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Sacerdotes
Jaspio Alencar de Souza
Adeliane Tomaz da Silva
Kayro Fernando Souza
Welliton Barbosa de Medeiros
ORIXAS CULTUADOS NA CASA DE UMBANDA VÓ NANÃ
AS LINHAS DA UMBANDA;
Preto velho, Caboclo, Erê, exu (Exu, Pombo Gira, Exu Mirim e
Malandro), Baiano, Boiadeiro, Marinheiro e Cigano.
Os próprios guias em seus médiuns em desenvolvimento se apresentam para a
casa. Sendo já batizado em outra casa não será necessário novo batismo,
apenas uma renovação das águas sendo feita pelo sacerdote.
Sendo o médium vindo de outra casa, no caso médium de incorporação
os guias do mesmo serão consultados pelos sacerdotes (Pai maior, Pai
pequeno, Mãe pequena e Pai ogã) se aceitam seguir as doutrinas da Casa de
Umbanda Vovó Nanã. As consultas aos guias serão realizadas conforme
orientação dos sacerdotes.
BATISMO
Sobre o ritual do batismo será realizado pelo Pai Maior da casa. Sobre
as ervas do batismo serão utilizas as do banho de Amaci, feito pela Ekedi com
uma erva de cada Orixá, utensílios que devem ser providenciados: banha de
Orí, pemba branca, ojá, toalha branca, vela de batismo, quartinha de louça
branca na falta da quartinha de louça pode ser a de barro, porém terá que ser
vernizada, jarra e bacia batismal. A quartinha do batismo será individual e
deverá ser renovada a água semanalmente toda sexta-feira, caso os filhos não
possa estar presente na sexta-feira a troca de água será feita pela Ekedi. Na
ausência da Ekedi poderá ser feita pelo padrinho/madrinha. Excepcionalmente
a troca de água poderá ser feita pelos sacerdotes. Sobre o horário da troca de
água das quartinhas esta deverá ser feita até as 18:00 horas. As quartinhas
ficarão na casa dos seus respectivos Orixás regentes. Durante a troca da água
das quartinhas os filhos deveram entrar em concentração com o seu Orixá,
através de cantos e orações devendo de forma alguma desviar sua atenção no
momento e finalizar a troca de água com o paó.
Obrigatórios. Caberá aos filhos o bom senso do uso. Se caso esquecer algum
desses itens permanecer na assistência.
MASCULINO:
Calça oxford branco fosco com detalhe lilás padrão na barra. Camiseta
branca/com a logo da casa. Lenço branco com detalhe padrão branco. Pano de
costa branco amarrado na cintura, ou no pescoço.
FEMININO:
Calça e saia oxford branco fosco com detalhe lilás padrão na barra. Camiseta
branca/com a logo da casa. Ojá branco com detalhe padrão branco. Pano de
costa branco com detalhe padrão branco.
(Obs: O uso de jóias e afins não poderão ser utilizados nos trabalhos
mediúnicos e os filhos que já trabalham no atendimento mediúnico (passe e
consulta) poderão usar paramentas dos guias, porém deverão ser autorizadas
pelos sacerdotes da casa).
ROUPA PARA AS FUNÇÕES
Calça oxford branco fosco com detalhe lilás padrão na barra. Camiseta
branca/com a logo da casa. Eketé branco com detalhe padrão branco. Pano de
costa branco amarrado na cintura, ou no pescoço.
Calça e saia oxford branco fosco com detalhe da cor do orixá de frente.
Camiseta branca/com a logo da casa. Ojá branco com detalhe da cor do orixá
de frente. Pano de costa branco com detalhe da cor do orixá de frente.
RITO LITURGICO
BANHOS
Primeira semana serão utilizadas as ervas dos pretos-velhos, mínimo de 3
ervas.
Segunda semana serão utilizadas as ervas dos caboclos, mínimo de 3 ervas.
Terceira semana serão utilizadas as ervas dos exus, mínimo de 3 ervas.
Quarta semana serão utilizadas as 7 ervas.
Nas giras de desenvolvimento será utilizado as 7 ervas ou amací.
