de representar o corpo humano.
A escolha do material envolve a técnica utilizada. Novas técnicas como dobra e solda de chapas metá licas,
moldagens com resinas, plá sticos, materiais tridimensionais tem sido empregadas. A escultura na Pré-
Histó ria foi associada à magia e à religiã o. No período paleolítico, o objetivo era moldar animais e figuras
humanas, geralmente femininas.
A Grécia Clá ssica é o berço ocidental da arte de esculpir, desde os seus primeiros artefatos em
má rmore ou bronze a partir do século 10 a.C., até o apogeu da era de Péricles, com as esculturas da Acró pole
de Atenas. Posteriormente, os romanos aderiram à cultura clá ssica e continuaram a produzir esculturas até
o fim do império, difundindo o trabalho em má rmore por todo o império.

MODELAGEM E MOLDAGEM

A modelagem é umas das técnicas mais comuns para a escultura. É um processo de adiçã o de
material, no qual a matéria é constantemente aumentada para produzir a forma desejada. Ao contrá rio
de escultura em pedra (dita cinzelada), o escultor tem a opçã o de corrigir erros, removendo ou
remodelando o material. A modelagem requer uma matéria maleá vel como o barro, a cera, o gesso ou
o papel machê. Freqü entemente, o material de modelagem é aplicado sobre uma estrutura de madeira ou
metal, que lhe dará resistência e sustentabilidade.

Mas o que é essa tal modelagem tradicional?


Já ouviu aquela histó ria que “a [animaçã o] Noiva Cadá ver foi toda feita de massinha”? Quando falamos de modelagem
tradicional, é mais ou menos essa a ideia.
Em palavras simples, a modelagem tradicional é o processo de criaçã o de uma representaçã o física e em três
dimensõ es (como o modelo de um personagem), produzida em materiais que permitem a sua pró pria adiçã o ou
retirada da escultura produzida, como por exemplo a massa biscuit, a cera e o clay (o material mais utilizado).
Noiva Cadá ver
E voltando para a afirmaçã o inicial, os personagens da animaçã o “A noiva Cadá ver” (dirigida por Tim Burton e Mike
Johnson) foram desenvolvidos com esqueletos mó veis, em aço/alumínio, e cobertos com uma mistura de espuma de
lá tex e pele à base de silicone – que normalmente é utilizada para cobrir as maquetes (nome dado aos bonecos que
pertencem à animaçã o). Foi a partir dessa combinaçã o que cada detalhe foi modelado.
Uma escultura existe quando há a necessidade de retirar partes da matéria bruta para que ela ganhe
forma, sem a opção de retorná-la ao lugar, caso necessário. É o caso de uma peça esculpida em
mármore, por exemplo. Já a peça modelada existe quando o material que está sendo trabalhado é
maleável, podendo ser delineado com as próprias mãos, e permite que mais material seja
adicionado a composição.

Outro exemplo é o filme “A fuga das galinhas” criado por DreamWorks Animation

Como é feito o filme A Fuga das Galinhas?


Usando a técnica Stop motion, que envolve o uso de modelos reais filmados quadro a quadro. No caso de
A Fuga das Galinhas, os personagens e o cená rio foram feitos de massinha. Todos os movimentos gravados
levavam horas para serem executados. Como massa de modelar nã o é um material resistente, os
animadores fizeram vá rios modelos para o filme.

Quanto tempo demorou para fazer a fuga das galinhas?


Já os cená rios foram todos criados em computador, como havia sido feito em “Toy Story”. Por causa desse
trabalhã o, “A Fuga das Galinhas” levou quatro anos para ficar pronto.
STOP MOTION

Stop Motion em inglês quadro-a-quadro é uma técnica de animaçã o muito usada com recursos de uma
má quina fotográ fica ou de um computador. Utilizam-se modelos reais em diversos materiais, sendo os mais
comuns a madeira de á rvore que tenha troncos e a massa de modelar modelos.
É uma técnica para produzir animaçõ es em que se fotografa objetos quadro a quadro. Para que a animaçã o
seja feita, é necessá rio tirar vá rias fotos, modificando de maneira sutil a posiçã o dos objetos, a fim de que,
ao projetar as fotos, tenha-se a ideia de que houve realmente movimentos.

