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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 10ª
VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO CONSUMIDOR (VESPERTINO)
DA COMARCA DE SALVADOR/BA.
Processo nº 0126449-82.2023.8.05.0001.
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presente açao, merecendo, inclusive, as reprimendas de nosso Estatuto Processual.
Senao vejamos:
II – PRIMEIRAMENTE.
a) DA CARÊNCIA DA AÇÃO - DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
REQUERIDA INDÚSTRIA DE CERÂMICA FRAGNANI LTDA.
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Ora Excelencia, observa-se que as empresas INCENOR e
INCEFRA (FRAGNANI) possuem Contrato Social proprios e distintos,
representando empresas absolutamente distintas de inscriçao no Cadastro Nacional
de Pessoa Jurídica – CNPJ, tampouco a empresa INDÚSTRIA DE CERÂMICA
FRAGNANI LTDA mantem qualquer relacionamento com a Áutora, uma vez que,
todos os pisos adquiridos sao da marca INCENOR.
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Outrossim, resta inequívoco que a Áutora nao observou os
requisitos necessarios para o recebimento da petiçao inicial, demandando contra
parte manifestamente ilegítima para figurar no polo passivo da presente demanda,
ensejando, por isso, o indeferimento da exordial, com a extinçao do processo, sem
julgamento do merito, consoante dispoe os artigos 300, inciso II e 485, inciso I, do
Codigo de Processo Civil, que assim preceituam:
Vejamos a jurisprudencia:
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ILEGITIMIDADE PASSIVA. TERCEIRO QUE NÃO
INTEGRA A CADEIA DE FORNECEDORES DO SERVIÇO.
ILEGITIMIDADE CONFIGURADA. DANO MORAL. NÃO
OCORRÊNCIA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO NÃO
PROVIDO. Impõe-se o reconhecimento da
ilegitimidade passiva de terceiro que não integra a
cadeia de fornecedores do serviço, não podendo ser
este responsabilizado pelos danos causados à parte
autora em relação a falha na prestação de serviços. A
circunstância narrada nos autos, em que pese tenha
causado algum grau de desconforto ao autor, não foi
capaz de gerar prejuízos imateriais relevantes, não
se vislumbrando a ocorrência de transtornos capazes
de repercutir de forma negativa na esfera de direitos
de personalidade”. (TJMG – Apelação Cível: AC
5010253-48.2017.8.13.0027 – 13ª Câmara Cível,
Relator Rogério Medeiros, Data Publicação
17/04/2020, Data do Julgamento 17/04/2020).
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palavras, nao se pode aceitar que isso seja motivo para que venham a baila iniciais
que nao atendam aos requisitos legais.
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“Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
(...)
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as
hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente
a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de
obrigação decorrente de empréstimo, de
financiamento ou de alienação de bens, o autor terá
de, sob pena de inépcia, discriminar na petição
inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que
pretende controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito.
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá
continuar a ser pago no tempo e modo contratados”.
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danos materiais, se limitando a requerer a restituiçao dos valores gastos pela
aquisiçao dos produtos no valor de R$ 2.982,85 (dois mil, novecentos e oitenta e dois
reais e oitenta e cinco centavos), sem qualquer comprovaçao.
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de Amparo - 2ª Vara; Data do Julgamento:
20/05/2020; Data de Registro: 20/05/2020).
c) DA DECADÊNCIA.
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II – 90 (noventa) dias, tratando-se de fornecimento de
serviços e de produtos duráveis.
§ 1º. Inicia-se a contagem do prazo decadencial a
partir da entrega efetiva do produto ou do término da
execução dos serviços.
§ 2º. Obstam a decadência:
I – a reclamação comprovadamente formulada pelo
consumidor perante o fornecedor de produtos e
serviços até a resposta negativa correspondente, que
deve ser transmitida de forma inequívoca;
(...)
§ 3º. Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial
inicia-se no momento em que ficar evidenciado o
defeito”.
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produçao de referida prova aos procedimentos em tramite pela lei 9.099/1995.
Ánote-se que a necessaria perícia tecnica e ato complexo, descabido ao rito deste
Douto Juízo.
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manifestaçoes e quesitos complementares bem como posteriores esclarecimentos a
serem prestados pelo perito, tudo em respeito ao princípio da ampla defesa e
contraditorio.