Observação os banhos de ervas são de responsabilidade da mãe pequena e
da Ekedi, e incluindo a opção de utilização de essências industrializadas. Os
preparativos dos banhos devem ser iniciados as 18:00 horas e estando pronto
o banho a Mãe Pequena ou a Ekedi irá informar que todos já podem tomar
banho.
RITUAL DE PRECE
Todos devem acender as velas de cor branca no cruzeiro das almas, a primeira
vela fica de responsabilidade do Pai Ogã acender ou os sacerdotes.
Os banhos das giras serão do pescoço para baixo e em sentido circulares, já
os banhos de desenvolvimentos é da cabeça aos pés e em sentido cruzado, ou
seja, em formato de cruz.
Abertura dos trabalhos: Saudação ao sagrado (solo em pé, altar de joelhos e
atabaque de pé), as 19:00 horas, será iniciado os pontos para a concentração
dos trabalhos, o ponto será o hino dos Orixás, hino da Umbanda e saudação a
Nanã seguindo do ponto de Nanã.
Cargos
Ogãs
Ogã Alabe: exerce o cargo de ogã alabe o sacerdote Pai Ogã Welliton, sendo
este o responsável pela formação e doutrinação dos ogãs. O mesmo não é
médium de incorporação.
Ogã Pejigã: é o responsável pela manutenção, orientação e preservação dos
instrumentos sagrados, sendo esses, instrumentos musicais sob orientação do
Pai Ogã Welliton, velas (estoque, firmeza de Nanã, Oxóssi e Tempo),
assentamentos dos Orixás (sob orientação do Pai Pequeno Kayro).
Ogã Mão de Ofã: é o responsável pela plantação, colheita e manutenção das
ervas sagradas, sob orientação da Mãe Pequena Adeliane.
Ogã de Curimba: é o responsável pela organização dos pontos cantados,
anotações dos pontos orientados pelos guias, sob orientação do Pai Ogã
Welliton.
Ekedi:
Funções
Cambone: médiuns que são designados pelos Sacerdotes ou Guias, para
exercer a função de anotar as orientações dos guias durante as consultas,
sendo também responsáveis pelo auxílio nos trabalhos desenvolvidos pelos
Guias, entre esses, servir os instrumentos de trabalhos solicitados (marafo,
tabaco, velas e afins), durante as giras, sob orientação da Ekedi.
Ervas Sagradas
Dificilmente encontraremos uma religião que não tenha algum tipo de ritual
envolvendo o uso de ervas – desde uma defumação com incenso durante a
missa aos Amacis da Umbanda, além disso, é inevitável que, ao falar sobre
uso ritualístico de ervas, sejamos remetidos imediatamente ao universo místico
das benzedeiras e das bruxas.
Importante componente em tratamentos espirituais na Umbanda, os banhos de
ervas já eram usados pelos povos antigos para as mais variadas finalidades,
mas especialmente com dois objetivos principais:
Eliminar vibrações negativas: banhos de descarrego.
Adquirir vibrações positivas: banhos de energização.
Banhos de descarrego
O banho de descarrego serve para limpar o campo magnético e eliminar larvas
astrais que se fixam magneticamente na aura fazendo, assim, uma limpeza
total das baixas vibrações.
Um banho de descarrego não deve ser jogado brutalmente pelo corpo e sim
suavemente, com o pensamento voltado ao Sagrado.
Após um Banho de Descarrego é aconselhável que se tome algum Banho de
Energização, a menos que tenha orientação diferente de algum Guia ou dos
Sacerdotes.
Ervas de descarrego em geral: alecrim, aroeira, arruda, folha de fumo, guiné,
levante, palha de alho, pinhão roxo, alfavaca, sabugueiro, coentro, folha de
café, folha de limão.
Importante tomar cuidado com essas ervas pois elas são fortes e servem para
descarrego. Dessa forma, podem causar reações alérgicas.
Banhos de energização
São recomendados para ativar e aproximar as forças dos Orixás, Protetores de
Cabeça e do Anjo da Guarda.
Seus principais efeitos são ativar e revitalizar as funções psíquicas, para uma
melhor incorporação, melhorar a sintonia com as entidades.
Este banho reativa os centros energéticos e refaz o teor positivo da aura. É um
banho que devemos usar quando vamos trabalhar normalmente nas sessões.
