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Material de Estudos da Casa de Umbanda Vó Nanã

Sacerdotes
Jaspio Alencar de Souza
Adeliane Tomaz da Silva
Kayro Fernando Souza
Welliton Barbosa de Medeiros
ORIXAS CULTUADOS NA CASA DE UMBANDA VÓ NANÃ

Oxalá, Oxum, Oxossi, Iemanja, Iansã, Ogum, Xango, Ossãe, Obaluaie,


Omolu, Exu, Ibeji, Nanã, Logum-edé, Tempo e Oxumarê. Em nosso culto é
possível a presença de (emissários, falangueiros e mensageiros), sendo estes
desprovidos de falas.
Os Orixás da cabeça dos filhos serão cultuados da seguinte forma, Orixá
de frente é o Orixá principal, e segundo é o Orixá adjunto que fica atras da
cabeça e o terceiro é o Orixá dos caminhos que fica no centro da cabeça. A
confirmação dos Orixás ficará a cargo dos guias chefes. Sobre as qualidades
dos Orixás será cultuado como o principal.

AS LINHAS DA UMBANDA;

Preto velho, Caboclo, Erê, exu (Exu, Pombo Gira, Exu Mirim e
Malandro), Baiano, Boiadeiro, Marinheiro e Cigano.
Os próprios guias em seus médiuns em desenvolvimento se apresentam para a
casa. Sendo já batizado em outra casa não será necessário novo batismo,
apenas uma renovação das águas sendo feita pelo sacerdote.
Sendo o médium vindo de outra casa, no caso médium de incorporação
os guias do mesmo serão consultados pelos sacerdotes (Pai maior, Pai
pequeno, Mãe pequena e Pai ogã) se aceitam seguir as doutrinas da Casa de
Umbanda Vovó Nanã. As consultas aos guias serão realizadas conforme
orientação dos sacerdotes.

BATISMO

Sobre o ritual do batismo será realizado pelo Pai Maior da casa. Sobre
as ervas do batismo serão utilizas as do banho de Amaci, feito pela Ekedi com
uma erva de cada Orixá, utensílios que devem ser providenciados: banha de
Orí, pemba branca, ojá, toalha branca, vela de batismo, quartinha de louça
branca na falta da quartinha de louça pode ser a de barro, porém terá que ser
vernizada, jarra e bacia batismal. A quartinha do batismo será individual e
deverá ser renovada a água semanalmente toda sexta-feira, caso os filhos não
possa estar presente na sexta-feira a troca de água será feita pela Ekedi. Na
ausência da Ekedi poderá ser feita pelo padrinho/madrinha. Excepcionalmente
a troca de água poderá ser feita pelos sacerdotes. Sobre o horário da troca de
água das quartinhas esta deverá ser feita até as 18:00 horas. As quartinhas
ficarão na casa dos seus respectivos Orixás regentes. Durante a troca da água
das quartinhas os filhos deveram entrar em concentração com o seu Orixá,
através de cantos e orações devendo de forma alguma desviar sua atenção no
momento e finalizar a troca de água com o paó.

As guias dos filhos


A linha que será utilizada é a linha de tecido.
As guias de todos deveram permanecer na casa de umbanda Vó Nanã. Sendo
de total responsabilidade de cada filho.
A primeira guia de todos será a de Nanã, sendo de responsabilidade dos
sacerdotes, e será entregue no batismo ou renovação das águas.
A segunda guia, sendo de um fio é do Orixá regente (de frente) de todos os
filhos e deverá ser utilizada depois de um ano após o batismo ou renovação
das águas.
A terceira guia, é do Orixá adjunto de um fio devendo ser utilizada após dois
anos do batismo ou renovação das águas.
A quarta guia, é do Orixá dos caminhos de um fio devendo ser utilizada após
três anos do batismo ou renovação das águas.
Após seis anos do batismo ou renovação das águas, o filho deverá utilizar a
guia de três pernas dos seus respectivos Orixás, devendo ser pedido a benção
a esses filhos, inclusive pelos sacerdotes.
GUIAS DOS GUIAS ESPIRITUAIS

Deverão ser utilizadas conforme a evolução espiritual dos médiuns e sobre a


orientação dos sacerdotes.
As cores dos guias;
Preto velho: preto e branco ou lagrimas de nossa senhora.
Caboclo: verde.
Erê: colorido com firma rosa ou azul.
Exu: preto e vermelho.
Baiano: coquinho e miçanga amarela.
Boiadeiro: olho de boi e miçanga marrom.
Marinheiro: azul claro, azul escuro, branco e firma azul.
Ciganos: colorido.
Malandro: preto, vermelho e branco. Firma preto e branco.

AS CORES DOS ORIXAS (velas e guias dos filhos)


OXALÁ: branca.
OXUM: amarela.
OXOSSI: verde.
IEMANJA: azul claro.
IANSÃ: vermelha.
OGUM: vermelha.
XANGO: marrom.
OSSAIN: verde.
OBALUAÊ: preta e branca.
OMOLU: preta e branca.
EXU: preta ou preta e vermelha.
IBEJI: azul claro. Rosa ou azul e
rosa.
NANÃ: roxa.
LOGUM-EDÉ: azul claro, verde ou
amarelo.
TEMPO: branca.
OXUMARÉ azul escuro.

CORES DA ROUPA DOS FILHOS

Obrigatórios. Caberá aos filhos o bom senso do uso. Se caso esquecer algum
desses itens permanecer na assistência.

MASCULINO:
Calça oxford branco fosco com detalhe lilás padrão na barra. Camiseta
branca/com a logo da casa. Lenço branco com detalhe padrão branco. Pano de
costa branco amarrado na cintura, ou no pescoço.
FEMININO:
Calça e saia oxford branco fosco com detalhe lilás padrão na barra. Camiseta
branca/com a logo da casa. Ojá branco com detalhe padrão branco. Pano de
costa branco com detalhe padrão branco.

