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Italo Maia Lima RA 15200172

Curso de Direito 7°B

Contestação

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL


DA COMARCA DE SÃO PAULO – ESTADO DE SÃO PAULO

Processo nº 1079118-04.2020.8.26.0100
CONSÓRCIO FG RAMAL DO AGRESTE, pessoa jurídica
de direito privado, inscrito no CNPJ n. XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Avenida
XXXXXXX, n. XXXX, conjunto 143, São Paulo, Estado de São Paulo, CEP XXXXX-
200 (Doc. 1); e CONSÓRCIO FERREIRA, pessoa jurídica de direito privado, com
sede na Avenida XXXXXX, n. XXX, São Paulo, Estado de São Paulo, CEP XXXXX-
XXX, inscrito no CNPJ/MF sob n. XX.XXX.XXX/XXXX-XX (Doc. 2), por seus
advogados infra-assinados (Doc. 3 e 4), nos autos da AÇÃO DE COBRANÇA em
epígrafe, em que litiga com a EMPRESA XXXXXX, devidamente qualificada nos
autos, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento
nos artigos 335 e seguintes do Código de Processo Civil, apresentar,
tempestivamente, CONTESTAÇÃO, nos termos a seguir:

I – BREVE SÍNTESE DA DEMANDA

A autora ingressou com a presente ação objetivando a


cobrança de eventuais créditos que teria com a empresa RTM (TECBLASTER),
valores que somam R$ 1.222.781,63 (um milhão, duzentos e vinte e dois mil,
setecentos e oitenta e um reais e sessenta e três centavos), decorrente de
CONTRATOS DE FORNECIMENTO DE MATERIAIS, supostamente nos lotes dos
quais os Consórcios FG RAMAL DO AGRESTE e FERREIRA executavam para o
referido empreendimento.

Alega que teria realizado a entrega dos materiais pela


TECBLASTER, que por sua vez, não honraria com obrigações a não efetuar
pagamentos dos objetos entregues.

Diante do cenário apresentado, ingressou com a


demanda em epígrafe com a finalidade de cobrar o pagamento dos materiais, em
tese, realizado. No mais, alega-se que os Consórcios são devedores solidários de
TECBLASTER, devendo ser condenados ao pagamento observado na demanda, a
título de danos morais na quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
Portanto. Exponha sucintamente os fatos a pedido do
autor, contextualizando o trabalho realizado de forma a narrar a versão correta dos
fatos descritos pelo autor de forma ousada e distorcida.

II – DA TEMPESTIVIDADE

O aviso de recebimento (AR) com a devida citação dos


consórcios FG RAMAL DO AGRESTE e FERREIRA, juntado aos autos no dia
XX/XX/XXXX, data que se inicia prazo para contestação da exordial conforme art.
335 do Código de Processo Civil. No mais, há prazo disponível até XX/XX/XXXX,
sendo tempestivo a Contestação.

III – DOS FATOS

A) INEXISTÊNCIA DE CONTRATO DE
SUBEMPREITADA

A empresa RTM (TECBLASTER) celebrou contrato de


exclusividade com relação ao fornecimento de materiais, não caracterizando
contrato de subempreitada, no qual, alegado pela Autora.

O contrato realizado pela EMPRESA XXX e RTM, não


passa de fornecimento de materiais, como descreve o objeto do contrato (Doc. 5).

As notas apresentadas pela Empresa XXXX em fls. 06,


Vale ressaltar que pode ser utilizado para quaisquer fins de relação comercial,
configura apenas o fornecimento de materiais e não comprova qualquer fato de que
os materiais descritos nas notas foram utilizados na obra.

Observando as notas expostas nos autos, podemos notar


que não se trata de subempreitada, mas uma relação de consumo para aquisição
dos materiais.
B) A EMPRESA CONTINUA EM ATIVIDADE

A Autora na Exordial, no item 81 alega que a Empresa


XXXX encontra-se desativada, em virtude que a suposta dívida resultou em grande
queda no fluxo de caixa, pois bem, em consulta ao site da Receita Federal, com o
CNPJ da empresa constatou-se que a Empresa XXXX encontra-se em pleno
funcionamento conforme atestado em anexo (Doc. 6).

