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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Departamento de Ciências Sociais e Humanas


Curso de Licenciatura em Administração Pública

Tipos Especiais de Funções

Doroteia Alice Nataniel Chissano – 31220683


Xai ˗ Xai, Maio de 2022
UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Departamento de Ciências Sociais e Humanas


Curso de Licenciatura em Administração Pública

Tipos Especiais de Funções

Trabalho de campo a ser submetido na


coordenação do Curso de Licenciatura
em Administração Publica da Unisced
Tutor: Prof. Doutor Alexandre Tocoloa

Doroteia Alice Nataniel Chissano – 31220683

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Xai˗Xai, Maio de 2022

Índice
1. Introdução.................................................................................................................................1

1.1. Objectivos..............................................................................................................................1

1.1.1. Geral...................................................................................................................................1

1.1.2. Específicos.........................................................................................................................1

1.2. Metodologia...........................................................................................................................1

2. Tipos Especiais de Funções......................................................................................................2

2.1. Função polinomial.................................................................................................................2

2.1.1. Gráficos de Polinômios......................................................................................................2

2.1.2. Raiz de uma Função Polinomial........................................................................................4

2.2. As Funções Trigonométricas Seno e Cosseno.......................................................................5

2.2.1. Função tangente.................................................................................................................6

2.2.2. Função Cotangente............................................................................................................6

2.3. Regiões no plano cartesiano..................................................................................................7

2.4. Funções como Modelos Matemáticos.................................................................................11

3. Considerações Finais...............................................................................................................12

4. Referencias Bibliográficas......................................................................................................13

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1. Introdução

O presente trabalho versa sobre tipos especiais de funções. As primeiras definições para a
construção do conceito de funções, que são utilizadas até hoje, surgiram através dos trabalhos de
Isaac Newton (1642-1727) e Gott Fried Wilhelm Leibniz (1646-1716).

Algum tempo depois, Jean Bernoulli (1667-1748) adota a nomenclatura de Leibniz para a função
de x . Mais tarde, ele fez a distinção entre a função e o valor desta e a considerou como uma
expressão formada de uma variável e algumas constantes. Essa foi, portanto, a primeira definição
de função (Boyer & Merzbach, 1996). Leonard Euler (1707-1783), aluno de Bernoulli, expandiu
muito o desenvolvimento do conceito de função. Os seus estudos trouxeram muitas contribuições
para a linguagem simbólica e notações das funções, que são utilizadas até hoje, e criou a notação
f ( x), que actualmente é de utilização universal para expressar a lei de uma função. Além disso,
ele também definiu as funções no sentido analítico (Roque & Pitombeira, 2012).

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Analisar os tipos especiais de funções.

1.1.2. Específicos

 Construir gráficos de função Polinomial;


 Identificar função trigonométrica;
 Identificar regiões do Sistema Cartesiano Ortogonal.

1.2. Metodologia

Para a realização do presente trabalho recorreu – se à pesquisa bibliográfica.

Segundo Marconi e Lakatos (1992), pesquisa bibliográfica é levantamento de toda a bibliografia


já publicada em forma de livros, periódicos, teses, anais de congresso, etc, que servirão de base
para a construção da investigação proposta a partir de um determinado tema.

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2. Tipos Especiais de Funções

2.1. Função polinomial

De acordo com Lima et al. (2001, p. 161): f : R → R é uma função polinomial quando existem
números a 0 , a 1 … a ntais que, para todo x ∈ R, tem-se f ( x )=an x n + an−1 x n−1 …+a1 x+ a0.

a) Se a n ≠ 0, diremos que a função polinomial é de grau n . Onde:


b) a n , an−1 … , a1 , a0 são números reais, chamados coeficientes do polinômio;
c) a n x n , an−1 x n−1 , … ,a 1 x , a 0 são os termos;
d) a 0 é o termo independente de x
e) x é um símbolo (chamado indeterminada), sendo x i=x . x … … x(i factores)

O polinômio f ( x )é o mesmo que a lista ordenada de seus coeficientes: f ( x )=(a ¿ ¿ 0 ,a 1 … a n) ¿

Quando os coeficientes(a ¿ ¿ 0 , a1 … an)¿, são números reais, cada polinômio determina uma
função polinomial. Assim, nesse caso, não há necessidade de fazer distinção entre polinômios e
funções polinomiais (Bortolossi, 2011).

