Você está na página 1de 34

Guia de Montagem e

Manutenção das Rodas


de Caminhões
Canavieiros
Motivação
• Reduzir o risco de incidentes por
desprendimento de roda.

• Aumentar a produtividade dos equipamentos


de transporte através da redução de perdas
com manutenções no conjunto de rodas.

• Facilitar inspeções oficiais na estrada.

• Utilizar corretamente as ferramentas ajuste,


calibração e medição de torque de rodas

• Garantir a vida útil do conjunto


ÍNDICE

Procedimento para limpeza e troca de


Pneu de caminhão/carreta

Tecnologia de aperto - desmontagem e


montagem do cubo da roda dianteira e traseira
MBB e Randon

• Desmontagem do cubo da roda dianteira do


MBB e Randon
• Montagem do cubo da roda dianteira MBB e
Randon
• Desmontagem do cubo da roda traseira do
MBB e Randon
• Montagem do cubo da roda traseira MBB e
Randon
• Indicador de Porca solta ou Indicador de torque
aplicado

Tecnologia de Aperto - Aplicação de Torque

• Por que parafusos rosqueados?


• A junta parafusada
• Força de união
• Efeito da lubrificação
• Classificação da qualidade do parafuso
• Parafusos com rosca métrica
• Tipos de juntas
• Torque e ângulo
• Métodos de medição
• O processo de aperto
• Padrões para medições
• Erros em apertos
• Ferramentas de aperto
• Torquímetro de estalo
Procedimento para a
limpeza e troca de
pneu de caminhão/carreta

Preparo para a troca de pneus


Estacionamento do veiculo

1 e instalação dos calços de


apoio anti - deslocamento:

Ao identificar a necessidade de
troca de pneus, solicitar ao
motorista estacionar o veículo de
forma segura (Calçar).

Instalação do macaco:

Instalar o macaco de forma


2
segura obedecendo o local
correto de posicionamento.

3 Soltura das rodas:

As porcas da roda devem ser


retiradas de maneira
sequencial.

4
Instalação do
cavalete
de sustentação:

Instalar o cavalete afim de


manter a operação segura.
Procedimento para a
limpeza e troca de
pneu de caminhão/carreta

Realização da limpeza das rodas

Realização da limpeza
5 com o auxilio da escova de
cerdas de aço e espátulas:

Com o auxílio de uma escova de aço


e espátulas, realizar a limpeza total
da roda.

Aplicação da limpeza
no conjunto da roda:
Limpar todo o conjunto da
roda de modo que toda
6
sujeira seja retirada, não
oferecendo possibilidade de
atrapalhar a montagem
posterior.

Condição anormal do conjunto da

7
roda:

Muitos casos de soltura de rodas


acontecem exatamente pela falta da
limpeza desse acumulo de terra ou outros
resíduos não serem removidos dos
acoplamentos no momento da montagem
das rodas, seja por trocas de pneus, pneus
removidos para reparos, para verificação
de freios, cubos, etc.

Condição normal:
É importante que todos os
componentes estejam limpos
e livres de impurezas antes de
serem retornados nos
8
veículos. A limpeza adequada
com escova de aço ou até
mesmo a lavagem dos
componentes previne que
rodas se soltem dos veículos.
Procedimento para a
limpeza e troca de
pneu de caminhão/carreta

Realização da remontagem das rodas


Instalação das porcas:

9 Com o sistema totalmente limpo,


realizar o apontamento das porcas.

NOTA: Ainda não deve ser dado o


aperto inicial neste passo da
atividade, aqui somente devem ser
apontados as porcas nos devidos
parafusos
Realização do
aperto das porcas: 10
Com o auxilio da chave de
impacto, deve ser dado os
devidos apertos nas porcas.
A sequencia de apertos deverá
ser realizada conforme a
tabela abaixo

Realização da conferência do
11 torque

O taquímetro deverá ser utilizado para a


realização da conferência e finalização do
aperto das porcas durante o processo de
montagem da roda. O torque deverá ser
realizado, obedecendo a recomendação do
fabricante.

