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Drenagem linfática na pós masectomia

Drenagem nos linfedemas

A drenagem linfática manual é uma técnica que envolve o deslizamento


superficial lento, repetitivo e muito suave, em movimentos circulares de
massagem feitos com uma sequência específica os quais ajudam a eliminar
edema e retenção de líquidos diminuindo dor e inchaço.

O linfedema pode ser classificado em primário e secundário. O primário ocorre


por alterações congênitas, como: agenesia, hipoplasia ou hiperplasia dos vasos
linfáticos. No linfedema secundário, há alterações adquiridas do sistema
linfático devido a traumas, infecções, cirurgias, radioterapia e insuficiência
venosa crônica. No caso da masectomia os linfedemas são secundários
causados pela cirurgia de remoção da mama.

A drenagem inicia-se com o estímulo dos gânglios linfáticos corporais e em


seguida com os movimentos para drenagem da linfa. As manobras são feitas
com pressões leves, comprimindo apenas o tecido superficial, sem alcançar a
musculatura.

A drenagem linfática manual tem como objetivo drenar o excesso de líquido


acumulado no interstício, no tecido e dentro dos vasos, através das
anastomoses superficiais linfo-linfáticas, áxilo-axilar e áxilo inguinal e até
mesmo para dissolução de fibroses linfostáticas que se apresentam como
linfedema mais exuberantes, pois a drenagem linfática manual produz um
aumento de absorção, do transporte e do fluxo linfático superficial

Drenagem na pós masectomia

A drenagem deve-se iniciar por regiões distantes da área afetada, sendo


realizada no quadrante contralateral ao edema com o intuito do aumento da
atividade linfocinética, proporcionando assim o descongestionamento do
quadrante homolateral que se beneficia pela drenagem entre as anastomoses
dos capilares nessas regiões.

As manobras iniciais são de evacuação, aplicada na cavidade axilar


contralateral, tórax e membro afetado sempre em sentido de distal-proximal,
drenando em seguida a mama e o tórax, para depois ser drenado o membro
afetado com manobras em ondas ou semicírculos.
Vodder propõem quatro tipos de movimentos para drenagem: círculos fixos,
movimentos de bombeamento, de doador e de rotação.

Círculos fixos 
A execução é realizada com a mão apoiada na pele, enquanto os dedos fazem
movimentos circulares pressionando num ponto fixo fazendo repetições do
mesmo.

Movimentos de bombeamentos
Essa manobra traz o movimento em forma de ondas, mantendo a pressão
entre os dedos e a palma da mão até completar as repetições no local
específico. 
Movimentos de doador
A manobra é executada com a palma da mão nas vias da drenagem deslizando
do início dos gânglios para fora.

Movimento giratório ou de rotação


Nessa manobra a execução é feita com as palmas da mão com movimentos de
rotação sobre a pela, durante a execução do movimento é importante sempre
seguir o fluxo da linfa com a posição da mão.

Utilizando desses quatro tipos de movimentos podemos realizar na cirurgia


unilateral, com linfadenectomia axilar unilateral essa sequência, por exemplo:

a) Manobras ganglionares na região axilar oposta;


b) Manobras ganglionares na região inguinal homolateral;
c) Manobras em ondas na linha interaxilar anterior, partindo do lado não
afetado para o lado comprometido, mas com pressão oposta;
d) Manobras em ondas na região lateral do tronco (homolateral á cirurgia)
seguindo da região inguinal para a axilar, com pressão no sentido oposto;
e) Manobras combinadas;
Bibliografia:

https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/98/126-
Drenagem_linfYtica_manual_em_paciente_pYs-
mastectomia_com_linfedema.pdf

https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/viewFile/2720/4357#:~:text=O
%20uso%20da%20drenagem%20linf%C3%A1tica,que%20as%20pacientes
%20p%C3%B3s%20mastectomizadas

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