(Obs: O uso de jóias e afins não poderão ser utilizados nos trabalhos
mediúnicos e os filhos que já trabalham no atendimento mediúnico (passe e
consulta) poderão usar paramentas dos guias, porém deverão ser autorizadas
pelos sacerdotes da casa).
ROUPA PARA AS FUNÇÕES

Calça e camiseta branca tanto para os homens quando para as mulheres. As


pessoas irão se vestir conforme o gênero que se identificam e os que não se
identificam com gênero algum deverão escolher entre a vestimenta masculina
ou a vestimenta feminina.

ROUPAS DOS OGÃS

Calça oxford branco fosco com detalhe lilás padrão na barra. Camiseta
branca/com a logo da casa. Eketé branco com detalhe padrão branco. Pano de
costa branco amarrado na cintura, ou no pescoço.

ROUPA DAS EKEDIS

Calça e saia oxford branco fosco com detalhe da cor do orixá de frente.
Camiseta branca/com a logo da casa. Ojá branco com detalhe da cor do orixá
de frente. Pano de costa branco com detalhe da cor do orixá de frente.

ROUPA DAS CAMBONES


As mesmas das filhas da corrente.
ROUPA DOS COMBONES
As mesmas dos filhos da corrente.

RITO LITURGICO

Na primeira semana a linha será dos Pretos Velhos e os Erês;


Na segunda semana será a linha dos Caboclos e Boiadeiros na sexta-feira e
aos sábados será linha de desenvolvimentos dos filhos;
Na terceira semana será a linha de Exu (Pombo Gira, Exu Mirim e Malandro);
Na quarta semana será a linha de Baiano, Cigano e Marinheiro, na sexta-feira
e no sábado será linha de desenvolvimento dos filhos.
Lembrando também que as linhas podem ser mudadas de acordo com o
sagrado.

BANHOS
Primeira semana serão utilizadas as ervas dos pretos-velhos, mínimo de 3
ervas.
Segunda semana serão utilizadas as ervas dos caboclos, mínimo de 3 ervas.
Terceira semana serão utilizadas as ervas dos exus, mínimo de 3 ervas.
Quarta semana serão utilizadas as 7 ervas.
Nas giras de desenvolvimento será utilizado as 7 ervas ou amací.
Observação os banhos de ervas são de responsabilidade da mãe pequena e
da Ekedi, e incluindo a opção de utilização de essências industrializadas. Os
preparativos dos banhos devem ser iniciados as 18:00 horas e estando pronto
o banho a Mãe Pequena ou a Ekedi irá informar que todos já podem tomar
banho.

RITUAL DE PRECE
Todos devem acender as velas de cor branca no cruzeiro das almas, a primeira
vela fica de responsabilidade do Pai Ogã acender ou os sacerdotes.
Os banhos das giras serão do pescoço para baixo e em sentido circulares, já
os banhos de desenvolvimentos é da cabeça aos pés e em sentido cruzado, ou
seja, em formato de cruz.
Abertura dos trabalhos: Saudação ao sagrado (solo em pé, altar de joelhos e
atabaque de pé), as 19:00 horas, será iniciado os pontos para a concentração
dos trabalhos, o ponto será o hino dos Orixás, hino da Umbanda e saudação a
Nanã seguindo do ponto de Nanã.

Cargos
Ogãs
Ogã Alabe: exerce o cargo de ogã alabe o sacerdote Pai Ogã Welliton, sendo
este o responsável pela formação e doutrinação dos ogãs. O mesmo não é
médium de incorporação.
Ogã Pejigã: é o responsável pela manutenção, orientação e preservação dos
instrumentos sagrados, sendo esses, instrumentos musicais sob orientação do
Pai Ogã Welliton, velas (estoque, firmeza de Nanã, Oxóssi e Tempo),
assentamentos dos Orixás (sob orientação do Pai Pequeno Kayro).
Ogã Mão de Ofã: é o responsável pela plantação, colheita e manutenção das
ervas sagradas, sob orientação da Mãe Pequena Adeliane.
Ogã de Curimba: é o responsável pela organização dos pontos cantados,
anotações dos pontos orientados pelos guias, sob orientação do Pai Ogã
Welliton.

Ekedi:

Porteiros: São os médiuns responsáveis pela segurança espiritual da corrente,


sendo formados por um homem e uma mulher. O homem carrega sete Exús e
a mulher carrega sete Pombo Giras.
São atribuições dos porteiros: sustentar a corrente em conexão e oração
durante as giras, responsáveis pelas guias dos filhos e sacerdotes quando
esses necessitarem se ausentar da corrente durante as giras, sob orientação
do Pai Pequeno Kayro.

Iyabassê/ Iyabassun: é o responsável pela confecção das oferendas dos


Orixás ofertadas pela Casa, sob orientação do Pai Pequeno Kayro e orientação
das oferendas da consulência, sob orientação do Pai Jaspio.

Funções
Cambone: médiuns que são designados pelos Sacerdotes ou Guias, para
exercer a função de anotar as orientações dos guias durante as consultas,
sendo também responsáveis pelo auxílio nos trabalhos desenvolvidos pelos
Guias, entre esses, servir os instrumentos de trabalhos solicitados (marafo,
tabaco, velas e afins), durante as giras, sob orientação da Ekedi.

Yakekes: médiuns que são designados pelos Iyabassês/Iyabassuns, para


auxiliar os mesmos em suas atividades.