ARQUITETURA E URBANISMO

ARQUITETURA
A palavra arquitetura deriva do grego “arché” – primeiro ou principal – e “tékton” – construçã o. Ou seja,
construçã o principal. No entanto, uma definiçã o mais completa diria que a arquitetura é a relaçã o que se
estabelece entre o homem e o ambiente em que ele vive, ou ainda, o modo como ele interfere no meio em
que habita.
Apesar da definiçã o do nome que perdura até os dias atuais ser oriundo da Grécia antiga, o conceito de
arquitetura é muito anterior à essa civilizaçã o, remetendo aos primeiros povos sedentá rios da humanidade.
Com a revoluçã o agrícola, o ser humano migra da vida nô made para o sedentarismo e com esse novo estilo
de vida surge a necessidade de construir abrigos. Logo, desde o princípio, a arquitetura está conectada
à  função que, neste caso, era principalmente a proteção contra intempéries e a segurança. Com o passar
do tempo, o conceito de arquitetura passa a assumir, além da funcionalidade, atributos estéticos e
de conforto, evoluindo para as definiçõ es que conhecemos hoje. 

"A arquitetura pode ser definida como a relaçã o entre o homem e o espaço, ou melhor, a forma como ele
interfere no meio criando condiçõ es estéticas e funcionais favorá veis para habitaçã o, utilizaçã o e
organizaçã o dos ambientes.”

“Arquitetura é antes de mais nada CONSTRUÇÃ O, mas, construçã o concebida com o propó sito primordial de
ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intençã o.” 
Ainda nessa vertente, a arquitetura está diretamente conectada com a percepção humana do espaço, onde
entram os conceitos de neuroarquitetura, os quais afirmam que o ambiente afeta o modo
de pensar e viver do ser humano, evocando emoçõ es.
"Arquitetura é uma maneira de ver, pensar e questionar nosso mundo e nosso lugar nele"
Essa concepçã o é uma via de mã o dupla, pois o modo de vida do ser humano também reflete
na arquitetura que ele reproduz, é o caso, por exemplo, da arquitetura sustentá vel, que veio como uma
resposta ao novo pensamento mundial de sustentabilidade. Além disso, com o passar do tempo a
arquitetura assume o cará ter artístico, acompanhando as tendências de estilo que todas as demais artes
presenciaram, como o renascentismo, modernismo, etc. 

E URBANISMO?

A palavra “urbanismo” vem de “urbis” que significa literalmente cidade em latim. Apesar de já existirem os
assentamentos, a disciplina só nasce de fato apó s a revoluçã o industrial, com o principal objetivo de ordenar
o caos gerado pelo êxodo rural e rá pida intensificaçã o dos nú cleos urbanos.
O termo urbanismo vem sempre acompanhado da arquitetura, inclusive os cursos de graduaçã o atendem
pelo nome de Arquitetura e Urbanismo. Mas se a arquitetura é a arte de planejar e projetar construçõ es
pú blicas e privadas, o que sobra para o urbanismo?
Urbanismo pode ser definido como uma técnica de organizaçã o e racionalizaçã o das aglomeraçõ es urbanas.
Em outras palavras, o urbanismo pode ser considerado um modo de planejamento das cidades, de forma
que casas, edifícios e espaços pú blicos dialoguem em harmonia.
Assim, a grande missã o do urbanismo é criar cidades mais prazerosas de se viver, baseadas em
planejamento, ordenaçã o e organizaçã o.
E, sim, o urbanismo tem tudo a ver com a arquitetura, já que ele compreende a organizaçã o dos projetos
criados por ela.
“o urbanismo é a ciência que se ocupa da organizaçã o de um espaço urbano acompanhando seu
desenvolvimento com o objetivo de buscar a melhor localizaçã o para as ruas, para os edifícios, as
instalaçõ es pú blicas de maneira que a populaçã o que viva nestes espaços encontre um lugar agradá vel e
também cô modo e com adequadas condiçõ es sanitá rias para viver.”
ARTE URBANA

A Arte Urbana (street art, em inglês) é um tipo de arte encontrada nos espaços urbanos. Manifesta-se por
meio de intervençõ es, performances, grafite, teatro, dentre outras.
Essas açõ es artísticas ocorrem em ambientes pú blicos e interagem diretamente com os indivíduos.
Geralmente, usam como suporte os grandes centros urbanos, onde há intensa circulaçã o de pessoas e
diversidade cultural.
Dessa forma, os cidadã os acabam se deparando com a arte sem precisar ir até centros culturais.
Na prá tica, a arte urbana representa o encontro da vida com a arte, pois essa uniã o se dá naturalmente
enquanto o ser humano vive e se desloca pela cidade.
Origem da Arte Urbana
Esse tipo de expressã o artística está espalhada por todo o mundo. Surgiu nos Estados Unidos, na década de
70, e tem um caráter dinâmico e passageiro. Entã o normalmente é associada à fotografia, que permite seu
registro duradouro.
Exemplo de
arte urbana quando começou a despontar nos EUA
No entanto, estudiosos afirmam que essa arte remete a períodos da antiguidade. Os povos gregos e romanos
já transmitiam mensagens pelas ruas da cidade através de desenhos. Além disso, havia muitos artistas nos
centros urbanos que se expressavam pela mú sica, teatro e dança.
A arte urbana propõ e justamente sair dos lugares ditos “consagrados”, aqueles destinados a exposiçõ es e
apresentaçõ es artísticas - como os teatros, cinemas, bibliotecas e museus - para evidenciar a arte cotidiana,
espalhada pelas ruas.
Os temas utilizados pelos artistas de rua sã o bem diversos. No entanto, muitos trabalhos estão ligados a
críticas sociais, políticas e econômicas.
É importante analisar o crescimento da arte urbana nos ú ltimos tempos e a forma que passa a ser vista
como um “valor cultural” muito significativo para as minorias que anseiam em se comunicar.