Também, podemos usá-lo regularmente, independente de trabalharmos ou não
como médiuns.
Ervas para energização: rosas em geral, alfazema, erva cidreira, jasmim,
colônia, camomila, folhas de mangueira, folhas de abacateiro, folhas de romã,
canela, folhas de cajá, folhas do bambu.
O PADÊ
Dentro dos rituais sagrados de Exú, não pode faltar de forma alguma
seu padê, espécie de farofa crua ou torrada, na qual é adicionada a farinha de
mandioca, e vários elementos, dependendo da necessidade de cada trabalho.
Os mais utilizados de forma geral, são: o padê de água, de dendê, de cachaça,
mel entre outros. Sendo que esses são muito utilizados quando se realiza
alguns trabalhos. O padê simboliza presentear a Exú para que ele nos ajude
em determinados assuntos nos quais necessitamos. Trata-se de uma comida
preferida por todos os Exus e sua aplicabilidade remonta das senzalas que
existiam no Brasil.
É público que na África não existia esse tipo de alimento, farinha de
mandioca, uma vez que esse foi criado pelos índios brasileiros, mas, os antigos
sacerdotes, que eram escravos, introduziram esse presente ao culto de Exú e
desde essa época, é comum dar de presente para Exú seu padê.
1
Entende-se Emissário como doutrina da casa Energia pura do Orixá em terra, também nomeado como
mensageiro ou falangeiro.
A importância do uso da farinha na confecção dos Padês: representa o
elemento terra, são utilizadas quando necessitamos de energias ligadas a
terra. Representa a força de Exú.
Variações de padês:
Padê de Carvão: Utilizado para descarrego de ambientes, pessoas e
presenças de espíritos negativos.
Ingredientes:
Dois pedaços de carvão;
½ kg de farinha de mandioca;
1 vela (branca).
1 recipiente exclusivo (prato, alguidar).
Modo de preparo: Amassar bem o carvão, até virar pó. Misturar com a farinha
e colocar no alguidar, manipulando com a mão. Colocar a vela ao lado do
padê.
Padê de mel: Serve para se adoçar, para fazer com que Exú nos traga, por
exemplo, o livramento de uma perseguição, para que uma pessoa que é nosso
inimigo se transforme em nosso amigo, para ajudar em questões amorosas
entre tantas outras utilidades.
Ingredientes:
Mel
½ kg de farinha de mandioca;
1 vela (branca).
1 recipiente exclusivo (prato; alguidar).
Modo de preparo: Misturar a farinha de mandioca com mel, o suficiente para
formar uma massa do tipo farofa. Manipular com a mão. Colocar mel aos
poucos. Colocar a vela ao lado do padê.
Padê de cachaça: Serve para purificar, limpar, por ser uma bebida servida a
Exu faz com que o Exú trabalhe purificando aquele solo sagrado ou oferenda
ofertada, traz consigo como principal elemento de atuação a purificação.
Ingredientes:
Cachaça;
½ kg de farinha de mandioca;
1 vela (branca).
1 recipiente exclusivo (prato; alguidar).
Que Exú abra seus caminhos e lhe traga muita paz e tranquilidade.
TRONQUEIRA/PORTEIRA
O que usar de elemento?
Utensílio Quantidade
Tronqueira 1 de metal
Alguidar 1 Pequeno
Quartinha Porcelana/Barro envernizado.
Vela 1
Copo/Taça 1 virgem
Imagem Conforme orientação (Opcional)
Tridente 1
Terra 4 partes
Agulhas 3
Pregos 3
Pedra/Otá 1
Linhas Preta e Vermelha
Tesoura de metal 1 pequena
Carvão vegetal 2 pedaços
Osso de animal 1 pequeno
Tridente Exu/Pombo Gira
Padê 1 conforme orientação
Pólvora 1
COMO MONTAR
1º. Tomar banho de descarrego (Do pescoço para baixo), colocar roupa de
função. Acender a vela branca e colocar água no copo para iniciar as firmezas.
2º. Lave todos os elementos primeiro com champanhe/pinga.