Independentemente do tipo de veículo, observar a correta sequência de aperto das


porcas ou parafusos de fixação, indicada abaixo, obedecendo aos torques de aperto
recomendados pelo fabricante do veículo.
Montagem e
Desmontagem de
Rolamentos da
Roda
Desmontagem do cubo da
roda dianteira MBB E
RANDON

1 1) Com o veículo suspenso, retire


a roda, as porcas e, em seguida, a
campana.

2) Solte a calotinha com chave e


retire as porcas de fixação do
cubo.

2
3) Retire o cubo, evitando choques
na ponta de eixo.

4) Limpe a ponta do eixo e verifique


o estado das lonas de freio.
Providencie a limpeza e
lubrificação dos componentes.

5) Leve o cubo para a bancada e

3 inicie sua desmontagem.

6) Retire os anéis internos e


utilizando sacadores de
rolamentos ou, com dispositivo
adequado ao diâmetro (batedores),
em uma prensa adequada à NR12
retire os anéis externos.

7) Inspecione e verifique o
estado do alojamento dos
rolamentos, a fim de detectar 4
possíveis falhas e providencie o
reparo ou substituição do
cubo.
Desmontagem do cubo da
roda dianteira MBB E
RANDON

5 8) Verifique o estado das pistas


dos anéis internos. Substitua os
rolamentos se apresentarem
fadiga de material ou após a 4º
inspeção de troca de graxa (a cada
60.000 Km).

9) Lave os rolamentos e peças


com desengraxante, em seguida,
elimine toda a umidade e proteja
6
os rolamentos com óleo.
Montagem do cubo da roda
dianteira MBB e Randon

1 Inicie a montagem dos anéis


externos, utilizando prensa
adequada à NR12 com dispositivo
(batedor) adequado, prensando
sempre pelo anel de interferência.

Lubrifique toda a região dos


rolos e pistas dos anéis
internos com graxa especial
2
para rolamentos (GRAXAZUL,
à base de lítio)

3 Acrescente graxa também no


reservatório do cubo (250g a 350g
de graxa por cubo MBB ou
Randon, nunca ultrapasse 500g).

Mantenha o
cubo engraxado, com os
seus pares de rolamento 4
montados em local
apropriado, livre de umidade
e contaminação.
Instale os
retentores com ferramenta
adequada (batedor).
Montagem do cubo da roda
dianteira MBB e Randon

5 Inicie a montagem dos anéis


externos, utilizando prensa
adequada à NR12 com dispositivo
(batedor) adequado, prensando
sempre pelo anel de interferência.

Inicie a instalação da porca.


6

7 Ajuste a porca de fixação de


acordo com torque indicado nos
manuais específicos de cada
conjunto.

Verifique a folga axial


(geralmente de 0,02 a
0,04mm no cubo MBB) e
8
ajuste-a, se necessário.
Montagem do cubo da roda
dianteira MBB e Randon

9 Instale a calotinha, a campana e


a roda

Conclua com a montagem da


roda e realização dos testes 100
com o conjunto instalado.
Desmontagem do cubo da
roda traseira de tração
MBB e Randon

• Com o veículo suspenso, solte as

1 porcas e retire a roda.


• Em seguida, retire a campana,
verifique o estado das lonas de
freio e providencie a limpeza e
lubrificação dos componentes.
• Retire a calotinha, o eixo e deixe
escorrer o óleo.
Observação: Verifique o estado do
eixo.

Retire as porcas de fixação


com chave e prolongador de
torque e retire o cubo
2
traseiro, evitando choques
nos rolamentos e roscas.

3 Limpe a ponta do eixo e verifique


possíveis danos, providenciando
reparo ou substituição das peças.

Leve o cubo para a bancada. Inicie


sua desmontagem, verificando as
peças do conjunto e elementos 4
roscados (parafusos).
Para retirar os anéis externos,
utilize sacadores de rolamentos
ou um dispositivo adequado ao
diâmetro (batedor), em uma
prensa.
Desmontagem do cubo da
roda traseira de tração
MBB e Randon

Verifique o estado do alojamento


5

dos rolamentos, detectando
falhas. Providencie o reparo ou a
substituição do cubo.

