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Educação matemática:

estratégias e desafios
Autoria do Desafio Profissional: Francis Roberta de Jesus
Leitor Crítico: Leonardo de Alcântara Moreira

Proposta de Resolução
Para solucionar o Desafio Profissional, será necessário assumir a condição de professor e de
coordenador de área componente do currículo da educação básica e empreender ações tais como:

1. Assumir uma postura docente investigativa, tomando os dados levantados por meio das
avaliações diagnósticas como pontos de partidas para o planejamento docente. Além disso,
considerar que aqueles dados auxiliarão no planejamento das intervenções iniciais e usos de
procedimentos adequados, avaliando as características dos níveis de conhecimentos dos alunos.

2. Realizar a leitura e a interpretação dos dados, tais como:

- Habilidade avaliada:

Área Habilidades I D C
Grandezas Resolvem problemas significativos utilizando unidades de 20 50 30
e medidas medida padronizadas.

Por meio desta habilidade, podemos avaliar se o aluno mostra-se capaz de resolver problemas por
meio do reconhecimento de unidades de medidas padronizadas (centímetro, metro, grama,
quilograma, mililitro, litro, etc.). Se os alunos são capazes de realizar transformações de unidades
de medida de uma mesma grandeza. O percentual de alunos em condição inicial de aprendizagem é
de 20%; o daqueles que consolidaram essas aprendizagens é de 30%, sendo que metade deles
estão em processo de desenvolvimento daquelas aprendizagens.

3. Estabelecimento dos objetivos para ciclo de aprendizagem para o ano em relação à habilidade
descrita ou área de conhecimento matemático, e de acordo com o currículo instituído:

- Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento, massa, tempo,


temperatura, área (triângulos e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por blocos
retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que possível, em contextos oriundos de
situações reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento (BRASIL, 2018).
4. Considerar os dados apresentados como pontos de partida.

5. Fazer planejamentos de aulas que envolvam os todos níveis de saberes apresentados:

Estratégias: - abordar situações-problema contextualizados que requeiram do aluno a compreensão


da ordem de grandeza.

- Criar situações-problemas práticas que envolvam estimar distâncias, estimar capacidades, simular
situações.

- Fazer experimentos: problematizar uma situação de uma prática sociocultural. Exemplo: envase
produtos de limpeza; desenvolver situações de transformações e de conservação de massas e
capacidades.

- Formalizações: estabelecimento da relação entre grandezas e o número que a mede; abordagem


dos números racionais na forma decimal a medida de uma dada grandeza e um número. Este é um
aspecto de fundamental importância, porque é também por meio dele que o aluno ampliará seu
domínio numérico e compreenderá que as medidas têm um caráter de precisão que deve ser
respeitado. Logo, os decimais são quase uma constante nas medidas. Isso gera necessidade de esse
tema ser tratado na escola com forte apoio na percepção real e concreta de cada tipo de medida e
unidade.

- Planejamento de aulas usando diferentes dinâmicas:

a) Segmentação dos conteúdos considerando que o que seja pré-requisito para seu domínio;
segmentação do ensino em unidades de conhecimento e em etapas de ensino e de aprendizagem
menores (isto também pode significar adaptação de conteúdo e adaptação metodológica).

b) Momento em que todos os níveis de conhecimentos realizam atividades semelhantes.

c) Momento em que há adaptação explícita do currículo e da forma de ensino e abordagem do


conteúdo em questão: constituição de grupos por proximidades de conhecimentos que trabalham
juntos para resolver um determinada situação-problema. Isso compõe ação pedagógica conforme
as diferentes necessidades para alunos em níveis diversos, assumindo, assim, a heterogeneidade
presente em cada uma das turmas.

d) Uso de materiais manipulativos que se apresentem ao processo como suporte à aprendizagem.

6. Formas de avaliação.
a) Tipos de avaliação: processual, procedimental, conceitual, somativa, etc.

b) Instrumentos a serem utilizados: provas, trabalhos, seminários, projetos, experimentos, mapas


conceituais, registros diversos, relatos de experiências, comunicação, argumentação, validação de
processos, relatórios, fichas de aprendizagem, etc.

Considerando o processo avaliativo e todo o processo de planejamento como orientadores sobre


como o professor deverá prosseguir em seu trabalho com a turma em questão: iniciar novos
tópicos de conteúdos didáticos, aprofundar o tópico em abordagem, ampliar as possibilidades de
abordagem, diversificar as estratégias didáticas mantendo a temática de estudo atual, etc.

Outra possibilidade:

Escola:

Componente curricular: Matemática

CICLO: TURMA:

PROFESSOR(A) RESPONSÁVEL:

OBJETIVOS GERAIS DO COMPONENTE PARA O CICLO:

* Auxiliar os diferentes processos de aprendizagem matemática de modo relacionando ao


cotidiano, a diferentes práticas socioculturais, abordando os conteúdos programáticos deste
segmento da educação básica de modo integrado a outras áreas de conhecimento.