Relatados os fatos principais, dá-se início à análise da


Exordial, cujo mérito não lhe ampare.

IV - DA INDEVIDA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA


GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Pelo que se compreende da documentação apresentada,


a Autora declarou ter sofrido grande impacto financeiro com a pandemia, sofrendo
com reduções salariais.

Ocorre que a declaração de pobreza gera presunção


relativa, no qual o Julgador analisar e verificar elementos comprobatórios dos
benefícios.

Dessa forma, há evidências de que a empresa pode usar


seus próprios recursos para financiar o processo, ou seja, a operação geral da
empresa, atendendo a vários clientes e obtendo altas receitas monetárias.

V – ILEGITIMIDADE PASSIVA DOS CONSÓRCIOS FG


RAMAL DO AGRESTE E FERREIRA GUEDES E
FERREIRA

A) INEXISTÊNCIA DE CONTRATOS COLIGADOS

A autora relata que havia relação jurídica entre os


contratos, mesmo contrato e mesmo objeto, que entrava no âmbito da interpretação,
não havendo união contratual, pois foram celebrados vários contratos, não tendo
eles direito de entrar no campo jurídico. Autora, sem a natureza acessória do
contrato, e sem determinação legal.

Ademais, cumpre salientar, que expondo as


características acima, há a necessidade de atribuir a mesma atividade.

Em razão da inexistência da coligação contratual, por se


tratar de fornecimento de materiais a responsabilidade não recairia sobre os
Consórcios, que não beneficiários do fornecimento dos equipamentos.

De tal forma, o beneficiário é a própria Ré RTM, sendo


que os materiais obtidos não conseguem ser aplicado nas obras que os Consórcios
são responsáveis, visto a natureza do material.

Com a disponibilização dos materiais explosivos para


perfuração das rochas, a RTM no contrato firmado com os consórcios (Doc. 7),
assegura total responsabilidade dos danos causados por parte da Ré, não
responsabilizando os consórcios para execução do empreendimento.

Outrossim, com a inclusão contratual documentada,


excluindo os Consórcios do assunto debatido contratual, firmado entre RTM e
Empresa XXXX, sem anuência dos Consórcios, que disponibilizado em contrato toda
e qualquer alteração contratual deverá ser comunicado ao Consórcio expressamente
(Doc. 8).

O que precisa ser explicado é que, devido à quebra de


contrato da RTM com o consórcio, tentando introduzir alianças, violando o princípio
da boa-fé e contrariando as disposições do contrato, fica ainda comprovada a
ilegalidade passiva do consórcio, excluindo-os da disputa.

B) INEXISTÊNCIA DE SOLIDARIEDADE
Conforme exigido pelo parágrafo anterior, no caso da
exclusão do consórcio, é certo que a dívida foi concebida pela autora e pela
Tecblaster, pois a legalidade é caracterizada pela relação das partes no contrato, e,
portanto, o consórcio é excluído.

As provas apresentadas pela autora são insuficientes


para provar que o material alegado como infrator tenha sido utilizado em outras
obras, razão pela qual não cabe responsabilidade por quebra de contrato sem
autorização expressa em lei ou contrato, restando apenas o fornecimento contratual
exclusivo de materiais.
A autora pleiteia responsabilidade solidária, no qual não
há no que se falar em responsabilidade solidária quando o contrato firmado por duas
partes, existindo um credor e um devedor sendo a TECBLASTER.

Os consórcios analisando o estado da RTM, prosseguiu


andamento da obra para finalizar, adquiriu materiais de diversas empresas, sem
coligação com a Ré. A autora alega que se sub-rogou com a compra dos materiais,
porém os Consórcios já efetuavam compras de materiais ante o inadimplemento da
Ré.
O consórcio contatou os demandantes para obter
materiais sem entrar em contato com a RTM, criando uma solidariedade que não
pode ser presumida com base na interpretação artística. O artigo 265.º do “Código
Civil” só pode basear-se na força de lei ou na vontade das partes. Nos requisitos, há
uma omissão na parte sobre a compra, que não leva à unidade.