Verifique o estado das pistas dos


anéis internos. Os rolamentos
devem ser substituídos se
6
apresentarem fadiga de material
ou após a 4a inspeção de troca
de graxa (a cada 60.000 Km).

7 Lave os rolamentos e
componentes com desengraxante.
Em seguida, elimine toda a
umidade e proteja-os com óleo.
Desmontagem do cubo da
roda traseira de tração
MBB e Randon

Inicie a montagem dos anéis


1

externos, utilizando prensa
adequada à NR12 com
dispositivo (batedor) adequado,
prensando sempre pelo anel de
interferência

2
Lubrifique toda a região dos rolos
e pistas com graxa especial para
rolamentos (GRAXAZUL, à base
de lítio).

No eixo de tração, a lubrificação é a óleo

3
que vem do diferencial, lubrifique
somente o anel interno do rolamento,
não é necessário colocar graxa no cubo.
Quando o cubo traseiro for do “truck”,
usar o procedimento que vimos
anteriormente para o cubo dianteiro
(montagem com graxa na câmara).

Instale os retentores com ferramenta


adequada (batedor).

Mantenha o cubo engraxado, com os


seus pares de rolamento montados
em local limpo e livre de umidade. 4
Realize a montagem, evitando
choques das pistas dos rolamentos
com a ponta do eixo.
Desmontagem do cubo da
roda traseira de tração
MBB e Randon

Instale o anel interno do


5

rolamento externo e arruelas
compensadoras.

6
Inicie a instalação das porcas,
ajustando-as com torque
indicado nos manuais específicos
de cada conjunto.

Verifique a folga axial


(geralmente de 0,02 a 0,04mm no
cubo e corrija-a, se necessário.

Trave a arruela tipo aranha nas porcas,

7 garantindo que a porca não solte.

Instale o eixo, verificando o


engrenamento.

Instale a calotinha, a campana e


8
monte a roda
Procediemnto para
montagem da aranha
Randon

Esquema de
montagem
MBB/VOLKS

NOTA: A sequencia de
montagem do conjunto
da trava aranha deve
ser seguido exatamente
na mesma sequencia
do esquema mostrado
acima.

Isso garantirá a eficácia


da instalação do
conjunto e a garantia de
não soltura involuntária
da roda
Indicador de
porca solta ou
indicador de
torque aplicado
Indicador de porca solta ou
indicador de torque aplicado

Como o indicador de porca solta ou de


indicador de torque aplicado pode promover
e desenvolver indicadores de desempenho
de segurança de veículos em movimento?

Eles são amplamente utilizados na indústria


de transportes.

Com este indicador, podemos realizar


verificações de rotina, e uma vez que a porca
está solta, o indicador estará fora da posição
correta deixada pela vez anterior que foi
aplicado os torques dos parafusos.

Outro recurso desse indicador, é a segurança


do sistema quanto a sensibilidade térmica.
Quando a temperatura do conjunto estiver
mais alta do que as temperaturas normais, o
indicador irá derreter, indicando problemas de
eixo de rolamento iminente ou de freio, ou do
próprio conjunto.

Estes dispositivos
Indicadores de Torque
Aplicado - CAP de RODA
são aplicados
manualmente, aos pares e
direcionados um ao outro
em todas as porcas da
roda. Caso o torque
aplicado na porca 15
diminua, o que significa
que a mesma está se
soltando, o indicador irá
girar simultaneamente
ficando desalinhado com
seu respectivo par
revelando, assim,
a necessidade de revisão
mecânica ou manutenção
corretiva de todos os
conjuntos de fixação
daquela roda.
Tecnologia de
Aperto -
Aplicação de
Torque
Porque os parafusos são
rosqueados?

Conceitos Fundamentais
Existem várias maneiras de fixar peças e componentes uns aos outros, p.ex., cola,
rebites, solda.

Entretanto, até hoje o método mais comum de unir componentes é usar um parafuso
para unir as partes da junta com uma porca ou diretamente em um furo rosqueado em
um dos componentes.

As vantagens desse método são a simplicidade do projeto e da montagem, a facilidade


de desmontagem, a produtividade e, finalmente, o custo.

