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E M E N T A DIREITO ADMINISTRATIVO, CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.

FINANCIAMENTO
ESTUDANTIL. FIES. EXIGÊNCIA DE FIANÇA. VALIDADE. LEGALIDADE. FIANÇA PRESTADA SEM
LIMITAÇÃO DE TEMPO. EXONERAÇÃO DO FIADOR. POSSIBILIDADE. ART. 835 DO CÓDIGO
CIVIL. APELAÇÃO PROVIDA. 1. Pretende a parte autora a condenação da correquerida
a ançada a apresentar novo ador em contrato de nanciamento estudan l celebrado no
âmbito do FIES, em subs tuição à autora, ou a exoneração da autora da ança prestada
naquele contrato, com a declaração de nulidade de cláusulas contratuais. 2. A Primeira Seção
do STJ, ao julgar o REsp 1.155.684/RN (Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 18.5.2010),
selecionado como representa vo de controvérsia e subme do ao procedimento de que trata
o art. 543-C do Código de Processo Civil/73, sob o tema n. 349 e 350, rea rmou a orientação
jurisprudencial acerca da legalidade da exigência de apresentação de ador para a celebração
dos contratos de nanciamento estudan l - FIES. 3. Ao dar ança em contrato de
nanciamento estudan l pelo período em que o devedor principal es ver frequentando
curso de ensino superior, a autora se obrigou por dívida de prazo indeterminado, já que a
conclusão do curso pelo estudante a ançado é evento futuro e incerto (sem que haja
limitação de tempo), sendo lícita, portanto, a sua exoneração da ança com fundamento
no ar go 835 do Código Civil. Precedente do C. Superior Tribunal de Jus ça. 4. Considerando
que a autora demonstrou ter no cado a credora CEF mediante telegrama com data de
entrega prevista para 22/06/2016 - que se considera data da no cação, ante a ausência de
impugnação do banco corréu -, de rigor reconhecer que permaneceu ela obrigada por todos
os efeitos da ança nos sessenta dias subsequentes, até 22/08/2016, estando desobrigada a
par r de 23/08/2016, nos termos do ar go 835 do Código Civil (Num. 106849832).. 5. Ônus
sucumbenciais inver dos para se condenar as requeridas CEF e FNDE ao pagamento de
honorários advoca cios em favor dos patronos da parte autora, ora xados em 10% sobre o
valor atualizado da causa, a ser igualmente rateado entre as rés. 6. Deixa-se de condenar o
corréu Lindolpho nos ônus sucumbenciais por não ter ele dado causa à propositura da
demanda, eis que é o devedor principal do contrato em questão e, muito embora ostente
legi midade passiva para o feito, não se opôs ao pedido deduzido nestes autos e não detém
prerroga va para alterar o contrato na forma pretendida pela autora. Aplicação do princípio
da causalidade. 7. Apelação provida. (TRF-3 - ApCiv: 50053369720174036105 SP, Relator:
Desembargador Federal WILSON ZAUHY FILHO, Data de Julgamento: 08/09/2020, 1ª Turma,
Data de Publicação: e - DJF3 Judicial 1 DATA: 16/09/2020)

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. FUNDO DE FINANCIAMENTO AO ESTUDANTE DO ENSINO


SUPERIOR - FIES. SUBSTITUIÇÃO DO FIADOR. EXIGÊNCIA DE IDONEIDADE CADASTRAL
LEGÍTIMA. PROVA DA REGULARIDADE CADASTRAL DO FIADOR SUBSTITUTO. POSSIBILIDADE
DA SUBSTITUIÇÃO QUANDO SATISFEITAS AS CONDIÇÕES IMPOSTAS PELA LEGISLAÇÃO.
SENTENÇA REFORMADA. 1. Cuida-se de apelação interposta pelos autores contra a sentença
de improcedência que considerou inexistente ilegalidade ou abuso de direito na postura do
banco que negou a subs tuição do ador do FIES, na fase de carência ou amor zação do
contrato, em razão da existência de restrição credi cia em nome do pretenso ador
subs tuto. 2. A questão controver da a ser dirimida na instância revisora consiste em aferir
se é cabível a subs tuição do ador quando regularizada a situação cadastral. 3. Veri ca-se
que há prova nos autos de que a situação cadastral do ador subs tuto já se encontrava
regularizada antes de proferida a sentença. Assim, cabe ao apelado, na condição de agente
nanceiro, oportunizar a subs tuição do ador do contrato rmado pela primeira autora
quando sa sfeitas as exigências estabelecidas na legislação do FIES pelo novo ador,
devendo formalizar a subs tuição conforme solicitado pela nanciada, uma vez
demonstrada a restauração da capacidade nanceira e da idoneidade cadastral do ador
na assinatura do termo adi vo. 4. Recurso conhecido e provido. (TJ-DF
07308944520208070001 DF 0730894-45.2020.8.07.0001, Relator: LEILA ARLANCH, Data de
Julgamento: 24/03/2021, 7ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 08/04/2021
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ADMINISTRATIVO. FUNDO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL - FIES. AGENTE FINANCEIRO E


FNDE. LEGITIMIDADE PASSIVA. FIANÇA CONVENCIONAL. SUBSTITUIÇÃO DO FIADOR.
POSSIBILIDADE 1. Nas causas em que se discute contrato do Fundo de Financiamento
Estudan l - FIES, o agente nanceiro e o FNDE possuem legi midade para compor a lide, uma
vez que aquele é o operador do programa e este, o agente operador e administrador dos
a vos e passivos. 2. A Portaria Norma va MEC nº 15/2011, que regula o aditamento dos
contratos do FIES, prevê o direito de troca dos adores a pedido do estudante nos casos de
ança convencional. (TRF-4 - AC: 50006595820184047205 SC 5000659-58.2018.4.04.7205,
Relator: ROGERIO FAVRETO, Data de Julgamento: 19/10/2021, TERCEIRA TURMA)

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