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bilidade dessas populações sobreviverem se a escolha

da preservação absoluta for adotada (Bishop, 1978;


Romeiro, 1999).
AMAZÔNIA: DESENVOLVIMENTO As decisões sobre a questão ambiental na Ama-
zônia estão ainda apoiadas na escolha racional do pon-
SUSTENTÁVEL COMO SEGUNDA to de vista econômico, tais como a de que os processos
NATUREZA ? destrutivos são mais lucrativos, sem ainda estar orien-
tada por normas sociais como valores, crenças, educa-
ção, etc. Transformar práticas destrutivas em prejuízos
econômicos mediante sanções ou incentivos, e desen-
Alfredo Kingo Oyama Homma, D.Sc.(1) volver os “recursos morais” da sociedade, constitui a
esperança para essa outra realidade. A pobreza e a mi-
séria tendem sempre a priorizar as necessidades imedi-
Crescimento sustentável e desenvolvimento atas, mesmo que isso leve à irreversibilidade dos recur-
sustentável são erroneamente considerados como sinô- sos naturais disponíveis a médio e longo prazos. Em
nimos. Crescimento significa “aumentar naturalmente outro extremo, o esbanjamento dos recursos naturais
de tamanho pela adição de material por meio de assi- torna-se um privilégio das classes mais favorecidas,
milação ou acréscimo”, incorporando em si mesmo uma válidas para a dimensão local, nacional ou mundial. Os
proporção cada vez maior do ecossistema total e deve países desenvolvidos constituem os maiores poluidores
atingir um máximo de 100%. Portanto, o crescimento e consumidores dos recursos naturais do planeta. De-
de qualquer atividade produtiva não é sustentável. Acei- senvolvimento sustentável é bom para outros seguirem:
tar a existência de crescimento sustentável seria admi- “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, torna-
tir a possibilidade de viajar mais rápido que a velocida- se a regra em termos de utilização dos recursos natu-
de da luz; criar ou destruir a matéria-energia; criar uma rais. Todos têm o desejo de adquirir mais uma televi-
máquina de moto-contínuo como queriam os pré- são, ter mais um carro e, assim por diante, em uma so-
renascentistas, e assim por diante (Daly, 1991). ciedade altamente consumidora de energia.
O desenvolvimento sustentável é uma adapta- Cognitivamente, justifica-se a consciência, porque ou-
ção feita pela sociedade ao tomar consciência da neces- tros sempre o fizeram.
sidade emergente de não-crescimento. Desenvolver sig- Este é o grande desafio da Amazônia, que fi-
nifica “expandir ou realizar as potencialidades; levar cou polarizado desde o início da década de 80, com a
gradualmente a um estado mais pleno, maior ou me- expansão das derrubadas e queimadas, extração madei-
lhor”. Quando alguma coisa cresce, torna-se maior. reira, invasão das áreas indígenas, poluição por mercú-
Quando se desenvolve, torna-se diferente. Precisamos rio, grandes obras de infra-estrutura, forte corrente mi-
tomar cuidado, contudo, que nem mesmo o “crescimento gratória, crescimento populacional, violência no cam-
verde” é sustentável. Há limite para a população de ár- po, entre outros. A ira dos ambientalistas galvanizou-
vores que a terra pode suportar, como há limite para as se com o assassinato do líder sindical Chico Mendes,
populações humanas e de automóveis. Iludir-nos na em 22 de dezembro de 1988, que se transformou como
crença de que o crescimento é ainda possível e desejá- ícone da proteção das florestas amazônicas. A própria
vel, se simplesmente o rotularmos de “sustentável” ou sociedade ficou perplexa se realmente não estaria ocor-
o pintarmos de “verde”, apenas retardará a transição rendo algo errado no modelo de desenvolvimento se-
inevitável e tornar-se-á mais penosa (Daly, 1991). guido.