Ervas Sagradas
Dificilmente encontraremos uma religião que não tenha algum tipo de ritual
envolvendo o uso de ervas – desde uma defumação com incenso durante a
missa aos Amacis da Umbanda, além disso, é inevitável que, ao falar sobre
uso ritualístico de ervas, sejamos remetidos imediatamente ao universo místico
das benzedeiras e das bruxas.
Importante componente em tratamentos espirituais na Umbanda, os banhos de
ervas já eram usados pelos povos antigos para as mais variadas finalidades,
mas especialmente com dois objetivos principais:
Eliminar vibrações negativas: banhos de descarrego.
Adquirir vibrações positivas: banhos de energização.
Banhos de descarrego
O banho de descarrego serve para limpar o campo magnético e eliminar larvas
astrais que se fixam magneticamente na aura fazendo, assim, uma limpeza
total das baixas vibrações.
Um banho de descarrego não deve ser jogado brutalmente pelo corpo e sim
suavemente, com o pensamento voltado ao Sagrado.
Após um Banho de Descarrego é aconselhável que se tome algum Banho de
Energização, a menos que tenha orientação diferente de algum Guia ou dos
Sacerdotes.
Ervas de descarrego em geral: alecrim, aroeira, arruda, folha de fumo, guiné,
levante, palha de alho, pinhão roxo, alfavaca, sabugueiro, coentro, folha de
café, folha de limão.
Importante tomar cuidado com essas ervas pois elas são fortes e servem para
descarrego. Dessa forma, podem causar reações alérgicas.
Banhos de energização
São recomendados para ativar e aproximar as forças dos Orixás, Protetores de
Cabeça e do Anjo da Guarda.
Seus principais efeitos são ativar e revitalizar as funções psíquicas, para uma
melhor incorporação, melhorar a sintonia com as entidades.
Este banho reativa os centros energéticos e refaz o teor positivo da aura. É um
banho que devemos usar quando vamos trabalhar normalmente nas sessões.
Também, podemos usá-lo regularmente, independente de trabalharmos ou não
como médiuns.
Ervas para energização: rosas em geral, alfazema, erva cidreira, jasmim,
colônia, camomila, folhas de mangueira, folhas de abacateiro, folhas de romã,
canela, folhas de cajá, folhas do bambu.

Características de algumas ervas.

Arruda: Ótimo protetor astral, desagrega larvas astrais e energias enfermiças.


Quebra as formações energéticas negativas resultantes de acúmulos de
pensamentos negativos e de atuações do baixo astral.
Alecrim: Para prosperidade, abertura de caminhos. Desagrega energias
enfermiças, limpa e purifica o ambiente, criando uma “esfera” de proteção; boa
contra obsessão; afasta a tristeza.
Aroeira: Usada para descarrego e para remover toda a negatividade. Usar do
pescoço para baixo.
Alfazema: Ajuda a equilibrar nossas energias, limpa e purifica o ambiente
trazendo a paz e harmonia.
Anis-estrelado: Atua melhorando nosso humor; desperta a intuição; torna o
ambiente agradável e desagrega energias negativas. Usada para chamar
dinheiro, melhorar a autoestima e abrir os caminhos amorosos. Usada também
para potenciar boas amizades, paz e triunfo quando usada na forma defumada
em conjunto com outros ingredientes.
Absinto – Losna e Boldo: Em banhos, ela desagrega fluidos negativos. Na
defumação, afasta influência negativa.
Alho (casca): Desagrega as energias negativas de ordem sexual, protege
contra influências negativas e purifica o ambiente.
Botões de flor de laranjeira: Para o amor.
Camomila: Calmante, contra depressão e ansiedade.
Canela em casca ou folha: Condensador de fluidos benéficos, destrói
miasmas astrais; afrodisíaco; atrai a prosperidade.
Cebola (casca): Desagrega energias negativas de ordem sexual; afasta fluidos
indesejados.
Capim limão / Capim Santo: Bom para acalmar e trazer bons fluidos.
Cravo: Afrodisíaco, estimulante, aumenta o magnetismo pessoal e atrai a
prosperidade.
Eucalipto: Desagrega as energias negativas e enfermiças, renova as energias,
equilibra o emocional e fortifica o espírito.
Erva Doce: Acalma e harmoniza o ambiente, desagregando energias
enfermiças e nocivas.
Guiné: Facilita a comunicação com os bons espíritos, desagrega formas-
pensamento de baixa vibração, transmite boas energias, elimina o cansaço e a
indisposição e combate as obsessões de natureza sexual.
Hortelã: Bom para proteção e contra o desânimo.
Ipê amarelo: Folha ou flor para harmonizar ambientes.
Laranja (flor, folhas e casca): Estimula o amor nos tornando mais atraentes;
também torna o ambiente mais agradável e “leve”.
Levante: Bom para proteção e abertura de caminhos, recuperar energia e dar
ânimo. Quando usado em conjunto com o alecrim, traz clientes e atrai dinheiro.
Limão (casca): Queima os fluidos negativos e enfermiços.
Louro (“a folha do sacerdote”): Excelente para aguçar a intuição e para a
prosperidade.
Maçã (casca): Desperta nossa sensibilidade ao amor e aumenta nosso poder
magnético de atrair o que nos agrada.
Malva: Acalma e desperta a sensibilidade.
Manjericão: Ótimo para tirar as energias negativas, trazer vida ao ambiente e
às pessoas; aumenta o magnetismo pessoal; atua contra a depressão e
ansiedade.
Melissa: Acalma os ânimos e nos torna mais alegres; limpa e sutiliza o corpo
astral.
Morango (folhas e fruto): Desperta o prazer em todos os sentidos.
Noz moscada: Aguça a intuição, ajuda na comunicação astral e é boa para a
prosperidade.
Poejo: Ótima para proteção e para acalmar os ânimos.
Pitanga (folhas): Prosperidade e proteção.
Patchuli: Bom para o amor, a prosperidade e a intuição, fortalecendo o
magnetismo pessoal.
Salsa: Usada para a proteção, afasta a negatividade.
Sálvia: Considerada a erva da saúde, serve para limpeza, proteção e intuição.
Rosa branca: Desperta o amor à espiritualidade.
Rosa vermelha: Desperta a paixão.
Rosa cor-de-rosa: Desperta o amor maternal, filial e fraternal.
Rosa Amarela: Desperta a energia positiva.
Romã (casca e flores): Utilizada para a prosperidade, protege contra as
emanações provindas da inveja e do ódio.
Aça peixe: Utilizado tanto para descarrego como para equilíbrio das energias.

