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Conceito: __________________
BANCA EXAMINADORA
Pile caps are extremely important structural elements, since they distribute the
building loads to the foundations. The design of pile caps may be based on strut-and-tie
models and bending models. The method of Blévot and Frémy (1967) is one of the most
used in the Brazil, but it has certain limitations as it is recommended only for rigid pile
caps on equidistant piles and submitted to centered axial loads. The Bending Method
presented by Bell (1985) is a very advantageous alternative method, in view of its
simplicity, efficiency and applicability in rigid and flexible blocks, submitted to eccentric
loads. In civil construction, it is common the occurrence of eccentricities, which can
generate additional stresses on the structure. In the design of pile caps, it must be
considered the efforts due to the eccentricities of location and execution of the structural
elements.
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 9
1.3 METODOLOGIA................................................................................................. 11
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVO
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 METODOLOGIA
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Blévot e Frémy (1967) observaram que a ruptura dos blocos ocorreu por
esmagamento do concreto junto ao pilar ou junto à estaca após a formação de várias
fissuras. Além disso, os autores constataram uma diminuição da força última dos blocos
projetados com armadura em malha, devido à ausência de armadura de suspensão.
Os ensaios realizados por Blévot e Frémy (1967) são a base para a maioria dos
métodos de biela-tirante para dimensionamento de blocos sobre estacas. Os autores
recomendam que a inclinação das bielas deve estar entre 40º e 55º e as tensões limites nas
bielas comprimidas devem ser:
0,60 ∙ 𝑓𝑐𝑑 → Blocos sobre 2 estacas
𝜎𝑑,𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎 ≤ {0,75 ∙ 𝑓𝑐𝑑 → Blocos sobre 3 estacas
0,90 ∙ 𝑓𝑐𝑑 → Blocos sobre 4 estacas
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Além disso, é comum considerar o peso do bloco de coroamento como sendo uma
parcela da força normal do pilar. Bastos (2020) indica cerca de 2% da carga do pilar.
A ruptura de blocos de coroamento geralmente se dá por esmagamento do
concreto devido às tensões principais elevadas, sendo necessária uma gaiola de armação
tridimensional. (BELL, 1985). As armaduras de blocos de coroamento se dividem em:
• Armadura principal: também chamada de armadura de flexão, resiste à
componente horizontal de tração resultante da biela de compressão;
• Armadura de distribuição: disposta em malha complementar à armadura
principal, possui o objetivo de controlar a fissuração e deve resistir à 20%
dos esforços totais;
• Armadura de suspensão: responsável por equilibrar as parcelas de cargas
das armaduras principal e de distribuição, quando o espaçamento entre
estacas for maior do que 3 vezes seu diâmetro;
• Armaduras laterais e superior: são recomendadas em blocos de grandes
volumes e obrigatórias para blocos de duas ou mais estacas em linha.
Além disso, para blocos sujeitos aos esforços de torção devido a excentricidades,
tanto de cargas de pilares excêntricos, como a ocorrência de excentricidades executivas
de estacas, a NBR 6118:2014 recomenda a adoção de armaduras em todo o perímetro do
bloco, destinadas a absorver os esforços de tração derivados da torção. (CAMPOS, 2015)
Para este trabalho, serão apresentadas as formulações de dimensionamento de
blocos sobre duas, três e sobre sete estacas, em concordância com o número de estacas
considerados nos estudos de casos.
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Para blocos sobre duas estacas, a treliça é um triângulo simples, de modo que as
bielas comprimidas são as diagonais e a biela tracionada é a horizontal. (Figura 3)
A tensão de compressão limite, para blocos sobre duas estacas, é dada por:
𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑙𝑖𝑚 = 1,4 ∙ 𝐾𝑅 ∙ 𝑓𝑐𝑑
Sendo 𝐾𝑅 o coeficiente que leva em consideração o efeito Rüsch, que consiste na
perda de resistência do concreto ao longo do tempo devida à carga permanente. Para este
trabalho, será considerado 𝐾𝑅 = 0,95.
