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AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Prof. Antonio Ricardo Masaroli de Andrade

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Professor
Antonio Ricardo Masaroli de Andrade

Engenheiro Eletricista – Unemat/Sinop


antonio.ricardo.eletrica@gmail.com

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AULA 3
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
DEFINIÇÕES E CONCEITOS.

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CONCEITOS
• A evolução da automação industrial remete há longos períodos de
tempo na história. Desde a pré-história o homem vem desenvolvendo
mecanismos e invenções com o intuito de reduzir o esforço físico e
auxiliar na realização de atividades. Como exemplo, podem-se citar a
roda para movimentação de cargas e os moinhos movidos por vento ou
força animal.
• A automação industrial começou a conquistar destaque na sociedade
no século XVIII, com o início da Revolução Industrial, originada na
Inglaterra. Devido a uma evolução no modo de produção, o homem
passou a produzir mercadorias em maior escala.

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CONCEITOS
• Com o objetivo de aumentar a produtividade, diversas inovações
tecnológicas foram desenvolvidas no período:
• Máquinas modernas, capazes de produzir com maior precisão e rapidez quando
comparadas ao trabalho manual.
• Novas fontes energéticas, como o vapor, aplicado a máquinas para substituir a
energia hidráulica e/ou muscular.

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CONCEITOS
• Processo – conjunto de atividades ou passos que objetivam atingir uma
meta. Utilizado para criar, inventar, projetar, transformar, produzir,
controlar, manter e usar produtos ou sistemas.
• Processo automatizado – processo através do qual os mecanismos
verificam seu próprio funcionamento, efetuando medições e
introduzindo correções, sem necessidade de interferência do homem.
• Variável de processo – qualquer grandeza ou condição de um processo
que é passível de variação. Em controle de processos também é
chamada de variável controlada.

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CONCEITOS
• Controle de processos – técnica de manter variáveis de um processo
(como temperatura e pressão) em valores predeterminados a partir de
um procedimento que calcula correções proporcionais a uma ou mais
variáveis que são medidas em tempo real por um determinado
equipamento.
• Sensor – elemento que está conectado à variável de processo e mede
suas alterações. São dispositivos que causam alguma mudança nas suas
propriedades de acordo com mudanças nas condições do processo.

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CONCEITOS
• Atuador – elemento que atua para alterar fisicamente uma variável
manipulada. Pode ser uma válvula utilizada para restringir a passagem
de um fluido, bombas para regular o fluxo, entre outros.
• Controlador Lógico Programável (CLP) – aparelho eletrônico digital que
pode ser programado através de uma linguagem de programação de
maneira a executar funções aritméticas, lógicas, de temporização, de
contagem, entre outras. Possui entradas para aquisição de dados e
saídas para acionar diversos tipos de dispositivos ou processos.
• Programas – também chamados de softwares, são conjuntos de
instruções lógicas, sequencialmente organizadas, as quais indicam ao
controlador ou ao computador as ações a serem executadas
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SENSORES
• O sensor basicamente é um dispositivo que tem a função de detectar e
responder com eficiência algum estímulo. Existem vários tipos de
sensores que respondem à estímulos diferentes como por exemplo:
calor, pressão, movimento, luz e outros. Depois que o sensor recebe o
estímulo, a sua função é emitir um sinal que seja capaz de ser
convertido e interpretado pelos outros dispositivos.
• A escolha do sensor depende exclusivamente do objetivo da sua
instalação. Portanto, é preciso avaliar as condições do ambiente e optar
pelo sensor mais adequado para aquela atividade. Na sequência vamos
mostrar os tipos de sensores e dar exemplos de utilização para cada
um.
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SENSORES
• Sensor de áudio;
• Sensor elétrico;
• Sensor magnético;
• Sensor mecânico;
• Sensor óptico;
• Sensor térmico;
• Sensor químico;
• ...

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ATUADORES
• Atuadores são dispositivos que convertem um sinal em uma ação.
• Elemento que atua para alterar fisicamente uma variável manipulada.
• Pode ser uma válvula utilizada para restringir a passagem de um fluido,
bombas para regular o fluxo, entre outros

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ATUADORES
• Atuadores elétricos
• Rotativos;
• Lineares;
• Atuadores pneumáticos;
• Atuadores hidráulicos.

