CLARETIANO - CENTRO UNIVERSITÁRIO

ESTÉTICA – BACHAREL
MARIA CECILIA DA COSTA PINTO
ESTÉTICA CORPORAL

ANA CAROLINA NAITZKI SALLES – RA: 8113051

TÍTULO: TECIDO ADIPOSO, INFLAMAÇÃO E OBESIDADE.

O ARTIGO "TECIDO ADIPOSO COMO REGULADOR DA INFLAMAÇÃO E

DA OBESIDADE", ESCRITO POR JOSIE DE SOUZA OLIVEIRA E JOSEFINA
BRESSAN.

RIO CLARO/SP
2023
A obesidade alcançou proporções epidêmicas, tanto em países desenvolvidos quanto
naqueles em desenvolvimento, estando associada a taxas elevadas de mortalidade. A
obesidade é uma doença crônica crescente que aflige pessoas de todas as faixas etárias e
classes socioeconômicas. Até relativamente pouco tempo, o papel da adipose em si no
desenvolvimento da obesidade e suas consequências foi considerado passivo. O tecido
adiposo, por diversos anos, foi erudito unicamente como local de reserva energética,
protetor contra choques e isolante térmico. Entretanto, posteriormente foram reveladas
inúmeras substâncias secretadas pelos adipócitos, dentre elas hormônios e citocinas, esse
tecido passou a ser considerado como órgão dinâmico e suas funções inflamatórias e
endócrinas foram evidenciadas. Esta revisão pretendeu discutir o papel do tecido adiposo
na regulação do processo inflamatório e da obesidade.

Tecido adiposo e inflamação

O tecido adiposo é composto por: adipócitos, pré-adipócitos, fibroblastos, células

endoteliais, leucócitos, monócitos e macrófagos residentes. Este tecido pode ser
considerado patogênico quando a demasia da adiposidade corporal, de forma isolada ou
associada aos efeitos prejudiciais de atividades endócrinas e imunológicas, está associado
as desordens metabólicas.
Trayhurn & Wood sugerem que os adipócitos hipertrofiados comprimiriam a vasculatura
do tecido reduzindo a chegada de oxigênio. Revelaram também a correlação positiva e
significante entre IL-6 e PCR, comprovando que o tecido visceral é o principal
responsável por promover a inflamação sistêmica e por liberar maior quantidade de
citocinas pró-inflamatórias diretamente na circulação. Os escritores objetivaram avaliar
o ligação inflamatória do tecido adiposo em crianças e identificar o potencial inflamatório
da lesão elementar. Além disso, essa análise indicou inflamação no tecido adiposo de
todas as crianças obesas, não sendo encontrada nas não obesas.
Perante isso, constata-se que a hipóxia causada pela hipertrofia tecidual é considerado o
sistema inicial de estímulo à produção de citocinas pró-inflamatórias e que a inflamação
progride com a expansão do tecido adiposo, especialmente, o visceral.

Relação entre inflamação e obesidade

Está claro pela presente revisão que a obesidade leva à inflamação por estimular a
expressão e secreção de adipocinas pró-inflamatórias pelo tecido adiposo, mas a relação
oposta, ou seja, inflamação levando o aumento do peso e obesidade tem sido apresentada
por alguns autores. Foi levantado os seguintes questionamentos: 1° Qual é o gatilho da
inflamação? e 2° A inflamação é causa ou efeito da obesidade?. Os mesmos realizaram
uma pequena revisão e verificaram que TNF- regula a ação da insulina no tecido adiposo,
que TNF- e IL-1β modulam a liberação de leptina por este tecido e que um polimorfismo
no gene receptor-2 do TNF- está associado com a resistência a leptina e obesidade. Além
disso, encontraram um possível mecanismo de ativação do eixo hipotálamo-pituitária-
adrenal que levaria a uma hipercotisolemia e ativação simpática, sendo estes associados
à obesidade central, resistência à leptina e aumento na ingestão de alimentos.

Conclusão
Como pode ser observado, o tecido adiposo atua realmente como modulador do processo
metabólico, e consequentemente modulando a obesidade. Entretanto se faz necessário
outros estudos mais complexos e direcionados sobre a interação entre adipocinas e
inflamação, bem como obesidade e suas complicações. De forma que a compreensão
minuciosa das funções endócrinas e inflamatórias do tecido adiposo possibilitará não
apenas um tratamento mais eficaz como também a prevenção da obesidade e suas
consequências.