Como fazer os banhos:


1. Escolha as ervas que utilizará em seu banho de acordo com a sua intenção;
2. Se a erva for seca, ferva a água. Não precisa ser uma panela ritualística.
Suas panelas de uso comum servirão para este fim. Aqui, o que importará é o
resultado e não o recipiente.
3. Coloque um punhado de cada erva na água fervida. Não precisa colocar
muito. Verá que um punhado já é suficiente ou até menos;
4. Espera de dois a três minutos para desligar o fogo;
5. Apague o fogo;
6. Deixe repousar por trinta minutos ou mais;
7. Leve ao banheiro para ser tomado após o banho higiênico;
8. Transfira para um pote ou para outra panela coando o resíduo das ervas.
OBSERVAÇÃO: É opcional coar o banho.
Se a erva não for seca, macerar, exceto o pinhão roxo que precisa ser fervido.
9. Tome seu banho higiênico comum;
10. Após o banho higiênico, tome seu banho de ervas elevando o pote ou
panela
acima de sua cabeça e faça uma oração de consagração do banho. Não há
forma errada ou correta. Agradeça aos Orixás e às entidades pelo poder deste
banho e diga palavras de ordem para o despertar espiritual das ervas e alterar
seu estado vibracional. Exemplo: Peça “para abrir meus caminhos”, “para
descarregar meu corpo e meu espírito de malefícios” e assim por diante;
11. Em casa seque o corpo com a toalha normalmente se preferir;
12. O resíduo das ervas (banho) pode ir preferencialmente ao pé de uma
árvore, para compostagem ou simplesmente ir para o lixo.

Assentamento dos Orixás

Toda religião tem símbolos e simbolismos. Uma cruz para os católicos


representa muito também: todo o significado da paixão e do sacrifício de Jesus.
Assim esse símbolo traduz em si muito mais do que somente a lembrança da
crucificação de Jesus e sim um todo da sua doutrina, poderíamos falar muito
apenas olhando para uma cruz. O mesmo vale para um assentamento de
Orixá. Nada é mais sagrado por si só, pelo seu uso, e nada pode traduzir tanto
da doutrina que cobre a religião Umbanda como o entendimento da função e
importância de um Assentamento de Orixá.
Na Umbanda, um dos significados de “assentar” é “plantar o axé”, ou
seja, tornar um determinado instrumento do terreiro em um objeto sagrado,
vivo, extensão direta de todos os membros da comunidade, de onde o axé vem
em forma de força.
Em um certo momento do processo de assentamento, os membros do
terreiro colaboram de forma a “plantar” parte de suas energias vitais nos
objetos, passando assim a serem todos responsáveis pelo local. Ritual este
realizado pelos sacerdotes.
O assentamento é a consagração de objetos construído e tratado a partir
de conhecimentos dos ancestrais para representar materialmente um Orixá, o
ambiente que irá receber o assentamento deverá ser defumado, e lavado com
as ervas de consagração conforme orientação, o solo deve ser coberto com as
folhas do respectivo Orixá. Todos os utensílios que serão utilizados para o
assentamento devem ser lavados nas ervas do respectivo Orixá e colocados
sobre um pano branco no centro do terreiro, após efetuado a montagem do
assentamento deverá ser levado em cortejo com pontos do Orixá.
Ponto riscado na casa do Orixá em um tecido em quadro, riscado com pemba e
pintado.
A confirmação do recebimento e aprovação destes objetos sagrados é a
presença de um Emissário do respectivo Orixá para consagrar o mesmo. Do
1

ponto de vista religioso, fazer um assentamento é reforçar a conexão entre um


indivíduo ou grupo e o Orixá, a partir de uma delimitação espacial, é criar um
lugar sagrado para cultuar e cuidar do assentamento da divindade da forma
mais apropriada.
Dentro da Umbanda Sagrada, não existe uma maneira única de construir
um assentamento, tudo é conectado por energias e guias mentores que
instruem os sacerdotes no processo de consagração e construção de um
assentamento. Podemos encontrar vários elementos que compõem o
assentamento. Na Casa de Umbanda Vó Nanã temos os assentamentos por
orientação dos mentores espirituais e responsabilidade dos sacerdotes.

O PADÊ

Dentro dos rituais sagrados de Exú, não pode faltar de forma alguma
seu padê, espécie de farofa crua ou torrada, na qual é adicionada a farinha de
mandioca, e vários elementos, dependendo da necessidade de cada trabalho.
Os mais utilizados de forma geral, são: o padê de água, de dendê, de cachaça,
mel entre outros. Sendo que esses são muito utilizados quando se realiza
alguns trabalhos. O padê simboliza presentear a Exú para que ele nos ajude
em determinados assuntos nos quais necessitamos. Trata-se de uma comida
preferida por todos os Exus e sua aplicabilidade remonta das senzalas que
existiam no Brasil.
É público que na África não existia esse tipo de alimento, farinha de
mandioca, uma vez que esse foi criado pelos índios brasileiros, mas, os antigos
sacerdotes, que eram escravos, introduziram esse presente ao culto de Exú e
desde essa época, é comum dar de presente para Exú seu padê.

1
Entende-se Emissário como doutrina da casa Energia pura do Orixá em terra, também nomeado como
mensageiro ou falangeiro.
A importância do uso da farinha na confecção dos Padês: representa o
elemento terra, são utilizadas quando necessitamos de energias ligadas a
terra. Representa a força de Exú.