Os danos causados pelas rés devem ser arcados pelas


rés que forneceram os materiais, devendo o consórcio responder por danos futuros
decorrentes do uso desses materiais, e não por danos passados.

Ressalte-se que, na hipótese, o consórcio que consta do


acordo firmado entre a autora e a ré na forma de contrato não configura consórcio,
tampouco configura qualquer rescisão contratual pelo consorciado em razão da
execução de seus trabalhar. réu ou consórcios. Múltiplas responsabilidades.
No mais, a ausência de legitimidade, o D. Juiz resolverá a
demanda extinguindo o processo sem resolução do mérito com base no art. 485, VI
do CPC.

Ademais, caracterizado o litisconsórcio passivo da


Tecblaster, não sabendo quem deva figurar no polo passivo da demanda,
fundamentada com o art. 339 do CPC, que a Ré pode não informar o réu para
figurar no polo passivo.

VI – MÉRITO

A quitação de valores disponibilizados pelos Consórcios,


eram totalmente da Ré, no qual estavam na posse, não assumindo nenhuma dívida.

Conforme citado, diversas empresas contratadas para


fornecimento de material visando celeridade. A Ré entregou materiais para setor de
Operação, que não lhe seja utilizado diretamente na obra, mas por terceiros.

Tendo essa ênfase, comprovado ausência de relação


entre Autora e os Consórcios não há responsabilidade do pagamento, tal como
exclusão da lide.

a) DO NÃO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

O consórcio assume as obras para entrega e sem fins


lucrativos, de forma que os créditos retidos da RTM serão utilizados para a
conclusão das obras.

O autor nem sequer forneceu provas para substanciar as


alegações e acrescentou maliciosamente.

b) PAGAMENTO OBRIGACIONAL CONTRATUAL DO


CONSÓRCIOS
Os consórcios não são inadimplentes, mediante negociação direto com a autora
para execução da obra, sendo que todo material utilizado foi devidamente quitado.

c) AUSÊNCIA DE PROMESSA DE QUITAÇÃO DE


DÍVIDA
A autora alega que os consórcios continuaram com as
compras, mas o fato de continuação de compras não indica promessa de quitação
de dívida, sendo dois fatos distintos.

d) INEXISTÊNCIA DE DANOS MORAIS

O ónus da prova desta alegação recai inteiramente sobre o autor da Exordial, como
sofreu danos no património da empresa, que danos foram causados e como foi
medido, consultado com base em pesquisa no local e constatou que a empresa não
sofreu qualquer dano devido à interrupção dos trabalhos, além disso, parece ser um
litígio malicioso.
e) LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

Com a devida informação errônea, contradições não


comprovadas pela autora em sede de acusação requer-se aplicação de penalidade
de litigância de má-fé, conforme art. 81 do CPC.

VII – DOS PEDIDOS

Em suma, os Consórcios FG RAMAL DO AGESTE E


FERREIRA devem ser excluídos da lide e a autora condenada ao pagamento de
honorários advocatícios e inclusão da ré.

Se for mais que liminar, então entra no mérito, dispensa


as necessidades, para que não haja unidade do consórcio.

As penalidades de litígio malicioso devem ser aplicadas


nos termos do art. CPC 81.
Requer todos os meios de prova, especialmente
depoimentos pessoais, audiências de testemunhas e documentos.

Por derradeiro, requer que todas as publicações sejam


disponibilizadas em nome de XXXXXXX XXXXXXXX, inscrito na OAB/XX sob o nº
XXX.XXX, a fim de evitar nulidade processual, fundamentado no art. 236 § 1º e art.
247 do CPC.

Nesses termos,
Pede deferimento.
Cidade, data

XXXX (nome do advogado)


OAB/XX XXX.XXX (Numeração da OAB)

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