PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte

Gabinete do Desembargador Gilson Barbosa – Juiz Convocado Ricardo Tinoco

Habeas Corpus n. 0803643-95.2023.8.20.0000

Impetrante: Dr. Rivaldo Dantas de Farias – OAB/RN n. 7.374

Pacientes: Givagno Patrese da Silva Bezerra e Erico Juliano Dantas Silva

Aut. Coatora: Juízo de Direito da 2ª Vara da Comarca de Macau

Relator: Juiz Convocado Ricardo Tinoco

DESPACHO

Trata-se de habeas corpus com pedido liminar, impetrado pelo advogado acima
identificado para revogar as medidas cautelares diversas da prisão impostas nos autos do habeas corpus n.
0800309-86.2022.8.20.5400, quais sejam: i) impedimento de frequentar a Câmara Municipal de Macau/RN e
dependências; ii) proibição de contato com outros réus e testemunhas; iii) proibição de contratar com o poder
público; iv) afastamento da função pública pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias; e v) imposição de
monitoramento eletrônico.
Junta aos autos decisão de ID 18881964, p. 2-4, proferida pela autoridade
coatora.

Analisando a decisão, observa-se que a autoridade coatora informa que o pedido

de revogação de medida cautelar foi realizado pela defesa, “na qual (...) afirma que (os réus) se encontram
prejudicados com a manutenção do monitoramento eletrônico”. Ao final, indefere o pedido defensivo e
mantém o uso do monitoramento e demais medidas cautelares.
Tendo em vista que, no relatório, a autoridade coatora informa que o pedido
defensivo se limitou a requerer a revogação do uso de monitoramento eletrônico, faz-se necessária a juntada
de informações acerca do requerimento, ou não, da revogação das demais medidas cautelares pela defesa.
Observando-se, também, que ainda não decorreu o prazo de 180 (cento e
oitenta) dias da medida cautelar de afastamento da função pública, faz-se necessária manifestação do juízo de

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primeiro grau acerca do cumprimento escorreito desta e das demais medidas cautelares, como forma de
avaliar a possibilidade de revogação das medidas cautelares no presente momento.
Diante disso, expeça-se ofício à autoridade coatora a fim de que preste
informações, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, acerca do cumprimento na íntegra das medidas
cautelares impostas, bem como se houve irresignação específica da defesa, em primeiro grau, quanto à
revogação das demais medidas cautelares, e não só contra a manutenção do monitoramento eletrônico.
Em seguida, retornem os autos conclusos para análise do pleito liminar.

Cumpra-se.
Natal, 3 de abril de 2023.

Juiz Convocado Ricardo Tinoco

Relator

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