Na filosofia clássica o homem foi estudado a partir da perspectiva cosmocêntrica, na filosofia cristã pelo ponto de vista teocêntrico, e na filosofia moderna pela perspectiva antropocêntrica. A visão cosmocêntrica possui o cosmo como centro e o homem tem importância relativa, a preocupação é com a origem e funcionamento da natureza, do cosmo e de Deus. É nessa fase que se atribuem os mitos que começaram no intuito de explicar essas questões filosóficas. Platão, Aristóteles e Platino são os principais pensadores dessa fase. Para platão o homem é composto de corpo e alma que vivem em constante oposição, o corpo sendo uma prisão para a alma. Ele acredita que a alma habitou o mundo das ideias – o mundo que ele acredita ser o mundo real – e deseja voltar para lá invés de viver no mundo material como o corpo. Aristóteles pelo contrário, acredita que corpo só é corpo se preenchido pela alma, e a alma só é alma se der forma ao corpo. Os dois estão unidos formando uma só realidade. A visão teocêntrica é característica do período medieval e tem Deus como centro do mundo, com o avanço do cristianismo a vida humana passa a ser baseada nas relações entre Deus e a humanidade e não mais na natureza. É também uma fase de negação dos pensamentos científicos e da filosofia racional, onde o poder da religião é total e absoluto. Já na visão antropocêntrica, o homem é o ponto de partida da onde se origina a pesquisa filosófica, e é dele que os pensadores modernos começam suas buscas. Nesse período os humanos são considerados superiores e se sustenta a ideia de que outras espécies são apenas recursos para benefício da humanidade.