3º. Colocar o tridente no centro do alguidar; colocar as agulhas com as linhas
do tamanho que preferir com 7 nós na linha, seguido do osso.
4º. Misturar as terras, não há ordem correta, com carvão moído e colocar no
alguidar. Caso não preencha o alguidar, acrescente terra.
5º. Você deve fincar a tesoura, pregos na parte de cima.
6º. Colocar o Pedra/Otá.
7º. Colocar um Padê, Colocar a bebida. E retirar no dia seguinte.
8º. Círculo de pólvora ou conforme orientação.
9º. Caso houver mudança de endereço refazer o assentamento.
TÍTULO VII
DOS DIREITOS E DEVERES DOS SÓCIOS
Artigo 28º – São direitos e deveres dos sócios efetivos:
A – Cumprir todas regras e orientações do Instituto e do Diretor da Casa de
Umbanda, inclusive mantendo em dia as mensalidades estipuladas pela
Diretoria Executiva.
Artigo 29º – São direitos e deveres dos sócios contribuintes:
– Cumprir todas regras e orientações do Instituto e do Diretor da Casa de
Umbanda,
TÍTULO VIII
DAS ASSEMBLÉIAS
Artigo 30º – As assembleias gerais ordinárias serão realizadas trimestralmente
de cada ano e convocadas pelo presidente do Instituto por meio de edital e da
qual poderão participar todos os membros do Instituto. São finalidades das
assembleias gerais ordinárias:
A – Ouvir o relatório trimestral de atividades do Instituto e sobre ele discutir;
C – Discutir assuntos de interesse geral;
D – Apresentar sugestões e propostas para a melhor consecução dos objetivos
do Instituto;
E – Discutir modificações no estatuto do Instituto.
Artigo 31º – As assembleias gerais extraordinárias serão convocadas através
de notificação pessoal por escrito ou por publicação na imprensa diária.
TÍTULO IX
DAS ELEIÇÕES PARA O CONSELHO DELIBERATIVO
Artigo 32º – O Presidente do Instituto, no uso de suas atribuições, marcará e
realizará assembleia para o Conselho Deliberativo, o qual será determinado
pelo Guia Chefe da Casa.
Artigo 33º – Os candidatos a conselheiros serão determinados pelo Guia
Chefe dentre os membros efetivos.
TÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 34º – Nenhum dos cargos definidos neste estatuto poderá ser, em
tempo algum, remunerado. Todo trabalho realizado pelo Conselho Deliberativo,
Conselho Fiscal, Diretoria Executiva e pelo Diretor da Casa de Umbanda será
gratuito.
Artigo 35º – É vedada a cobrança de qualquer quantia, a qualquer título, de
qualquer pessoa, membro ou não do Instituto, pelo atendimento espiritual,
objetivo principal do Instituto.
Artigo 36º – Os bens do Instituto somente poderão ser utilizados para a
consecução dos objetivos do Instituto determinados no artigo 2º deste estatuto.
Artigo 37º – Constituem rendimentos do Instituto:
A – As mensalidades pagas pelos sócios efetivos e contribuintes;
B – Subvenções eventuais que receber dos poderes públicos;
C – Doações efetuadas por entidades públicas, pessoas jurídicas de direito
público ou privado ou por pessoas físicas;
D – Outros valores eventualmente recebidos.
Artigo 38º – Os rendimentos do Instituto somente poderão ser aplicados na
manutenção ou ampliação do seu patrimônio;
Artigo 39º – Os integrantes do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal, da
Diretoria Executiva e o Diretor da Casa de Umbanda não responderão
pessoalmente pelas obrigações da sociedade.
Artigo 40º – Fica investido imediatamente no cargo de Ministro(a) Religioso(a)
– Diretor - da Casa de Umbanda Vó Nanã a atual pai-de-santo Sr. Jaspio
Alencar de Souza.
Artigo 41º – O presente estatuto somente poderá ser modificado, total ou
parcialmente, por Assembleia Geral convocada pelo Diretor da Casa de
Umbanda, sem o que não terá validade e qualquer alteração só poderá ser
feita com a concordância, na Assembleia, do Diretor da Casa de Umbanda.
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Welliton Barbosa de Medeiros
Presidente
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Amanda Colet
Advogada