O padê de água: Utilizado para transmutação de energia, geração de vida.


O padê de dendê: Serve para se esquentar os caminhos e é muito utilizado
para a abertura de caminhos para emprego, limpeza energética e descarrego,
para o progresso de uma empresa ou para várias outras utilidades.
O padê de azeite de oliva: Costuma ser usado para se conseguir um equilíbrio
em determinado setor da vida de uma pessoa, seja emocional, profissional e
espiritual.
O padê de mel: Serve para se adoçar, para fazer com que Exú nos traga, por
exemplo, o livramento de uma perseguição, para que uma pessoa que é nosso
inimigo se transforme em nosso amigo, para ajudar em questões amorosas
entre tantas outras utilidades.
O padê de cachaça: Serve para purificar, limpar, por ser uma bebida servida a
exu faz com que o Exú trabalhe purificando aquele solo sagrado ou oferenda
ofertada, traz consigo como principal elemento de atuação a purificação.
Os Padês são utilizados em caso de abertura de caminhos para uma
empresa, para uma pessoa, para se atrair clientes para um comércio, para que
se arrume emprego entre outras finalidades. Ainda existem outros tipos de
padês chamados limpeza, que servem para livrar uma pessoa da praga, por
exemplo, da feitiçaria, do olho grande etc.
Pode-se servir o padê para Exú independente de lua ou dia de semana,
por ser o Senhor dos caminhos, temos que ficar atentos as necessidades de
cada ocasião para se efetuar o padê de forma correta.
As rezas utilizadas para Exú servem para acordá-lo, se inicia com a
saudação “Laroye Exú” seguida das preces do coração daquele que faz a
oferenda. Para invocá-lo para que se digne e vir receber a oferenda que lhe
trazemos como para que interaja em nossa vida ou na vida de uma pessoa que
necessita dessa intervenção.
É imprescindível que ao entregarmos o padê para Exú, estejamos de
corpo limpo, sem sexo, bebida ou qualquer outra substância nociva ao lido com
os fundamentos da casa. Nunca, em hipótese alguma, devemos invocar Exú
sem uma necessidade real, pois o mesmo é o senhor que guarda dos
caminhos tem consigo uma força que ser humano algum é capaz de controlar.
Conforme orientação dos sacerdotes é permitido ofertar Padês em sua
residência desde que esteja conforme as orientações da casa.

Variações de padês:
Padê de Carvão: Utilizado para descarrego de ambientes, pessoas e
presenças de espíritos negativos.

Ingredientes:
Dois pedaços de carvão;
½ kg de farinha de mandioca;
1 vela (branca).
1 recipiente exclusivo (prato, alguidar).

Modo de preparo: Amassar bem o carvão, até virar pó. Misturar com a farinha
e colocar no alguidar, manipulando com a mão. Colocar a vela ao lado do
padê.

Padê de Água: Faz uma limpeza profunda. Transmutação/Manipulação de


energia.
Ingredientes:
1 Copo de água;
½ kg de farinha de mandioca;
1 vela (branca).
1 recipiente exclusivo (prato; alguidar).

Modo de preparo: Misturar a farinha de mandioca com água o suficiente para


formar uma massa do tipo farofa. Manipular com a mão. Colocar a água aos
poucos. Colocar a vela ao lado do padê.

Padê de Dendê: Serve para se esquentar os caminhos e é muito utilizado para


a abertura de caminhos para emprego, limpeza energética e descarrego, para
o progresso de uma empresa ou para várias outras utilidades.
Ingredientes:
1 Azeite de dendê;
½ kg de farinha de mandioca;
1 vela (branca).
1 recipiente exclusivo (prato; alguidar).

Modo de preparo: Misturar a farinha de mandioca com azeite de dendê, o


suficiente para formar uma massa do tipo farofa. Manipular com a mão. Colocar
azeite de dendê aos poucos. Colocar a vela ao lado do padê.

Padê de azeite de oliva: Costuma ser usado para se conseguir um equilíbrio


em determinado setor da vida de uma pessoa, seja emocional, profissional e
espiritual.
Ingredientes:
1 Azeite de oliva;
½ kg de farinha de mandioca;
1 vela (branca).
1 recipiente exclusivo (prato; alguidar).
Modo de preparo: Misturar a farinha de mandioca com azeite de oliva, o
suficiente para formar uma massa tipo farofa. Manipular com a mão. Colocar
azeite de oliva aos poucos. Colocar a vela ao lado do padê.

Padê de mel: Serve para se adoçar, para fazer com que Exú nos traga, por
exemplo, o livramento de uma perseguição, para que uma pessoa que é nosso
inimigo se transforme em nosso amigo, para ajudar em questões amorosas
entre tantas outras utilidades.
Ingredientes:
Mel
½ kg de farinha de mandioca;
1 vela (branca).
1 recipiente exclusivo (prato; alguidar).
Modo de preparo: Misturar a farinha de mandioca com mel, o suficiente para
formar uma massa do tipo farofa. Manipular com a mão. Colocar mel aos
poucos. Colocar a vela ao lado do padê.

Padê de cachaça: Serve para purificar, limpar, por ser uma bebida servida a
Exu faz com que o Exú trabalhe purificando aquele solo sagrado ou oferenda
ofertada, traz consigo como principal elemento de atuação a purificação.
Ingredientes:
Cachaça;
½ kg de farinha de mandioca;
1 vela (branca).
1 recipiente exclusivo (prato; alguidar).

Modo de preparo: Misturar a farinha de mandioca com cachaça, o suficiente


para formar uma massa do tipo farofa. Manipular com a mão. Colocar cachaça
aos poucos. Colocar a vela ao lado do padê.