A segunda questão a responder é: até que pon- Tudo indica que ainda são longos os caminhos
to a ocupação da Amazônia e/ou o desenvolvimento para se atingir o desenvolvimento sustentável na Ama-
agrícola podem ser feitos com a destruição inexorável zônia e, também para o País. Continuamos desmatando,
de seus recursos florestais ? Recentemente tem surgido fazendo grandes obras de infra-estrutura, aumentando
em trabalhos científicos sobre a Amazônia a idéia de os padrões de produção e consumo insustentáveis, re-
padrões mínimos de preservação ambiental (safe duzindo os estoques de recursos naturais, acumulando
minimum standard). Esta teoria desenvolvida por lixo social e ambiental etc. Em 1980, o INPE divulgou
Ciriacy-Wantrup, em 1952, está ganhando relevância a primeira estimativa da área desmatada na Amazônia
como uma justificativa teórica para reivindicar a pre- Legal com base nas imagens do satélite Landsat –MSS,
servação de diversos recursos naturais ameaçados no referente a 1975, que era pouco mais de 15 milhões de
mundo. A preservação ambiental teria prioridade, sal- hectares, atingiu mais de 41 milhões de hectares em
vo quando implicar custos intoleravelmente altos para 1990 e mais de 58 milhões de hectares em 2000, equi-
as populações locais, subentendido quanto à impossi- valente à superfície dos Estados do Rio Grande do Sul,

(1) Pesquisador Embrapa Amazônia Oriental e Professor Visitante Universidade Federal do Pará, Caixa Postal, 48, CEP 66095-100, Belém, Pará, e-
mail: homma@cpatu.embrapa.br

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Santa Catarina e Paraná. Parece que aprendemos que pensação ecológica das áreas que continuam sendo in-
ao destruir, de maneira organizada, os impactos são corporadas ao processo produtivo, tais como as menci-
menos perceptíveis e tornam-se mais humanizados e onadas no Avança Brasil e futuras. Muitas das ativida-
isso se justifica como progresso. Ninguém critica, por des em curso são como flechas que já partiram do arco,
exemplo, as belas paisagens artificiais, as cidades do cujas conseqüências são imprevisíveis e irreversíveis a
Centro-Sul do País ou dos países desenvolvidos que médio e longo prazos. A Floresta Nacional da Tijuca,
antes eram paisagens nativas. Ao contrário, o choque é criada pelo Imperador D. Pedro II em 1861, em conse-
imenso ao se deparar com uma área de mata derrubada qüência de grandes crises de abastecimento de água no
e queimada ou um córrego imundo e com mau cheiro. Rio de Janeiro, constitui um exemplo de Segunda Na-
Portanto, o caminho para a Segunda Natureza, com a tureza, que originariamente era a Mata Atlântica que
destruição humanizada, parece ser o destino da Ama- foi derrubada com a chegada do café no Rio de Janeiro
zônia. Desmatamos, até o momento, 16% da Amazô- em 1740. A Suécia conseguiu, nos últimos 25 anos, re-
nia. Ao que tudo indica, poderá ser dobrado nas próxi- duzir em 5 milhões de hectares a sua área agrícola,
mas décadas, trocando pela Segunda Natureza. Basta mediante aumento da produtividade e sua transforma-
examinar os mapas do Brasil em Ação, do Avança Bra- ção em florestas para a vida selvagem (Produção...,
sil e de outros que deverão ver no futuro, que como 1999).
veias varicosas, deverão inchar impulsionados pelos es- A biorriqueza da Amazônia traz, contudo, re-
tímulos econômicos. A grande interrogação é se real- flexos em nível internacional. Detentora de 30% das
mente a questão ambiental da Amazônia é importante florestas tropicais contínuas do Planeta, a destruição
ou por quanto tempo será adotada a máscara da preser- desses recursos pode alterar, por exemplo, o clima de
vação. Este mesmo fenômeno já ocorreu no Sul do País regiões distantes. Detemos a maior biodiversidade, a
e em outras partes do Mundo. Afinal, mais da metade maior disponibilidade de água doce e de recursos mi-
da Holanda constitui-se de terras que foram incorpora-
nerais do mundo, entre outros. A biorriqueza futura em
das do mar do Norte.
fármacos, cosméticos, inseticidas naturais, corantes etc.