* (...)

OBJETIVOS PARA O ANO

* Que os alunos se tornem capazes ou aprimores suas capacidades para atuar na resolução de
problemas, sabendo estabelecer hipóteses, argumentar, validar estratégias e resultados.

* Desenvolver formas de raciocínio e processos tais como dedução, indução, intuição, analogia,
estimativa, etc.

* Fazer uso conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos


disponíveis.

*(...)
TEMPO PREVISTO:

Conteúdos Medidas e suas propriedades.


Comprimento do sistema métrico decimal.
Medidas de áreas.
Medicas de capacidades.
Medidas de massa.
Medidas de comprimento.
Nível I Compreensão dos conceitos que envolvam grandezas, tais como como
comprimento, massa, tempo, temperatura, área, capacidade e volume.
Nível D Compreensão dos conceitos que envolvam grandezas, tais como
comprimento, massa, tempo, temperatura, área, capacidade e volume.
Análise e descrição de conservações.
Resolução de problemas e envolvendo áreas, perímetros e volumes.
Nível C Compreensão dos conceitos que envolvam grandezas, tais como como
comprimento, massa, tempo, temperatura, área, capacidade e volume.
Análise e descrição de transformações e conservações.
Resolução de problemas e envolvendo áreas, perímetros e volumes.
Criação de problemas envolvendo polígonos, ângulos, números racionais e
percentagens envolvendo medidas em contextos cotidianos.
Habilidades a serem - Construir figuras planas semelhantes em situações de ampliação e de
desenvolvidas redução, com o uso de malhas quadriculadas, plano cartesiano ou
tecnologias digitais.
- Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento,
massa, tempo, temperatura, área (triângulos e retângulos), capacidade e
volume (sólidos formados por blocos retangulares), sem uso de fórmulas,
inseridos, sempre que possível, em contextos oriundos de situações reais
e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento envolvendo habilidades
relativas aos pensamentos geométrico, algébrico e numérico.
- Analisar e descrever mudanças que ocorrem no perímetro e na área de
uma figura ao se ampliarem ou reduzirem, igualmente, as medidas de seus
lados, para compreender que o perímetro é proporcional à medida do lado,
o que não ocorre com a área.
Procedimentos - Aulas expositivas, com explicação dos conceitos e resolução de problemas.
didático- - Desenvolvimento de conteúdo com auxílio da informática, utilizando o
metodológicos e software Excel.
estratégias de - Investigação de situações-problema.
ensino - Contextualização de problemas com acontecimentos dos dias atuais e
atividades do cotidiano.
Formas de Resolução de problemas situados, pesquisas, fichas de resumos, seminários
avaliação/ de resolução de problemas, criação de experimentos, avaliações com itens
instrumentos abertos e fechados, somativa.
avaliativos
Materiais e recursos Instrumentos de medida, jornais, computadores, planilhas eletrônicas,
projetores, embalagens, projetor, livro didático, calculadoras, etc.

Para o item e da proposta de professor coordenador, o aluno poderá imaginar-se nessa função e
elaborar uma sequência de passos que possam iniciar a discussão coletiva sobre como articular os
trabalhos dos diferentes ciclos e segmentos de ensino, como:

1. Levantar dados diagnósticos de todos os ciclos.

2. Analisar, coletivamente os dados segundo a ótica do que era esperado para o fim de cada
ciclo e qual a realidade apresentada.

3. Levantar ações para correção de fluxo de aprendizagem de conteúdos em cada ciclo.

4. Discutir as abordagens didático-metodológicas de ensino para cada ciclo;

5. Apontamentos de dificuldades e desenvolvimento de estratégias para lidar com elas.

6. Explicitação da função de cada ciclo e contribuição para a formação geral e matemática


geral dos alunos.

7. Estratégias para ampliar, continuar e aprofundar conceitos fundamentais de cada área da


matemática.

Referências
BRASIL. Ministério da Educação. PDE – Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil:
ensino fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília: MEC, 2008.

______. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília: MEC, 2018.

CASTRO, P. A. P. P.; TUCUNDUVA, C. C.; ARNS, E. M. Importância do Planejamento das Aulas para
Organização do Trabalho do Professor em sua Prática Docente. ATHENA. Revista Científica de
Educação, v. 10, n. 10, jan./jun. 2008.
MENEGOLLA, M., SANT'ANNA, I. Por que Planejar? Como Planejar? 1. ed. Petrópolis: Vozes, 1992.

PONTE, J. P.; SERRAZINA, M. L. Práticas profissionais dos professores de Matemática. Quadrante,


13(2), p. 51-74, 2004.

PONTE, J. P., QUARESMA, M.; BRANCO, N. Práticas Profissionais dos Professores de Matemática.
Avances de Investigación en Educación Matemática, 2012.

RIBEIRO, R. J. O sentido democrático da avaliação. Revista Ciência e Universidade.


São Paulo: 2004.

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