Que Exú abra seus caminhos e lhe traga muita paz e tranquilidade.
TRONQUEIRA/PORTEIRA
O que usar de elemento?
Utensílio Quantidade
Tronqueira 1 de metal
Alguidar 1 Pequeno
Quartinha Porcelana/Barro envernizado.
Vela 1
Copo/Taça 1 virgem
Imagem Conforme orientação (Opcional)
Tridente 1
Terra 4 partes
Agulhas 3
Pregos 3
Pedra/Otá 1
Linhas Preta e Vermelha
Tesoura de metal 1 pequena
Carvão vegetal 2 pedaços
Osso de animal 1 pequeno
Tridente Exu/Pombo Gira
Padê 1 conforme orientação
Pólvora 1

Dentro do alguidar, coloca-se:


 Terra de cemitério, terra de encruzilhada, terra de praia ou beira de rio,
terra tirada do meio da mata, do próprio quintal e mais qualquer outra
terra que o guardião diga ser necessária. As terras trarão a força telúrica
do ponto extraído tornando a magia reversa ou de combate mais intensa
e a segurança mais firme, bem como o descarrego será feita pela terra.
 3 agulhas. Feitiços realizados com agulhas como bonecos negativos,
amarrações e trabalhos contra a saúde serão quebrados com esses
elementos. A cura também pode ser estabelecida com agulhas e linhas.
 3 pregos. Pregos são elementos de combate. Guardam o poder de
Ogum. Trazem a energia do trabalho e são elementos que repelem o
cansaço e nos dão resistência para o novo dia.
 1 pedra/Otá . A pedra é o espírito do ser humano no poder da entidade
que está sendo firmado. Pode ser a pedra bruta, que representa o
espírito em evolução ou pode ser a pedra polida, símbolo do espírito
trabalhado na força da Umbanda.
 Linha preta e uma linha vermelha. Trabalhos de amarração são
quebrados aqui.
 Tesoura de metal pequena. Para afastar kiumbas ou que objetivam a
doença do demandado. Afastam sofredores e eguns malignos.
 Carvão vegetal moído. Elemento de absorção de energia negativa.
 Osso de animal. Exemplo, dente de javali, ossos de galinha retirar sem
cozinhar. Serve para combater magias contra a estrutura de sustentação
da pessoa, para cura de doenças ósseas, para descarrego de trabalhos
feitos no cemitério.
 Imagem, ajuda na concentração e mentalização do seu guardião que
está atuando neste fundamento de proteção.
 Tridente simboliza a força do guardião, trazendo como símbolo das
energias dos elementos da natureza e transmutação de energias e
prontidão para defesa.
 A bebida ofertada é canalizadora e utilizada pra limpeza e transmutação
de energias.
 Todo e qualquer objeto que entenda necessário ou que o Exu ou Pombo
Gira pedir.
 Lavar as mãos e os pés com a bebida.

COMO MONTAR
1º. Tomar banho de descarrego (Do pescoço para baixo), colocar roupa de
função. Acender a vela branca e colocar água no copo para iniciar as firmezas.
2º. Lave todos os elementos primeiro com champanhe/pinga.
3º. Colocar o tridente no centro do alguidar; colocar as agulhas com as linhas
do tamanho que preferir com 7 nós na linha, seguido do osso.
4º. Misturar as terras, não há ordem correta, com carvão moído e colocar no
alguidar. Caso não preencha o alguidar, acrescente terra.
5º. Você deve fincar a tesoura, pregos na parte de cima.
6º. Colocar o Pedra/Otá.
7º. Colocar um Padê, Colocar a bebida. E retirar no dia seguinte.
8º. Círculo de pólvora ou conforme orientação.
9º. Caso houver mudança de endereço refazer o assentamento.