No ângulo das opções “ecologicamente corre-
tas”, como a ênfase ao extrativismo vegetal, defendi- constitui o argumento para a preservação absoluta da
das por forte corrente de ambientalistas, restringe-se ao Natureza original, em face da impossibilidade dessa pre-
campo liliputiano, incapazes de sustentar a dimensão servação ser feita em jardins botânicos ou por outros
da população da Amazônia atual e em crescimento, com procedimentos artificiais, devido ao seu custo. O con-
forte índice de urbanização, com cidades que suplan- flito entre essa biorriqueza e a pobreza da sua popula-
tam a de diversas metrópoles mundiais. A outra, a op- ção, onde carrega os menores índices de desenvolvi-
ção egoísta de adotar determinados procedimentos eco- mento social do País e do mundo, só será contornado
logicamente corretos em nível local, mas dependentes com pesados investimentos na formação do capital hu-
de importações de energia ou de outros recursos natu- mano, para compensar o déficit social. O debate ecoló-
rais, baseados em sistemas fechados, com gico à frente de questões sociais vitais pode trazer uma
sustentabilidade exógena, em vez de vir endogenamente. brutal recessão e efeitos inflacionários dos programas
Algumas ilhas de desenvolvimento sustentável depen- ambientais e o nascimento de um falso nacionalismo.
dem de produtos oriundos de desmatamento e de quei- Ao longo destes últimos cinco séculos, a eco-
madas de locais vizinhos. O baixo nível de nomia amazônica passou por diversos ciclos econômi-
desmatamento e queimadas, nos estados do Amazonas cos. Tivemos o ciclo do extrativismo do cacau que per-
e Amapá, são decorrentes do forte processo de urbani- durou até a Independência do Brasil, seguindo-se de-
zação, da implantação da Zona Franca de Manaus e da pois a da seringueira, chegando a contribuir como ter-
Área de Livre Comércio de Macapá e Santana, produ- ceiro produto de exportação nacional, a da juta e da pi-
zindo efeito esponja e dependentes de importação de menta-do-reino, da pecuária e da madeira, da movimen-
produtos agrícolas oriundos do desmatamento no Esta- tação de grandes massas humanas nos programas de
do do Pará, por exemplo (Goldenberg, 2000). Essa op- colonização e, atualmente, a do ciclo mineral. Verifica-
ção também é utilizada pelos países desenvolvidos ao se que, sempre houve a transferência de mazelas e de
transferirem atividades poluidoras, beneficiamento de rejeitos sociais para os ciclos seguintes, o esgotamento
minerais eletrointensivos e do uso de carvão vegetal ou e a depredação dos recursos naturais, a biopirataria de
dependentes de insumos naturais para os países perifé- um produto ativo economicamente (cacau, seringueira,
ricos. guaraná, cupuaçu, pupunha, açaí etc.), a defasagem
Transformar as áreas desmatadas da Amazô- tecnológica, entre outros, sem conseguir uma efetiva
nia em uma Segunda Natureza, com atividades produ- consolidação. A subvalorização dos recursos naturais
tivas apropriadas, com menores riscos ambientais, pro- sempre esteve presente, em muitos casos provocando
movendo a regeneração das áreas que não deveriam ter um processo de “des-desenvolvimento”, como tem
sido destruídas, deve-se transformar da tese para a prá- acontecido para as reservas de manganês da Icomi
tica, uma vez que o discurso do desenvolvimento da (1957-1997), dos recursos madeireiros, dos garimpos,
Amazônia, mediante essa utilização, está perdendo a pesca, entre outros, sem garantir uma renda permanen-
credibilidade. Outro desafio refere-se à imediata com- te para o futuro. Este processo de degradação dos re-

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cursos naturais tem sido a tônica na Amazônia, nos quais conseqüência o desprezo pela pecuária, esquecendo que
os consumidores têm também a sua parcela de respon- essa atividade constitui a maior forma de uso da terra
sabilidade. na Amazônia. Para reduzir desmatamentos e queima-
A criação de mercados intangíveis e a apropri- das há necessidade de aumentar a produtividade das
ação desses possíveis benefícios pelos países desenvol- pastagens e do rebanho, mudando a pecuária que ne-
vidos parece ser outra característica do surgimento de cessita efetuar queimadas de dois em dois anos de suas
um novo ciclo econômico. Enquadram-se nessa cate- pastagens, o seu abandono depois de 10 a 12 anos e a
goria os serviços ambientais, destacando-se o emergente incorporação das áreas desmatadas pelo contingente de
mercado de seqüestro de CO2, certificados ambientais pequenos produtores.