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0004021-28.2020.8.16.0024 (Acórdão), Relator:
Fernanda de Quadros Jorgensen Geronasso, Data de
Julgamento: 22/11/2021, 5ª Turma Recursal dos
Juizados Especiais, Data de Publicação:
22/11/2021)”
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para a fixação da competência é aferida pelo objeto
da prova e não em face do direito material” e que
para o correto deslinde do feito é necessária a
realização de perícia a fim de possibilitar a
verificação do alegado defeito, deve ser reconhecida
a incompetência dos Juizados Especiais para análise
e julgamento do feito. ”. 2. Precedentes: TJPR - 5ª
Turma Recursal dos Juizados Especiais - 0007412-
68.2020.8.16.0160 - Sarandi - Rel.: FERNANDA DE
QUADROS JORGENSEN GERONASSO - J. 02.08.2021;
TJPR - 5ª Turma Recursal dos Juizados Especiais -
0006189-21.2020.8.16.0018 - Maringá - Rel.: JÚLIA
BARRETO CAMPELO - J. 29.03.2021; TJPR - 5ª Turma
Recursal dos Juizados Especiais - 0011521-
30.2018.8.16.0182 - Curitiba - Rel.: MANUELA TALLÃO
BENKE - J. 18.05.2020. (TJPR - 5ª Turma Recursal dos
Juizados Especiais - 0002398-68.2020.8.16.0204 -
Curitiba - Rel.: JUÍZA DE DIREITO DA TURMA
RECURSAL DOS JUÍZAADOS ESPECIAIS CAMILA
HENNING SALMORIA - J. 04.10.2021) (TJ-PR - RI:
00023986820208160204 Curitiba 0002398-
68.2020.8.16.0204 (Acórdão), Relator: Camila
Henning Salmoria, Data de Julgamento: 04/10/2021,
5ª Turma Recursal dos Juizados Especiais, Data de
Publicação: 06/10/2021)”
III - MERITORIAMENTE.
a) DA REALIDADE FÁTICA – DA EXCLUDENTE DE
RESPONSABILIDADE.
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Da leitura da peça exordial se extrai o anseio da Áutora no
recebimento de danos materiais e morais que alega ter sofrido, requerendo a
condenaçao das Requeridas ao pagamento da quantia de R$ 7.982,85 (sete mil,
novecentos e oitenta e dois reais e oitenta e cinco centavos), fazendo um pedido de
valor nao compreensível, pois nao ha responsabilidade da Requerida no pagamento
dos supostos danos sofridos.
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conter sodio, potassio e calcio, tambem contem oxido de ferro, manganes e material
organico.
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rejunte em alguns lugares tambem foi atacado. Ás manchas reclamadas nao podem
ser consideradas defeitos relativos as placas ceramicas assentadas, mas uma reaçao
do sistema construtivo por falta de impermeabilizaçao.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Efloresc%C3%AAncia
http://maxjunginger.pcc.usp.br/images/Trabalhos/Eflorescencia.pdf
http://info.ucsal.br/banmon/Arquivos/ART_130109.pdf
http://www.citimat.com.br/dica2.html
http://www.scielo.br/pdf/ce/v52n321/05.pdf
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Desta maneira, sem a comprovaçao do dano, as afirmaçoes nao
passam de meras alegaçoes, haja vista que para a configuraçao do dever de indenizar
e necessaria a existencia de requisitos essenciais, quais sejam, o dano, a conduta
ilícita e o nexo causal entre a conduta e o dano.
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Defesa do Consumidor. 1.1 Na responsabilidade
objetiva, conquanto não se indague sobre a
existência de culpa, resta indispensável a
demonstração do ato lesivo, dano experimentado,
bem como nexo causal entre estes. 1.2 Ademais,
na reponsabilidade objetiva, consideram-se
excludentes do nexo causal, nos termos do § 3º do art.
12 do CDC, a prova de que o produto não foi colocado
no mercado, a prova da inexistência do defeito ou
culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.1.3
Sobre a culpa exclusiva do consumidor, ressalte-se
que a isenção de responsabilidade se dá quando
restar provada que a causa do dano foi estranha à
conduta do fornecedor do produto, sendo cabível
quando, por exemplo, for demonstrado o mau uso do
produto pelo consumidor. 2. Verifico que a discussão
objeto dos presentes autos é essencialmente técnica e
está compreendida em área de conhecimento
especializada e estranha ao contexto meramente
jurídico, exigindo-se prova pericial para o seu
deslinde, uma vez que o julgador não detém
conhecimento científico para se debruçar sobre
questões de elevada complexidade. 2.1 Feitas essas
considerações, importa ressaltar que a parte autora,
ora apelante, não pugnou pela realização da perícia
judicial, tendo apenas pleiteado a oitiva de prova
testemunhal atraindo para si a comprovação cabal
de suas alegações. 3. Não restou demonstrado pelo
apelante defeito preexistente no produto em questão,
havendo indicação de mau uso do equipamento,
tampouco fora produzida prova irrefutável de que
todos os cuidados necessários a sua correta
utilização teriam sido empregados pelo
autor/apelante. 4. Recurso conhecido e desprovido”.