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SINAIS
• O conceito de sinal envolve a observação e a medida de um fenômeno
físico com o passar do tempo. Qualquer registro que se utilize de
números pode facilmente se tornar um sinal, como exemplo o
desempenho de uma máquina, a gravação de um som, a captura de
uma imagem, entre outros.
• O sinal corresponde a um modelo matemático para representação de
uma informação ao longo do tempo. Os sinais são usados para
descrever uma grande variedade de fenômenos físicos e podem ser
descritos de muitas maneiras, através de números, de gráficos, de uma
sequência de dígitos (bits) para serem introduzidos no computador, etc.
• Exemplos: a cotação do dólar ao longo de um período e o sinal do
eletrocardiograma. 13
SINAIS
• Os sinais elétricos podem ser contínuos ou alternados. Os sinais
contínuos são aqueles que mantêm seu valor ao longo do tempo. Os
sinais alternados mudam de polaridade continuamente e possuem
valor máximo, valor eficaz, valor médio, frequência e período.

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SINAIS: SINAL CONTÍNUO.
• Um sinal é contínuo se seu valor e polaridade (positiva ou negativa) não
variarem no tempo, ou seja, em qualquer momento em que você
observar esse sinal, ele apresentará o mesmo valor e polaridade.

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SINAIS: SINAL ALTERNADO.
• Um sinal alternado é aquele muda de polaridade periodicamente e
varia sua intensidade no tempo.

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AULA 4
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
MOTORES E PARTIDAS.

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MOTORES.

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MOTORES.

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MOTORES

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MOTORES

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PARTIDAS
• Partida Direta
• Partida Estrela Triângulo
• Partidas Compensadas
• Partidas Eletrônicas Compactas
• Partidas Eletrônicas Suaves (Soft Starter)
• Partidas Eletrônicas com controle de torque e velocidade
(conversores/inversores)
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PARTIDA DIRETA
• Na partida direta, a chave é diretamente ligada ao motor. Esta
configuração acelera rapidamente a carga, são fornecidos conjugado e
corrente de partida plenos, não há limite de número de partidas por
horas. Normalmente é utilizado em partidas de motores para
pequenas potências, onde os valores de corrente (A) são menores.
• Contudo, este tipo de partida pode gerar picos de corrente na rede.
Ou seja, no momento da partida o motor precisa de grande
quantidade de energia para vencer a inércia inicial. Isso eleva o
consumo de energia e pode ocasionar problemas na rede, um dos
prováveis problemas é a possível sobrecarga no sistema. Para sua
implantação é necessário sobredimensionamento do sistema de
proteção. 23
PARTIDA DIRETA

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PARTIDA DIRETA

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PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO
• Um método que até pouco tempo era o mais utilizado é a Partida Estrela
Triângulo. Neste caso a partida é mais suave do que a direta, pois utiliza tensão
reduzida.
• Esta partida atinge a aceleração até próximo da rotação de nominal, consiste em
ligar o motor inicialmente na configuração estrela e após o motor atingir
velocidade próxima a nominal, comuta-se para a configuração triângulo onde o
motor atingirá a capacidade máxima de suas configurações.
• Entre os requisitos obrigatórios para a aplicação desta partida, o motor trifásico
deve possuir no mínimo 6 terminais. Os motores onde aplicam-se este tipo de
partida já devem ser configurados pelos fabricantes que possibilitem este tipo de
configuração.
• A principal vantagem da partida Estrela Triângulo é a redução da corrente de
partida, que em algumas situações chega a aproximadamente 33% de seu valor de
partida direta. 26
PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO

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PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO

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PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO

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PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO

FECHAMENTO
EM ESTRELA

FECHAMENTO
EM TRIÂNGULO
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PARTIDA COMPENSADA (raramente utilizada na atualidade)
• Outro método que era muito utilizado e ainda mais eficaz
que as Estrelas Triângulos, eram as Partidas Compensadas -
as Chaves Compensadoras.
• Estas também utilizavam a redução de tensão, só que por
meio de um Autotransformador reduzindo os níveis (V) para
60 a 80% da tensão nominal de trabalho. Em alguns casos as
reduções de corrente de partida variavam de 42% a 64%

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PARTIDA COMPENSADA

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PARTIDA ELETRÔNICAS COMPACTAS
• O nome já diz tudo: são sistemas com design inovador, desenvolvidos
para atender a necessidade cada vez maior da indústria por espaço
físico.
• Com sua dimensão reduzida, as partidas compactas servem para a
instalação em painéis elétricos de comando de motores que requerem
um espaço mínimo. Muitas partidas, como as SIRIUS 3RM1 da
Siemens, são tão finas – possuem 22,5 mm - que cabem em qualquer
espaço.
• Elas podem ser aplicadas de modo multifuncional: estão disponíveis
na versão direta ou com reversão.
• Entre seus diversos benefícios está a facilidade da instalação, custos
de cabeamento mínimos e rápida solução de problemas. 33
PARTIDA ELETRÔNICAS COMPACTAS