(séries ISOs, manejo, segurança etc.), tornando-se ape-
nas como um instrumento de mercado, nos quais o con- 3) A exploração madeireira precisa mudar seu
trole são concedidas por organizações internacionais. enfoque de apoiar a sua oferta de madeira apenas na
Transformar em instrumento de desenvolvimento, tor- extração de florestas nativas. O manejo florestal não
na-se necessário o pleno controle por parte da socieda- pode constituir o apanágio para justificar a contínua
de brasileira, a transparência nas negociações e não re- incorporação de florestas nativas, uma vez que não cons-
petindo modelos e procedimentos anteriores. titui garantia de abastecimento de madeira a longo pra-
O desbalanço no desenvolvimento de zo. Por exemplo, o volume máximo de mogno que a
tecnologias agrícolas adequadas pelas instituições de Amazônia chegou a exportar, poderia ser obtido em um
pesquisas regionais e da ampliação das atividades de plantio de 40.000 hectares, abatendo-se 1.000 hectares/
extensão rural constitui uma das grandes limitações com ano ou em sistemas agroflorestais, triplicando essa área.
relação à oferta de crédito do Fundo Constitucional de Há necessidade de se pensar no reflorestamento para
Financiamento Norte (FNO). O sucateamento das ins- atender à demanda para diversas categorias: madeiras
tituições de ensino, pesquisa e de extensão rural regio- nobres, celulose, compensados, construção rural, car-
nais bem como o envelhecimento do seu quadro técni- vão vegetal etc.
co tendem a colocar em risco a busca do desenvolvi-
mento sustentado para a Amazônia (Costa, 1998; Tura 4) A busca de novas alternativas produtivas para
& Costa, 2000). Acrescente-se que a colaboração ex- a região em metas concretas. Por exemplo, domesticar
terna, com grande viés ambiental, tende a agudizar esse 5 recursos da biodiversidade/qüinqüênio, desenvolver
problema, promovendo drenagem dos parcos recursos variedades de arroz mais produtivas para solos ácidos,
humanos, financeiros e materiais nacionais no desen-
desenvolver plantios de seringueira para suprimir as
volvimento de propostas unilaterais, importantes do
importações brasileiras, técnicas de recuperação de
ponto de vista científico, mas desconectados de sua
pastagens, silvicultura, aquicultura, etc. Vai depender
importância social. Nesse sentido, a redução dos
de fortes investimentos na área tecnológica, que no mo-
desequilíbrios ambientais na Amazônia, a política agrí-
cola passa a ser mais importante do que as próprias po- mento estão sendo enfatizados para a área ambiental,
líticas ambientais. Sob esse prisma, seis alternativas negligenciado o setor produtivo, responsável pelo pro-
precisam ser incorporadas na agenda política para se cesso de desmatamento e queimadas.
atingir uma Amazônia mais sustentável, no contexto
do setor primário: 5) Utilização racional mediante manejo dos re-
cursos extrativos que se apresentam em grandes esto-
1) Necessidade de incorporar a agricultura fa- ques, como a dos açaizais, castanha-do-pará, seringueira,
miliar nas propostas de desenvolvimento regional e tor- madeira, babaçu, pesca etc. Deve ser entendido que es-
na-la mais intensiva. Não se pode permitir a existência sas atividades, a médio e longo prazos, serão induzidos
de uma agricultura familiar, cujo universo na Amazô- à sua autodestruição, com o crescimento da demanda,
nia Legal é da ordem de 600 mil unidades, que depen- progresso tecnológico, do aparecimento de novas alter-
dem do processo de derruba e queima. Há necessidade nativas econômicas e da democratização dos “produtos
de estender o tempo de permanência do pequeno pro- verdes”.