Exemplo: Exemplos de funções polinomiais:

f ( x)=−2 x +2, função polinomial de grau 1;

f ( x)= x2 +3 x−4, função polinomial de grau 2

f (x)=−x3 +5 x 2−2 x+1 , função polinomial de grau 3;

f ( x )=−8, função polinomial de grau 0, pois f ( x)=−8=−8 x0 .

2.1.1. Gráficos de Polinômios

De acordo com Munem e Foulies (1982, p. 21), “o gráfico de uma função f é o conjunto de todos
os pontos ( x , y ) no plano xy tal que x pertence ao domínio de f e y a imagem de f ,e y=f ¿ )”.

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As funções polinomiais não nulas de grau zero, da forma f ( x )=a 0, são chamadas de função
constante, pois seu gráfico é uma reta paralela ao eixo das abcissas (eixo x ) que corta o eixo y no
ponto de coordenada (0 , a0 ).

Figura1 – Função: f ( x)=1

As funções polinomiais da forma f ( x)=a1 x + a0, onde a 1 ≠ 0 , são chamadas de função afim, pois
são funções polinomiais de grau 1. O seu gráfico é uma reta com coeficiente angular igual a a 1 e
corta o eixo y em a 0. Os gráficos das funções de grau 1 são retas. No caso de a 1> 0, a recta é
crescente; e se a 1< 0, a reta será decrescente.

Os coeficientes angulares das funções polinomiais de grau 1:

a) f ( x)= x+1 é a1=1>0

b) f (x)=−x−2 é a1 =−1< 0

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O gráfico do item a) é uma reta crescente e o gráfico do item b), uma reta decrescente.

As funções polinomiais de grau 2 são da forma f (x)=a2 x 2 +a 1 x +a0 , onde a 2 ≠ 0. O seu gráfico é
uma parábola, que corta o eixo y em a 0 e tem concavidade voltada para cima sea 2> 0 , conforme
mostra o gráfico da figura a), e concavidade voltada para baixo se a 2< 0, conforme mostra o
gráfico da figura b.

Função polinomial de grau 2: a) f (x)= x2−2 x +1 b¿ f ( x )=−2 x 2+ x−2.

2.1.2. Raiz de uma Função Polinomial

Se f (a)=0 , então a é chamado raiz ou zero da função f ( x), então f ( x )=( x−a ) q( x )(2.3) para
todo x ∈ R . Logo, a é raiz de f se, e somente se, f ( x)é divisível por (x−a) . Uma função
polinomial de grau n possui no máximo n raízes. Se α 1 , ... , α k são raízes de f se, e somente se
, ∀ x ∈ R vale: f (x)=( x−α 1)( x−α 2) ...( x−α k )q (x) , (2.4) onde q é uma função polinomial de
grau n − k, se f tem grau n. Exemplo 2.3. A função polinomial f ( x)= x 4−7 x 3+9 x 2+7 x−10
pode ser escrita da forma f ( x )=( x+1)( x−1)(x−2)( x−5), de onde segue que
f (−1)=f (1)=f (2)=f (5)=0. Consequentemente, os zeros de f são −1, 1, 2, 5.

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2.2. As Funções Trigonométricas Seno e Cosseno

Segundo (Lages, 2017), as funções cos (t) :R → R e sen(t ): R → R , chamadas função cosseno e
função seno respectivamente, são definidas pondo-se, para cada t ∈ R a relação descrita na
Equação E(t )=(cos t , sen t).

Em outras palavras, x=cos (t ) e y=sen(t) são respectivamente a abscissa e a ordenada do ponto


E(t ) da circunferência unitária. Segue-se imediatamente desta definição que vale, para todo 𝑡 ∈
R, a relação fundamental descrita na Equação cos 2 t+ sen 2 t=1.