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PARTIDA ELETRÔNICAS SUAVES (SOFT STARTER)
• O avanço tecnológico da eletrônica de potência proporcionou novas
soluções ao mercado que possibilitam a economia de energia elétrica
no momento da partida de um motor elétrico.
• A cada dia, surgem novas soluções com preços acessíveis a todos.
Como exemplo as partidas acionadas por Soft Starters, estes são
equipamentos que realizam partidas eletrônicas suaves em motores
elétricos trifásicos.
• Este equipamento possui em sua configuração bancos de tiristores
(SCR’s), estes são ativados por um circuito eletrônico, que controla a
tensão aplicada ao motor durante a aceleração e desaceleração do
mesmo.
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PARTIDA ELETRÔNICAS SUAVES (SOFT STARTER)
• As Soft Starters também mantém como função a proteção, caso exista algum
problema ou alguma alteração indesejada na corrente em cada fase, a soft
starter interrompe a alimentação, protegendo assim o motor. Isso garante maior
vida útil dos motores e menos gastos com manutenção.
• As chaves soft-starters podem ainda operar com a técnica chamada by-pass. Neste
caso, a soft starter parte o motor e um contator ligado em paralelo mantém a
carga durante a operação do equipamento e até mesmo permite a manobra de
outro.
• Entre os principais benefícios dos Soft Starters estão: paradas controladas sem
desgastes, sem picos de corrente e sem aumento de temperatura e
consequentemente redução na manutenção e aumento da vida útil de máquinas e
motores. Os tempos de partida podem ser pré-ajustados minimizando os erros de
operação.
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PARTIDA ELETRÔNICAS SUAVES (SOFT STARTER)

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PARTIDA ELETRÔNICAS SUAVES (SOFT STARTER)

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PARTIDA ELETRÔNICAS SUAVES (SOFT STARTER)

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PARTIDA ELETRÔNICAS COM CONTROLE DE
TORQUE E VELOCIDADE
• Os Conversores/Inversores de Frequência são equipamentos
eletrônicos que promovem a partida com controle de velocidade em
motores elétricos trifásicos.
• A variação de velocidade nas aplicações industriais é fundamental,
levando-se em conta a necessidade de otimização dos processos
industriais, como por exemplo, a adequação da velocidade de uma
linha de produção em função da demanda, o controle de vazão ou
pressão em um sistema de bombeamento, etc.
• A utilização de conversores/inversores de frequência promove, em
curto prazo, o retorno do investimento. Isso se deve a economia
decorrente da manutenção mecânica, ao aumento da produtividade e
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a redução de horas improdutivas através de manutenções periódicas.
PARTIDA ELETRÔNICAS COM CONTROLE
DE TORQUE E VELOCIDADE

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PARTIDA ELETRÔNICAS COM CONTROLE
DE TORQUE E VELOCIDADE

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COMPONENTES
• DISJUNTOR
O disjuntor atua em função dos níveis da corrente elétrica que atravessa
o sistema: quando ocorre alguma sobrecarga, o aparelho desarma e
interrompe o funcionamento de toda a rede, impedindo danos ao
próprio circuito e aos eletrônicos nele conectados.

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COMPONENTES

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COMPONENTES
• DISJUNTOR MOTOR
Estes dispositivos são disjuntores termomagnéticos adaptados, falamos
assim porque ele tem características especiais que os disjuntores
comuns não possuem. Eles são especialmente utilizados para comandos
de motores elétricos, são aplicados em motores, e sempre trifásicos. Em
muitos casos o disjuntor-motor é conectado na saída do próprio
contator de potência, basicamente eles são utilizados em partida de
motores elétricos trifásicos.

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COMPONENTES
• DISJUNTOR MOTOR
A principal característica dos disjuntores-motores acontece no
momento de sua abertura em condições anormais de corrente, ou seja,
abertura ocorre em caso de curto circuito ou sobrecarga do motor,
porque neste ponto existe uma grande quantidade de corrente fluindo
para o motor, essa é a grande diferença entre os disjuntores-motores e
disjuntores comuns, disjuntores-motores conseguem realizar a abertura
sem danificar seus componentes internos, o arco-elétrico formado no
momento da abertura do disjuntor é extinto em sua câmera de
extinção, por outro lado neste nível de corrente os disjuntores comuns
não conseguem realizar a abertura sem danificar seus contatos
internos. 46
COMPONENTES
• DISJUNTOR MOTOR