Padrão de rosca
Conceito de torque

Torque, ou momento
de uma força, é a
tendência que
uma força tem de
rotacionar um corpo
sobre o qual ela é
aplicada.

Unidade de torque
A unidade do torque, de acordo com o Sistema Internacional, é
o Newton vezes metro (N.m).

Torque e ângulo
o torque de aperto é o critério
normalmente usado para
especificar a pré-tensão no
parafuso. O torque, ou o
momento da força, pode ser
medido dinamicamente,
enquanto o parafuso é
apertado, ou estaticamente,
verificando o torque com um
torquímetro após o aperto.
As especificações de torque

As especificações de torque variam consideravelmente dependendo das


demandas de qualidade da junta.

Uma junta de segurança em um carro a motor, tal como a suspensão da


roda, não pode falhar e, consequentemente, está sujeita a requisitos de
tolerância muito rígidos, por outro lado, uma porca usada para prender
o parafuso de ajuste da altura de uma bancada não é considerada
crucial do ponto de vista da força de união não sendo, portanto,
necessário especificar um requisito de torque.

Um nível mais alto de controle de qualidade é alcançado acrescentando-


se o ângulo de aperto aos parâmetros medidos.

Na área elástica do parafuso isso pode ser usado para verificar se todas
as partes de uma junta estão presentes, p.ex., que não está faltando
uma arruela de pressão ou uma arruela. Da mesma forma, a qualidade
do parafuso pode ser verificada medindo-se o ângulo de aperto, antes
do nível de encosto, bem como o aumento do torque final.

Em processos de aperto sofisticados, o ângulo também pode ser usado


para definir o yield point e permitir o aperto na área elástica do
parafuso.

Métodos de
medição
Métodos de medição

Quando se sabe as especificações de aperto para uma junta parafusada,


a pergunta óbvia é: como saber se a junta foi adequadamente apertada?

As medições do torque são feitas de acordo com um de dois princípios


básicos – medição estática ou medição dinâmica.

Medição estática significa que o torque de aperto é verificado após o


processo de aperto ter sido concluído.

A medição é geralmente realizada manualmente com um torquímetro


que pode ser uma escala que mede a carga sobre uma mola ou um
instrumento ativado por um transdutor eletrônico (célula de carga-
aferidor de tensão [strain gauge]).

Um método muito comum de verificação do torque de aperto é usar um


torquímetro de estalo equipado com uma embreagem que pode ser pré-
ajustada a um torque específico. Se o torque for maior do que o valor de
torque pré-estabelecido, a embreagem irá soltar-se com um estalo. Se o
torque for menor, o aumento do torque final é possível até que a
embreagem estale. Aperto excessivo não pode ser detectado com o
torquímetro de estalo.

Tipos de torquímetros de medição estática


Métodos de medição

Para medir o torque estático, o valor de torque deve ser lido


instantaneamente quando o parafuso começa a girar. Para CEP,
Controle Estatístico do Processo, os verificadores eletrônicos de torque
podem ser programados para armazenar um número de leituras para
análise, seja manualmente ou conectado a um computador.

A medição dinâmica, por outro lado, significa que o torque é


continuamente medido durante o ciclo de aperto completo.

Esse é geralmente o método preferido em produção onde são usadas


ferramentas para aperto.

A vantagem sobre o método estático é que a medição dinâmica fornece


uma indicação do desempenho da ferramenta de aperto sem a
influência do relaxamento na junta e variações no atrito em repouso.
Além disso, ele também elimina a necessidade de verificação
subsequente.

Medição dinâmica

A medição dinâmica
é feita seja
diretamente pela
medição com um
transdutor de
torque incorporado
ou externo in-line,
ou indiretamente
pela medição da
corrente de
algumas
parafusadeiras e
apertadeiras
elétricas
sofisticadas.
Métodos de medição

Nos dois casos, a medição do torque é possível apenas quando as


ferramentas têm transmissão de torque direta, ou seja, não uma
força de pulsação, como é o caso com chaves de impacto e
apertadeiras de impulso.