(TJDFT – AC 07055346820218070003 - 7ª Turma
Cível – Relatora GISLENE PINHEIRO – Data do
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Julgamento 09/02/2022 – Publicado no DJE
22/02/2022).
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Turmas Recursais, Relator: Sergio Fernando Tweedie
Spadoni, Julgado em 26/10/2017).” (TJ -RS - Recurso
Cível: 71006925754 RS, Relator: Sergio Fernando
Tweedie Spadoni, Data de Julgamento: 26/10/20 17,
Terceira Turma Recursal C ível, Data de Publicação:
Diário da Justiça do dia 30/10/2017) G.N. Nesse
sentido, destaque-se que a autor a não faz a juntada
de qualquer documento que comprove eventuais
abusividades na conduta desta contestante.
c) DO DANO MATERIAL.
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demonstrando, dessa forma, que a Áutora apresenta valores aleatorios, sem
qualquer comprovaçao.
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“O outro requisito do dano é que seja certo. Não se
compadece com o pedido de reparação um prejuízo
meramente eventual. No momento em que se tenha
um prejuízo conhecido, ele fundamenta a ação de
perdas e danos, ainda que seja de consequências
futuras, dizem os Mazeaud. A jurisprudência rejeita a
ação de responsabilidade se o dano de que a vítima se
queixa é eventual.” (in Responsabilidade Civil, p. 40,
4ª ed., 1993, Ed. Forense, Rio).
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Vale dizer, por fim, que o dano material, para que seja deferido,
necessario se faz a prova ampla e incontestavel de sua existencia, o que nao e o caso
dos autos, como se mostrou em linhas supra.
d) DO DANO MORAL.
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Ora, de tudo que restou demonstrado e provado, a Áutora nao
faz jus a qualquer indenizaçao pelos supostos danos morais que afirma ter
experimentado, pois de nenhuma forma agiu a parte Re, muito menos da forma
alegada na exordial, para causar-lhe danos de natureza moral.
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PISO DE PORCELANATO) AINDA NA FASE DE
ASSENTAMENTO – ALEGADA CULPA EXCLUSIVA DO
CONSUMIDOR – INOCORRÊNCIA – AUSÊNCIA DE
DEMONSTRAÇÃO DE FATOS EXTINTIVOS DO DIREITO
DO AUTOR – DIREITO DO CONSUMIDOR DE REAVER O
VALOR DESEMBOLSADO PELO PRODUTO VICIADO,
PELA SUA RETIRADA E PELO SERVIÇO DE
ASSENTAMENTO DE UM NOVO PISO – ALEGADA
OCORRÊNCIA DE DANO MORAL INDENIZÁVEL –
DESACOLHIMENTO – MEROS ABORRECIMENTOS – (...)
Os aborrecimentos advindos da frustração de o
consumidor não obter o piso de sua moradia da
maneira esperada constituem natural reação aos
incômodos normais da vida em sociedade, não tendo
o condão de acarretar danos morais indenizáveis.
(...)” (TJ-MT - AC: 00009781920138110008 MT,
Relator: MARILSEN ANDRADE ADDARIO, Data de
Julgamento: 02/10/2019, Segunda Câmara de
Direito Privado, Data de Publicação: 18/12/2019).
“Apelação – Ação de inexigibilidade cumulada com
indenização – Dano moral não configurado – Meros
aborrecimentos e dissabores do cotidiano, que não
afetam a esfera individual da honra do indivíduo, não
autorizam a indenização por danos morais. Apelo
parcialmente provido” (TJSP, Apelação
992070568854-SP. Órgão Julgador 29ª Câmara de
Direito Privado. Relator Des. Manoel de Queiroz
Pereira Calças, Data Julgamento: 15/09/2010. Data
Publicação: 20/06/2010).
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exacerba a naturalidade dos fatos da vida, causando
fundadas aflições ou angústia no espírito de quem ela
se dirige. (STJ – REsp 898005/RN).