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COMPONENTES
• DPS
O Dispositivo de Proteção contra Surtos, popularmente conhecido como
DPS ou protetor de surto, tem como função principal detectar as
sobretensões transitórias em redes elétricas e fazer com que esses
distúrbios de energia sejam desviados para o aterramento do circuito.
• Os surtos de tensão ocorrem, geralmente, por alguns motivos, são
eles:
• Descargas elétricas atmosféricas
• Chaveamentos e manobras de redes elétricas
• Acionamento e desacionamento de máquinas
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COMPONENTES

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COMPONENTES
• CONTATOR
Contatores são um dos principais componentes na área de comandos
elétricos e eletromecânicos. Utilizados em acionamentos e em proteção
(em conjunto com outros acessórios e componentes) de máquinas
elétricas. Seu uso prioritariamente é em motores, pois seus contatos
permitem a comutação de correntes elevadas acionadas por simples
botões e controles remotos.

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COMPONENTES

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COMPONENTES
• simbologia de contatores
utilizados em diagramas
multifilares. A linha tracejada
representa a atuação
eletromecânica da bobina
(terminais A1 e A2) sobre os
contatos principais (terminais L e
T) e um contato auxiliar
(terminais NO).

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COMPONENTES
• O Relé térmico é um dispositivo de proteção que é responsável por
proteger os motores elétricos de possíveis anomalias. A mais comum é
o sobreaquecimento do motor elétrico. Quando o motor trava o seu
eixo ou esta trabalhando com muita carga, ele solicita mais corrente
da rede para tentar compensar o peso requerido, deste modo o motor
acaba tendo que trabalhar com especificações que não se enquadram
a ele. Assim pode haver danos em suas bobinas provocando
aquecimento e até um provável derretimento de sua isolação, ação
que é capaz de fechar um possível curto circuito interno.

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COMPONENTES

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COMPONENTES

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COMPONENTES
• Outras funções de um relé térmico são:
• Este dispositivo consegue sinalizar através da inserção de sinaleiros e alarmes
ou até mesmo disponibilizar um sinal para o desarmamento de um disjuntor.
A quantidade de corrente que um relé térmico suporta pode ser ajustada no
próprio equipamento através de um disco que é ajustado manualmente.
Possui um botão de teste, para identificar se o componente irá funcionar em
caso de alguma anomalia.
• Ele possui três contatos que são conectados nas saídas de um contator, e
possuem também contatos auxiliares 1 NF (95,96) e 1 NA (97,98). Nos
diagramas de comandos elétricos o relé térmico possui as seguintes
simbologias.

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COMPONENTES

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COMPONENTES
• BOTOEIRAS:
• Os botões, botoeiras e chaves seletoras fazem parte da interface do
usuário com os acionamentos e funções de uma máquina ou
equipamento elétrico. Em comandos elétricos, as botoeiras têm como
função estabelecer ou interromper a passagem de corrente elétrica
em linhas de um circuito de comando, a partir de um acionamento
manual, local ou à distância.
• SINALEIROS:
• São sinaleiros luminosos que indicam o status da operação.

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COMPONENTES

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COMPONENTES

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SISTEMAS DE CONTROLE
• Sistemas de Controle em Malha Aberta: Sistemas em que a variável a
ser controlada (saída) não interfere na ação de controle (entrada).

• Problemas dos sistemas em malha aberta: A saída é sensível a


fenômenos indesejáveis que podem atuar sobre o processo
(perturbações, variações nos parâmetros).

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SISTEMAS DE CONTROLE
• Sistemas de Controle em Malha Fechada: Sistemas em que a variável
de controle (entrada) depende direta ou indiretamente da variável a
ser controlada (saída).

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SISTEMAS DE CONTROLE
• Vantagens:
• – Possíveis distorções na variável controlada provocadas por
perturbações são automaticamente corrigidas;
• – Menor sensibilidade a variações nos parâmetros do sistema;
• – Melhor precisão em regime permanente.

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SISTEMAS DE CONTROLE
• Desvantagens:
• – Sendo mais complexos, têm custo superior aos sistemas em malha
aberta;
• – Apresentam maior tendência à oscilação e instabilidade.

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SISTEMAS DE CONTROLE
• Exemplo de sistema em malha fechada:
• Servomotor para posicionamento de antena

Neste sistema é escolhido um ângulo através do potenciômetro de referência. O motor começa a girar e o
ângulo de giro é comparado com o ângulo escolhido. Quando os dois ângulos forem iguais o movimento cessa. 65
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