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ILEGITIMIDADE ATIVA DOS AUTORES PARA

IMISCUIR-SE NO CONTRATO FIRMADO ENTRE A


CEF E A COOPERATIVA/CONSTRUTORA, BEM
COMO PARA QUESTIONAR, NESTA AÇÃO,
DIREITOS TITULADOS PELA
COOPERATIVA/CONSTRUTORA.

Os autores só assinaram contrato de mútuo com a CEF em 01.09.93, 01.10.1993,


01.03.95 e 01.02.95 (docs.).

Entretanto, requerem que seja excluído o índice de 84,32% e de 20,21% de


fevereiro de 1991 que teria sido aplicado, não no seu contrato de mútuo, mas no contrato
de mútuo firmado entre a CEF e a Cooperativa/Construtora citada na sua petição inicial.
De igual forma, requerem o estorno do índice de 10,40% de juros, por suposto atraso na
entrega do empreendimento, que teria sido aplicado contra a Cooperativa/Construtora.

Não é só, pois a parte autora questiona direitos e obrigações decorrentes do


contratofirmado entre a CEF e a Cooperativa/Construtora, imiscuindo-se em relações
jurídicas materiais das quais não participaram como sujeitos (ativos/passivos).

Às escâncaras, a parte autora está desautorizada, pela regra do art. 3º do CPC, a


postular direito que não é por ela titulado, mas sim pela Cooperativa/Construtora.

A parte autora está, a olhos vistos, pleiteando em nome próprio direito alheio, o que
é vedado pelo CPC. Confira-se:

Art. 6º - Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito


alheio, salvo quando autorizado por lei.

Requer, a CEF, a extinção do processo sem o julgamento do mérito, ante a


ilegitimidade ativa supra apontada (CPC, art. 267, VI), em relação aos pedidos que
envolvem direitos titulados pela Cooperativa/Construtora.

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