O cosseno é uma função par e seno é uma função ímpar. De modo análogo, as outras quatro
relações estabelecidas mostram que, para todo 𝑡 ∈ R, valem:

cos ( t + π )=−cos ( t ) , sen ( t + π )=−sen ( t ) ,

π π
cos (t+ )=−sen t , sen t+ =cos t ,
2 2

π π
cos ( −t )=sen t , sen( −t)=cos t
2 2

cos (π−t)=−cos (t), sen( π −t)=sen ( t )

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2.2.1. Função tangente

senx
A função tangente dada pela expressão tg (x )= , tem como domínio o conjunto dos números
cosx
π (2 k +1)π π
reais que não são múltiplos ímpares de , pois cos ( x)=0 se, e somente se, x= =k +
2 2 2
onde k ∈ Z (Lages, 2017). Assim, o domínio da função x → tg (x) é formado pela reunião dos
−π π
intervalos abertos ( e ), para todo k ∈ Z . Tem-se ainda, segundo (Lages, 2017), que em cada
2 2
−π π
um desses intervalos (por exemplo,) ( e ), a função tangente é crescente e, na realidade,
2 2
x → tg(x) é uma correspondência biunívoca entre um intervalo aberto de comprimento 𝜋 e a reta
inteira R.

2.2.2. Função Cotangente

A função co-tangente é periódica, já que:cotg( x + π )=cotg x em que o período da função é t=π ;

b) O domínio da função é R/{k π , k ϵZ },e o contradomínio da função é todo o conjunto R ;

c) Esta função não tem quaisquer extremos;

d) A função é contínua em todo o seu domínio;

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e) É uma função decrescente em todos os pontos do domínio;

f) A função é ímpar, pois: cotg(−x )=−cotg x e o gráfico é simétrico em relação à origem (0,0).

2.3. Regiões no plano cartesiano

Consideremos a reta r : ax +by =c e a reta s que passa pelos pontos (0, 0) e (a, b). Então s : bx −
ay = 0, pois (0, 0) e (a, b) satisfazem a equação de s.

Afirmativa 1: As retas r e s são perpendiculares. De facto, a · b + b · (−a) = 0.

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Afirmativa 2: Por cada ponto (x 0 , y 0) do plano passa uma única reta r 0 paralela à reta r (veja a
figura 5). Para verificar essa afirmativa, basta tomar r 0 : ax +by =c , onde c=ax 0+ by 0.

Afirmativa 3: O plano π é união de retas paralelas a uma reta dada.

Afirmativa 4: Consideremos as retas paralelas r1 : ax +by =c 1 e r2 : ax +by =c 2, e os pontos P1 e


P2, tais que {P 1 }=r 1∩ s e { P2 }=r 2 ∩s , onde s : bx−ay=0.

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De fato, basta analisar a situação nos quatro casos seguintes: Caso 1. b = 0. Caso 2. a = 0. Caso 3.
a > 0 e b 6= 0. Caso 4. a < 0 e b 6= 0.

Exemplo 4 Faça um esboço detalhado da região R do plano cujos pontos tem coordenadas
satisfazendo simultaneamente as desigualdades do sistema abaixo:

{x+y ≤y2≥x1
Solução.

A região R procurada é a interseção das regiões R1 e R2 dadas por:


R 1={( x , y )∨2 x− y ≥0 }e R 2=¿ {(x , y )∨x + y ≥ 1 } .

(a) Determinando a região R1 Considere a reta r 1:2 x – y=0. O ponto (a, b) = (2, −1)
pertence à reta s1 perpendicular a r1 que passa pela origem e o número c=2 x− y aumenta
conforme se avança ao longo da reta s1 seguindo o sentido da origem para o ponto (a, b)
= (2, −1). Portanto, a região R1 é o semi-plano determinado por r1 que fica abaixo de r1,
como vemos na figura ao lado, incluindo a própria reta r1.

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(b) (b) Determinando a região R2 Para determinar a região R2, consideremos agora a reta r2 :
x + y=1.