Para produção em linha de montagem, onde o aperto requer 100%


de monitoramento ou se o próprio processo de aperto é controlado
através de leituras de torque, o transdutor de torque vem
geralmente incorporado na ferramenta de aperto.

Em ferramentas com engrenagem, existem várias posições nas


quais o transdutor pode ser instalado, porém por razões
dimensionais, é vantajoso colocá-lo o mais próximo possível do
motor, onde as forças envolvidas são as mais baixas.

Ao invés de colocar os aferidores de tensão no eixo, como ocorre


com o modelo externo, o transdutor de torque incorporado pode
utilizar as forças de reação no conjunto elétrico da ferramenta.
O processo de aperto

O processo de aperto também exerce uma influência importante na


qualidade da junta parafusada. Uma junta apertada manualmente
comporta-se de forma completamente diferente daquela apertada usando
uma ferramenta.

Da mesma forma, diferentes tipos de ferramentas exercem uma influência


decisiva no resultado. Ferramentas com acionamento direto, tais como
parafusadeiras e apertadeiras, têm uma capacidade máxima que é
decidida pela potência do motor e pela relação da engrenagem.

Atualmente, há também outros tipos de ferramentas de aperto comuns na


produção industrial, ou seja, chaves de impacto e apertadeiras de impulso,
nas quais a potência do motor é convertida em torque carregando e
descarregando a energia intermitentemente durante o processo.

Isso significa que ferramentas muito potentes podem ser projetadas com
peso e tamanho limitados e quase nenhum torque de reação para o
operador.

Entretanto, do ponto de vista de monitoramento do torque, esses tipos não


servem para medição dinâmica e consequentemente, não são discutidos
neste contexto.
O processo de aperto

Instalação dos conjuntos montados


A - No caso dos caminhões e ônibus, certificar-se de que o
conjunto pneu/roda é compatível com o sistema de fixação
utilizado no veículo antes de sua instalação.

B - Independentemente do tipo de veículo, observar a correta


sequência de aperto das porcas ou parafusos de fixação, indicada
abaixo, obedecendo aos torques de aperto recomendados pelo
fabricante do veículo.

Detalhamento da sequencia correta de aperto

C - Quando utilizado sistema de aperto com equipamento pneumático,


faz-se necessária sua aferição periódica por meio de torquímetro.

Segurança:
Garantir a segurança de qualquer tipo de aperto é usar chaves de
impacto com torque limitado. Essas ferramentas limitam o valor
máximo do torque a ser aplicado, eliminando a possibilidade de
falha no processo.
Normalmente, essas ferramentas operam com uma força de
torque um pouco abaixo do especificado pelas montadoras para
que o aperto seja finalizado com um torquímetro, garantindo
ainda mais precisão.
O processo de aperto

Que exatidão é exigida de um torquímetro?

os torquímetros tipo estalo (TIPO II CLASSE A) e tipo estalo sem escala


(TIPO II CLASSE B) podem ter um erro de exatidão de até +/- 6% do
torque indicado para escalas até 10 N.m e de até 4% para torque
máximos acima de 10 N.m. Esta exatidão é valida entre 20% e 100% do
valor da escala.

Quando aferir um torquímetro?


Para que o torque aplicado seja correto, a norma ABNT 12240
recomenda:
O instrumento de medição de torque deve ser calibrado no mínimo a
cada 12 meses e/ou quando sofrer qualquer dano ou quando for
submetido a algum reparo.
Esta instrução pode variar de acordo com a Política de Qualidade Interna
de cada empresa.
Padrões de medições

As variações no torque de
aperto que dependem da
rigidez da junta tornaram
necessário estabelecer
padrões de medição comuns
a fim de definir a capacidade
de uma ferramenta em
atender certas
especificações de qualidade e
ser possível comparar
diferentes tipos de
ferramentas com as
especificações.

O padrão comum usado atualmente é ISO 5393 – “Ferramentas rotativas


para parafusos rosqueados – Desempenho e método de teste”.

O padrão e os princípios para avaliação dos resultados são discutidos


nessa apresentação

Erros em apertos
O objetivo do monitoramento do torque de aperto é assegurar que a
força de união tenha sido alcançada.