Estatuto do Instituto Ibiri


TÍTULO I
DO INSTITUTO E SEUS FINS
Artigo 1º – Casa de Umbanda Vó Nanã – Instituto Ibiri, pessoa jurídica de
direito privado, sem fins lucrativos, com sede no sítio de Recreio Irmãos
Barbosa, Chácara Vovó Heraima, S/N e foro na cidade de Juara, Estado do
Mato Grosso, reger-se-á pelo presente estatuto e pela legislação pertinente.
Artigo 2º – O estatuto tem por objetivos:
A – Propagar a fé em Jesus Cristo (Oxalá) e nos Orixás;
B – Realizar trabalhos espíritas de Umbanda, visando o bem-estar e a
elevação espiritual das pessoas;
C – Difundir os conhecimentos de sua doutrina;
D – Manter intercâmbio cultural e cooperação com entidades religiosas afins;
E – Oferecer à comunidade serviços de assistência espiritual;
F – Dar assistência material à comunidade carente, inclusive colaborando nas
campanhas públicas de auxílio às pessoas.
G – Promover atividades de organizações associativas ligadas à Cultura e a
arte;
H – Promover atividades artísticas, criativas e de espetáculos.
Artigo 3º – A sede do Instituto se denominará “Casa de Umbanda Vó Nanã”.
Artigo 4º – O prazo de duração do Instituto é indeterminado.
TÍTULO II
DOS INTEGRANTES DO INSTITUTO
Artigo 5º – O Instituto será constituído por sócios contribuintes e sócios
efetivos.
A – Sócios contribuintes são sócios que contribuem com as mensalidades
estipuladas pela Diretoria Executiva do Instituto e com doações;
B – Sócios efetivos são os sócios contribuintes e que participam da corrente e
ainda estejam em dia com suas mensalidades.
TÍTULO III
DO CONSELHO DELIBERATIVO
Artigo 6º – O Conselho Deliberativo é o órgão de deliberação e será
constituído por 7 (sete) membros escolhidos entre os sócios efetivos sendo
estes: o diretor espiritual (cargo vitalício) 1 (um) presidente, 2 (dois)
tesoureiros, 2 (dois) conselheiros fiscais e 1 (um) secretário, determinados pelo
Guia Chefe a cada dois anos;
Artigo 7º – Em caso de vacância do cargo de conselheiro será a mesma
complementada até o final do mandato pelos sócios efetivos por determinação
do Guia Chefe.
Artigo 8º – Os trabalhos do Conselho Deliberativo serão dirigidos por um
Presidente, e determinados pelo Guia Chefe no início da primeira reunião.
Artigo 9º – Compete ao Conselho Deliberativo:
A – Acolher a determinação do Guia Chefe, um Secretário;
B – Acolher a determinação do Guia Chefe o Presidente do Instituto;
C – Acolher a determinação do Guia Chefe o Conselho Fiscal;
D– Julgar e aprovar as contas da Diretoria Executiva após o exame e parecer
do Conselho Fiscal;
E – Julgar a aplicação de sanções aos associados quando solicitado pelo
Presidente do Instituto;
F – Autorizar a contratação de empréstimos em nome do Instituto;
G – Julgar os casos omissos neste estatuto.
Artigo 10º – O Conselho deliberativo reunir-se-á sempre que for convocado
por seu presidente ou a cada 3 (três) meses o balanço geral e demais contas
do Instituto, com parecer do Conselho Fiscal e ouvir o relatório anual das
atividades do Instituto e sobre isso deliberar.
Artigo 11º – O conselho deliberativo poderá ser convocado
extraordinariamente, em qualquer época:
A – Pelo presidente do Instituto;
B – Por 1/3 de seus integrantes.
C – Pelo Diretor da Casa de Umbanda
Artigo 12º – As reuniões do Conselho Deliberativo serão convocadas com
antecedência mínima de dez dias, através de notificação pessoal por escrito.
Artigo 13º – As votações do Conselho Deliberativo processar-se-ão por
declaração verbal, cabendo um voto a cada integrante presente, decidindo-se
por maioria simples.
Artigo 14º – Todos os atos do Conselho Deliberativo serão registrados em livro
de ata próprio cabendo ao secretário comunicar por escrito ao Presidente do
Instituto as deliberações do Conselho.
TÍTULO IV
DO CONSELHO FISCAL
Artigo 15º – O conselho fiscal será constituído por dois sócios efetivos
determinados pelo Guia Chefe (artigo 9º letra C) para um mandato de dois
anos.
Artigo 16º – Em caso de vacância do cargo de conselheiro fiscal será a
mesma complementada pelo Conselho Deliberativo.
Artigo 17º – O Conselho Fiscal reunir-se-á cada três meses de cada ano.
Artigo 18º – É de competência do Conselho Fiscal:
A – Analisar as contas, balancetes, balanços e planos de arrecadação e
aplicação de recursos apresentados pela Diretoria Executiva do Instituto,
emitindo parecer técnico de forma a facilitar a tomada de decisões pelo
Conselho Deliberativo.
TÍTULO V
DA DIRETORIA EXECUTIVA
Artigo 19º – A Diretoria Executiva é o órgão que representa juridicamente o
Instituto e será constituída por um Presidente determinado pelo Guia Chefe
para um mandato de dois anos e ainda por um Tesoureiro e um Secretário
nomeados pelo Guia Chefe.
Artigo 20º – É de competência do Presidente do Instituto:
A – Representar o Instituto em juízo e fora dele;
B – Praticar todos os atos necessários à boa administração, tais como planejar,
organizar, coordenar, comandar e controlar jurídica e comercialmente o
Instituto.
B1- Admitir e dispensar pessoal, contratar serviços e assinar contratos e outros
papéis que exijam representação jurídica ou comercial.
C – Ordenar as despesas do Instituto;
D – Apresentar trimestralmente ao Conselho Fiscal o balancete do Instituto,
demais contas e demonstrativos;
E – Convocar o Conselho Deliberativo em qualquer época;
F – Fixar o valor da contribuição mensal dos sócios do Instituto;
G – Assinar cheques em conjunto com tesoureiro e Diretor;
H – Remeter ao Diretor da Casa de Umbanda, trimestralmente, um balancete
da situação financeira do Instituto;
J – Convocar reuniões da diretoria;
K – Prover a Casa de Umbanda quando solicitado pelo Diretor da Casa de
Umbanda e zelar pela integridade patrimonial do Instituto;

Artigo 21º – É de competência do Secretário do Instituto:


A – Fazer cumprir as determinações do Presidente do Instituto;
B – Manter um cadastro atualizado de todos os membros do Instituto com
dados pessoais e profissionais;
C – Arquivar e manter em local seguro todos os documentos do Instituto e
cedê-los aos demais diretores quando permitido pelo Presidente;
D – Receber e enviar correspondências quando solicitado pelo Presidente ou
pelo Diretor da Casa de Umbanda;
E – Publicar editais;
G – Secretariar as reuniões de diretoria lavrando as atas em livro próprio e
promovendo o registro legal das mesmas e de outros documentos do Instituto.
Artigo 22º – É de competência do Tesoureiro:
A – Arrecadar toda a receita do Instituto;
B – Abrir e encerrar contas bancárias em nome do Instituto;
C – Assinar cheques em conjunto com o Presidente e Diretor;
D – Manter demonstrativos de arrecadação e despesas do Instituto;
E – Elaborar fluxos de caixa;
G – Apresentar demonstrativos financeiros quando solicitado pelo Presidente
ou pelo Diretor da Casa de Umbanda;
H – Elaborar planos de aumento de arrecadação e de investimentos.
I – Prover a contabilidade com as informações necessárias para atender aos
dispositivos legais.
TÍTULO VI
DO DIRETOR DA CASA DE UMBANDA
Artigo 23º – Por ser Casa de Umbanda Vó Nanã, uma entidade de cunho
religioso, fica criado o cargo de Diretor da Casa de Umbanda, com função,
entre outras, de aplicar a filosofia da religião dentro do que se prega, seguindo
sempre a orientação herdada de seus antecessores, principalmente não
permitindo a seus seguidores o uso de filosofias estranhas aos seus princípios
morais e éticos e pregando o respeito à vida de todos os seres que habitam
nosso planeta.
Artigo 24º – O cargo de Ministro(a) Religioso(a) – Diretor - da Casa de
Umbanda é vitalício.
Artigo 25º – Em caso de vacância do cargo de Diretor da Casa de Umbanda,
seja por falecimento, renúncia ou impossibilidade física o seu substituto será
aquele que foi previamente escolhido pelo mesmo, através de documento
escrito ou vontade declarada cabendo-lhe o direito de sigilo. No caso de não
haver escolha declarada será escolhido seu substituto por Assembleia Geral
entre os sócios efetivos.
Artigo 26º – São prerrogativas exclusivas do Diretor da Casa de Umbanda:
A – Cuidar da parte espiritual e ordenar os trabalhos e cultos da Umbanda bem
como administrar, fazer uso e cuidar de todos os bens, móveis ou imóveis, que
constituem a Casa de Umbanda Vó Nanã.
B – Criar e/ou dissolver grupos de trabalhos espirituais que utilizem o espaço
físico pertencente ao Instituto;
C – Propor à Diretoria executiva a admissão de novos sócios ou a expulsão de
sócios que pratiquem atos incompatíveis com os objetivos do Instituto.
D – Solicitar ao presidente do Instituto providências ou recursos para a
manutenção ou construção de dependências para melhor funcionamento dos
trabalhos espirituais.
E –Aprovar modificações ao presente estatuto;
F– Aprovar a extinção do Instituto.
Artigo 27º – O Diretor da Casa de Umbanda só perderá sua vitaliciedade se
praticar trabalhos espirituais ou outros atos incompatíveis com os objetivos do
Instituto e desde que por decisão da assembleia geral com aprovação de 75%
(setenta e cinco por cento) dos sócios efetivos.

TÍTULO VII
DOS DIREITOS E DEVERES DOS SÓCIOS
Artigo 28º – São direitos e deveres dos sócios efetivos:
A – Cumprir todas regras e orientações do Instituto e do Diretor da Casa de
Umbanda, inclusive mantendo em dia as mensalidades estipuladas pela
Diretoria Executiva.
Artigo 29º – São direitos e deveres dos sócios contribuintes:
– Cumprir todas regras e orientações do Instituto e do Diretor da Casa de
Umbanda,
TÍTULO VIII
DAS ASSEMBLÉIAS
Artigo 30º – As assembleias gerais ordinárias serão realizadas trimestralmente
de cada ano e convocadas pelo presidente do Instituto por meio de edital e da
qual poderão participar todos os membros do Instituto. São finalidades das
assembleias gerais ordinárias:
A – Ouvir o relatório trimestral de atividades do Instituto e sobre ele discutir;
C – Discutir assuntos de interesse geral;
D – Apresentar sugestões e propostas para a melhor consecução dos objetivos
do Instituto;
E – Discutir modificações no estatuto do Instituto.
Artigo 31º – As assembleias gerais extraordinárias serão convocadas através
de notificação pessoal por escrito ou por publicação na imprensa diária.
TÍTULO IX
DAS ELEIÇÕES PARA O CONSELHO DELIBERATIVO
Artigo 32º – O Presidente do Instituto, no uso de suas atribuições, marcará e
realizará assembleia para o Conselho Deliberativo, o qual será determinado
pelo Guia Chefe da Casa.
Artigo 33º – Os candidatos a conselheiros serão determinados pelo Guia
Chefe dentre os membros efetivos.
TÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 34º – Nenhum dos cargos definidos neste estatuto poderá ser, em
tempo algum, remunerado. Todo trabalho realizado pelo Conselho Deliberativo,
Conselho Fiscal, Diretoria Executiva e pelo Diretor da Casa de Umbanda será
gratuito.
Artigo 35º – É vedada a cobrança de qualquer quantia, a qualquer título, de
qualquer pessoa, membro ou não do Instituto, pelo atendimento espiritual,
objetivo principal do Instituto.
Artigo 36º – Os bens do Instituto somente poderão ser utilizados para a
consecução dos objetivos do Instituto determinados no artigo 2º deste estatuto.
Artigo 37º – Constituem rendimentos do Instituto:
A – As mensalidades pagas pelos sócios efetivos e contribuintes;
B – Subvenções eventuais que receber dos poderes públicos;
C – Doações efetuadas por entidades públicas, pessoas jurídicas de direito
público ou privado ou por pessoas físicas;
D – Outros valores eventualmente recebidos.
Artigo 38º – Os rendimentos do Instituto somente poderão ser aplicados na
manutenção ou ampliação do seu patrimônio;
Artigo 39º – Os integrantes do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal, da
Diretoria Executiva e o Diretor da Casa de Umbanda não responderão
pessoalmente pelas obrigações da sociedade.
Artigo 40º – Fica investido imediatamente no cargo de Ministro(a) Religioso(a)
– Diretor - da Casa de Umbanda Vó Nanã a atual pai-de-santo Sr. Jaspio
Alencar de Souza.
Artigo 41º – O presente estatuto somente poderá ser modificado, total ou
parcialmente, por Assembleia Geral convocada pelo Diretor da Casa de
Umbanda, sem o que não terá validade e qualquer alteração só poderá ser
feita com a concordância, na Assembleia, do Diretor da Casa de Umbanda.

Juara, 13 de agosto de 2022.

____________________
Welliton Barbosa de Medeiros
Presidente

________________
Amanda Colet
Advogada

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