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ANÚNCIO DA PAIXÃO:

Lc 18,31-43; Is 53 (profecia)

PAIXÃO: Latim Passio = sofrimento, padecimento

O Senhor experimentou a nossa morte, para que tivéssemos a Sua vida (eterna)

SUBIDA DO SENHOR A JERUSALÉM

Lc 9,51-56

Lc 19,28-42

JERUSALÉM = Yerushaláyim = CIDADES DE PAZES (Jesualém terrena e Jerusalém Celeste)

Is 9,5

Jo 1,11-13

ÚLTIMA CEIA

Jesus Cristo reuniu-se com os Apóstolos na Quinta-Feira Santa para celebrar a Última Ceia.
Seria, ali, um dos últimos momentos que teria com os Apóstolos antes de Sua Paixão. Era um
momento de, podemos assim dizer, "últimas instruções" antes de morrer, pois sabia que
chegara a Sua hora. Com isso, Ele evitaria o uso de qualquer palavra ou frase que gerasse
dúvida na mente dos Apóstolos, bem como na cabeça da geração de todos os cristãos da
história, que ali teve Ele em mente. Portanto, evitaria Jesus o uso de metáforas e outras figuras
de linguagem em momento tão importante e decisivo (afinal, o ser humano costuma servir-se
de linguagem objetiva sempre que está em uma situação de emergência ou perigo).

a) Instituição da Eucaristia em Mateus (c. 26):

V. 26: Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e, tendo-o abençoado, partiu-o e, distribuindo-
o aos discípulos, disse: "Tomai e comei, isto é o meu corpo".

V. 27: Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-lho dizendo: "Bebei dele todos,

V. 28: pois isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado por muitos para
remissão dos pecados.

b) Instituição da Eucaristia em Marcos (c. 14):

V. 22: Enquanto comiam, Ele tomou um pão, abençoou, partiu-o e distribuiu-lhes, dizendo:
―Tomai, isto é o meu corpo.
V. 23: Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-lhes e todos dele beberam.

V. 24: E disse-lhes:‖Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado em favor de


muitos.

c) Instituição da Eucaristia em Lucas (c. 22):

V. 19: E tomou um pão, deu graças, partiu e distribuiu-o a eles, dizendo. "Isto é o meu corpo
que é dado por vós. Fazei isto em minha memória".

V. 20: E, depois de comer, fez o mesmo com o cálice, dizendo: "Este cálice é a Nova Aliança em
meu sangue, que é derramado em favor de vós.

Em todos os três textos apresentados, vemos Jesus afirmando ser, o pão que tomou em Suas
mãos, o Seu Corpo, e o vinho que tomou em Suas mãos, o Seu Sangue: "Isto é", não "isto
simboliza". É bem verdade que há passagens no Novo Testamento que o verbo "ser" tem o
sentido de "significar" (cf. Jo 14,6; Jo 15,1; 1Cor 10,4). No contexto da Última Ceia, porém,
falta indício de simbolismo. Logo, seria contrário aos princípios básicos da interpretação
literária tirar o sentido literal, real, do verbo "ser" nos relatos da Instituição da Eucaristia na
Última Ceia. E mais: Na consagração do vinho, faz-se eco às palavras pronunciadas outrora por
Moisés em Ex 24,8: "Este é o sangue da Aliança...". O autor de Ex 24,8 tinha diante dos olhos o
sangue de uma vítima real que selava a Aliança do Sinai. Podemos concluir com isso que Jesus,
na Última Ceia, tinha diante de Si o verdadeiro sangue, Seu próprio sangue.

Em 1Cor 10,4 o Apóstolo exprime sua vontade de recorrer a uma metáfora, mas é bem
diferente do contexto da Última Ceia, visto os motivos já apresentados. Portanto, quando
Paulo relata a instituição da Eucaristia, de fato quer dizer que Jesus disse ser o Pão e o Vinho
que tomou em Suas mãos verdadeiramente Seu Corpo e Seu Sangue. E mais: No versículo 27
lemos: "Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente
será culpável do corpo e do sangue do Senhor". Torna-se culpado aquele que comer e beber
do Corpo e Sangue do Senhor de forma indigna. Portanto, não é um mero teatro ou simulação,
mas realidade a presença de Jesus na Eucaristia, pois devido a tal presença devemos ter
verdadeiramente respeito e adoração. Vale a pena ainda destacar que o verbo utilizado, tanto
pelos Evangelistas, como por São Paulo, é o grego ―esti, ou seja, ―é, e não ―semanei,
"significa".

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