IV – Apelo da ré provido, restando prejudicado o do
autor” (TJDF 20060810090644APC; 1ª Turma Cível;
Relator Des. Nivio Geraldo Gonçalves, Acórdão nº
314512. Data do Julgamento 21/11/2007.
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enquadra nesse tipo de responsabilidade, ainda que solidaria ou subsidiariamente,
posto que, como dito, nao agira com culpa ou negligencia, quanto mais com intençao
deliberada causar sofrimento moral a Áutora, o que, alias, nao esta demonstrado e
provado no presente caso.
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De outra parte, ainda que assim nao fosse, como ensina JOSE
EDUÁRDO CÁLLEGÁRI CENCI, in "Consideraçoes sobre o Dano Moral e a sua
Reparaçao" - RT 683/45-48: "Dano moral, define Wílson Melo da Silva, como
aquele que diz respeito às lesões sofridas pelo sujeito físico ou pessoa natural
- não jurídica - em seu patrimônio de valores exclusivamente ideais, vale dizer,
não-econômicos. Na conformidade desta doutrina, o dano moral, teria, como
pressuposto ontológico a dor, vale dizer, o sofrimento moral ou mesmo físico
inferido à vítima por atos ilícitos, em face de dadas circunstâncias, ainda
mesmo que por ocasião do descumprimento do contratualmente avençado. O
chamado dano moral tem estreita conotação com a dor, seja ela moral ou física,
jamais afetando o patrimônio econômico do lesado. Seu elemento maior,
característico, seria, assim, a dor: a dor moral ou a dor física. Lembra esse
autor que: os danos morais são os danos da alma, como diria o apóstolo São
João. O dano moral, pois, é absolutamente distinto do dano material que é
palpável e não tão difícil de ser avaliado. Aos prejuízos ou danos, aos quais,
pela própria natureza subjetiva de que se revestem, é impossível encontrar
equivalente patrimonial, reservamos o nome de danos morais. É o que diz José
Cretella Júnior. Dos mais expressivos jurisconsultos brasileiros
contemporâneos, Yussef Said Cahali, aborda ser uniforme a doutrina ao
distinguir a existência de duas espécies de danos: moral e patrimonial. Dano
patrimonial é aquele que afeta os bens economicamente apreciáveis que
integram o patrimônio do credor ou da vítima, enquanto que dano moral, por
exclusão, é aquele a que não corresponda as características de dano
patrimonial. Dano moral é, em síntese, o sofrimento experimentado por
alguém, no corpo ou no espírito, ocasionado por outrem, direta ou
indiretamente derivado de ato ilícito."
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Como vimos, improcede o pedido veiculado de danos morais, ate
porque nao demonstrados dolo ou culpa concorrente da Requerida, o que exclui a
responsabilidade desta, ainda que solidaria ou subsidiaria. Tampouco demonstrado
esta, com prova convincente, que a Requerida teria exposto a Áutora a vexames,
ridículos ou humilhaçoes, e que, por isso, ostentaria perturbaçoes e
constrangimentos na sua alma, repercutidos nos seus valores morais e eticos,
causando-lhes sentimentos de dor, angustia, desagrado ou sofrimento, a justificar a
indenizaçao pretendida na vestibular.
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e) DO QUANTUM INDENIZATÓRIO.
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Com base na determinaçao do artigo 93, IX, da Magna Carta,
devera o D. Magistrado fundamentar e justificar os criterios que o levaram a arbitrar
o quantum indenizatorio, sob pena de nulidade por negativa da prestaçao
jurisdicional.
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precária, pois dor não se contabiliza – e, ao mesmo
tempo, um incentivo para que o ofensor não venha a
incidir novamente na conduta indesejada. Nesse
contexto, não seria razoável uma indenização
irrisória, que pouco significasse ao ofendido, nem
uma indenização excessiva, com a qual o autor do
fato não pudesse arcar sem enormes prejuízos,
também socialmente indesejáveis. Ademais, segundo
vem sendo reiteradamente decidido, o valor da
indenização por dano moral sujeita-se ao controle
desta Corte, recomendando-se que a sua fixação seja
feita com moderação”.
IV - DO PEDIDO.
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Superadas as preliminares anteriormente indicadas, que seja
reconhecida a incompetencia do Juizado Especial Cível para julgar a demanda,
considerando a complexidade da causa, extinguindo o feito sem resoluçao de merito.
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• Advogada: Carolina Milena da Silva, OAB/SP
260.097; Tel.: 16-9.9235-1046; e-mail:
carolina.milena@bbmo.adv.br
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