Arte Urbana no Brasil


No Brasil, a arte de rua aparece na década de 70, mais precisamente com as obras de grafite nas paredes da
cidade de Sã o Paulo. Curiosamente surgiu numa época conturbada da histó ria do país, com a Ditadura
Militar.
O artista Alex
Vallauri foi um dos precursores da arte urbana no Brasil
No início, essa era uma arte marginalizada e de certa forma ainda sofre preconceitos, dependendo do local
onde é produzida e do indivíduo que a realiza, sendo mais reprimida entre a populaçã o negra e pobre.
Entretanto, alguns artistas conseguiram posiçã o de destaque no mercado da arte.
Ainda que a produçã o do artista de rua nã o seja reconhecida por muitos, é necessá rio destacar a
importâ ncia e relevâ ncia desse trabalho para a sociedade.
Exemplos de Arte Urbana
Diversas técnicas sã o utilizadas pelos artistas de rua, embora a intervençã o “grafite” seja a mais conhecida.
Segue abaixo alguns exemplos de arte urbana.
Grafite

Grafite do
artista de rua Paulo Ito, presente nas ruas de Sã o Paulo
Grafites sã o desenhos estilizados feitos geralmente com tinta sprays nas paredes de edifícios, tú neis e ruas.
Há muitas técnicas de grafite e atualmente os trabalhos em 3d chamam a atençã o dos críticos e das pessoas
que circulam pela cidade.
Veja também: Grafite (Arte Urbana)
Stencil

O famoso
artista de rua Banksy é adepto da técnica do stencil
Parecido com o grafite, o stencil - em português estêncil - utiliza a técnica de recortar um papel rígido e usá -
lo como molde. A tinta empregada geralmente é o spray, usada para fixar as ilustraçõ es e desenhos nas ruas,
postes e paredes.
Esse é um método mais prá tico no momento de se fazer as intervençõ es.
Veja também: 6 Obras de Banksy que sã o importantes críticas sociais
Poemas Urbanos

Poema do
escritor urbano Giovani Baffô
Poemas urbanos sã o qualquer manifestaçã o literá ria que surge no ambiente urbano, seja nos bancos,
paredes, postes.
É uma forma interessante de levar a linguagem literá ria para os locais de grande circulaçã o de pessoas.
Arte em adesivos (Sticker Art)

A arte em
adesivo costuma ser muito colada em placas de rua
Sticker art é o termo em inglês para a arte em adesivos. Esse tipo de manifestaçã o utiliza a aplicaçã o de
adesivos pela cidade.
É uma forma rá pida e discreta de intervençã o no cená rio urbano.
Veja também: Arte Contemporâ nea
Cartazes "lambe-lambe"

Exemplos de
cartazes artísticos colados nas ruas das cidades
Os cartazes sã o um tipo de intervençã o urbana muito comum.
Também chamados de "cartazes lambe-lambe", eles sã o papéis impressos ou produzidos manualmente que
sã o fixados com cola pelas ruas das cidades em postes, praças, muros ou edifícios.
Veja também: Linguagem Verbal e Nã o Verbal
Estátuas Vivas

Exemplos de
está tuas vivas. Os artistas permanecem a maior parte do tempo imó veis
As está tuas vivas sã o muito encontradas nas grandes cidades como forma de entretenimento turístico.
Realizam um importante trabalho com o corpo. Permanecem está ticas durante longos períodos e em certos
momentos realizam pequenos movimentos. Geralmente, os artistas estã o pintados e caracterizados.
Apresentações de Rua

Apresentaçã o
circense realizada em praça
Essas apresentaçõ es de rua podem ser de cará ter teatral, musical, circense (malabaristas, palhaços, etc.),
sendo trabalhos solos ou em grupos.
Costumam atrair muitas pessoas para apreciar o trabalho dos artistas.
Instalações Artísticas

Instalaçã o do
artista espanhol Francisco Pá jaro nas ruas de Barcelona, Espanha
Sã o inú meros os tipos de instalaçõ es artísticas como exemplos de arte de rua.
Podem ser produzidas utilizando objetos de materiais distintos e têm o intuito de provocar uma mudança
no cená rio já existente.

Você também pode gostar