A armadura principal que resistirá aos esforços da biela tracionada é dada por:
1,15 ∙ 𝑁𝑑
𝐴𝑠 = ∙ (2𝑒 − 𝑎𝑝 )
8 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑
A área de aço das armaduras superior e de pele e dos estribos verticais são
calculados pelas seguintes equações:
𝐴𝑠𝑝 𝐴𝑠𝑤
𝐴𝑠,𝑠𝑢𝑝 = 0,2 ∙ 𝐴𝑠 ( ) =( ) = 0,075 ∙ 𝐵
𝑠 mín,face 𝑠 mín,face
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𝑎𝑝,𝑒𝑞 = √𝑎𝑝 ∙ 𝑏𝑝
A tensão de compressão limite, para bloco sobre três estacas, é dada por:
𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑙𝑖𝑚 = 1,75 ∙ 𝐾𝑅 ∙ 𝑓𝑐𝑑
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𝑘 ∙ √3 ∙ 𝑁𝑑
𝐴𝑠,𝑐𝑖𝑛𝑡𝑎 = ∙ (√3 ∙ 𝑒 − 0,9 ∙ 𝑎𝑝 )
27 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑
• Armadura em malha
1 √3 ∙ 𝑁𝑑
𝐴𝑠,𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎 = ∙ 𝐴𝑠,𝑙𝑎𝑑𝑜 ≥ 𝐴𝑠,𝑠𝑢𝑠𝑝/𝑓𝑎𝑐𝑒 ∴ 𝐴𝑠,𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎 = ∙ (√3 ∙ 𝑒 − 0,9 ∙ 𝑎𝑝 )
5 135 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑
Para utilização do método de Bell, foram feitas algumas adaptações. Bell (1985)
utiliza, por exemplo, a resistência última do concreto é 𝑓𝑐𝑢 = 25𝑀𝑃𝑎, diferente das
considerações da Norma Brasileira NBR6120, na qual, a título de comparação, a
resistência característica à compressão do concreto é 𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎.
Verifica-se a necessidade de armadura complementar através da equação:
𝑀𝑑
≤ 0,15 → não é necessária armadura complementar!
𝑏 ∙ 𝑑2 ∙ 𝑓𝑐𝑘
4 ESTUDOS DE CASO
Este estudo de caso de estacas sobre duas estacas foi adaptado do exemplo típico
20 de Bell (1985), que se trata de um bloco de 150 x 60 cm, com 60 cm de altura e
submetido a uma força normal de cálculo de 895 kN.
A altura do bloco do exemplo original de Bell (1985) era de 70 cm, porém a
inclinação da biela ficaria fora do intervalo entre 45° e 55°, portanto foi adotada altura de
60 cm para viabilizar a aplicação do método de Blévot (1967) e garantir a comparação do
resultado dos métodos. Considerou-se concreto C25 e aço CA-50, mais comuns no Brasil.
20
Calcula-se, então, o ângulo da biela de compressão, que deve estar entre 45° e 55°.
𝑑 51,5
tan 𝛼 = 𝑒 𝑎 = = 1,37 → 𝛼 = 53,9° < 55° ∴ ok!
𝑝 90 30
−
2 4 2 − 4
Fonte: Autor.
Este estudo de caso foi adaptado do exemplo típico 21 de Bell (1985), que se trata
de um bloco triangular sobre três estacas, sob um pilar de 40 x 40 cm, submetido a uma
força normal de cálculo de 2680 kN. A altura do bloco é de 80 cm, concreto C25 e aço
CA-50. Adotando o peso próprio de 2% da carga do pilar, tem-se a força de cálculo:
𝑁𝑑 = 1,02 ∙ 𝑁𝑝 = 1,02 ∙ 2680 = 2733,6 𝑘𝑁
A altura do bloco do exemplo original de Bell (1985) era de 90 cm, porém foi
adotada altura de 80 cm para viabilizar a aplicação do método de Blévot (1967).
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Calcula-se o ângulo da biela de compressão, que deve estar entre 45° e 55°:
𝑑 67,5
tan 𝛼 = = = 1,39 → 𝛼 = 54,2° < 55° ∴ ok!
√3 ∙ 𝑒 √3 ∙ 105
− 0,3 ∙ 𝑎𝑝 − 0,3 ∙ 40
3 3
A tensão de compressão limite, para bloco sobre três estacas, é dada por:
25
𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑙𝑖𝑚 = 1,75 ∙ 𝐾𝑅 ∙ 𝑓𝑐𝑑 = 1,75 ∙ 0,95 ∙ = 29,7 𝑀𝑃𝑎
1,4
Fonte: Autor.