Neste caso, a=1>0 e b=1>0. O ponto (a, b) = (1, 1) pertence à reta s2 perpendicular a r que
passa pela origem e, como no item anterior, o número c = x + y aumenta conforme se avança
ao longo da reta s2 seguindo o sentido da origem para o ponto (a, b). Assim, as coordenadas
de um ponto pertencente a uma reta x + y=c satisfazem a desigualdade x + y ≥ 1 se, e somente
se, a reta está contida na região sombreada indicada na figura ao lado.

(c) Determinando a região R

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Finalmente, a região R procurada é a interseção das regiões R1 e R2, formada pelos pontos do
plano que pertencem ao semi-plano abaixo da reta r1 e ao semi-plano acima da reta r2,
simultaneamente. Esboçamos a região R na figura acima

2.4. Funções como Modelos Matemáticos

Muitos problemas de matemáticas envolvem conjuntos de pares ordenados de números reais. Por
exemplo, a representação da demanda por um dado artigo envolve pares de números que
especificam a quantidade demandada e o preço correspondente.

Nesta seção usaremos o conceito de função para modelar esse tipo de problema. Sejam x e y duas
variáveis. Dizemos que y é diretamente proporcional a x se y=kx e inversamente proporcional a
k
x se y= , onde k é uma constante não-nula. A constante k é chamada de constante de
x
proporcionalidade.

Exemplo: O peso aproximado do cérebro de uma pessoa é diretamente proporcional ao seu peso
corporal, e uma pessoa com 68 kg tem um cérebro com um peso aproximado de 1, 8 kg.

1. Expressar o número de quilos do peso aproximado do cérebro de uma pessoa como


função do seu peso corporal. 2. Determinar o peso aproximado do cérebro de uma pessoa,

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cujo peso corporal é 80 kg. Solução. 1. Sejam x o peso corporal de uma pessoa e y=f ( x )
o peso aproximado do seu cérebro. Então y=kx . Como x = 68 e y = 1, 8 temos que
1,8 9 9
1 , 8=k 68 ⇒ k= = ≈ 0,025 Logo, f ( x)= x
68 340 340
9
2. Quando x=80 , obtemos f (80)= 80=2,1
340

Portanto, o peso aproximado do cérebro de uma pessoa que pesa 80 kg é 2, 1 kg.

3. Considerações Finais

As funções polinomiais podem ser do 1º , 2º, ou 3º graus. o gráfico de uma função f é o conjunto
de todos os pontos ( x , y ) no plano xy tal que x pertence ao domínio de f e y a imagem de
f ,e y=f ¿ )”.

As funções polinomiais não nulas de grau zero, da forma f ( x )=a 0, são chamadas de função
constante, pois seu gráfico é uma reta paralela ao eixo das abcissas (eixo x ) que corta o eixo y no
ponto de coordenada (0 , a0 ).

Em matemática, as funções trigonométricas são funções angulares, importantes no estudo dos


triângulos e na modelação de fenómenos periódicos. Podem ser definidas como razões entre dois
lados de um triângulo rectângulo em função de um ângulo, ou, de forma mais geral, como razões
de coordenadas de pontos no círculo unitário.

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As coordenadas cartesianas são representadas pelos pares ordenados ( x ; y) . Em razão dessa
ordem, devemos localizar o ponto observando primeiramente o eixo x e posteriormente o eixo y.
Qualquer ponto que não se encontrar sobre os eixos, estará localizado em cada uma das quatro
regiões ou quadrantes.

Muitos problemas de matemáticas envolvem conjuntos de pares ordenados de números reais. Por
exemplo, a representação da demanda por um dado artigo envolve pares de números que
especificam a quantidade demandada e o preço correspondente.

4. Referencias Bibliográficas

Bortolossi, H. J. (2011). Função Polinomial. Acessado em 26/04/2022 às 20h. Disponível em.


Citado na página 29.

Boyer, C. B. (1989). História Da Matemática. São Paulo: Edgard BlüCher.

Lima, E. L. et al. (2001). A Matemática do Ensino Médio. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira da
Matemática.

Munem, M. A. (1982). Cálculo. Rio de Janeiro: LTC- Livros Técnicos e Científicos S.A.

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