Entretanto, o torque de aperto isoladamente não constitui 100% de


garantia de que a força de união é suficiente para a carga para a qual a
junta foi projetada.

Existem diversos erros que podem ocorrer e resultar em pré-tensão


inadequada no parafuso, apesar do torque de aperto correto.

Uma rosca danificada ou roscas com corte


insuficiente resultarão em resistência aumentada ao
giro do parafuso e, portanto, o torque pré-
determinado será alcançado antes da força de união
correta ser alcançada.

Roscas danificadas podem ser detectadas pelo


monitoramento do ângulo de aperto.
Ferramentas de aperto

Chave de impacto
As chaves de impacto baseiam-se no mesmo princípio do uso de um
martelo para golpear uma chave de boca durante o aperto de uma porca
ou parafuso, desenvolvendo o torque impacto por impacto.

No caso da chave de impacto acionada por motor pneumático, o martelo


é a massa combinada do rotor e do mecanismo de impacto que envia
sua energia cinética, uma ou duas vezes por rotação, para o conjunto
bigorna-eixo-soquete, que representa a chave na comparação.

A vantagem das chaves de impacto é que elas possuem uma capacidade


muito alta em relação ao peso e tamanho da ferramenta. Como o torque
de reação não é maior do que o necessário para acelerar o martelo, a
força de reação transferida de volta para o operador é muito pequena, o
que torna a chave de impacto muito flexível e simples de usar.

As desvantagens são o nível de ruído comparativamente alto da chave


de impacto e a dificuldade de medir o torque aplicado e,
consequentemente, também a possibilidade limitada de alcançar
controle de torque preciso.

Consequentemente, a chave de impacto é a ferramenta ideal para o


desaperto de parafusos de rosca enferrujados e emperrados no
trabalho de manutenção em indústrias químicas, refinarias e outras
indústrias pesadas. Elas são também adequadas para uma variedade
de aplicações que não requerem o mais alto grau de precisão.
Ferramentas de aperto

Nunca devemos operar apertadeiras ou


chave de impacto com pressão inferior a
3 Bar (43,5 PSI)

Toda ferramenta pneumática tem características definidas pelo


fabricante, dependendo do tipo de engrenamento de redução, a curva
Torque x Pressão mudam de equipamento para equipamento, mas
essa curva é sempre tangencial, ou seja, se a pressão aumenta, o
torque também aumenta.
Por isso devemos nos atentar sempre a pressão da rede, assim
garantimos que a máquina está aplicando o torque correto.
Ferramentas de aperto

Torquimetro de estalo

Passos para a utilização do torquimetro


de estalo
• Aperte os parafusos

1 utilizando uma chave


inglesa ou chave soquete
até que elas comecem a
apresentar resistência

Ajuste o torquimetro:
Afrouxe o seletor de
torque, gire-o ate que 2
ele atinja a especificação
e aperte novamente

Com o torquimetro ajustado,

3 posicione a ponta no parafuso e


fique em uma posição onde seja
possível ler a marcação da
ferramenta. Tente não ficar torto
para evitar comprometer a
leitura do torque.
Aperte no sentido horário
até atingir o torque
recomendado. Aperte os
demais parafusos na
4
direção recomendada
repetindo a mesma
técnica
Ao terminar, reconfigure o

5 torquimetro para zero ou para o


menor valor que eu marcar, isso
reduzirá a pressão na mola
interna e ajuda a conservar a
calibração da ferramenta
Dicas importantes

• Não derrube o toquimetro, essa ferramenta é muito sensível,


então, manuseie-a com cuidado para não prejudicar a
calibragem. Caso algum problema ocorra, procure o fornecedor
ou a loja para a realização dos devidos ajustes.

• Os torquímetros de relógio e os elétricos são mais precisos


apesar de serem um poucos mais caros no mercado. Eles só
devem valer apena se você for serem utilizados com muita
frequência.

• Tenha ainda mais cuidado ao apertar os parafusos de rodas com


torquímetros. Apertar demais pode danificar a peça, não apertar o
suficiente pode deixar a roda solta e não apertar de maneira
uniforme pode gerar desgastes desiguais da peça e danificar.

Você também pode gostar