Este estudo de caso de bloco de estacas sobre sete estacas foi baseado no Exemplo
Típico 22 de Bell (1985). Considerando um bloco de coroamento mostrado na figura 10,
com 80 cm de altura, que distribui a carga de 2450 𝑘𝑁 e os momentos de
600 𝑘𝑁. 𝑚 e 450 𝑘𝑁. 𝑚, de um pilar de 60 x 60 cm para sete estacas de 30 cm de
diâmetro. O concreto utilizado para o bloco é o C25 e aço CA50.
Bastos (2020) afirma que a tensão na biela comprimida não precisa ser verificada
desde que sua inclinação esteja entre 45° e 55°:
𝑑 80
tan 𝛼 = 𝑎𝑝 = = 1,07 → 𝛼 = 46,85° > 45° ∴ 𝑜𝑘!
60
𝑒− 4 90 − 4
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𝑁 𝑀𝑥 ∙ 𝑦𝑖 𝑀𝑦 ∙ 𝑥𝑖
𝑁𝑖 = + +
𝑛𝑒 ∑ 𝑦𝑖2 ∑ 𝑥𝑖2
Figura 11 - Bloco sobre sete estacas com armação nas diagonais e com cintas paralelas aos lados
Fonte: Autor.
𝑀𝑑,𝑦 109500
= = 0,047 < 0,15 → 𝑧1 = 0,935
𝑏𝑦 ∙ 𝑑𝑦2 ∙ 𝑓𝑐𝑘 180 ∙ 71,92 ∙ 2,5
𝑧𝑦 = 𝑧1 ∙ 𝑑𝑦 = 0,935 ∙ 71,9 = 67,2 cm
Fonte: Autor.
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Para o caso de blocos sujeitos a momentos fletores, Bell (1985) recomenda que
sejam impostas excentricidades na posição do pilar com relação ao bloco, de modo que
as cargas sejam racionalizadas e distribuídas igualmente para cada estaca. Para tanto, os
momentos fletores são atribuídos às excentricidades mostradas na figura 14.
𝑀𝑥 450
𝑀𝑥 = 𝑁𝑘 ∙ 𝑒𝑥 → 𝑒𝑥 = = = 0,18 m = 18 cm
𝑁𝑘 2450
𝑀𝑦 600
𝑀𝑦 = 𝑁𝑘 ∙ 𝑒𝑦 → 𝑒𝑦 = = = 0,24 m = 24 cm
𝑁𝑘 2450
As armaduras, dispostas nas diagonais e com cintas paralelas aos lados, serão:
0,5 ∙ 𝑁𝑑 𝑎𝑝 0,5 ∙ 500 60
𝐴𝑠,diag = 𝐴𝑠,cinta = ∙ (𝑒 − ) = ∙ (90 − ) = 5,39 cm²
𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑 4 50 4
80 ∙
1,15
𝐴𝑠,diag = 𝐴𝑠,cinta = 6,14 cm2 (5 ∅ 12,5 mm)
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Figura 15 - Bloco sob pilar excêntrico sobre sete estacas, com armação nas diagonais e com cintas
𝑀𝑑,𝑦 78000
= = 0,034 < 0,038 → 𝑧1 = 0,95
𝑏𝑦 ∙ 𝑑𝑦 ∙ 𝑓𝑐𝑘 180 ∙ 71,92 ∙ 2,5
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Figura 17 - Bloco sob pilar excêntrico sobre sete estacas armado em malha
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
34
Fonte: Autor.
36
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
37
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
40
Fonte: Autor.
5 ANÁLISE COMPARATIVA
Fonte: Autor.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
_______. NBR 6120: Ações para o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro,
2019.
BELL, Brian Joseph. Fundações em concreto armado. Rio de Janeiro: Guanabara Dois,
1985.
CAMPOS, João Carlos de. Elementos de Fundações em Concreto. São Paulo: Oficina
de Textos, 2015.
SILVA, Alexandre Vinicius Pereira da; GONÇALVES, Bruno Henrique dos Santos.
Análise semiempírica e computacional de fundações. Faculdade Evangélica de
Goianésia. Goianésia, 2018.
THOMAZ, Eduardo Christo Silveira. Bloco sobre estacas Bielas x Tirantes. Instituto
Militar de Engenharia. Disponível em:
<http://aquarius.ime.eb.br/~webde2/prof/ethomaz/bloco_sobre_estacas/bloco_sobre_est
acas_02.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2022.
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