dutor no lote. Se um pequeno produtor que desmata 2
hectares e cultiva por 2 anos e deixa em pousio por 10 6) Ações internas e externas à Amazônia, para
anos, isso indica que ele necessita de 12 hectares para evitar o constante deslocamento de migrantes e da trans-
fechar o ciclo. Mas se esse pequeno produtor desmata 2 ferência de problemas de outras áreas do País. Como
hectares e cultiva por 3 anos, aumentando apenas 1 ano, conseguir isso depende do reconhecimento da inter-re-
bastam 8 hectares para completar o ciclo. Isso indica lação de que os problemas na Amazônia não são inde-
que podemos reduzir a área desmatada de 12 hectares pendentes e nem servem de mercadoria de troca. A re-
para 8 hectares, uma redução de 1/3 no desmatamento. dução dos desmatamentos e queimadas na Amazônia,
por exemplo, depende da solução fundiária no Nordes-
2) Mudança no sistema de criação pecuária na te, dos minifúndios no Sul do País e assim por di-
Amazônia. A questão ecológica trouxe como grande ante. Enquanto a Amazônia for considerada como

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a solução dos problemas sociais e econômicos do ções, definirá o rumo da civilização que será
País, dificilmente o desenvolvimento sustentável construída. Somente aos seus habitantes caberá o
será alcançado. direito de decidir sobre seu destino e opção, na bus-
É impressionante a energia latente no povo ca dessa sociedade sustentável.
brasileiro ao organizar grandes eventos, como o
Carnaval ou a mobilização nacional por ocasião dos
campeonatos mundiais de futebol. Não estamos
sabendo aproveitar essa energia latente para pro- Referências Bibliográficas
postas concretas em benefício do desenvolvimento
social. No caso da conservação dos recursos natu-
rais da Amazônia, deve ser apoiada no uso dos re- BISHOP, R.C. Economics of endangered
cursos naturais de maneira adequada pela geração species. American Journal of Agricultural
presente, a prevenção do desperdício e o desenvol- Economics, 60(1):10-18, Feb. 1978.
vimento dos recursos naturais para muitos e não CIRIACY-WANTRUP, S. von. Resource
para poucos cidadãos.
A construção de uma nova utopia plausível Conservation: economics and policies. Berkeley,
para a Amazônia constitui, sem dúvida, o desafio University of California Press, 1952. 395p.
deste milênio. Uma Amazônia sem desmatamento COSTA, F.A. Ciência, tecnologia e socie-
e queimadas, sem fome nem miséria, sem crianças dade na Amazônia. Belém, CEJUP, 1998. 168p.
na rua, sem desemprego, sem conflitos no campo, DALY, H.E. Crescimento sustentável: uma
com habitação condigna para todos, com justiça
social, com nível de renda adequado, com sobera- incongruência. Desenvolvimento de Base, 15:3,
nia, etc. 1991.
Os próximos anos configuram, portanto, GOLDENBERG, J. Como salvar a Ama-
para a Amazônia, a manutenção e a criação de no- zônia ? O Estado de São Paulo, abr. 2000.
vas alternativas econômicas, impulsionadas pelos PRODUÇÃO sustentável no campo. Estu-
centros mais dinâmicos do País e do exterior. As
experiências de desenvolvimento anteriores passam dos Avançados, São Paulo, 11(57):4, out./nov.
a constituir imagens do espelho retrovisor de um 1999.
veículo em marcha acelerada, procurando apenas ROMEIRO, A.R. Meio ambiente e produ-
contornar obstáculos encontrados anteriormente. As ção agropecuária na Amazônia. Revista de Eco-
novas formas emergentes de atividades econômi- nomia e Sociologia Rural, Brasília, 37(1):9-33,
cas na Amazônia desenharão um conjunto de ris-
cos e oportunidades conflitantes e ao mesmo tem- jan./mar. 1999.
po complementares e, muitas vezes, desconectadas TURA, L.R. & COSTA, F.A., ed.
no espaço e no tempo. A busca de alternativas ele- Campesinato e Estado na Amazônia. Brasília:
mentares de sobrevivência, ao lado de grandes op- Brasília Jurídica: FASE, 2000. 381p.

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